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Questão 1/5 - O Pensamento Histórico no Brasil - Eletiva Considere a seguinte citação: “[...] o conhecimento histórico brasileiro se produziu e se produz em diferentes suportes: crônicas, tratados, romances, ensaios, monografias, teses, artigos, aulas, conferências etc., atravessando diferentes paradigmas, modos de fazer e funções sociais, que se alteram em função dos diversos contextos surgidos ao longo do tempo”. Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: CARVALHO, R.; LIMA, H.; LIMA, J. Historiografia brasileira: uma breve história da história no Brasil. Curitiba: InterSaberes, 2018. p. 14. Considerando estas informações e os conteúdos do livro-base Historiografia brasileira: uma breve história da história no Brasil sobre o contexto da produção do conhecimento histórico brasileiro, assinale a alternativa correta: Nota: 20.0 A A produção historiográfica brasileira limita-se ao conhecimento produzido no âmbito acadêmico e universitário. B A função social do conhecimento histórico brasileiro restringe-se à manutenção do poder político, sem questioná-lo. C Crônicas e romances do período colonial não são fontes históricas nem são consideradas produções de conhecimento histórico. D O conhecimento histórico produzido no Brasil vincula-se exclusivamente aos períodos colonial e imperial. E O conhecimento histórico brasileiro abriga uma série de documentos, variando de acordo com os contextos históricos e os modos de produzir e escrever história. Você acertou! Comentário: A citação considera uma gama de fontes como conhecimento histórico brasileiro, desde o período colonial até a contemporaneidade. “Além disso, o conhecimento histórico brasileiro se produziu e se produz em diferentes suportes: crônicas, tratados, romances, ensaios, monografias, teses, artigos, aulas, conferências etc., atravessando diferentes paradigmas, modos de fazer e funções sociais, que se alteram em função dos diversos contextos surgidos ao longo do tempo. Considerando, portanto, a necessária seletividade e a inevitável parcialidade de escolhas, caminhos e abordagens, apresentar uma breve história da historiografia brasileira é um grande desafio, porém, como já mencionamos, gratificante, na medida em que nos coloca — professores, estudantes e interessados — em contato com os principais historiadores e com uma grande riqueza de concepções, métodos e abordagens, que mostram a pluralidade de interpretações possíveis”. (livro-base, p. 14). Questão 2/5 - O Pensamento Histórico no Brasil - Eletiva Leia o fragmento de texto: “E por que Vossa Alteza sabe quanto serviço de Deus e de d’el-Rei nosso senhor seja esta denunciação, determinei coligi-la com deliberação de a oferecer a Vossa Alteza a quem humildemente peço me receba, e com tamanha mercê ficarei satisfeito rogando a nosso Senhor lhe dê prósperos e larguíssimos anos de vida, e deixe permanecer seu real estado em perpétua felicidade. Amém”. Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: GANDAVO, P.M. Tratado da Terra do Brasil: a história da província Santa Cruz, a que vulgarmente chamamos Brasil. Brasília: Editora do Senado Federal, 2008. p. 28. Considerando o fragmento de texto e os conteúdos do livro-base Historiografia brasileira: uma breve história da história no Brasil é correto afirmar que o autor do trecho acima, Gandavo: Nota: 20.0 A serve à monarquia, exaltando pessoas e eventos marcantes, no caso o rei português e a conquista do território brasileiro. Você acertou! Comentário: Gandavo escreve no século XVI quando “[...] buscava legitimar a autoridade, o senhorio e o direito à propriedade sobre as terras, rios, animais, vegetais [...] como louvor da cristandade portuguesa” (livro-base, p. 34), ou seja, valorizava o catolicismo e a autoridade da monarquia. Além disso, ao usar uma linguagem com honrarias ao rei de Portugal, Gandavo se preocupa em exaltar “[...] pessoas, elevando-as em caráter, em honras e, em eventos marcantes, sobretudo a fama do monarca, dos homens de armas e de seus vassalos” (livro-base, p. 33,34). Isso pressupunha considerar os índios “sem pudores e loucos” (livro-base, p. 34). B usa sua escrita para defender os nativos que viviam no território e critica as ações da Coroa portuguesa no século XVI. C desvirtua-se da perspectiva católica e mantém uma escrita com função exclusivamente colonizadora. D escreve com preocupações científicas e apresenta soluções para problemas que a Coroa enfrentava no século XIX. E confirma a supremacia da monarquia portuguesa sobre o território brasileiro, excluindo os elementos religiosos e católicos. Questão 3/5 - O Pensamento Histórico no Brasil - Eletiva Atente para a citação: “Essa interação entre o ‘eu’, interior e particular a cada um, e o ‘outro’, o além de mim, é o que denominamos de alteridade. Esse conceito parte do pressuposto de que todo indivíduo social é interdependente dos demais sujeitos de seu contexto social, isto é, o mundo individual só existe diante do contraste com o mundo do outro.” Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: RODRIGUES, Lucas de Oliveira. Conceito de alteridade. https://brasilescola.uol.com.br/sociologia/conceito-alteridade.html. Acesso em: 28 maio 2019. Considerando a citação e os conteúdos do livro-base Historiografia brasileira: uma breve história da história no Brasil sobre a questão da alteridade durante o processo de colonização, é correto afirmar que: Nota: 20.0 A Os primeiros cronistas do período colonial brasileiro valeram-se da alteridade para compreender e respeitar as populações nativas e, em seguida, os escravos africanos que vieram para o Brasil. B O choque cultural ocorrido com a chegada dos europeus a América representou o primeiro passo em direção à convivência pacífica e harmônica entre esses diferentes povos. C Existia uma preocupação dos primeiros cronistas em entender o “outro”, representando-o sempre como humano e, por isso, abriam mão da perspectiva do “eu”, no caso, a cultura europeia. D No processo de colonização, Pero Magalhães de Gandavo e os demais cronistas viam o outro como incivilizado e bestial, e usavam essa percepção como justificativa para a exploração. Você acertou! Comentário: De acordo com o livro-base “[...] A crueldade do processo civilizatório procurava demonstrar a bestialidade do outro, para que a conquista, a subjugação e a exploração parecessem aos olhos deste como um ato de civilidade” (livro-base, p. 39). Com isso, notamos a redução do “outro” para garantir a exploração. Isso demonstra que não havia uma preocupação em entender a cultura nativa, ou seja, praticar a alteridade, e a superioridade europeia passa a ser entendida como um elemento primordial para garantir a exploração desses povos. O resultado desse processo histórico foi o genocídio dos povos indígenas. E A superioridade europeia foi representada de maneira secundária, ocupando pequenos espaços nos documentos históricos do século XVI, quando se inicia a colonização. Questão 4/5 - O Pensamento Histórico no Brasil - Eletiva Leia o seguinte fragmento de texto: “A feição deles é serem pardos, um tanto avermelhados, de bons rostos e bons narizes, bem feitos. Andam nus, sem cobertura alguma. Nem fazem mais caso de encobrir ou deixar de encobrir ou de mostrar suas vergonhas do que de mostrar a cara. Acerca disso são de grande inocência.” Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: CAMINHA, Pero Vaz. A Carta. http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bv000292.pdf. Acesso em: 28 maio 2019. Considerando estas informações e os conteúdos do livro-base Historiografia brasileira: uma breve história da história no Brasil sobre os primeiros documentos históricos do período colonial, é correto afirmar que: Nota: 0.0 A Os cronistasdo século XVI eram apenas portugueses que desembarcaram na costa litorânea do Brasil, como é o caso de Caminha. B Caminha ao escrever sobre as indígenas é movido por uma lógica cristã, representando assim seu assombro com os nativos e o desconhecido. Comentário: Além de Caminha, outros cronistas de origens variadas como Jean de Léry e Hans Staden escreveram sobre as terras brasileiras (livro-base, p. 30). Caminha faz parte da geração que manteve os primeiros contatos com os nativos, representando assim “[...] o assombro e até certa repugnância para com aquela humanidade que o europeu desconhecia” (livro-base, p. 29). Com representações de “[...] caráter moralizante” (livro-base, p. 29), fica claro que Caminha não está preocupado em entender o universo cultural nativo, mas sim inseri-lo num eixo ideológico cristão e católico. C Caminha apresenta em seu texto uma preocupação em entender a realidade cultural e social dos indígenas locais. D A nudez, apesar de despertar a atenção de Caminha, ganha uma posição secundária, já que seu ambiente de produção era marcadamente antirreligioso. E Caminha reconhece a superioridade racial dos indígenas frente aos portugueses ao descrevê-los como “bem feitos”. Questão 5/5 - O Pensamento Histórico no Brasil - Eletiva Leia a passagem de texto: “O clima do Brasil geralmente é temperado de bons, delicados e salutíferos ares, donde os homens vivem muito até 90, cento e mais anos [...] a terra é um tanto melancólica, regada de muitas águas, assim de rios caudais, como do céu, e chove muito nela, principalmente no inverno; é cheia de grandes arvoredos que todo o ano são verdes; é terra montuosa, principalmente nas fraldas do mar.” Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: CARDIM, Fernão. Tratados da terra e gente do Brasil. Rio de Janeiro: J. Leite & Cia, 1925. p. 35. Considerando a passagem de texto e os conteúdos do livro-base Historiografia brasileira: uma breve história da história no Brasil é correto afirmar que o padre Fernão Cardim, o autor do trecho acima: Nota: 20.0 A interpreta a natureza brasileira como um elemento divino e relaciona os nativos com os primeiros habitantes do Jardim do Éden. B elogia o clima, relacionando-o à longevidade da população local e destaca os verdes e a abundância de chuvas. Você acertou! Comentário: De acordo com o livro-base “[...] A visão do padre (Cardim) constitui o modelo que Roma tinha sobre os índios, o que confirmaria o estereótipo e o lugar-comum do selvagem entre os colonos” (livro-base, p. 42). Assim, percebemos que o padre não considera a humanidade do indígena. Além disso, em momento nenhum o fragmento de texto considera a presença do nativo brasileiro. O fragmento de texto aborda apenas aspectos do clima e da natureza. Cardim elogia o clima, dizendo ser “temperado e de bons ares” e ao representar as características da natureza local destaca seus rios e verdes. C conduz uma leitura que reforça a beleza da natureza e a humanidade do indígena, retirando dele o estereótipo de selvagem. D exagera na sua representação da natureza brasileira, já que as mesmas características climáticas, de fauna e flora existiam na Europa. E Induz os leitores de sua obra a relacionarem a natureza brasileira com o inferno e o nativo com o bestial e selvagem.
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