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Ato de emancipação da humanidade

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Capítulo XVI
A revolução:
ato de emancipação humana
Todas as ações humanas são desenvolvimentos das possibilidades históricas em cada situação. Por exemplo, voar sempre foi um sonho desde a antiguidade, mas, para que se tornasse real, foi necessário um enorme desenvolvimento do conhecimento, para que na época certa existisse isso e atendesse as necessidades. 
Considera-se então que a liberdade é agir com conhecimento de causa para ser capaz de atingir os objetivos almejados em cada momento histórico. Por isso a realidade e a liberdade andam juntas, pois precisa ser feito no contexto histórico certo, e com a bagagem de conhecimento. 
Sempre há algo a ser aprendido, por mais comum que seja a objetificação. Então, não há dúvida de que há algumas situações em que o conhecimento é o suficiente e, em outras, insuficiente. Portanto, a maior ou menor adequação do conhecimento que se possui terá por referência o momento histórico em questão e a objetivação a ser efetivada.
Na sociedade burguesa contemporânea, a necessidade do capital é alta. As pessoas vêem a acumulação como forma de desenvolvimento que gera emancipação humana, e as
pessoas só conseguem enxergar como possível a reprodução da sociedade burguesa como tal. Isso é um dos processos de alienação do capital, o qual faz com que a maioria das pessoas permaneçam conservadoras, como vivem sob o capital, são dominadas
pelas ideologias burguesas, “elas pensam que o capitalismo é eterno, pois não percebem as possibilidades históricas de superá-lo e de se construir uma sociedade realmente emancipada.” (pag 114)
As possibilidades históricas serão ou não realizadas no futuro, dependendo
das alternativas escolhidas pelos indivíduos em escala social. Tudo depende de como as pessoas agirão no futuro. 
Por exemplo, no capitalismo dos dias de hoje a miséria só vem crescendo, desumanizando as pessoas, o que é um grande contratexto por que era para o capitalismo melhorar as vidas das pessoas, vendo assim, a revolução comunista como uma opção nos dias de hoje, mas ela só será realizada dependendo de como as pessoas agirão no futuro. Seria “um ato de afirmação do ser humano que se emancipa e se liberta: que se emancipa porque estará se livrando das alienações capitalistas; que se liberta porque objetivará uma finalidade essencialmente humana e, ao mesmo tempo, possível no quadro histórico atual. A revolução é o ato pelo qual os homens assumirão conscientemente e com toda radicalidade o fato de serem eles os artífices da sua própria história. Se os homens fazem a história, não há razões para continuarem a fazê-la sob o domínio do capital e de suas alienações; não há razões que justifiquem a produção crescente de desumanidades.” (pag 116) Mas para que isso aconteça os homens devem superar o capital e relembrar os direitos humanos.
Para Marx, a revolução comunista é a real emancipação da humanidade. Esse ato seria a a vitória dos revolucionários sobre os conservadores, a vitória dos trabalhadores sobre as classes dominantes capitalistas, a vitória do operariado sobre o capital, assim desaparecerão o Estado, o Direito e o dinheiro. Não há capitalismo “humano”.

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