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01/09/2019 Função dos Conselheiros https://mooc.escolavirtual.gov.br/mod/book/tool/print/index.php?id=93590 1/12 Função dos Conselheiros Site: Ambiente Virtual de Aprendizagem MOOC Curso: Gestão de Conselhos de Direitos Humanos Livro: Função dos Conselheiros Impresso por: JOSIAS ALVES DE SOUZA JUNIOR Data: domingo, 1 set 2019, 15:08 01/09/2019 Função dos Conselheiros https://mooc.escolavirtual.gov.br/mod/book/tool/print/index.php?id=93590 2/12 Sumário 1. Objetivos 2. Papel dos Conselheiros 2.1. Classificação dos Conselheiros 3. Eleição e Indicação 4. Apoio aos Conselheiros 5. Controle da Atuação 6. Destituição e Renúncia 7. Gestão de Conselhos – Passo a Passo 01/09/2019 Função dos Conselheiros https://mooc.escolavirtual.gov.br/mod/book/tool/print/index.php?id=93590 3/12 1. Objetivos 01/09/2019 Função dos Conselheiros https://mooc.escolavirtual.gov.br/mod/book/tool/print/index.php?id=93590 4/12 2. Papel dos Conselheiros 01/09/2019 Função dos Conselheiros https://mooc.escolavirtual.gov.br/mod/book/tool/print/index.php?id=93590 5/12 2.1. Classificação dos Conselheiros • Os conselheiros e conselheiras são classificados como titulares ou suplentes. • Titulares são aqueles responsáveis por cumprirem as atribuições da função. • Suplentes são aqueles que se tornam responsáveis pelas atribuições da função, quando houver ausência ou impedimento do titular. • Uma informação importante é que a relação entre os conselheiros e conselheiras é caracterizada pela horizontalidade. • Ou seja, todos os membros do conselho estão no mesmo nível hierárquico; um conselheiro não é subordinado a outro. • Isso não impede que conselheiros exerçam funções de liderança, como a Presidência do conselho ou coordenação de grupos de trabalho. • Outro aspecto importante é a autonomia decisória do conselho. • Embora esteja formalmente vinculado ao Poder Público, que fornece os recursos para seu funcionamento, o conselho não tem subordinação hierárquica a nenhum órgão. • Isso significa que os conselheiros são livres para decidir com base em suas opiniões, ainda que contrariem o interesse do Poder Público. • Garantidas a horizontalidade e a autonomia decisória, cada conselho deve organizar suas atividades de modo a cumprir suas competências integralmente. • Em relação a divisão de tarefas, de acordo com o que está previsto no regimento, os conselheiros e conselheiras podem atuar de forma conjunta (ou plena) ou de forma especializada. • Na atuação conjunta, não há divisão de tarefas e todos os conselheiros e conselheiras decidem sobre tudo, em geral na Plenária. • Conselhos de pequeno porte ou que possuem uma pauta muito curta podem funcionar de forma conjunta o tempo todo. • Nos conselhos maiores, é comum deixar a atuação conjunta apenas para os temas mais estratégicos (como aprovação do regimento). • Na atuação especializada, as tarefas são divididas entre os conselheiros e conselheiras, que atuam separadamente, em geral em comissões e câmaras internas. • A atuação em comissões e câmaras pode ser preparatória, quando todas as suas decisões precisam ser confirmadas pela Plenária, ou terminativa, quando podem dar a palavra final sobre determinados assuntos. • Por fim, do ponto de vista jurídico, conselheiros e conselheiras são consideradas agentes honoríficos, também chamados agentes civis especiais ou particulares em colaboração com o Estado. 01/09/2019 Função dos Conselheiros https://mooc.escolavirtual.gov.br/mod/book/tool/print/index.php?id=93590 6/12 • Isso significa que não são servidores públicos (não possuem vínculo funcional), mas agentes públicos, sujeitos às mesmas restrições (dever de probidade administrativa, por exemplo) 01/09/2019 Função dos Conselheiros https://mooc.escolavirtual.gov.br/mod/book/tool/print/index.php?id=93590 7/12 3. Eleição e Indicação • Em geral, conselheiros e conselheiras passam a fazer parte de um conselho por meio de um ato formal de nomeação, depois de passarem por um processo de escolha. • Os conselheiros natos são uma exceção; não precisam passar por um processo de escolha. • Os processos de escolha mais comuns são a eleição e a indicação. • Já vimos no módulo anterior as etapas de um processo eleitoral para conselhos. • Em geral, a eleição é o modo mais comum para escolha de representantes não governamentais. • Representantes da sociedade civil costumam manter o vínculo com o conselho por um período determinado, chamado mandato. • As eleições devem ser periódicas e regulares. • A indicação é o ato de comunicação formal por meio do qual o dirigente de um órgão ou entidade apresenta o conselheiro ou conselheira que irá representá-lo. • Em geral, representantes governamentais são escolhidos por indicação. • Indicação também pode ocorrer após uma eleição: a entidade eleita para uma vaga indica a pessoa que ira representá-la. • Feita a escolha (por eleição ou indicação), os conselheiros precisam ser confirmados na vaga por meio de um ato formal. Em geral isso é feito via designação ou nomeação por uma autoridade pública. Pode ser feita de forma coletiva. • A posse é o ato individual que marca o início da atuação como conselheiro ou conselheira. • Em alguns casos esses atos são publicados como portarias, em outros são registrados em ata. 01/09/2019 Função dos Conselheiros https://mooc.escolavirtual.gov.br/mod/book/tool/print/index.php?id=93590 8/12 4. Apoio aos Conselheiros • Durante o exercício de suas atividades, os conselheiros e conselheiras precisam de auxílio. • Em geral, o apoio administrativo e logístico mais direto é fornecido pelo Poder Público via secretaria executiva do conselho. • Isso inclui informações, comunicações, material e espaço de trabalho, apoio às reuniões e outras tarefas rotineiras. • Há casos em que o apoio necessário tem uma complexidade maior. É sempre importante verificar a legislação específica do órgão e do ente da federação a que o conselho se vincula. • Necessidades de deslocamento podem ser supridas diretamente (oferecendo passagens ou veículos) ou por ressarcimento. • No governo federal, a compra de passagens é regulada pela Instrução Normativa n. 3/2015. • Da mesma forma, necessidades de hospedagem e alimentação podem ser supridas diretamente ou por ressarcimento. • No governo federal, o ressarcimento é feito por meio de pagamento de diárias, nos termos do Decreto n. 5992/2006. • Cabe ao órgão ao qual o conselho está vinculado orientar sobre os procedimentos de solicitação, uso e prestação de contas. • A questão sobre a retribuição financeira pelo tempo dedicado ao conselho é definida pela legislação setorial. • No governo federal, a regra geral é de que “a participação dos membros no conselho é considerada prestação de serviço público relevante, não remunerada” (art. 10, Decreto 8243/2014). 01/09/2019 Função dos Conselheiros https://mooc.escolavirtual.gov.br/mod/book/tool/print/index.php?id=93590 9/12 5. Controle da Atuação • Como conselheiros e conselheiras exercem serviço público relevante, é importante que sua atuação seja acompanhada e controlada. • O controle pode ser exercido pelos representados, pelos pares ou pelo Poder Público. • A legislação setorial pode estabelecer formas e procedimentos específicos de controle. • O controle pelos representados é o controle político da atuação dos conselheiros e conselheiras. • Caso considere que seu desempenho não é satisfatório, a sociedade pode representar contra o conselheiro ou não votar nele. • De modo mais direto, o órgão ou entidade representada pode substituí-lo. • No controle pelos pares, são os colegas que avaliam se o conselheiro está contribuindo para as atividades do conselho. • Caso haja problemas, podem representar ou sugerir a sua substituição. • Vários conselhos contamcom regras de conduta ética. Nesse caso uma comissão ou a plenária tem poder de destituir conselheiros. • O Poder Público exerce o controle legal das ações dos conselheiros. • No âmbito administrativo, o órgão a que o conselho se vincula (e tribunais de contas) tem o dever de apurar se a legislação funcional foi respeitada. • No âmbito criminal, o Ministério Público e autoridades policiais podem investigar possíveis desvios e apurar responsabilidades. • Uma observação importante é que, por serem agentes públicos, condutas de conselheiros e conselheiras podem ser objeto de ações judiciais como: – ação de improbidade administrativa – regida pela Lei n. 8.429/1992 e iniciada por representação; – ação popular – regida pela Lei n. 4717/1965 e proposta por qualquer cidadão ou cidadã; – mandado de segurança e outras. • Uma conduta irregular pode gerar a responsabilização do conselheiro, de todo o conselho ou do órgão a que se vincula. – ação de improbidade administrativa – regida pela Lei n. 8.429/1992 e iniciada por representação; – ação popular – regida pela Lei n. 4717/1965 e proposta por qualquer cidadão ou cidadã; – mandado de segurança e outras. 01/09/2019 Função dos Conselheiros https://mooc.escolavirtual.gov.br/mod/book/tool/print/index.php?id=93590 10/12 6. Destituição e Renúncia • Uma questão importante, a ser verificada no ato de criação do conselho, é se as vagas são destinadas a pessoas ou a entidades. • Se a vaga é institucional, a entidade é responsável por indicar seu representante, que pode ser substituído a qualquer tempo. A substituição é obrigatória em caso de renúncia ou quando a pessoa deixa de integrar o órgão ou entidade. • Se as vagas são individuais (como nos casos de notório saber), não pode haver substituição, porque não está representando uma entidade. • Então, o vínculo do conselheiro ou conselheira pode ser encerrado de várias formas. • Conselheiros e conselheiras que foram escolhidas para cumprirem mandato perdem o vínculo pelo decurso do tempo, com o fim do mandato. • Em casos previstos no regimento, podem ser reconduzidos (iniciam novo mandato) ou ter o mandato prorrogado (por tempo determinado). • Conselheiros e conselheiras que foram indicadas (ocupam vagas institucionais) perdem o vínculo quando são substituídos por outra pessoa. • A substituição e o fim do mandato são as duas formas regulares de encerramento do vínculo. Não são excludentes: conselheiros que representam uma instituição e que cumprem mandato podem sair do conselho por substituição ou fim do mandato, o que ocorrer primeiro. • Além dessas formas, o vínculo também pode ser interrompido com a renúncia do conselheiro ou conselheira. • A renúncia é o encerramento do vínculo a pedido do conselheiro ou conselheira. • Se a vaga for institucional, o renunciante deve ser substituído pelo órgão ou entidade. Se a vaga for individual (como casos de notório saber), deve haver novo processo de escolha. • Outra possibilidade é a destituição, que ocorre quando o conselheiro ou conselheira é afastada da função contra sua vontade. Pode ocorrer: – por ordem judicial (ou legislativa); – por condenação em processo administrativo; – por decisão da plenária ou órgão de ética do conselho, se houver essa previsão no regimento; – em casos de ausência reiterada, se houver essa previsão no regimento. 01/09/2019 Função dos Conselheiros https://mooc.escolavirtual.gov.br/mod/book/tool/print/index.php?id=93590 11/12 7. Gestão de Conselhos – Passo a Passo 01/09/2019 Função dos Conselheiros https://mooc.escolavirtual.gov.br/mod/book/tool/print/index.php?id=93590 12/12