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SUMÁRIO 
 
SEMANA 1 – MORFOLOGIA ........................................................................................................................................ 1 
SEMANA 2 – SUJEITO ................................................................................................................................................ 22 
SEMANA 3 – PREDICADO .......................................................................................................................................... 35 
SEMANA 4 – COMPLEMENTO VERBAL .................................................................................................................... 43 
SEMANA 5 – ADJUNTOS E COMPLEMENTOS ......................................................................................................... 53 
SEMANA 6 – VOCATIVO E APOSTO ......................................................................................................................... 65 
SEMANA 7 – ORAÇÕES COORDENADAS ................................................................................................................ 76 
SEMANA 8 – ORAÇÕES SUBORDINADAS I ............................................................................................................. 86 
SEMANA 9 – ORAÇÕES SUBORDINADAS II ............................................................................................................ 98 
SEMANA 10 – ORAÇÕES ADJETIVAS .................................................................................................................... 108 
SEMANA 11 – ORAÇÕES ADVERBIAIS .................................................................................................................. 118 
SEMANA 12 – FUNÇÕES DO QUE .......................................................................................................................... 129 
SEMANA 13 – FUNÇÕES DO SE ............................................................................................................................. 141 
SEMANA 14 – REVISÃO ........................................................................................................................................... 151 
SEMANA 15 – VIRGULA E ANUNCIOS .................................................................................................................... 160 
SEMANA 16 – PONTUAÇÃO .................................................................................................................................... 172 
SEMANA 17 – CRASE E NTI .................................................................................................................................... 184 
SEMANA 18 – REVISÃO ........................................................................................................................................... 197 
SEMANA 19 – PRONOMES E ARTE ........................................................................................................................ 209 
SEMANA 20 – COLOCAÇÃO PRONOMINAL E PINTURA RUPESTRE A GOTICO................................................ 219 
SEMANA 21 – SEMANA DE REVISÃO ..................................................................................................................... 232 
SEMANA 22 – CONCORDÂNCIA VERBAL .............................................................................................................. 244 
SEMANA 23 – CONCORDÂNCIA NOMINAL ............................................................................................................ 255 
SEMANA 24 – REGÊNCIA ........................................................................................................................................ 266 
SEMANA 25 - VERBO .............................................................................................................................................. 281 
SEMANA 26 – ORTOGRAFIA – MUDANÇA DO ACORDO ...................................................................................... 298 
Respostas e Comentários Exercícios de Fixação ...................................................................................................... 310 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CURSO ANUAL DE GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO 
Prof. Cláudio Neves 
VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência 
 
MORFOLOGIA – SEMANA 1 
MORFENA 
O que é um morfema? 
Morfema é a menor partícula com significado existente de uma 
palavra, e que se reunida a um radical lhe confere um sentido 
diferente do anterior. Os morfemas podem ser classificados em 
dois grupos: morfemas gramaticais e morfemas lexicais. 
Morfemas e suas divisões 
Os elementos mórficos de uma palavra dividem-se em: raiz, radical, 
tema, afixos, desinências e vogal temática. 
Raiz – A raiz cumpre a função literal de seu nome, ela serve como 
base para a formação de diversas palavras, pois contém o núcleo 
significativo das mesmas. Mesmo com a mudança do radical 
percebe-se a semelhança entre palavras de uma mesma família 
por causa de seu significado. 
Radical – Radical é a parte que se repete em quase todas as 
palavras de uma mesma família, age como segmento lexical de 
uma palavra. 
Exemplos: CERT-o, CERT-eza, in-CERT-eza, a-PEDR-ejar, etc. 
Tema – Ao juntarmos a vogal temática ao radical temos, então, a 
composição do tema da palavra. 
Nos verbos o tema se obtém destacando-se o –r do infinitivo. 
Exemplos: CANTA-r, BATE-r. 
Afixos – Os afixos vêm do processo de formação da palavra. Se 
ela recebe uma partícula em seu início, meio ou fim, trata-se então 
de um afixo que pode possuir diferentes nomenclaturas. São elas: 
Prefixo (antes da palavra), Sufixo (depois da palavra), Infixo (no 
meio da palavra). 
Exemplos: contradizer, ricaço. 
Desinências – A função da desinência é designar as variações de 
número, tempo e modo para verbos; e, para nomes, as variações 
de número e gênero. 
Exemplos: menin-o, menino-s, am-o, ama-mos, etc. 
Vogal Temática – A vogal temática é o elemento que se junta ao 
radical e forma o tema de nomes e verbos. Nos verbos distinguem-
se três vogais temáticas: a (andar, amar, saltar), e (bater, entender, 
saber), i (sair, partir, unir). 
(Disponível em: https://www.estudopratico.com.br. Acesso em: 05 FEV 2018) 
[Adaptado] 
PROCESSO DE FORMAÇÃO DAS PALAVRAS 
As palavras que compõem o léxico da língua são formadas 
principalmente por dois processos morfológicos: 
1. Derivação (prefixal, sufixal, parassintética, regressiva e 
imprópria) 
2. Composição (justaposição e aglutinação) 
Afixos 
Eles são morfemas, ou seja, menores partículas significativas da 
língua. 
Juntos a um radical, os afixos formam uma palavra, por exemplo, 
pedra (palavra primitiva) e pedreira (palavra derivada). Nesse 
exemplo, foi acrescentado o sufixo -eira. 
Os afixos são classificados de acordo com sua localização na 
palavra. Assim, os sufixos vem depois do radical, por exemplo, 
folhagem e livraria. 
Já os prefixos são acrescentados antes do radical, por exemplo 
desleal e ilegal. 
Além deles, há ainda os “infixos” que aparecem no meio da palavra, 
sendo representados por uma consoante ou vogal, por exemplo, 
cafeteria e cafezal. 
Radical e Prefixo 
Antes de analisar uma palavra e o processo pelo qual ela foi 
formada, faz-se necessário o conhecimento de seu radical e de 
seus prefixos. 
Segue abaixo alguns exemplos de radicais e prefixos gregos e 
latinos, ou seja, as línguas que mais influenciaram o léxico da 
língua portuguesa. 
(Disponível em: https://www.todamateria.com.br. Acesso em: 05 FEV 2018) 
[Adaptado] 
1. DERIVAÇÃO 
Na derivação, a formação de uma nova palavra ocorre a partir de 
uma única palavra simples ou radical, ao qual se juntam afixos, 
formando uma nova palavra com significação própria. 
Derivaçãoprefixal 
Na derivação prefixal acrescenta-se um prefixo a uma palavra já 
existente. 
desnecessário (des- + necessário) 
contramão (contra- + mão) 
antebraço (ante- + braço) 
infeliz (in- + feliz) 
Derivação sufixal 
Na derivação sufixal acrescenta-se um sufixo a uma palavra já 
existente 
ciumento (ciúme + -ento) 
velozmente (veloz + -mente) 
orgulhoso (orgulho + -oso) 
namorico (namoro + ico) 
Derivação parassintética 
Na derivação parassintética acrescenta-se simultaneamente um 
sufixo e um prefixo a uma palavra já existente 
espairecer (es- + pairar + -ecer) 
esquentar (es- + quente + -ar) 
entediar (en- + tédio + -ar) 
desgelar (des- + gelo + -ar) 
 
 
 
 
 2 
VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência 
 
CURSO ANUAL GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO – (Prof. Cláudio Neves) 
Derivação regressiva 
Na derivação regressiva, também chamada de formação deverbal, 
ocorre redução da palavra primitiva e não acréscimo. 
boteco (de botequim) 
dispensa (do verbo dispensar) 
bandeja (do verbo bandejar) 
remoinho (do verbo remoinhar) 
Derivação imprópria 
Na derivação imprópria, atualmente chamada de conversão por 
algumas gramáticas, não há alteração da palavra primitiva, que 
permanece igual. Há, contudo, mudança de classe gramatical com 
consequente mudança de significado: verbos passam a 
substantivos, adjetivos passam a advérbios, substantivos passam a 
adjetivos,... 
jantar (verbo para substantivo) 
andar (verbo para substantivo) 
prodígio (substantivo para adjetivo) 
baixo (adjetivo para advérbio) 
2. COMPOSIÇÃO 
Na composição, a formação de uma nova palavra ocorre a partir da 
junção de duas ou mais palavras simples ou radicais. Formam-se 
assim palavras compostas com significação própria. 
Composição por aglutinação 
Ocorre composição por aglutinação quando há alteração das 
palavras formadoras. Ocorre a fusão de duas ou mais palavras 
simples ou radicais, havendo supressão de fonemas. Os elementos 
formadores perdem, assim, a sua identidade ortográfica e 
fonológica porque a nova palavra composta apresenta apenas um 
acento tônico. 
aguardente (água + ardente); 
embora (em + boa + hora); 
planalto (plano + alto); 
vinagre (vinho + acre). 
Composição por justaposição 
Ocorre composição por justaposição quando não há alteração das 
palavras formadoras. Ocorre apenas a junção de duas ou mais 
palavras simples ou radicais, que mantêm a mesma ortográfica e 
acentuação que apresentavam antes do processo de composição. 
A maior parte das palavras compostas por justaposição estão 
ligadas com um hífen. Contudo, é possível a escrita de palavras 
compostas por justaposição sem hífen ou apenas escritas juntas. 
arco-íris; 
beija-flor; 
guarda-chuva; 
segunda-feira; 
chapéu de chuva; 
fim de semana; 
girassol; 
paraquedas; 
passatempo; 
pontapé. 
Abreviação 
Na abreviação é apenas utilizada parte da palavra, em vez de ser 
utilizada a palavra na sua totalidade. Essa parte de palavra passa a 
existir como uma palavra autônoma. Neste tipo de formação de 
palavras também estão incluídas as siglas. 
foto (de fotografia) 
moto (de motocicleta) 
pneu (de pneumático) 
ONU (Organização das Nações Unidas) 
PUC (Pontifícia Universidade Católica) 
Reduplicação 
Na reduplicação ocorre a repetição de vogais ou consoantes na 
formação de uma palavra imitativa. Neste tipo de formação de 
palavras também estão incluídas as palavras onomatopaicas. A 
reduplicação é também chamada de duplicação silábica. 
pingue-pongue 
tique-taque 
bombom 
zum-zum 
pipilar 
Hibridismo 
No hibridismo ocorre a junção de palavras simples ou radicais 
provenientes de línguas diferentes. 
monóculo (grego mono + latim oculus) 
nonacosaedro (latim nona + grego cosa e edro) 
sociologia (latim socio + grego logia) 
Combinação 
Na combinação ocorre a formação de uma nova palavras através 
da junção de partes de outras palavras. 
aborrecente (aborrecer + adolescente) 
portunhol (português + espanhol) 
showmício (show + comício) 
Intensificação 
Na intensificação ocorre a criação de uma nova palavra através do 
alargamento do sufixo de uma palavra existente. Ocorre 
maioritariamente na utilização do sufixo verbal -izar. 
obstaculizar (em vez de obstar) 
protocolizar (em vez de protocolar) 
culpabilizar (em vez de culpar) 
(Disponível em: https://www.normaculta.com.br) Acesso em: 05 FEV de 2018. 
 
SEMANA 1 – Morfologia 
 
 
 
 
 
3 
VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência 
 
EXERCÍCIOS DE APRENDIZAGEM 
 
Questão 01 
Assinale a alternativa em que todas as palavras são formadas pelo mesmo processo de formação de 
palavras. 
a) espairecer, esquentar, aborrecente; 
b) ciumento, namorico, amarelado; 
c) couve-flor, guarda-chuva, pingue-pongue; 
d) desnecessário, contramão, sociologia. 
 
Questão 02 
Identifique a palavra formada pelo mesmo processo de formação que a palavra pneu. 
a) embora b) bandeja c) baixo d) moto 
 
Questão 03 
Indique em qual alternativa a palavra sublinhada não é formada por derivação parassintética. 
a) Assim, garanto que vou enlouquecer! 
b) Como você conseguiu emagrecer assim tanto? 
c) Sua atitude foi um ato de deslealdade. 
d) Quem vai envernizar a porta? 
 
Questão 04 
Em qual das seguintes palavras ocorre composição por aglutinação. 
a) couve-flor; c) aguardente; 
b) fim de semana; d) passatempo. 
 
Questão 05 
Identifique os prefixos usados nas seguintes palavras formadas por derivação prefixal. 
a) desumano; d) suprassumo; 
b) infeliz; e) antebraço; 
c) bicampeão; f) super-homem. 
 
Questão 06 
Identifique a palavra primitiva das seguintes palavras formadas por derivação regressiva. 
a) dispensa e) portuga 
b) mengo f) venda 
c) caça g) saque 
d) amostra h) boteco 
 
Questão 07 
Indique a mudança ocorrida na classe gramatical da palavra prodígio, formada por derivação imprópria. 
Frase com palavra primitiva: 
Fico sempre perplexa com os prodígios da humanidade. 
Frase com palavra derivada: 
Você queria que eu fosse um menino prodígio, mas não sou… 
Na palavra prodígio, ocorre mudança de _________________ para _________________. 
 
Questão 08 
A palavra orgulhoso é formada por derivação. 
a) prefixal; b) sufixal; c) regressiva; d) parassintética; e) imprópria. 
 
Questão 09 
Indique o processo de formação das palavras bombom, pingue-pongue e zum-zum. 
Essas palavras são formadas por _________________. 
 
Questão 10 
Indique o processo de formação das palavras vaivém, paraquedas e malmequer. 
Essas palavras são formadas por _________________. 
 
Anotações 
 
 
 
 
 4 
VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência 
 
CURSO ANUAL GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO – (Prof. Cláudio Neves) 
SUBSTANTIVO 
Tudo o que existe é ser, e cada ser tem um nome. Substantivo é a 
classe gramatical de palavras variáveis, as quais denominam os 
seres. Além de objetos, pessoas e fenômenos, os substantivos 
também nomeiam: 
-lugares: Alemanha, Porto Alegre... 
-sentimentos: raiva, amor... 
-estados: alegria, tristeza... 
-qualidades: honestidade, sinceridade... 
-ações: corrida, pescaria... 
Morfossintaxe do substantivo 
Nas orações de língua portuguesa, o substantivo em geral exerce 
funções diretamente relacionadas com o verbo: atua como núcleo 
do sujeito, dos complementos verbais (objeto direto ou indireto) e 
do agente da passiva. Pode ainda funcionar como núcleo do 
complemento nominal ou do aposto, como núcleo do predicativo do 
sujeito ou do objeto ou como núcleo do vocativo. Também 
encontramos substantivos como núcleos de adjuntos adnominais e 
de adjuntos adverbiais - quando essas funções são 
desempenhadas por grupos de palavras. 
(Fonte: http://www.soportugues.com.br)Classificação dos Substantivos 
Substantivos Comuns e Próprios 
Observe a definição: 
s.f. 1: Povoação maior que vila, com muitas casas e edifícios, 
dispostos em ruas e avenidas (no Brasil, toda a sede de município 
é cidade). 2. O centro de uma cidade (em oposição aos bairros). 
Qualquer "povoação maior que vila, com muitas casas e edifícios, 
dispostos em ruas e avenidas" será chamada cidade. Isso significa 
que a palavra cidade é um substantivo comum. 
Substantivo Comum é aquele que designa os seres de uma 
mesma espécie de forma genérica. 
Por exemplo: cidade, menino, homem, mulher, país, cachorro. 
Veja agora este outro exemplo: 
Estamos voando para Barcelona. 
O substantivo Barcelona designa apenas um ser da espécie 
cidade. Esse substantivo é próprio. 
Substantivo Próprio é aquele que designa os seres de uma 
mesma espécie de forma particular. 
Por exemplo: Londres, Paulinho, Pedro, Tietê, Brasil. 
Substantivos Concretos e Abstratos 
Os substantivos lâmpada e mala designam seres com existência 
própria, que são independentes de outros seres. São assim, 
substantivos concretos. 
Substantivo Concreto é aquele que designa o ser que existe, 
independentemente de outros seres. 
Obs.: os substantivos concretos designam seres do mundo real e 
do mundo imaginário. 
Seres do mundo real: homem, mulher, cadeira, cobra, Brasília, etc. 
Seres do mundo imaginário: saci, mãe-d'água, fantasma, etc. 
Observe agora: 
Beleza exposta 
Jovens atrizes veteranas destacam-se pelo visual. 
O substantivo beleza designa uma qualidade. 
Substantivo Abstrato é aquele que designa seres que dependem 
de outros para se manifestar ou existir. 
Pense bem: a beleza não existe por si só, não pode ser observada. 
Só podemos observar a beleza numa pessoa ou coisa que seja 
bela. A beleza depende de outro ser para se manifestar. Portanto, 
a palavra beleza é um substantivo abstrato. 
Os substantivos abstratos designam estados, qualidades, ações e 
sentimentos dos seres, dos quais podem ser abstraídos, e sem os 
quais não podem existir. Por exemplo: 
vida (estado), rapidez (qualidade), viagem (ação), saudade 
(sentimento). 
Substantivos Coletivos 
Observe os exemplos: 
Ele vinha pela estrada e foi picado por uma abelha, outra abelha, 
mais outra abelha. 
Ele vinha pela estrada e foi picado por várias abelhas. 
Ele vinha pela estrada e foi picado por um enxame. 
Note que, no primeiro caso, para indicar plural, foi necessário 
repetir o substantivo: uma abelha, outra abelha, mais outra 
abelha... 
No segundo caso, utilizaram-se duas palavras no plural. 
No terceiro caso, empregou-se um substantivo no singular 
(enxame) para designar um conjunto de seres da mesma espécie 
(abelhas). 
O substantivo enxame é um substantivo coletivo. 
Substantivo Coletivo é o substantivo comum que, mesmo 
estando no singular, designa um conjunto de seres da mesma 
espécie. 
Substantivos Simples e Compostos 
Observe a definição: 
Chuva: subst. Fem. 1 - água caindo em gotas sobre a terra. 
O substantivo chuva é formado por um único elemento ou radical. 
É um substantivo simples. 
Substantivo Simples é aquele formado por um único elemento. 
Outros substantivos simples: tempo, sol, sofá, etc. 
Veja agora: 
O substantivo guarda-chuva é formado por dois elementos 
(guarda + chuva). Esse substantivo é composto. 
Substantivo Composto é aquele formado por dois ou mais 
elementos. 
Outros exemplos: beija-flor, passatempo. 
Substantivos Primitivos e Derivados 
Veja: 
Meu limão meu limoeiro, 
meu pé de jacarandá... 
O substantivo limão é primitivo, pois não se originou de nenhum 
outro dentro de língua portuguesa. 
Substantivo Primitivo é aquele que não deriva de nenhuma outra 
palavra da própria língua portuguesa. 
O substantivo limoeiro é derivado, pois se originou a partir da 
palavra limão. 
Substantivo Derivado é aquele que se origina de outra palavra. 
Flexão dos Substantivos 
O substantivo é uma classe variável. A palavra é variável quando 
sofre flexão (variação). A palavra menino, por exemplo, pode 
sofrer variações para indicar: 
Plural: meninos 
SEMANA 1 – Morfologia 
 
 
 
 
 
5 
VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência 
 
Feminino: menina 
Aumentativo: meninão 
Diminutivo: menininho 
Flexão de Gênero 
Gênero é a propriedade que as palavras têm de indicar sexo real 
ou fictício dos seres. Na língua portuguesa, há dois gêneros: 
masculino e feminino. 
Pertencem ao gênero masculino os substantivos que podem vir 
precedidos dos artigos o, os, um, uns. Veja estes títulos de filmes: 
O velho e o mar 
Um Natal inesquecível 
Os reis da praia 
Pertencem ao gênero feminino os substantivos que podem vir 
precedidos dos artigos a, as, uma, umas: 
A história sem fim 
Uma cidade sem passado 
As tartarugas ninjas 
Substantivos Biformes e Substantivos Uniformes 
Substantivos Biformes (= duas formas): ao indicar nomes de 
seres vivos, geralmente o gênero da palavra está relacionado ao 
sexo do ser, havendo, portanto, duas formas, uma para o 
masculino e outra para o feminino. 
Observe: 
gato - gata 
homem - mulher 
poeta - poetisa 
prefeito – prefeita 
Substantivos Uniformes são aqueles que apresentam uma única 
forma, que serve tanto para o masculino quanto para o feminino. 
Classificam-se em: 
Epicenos: têm um só gênero e nomeiam bichos. Por exemplo: 
a cobra macho e a cobra fêmea, o jacaré macho e o jacaré fêmea. 
Sobrecomuns: têm um só gênero e nomeiam pessoas. Por 
exemplo: 
a criança, a testemunha, a vítima, o cônjuge, o gênio, o ídolo, o 
indivíduo. 
Comuns de Dois Gêneros: indicam o sexo das pessoas por meio 
do artigo. Por exemplo: 
o colega e a colega, o doente e a doente, o artista e a artista. 
Saiba que: 
- Substantivos de origem grega terminados em -ema ou - oma são 
masculinos. 
Por exemplo: o axioma, o fonema, o poema, o sistema, o sintoma, 
o teorema. 
- Existem certos substantivos que, variando de gênero, variam em 
seu significado. 
Por exemplo: 
o rádio (aparelho receptor) e a rádio (estação emissora) 
o capital (dinheiro) e a capital (cidade) 
Formação do Feminino dos Substantivos 
a) Regra: troca-se a terminação -o por -a. Por exemplo: 
aluno - aluna 
b) Substantivos terminados em -ês:acrescenta-se -a ao 
masculino. Por exemplo: 
freguês - freguesa 
c) Substantivos terminados em -ão: fazem o feminino de três 
formas: 
- troca-se -ão por -oa. Por exemplo: patrão - patroa 
- troca-se -ão por -ã. Por exemplo: campeão - campeã 
-troca-se -ão por ona. Por exemplo: solteirão - solteirona 
Exceções: 
barão – baronesa 
ladrão - ladra 
sultão - sultana 
d) Substantivos terminados em -or: 
- acrescenta-se -a ao masculino. Por exemplo: doutor - doutora 
- troca-se -or por -triz: imperador - imperatriz 
e) Substantivos com feminino em -esa, -essa, -isa: 
-esa - -essa- -isa- 
cônsul - consulesa abade - abadessa poeta - poetisa 
duque - duquesa conde - condessa profeta - profetisa 
f) Substantivos que formam o feminino trocando o -e final por -a: 
elefante - elefanta 
g) Substantivos que têm radicais diferentes no masculino e no 
feminino: 
bode – cabra 
boi - vaca 
h) Substantivos que formam o feminino de maneira especial, isto é, 
não seguem nenhuma das regras anteriores: 
czar – czarina 
réu - ré 
Substantivos de Gênero Incerto 
Existem numerosos substantivos de gênero incerto e flutuante, 
sendo usados com a mesma significação, ora como masculinos, 
ora como femininos. 
a abusão - erro comum, superstição, crendice 
a aluvião - sedimentos deixados pelas águas, inundação, grande 
numero 
a cólera ou cólera-morbo - doença infecciosa 
a personagem - pessoa importante, pessoa que figura numa 
história 
a trama - intriga, conluio, maquinação, cilada 
a xerox(ou xérox) - cópia xerográfica, xerocópia 
o ágape - refeição que os cristãos faziam em comum, banquete de 
confraternização 
o caudal - torrente, rio 
o diabetes ou diabete - doença 
o jângal - floresta própria da Índia 
o lhama - mamífero ruminante da família dos camelídeos 
o ordenança - soldado às ordens de um oficial 
o praça - soldado raso 
o preá - pequeno roedor 
Note que: 
1. A palavra personagem é usada indistintamente nos dois 
gêneros. 
a) Entre os escritores modernos nota-se acentuada preferência 
pelo masculino. Por exemplo: 
O menino descobriu nas nuvens os personagens dos contos de 
carochinha. 
 
 
 
 
 6 
VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência 
 
CURSO ANUAL GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO – (Prof. Cláudio Neves) 
b) Com referência a mulher, deve-se preferir o feminino: 
O problema está nas mulheres de mais idade, que não aceitam a 
personagem. 
Não cheguei assim, nem era minha intenção, a criar uma 
personagem. 
2. Ordenança, praça (soldado) e sentinela (soldado, atalaia) são 
sentidos e usados na língua atual, como masculinos, por se 
referirem, ordinariamente, a homens. 
3. Diz-se: o (ou a) manequim Marcela, o (ou a) modelo fotográfico 
Ana Belmonte. 
Observe o gênero dos substantivos seguintes: 
Masculinos: 
o tapa 
o eclipse 
o lança-perfume 
o dó (pena) 
o sanduíche 
o clarinete 
o champanha 
o sósia 
o maracajá 
o clã 
o hosana 
o herpes 
o pijama 
o suéter 
o soprano 
o proclama 
o pernoite 
o púbis 
Femininos: 
a dinamite 
a áspide 
a derme 
a hélice 
a alcíone 
a filoxera 
a clâmide 
a omoplata 
a cataplasma 
a pane 
a mascote 
a gênese 
a entorse 
a libido 
a cal 
a faringe 
a cólera (doença) 
a ubá (canoa) 
São geralmente masculinos os substantivos de origem grega 
terminados em -ma: 
o grama (peso) 
o quilograma 
o plasma 
o apostema 
o diagrama 
o epigrama 
o telefonema 
o estratagema 
o dilema 
o teorema 
o apotegma 
o trema 
o eczema 
o edema 
o magma 
o anátema 
o estigma 
o axioma 
o tracoma 
o hematoma 
Exceções: a cataplasma, a celeuma, a fleuma, etc. 
Flexão de Número do Substantivo 
Em português, há dois números gramaticais: 
O singular, que indica um ser ou um grupo de seres; 
O plural, que indica mais de um ser ou grupo de seres. 
 A característica do plural é o s final. 
Plural dos Substantivos Simples 
a) Os substantivos terminados em vogal, ditongo oral e n fazem o 
plural pelo acréscimo de s. Por exemplo: 
pai – pais 
ímã - ímãs 
hífen - hifens (sem acento, no plural). 
Exceção: cânon - cânones. 
b) Os substantivos terminados em m fazem o plural em ns. Por 
exemplo: homem - homens. 
c) Os substantivos terminados em r e z fazem o plural pelo 
acréscimo de es. Por exemplo: 
revólver – revólveres 
raiz - raízes 
Atenção: O plural de caráter é caracteres. 
d) Os substantivos terminados em al, el, ol, ul flexionam-se no 
plural, trocando o l por is. Por exemplo: 
quintal - quintais 
caracol – caracóis 
hotel - hotéis 
Exceções: mal e males, cônsul e cônsules. 
e) Os substantivos terminados em il fazem o plural de duas 
maneiras: 
- Quando oxítonos, em is. Por exemplo: canil - canis 
- Quando paroxítonos, em eis. Por exemplo: míssil - mísseis. 
Obs.: a palavra réptil pode formar seu plural de duas maneiras: 
répteis ou reptis (pouco usada). 
f) Os substantivos terminados em s fazem o plural de duas 
maneiras: 
- Quando monossilábicos ou oxítonos, mediante o acréscimo 
de es. Por exemplo: ás – ases 
retrós - retroses 
- Quando paroxítonos ou proparoxítonos, ficam invariáveis. 
Por exemplo: 
o lápis - os lápis 
o ônibus - os ônibus. 
g) Os substantivos terminados em ão fazem o plural de três 
maneiras. 
- substituindo o -ão por -ões: 
Por exemplo: ação - ações 
- substituindo o -ão por -ães: 
Por exemplo: cão - cães 
- substituindo o -ão por -ãos: 
Por exemplo: grão - grãos 
h) Os substantivos terminados em x ficam invariáveis. 
Por exemplo: o látex - os látex. 
Plural dos Substantivos Compostos 
A formação do plural dos substantivos compostos depende da 
forma como são grafados, do tipo de palavras que formam o 
composto e da relação que estabelecem entre si. Aqueles que são 
grafados sem hífen comportam-se como os substantivos simples: 
aguardente e aguardentes 
girassol e girassóis 
pontapé e pontapés 
malmequer e malmequeres 
Para pluralizar os substantivos compostos cujos elementos 
são ligados por hífen, observe as orientações a seguir: 
a) Quando as duas palavras forem substantivos, pode-se optar por 
colocar apenas o primeiro elemento ou ambos no plural: 
palavra-chave = palavras-chave ou palavras-chaves 
couve-flor = couves-flor ou couves-flores 
bomba-relógio = bombas-relógio ou bombas-relógios 
peixe-espada = peixes-espada ou peixes-espadas 
b) Flexionam-se os dois elementos, quando formados de: 
substantivo + adjetivo = amor-perfeito e amores-perfeitos 
SEMANA 1 – Morfologia 
 
 
 
 
 
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adjetivo + substantivo = gentil-homem e gentis-homens 
numeral + substantivo = quinta-feira e quintas-feiras 
c) Flexiona-se somente o segundo elemento, quando formados 
de: 
verbo + substantivo = guarda-roupa e guarda-roupas 
palavra invariável + palavra variável = alto-falante e alto-falantes 
palavras repetidas ou imitativas = reco-reco e reco-recos 
d) Flexiona-se somente o primeiro elemento, quando formados de: 
substantivo + preposição clara + substantivo = água-de-colônia e 
águas-de-colônia 
substantivo + preposição oculta + substantivo = cavalo-vapor e 
cavalos-vapor 
e) Permanecem invariáveis, quando formados de: 
verbo + advérbio = o bota-fora e os bota-fora 
verbo + substantivo no plural = o saca-rolhas e os saca-rolhas 
f) Casos Especiais 
o louva-a-deus e os louva-a-deus 
o bem-te-vi e os bem-te-vis 
o bem-me-quer e os bem-me-queres 
o joão-ninguém e os joões-ninguém. 
Plural dos Diminutivos 
Flexiona-se o substantivo no plural, retira-se o s final e acrescenta-
se o sufixo diminutivo. 
pãe(s) + zinhos = pãezinhos 
animai(s) + zinhos = animaizinhos 
botõe(s) + zinhos = botõezinhos 
chapéu(s) + zinhos = chapeuzinhos 
farói(s) + zinhos = faroizinhos 
tren(s) + zinhos = trenzinhos 
colhere(s) + zinhas = colherezinhas 
flore(s) + zinhas = florezinhas 
mão(s) + zinhas = mãozinhas 
papéi(s) + zinhos = papeizinhos 
nuven(s) + zinhas = nuvenzinhas 
funi(s) + zinhos = funizinhos 
túnei(s) + zinhos = tuneizinhos 
pai(s) + zinhos = paizinhos 
pé(s) + zinhos = pezinhos 
pé(s) + zitos = pezitos 
Obs.: são anômalos os plurais pastorinhos(as), papelinhos, 
florzinhas, florinhas, colherzinhas e mulherzinhas, correntes na 
língua popular, e usados até por escritores de renome. 
Plural dos Nomes Próprios 
Apesar de parecer estranho, segundo a ortografia oficial, os nomes 
próprios estão sujeitos às mesmas regras estabelecidas para os 
nomes comuns. 
Isso significa que os nomes próprios também variam no plural. 
Logo, é correto escrever as Marias, os Joões, os Pedros, os 
Robertos, etc. 
Afinal, podemos estar falando de várias pessoas com o mesmo 
prenome. Exemplos: 
Os Albertos que estudam comigo não compareceram na aula hoje. 
Gosto das novelas protagonizadas pelos dois Marcelos: o Faria e o 
Serrado. 
Quanto ao sobrenome, atualmente existe uma tendência a deixá-lo 
no singular: os Camargo, os Cavalcanti, os Figueiredo. 
Na verdade, você pode escolher entre "os Oliveira" ou "os 
Oliveiras", embora o primeiro seja mais bem aceito. 
Assim, se você preferir seguir a tendência atual de deixar tudo 
invariável, não terá dificuldade alguma. Inclusive para sobrenomes 
compostos, como Andrada e Silva, bastaria acrescentar o artigo: os 
Andrada e Silva. 
Plural dos SubstantivosEstrangeiros 
Substantivos ainda não aportuguesados devem ser escritos como 
na língua original, acrescentando-se s (exceto quando terminam 
em s ou z).Por exemplo: 
os shows 
os shorts 
os jazz 
Substantivos já aportuguesados flexionam-se de acordo com as 
regras de nossa língua. Por exemplo: 
os clubes 
os jipes 
as toaletes 
os garçons 
os chopes 
os esportes 
os bibelôs 
os réquiens 
Observe o exemplo: 
Este jogador faz gols toda vez que joga. 
O plural correto seria gois (ô), mas não se usa. 
Plural com Mudança de Timbre 
Certos substantivos formam o plural com mudança de timbre da 
vogal tônica (ofechado / o aberto). É um fato fonético 
chamado metafonia. 
Singular Plural 
corpo (ô) 
esforço 
fogo 
forno 
fosso 
imposto 
olho 
osso 
ovo 
poço 
porto 
posto 
rogo 
tijolo 
 corpos (ó) 
esforços 
fogos 
fornos 
fossos 
impostos 
olhos 
ossos 
ovos 
poços 
portos 
postos 
rogos 
tijolos 
 
Têm a vogal tônica fechada (ô): adornos, almoços, bolsos, 
esposos, estojos, globos, gostos, polvos, rolos, soros, etc. 
Obs.: distinga-se molho (ô), caldo (molho de carne), de molho (ó), 
feixe (molho de lenha). 
Particularidades sobre o Número dos Substantivos 
a) Há substantivos que só se usam no singular: Por exemplo: 
o sul, o norte, o leste, o oeste, a fé, etc. 
b) Outros só no plural. Por exemplo: 
as núpcias, os víveres, os pêsames, as espadas/os paus (naipes 
de baralho), as fezes. 
 
 
 
 
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CURSO ANUAL GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO – (Prof. Cláudio Neves) 
c) Outros, enfim, têm, no plural, sentido diferente do singular. Por 
exemplo: 
bem (virtude) e bens (riquezas) 
honra (probidade, bom nome) e honras (homenagem, títulos) 
d) Usamos às vezes, os substantivos no singular mas com sentido 
de plural. Por exemplo: 
Aqui morreu muito negro. 
Celebraram o sacrifício divino muitas vezes em capelas 
improvisadas. 
Juntou-se ali uma população de retirantes que, entre homem, 
mulher e menino, ia bem cinquenta mil." 
Flexão de Grau do Substantivo 
Grau é a propriedade que as palavras têm de exprimir as variações 
de tamanho dos seres. Classifica-se em: 
Grau Normal 
Indica um ser de tamanho considerado normal. 
Por exemplo: casa. 
Grau Aumentativo 
Indica o aumento do tamanho do ser. Classifica-se em: 
Analítico = o substantivo é acompanhado de um adjetivo que 
indica grandeza. 
Por exemplo: casa grande. 
Sintético = é acrescido ao substantivo um sufixo indicador de 
aumento. 
Por exemplo: casarão. 
Grau Diminutivo 
Indica a diminuição do tamanho do ser. Pode ser: 
Analítico = substantivo acompanhado de um adjetivo que indica 
pequenez. 
Por exemplo: casa pequena. 
Sintético = é acrescido ao substantivo um sufixo indicador de 
diminuição. 
Por exemplo: casinha. 
(Fonte: http://www.soportugues.com.br) 
 
ADJETIVO 
Adjetivo é a palavra que expressa uma qualidade ou característica 
do ser e se "encaixa" diretamente ao lado de um substantivo. 
Ao analisarmos a palavra bondoso, por exemplo, percebemos que 
além de expressar uma qualidade, ela pode ser "encaixada 
diretamente" ao lado de um substantivo: homem bondoso, moça 
bondosa, pessoa bondosa. 
Já com a palavra bondade, embora expresse uma qualidade, não 
acontece o mesmo; não faz sentido dizer: homem bondade, moça 
bondade, pessoa bondade. 
Bondade, portanto, não é adjetivo, mas substantivo. 
Morfossintaxe do Adjetivo: 
O adjetivo exerce sempre funções sintáticas relativas aos 
substantivos, atuando como adjunto adnominal ou 
como predicativo (do sujeito ou do objeto). 
Classificação do Adjetivo 
Explicativo: exprime qualidade própria do ser. Por exemplo: neve 
fria. 
Restritivo: exprime qualidade que não é própria do ser. Por 
exemplo: fruta madura. 
Formação do Adjetivo 
Quanto à formação, o adjetivo pode ser: 
ADJETIVO 
SIMPLES 
Formado por um só 
radical. 
Por exemplo: brasileiro, 
escuro, magro, cômico. 
ADJETIVO 
COMPOSTO 
Formado por mais de 
um radical. 
Por exemplo: luso-
brasileiro, castanho-
escuro, amarelo-canário. 
ADJETIVO 
PRIMITIVO 
É aquele que dá 
origem a outros 
adjetivos. 
Por exemplo: belo, bom, 
feliz, puro. 
ADJETIVO 
DERIVADO 
É aquele que deriva 
de substantivos ou 
verbos. 
Por exemplo: belíssimo, 
bondoso, magrelo. 
 
ARTIGO 
Artigo é a palavra que, vindo antes de um substantivo, indica se 
ele está sendo empregado de maneira definida ou indefinida. Além 
disso, o artigo indica, ao mesmo tempo, o gênero e o número dos 
substantivos. 
Classificação dos Artigos 
Artigos Definidos: determinam os substantivos de maneira 
precisa: o, a, os, as. 
Por exemplo: Eu matei o animal. 
Artigos Indefinidos: determinam os substantivos de maneira 
vaga: um, uma, uns, umas. 
Por exemplo: Eu matei um animal. 
Combinação dos Artigos 
É muito presente a combinação dos artigos definidos e indefinidos 
com preposições. Este quadro apresenta a forma assumida por 
essas combinações: 
Preposições Artigos 
 o, os a, as um, uns uma, umas 
a ao, aos à, às - - 
de do, dos da, das dum, duns duma, dumas 
em no, nos na, nas num, nuns numa, numas 
por (per) pelo, pelos pela, pelas - - 
- As formas à e às indicam a fusão da preposição a com o artigo 
definido a. Essa fusão de vogais idênticas é conhecida por crase. 
- As formas pelo(s)/pela(s) resultam da combinação dos artigos 
definidos com a forma per, equivalente a por. 
Artigos, leitura e produção de textos 
O uso apropriado dos artigos definidos e indefinidos permite não 
apenas evitar problemas com o gênero e o número de 
determinados substantivos, mas principalmente explorar detalhes 
de significação bastante expressivos. Em geral, informações 
novas, nos textos, são introduzidas por pronomes indefinidos e, 
posteriormente, retomadas pelos definidos. Assim, o referente 
determinado pelo artigo definido passa a fazer parte de um 
conjunto argumentativo que mantém a coesão dos textos. Além 
disso, a sutileza de muitas modificações de significados 
SEMANA 1 – Morfologia 
 
 
 
 
 
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transmitidas pelos artigos faz com que sejam frequentemente 
usados pelos escritores em seus textos literários. 
 
ADVÉRBIO 
Compare estes exemplos: 
O ônibus chegou. 
O ônibus chegou ontem. 
A palavra ontem acrescentou ao verbo chegou uma circunstância 
de tempo: ontem é um advérbio. 
Marcos jogou bem. 
Marcos jogou muito bem. 
A palavra muito intensificou o sentido do advérbio bem: muito, 
aqui, é um advérbio. 
A criança é linda. 
A criança é muito linda. 
A palavra muito intensificou a qualidade contida no adjetivo 
linda: muito, nessa frase, é um advérbio. 
Advérbio é uma palavra invariável que modifica o sentido do 
verbo, do adjetivo e do próprio advérbio. 
Às vezes, um advérbio pode se referir a uma oração inteira; nessa 
situação, normalmente transmitem a avaliação de quem fala ou 
escreve sobre o conteúdo da oração. 
Por exemplo: 
As providências tomadas foram infrutíferas, lamentavelmente. 
Quando modifica um verbo, o advérbio pode acrescentar várias 
ideias, tais como: 
Tempo: Ela chegou tarde. 
Lugar: Ele mora aqui. 
Modo: Eles agiram mal. 
Negação: Ela não saiu de casa. 
Dúvida: Talvez ele volte. 
Observações: 
- Os advérbios que se relacionam ao verbo são palavras que 
expressam circunstâncias do processo verbal, podendo 
assim, ser classificados como determinantes. 
Por exemplo: 
Ninguém manda aqui! 
mandar: verbo 
aqui: advérbio de lugar = determinante do verbo 
- Quando modifica um adjetivo, o advérbio acrescenta a ideia de 
intensidade. 
Por exemplo: 
O filme era muito bom. 
- Na linguagem jornalísticae publicitária atuais, têm sido frequentes 
os advérbios associados a substantivos: 
Por exemplo: 
"Isso é simplesmente futebol" - disse o jogador. 
"Orgulhosamente Brasil" é o que diz a nova campanha publicitária 
ufanista. 
Flexão do Advérbio 
Outra característica dos advérbios se refere a sua organização 
morfológica. Os advérbios são palavras invariáveis, isto é, não 
apresentam variação em gênero e número. Alguns advérbios, 
porém, admitem a variação em grau. Observe: 
Grau Comparativo 
Forma-se o comparativo do advérbio do mesmo modo que o 
comparativo do adjetivo: 
de igualdade: tão + advérbio + quanto (como) 
Por exemplo: Renato fala tão alto quanto João. 
de inferioridade: menos + advérbio + que (do que) 
Por exemplo: Renato fala menos alto do que João. 
de superioridade: 
Analítico: mais + advérbio + que (do que) 
Por exemplo: Renato fala mais alto do que João. 
Sintético: melhor ou pior que (do que) 
Por exemplo: Renato fala melhor que João. 
Grau Superlativo 
O superlativo pode ser analítico ou sintético: 
Analítico: acompanhado de outro advérbio. 
Por exemplo: Renato fala muito alto. 
muito = advérbio de intensidade 
alto = advérbio de modo 
Sintético: formado com sufixos. 
Por exemplo: Renato fala altíssimo. 
Obs.: as formas diminutivas (cedinho, pertinho, etc.) são 
comuns na língua popular. Observe: 
Maria mora pertinho daqui. (muito perto) 
A criança levantou cedinho. (muito cedo) 
 
PRONOME 
Pronome é a palavra que se usa em lugar do nome, ou a ele se 
refere, ou, ainda, que acompanha o nome qualificando-o de 
alguma forma. 
Exemplos: 
1. A moça era mesmo bonita. Ela morava nos meus sonhos! 
[substituição do nome] 
2. A moça que morava nos meus sonhos era mesmo bonita! 
[referência ao nome] 
3. Essa moça morava nos meus sonhos! 
[qualificação do nome] 
Grande parte dos pronomes não possuem significados fixos, isto é, 
essas palavras só adquirem significação dentro de um contexto, o 
qual nos permite recuperar a referência exata daquilo que está 
sendo colocado por meio dos pronomes no ato da comunicação. 
Com exceção dos pronomes interrogativos e indefinidos, os demais 
pronomes têm por função principal apontar para as pessoas do 
discurso ou a elas se relacionar, indicando-lhes sua situação no 
tempo ou no espaço. Em virtude dessa característica, os pronomes 
apresentam uma forma específica para cada pessoa do discurso. 
Exemplos: 
1. Minha carteira estava vazia quando eu fui assaltada. 
[minha/eu: pronomes de 1ª pessoa = aquele que fala] 
2. Tua carteira estava vazia quando tu foste assaltada? 
[tua/tu: pronomes de 2ª pessoa = aquele a quem se fala] 
3. A carteira dela estava vazia quando ela foi assaltada. 
[dela/ela: pronomes de 3ª pessoa = aquele de quem se fala] 
Em termos morfológicos, os pronomes são palavras variáveis em 
gênero (masculino ou feminino) e em número (singular ou plural). 
 
 
 
 
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Assim, espera-se que a referência através do pronome seja 
coerente em termos de gênero e número (fenômeno da 
concordância) com o seu objeto, mesmo quando este se apresenta 
ausente no enunciado. 
Exemplos: 
1. [Fala-se de Roberta] 
2. Ele quer participar do desfile da nossa escola neste ano. 
[nossa: pronome que qualifica "escola" = concordância adequada] 
[neste: pronome que determina "ano" = concordância adequada] 
[ele: pronome que faz referência à "Roberta" = concordância 
inadequada] 
Existem seis tipos de pronomes: pessoais, possessivos, 
demonstrativos, indefinidos, relativos e interrogativos. 
 
CONJUNÇÃO 
Além da preposição, há outra palavra que, na frase, é usada como 
elemento de ligação: a conjunção. 
Por exemplo: 
A menina segurou a boneca e mostrou quando viu as amiguinhas. 
Deste exemplo podem ser retiradas três informações: 
segurou a boneca 
a menina mostrou 
viu as amiguinhas 
Cada informação está estruturada em torno de um verbo: segurou, 
mostrou, viu. Assim, há nessa frase três orações: 
1ª oração: A menina segurou a boneca 
2ª oração: e mostrou 
3ª oração: quando viu as amiguinhas. 
A segunda oração liga-se à primeira por meio do "e", e a terceira 
oração liga-se à segunda por meio do "quando". As palavras "e" e 
"quando" ligam, portanto, orações. 
Observe: 
Gosto de natação e de futebol. 
Nessa frase as expressões de natação, de futebol são partes ou 
termos de uma mesma oração. Logo, a palavra "e" está ligando 
termos de uma mesma oração. 
Conjunção é a palavra invariável que liga duas orações ou 
dois termos semelhantes de uma mesma oração. 
Morfossintaxe da Conjunção 
As conjunções, a exemplo das preposições, não exercem 
propriamente uma função sintática: são conectivos. 
 
PREPOSIÇÃO 
Preposição é a palavra que estabelece uma relação entre dois ou 
mais termos da oração. Essa relação é do tipo subordinativa, ou 
seja, entre os elementos ligados pela preposição não há sentido 
dissociado, separado, individualizado; ao contrário, o sentido da 
expressão é dependente da união de todos os elementos que a 
preposição vincula. 
Exemplos: 
1. Os amigos de João estranharam o seu modo de vestir. 
amigos de João / modo de vestir: elementos ligados por 
preposição de: preposição 
2. Ela esperou com entusiasmo aquele breve passeio. 
esperou com entusiasmo: elementos ligados por preposição 
com: preposição 
 
Esse tipo de relação é considerada uma conexão, em que os 
conectivos cumprem a função de ligar elementos. A preposição é 
um desses conectivos e se presta a ligar palavras entre si num 
processo de subordinação denominado regência. 
Diz-se regência devido ao fato de que, na relação estabelecida 
pelas preposições, o primeiro elemento – chamado antecedente – 
é o termo que rege, que impõe um regime; o segundo elemento, 
por sua vez – chamado consequente – é o termo regido, aquele 
que cumpre o regime estabelecido pelo antecedente. 
Exemplos: 
1. A hora das refeições é sagrada. 
hora das refeições: elementos ligados por preposição 
de + as = das: preposição 
hora: termo antecedente = rege a construção "das refeições" 
refeições: termo consequente = é regido pela construção "hora da" 
2. Alguém passou por aqui. 
passou por aqui: elementos ligados por preposição 
por: preposição 
passou: termo antecedente = rege a construção "por aqui" 
aqui: termo consequente = é regido pela construção "passou por" 
As preposições são palavras invariáveis, pois não sofrem flexão 
de gênero, número ou variação em grau como os nomes, nem de 
pessoa, número, tempo, modo, aspecto e voz como os verbos. No 
entanto, em diversas situações as preposições se combinam a 
outras palavras da língua (fenômeno da contração) e, assim, 
estabelecem uma relação de concordância em gênero e número 
com essas palavras às quais se ligam. Mesmo assim, não se trata 
de uma variação própria da preposição, mas sim da palavra com a 
qual ela se funde. 
Por exemplo: 
de + o = do 
por + a = pela 
em + um = num 
As preposições podem introduzir: 
a) Complementos Verbais 
Por exemplo: Eu obedeço "aos meus pais". 
b) Complementos Nominais 
Por exemplo: Continuo obediente "aos meus pais". 
c) Locuções Adjetivas 
Por exemplo: É uma pessoa "de valor". 
d) Locuções Adverbiais 
Por exemplo: Tive de agir "com cautela". 
e) Orações Reduzidas 
Por exemplo: "Ao chegar", comentou sobre o fato ocorrido. 
Classificação das Preposições 
As palavras da Língua Portuguesa que atuam exclusivamente 
como preposição são chamadas preposições essenciais. São 
elas: 
 a, ante, após, até, com, contra, de, desde, em, entre, para, per, 
perante, por, sem, sob, sobre, trás 
Observações: 
1) A preposição após, acidentalmente, pode ser advérbio, com a 
significação de atrás,depois. 
Por exemplo: 
SEMANA 1 – Morfologia 
 
 
 
 
 
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Os noivos passaram, e os convidados os seguiram logo após. 
2) Dês é o mesmo que desde e ocorre com pouca frequência em 
autores modernos. 
Por exemplo: Dês que começaste a me visitar, sinto-me melhor. 
3) Trás, modernamente, só se usa em locuções adverbiais e 
prepositivas: por trás, para trás, para trás de. Como preposição 
simples, aparece, por exemplo, no antigo ditado: 
Trás mim virá quem bom me fará. 
4) Para, na fala popular, apresenta a forma sincopada pra. 
Por exemplo: Bianca, alcance aqueles livros pra mim. 
5) Até pode ser palavra denotativa de inclusão. 
Por exemplo: Os ladrões roubaram-lhe até a roupa do corpo. 
Há palavras de outras classes gramaticais que, em determinadas 
situações, podem atuar como preposições. São, por isso, 
chamadas preposições acidentais: 
como (= na qualidade de), conforme (= de acordo com), 
segundo (= conforme), consoante (= conforme), durante, salvo, 
fora, mediante, tirante, exceto, senão, visto (=por). 
Saiba que: 
As preposições essenciais regem sempre a forma oblíqua tônica 
dos pronomes pessoais: 
Por exemplo: 
Não vá sem mim à escola. 
As preposições acidentais, por sua vez, regem a forma reta 
desses mesmos pronomes: 
Por exemplo: 
Todos, exceto eu, preferem sorvete de chocolate. 
Locução Prepositiva 
É o conjunto de duas ou mais palavras que têm o valor de uma 
preposição. A última palavra dessas locuções é sempre uma 
preposição. 
Principais locuções prepositivas: 
abaixo de acima de acerca de 
a fim de além de a par de 
apesar de antes de depois de 
ao invés de diante de em fase de 
em vez de graças a junto a 
junto com junto de à custa de 
defronte de através de em via de 
de encontro a em frente de em frente a 
sob pena de a respeito de ao encontro de 
Combinação e Contração da Preposição 
Quando as preposições a, de, em e per unem-se a certas 
palavras, formando um só vocábulo, essa união pode ser por: 
Combinação: ocorre quando a preposição, ao unir-se a outra 
palavra, mantém todos os seus fonemas. 
Por exemplo: preposição a + artigo masculino o = ao preposição a 
+ artigo masculino os = aos 
Contração: ocorre quando a preposição sofre modificações na sua 
estrutura fonológica ao unir-se a outra palavra. As 
preposições de e em, por exemplo, formam contrações com os 
artigos e com diversos pronomes. Veja: 
do dos da das 
num nuns numa numas 
disto disso daquilo 
naquele naqueles naquela naquelas 
Observe outros exemplos: 
em + a = na 
em + aquilo = naquilo 
de + aquela = daquela 
de + onde = donde 
Obs.: as formas pelo, pela, pelos, pelas resultam da contração 
da antiga preposição per com os artigos definidos. 
Por exemplo: per + o = pelo 
Encontros Especiais 
A contração da preposição a com os artigos ou pronomes 
demonstrativos a, as ou com o "a" inicial dos pronomes aquele, 
aqueles, aquela, aquelas, aquilo resulta numa fusão de vogais a 
que se chama de crase - que deve ser assinalada na escrita pelo 
uso do acento grave. 
Por exemplo: a + a = à 
Exemplos: às - àquela - àquelas - àquele - àqueles - àquilo 
Principais Relações estabelecidas pelas Preposições • Autoria - Esta música é de Roberto Carlos. • Lugar - Estou em casa. • Tempo -Eu viajei durante as férias. • Modo ou conformidade - Vamos escolher por sorteio. • Causa - Estou tremendo de frio • Assunto - Não gosto de falar sobre política. • Fim ou finalidade - Eu vim para ficar • Instrumento - Paulo feriu- se com a faca. • Companhia - Hoje vou sair com meus amigos. • Meio - Voltarei a andar a cavalo. • Matéria - Devolva-me meu anel de prata. • Posse - Este é o carro de João. • Oposição - O Flamengo jogou contra Fluminense. • Conteúdo - Tomei um copo de (com) vinho. • Preço - Vendemos o filhote de nosso cachorro a (por) 
R$ 300,00. • Origem - Você descende de família humilde. • Especialidade - João formou-se em Medicina. • Destino ou direção - Olhe para frente! 
Distinção entre Preposição, Pronome Pessoal Oblíquo e Artigo 
Preposição: ao ligar dois termos, estabelecendo entre eles relação 
de dependência, o "a" permanece invariável, exercendo função de 
preposição. 
Por exemplo: Fui a Brasília. 
Pronome Pessoal Oblíquo: ao substituir um substantivo na frase. 
Por exemplo: 
Eu levei Júlia a Brasília. 
Eu a levei a Brasília. 
Artigo: ao anteceder um substantivo, determinando-o. 
Por exemplo: A professora foi a Brasília. 
Preposições, leitura e produção de textos 
A referência constante às preposições quando se estuda a Língua 
 
 
 
 
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CURSO ANUAL GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO – (Prof. Cláudio Neves) 
Portuguesa demonstra a importância que elas possuem na 
construção de frases e textos eficientes. As relações que as 
preposições estabelecem entre as partes do discurso são tão 
diversificadas quanto imprescindíveis; seja em textos narrativos, 
descritivos ou dissertativos, noções como tempo, lugar, causa, 
assunto, finalidade e outras costumam participar da construção da 
coerência textual e da obtenção dos efeitos de sentido discursivos. 
 
INTERJEIÇÃO 
Interjeição é a palavra invariável que exprime emoções, 
sensações, estados de espírito, ou que procura agir sobre o 
interlocutor, levando-o a adotar certo comportamento sem que, 
para isso, seja necessário fazer uso de estruturas linguísticas mais 
elaboradas. Observe o exemplo: 
Droga! Preste atenção quando eu estou falando! 
No exemplo acima, o interlocutor está muito bravo. Toda sua raiva 
se traduz numa palavra: Droga! 
Ele poderia ter dito: - Estou com muita raiva de você! Mas usou 
simplesmente uma palavra. Ele empregou a interjeição Droga! 
As sentenças da língua costumam se organizar de forma lógica: há 
uma sintaxe que estrutura seus elementos e os distribui em 
posições adequadas a cada um deles. As interjeições, por outro 
lado, são uma espécie de "palavra-frase", ou seja, há uma ideia 
expressa por uma palavra (ou um conjunto de palavras - locução 
interjetiva) que poderia ser colocada em termos de uma sentença. 
Veja os exemplos: 
1. Bravo! Bis! 
bravo e bis: interjeição 
sentença (sugestão): "Foi muito bom! Repitam!" 
2. Ai! Ai! Ai! Machuquei meu pé... 
ai: interjeição sentença (sugestão): "Isso está doendo!" ou "Estou 
com dor!" 
A interjeição é um recurso da linguagem afetiva, em que não há 
uma ideia organizada de maneira lógica, como são as sentenças 
da língua, mas sim a manifestação de um suspiro, um estado da 
alma decorrente de uma situação particular, um momento ou um 
contexto específico. 
Exemplos: 
1. Ah, como eu queria voltar a ser criança! 
ah: expressão de um estado emotivo = interjeição 
2. Hum! Esse pudim estava maravilhoso! 
hum: expressão de um pensamento súbito = interjeição 
O significado das interjeições está vinculado à maneira como elas 
são proferidas. Desse modo, o tom da fala é que dita o sentido que 
a expressão vai adquirir em cada contexto de enunciação. 
Exemplos: 
1. Psiu! 
contexto: alguém pronunciando essa expressão na rua 
significado da interjeição (sugestão): "Estou te chamando! Ei, 
espere!" 
2. Psiu! 
contexto: alguém pronunciando essa expressão em um hospital 
significado da interjeição (sugestão): "Por favor, faça silêncio!" 
3. Puxa! Ganhei o maior prêmio do sorteio! 
puxa: interjeição 
tom da fala: euforia 
4. Puxa! Hoje não foi meu dia de sorte! 
puxa: interjeição 
tom da fala: decepção 
As interjeições cumprem, normalmente, duas funções: 
a) Sintetizar uma frase exclamativa, exprimindo alegria, tristeza, 
dor, etc. 
Por exemplo: 
- Você faz o que no Brasil? 
- Eu? Eu negocio com madeiras.- Ah, deve ser muito interessante. 
b) Sintetizar uma frase apelativa 
Por exemplo: 
Cuidado! Saia da minha frente. 
As interjeições podem ser formadas por: 
a) simples sons vocálicos: Oh!, Ah!, Ó, Ô 
b) palavras: Oba!, Olá!, Claro! 
c) grupos de palavras (locuções interjetivas): Meu Deus!, Ora 
bolas! 
A ideia expressa pela interjeição depende muitas vezes 
da entonação com que é pronunciada; por isso, pode ocorrer que 
uma interjeição tenha mais de um sentido. 
Por exemplo: 
Oh! Que surpresa desagradável! (ideia de contrariedade) 
Oh! Que bom te encontrar. (ideia de alegria) 
Classificação das Interjeições 
Comumente, as interjeições expressam sentido de: 
Advertência: Cuidado!, Devagar!, Calma!, Sentido!, Atenção!, 
Olha!, Alerta! 
Afugentamento: Fora!, Passa!, Rua!, Xô! 
Alegria ou Satisfação: Oh!, Ah!,Eh!, Oba!, Viva! 
Alívio: Arre!, Uf!, Ufa! Ah! 
Animação ou Estímulo: Vamos!, Força!, Coragem!, Eia!, Ânimo!, 
Adiante!, Firme!, Toca! 
Aplauso ou Aprovação: Bravo!, Bis!, Apoiado!, Viva!, Boa! 
Concordância: Claro!, Sim!, Pois não!, Tá!, Hã-hã! 
Repulsa ou Desaprovação: Credo!, Irra!, Ih!, Livra!, Safa!, Fora!, 
Abaixo!, Francamente!, Xi!, Chega!, Basta!, Ora! 
Desejo ou Intenção: Oh!, Pudera!, Tomara!, Oxalá! 
Desculpa: Perdão! 
Dor ou Tristeza: Ai!, Ui!, Ai de mim!, Que pena!, Ah!, Oh!, Eh! 
Dúvida ou Incredulidade: Qual!, Qual o quê!, Hum!, Epa!, Ora! 
Espanto ou Admiração: Oh!, Ah!, Uai!, Puxa!, Céus!, Quê!, 
Caramba!, Opa!, Virgem!, Vixe!, Nossa!, Hem?!, Hein?, Cruz!, Putz! 
Impaciência ou Contrariedade: Hum!, Hem!, Irra!, Raios!, Diabo!, 
Puxa!, Pô!, Ora! 
Pedido de Auxílio: Socorro!, Aqui!, Piedade! 
Saudação, Chamamento ou Invocação: Salve!, Viva!, Adeus!, 
Olá!, Alô!, Ei!, Tchau!, Ô, Ó, Psiu!, Socorro!, Valha-me, Deus! 
Silêncio: Psiu!, Bico!, Silêncio! 
SEMANA 1 – Morfologia 
 
 
 
 
 
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Terror ou Medo: Credo!, Cruzes!, Uh!, Ui!, Oh! 
Saiba que: 
As interjeições são palavras invariáveis, isto é, não sofrem 
variação em gênero, número e grau como os nomes, nem de 
número, pessoa, tempo, modo, aspecto e voz como os verbos. 
No entanto, em uso específico, algumas interjeições sofrem 
variação em grau. Deve-se ter claro, neste caso, que não se 
trata de um processo natural dessa classe de palavra, mas tão 
só uma variação que a linguagem afetiva permite. 
Exemplos: oizinho, bravíssimo, até loguinho. 
Locução Interjetiva 
Ocorre quando duas ou mais palavras formam uma expressão com 
sentido de interjeição. 
Por exemplo: 
Ora bolas! Quem me dera! Virgem Maria! Meu Deus! 
Ó de casa! 
Ai de mim! Valha-me Deus! Graças a Deus! Alto lá! 
Muito bem! 
Observações: 
1) As interjeições são como frases resumidas, sintéticas. 
Por exemplo: 
Ué! = Eu não esperava por essa! 
Perdão! = Peço-lhe que me desculpe. 
2) Além do contexto, o que caracteriza a interejeição é o seu tom 
exclamativo; por isso, palavras de outras classes gramaticais 
podem aparecer como interjeições. 
Por exemplo: 
Viva! Basta! (Verbos) 
Fora! Francamente! (Advérbios) 
3) A interjeição pode ser considerada uma "palavra-frase" porque 
sozinha pode constituir uma mensagem. 
Por exemplo: 
Socorro! 
Ajudem-me! 
Silêncio! 
Fique quieto! 
4) Há, também, as interjeições onomatopaicas ou imitativas, que 
exprimem ruídos e vozes. 
Por exemplo: 
Pum! Miau! Bumba! Zás! Plaft! Pof! 
Catapimba! Tique-taque! Quá-quá-quá!, etc. 
5) Não se deve confundir a interjeição de apelo "ó" com a sua 
homônima "oh!", que exprime admiração, alegria, tristeza, etc. 
Faz-se uma pausa depois do" oh!" exclamativo e não a fazemos 
depois do "ó" vocativo. 
Por exemplo: 
"Ó natureza! ó mãe piedosa e pura!" (Olavo Bilac) 
Oh! a jornada negra!" (Olavo Bilac) 
6) Na linguagem afetiva, certas interjeições, originadas de palavras 
de outras classes, podem aparecer flexionadas no diminutivo ou no 
superlativo. 
Por exemplo: Calminha! Adeusinho! Obrigadinho! 
Interjeições, leitura e produção de textos 
Usadas com muita frequência na língua falada informal, 
quando empregadas na língua escrita, as interjeições 
costumam conferir-lhe certo tom inconfundível de 
coloquialidade. Além disso, elas podem muitas vezes indicar 
traços pessoais do falante - como a escassez de vocabulário, 
o temperamento agressivo ou dócil, até mesmo a origem 
geográfica. É nos textos narrativos - particularmente nos 
diálogos - que comumente se faz uso das interjeições com o 
objetivo de caracterizar personagens e, também, graças à sua 
natureza sintética, agilizar as falas. Natureza sintética e 
conteúdo mais emocional do que racional fazem das 
interjeições presença constante nos textos publicitários. 
 
NUMERAL 
Numeral é a palavra que indica os seres em termos numéricos, 
isto é, que atribui quantidade aos seres ou os situa em 
determinada sequência. 
Exemplos: 
1. Os quatro últimos ingressos foram vendidos há pouco. 
[quatro: numeral = atributo numérico de "ingresso"] 
2. Eu quero café duplo, e você? 
...[duplo: numeral = atributo numérico de "café"] 
3. A primeira pessoa da fila pode entrar, por favor! 
...[primeira: numeral = situa o ser "pessoa" na sequência de "fila"] 
Note bem: os numerais traduzem, em palavras, o que os números 
indicam em relação aos seres. Assim, quando a expressão é 
colocada em números (1, 1° , 1/3, etc.) não se trata de numerais, 
mas sim de algarismos. 
Além dos numerais mais conhecidos, já que refletem a ideia 
expressa pelos números, existem mais algumas palavras 
consideradas numerais porque denotam quantidade, proporção ou 
ordenação. São alguns exemplos: década, dúzia, par, ambos(as), 
novena. 
Classificação dos Numerais 
Cardinais: indicam contagem, medida. É o número básico. Por 
exemplo: um, dois, cem mil, etc. 
Ordinais: indicam a ordem ou lugar do ser numa série dada. Por 
exemplo: primeiro, segundo, centésimo, etc. 
Fracionários: indicam parte de um inteiro, ou seja, a divisão dos 
seres. Por exemplo: meio, terço, dois quintos, etc. 
Multiplicativos: expressam ideia de multiplicação dos seres, 
indicando quantas vezes a quantidade foi aumentada. Por 
exemplo: dobro, triplo, quíntuplo, etc. 
Leitura dos Numerais 
Separando os números em centenas, de trás para frente, obtêm-se 
conjuntos numéricos, em forma de centenas e, no início, também 
de dezenas ou unidades. Entre esses conjuntos usa-se vírgula; as 
unidades ligam-se pela conjunção e. 
Por exemplo: 
1.203.726 = um milhão, duzentos e três mil, setecentos e vinte 
e seis. 
45.520 = quarenta e cinco mil, quinhentos e vinte. 
FLEXÃO DOS NUMERAIS 
Os numerais cardinais que variam em gênero 
são um/uma, dois/duas e os que indicam centenas 
 
 
 
 
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de duzentos/duzentas em 
diante: trezentos/trezentas; quatrocentos/quatrocentas, etc. 
Cardinais como milhão, bilhão, trilhão, etc. variam em 
número: milhões, bilhões, trilhões, etc. Os demais cardinais são 
invariáveis. 
Os numerais ordinais variam em gênero e número: 
primeiro segundo milésimo 
primeira segunda milésima 
primeiros segundos milésimos 
primeiras segundas milésimas 
Os numerais multiplicativos são invariáveis quando atuam em 
funções substantivas: 
Por exemplo: 
Fizeram o dobro do esforço e conseguiram o triplo de produção. 
Quando atuam em funções adjetivas, esses numerais 
flexionam-se em gênero e número: 
Por exemplo: 
Teve de tomar doses triplas do medicamento. 
Os numerais fracionários flexionam-se em gênero e número. 
Observe: 
um terço/dois terços 
uma terça parte 
duas terças partes 
Os numerais coletivosflexionam-se em número. Veja: 
uma dúzia 
um milheiro 
duas dúzias 
dois milheiros 
É comum na linguagem coloquial a indicação de grau nos 
numerais, traduzindo afetividade ou especialização de sentido. É o 
que ocorre em frases como: 
Me empresta duzentinho... 
É artigo de primeiríssima qualidade! 
O time está arriscado por ter caído na segundona. (= segunda 
divisão de futebol) 
Emprego dos Numerais 
Para designar papas, reis, imperadores, séculos e partes em que 
se divide uma obra, utilizam-se os ordinais até décimo e a partir 
daí os cardinais, desde que o numeral venha depois do 
substantivo: 
Ordinais Cardinais 
João Paulo II (segundo) Tomo XV (quinze) 
D. Pedro II (segundo) Luís XVI (dezesseis) 
Ato II (segundo) Capítulo XX (vinte) 
Século VIII (oitavo) Século XX (vinte) 
Canto IX (nono) João XXIII ( vinte e três) 
Para designar leis, decretos e portarias, utiliza-se o ordinal 
até nono e o cardinal de dez em diante: 
Artigo 1.° (primeiro) Artigo 10 (dez) 
Artigo 9.° (nono) Artigo 21 (vinte e um) 
Ambos/ambas são considerados numerais. Significam "um e 
outro", "os dois" (ou "uma e outra", "as duas") e são largamente 
empregados para retomar pares de seres aos quais já se fez 
referência. 
Por exemplo: 
Pedro e João parecem ter finalmente percebido a importância da 
solidariedade. Ambos agora participam das atividades 
comunitárias de seu bairro. 
Obs.: a forma "ambos os dois" é considerada enfática. 
Atualmente, seu uso indica afetação, artificialismo. 
 
VERBO 
Verbo é a classe de palavras que se flexiona em pessoa, número, 
tempo, modo e voz. Pode indicar, entre outros processos: 
ação (correr); 
estado (ficar); 
fenômeno (chover); 
ocorrência (nascer); 
desejo (querer). 
O que caracteriza o verbo são as suas flexões, e não os seus 
possíveis significados. Observe que palavras como corrida, chuva 
e nascimento têm conteúdo muito próximo ao de alguns verbos 
mencionados acima; não apresentam, porém, todas as 
possibilidades de flexão que esses verbos possuem. 
Estrutura das Formas Verbais 
Do ponto de vista estrutural, uma forma verbal pode apresentar os 
seguintes elementos: 
a) Radical: é a parte invariável, que expressa o significado 
essencial do verbo. 
Por exemplo: fal-ei; fal-ava; fal-am. (radical fal-) 
b) Tema: é o radical seguido da vogal temática que indica a 
conjugação a que pertence o verbo. 
Por exemplo: fala-r 
São três as conjugações: 
1ª - Vogal Temática - A - (falar) 
2ª - Vogal Temática - E - (vender) 
3ª - Vogal Temática - I - (partir) 
c) Desinência modo-temporal: é o elemento que designa o tempo 
e o modo do verbo. 
Por exemplo: 
falávamos ( indica o pretérito imperfeito do indicativo.) 
falasse ( indica o pretérito imperfeito do subjuntivo.) 
d) Desinência número-pessoal: é o elemento que designa a 
pessoa do discurso ( 1ª, 2ª ou 3ª) e o número (singular ou plural). 
Por exemplo: 
falamos (indica a 1ª pessoa do plural.) 
falavam (indica a 3ª pessoa do plural.) 
Observação: o verbo pôr, assim como seus derivados ( 
compor, repor, depor, etc.), pertencem à 2ª conjugação, pois a 
forma arcaica do verbo pôr era poer. A vogal "e", apesar de 
haver desaparecido do infinitivo, revela-se em algumas formas 
do verbo: põe, pões, põem, etc. 
Formas Rizotônicas e Arrizotônicas 
Ao combinarmos os conhecimentos sobre a estrutura dos verbos 
com o conceito de acentuação tônica, percebemos com facilidade 
SEMANA 1 – Morfologia 
 
 
 
 
 
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que nas formas rizotônicas, o acento tônico cai no radical do 
verbo: opino, aprendam, nutro, por exemplo. Nas 
formas arrizotônicas, o acento tônico não cai no radical, mas sim 
na terminação verbal: opinei, aprenderão, nutriríamos. 
Classificação dos Verbos 
Classificam-se em: 
a) Regulares: são aqueles que possuem as desinências normais 
de sua conjugação e cuja flexão não provoca alterações no radical. 
Por exemplo: canto cantei cantarei cantava cantasse 
b) Irregulares: são aqueles cuja flexão provoca alterações no 
radical ou nas desinências. 
Por exemplo: faço fiz farei fizesse 
c) Defectivos: são aqueles que não apresentam conjugação 
completa. Classificam-se em impessoais, unipessoais e 
pessoais. 
Impessoais: são os verbos que não têm sujeito. Normalmente, são 
usados na terceira pessoa do singular. Os principais verbos 
impessoais são: 
a) haver, quando sinônimo de existir, acontecer, realizar-se ou 
fazer (em orações temporais). 
Por exemplo: 
Havia poucos ingressos à venda. (Havia = Existiam) 
Houve duas guerras mundiais. (Houve = Aconteceram) 
Haverá reuniões aqui. (Haverá = Realizar-se-ão) 
Deixei de fumar há muitos anos. (há = faz) 
b) fazer, ser e estar (quando indicam tempo) 
Por exemplo: 
Faz invernos rigorosos no Sul do Brasil. 
Era primavera quando a conheci. 
Estava frio naquele dia. 
c) Todos os verbos que indicam fenômenos da natureza são 
impessoais: chover, ventar, nevar, gear, trovejar, amanhecer, 
escurecer, etc. Quando, porém, se constrói, "Amanheci mal-
humorado", usa-se o verbo "amanhecer" em sentido figurado. 
Qualquer verbo impessoal, empregado em sentido figurado, deixa 
de ser impessoal para ser pessoal. 
Por exemplo: 
Amanheci mal-humorado. (Sujeito desinencial: eu) 
Choveram candidatos ao cargo. (Sujeito: candidatos) 
Fiz quinze anos ontem. (Sujeito desinencial: eu) 
d) São impessoais, ainda: 
1. o verbo passar (seguido de preposição), indicando tempo. Ex.: 
Já passa das seis. 
2. os verbos bastar e chegar, seguidos da preposição de, 
indicando suficiência. Ex.: Basta detolices. Chega de blasfêmias. 
3. os verbos estar e ficar em orações tais como Está bem, Está 
muito bem assim, Não fica bem, Fica mal, sem referência a 
sujeito expresso anteriormente. Podemos, ainda, nesse caso, 
classificar o sujeito como hipotético, tornando-se, tais verbos, 
então, pessoais. 
4. o verbo deu + para da língua popular, equivalente de "ser 
possível". Por exemplo: 
Não deu para chegar mais cedo. 
Dá para me arrumar uns trocados? 
Modos Verbais 
Dá-se o nome de modo às várias formas assumidas pelo verbo na 
expressão de um fato. Em Português, existem três modos: 
Indicativo - indica uma certeza, uma realidade. Por exemplo: Eu 
sempre estudo. 
Subjuntivo - indica uma dúvida, uma possibilidade. Por exemplo: 
Talvez eu estude amanhã. 
Imperativo - indica uma ordem, um pedido. Por 
exemplo: Estuda agora, menino. 
Formas Nominais 
Além desses três modos, o verbo apresenta ainda formas que 
podem exercer funções de nomes (substantivo, adjetivo, advérbio), 
sendo por isso denominadas formas nominais. Observe: 
a) Infinitivo Impessoal: exprime a significação do verbo de modo 
vago e indefinido, podendo ter valor e função de substantivo. 
Por exemplo: 
Viver é lutar. (= vida é luta) 
É indispensável combater a corrupção. (= combate à) 
O infinitivo impessoal pode apresentar-se no presente (forma 
simples) ou no passado (forma composta). 
Por exemplo: 
É preciso ler este livro. 
Era preciso ter lido este livro. 
b) Infinitivo Pessoal: é o infinitivo relacionado às três pessoas do 
discurso. Na 1ª e 3ª pessoas do singular, não apresenta 
desinências, assumindo a mesma forma do impessoal; nas demais, 
flexiona-se da seguinte maneira: 
2ª pessoa do singular: Radical + ES Ex.: teres(tu) 
1ª pessoa do plural: Radical + MOS Ex.: termos (nós) 
2ª pessoa do plural: Radical + DES Ex.: terdes (vós) 
3ª pessoa do plural: Radical + EM Ex.: terem (eles) 
Por exemplo: 
Foste elogiado por teres alcançado uma boa colocação. 
c) Gerúndio: o gerúndio pode funcionar como adjetivo ou 
advérbio. 
Por exemplo: 
Saindo de casa, encontrei alguns amigos. (função de advérbio)Nas ruas, havia crianças vendendo doces. (função adjetivo) 
Na forma simples, o gerúndio expressa uma ação em curso; na 
forma composta, uma ação concluída. 
Por exemplo: 
Trabalhando, aprenderás o valor do dinheiro. 
Tendo trabalhado, aprendeu o valor do dinheiro. 
d) Particípio: quando não é empregado na formação dos tempos 
compostos, o particípio indica geralmente o resultado de uma ação 
terminada, flexionando-se em gênero, número e grau. 
Por exemplo: 
Terminados os exames, os candidatos saíram. 
Quando o particípio exprime somente estado, sem nenhuma 
relação temporal, assume verdadeiramente a função de adjetivo 
(adjetivo verbal). 
Por exemplo: Ela foi a aluna escolhida para representar a escola. 
 
 
 
 
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Vozes do Verbo 
Dá-se o nome de voz à forma assumida pelo verbo para indicar se 
o sujeito gramatical é agente ou paciente da ação. São três as 
vozes verbais: 
a) Ativa: quando o sujeito é agente, isto é, pratica a ação expressa 
pelo verbo. 
Por exemplo: 
Ele fez o trabalho. 
sujeito agente ação objeto (paciente) 
b) Passiva: quando o sujeito é paciente, recebendo a ação 
expressa pelo verbo. 
Por exemplo: 
O trabalho foi feito por ele. 
sujeito paciente ação agente da passiva 
c) Reflexiva: quando o sujeito é ao mesmo tempo agente e 
paciente, isto é, pratica e recebe a ação. 
Por exemplo: 
O menino feriu-se. 
Obs.: não confundir o emprego reflexivo do verbo com a 
noção de reciprocidade. 
Por exemplo: 
Os lutadores feriram-se. (um ao outro) 
Formação da Voz Passiva 
A voz passiva pode ser formada por dois processos: analítico e 
sintético. 
1- Voz Passiva Analítica 
Constrói-se da seguinte maneira: Verbo SER + particípio do verbo 
principal. 
Por exemplo: 
A escola será pintada. 
O trabalho é feito por ele. 
Obs.: o agente da passiva geralmente é acompanhado da 
preposição por, mas pode ocorrer a construção com a 
preposição de. 
Por exemplo: A casa ficou cercada de soldados. 
- Pode acontecer ainda que o agente da passiva não esteja 
explícito na frase. 
Por exemplo: A exposição será aberta amanhã. 
- A variação temporal é indicada pelo verbo auxiliar (SER), pois o 
particípio é invariável. Observe a transformação das frases 
seguintes: 
a) Ele fez o trabalho. (pretérito perfeito do indicativo) 
 
O trabalho foi feito por ele. (pretérito perfeito do indicativo) 
b) Ele faz o trabalho. (presente do indicativo) 
 
O trabalho é feito por ele. (presente do indicativo) 
c) Ele fará o trabalho. (futuro do presente) 
 
O trabalho será feito por ele. (futuro do presente) 
- Nas frases com locuções verbais, o verbo SER assume o mesmo 
tempo e modo do verbo principal da voz ativa. Observe a 
transformação da frase seguinte: 
O vento ia levando as folhas. (gerúndio) 
As folhas iam sendo levadas pelo vento. (gerúndio) 
Obs.: é menos frequente a construção da voz passiva analítica 
com outros verbos que podem eventualmente funcionar como 
auxiliares. 
Por exemplo: A moça ficou marcada pela doença. 
2- Voz Passiva Sintética 
A voz passiva sintética ou pronominal constrói-se com o verbo na 
3ª pessoa, seguido do pronome apassivador SE. 
Por exemplo: 
Abriram-se as inscrições para o concurso. 
Destruiu-se o velho prédio da escola. 
Obs.: o agente não costuma vir expresso na voz passiva 
sintética. 
Curiosidade 
A palavra passivo possui a mesma raiz latina de paixão 
(latim passio, passionis) e ambas se relacionam com o 
significado sofrimento, padecimento. Daí vem o significado de 
voz passiva como sendo a voz que expressa a ação sofrida 
pelo sujeito. 
Na voz passiva temos dois elementos que nem sempre 
aparecem: SUJEITO PACIENTE e AGENTE DA PASSIVA. 
Conversão da Voz Ativa na Voz Passiva 
Pode-se mudar a voz ativa na passiva sem alterar 
substancialmente o sentido da frase. 
Por exemplo: 
Gutenberg inventou a imprensa (Voz Ativa) 
Sujeito da Ativa 
 
Objeto Direto 
 
A imprensa foi inventada por Gutenberg (Voz Passiva) 
Sujeito da Passiva 
 
Agente da Passiva 
 
Observe que o objeto direto será o sujeito da passiva, o sujeito 
da ativa passará a agente da passiva e o verbo ativo assumirá 
a forma passiva, conservando o mesmo tempo. Observe mais 
exemplos: 
- Os mestres têm constantemente aconselhado os alunos. 
Os alunos têm sido constantemente aconselhados pelos mestres. 
- Eu o acompanharei. 
Ele será acompanhado por mim. 
Obs.: quando o sujeito da voz ativa for indeterminado, não 
haverá complemento agente na passiva. 
Por exemplo: 
- Prejudicaram-me. 
Fui prejudicado. 
Saiba que: 
1) Aos verbos que não são ativos nem passivos ou reflexivos, são 
chamados neutros. 
Por exemplo: 
O vinho é bom. 
Aqui chove muito. 
2) Há formas passivas com sentido ativo: 
Por exemplo: 
SEMANA 1 – Morfologia 
 
 
 
 
 
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É chegada a hora. (= Chegou a hora.) 
Eu ainda não era nascido. (= Eu ainda não tinha nascido.) 
És um homem lido e viajado. (= que leu e viajou) 
3) Inversamente, usamos formas ativas com sentido passivo: 
Por exemplo: 
Há coisas difíceis de entender. (= serem entendidas) 
Mandou-o lançar na prisão. (= ser lançado) 
4) Os verbos chamar-se, batizar-se, operar-se (no sentido 
cirúrgico) e vacinar-se são considerados passivos, logo o sujeito é 
paciente. 
Por exemplo: 
Chamo-me Luís. 
Batizei-me na Igreja do Carmo. 
Operou-se de hérnia. 
Vacinaram-se contra a gripe. 
 
 
 
 
 
 
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CURSO ANUAL GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO – (Prof. Cláudio Neves) 
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 
 
SUBSTANTIVO 
 
Questão 01 
"Substantivo é o nome com que designamos seres em geral - 
pessoas, animais e coisas." 
(BECHAPA, Evanildo, Moderna gramática portuguesa. 31. ed. São Paulo: Nacional, 
1987, p.73) 
 
I - Acabamos perdendo o nosso voo por causa do trânsito ruim. 
II - Ela me olhou com um olhar estranho. 
III - O "a" pode ter o valor de artigo definido feminino em português. 
IV - Olhava tristemente a transparência das águas da represa. 
V - Comprei um par de sapatos gelo para combinar com meu novo 
vestido. 
Tomando como referência, única e exclusivamente, o trecho 
transcrito acima, pode-se afirmar que é substantivo, a palavra 
destacada 
a) em todas as sentenças. 
b) nas sentenças I, II, IV e V. 
c) nas sentenças I e III. 
d) na sentença III. 
e) na sentença V. 
 
Questão 02 - CESGRANRIO/2014 
Em qual dos períodos abaixo, a troca de posição entre a palavra 
sublinhada e o substantivo a que se refere mantém o sentido? 
a) Algum autor desejava a minha opinião sobre o seu trabalho. 
b) O mesmo porteiro me entregou o pacote na recepção do hotel. 
c) Meu pai procurou uma certa pessoa para me entregar o 
embrulho. 
d) Contar histórias é uma prazerosa forma de aproximar os 
indivíduos. 
e) Grandes poemas épicos servem para perpetuar a cultura de um 
povo. 
 
Questão 03 - VUNESP/2014 
As palavras destacadas na frase – A preocupação excessiva com 
as métricas pessoais pode levar à padronização e à robotização de 
seus usuários. – têm como sinônimos, respectivamente, 
a) descentralização e maquinação 
b) estandardização e automatização 
c) estatização e mecanização. 
d) particularização e majoração. 
e) alienação e industrialização. 
 
Questão 04 - CETRO/2014 
De acordo com a norma-padrão da Língua Portuguesa e em 
relação às classes de palavras, assinale a alternativa que 
apresenta, respectivamente, no trecho, a classificação correta dos 
vocábulos destacados. 
“Ninguém (1) sabe exatamentecomo se desenvolve o processo (2) 
da artrite, mas (3) sabemos que há pessoas mais suscetíveis (4) . 
a) 1. substantivo/ 2. adjetivo/ 3. preposição/ 4. Adjetivo 
b) 1. pronome indefinido/ 2. substantivo/ 3. conjunção/ 4. Adjetivo 
c) 1. pronome indefinido/ 2. adjetivo/ 3. preposição/ 4. Substantivo 
d) 1. pronome indefinido/ 2. substantivo/ 3. conjunção/ 4. 
Substantivo 
e) 1. substantivo/ 2. adjetivo/ 3. conjunção/ 4. substantivo 
 
Questão 05 - FMU-FIAM-SP 
Indique a alternativa em que só aparecem substantivos abstratos. 
a) tempo, angústia, saudade, ausência, esperança, imagem 
b) angústia, sorriso, luz, ausência, esperança, inimizade 
c) inimigo, luto, luz, esperança, espaço, tempo 
d) angústia, saudade, ausência, esperança, inimizade 
e) espaço, olhos, luz, lábios, ausência, esperança, angústia 
 
Questão 6 - ITA-SP 
Dadas as palavras 
1. esforços 2. portos 3. Impostos, 
verificamos que o timbre da vogal tônica é aberto: 
a) apenas na palavra 1 
b) apenas na palavra 2 
c) apenas na palavra 3 
d) apenas nas palavras 1 e 3 
e) em todas as palavras 
 
Questão 7 - UM-SP 
Numere a segunda coluna de acordo com o significado das 
expressões da primeira coluna e assinale a alternativa que contém 
os algarismos na sequência correta. 
(1) o óleo santo ( ) a moral 
(2) a relva ( ) a crisma 
(3) um sacramento ( ) o moral 
(4) a ética ( ) o crisma 
(5) a unidade de massa ( ) a grama 
(6) o ânimo ( ) o grama 
a) 6, 1, 4, 3, 5, 2 
b) 6, 3, 4, 1, 2, 5 
c) 4, 1, 6, 3, 5, 2 
d) 4, 3, 6, 1, 2, 5 
e) 6, 1, 4, 3, 2, 5 
 
ADJETIVO 
 
Questão 01 
Sobre os adjetivos, é correto afirmar: 
a) Classe de palavras que se caracteriza por delimitar o 
substantivo, atribuindo-lhe qualidades, estados, aparência etc. 
b) Classe de palavra invariável que modifica o sentido do verbo, do 
adjetivo e do advérbio. 
c) Classe de palavra que vem antes do substantivo, indicando se 
ele é determinado ou indeterminado. 
d) Classe de palavra invariável que exprime estados emocionais. 
e) Conjuntos de verbos que, em uma determinada frase, 
desempenham valor de um único verbo. 
 
Questão 02 - MPE-PR/UFPA 
Há situações em que o adjetivo muda de sentido, caso seja 
colocado antes ou depois do substantivo. Observe: 
Lá se vão os pobres meninos 
Pelas ruas da cidade. 
Meninos pobres, 
pelas ruas da cidade rica. 
Qual é o significado da primeira e da segunda ocorrência da 
palavra “pobres” no trecho acima? 
a) humildes/modestos 
b) mendigos/sem recursos 
c) dignos de pena/improdutivos 
SEMANA 1 – Morfologia 
 
 
 
 
 
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d) dignos de compaixão/desprovidos de recursos 
e) ingênuos/sem posses 
 
Questão 03 
O termo grifado é locução adjetiva em: 
a) "Os meninos gritavam na rua atrás das tanajuras..." 
b) "Aquela cai dentro de vinte minutos." 
c) "Gostava... de tomar banho de chuva nas biqueiras..." 
d) "Os passarinhos trocavam de lugar..." 
e) "Escureceu o mundo de repente." 
 
Questão 04 
Nas expressões abaixo foram destacadas locuções adjetivas, 
exceto: 
a) excursões sem veículo 
b) animais do zodíaco 
c) merecedores de amor 
d) luz do sol 
e) lagos de duas cores. 
 
Questão 05 
O item em que a locução adjetiva não corresponde ao adjetivo 
dado é: 
a) hibernal - de inverno; 
b) filatélico - de folhas; 
c) discente - de alunos; 
d) docente - de professor; 
e) onírico - de sonho. 
 
Questão 06 
Assinale a alternativa em que o termo cego(s) é um adjetivo. 
a) "Os cegos, habitantes de um mundo esquemático, sabem aonde 
ir..." 
b) "O cego de Ipanema representava naquele momento todas as 
alegorias da noite escura da alma..." 
c) "Todos os cálculos do cego se desfaziam na turbulência do 
álcool." 
d) "Naquele instante era só um pobre cego." 
e) "... da Terra que é um globo cego girando no caos." 
 
PRONOMES 
Questão 01 – FTU 
A frase em que a colocação do pronome átono está em desacordo 
com as normas vigentes no português padrão do Brasil é: 
a) A ferrovia integrar-se-á nos demais sistemas viários. 
b) A ferrovia deveria-se integrar nos demais sistemas viários. 
c) A ferrovia não tem se integrado nos demais sistemas viários. 
d) A ferrovia estaria integrando-se nos demais sistemas viários. 
e) A ferrovia não consegue integrar-se nos demais sistemas 
viários. 
 
Questão 02 - TFT-MA 
"O individualismo não a alcança." A colocação do pronome átono 
está em desacordo com a norma culta da língua, na seguinte 
alteração da passagem acima: 
a) O individualismo não a consegue alcançar. 
b) O individualismo não está alcançando-a. 
c) O individualismo não a teria alcançado. 
d) O individualismo não tem alcançado-a. 
e) O individualismo não pode alcançá-la. 
Questão 03 - FUVEST 
Conheci que (1) Madalena era boa em demasia... A culpa foi desta 
vida agreste que (2) me deu uma alma agreste. Procuro recordar o 
que (3) dizíamos. Terá realmente piado a coruja? Será a mesma 
que (4) piava há dois anos? Esqueço que (5) eles me deixaram e 
que (6) esta casa está quase deserta. Nas frases acima o QUE 
aparece seis vezes; em três delas é pronome relativo. Quais? 
a) 1, 2, 4 d) 2, 3, 4 
b) 2, 4, 6 e) 2, 3, 5 
c) 3, 4, 5 
 
Questão 04 - ETF-SP 
Estamos certos de que V. Exa. .......... merecedor da consideração 
que......... dispensam .......... funcionários. 
a) é - lhe – vossos d) sois - lhe – seus 
b) é - lhe – seus e) sois - vos - vossos. 
c) é - vos – vossos 
 
Questão 05 - BANESPA 
Assinale a alternativa em que o uso da mesóclise é incorreto: 
a) Nunca sujeitar-me-ia a tal exigência. 
b) Dir-se-ia que ela tem menos de 40 anos. 
c) Convencê-lo-ei, se puder. 
d) Dize-me com quem andas, dir-te-ei quem és. 
e) Perdoar-te-ia mil vezes, se preciso. 
 
Questão 06 - UFP-CURITIBA 
Complete com os pronomes e indique a opção correta, dentre as 
indicadas abaixo: 
1. De repente, deu-lhe um livro para .......... ler. 
2. De repente, deu um livro para .......... . 
3. Nada mais há entre .......... e você. 
4. Sempre houve entendimentos entre .......... e ti. 
8. José, espere vou .......... . 
 
a) ele, mim, eu, eu, consigo 
b) ela, eu, mim, eu, contigo 
c) ela, mim, mim, mim, com você 
d) ela, mim, eu, eu, consigo 
e) ela, mim, eu, mim, contigo 
 
Questão 07 -TRE-MT 
A alternativa em que o emprego do pronome pessoal não obedece 
à norma culta brasileira é: 
a) Fizeram tudo para eu ir lá. 
b) Ninguém lhe ouvia as queixas. 
c) O vento traz consigo a tempestade. 
d) Trouxemos um presente para si. 
e) Não vá sem mim. 
 
Questão 08 - ITA 
O pronome pessoal oblíquo átono está bem colocado em um só 
dos períodos. Qual? 
a) Isto me não diz respeito! Respondeu-me ele, afetadamente. 
b) Segundo deliberou-se na sessão, espero que todos apresentem-
se na hora conveniente. 
c) Me entenda! Lhe não disse isto! 
d) O conselho que dão-nos os pais, levamo-los em conta mais 
tarde. 
e) Amanhã contar-te-ei por que peripécias consegui não envolver-
me. 
 
 
 
 
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CURSO ANUAL GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO – (Prof. Cláudio Neves) 
Questão 09 - UNIRIO 
Assinale o item que completa convenientemente as lacunas do 
trecho: A maxila e os dentes denotavam a decrepitude do burrinho; 
.........., porém, estavam mais gastos que .......... . 
a) esses, aquela 
b) estes, aquela 
c) estes, esses 
d) aqueles, esta 
e) estes, esses 
 
Questão 10 - Univ. Fed. Viçosa 
Assinale o item em que há erro no emprego do pronome 
demonstrativo: 
a) Paulo, que é isso que você leva? 
b) “Amai vossos irmãos”! São essas as verdadeiras palavras de 
amor. 
c) Trinta de dezembro de 1977! Foi significativo para mim esse dia. 
d) Pedro, esse livro queestá com José é meu. 
e) Não estou de acordo com aquelas palavras que José 
pronunciou. 
 
Questão 11 - Unimep-SP 
I – Demos a ele todas as oportunidades. 
II – Fizemos o trabalho como você orientou. 
III – Acharam os livros muito interessantes. 
 
Substituindo as palavras destacadas por um pronome oblíquo, 
temos: 
a) I – Demos-lhe; II – Fizemo-lo; III – Acharam-los. 
b) I – Demos-lhe; II – Fizemos-lo; III – Acharam-os. 
c) I – Demos-lhe; II – Fizemo-lo; III – Acharam-nos. 
d) I – Demo-lhe; II – Fizemos-o; III – Acharam-nos. 
e) I – Demo-lhe; II – Fizemo-lhe; III – Acharam-nos. 
 
Questão 12 - Fundação Lusíada 
Preencha as lacunas do texto abaixo com os pronomes oblíquos 
devidos: 
“Não ______ ajudou, nem _______ pediu nada, não ______ julgou 
e nem _____ condenou por isso”. 
a) o, lhe, o, o 
b) o, lhe, o, lhe 
c) lhe, lhe, o, o 
d) o, lhe, lhe, o 
e) o, lhe, lhe, lhe 
 
Questão 13 - TRT 
Assinale o período em que foi empregado o pronome 
relativo inadequado: 
a) O livro a que eu me refiro é Tarde da Noite. 
b) Ele é uma pessoa de cuja honestidade ninguém duvida. 
c) O livro em cujos dados nos apoiamos é este. 
d) A pessoa perante a qual comparecemos foi muito agradável. 
e) O moço de cujo lhe falei ontem é este. 
 
ADVÉRBIO 
 
Questão 01 
Os advérbios em “mente” das alternativas abaixo designam a 
mesma circunstância, exceto em: 
a) Os soldados combateram estoicamente até a morte. 
b) Os fiscais sugeriram ironicamente que os candidatos fossem 
submetidos a um outro exame. 
c) Possivelmente haverá uma nova oportunidade. 
d) No momento da discussão, alguns convidados saíram sutilmente 
sem se despedirem. 
 
Questão 02 
Todas as expressões sublinhadas abaixo presumem uma 
circunstância de tempo, exceto: 
a) “E agora era desejada também” 
b) “Naquela noite despertaram...” 
c) “..não eram ainda anunciadores de desgraças...” 
d) “A mata dormia seu sono jamais interrompido”. 
e) “...já que os homens ainda não haviam chegado...” 
 
Questão 03 
Assinale a alternativa em que somente advérbios foram 
acrescentados à frase: “O tempo passou.” 
a) O sofrido tempo não passou muito rápido, infelizmente. 
b) O tempo passou bastante, majestoso. 
c) Realmente, o tempo passou depressa demais. 
d) Sim, o curto tempo já passou. 
 
Questão 04 
Só não há advérbio em: 
a) Não o quero. 
b) Ali está o material. 
c) Tudo está correto. 
d) Talvez ele fale. 
e) Já cheguei. 
 
Questão 05 
Nas frases a seguir, indique a circunstância expressa pelos 
advérbios destacados: 
a) Os alunos se portaram muito bem. 
b) Eram pessoas bastante simpáticas. 
c) Eles certamente assistirão à corrida. 
d) Talvez as meninas não compareçam. 
e) Meus irmãos sempre vão ao baile. 
f) Ali estava o que procurava. 
 
( ) Intensidade ( ) Tempo 
( ) Lugar ( ) Modo 
( ) Afirmação ( ) Dúvida 
 
VERBO 
 
Questão 01 - ENG – MACK 
Só muito mais tarde vim, a saber, que a chuva os ___________ na 
estrada e que não _________ ninguém que ______________. 
a) detera; houve; os ajudasse; 
b) detivera; houve; os ajudasse; 
c) detera; teve; ajudasse eles; 
d) detivera; houve; ajudasse eles; 
e) detivera; teve; os ajudasse. 
 
Questão 02 - CESGRANRIO 
No trecho: “...fui obrigado a dá-lo de presente a um bandido, seu 
amigo, quando, provou que completara na véspera o seu vigésimo 
nono assassinato”, o mais-que-perfeito foi empregado com seu 
SEMANA 1 – Morfologia 
 
 
 
 
 
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valor normal; na linguagem literária ele pode também aparecer no 
valor de: 
a) imperativo afirmativo 
b) pretérito imperfeito do subjuntivo 
c) pretérito perfeito do indicativo 
d) infinito pretérito 
e) futuro do pretérito composto. 
 
Questão 03 - PUC-RJ 
Indique a série que corresponde às formas verbais apropriadas 
para os enunciados abaixo: 
As diferenças existentes entre homens e mulheres ___________ 
ser um fato indiscutível. (1. parece 2. parecem) 
Alguns cientistas, desenvolvendo uma nova pesquisa sobre a 
estrutura do cérebro, os efeitos dos hormônios e a psicologia 
infantil, __________ que as diferenças entre homens e mulheres 
não se devem apenas à educação. (3. propõe 4. propõem) 
________ diferenças cerebrais condicionadoras das aptidões tidas 
como tipicamente masculinas ou femininas. (5. Haveria 6. 
Haveriam) 
________ ainda pesquisadores que consideram os machos mais 
agressivos, em virtude de sua constituição hormonal. (7. Existe 8. 
Existem) 
Como sempre, discute-se se é a força da Biologia, ou meramente a 
Educação, que ________ sobre o comportamento humano. (9. 
predomina 10. predominam) 
A alternativa que corresponde à série acima é: 
a) 2,4,5,8,9 
b) 1,4,6,8,9 
c) 2,4,6,7,10 
d) 2,3,5,8,10 
e) 2,4,6,7,9 
 
Questão 04 - FUVEST-SP 
Assinale a frase em que aparece o pretérito mais-que-perfeito do 
verbo ser: 
a) Não seria o caso de você se acusar? 
b) Quando cheguei, ele já se fora, muito zangado. 
c) Se não fosse ele, tudo estaria perdido. 
d) Bem depois se soube que não fora ele o culpado. 
e) Embora não tenha sido divulgado, soube-se do caso. 
 
Questão 05 - FAME/FUPAC-MG 
Em: “Sei de uma moça… Se alguém escrevesse a sua história, 
diriam como o senhor (…)”, há verbos empregados 
respectivamente no: 
a) presente do indicativo, pretérito imperfeito do subjuntivo, futuro 
do pretérito do indicativo. 
b) presente do indicativo, pretérito imperfeito do indicativo, futuro 
do pretérito do indicativo. 
c) presente do indicativo, futuro do pretérito do indicativo, pretérito 
imperfeito do subjuntivo. 
d) presente do indicativo, futuro do pretérito do indicativo, pretérito 
imperfeito do indicativo. 
e) presente do indicativo, futuro do pretérito do subjuntivo, pretérito 
imperfeito do subjuntivo. 
 
Questão 06 - Alerj 
Quanto ao emprego do verbo ser, a concordância está correta em: 
a) Já é três horas. 
b) Dez mil reais é bastante. 
c) Hoje é vinte e um do mês. 
d) Dez pontos são mais que o necessário. 
e) Dois metros são menos do que preciso. 
 
Questão 07 - CEE TECNOLÓGICA-SP 
Aponte a frase correta: 
a) Avançaram sobre ele, não se conteram. 
b) Não repilais quem de vós se aproxima. 
c) Se você não prever a ocasião, como agarrá-la? 
d) Requiseram inutilmente, não lhe deferiram o pedido. 
e) Busquei por muito tempo, mas não reavi o que perdera. 
 
Questão 08 - UF-PB 
Transpostos para a voz passiva, os verbos do texto "Que miragens 
vê o iluminado no fundo de sua iluminação? (...) E por que nos 
seduz a ilha?" (CarlosDrummond de Andrade), assumem, 
respectivamente, as formas: 
a) eram vistas e somos seduzidos 
b) são vistas e fomos seduzidos 
c) foram vistas e somos seduzidos 
d) visão vistas e somos seduzidos 
e) foram vistas e fomos seduzidos 
 
 
 
 
 
 
 
 
CURSO ANUAL DE GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO 
Prof. Cláudio Neves 
VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência 
 
GRAMÁTICA – SEMANA 2 
ANÁLISE SINTÁTICA 
TERMOS ESSENCIAIS DA ORAÇÃO 
FRASE – Enunciado de sentido, unidade mínima de comunicação. 
Pode ter uma ou mais palavras e ter ou não verbo. 
Ex: Fogo! Atenção! 
Que beleza! 
Alguns anos vivi em Itabira. (Carlos Drummond de Andrade) 
ORAÇÃO – Enunciado, com sentido completo ou não, que 
apresenta verbo. 
Ex: Alguns anos vivi em Itabira. (Carlos Drummond de Andrade) 
PERÍODO – Frase organizada em oração ou orações. 
Ordem direta – Sujeito + Verbo + Objeto Direto + Objeto Indireto 
ou Sujeito + Verbo + Predicativo 
Inversões – Verbo / Sujeito ou Predicativo / Sujeito 
Período simples: uma só oração, dita “oração absoluta”. 
Ex: O professor explicou a matéria. 
Período composto: formado por duas ou mais orações. 
a) Período compostopor coordenação: quando as orações são 
sintaticamente independentes. 
Ex: O professor explicou a matéria, e o aluno a entendeu. 
b) Período composto por subordinação: quando uma oração, 
dita subordinada, cumpre função sintática em outra, dita principal. 
Ex: O professor disse que aquela matéria era importante. 
Ex: É preciso estudar. 
TERMOS ESSENCIAIS DA ORAÇÃO 
Sujeito e predicado. 
SUJEITO – É o ser a respeito do qual se declara algo. 
PREDICADO – Tudo o que se declara do sujeito. 
TIPOS DE SUJEITO 
a) Simples – Com apenas um núcleo. 
Ex: Santos Dummont é o pai da aviação. 
b) Composto – Com dois núcleos. 
Ex: E Léo e Bia souberam amar (...) (Oswaldo Montenegro) 
c) Indeterminado – Quando não se pode precisar quem é. 
Ex: Dizem que finjo ou minto / Tudo quanto escrevo (Fernando 
Pessoa) 
CASOS DE SUJEITO INDETERMINADO 
a) Com verbo na 3ª pessoa do plural: 
O verbo é colocado na terceira pessoa do plural, sem que se refira 
a nenhum termo identificado anteriormente (nem em outra oração): 
Por Exemplo: 
Procuraram você por todos os lugares. 
Estão pedindo seu documento na entrada da festa. 
b) Com verbo ativo na 3ª pessoa do singular, seguido do 
pronome se: 
O verbo vem acompanhado do pronome se, que atua como índice 
de indeterminação do sujeito. Essa construção ocorre com 
verbos que não apresentam complemento direto (verbos 
intransitivos, transitivos indiretos e de ligação). O verbo 
obrigatoriamente fica na terceira pessoa do singular. 
Exemplos: 
Vive-se melhor no campo. (Verbo Intransitivo) 
Precisa-se de técnicos em informática. (Verbo Transitivo Indireto) 
No casamento, sempre se fica nervoso. (Verbo de Ligação) 
c) Com o verbo no infinitivo impessoal: 
Por Exemplo: 
Era penoso estudar todo aquele conteúdo. 
É triste assistir a estas cenas tão trágicas. 
Obs.: quando o verbo está na 3ª pessoa do plural, fazendo 
referência a elementos explícitos em orações anteriores ou 
posteriores, o sujeito é determinado. 
Por Exemplo: 
Felipe e Marcos foram à feira. Compraram muitas verduras. 
Nesse caso, o sujeito de compraram é “eles” (Felipe e Marcos). 
Ocorre sujeito oculto. 
Obs: Sujeito oculto – Na verdade, é um caso de sujeito simples 
de caráter desinencial, por isso que hoje se evita a classificação 
como “oculto”. Contudo, se a banca em questão solicitá-lo, ele 
corresponde ao seguinte tipo: 
Ex: Estamos bem. 
Ex: Estou bem. Ontem mesmo, fui à praia. 
Dúvida: “SE” índice de indeterminação do sujeito ou partícula 
apassivadora? 
Explicação da diferença! 
Oração sem sujeito – Quando a oração só possui predicado. 
Ex: Há um poeta em mim, que Deus me disse (Fernando Pessoa) 
3 - Oração Sem Sujeito: é formada apenas pelo predicado e 
articula-se a partir de um verbo impessoal. Observe a estrutura 
destas orações: 
Sujeito Predicado 
- Havia formigas na casa. 
- Nevou muito este ano em Nova Iorque. 
É possível constatar que essas orações não têm sujeito. 
Constituem a enunciação pura e absoluta de um fato, através do 
predicado. O conteúdo verbal não é atribuído a nenhum ser, a 
mensagem centra-se no processo verbal. Os casos mais comuns 
de orações sem sujeito da língua portuguesa ocorrem com: 
a) Verbos que exprimem fenômenos da natureza: 
Nevar, chover, ventar, gear, trovejar, relampejar, amanhecer, 
anoitecer, etc. 
Por Exemplo: 
Choveu muito no inverno passado. 
Amanheceu antes do horário previsto. 
Observação: quando usados na forma figurada, esses verbos 
podem ter sujeito determinado. 
Por Exemplo: 
Choviam crianças na distribuição de brindes. (crianças = sujeito) 
Já amanheci cansado. (eu = sujeito) 
b) Verbos ser, estar, fazer e haver, quando usados para indicar 
uma ideia de tempo ou fenômenos meteorológicos: 
Ser: 
É noite. (Período do dia) 
Eram duas horas da manhã. (Hora) 
Obs.: ao indicar tempo, o verbo ser varia de acordo com a 
expressão numérica que o acompanha. (É uma hora/ São nove 
horas) 
Hoje é (ou são) 15 de março. (Data) 
SEMANA 2 – Sujeito 
 
 
 
 
 
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Obs.: ao indicar data, o verbo ser poderá ficar no singular, 
subentendendo-se a palavra dia, ou então irá para o plural, 
concordando com o número de dias. 
Estar: 
Está tarde. (Tempo) 
Está muito quente.(Temperatura) 
Fazer: 
Faz dois anos que não vejo meu pai. (Tempo decorrido) 
Fez 39° C ontem. (Temperatura) 
Haver: 
Não a vejo há anos. (Tempo decorrido) 
Havia muitos alunos naquela aula. 
(Verbo Haver significando existir) 
Atenção: 
Com exceção do verbo ser, os verbos impessoais devem ser 
usados SEMPRE NA TERCEIRA PESSOA DO SINGULAR. 
Devemos ter cuidado com os verbos fazer e haver usados 
impessoalmente: não é possível usá-los no plural. 
Por Exemplo: 
Faz muitos anos que nos conhecemos. 
Deve fazer dias quentes na Bahia. 
Veja outros exemplos: 
Há muitas pessoas interessadas na reunião. 
Houve muitas pessoas interessadas na reunião. 
Havia muitas pessoas interessadas na reunião. 
Haverá muitas pessoas interessadas na reunião. 
Deve ter havido muitas pessoas interessadas na reunião. 
Pode ter havido muitas pessoas interessadas na reunião. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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CURSO ANUAL GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO – (Prof. Cláudio Neves) 
EXERCÍCIOS DE APRENDIZAGEM 
 
Questão 01(UECE – Adaptada) 
Exerce função de sujeito o termo destacado em: 
a) “O corpo me doía todo, a cabeça também...” 
b) “...mas tranquei a boca.” 
c) “...o sujeito já tirava a outra mão do punho da rede e segurava o joelho.” 
d) “...e o homem puxou a mão ferida.” 
e) “Havia ali um enorme corte.” 
 
Questão 02 (UFSC) 
“Resolveu sair, nunca, o trataram assim, havia ali muitas pessoas que não gostavam dele...” 
Indique a soma das alternativas verdadeiras. 
01 – O sujeito do período Resolveu sair é indeterminado. 
02 – O sujeito do verbo havia é oculto. 
04 – O sujeito de trataram é indeterminado. 
08 – O sujeito de gostavam é simples. 
16 – A oração havia ali muitas pessoas não possui sujeito. 
32 – O sujeito de havia é muitas pessoas. 
 
Questão 03 (UFPR) 
Dê a soma da(s) alternativa(s) que apresente(m) sujeito indeterminado. 
01 – Alugaram-se muitos apartamentos na praia. 
02 – Neste estado há muitos desempregados. 
04 – Ontem fecharam a loja bem cedo. 
08 – Trabalhou-se muito na última eleição. 
16 – Espera-se você no próximo feriado. 
32 – Duvidou-se de sua palavra. 
 
Questão 04 (PUC-SP) 
O verbo ser, na oração: “Eram cinco horas da manhã...”, é: 
a) pessoal e concorda com o sujeito indeterminado. 
b) impessoal e concorda com o objeto direto. 
c) impessoal e concorda com o sujeito indeterminado. 
d) Impessoal e concorda com a expressão numérica. 
e) Pessoal e concorda com a expressão numérica. 
 
Questão 05 
Dê a soma das alternativas que apresentem oração sem sujeito: 
01 – Havia, naquela estrada, pessoas sem direção. 
02 – Houveram-se comigo naquela manhã. 
04 – Ocorreu, dois dias após sua morte, aquela invasão. 
08 – Fez muito frio no inverno passado. 
16 – Eram dez horas. 
32 – Reclamaram do atendimento. 
64 – Existe um prêmio para o vencedor. 
 
Questão 06 
Dê a soma das alternativas em que o sujeito está classificado corretamente: 
01 – Nesta fábrica, trabalha-se muito. (sujeito indeterminado) 
02 – Não se aceita devolução de produtos. (sujeito indeterminado) 
04 – Vieram todos bêbados da festa. (sujeito simples) 
08 – Aconteceu um momento de silêncio. (sujeito inexistente) 
16 – Crê-se em vocês. (sujeito simples) 
32 – Vendeu-se o carro ontem pela manhã.(sujeito simples) 
 
Questão 07 (PUC) 
“Nesse momento começarama feri-lo nas mãos a pau” – Nessa frase o sujeito do verbo é: 
a) nas mãos; d) inexistente ou eles, depende do contexto. 
b) indeterminado; e) N.d.a. 
c) eles (determinado); 
Anotações 
SEMANA 2 – Sujeito 
 
 
 
 
 
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Questão 08 (UNIRIO) 
Em: “Na mocidade, muitas coisas lhe haviam acontecido”, temos oração: 
a) sem sujeito; d) com sujeito composto; 
b) com sujeito simples e claro; e) com sujeito indeterminado. 
c) com sujeito oculto; 
 
Questão 09 (FUVEST) 
Assinale a alternativa em que há oração sem sujeito. 
a) Existe um povo que a bandeira empresta. 
b) Embora com atraso, haviam chegado. 
c) Existem flores que devoram insetos. 
d) Alguns de nós ainda tinham esperança de encontrá-lo. 
e) Há de haver recurso desta sentença. 
 
Questão 10 (FMU-SP) 
“Ouviram do Ipiranga as margens plácidas 
De um povo heroico brado retumbante...” 
 
O sujeito desta afirmação com que se inicia o Hino Nacional é: 
a) indeterminado d) “do Ipiranga” 
b) “um povo heroico” e) “o brado retumbante” 
c) “as margens plácidas” 
 
Questão 11 (OSEC-SP) 
Nas seguintes orações: 
“Pede-se silêncio.” 
“A caverna anoitecia aos poucos.” 
“Fazia um calor tremendo naquela tarde.” 
 
O sujeito se classifica respectivamente como: 
a) indeterminado, inexistente, simples d) oculto, inexistente, simples 
b) oculto, simples, inexistente e) simples, simples, inexistente 
c) inexistente, inexistente, inexistente 
 
Questão 12 (PUC) 
“O que há entre a vida e a morte?” 
a) O sujeito do verbo haver é o pronome interrogativo QUE. 
b) Tem-se uma oração sem sujeito. 
c) O sujeito está oculto. 
d) O sujeito é indeterminado. 
e) O sujeito é “uma curta ponte.” 
 
Questão 13 (UEPG) 
Só num caso a oração é sem sujeito. Assinale-a. 
a) Faltavam três dias para o batismo. 
b) Houve por improcedente a reclamação do aluno. 
c) Só me resta uma esperança. 
d) Havia tempo suficiente para as comemorações. 
e) N.d.a. 
 
Questão 14 (FOC-SP) 
Duas orações abaixo têm sujeito indeterminado. Assinale-as: 
I. Projetavam-se avenidas largas. 
II. Há alguém esperando você. 
III. No meio das exclamações, ouviu-se um risinho de mofa. 
IV. Falava-se muito sobre a possibilidade de escalar a montanha. 
V. Até isso chegaram a dizer. 
a) I e II b) III e IV c) IV e V d) III e V e) I e V 
 
Anotações 
 
 
 
 
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EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 
 
Questão 01 (UNIMAR-SP) 
Nas orações a seguir: 
I. As chuvas abundantes, pródigas, violentas, fortes anunciavam o 
verão. 
II. Eu e você vamos juntos. 
III. Vendeu-se a pá. 
O sujeito é, respectivamente: 
a) composto, simples, indeterminado 
b) composto, composto, indeterminado 
c) simples, simples, oculto 
d) simples, composto, “a pá” 
e) composto, simples, “a pá” 
 
Questão 02 (MACK) 
Assinale a alternativa em que nada funciona como sujeito. 
a) Nada vi. d) Nada me perturba. 
b) Nada quer. e) N.d.a. 
c) Nada somos. 
 
Questão 03 (FMPA-MG) 
“Quando me procurar o desencanto, eu direi, sereno e confiante, 
que a vida não foi de todo inútil.” 
O sujeito de procurar é: 
a) indeterminado d) me 
b) eu (elíptico) e) inexistente 
c) o desencanto 
 
Questão 04 (UFMA) 
Há sujeito indeterminado em: 
a) O pássaro voou assustado. 
b) Surgiram reclamações contra o cruzado. 
c) Ouvem-se vozes na sala vizinha. 
d) Ali, rouba-se no atacado e no varejo. 
e) Vendeu-a casa. 
 
Questão 05 (FMC-SP) 
Em relação a frase: “Precisa-se de trabalhadores”, indique a 
alternativa incorreta. 
a) sujeito indeterminado. 
b) “de trabalhadores” é objeto indireto. 
c) “se” é índice de indeterminação do sujeito. 
d) A frase é ativa de sujeito indeterminado. 
e) A frase é passiva. 
 
Questão 06 (FMU-SP) 
Na oração: “Mas uma diferença houve”, o sujeito é: 
a) agente. d) inexistente. 
b) indeterminado. e) oculto. 
c) paciente. 
 
Questão 07 (UEMA) 
Em qual das alternativas existe oração sem sujeito? 
a) Houveram-se bem nos estudos. 
b) Havia sido aprovado com distinção. 
c) Fazia móveis em casa. 
d) Bateu quatro horas o relógio. 
e) Fazia horas que procuravam uma sombra. 
Questão 08 (UNIRIO) 
Assinale a frase cujo sujeito se classifica do mesmo modo que o da 
frase “Faz muito calor no Rio o ano inteiro.” 
Artigo: França – Português 
a) Devia haver mais interesse pela boa formação profissional. 
b) Falaram muito mal dos estimuladores de conflitos. 
c) Vive-se bem no clima de montanha. 
d) Almejamos dias melhores. 
e) Haviam chegado cedo todos os candidatos. 
 
Questão 09 (FAAP-SP) 
“Triste ironia atroz que o senso humano irrita: Ele que doira a noite 
e ilumina a cidade...” 
O sujeito do verbo irritar é: 
a) ironia d) ele(senso humano) 
b) que(ironia) e) indeterminado 
c) senso humano 
 
Questão 10 (FESP) 
Em “Retira-te, criatura ávida de vingança!”, o sujeito é: 
a) te d) criatura 
b) inexistente e) n.d.a. 
c) oculto determinado 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SEMANA 2 – Sujeito 
 
 
 
 
 
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INTERPRETAÇÃO TEXTUAL 
ELEMENTOS DA COMUNICAÇÃO 
Com os elementos da comunicação, é possível usar como forma de 
comunicação, informação, expressão e significados os diversos 
sistemas simbólicos das diferentes linguagens. 
São eles: 
Emissor: o que emite a mensagem. 
Receptor: o que recebe a mensagem. 
Mensagem: o conjunto de informações transmitidas. 
Código: a combinação de signos utilizados na transmissão de uma 
mensagem. A comunicação só se concretizará, se o receptor 
souber decodificar a mensagem. 
Canal de Comunicação: por onde a mensagem é transmitida: TV, 
rádio, jornal, revista, cordas vocais, ar… 
Contexto: a situação a que a mensagem se refere, também 
chamado de referente. 
Ruído: qualquer perturbação na comunicação. 
 
FUNÇÕES DA LINGUAGEM 
Estamos imersos em meio a um cotidiano estritamente social, no 
qual nos interagimos com nossos semelhantes por meio da 
linguagem. Ela permite-nos revelar nossos sentimentos, expressar 
nossas opiniões, trocar informações no intuito de ampliar nossa 
visão de mundo, dentre outros benefícios. A cada mensagem 
(verbal ou não verbal) que enviamos ou recebemos, 
compartilhamos um discurso que se pauta por finalidades distintas, 
como entreter, informar, persuadir, emocionar, instruir, aconselhar, 
entre outros propósitos. 
Assim, o objetivo de qualquer ato comunicativo está vinculado à 
intenção de quem o envia, no caso, o emissor. Dessa forma, de 
acordo com a natureza do discurso presente na relação emissor X 
interlocutor, a linguagem assume diferentes funções, todas elas 
com características específicas, que destacam um dos elementos 
da comunicação. 
 
Função emotiva ou expressiva 
Nesta, há um envolvimento pessoal do emissor, que comunica seus 
sentimentos, emoções, inquietações e opiniões centradas na 
expressão do próprio “eu”, levando em consideração o seu mundo 
interior. Para tal, são utilizados verbos e pronomes em 1ª pessoa, 
muitas vezes acompanhados de sinais de pontuação, como 
reticências, pontos de exclamação, bem como o uso de 
onomatopeias e interjeições. 
Soneto de Fidelidade 
Vinícius de Moraes 
De tudo ao meu amor serei atento 
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto 
Que mesmo em face do maior encanto 
Dele se encante mais meu pensamento. 
Quero vivê-lo em cada vão momento 
E em seu louvor hei de espalhar meu canto 
E rir meu riso e derramar meu pranto 
Ao seu pesarou seu contentamento 
E assim, quando mais tarde me procure 
Quem sabe a morte, angústia de quem vive 
Quem sabe a solidão, fim de quem ama 
Eu possa me dizer do amor (que tive): 
Que não seja imortal, posto que é chama 
Mas que seja infinito enquanto dure. 
Vinícius de Moraes 
 
Função conativa ou apelativa 
A ênfase está diretamente vinculada ao receptor, e o discurso visa 
a persuadi-lo, conduzindo-o a assumir um determinado 
comportamento. A presente modalidade encontra-se presente na 
linguagem publicitária de uma forma geral e traz como 
característica principal o emprego dos verbos no modo imperativo. 
 
Função referencial ou informativa 
Ocorre quando o objetivo do emissor é traduzir a realidade visando 
à informação. Predomina nos textos científicos, técnicos ou 
didáticos, alguns gêneros do cotidiano jornalístico, documentos 
oficiais e correspondências comerciais. A linguagem nesse caso é 
essencialmente objetiva, razão pela qual os verbos são retratados 
na 3ª pessoa do singular, conferindo-lhe total impessoalidade por 
parte do emissor. 
Cultura na tela 
O portal domínio público, biblioteca digital do Ministério da 
Educação, recebeu 6,2 milhões de acessos em pouco mais de um 
 
 
 
 
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CURSO ANUAL GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO – (Prof. Cláudio Neves) 
mês de funcionamento. Nela, o internauta pode ler gratuitamente 
699 obras literárias com mais de 70 anos de existência, ou seja, já 
de domínio público; 166 publicações de ciências sociais e uma de 
exatas. Há também partituras de Beethoven, pinturas de Van Gogh 
e de Leonardo da Vinci, como a Monalisa, hinos e músicas 
clássicas contemporâneas. 
Isto É, São Paulo, 29 de dez. de 2005. 
Função fática 
O objetivo do emissor é estabelecer o contato, verificar se o 
receptor está recebendo a mensagem de forma autêntica, ou ainda 
visando prolongar o contato. Há o predomínio de expressões 
usadas nos cumprimentos como: bom dia, Oi!. Ao telefone (Pronto! 
Alô!) e em outras situações em que se testa o canal de 
comunicação (Está me ouvindo?). 
- Alô! Como vai? 
- Tudo bem, e você? 
- Vamos ao cinema hoje? 
- Prometo pensar no assunto. Retorno mais tarde para decidirmos o 
horário. 
Função metalinguística 
A linguagem tem função metalinguística quando o uso do código 
tem por finalidade explicar o próprio código. 
Catar Feijão 
João Cabral de Melo Neto 
Catar feijão se limita com escrever: 
joga-se os grãos na água do alguidar 
e as palavras na folha de papel; 
e depois, joga-se fora o que boiar. 
Certo, toda palavra boiará no papel, 
água congelada, por chumbo seu verbo: 
pois para catar esse feijão, soprar nele, 
e jogar fora o leve e oco, palha e eco. 
2. 
Ora, nesse catar feijão entra um risco: 
o de que entre os grãos pesados entre 
um grão qualquer, pedra ou indigesto, 
um grão imastigável, de quebrar dente. 
Certo não, quando ao catar palavras: 
a pedra dá à frase seu grão mais vivo: 
obstrui a leitura fluviante, flutual, 
açula a atenção, isca-a como o risco. 
João Cabral de Melo Neto 
Função poética 
Nesta modalidade, a ênfase está na elaboração da mensagem. Há 
um certo cuidado por parte do emissor ao elaborar a mensagem, no 
intuito de selecionar as palavras e recombiná-las de acordo com 
seu propósito. Encontra-se permeada nos poemas e, em alguns 
casos, na prosa e em anúncios publicitários. 
Canção 
Cecília Meireles 
Ouvi cantar de tristeza, 
porém não me comoveu. 
Para o que todos deploram. 
que coragem Deus me deu! 
Ouvi cantar de alegria. 
No meu caminho parei. 
Meu coração fez-se noite. 
Fechei os olhos. Chorei. 
[...] 
 
SEMANA 2 – Sujeito 
 
 
 
 
 
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EXERCÍCIOS DE APRENDIZAGEM 
 
Questão 01 
Assinale a alternativa que contenha a sequência correta sobre as funções da linguagem, importantes 
elementos da comunicação: 
1. Ênfase no emissor (lª pessoa) e na expressão direta de suas emoções e atitudes. 
2. Evidencia o assunto, o objeto, os fatos, os juízos. É a linguagem da comunicação. 
3. Busca mobilizar a atenção do receptor, produzindo um apelo ou uma ordem. 
4. Ênfase no canal para checar sua recepção ou para manter a conexão entre os falantes. 
5. Visa à tradução do código ou à elaboração do discurso, seja ele linguístico ou extralinguístico. 
6. Voltada para o processo de estruturação da mensagem e para seus próprios constituintes, tendo em 
vista produzir um efeito estético. 
( ) função metalinguística. 
( ) função poética. 
( ) função referencial. 
( ) função fática. 
( ) função conativa. 
( ) função emotiva. 
a) 1, 2, 4, 3, 6, 5. b) 5, 2, 6, 4, 3, 1. c) 5, 6, 2, 4, 3, 1. d) 6, 5, 2, 4, 3, 1. e) 3, 5, 2, 4, 6, 1. 
 
Questão 02 - PUC-SP 
A questão é começar 
Coçar e comer é só começar. Conversar e escrever também. Na fala, antes de iniciar, mesmo numa 
livre conversação, é necessário quebrar o gelo. Em nossa civilização apressada, o “bom dia”, o “boa 
tarde, como vai?” já não funcionam para engatar conversa. Qualquer assunto servindo, fala-se do 
tempo ou de futebol. No escrever também poderia ser assim, e deveria haver para a escrita algo como 
conversa vadia, com que se divaga até encontrar assunto para um discurso encadeado. Mas, à 
diferença da conversa falada, nos ensinaram a escrever e na lamentável forma mecânica que supunha 
texto prévio, mensagem já elaborada. Escrevia-se o que antes se pensara. Agora entendo o contrário: 
escrever para pensar, uma outra forma de conversar. 
Assim fomos “alfabetizados”, em obediência a certos rituais. Fomos induzidos a, desde o início, 
escrever bonito e certo. Era preciso ter um começo, um desenvolvimento e um fim predeterminados. 
Isso estragava, porque bitolava, o começo e todo o resto. Tentaremos agora (quem? eu e você, leitor) 
conversando entender como necessitamos nos reeducar para fazer do escrever um ato inaugural; não 
apenas transcrição do que tínhamos em mente, do que já foi pensado ou dito, mas inauguração do 
próprio pensar. “Pare aí”, me diz você. “O escrevente escreve antes, o leitor lê depois.” “Não!”, lhe 
respondo, “Não consigo escrever sem pensar em você por perto, espiando o que escrevo. Não me 
deixe falando sozinho.” 
Pois é; escrever é isso aí: iniciar uma conversa com interlocutores invisíveis, imprevisíveis, virtuais 
apenas, sequer imaginados de carne e ossos, mas sempre ativamente presentes. Depois é espichar 
conversas e novos interlocutores surgem, entram na roda, puxam assuntos. Termina-se sabe Deus onde. 
(Marques, M.O. Escrever é Preciso, Ijuí, Ed. UNIJUÍ, 1997, p. 13). 
 
Observe a seguinte afirmação feita pelo autor: “Em nossa civilização apressada, o “bom dia”, o “boa 
tarde” já não funcionam para engatar conversa. Qualquer assunto servindo, fala-se do tempo ou de 
futebol.” Ela faz referência à função da linguagem cuja meta é “quebrar o gelo”. Indique a alternativa 
que explicita essa função. 
a) Função emotiva d) Função conativa 
b) Função referencial e) Função poética 
c) Função fática 
 
Questão 03 ENEM 
Leia a tirinha de Calvin e Haroldo para responder à questão: 
 
As funções da linguagem podem ser encontradas em vários tipos de textos, inclusive nas histórias em 
quadrinhos Para tentar convencer o pai a comprar seu desenho, Calvin empregou uma função de 
Anotações 
 
 
 
 
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linguagem específica. Assinale a alternativa que indica a resposta correta: 
a) função metalinguística. d) função emotiva. 
b) função fática. e) função conativa. 
c) função poética. 
 
Questão 04 ENEM 
Desabafo 
Desculpem-me, mas não dá pra fazer umacronicazinha divertida hoje. Simplesmente não dá. Não tem 
como disfarçar: esta é uma típica manhã de segunda-feira. A começar pela luz acesa da sala que 
esqueci ontem à noite. Seis recados para serem respondidos na secretária eletrônica. Recados 
chatos. Contas para pagar que venceram ontem. Estou nervoso. Estou zangado. 
CARNEIRO, J. E. Veja, 11 set. 2002 (fragmento). 
 
Nos textos em geral, é comum a manifestação simultânea de várias funções da linguagem, com o 
predomínio, entretanto, de uma sobre as outras. No fragmento da crônica Desabafo, a função da 
linguagem predominante é a emotiva ou expressiva, pois 
a) o discurso do enunciador tem como foco o próprio código. 
b) a atitude do enunciador se sobrepõe àquilo que está sendo dito. 
c) o interlocutor é o foco do enunciador na construção da mensagem. 
d) o referente é o elemento que se sobressai em detrimento dos demais. 
e) o enunciador tem como objetivo principal a manutenção da comunicação. 
 
Questão 05 (UFVI) 
Quando uma linguagem trata de si própria – por exemplo um filme falando sobre os processos de 
filmagem, um poema desvendando o ato de criação poética, um romance questionando o ato de narrar 
– temos a metalinguagem. 
Esta forma de linguagem predomina em todos os fragmentos, exceto: 
a) “Amo-te como um bicho simplesmente de um amor sem mistério e sem virtude com um desejo 
maciço e permanente.” (Vinicius de Morais) 
b) “Proponho-me a que não seja complexo o que escreverei, embora obrigada a usar as palavras que 
vos sustentam.” (Clarice Lispector) 
c) “Não narro mais pelo prazer de saber. Narro pelo gosto de narrar, sopro palavras e mais palavras, 
componho frases e mais frases.” (Silviano Santiago) 
d) “Agarro o azul do poema pelo fio mais delgado de lã de seu discurso e vou traçando as linhas do 
relâmpago no vidro opaco da janela.” (Gilberto Mendonça Teles) 
e) Que é Poesia? Uma ilha cercada de palavras por todos os lados.” (Cassiano Ricardo) 
 
Questão 06 
 
Que função de linguagem predomina na no anúncio acima? 
a) emotiva; b) referencial; c) fática; d) conativa; e) metalinguística. 
 
Questão 07 
Poema tirado de uma notícia de jornal 
Manuel Bandeira 
 
João Gostoso era carregador de feira livre e morava no morro da Babilônia num barracão sem número 
Uma noite ele chegou no bar Vinte de Novembro 
Bebeu 
Cantou 
Dançou 
Depois se atirou na lagoa Rodrigo de Freitas e morreu afogado. 
Além da função poética, que outra predomina na no poema acima? 
a) emotiva; b) referencial; c) fática; d) conativa; e) metalinguística. 
Anotações 
SEMANA 2 – Sujeito 
 
 
 
 
 
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EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 
 
O exercício da crônica 
Escrever crônica é uma arte ingrata. Eu digo prosa fiada, como 
faz um cronista; não a prosa de um ficcionista, na qual este é 
levado meio a tapas pelas personagens e situações que, azar dele, 
criou porque quis. Com um prosador do cotidiano, a coisa fia mais 
fino. Senta-se ele diante de uma máquina, olha através da janela 
e busca fundo em sua imaginação um assunto qualquer, de 
referência colhido no noticiário matutino, ou da véspera, 
em que, com suas artimanhas peculiares, possa injetar um 
sangue novo. Se nada houver, restar-lhe o recurso de olhar em 
torno e esperar que, através de um processo associativo, surja-lhe 
de repente a crônica, provinda dos fatos e feitos de sua vida 
emocionalmente despertados pela concentração. Ou então, em 
última instância, recorrer ao assunto da falta de assunto, já 
bastante gasto, mas do qual, no ato de escrever, pode surgir o 
inesperado. 
(MORAES, V. Para viver um grande amor: crônicas e poemas. 
São Paulo: Cia das Letras, 1991). 
 
Questão 01 
Predomina nesse texto a função da linguagem que se constitui 
a) nas diferenças entre o cronista e o ficcionista. 
b) nos elementos que servem de inspiração ao cronista. 
c) nos assuntos que podem ser tratados em uma crônica. 
d) no papel da vida do cronista no processo de escrita da crônica. 
e) nas dificuldades de se escrever uma crônica por meio de uma 
crônica. 
 
Questão 02 ENEM 
Ler não é decifrar, como num jogo de adivinhações, o sentido de 
um texto. É, a partir do texto, ser capaz de atribuir-lhe significado, 
conseguir relacioná-lo a todos os outros textos significativos para 
cada um, reconhecer nele o tipo de leitura que seu autor 
pretendia e, dono da própria vontade, entregar-se a essa leitura, 
ou rebelar-se contra ela, propondo uma outra não prevista. 
(LAJOLO, M. Do mundo da leitura para a leitura do mundo. 
São Paulo: Ática, 1993) 
 
Nesse texto, a autora apresenta reflexões sobre o processo de 
produção de sentidos, valendo-se da metalinguagem. Essa 
função da linguagem torna-se evidente pelo fato de o texto 
a) ressaltar a importância da intertextualidade. 
b) propor leituras diferentes das previsíveis. 
c) apresentar o ponto de vista da autora. 
d) discorrer sobre o ato da leitura. 
e) focar a participação do leitor. 
 
 
Questão 03 - ENEM 
Nessa campanha publicitária, para estimular a economia de 
água, o leitor é incitado a 
a) adotar práticas de consumo consciente. 
b) alterar hábitos de higienização pessoal e residencial. 
c) contrapor-se a formas indiretas de exportação de água. 
d) optar por vestuário produzido com matéria-prima reciclável. 
e) conscientizar produtores rurais sobre os custos de produção. 
 
Questão 04 - ENEM 
14 coisas que você não deve jogar na privada 
Nem no ralo. Elas poluem rios, lagos e mares, o que contamina 
o ambiente e os animais. Também deixa mais difícil obter a água 
que nós mesmos usaremos. Alguns produtos podem causar 
entupimentos: 
cotonete e fio dental; 
medicamento e preservativo; 
óleo de cozinha; 
ponta de cigarro; 
poeira de varrição de casa; 
fio de cabelo e pelo de animais; 
tinta que não seja à base de água; 
querosene, gasolina, solvente, tíner. 
 
Jogue esses produtos no lixo comum. Alguns deles, como óleo 
de cozinha, medicamento e tinta, podem ser levados a pontos 
de coleta especiais, que darão destinação final adequada. 
MORGADO, M.; EMASA. Manual de etiqueta. Planeta Sustentável, jul.-ago. 2013 
(adaptado). 
 
O texto tem objetivo educativo. Nesse sentido, além do foco no 
interlocutor, que caracteriza a função conativa da linguagem, 
predomina também nele a função referencial, que busca 
a) despertar no leitor sentimentos de amor pela natureza, 
induzindo-o a ter atitudes responsáveis que beneficiarão a 
sustentabilidade do planeta. 
b) informar o leitor sobre as consequências da destinação 
inadequada do lixo, orientando-o sobre como fazer o correto 
descarte de alguns dejetos. 
c) transmitir uma mensagem de caráter subjetivo, mostrando 
exemplos de atitudes sustentáveis do autor do texto em relação ao 
planeta. 
d) estabelecer uma comunicação com o leitor, procurando 
certificar-se de que a mensagem sobre ações de sustentabilidade 
está sendo compreendida. 
e) explorar o uso da linguagem, conceituando detalhadamente os 
termos usados de forma a proporcionar melhor compreensão 
do texto. 
 
Questão 05 - ENEM 
Embalagens usadas e resíduos devem ser descartados 
adequadamente 
Todos os meses são recolhidas das rodovias brasileiras centenas 
de milhares de toneladas de lixo. Só nos 22,9 mil quilômetros das 
rodovias paulistas são 41,5 mil toneladas. O hábito de descartar 
embalagens, garrafas, papéis e bitucas de cigarro pelas rodovias 
persiste e tem aumentado nos últimos anos. O problema é que o 
lixo acumulado na rodovia, além de prejudicar o meio ambiente, 
pode impedir o escoamento da água, contribuir para as enchentes, 
provocar incêndios, atrapalhar o trânsito e até causar acidentes. 
Além dos perigos que o lixo representapara os motoristas, o 
 
 
 
 
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CURSO ANUAL GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO – (Prof. Cláudio Neves) 
material descartado poderia ser devolvido para a cadeia produtiva. 
Ou seja, o papel que está sobrando nas rodovias poderia ter 
melhor destino. Isso também vale para os plásticos inservíveis, que 
poderiam se transformar em sacos de lixo, baldes, cabides e até 
acessórios para os carros. 
Disponível em: www.girodasestradas.com.br. Acesso em: 31 jul. 2012. 
 
Os gêneros textuais correspondem a certos padrões de 
composição de texto, determinados pelo contexto em que são 
produzidos, pelo público a que eles se destinam. Pela leitura do 
texto apresentado, reconhece-se que sua função é 
a) apresentar dados estatísticos sobre a reciclagem no país. 
b) alertar sobre os riscos da falta de sustentabilidade do mercado 
de recicláveis. 
c) divulgar a quantidade de produtos reciclados retirados das 
rodovias brasileiras. 
d) revelar os altos índices de acidentes nas rodovias brasileiras 
poluídas nos últimos anos. 
e) conscientizar sobre a necessidade de preservação ambiental e 
de segurança nas rodovias. 
 
Questão 06 - ENEM 
Há o hipotrélico. O termo é novo, de impensada origem e ainda 
sem definição que lhe apanhe em todas as pétalas o significado. 
Sabe-se, só, que vem do bom português. Para a prática, tome-se 
hipotrélico querendo dizer: antipodático, sengraçante imprizido; ou 
talvez, vicedito: indivíduo pedante, importuno agudo, falta de 
respeito para com a opinião alheia. Sob mais que, tratando-se de 
palavra inventada, e, como adiante se verá, embirrando o 
hipotrélico em não tolerar neologismos, começa ele por se negar 
nominalmente a própria existência. 
(ROSA, G. Tutameia: terceiras estórias. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2001) 
(fragmento). 
 
Nesse trecho de uma obra de Guimarães Rosa, depreende-se a 
predominância de uma das funções da 
a) metalinguística, pois o trecho tem como propósito essencial usar 
a língua portuguesa para explicar a própria língua, por isso a 
utilização de vários sinônimos e definições. 
b) referencial, pois o trecho tem como principal objetivo discorrer 
sobre um fato que não diz respeito ao escritor ou ao leitor, por isso 
o predomínio da terceira pessoa. 
c) fática, pois o trecho apresenta clara tentativa de estabelecimento 
de conexão com o leitor, por isso o emprego dos termos “sabe-se 
lá” e “tome-se hipotrélico”. 
d) poética, pois o trecho trata da criação de palavras novas, 
necessária para textos em prosa, por isso o emprego de 
“hipotrélico”. 
e) expressiva, pois o trecho tem como meta mostrar a subjetividade 
do autor, por isso o uso do advérbio de dúvida “talvez”. 
 
Questão 07 - ENEM 
Uma luz na evolução 
Dois fósseis descobertos na África do Sul, dotados de inusitada 
combinação de características arcaicas e modernas, podem ser 
ancestrais diretos do homem. Os últimos quinze dias foram 
excepcionais para o estudo das origens do homem. No fim de 
março, uma falange fossilizada encontrada na Sibéria revelou uma 
espécie inteiramente nova de hominídeo que existia há 50 000 
anos. Na semana passada, cientistas da Universidade de 
Witwatersrand, na África do Sul, anunciaram uma descoberta 
similar. São duas as ossadas bastante completas ― a de um 
menino de 12 anos e a de uma mulher de 30 ― encontradas na 
caverna Malapa, a 40 quilômetros de Johannesburgo. Devido à 
abundância de fósseis, a região é conhecida como Berço da 
Humanidade. 
(Veja. Abr. 2010) (adaptado). 
 
Sabe-se que as funções da linguagem são reconhecidas por meio 
de recursos utilizados segundo a produção do autor, que, nesse 
texto, centra seu objetivo 
a) na linguagem utilizada, ao enfatizar a maneira como o texto foi 
escrito, sua estrutura e organização. 
b) em si mesmo, ao enfocar suas emoções e sentimentos diante 
das descobertas feitas. 
c) no leitor do texto, ao tentar convencê-lo a praticar uma ação, 
após sua leitura. 
d) no canal de comunicação utilizado, ao querer certificar-se do 
entendimento do leitor. 
e) no conteúdo da mensagem, ao transmitir uma informação ao 
leitor. 
 
Questão 08 - ENEM 
O telefone tocou. 
— Alô? Quem fala? 
— Como? Com quem deseja falar? 
— Quero falar com o sr. Samuel Cardoso. 
— É ele mesmo. Quem fala, por obséquio? 
— Não se lembra mais da minha voz, seu Samuel? 
Faça um esforço. 
— Lamento muito, minha senhora, mas não me 
lembro. Pode dizer-me de quem se trata? 
(ANDRADE, C. D. Contos de aprendiz. Rio de Janeiro: José Olympio, 1958.) 
 
Pela insistência em manter o contato entre o emissor e o receptor, 
predomina no texto a função 
a) metalinguística. d) emotiva. 
b) fática. e) conativa. 
c) referencial. 
 
Questão 09 - INSPER 
“A cena cotidiana, que a maioria já vivenciou, sempre serviu como 
exemplo de conversa superficial. "Está quente hoje", comenta um. 
"Será que vai chover?", indaga o interlocutor desinteressado. Para 
uma fatia dos moradores da região metropolitana de São Paulo, 
contudo, a pergunta não é mais retórica. Revela, ao contrário, 
preocupação genuína com a situação do sistema Cantareira, 
responsável pelo abastecimento hídrico de 8,8 milhões de 
pessoas. 
Por causa da estiagem incomum, tornaram-se frequentes, e não só 
nos elevadores, os diálogos sobre um possível racionamento em 
parte da capital e em municípios próximos. A Sabesp (companhia 
paulista de saneamento básico), por ora, descarta essa hipótese e 
assegura o suprimento até março de 2015.” 
(Folha de S. Paulo, 24/07/2014) 
 
O fragmento acima evidencia os propósitos comunicativos dos 
falantes, a partir de escolhas linguísticas que exploram 
diferentes funções de linguagem. Dessa forma, de acordo com o 
texto, a preocupação com a seca fez com que os diálogos dos 
paulistanos acerca da previsão do tempo deixassem de cumprir 
unicamente o objetivo da função 
a) emotiva d) metalinguística 
b) apelativa e) fática 
c) referencial 
SEMANA 2 – Sujeito 
 
 
 
 
 
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Questão 10 - UFS 
Disparidades raciais 
Fator decisivo para a superação do sistema colonial, o fim do 
trabalho escravo foi seguido pela criação do mito da democracia 
racial no Brasil. Nutriu-se, desde então, a falsa ideia de que haveria 
no país um convívio cordial entre as diversas etnias. 
Aos poucos, porém, pôde-se ver que a coexistência pouco hostil 
entre brancos e negros, por exemplo, mascarava a manutenção de 
uma descomunal desigualdade socioeconômica entre os dois 
grupos e não advinha de uma suposta divisão igualitária de 
oportunidades. 
O cruzamento de alguns dados do último censo do IBGE relativos 
ao Rio de Janeiro permite dimensionar algumas dessas 
inequívocas diferenças. Em 91, o analfabetismo no Estado era 2,5 
vezes maior entre negros do que entre brancos, e quase 60% da 
população negra com mais de 10 anos não havia conseguido 
ultrapassar a 4ª. série do 1º. grau, contra 39% dos brancos. Os 
números relativos ao ensino superior confirmam a cruel 
seletividade imposta pelo fator socioeconômico: até aquele ano, 
12% dos brancos haviam concluído o 3º. Grau, contra só 2,5% dos 
negros. 
É inegável que a discrepância racial vem diminuindo ao longo do 
século: o analfabetismo no Rio de Janeiro era muito maior entre 
negros com mais de 70 anos do que entre os de menos de 40 
anos. Essa queda, porém, ainda não se traduziu numa 
proporcional equalização de oportunidades. 
Considerando que o Rio de Janeiro é uma das unidades mais 
desenvolvidas do país e com acentuada tradição urbana, parece 
inevitável extrapolar para outras regiões a inquietação resultante 
desses dados. 
(Folha de São Paulo, 9. de jun. de 1996. Adaptado). 
 
Considerando as funções que a linguagem pode desempenhar,reconhecemos que, no texto acima, predomina a função: 
a) apelativa: alguém pretende convencer o interlocutor acerca da 
superioridade de um produto. 
b) expressiva: o autor tenciona apenas transparecer seus 
sentimentos e emoções pessoais. 
c) fática: o propósito comunicativo em jogo é o de entrar em 
contato com o parceiro da interação. 
d) estética: o autor tem a pretensão de despertar no leitor o prazer 
e a emoção da arte pela palavra. 
e) referencial: o autor discorre acerca de um tema e expõe sobre 
ele considerações pertinentes. 
 
Questão 11 - ENEM 
A linguagem 
na ponta da língua 
tão fácil de falar 
e de entender. 
A linguagem 
na superfície estrelada de letras, 
sabe lá o que quer dizer? 
Professor Carlos Góis, ele e quem sabe, 
e vai desmatando 10 
o amazonas de minha ignorância. 
Figuras de gramática, esquemáticas, 
atropelam-me, aturdem-me, sequestram-me. 
Já esqueci a língua em que comia, 
em que pedia para ir lá fora, 
em que levava e dava pontapé, 
a língua, breve língua entrecortada 
do namoro com a priminha. 
O português são dois; o outro, mistério. 
(Carlos Drummond de Andrade. Esquecer para lembrar. Rio de Janeiro: José 
Olympio, 1979.) 
 
Explorando a função emotiva da linguagem, o poeta expressa o 
contraste entre marcas de variação de usos da linguagem em 
a) situações formais e informais. 
b) diferentes regiões dos pais. 
c) escolas literárias distintas. 
d) textos técnicos e poéticos. 
e) diferentes épocas 
 
Questão 12 - ENEM CANCELADO-2009 
Sentimental 
 
Ponho-me a escrever teu nome 
com letras de macarrão. 
No prato, a sopa esfria, cheia de escamas e debruçados na 
mesa todos contemplam 
esse romântico trabalho. 
 
Desgraçadamente falta uma letra, uma letra somente para 
acabar teu nome! 
— Está sonhando? Olhe que a sopa esfria! 
Eu estava sonhando... 
E há em todas as consciências este cartaz amarelo: "Neste 
país é proibido sonhar." 
(ANDRADE, C. D. Seleta em Prosa e Verso. Rio de Janeiro: Record, 1995.) 
 
Com base na leitura do poema, a respeito do uso e da 
predominância das funções da linguagem no texto de Drummond, 
pode-se afirmar que 
a) por meio dos versos "Ponho-me a escrever teu nome" (v.1) e 
"esse romântico trabalho" (v.5), o poeta faz referências ao seu 
próprio ofício: o gesto de escrever poemas líricos. 
b) a linguagem essencialmente poética que constitui os versos "No 
prato, a sopa esfria, cheia de escamas e debruçados na mesa 
todos contemplam" (v.3 e 4) confere ao poema uma atmosfera 
irreal e impede o leitor de reconhecer no texto dados constitutivos 
de uma cena realista. 
c) na primeira estrofe, o poeta constrói uma linguagem centrada na 
amada, receptora da mensagem, mas, na segunda, ele deixa de se 
dirigir a ela e passa a exprimir o que sente. 
d) em "Eu estava sonhando..." (v. 10), o poeta demonstra que está 
mais preocupado em responder à pergunta feita anteriormente e, 
assim, dar continuidade ao diálogo com seus interlocutores do que 
em expressar algo sobre si mesmo. 
e) no verso "Neste país é proibido sonhar." (v. 12), o poeta 
abandona a linguagem poética para fazer uso da função 
referencial, informando sobre o conteúdo do "cartaz amarelo" (v.11) 
presente no local. 
 
Questão 13 
Mack 
Estou farto do lirismo comedido 
Do lirismo bem comportado 
Do lirismo funcionário público com livro de ponto 
expediente 
[protocolo e manifestações de apreço ao sr. diretor. 
 
 
 
 
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CURSO ANUAL GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO – (Prof. Cláudio Neves) 
(...) 
Estou farto do lirismo namorador 
Político 
Raquítico 
Sifilítico. 
(Manuel Bandeira) 
 
Assinale a afirmativa correta. 
a) O lirismo caracterizado no terceiro verso é o oposto do lirismo 
comedido (primeiro verso). 
b) No quarto verso, o eu lírico repudia o envolvimento amoroso. 
c) Raquítico e Sifilítico, nesse contexto, são palavras antônimas. 
d) No terceiro verso, as expressões que caracterizam o lirismo 
pertencem a campos semânticos diferentes. 
e) A palavra lirismo, no poema, é índice de função metalinguística, 
isto é, revela que o assunto do poema é o próprio fazer poético. 
 
 
 
 
 
 
 
CURSO ANUAL DE GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO 
Prof. Cláudio Neves 
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ANÁLISE SINTÁTICA – SEMANA 3 
PREDICADO 
PREDICADO – Engloba todos os elementos componentes da 
oração à exceção do sujeito e do vocativo. 
Ex: A aula começou às 10 horas da manhã. 
 Sujeito Predicado 
Ex: Armandinho, seu pai está te chamando. 
 Vocativo Sujeito Predicado 
TIPOS DE PREDICADO 
A) PREDICADO NOMINAL – Quando o predicado apresenta um 
verbo de ligação (indicando estado ou qualidade) e tem por núcleo 
um nome, chamado de predicativo. 
Ex: A prova estava fácil. 
Fulano parecia cansado. 
Ela andava preocupada. 
Obs: Repare que na terceira frase, o verbo andar, que 
normalmente indica movimento e é intransitivo, nesse caso 
funciona como verbo de ligação, pois denota um estado de espírito 
do sujeito. 
Podem ser predicativos apenas: 
- Adjetivo 
- Pronome 
- Numeral 
- Substantivo (ou oração de valor substantivo) 
Obs: Trataremos das orações substantivas com mais 
profundidade no capítulo referente às orações subordinadas. 
Importante: Nem sempre o verbo ser ou estar (e seus correlatos, 
como parecer) funciona como verbo de ligação. 
Ex: Ela parecia bem. (“bem” é um advérbio, funciona como 
adjunto adverbial e indica modo; lembre-se de que só podem ser 
predicativo os adjetivos, os pronomes, os numerais e os 
substantivos). 
A aula já está no site. (“no site” é um adjunto adverbial e indica 
lugar) 
A cidade estava às escuras. (“às escuras” é um adjunto adverbial e 
indica modo). 
B) PREDICADO VERBAL – Quando o núcleo é um verbo que não 
seja de ligação, ou seja, um verbo intransitivo ou transitivo (direto, 
indireto ou direto e indireto). 
Ex: Eu tenho sérias dúvidas a esse respeito. 
 Suj. Predicado 
 Núcleo verbal 
 do Predicado 
 (ter = verbo transitivo direto) 
 
Carlos viajou. 
Suj. Predicado 
 
Núcleo verbal do Predicado 
(viajar = verbo intransitivo) 
C) PREDICADO VERBO-NOMINAL – Quando há dois núcleos, 
um verbal (um verbo que não seja de ligação) e outro nominal (um 
predicativo – do sujeito ou do objeto). 
Obs: Percebe-se, portanto, que o verbo não pode ser de ligação, 
porque, se fosse, o predicado seria verbal. Logo, o predicado verbo 
nominal precisa de um verbo intransitivo ou transitivo. 
Predicado verbo-nominal com predicativo do sujeito: 
Ex: Carlos esperava o início da prova ansioso. 
 Suj. Predicado 
 
 Núcleo nominal 
Núcleo verbal (predicativo do sujeito “Carlos”) 
 (“esperar” = verbo transitivo direto) 
Formas de identificar o predicativo do sujeito 
1) Perceba que podemos desdobrar a oração acima em duas: 
Carlos esperava o início da prova. 
Carlos estava ansioso. 
- Veja que, na segunda, surge um verbo de ligação antes de 
ansioso, o que comprova ser ele um predicativo. 
2) Podemos também usar “enquanto” ou “quando” para desdobrar 
a oração em duas: 
Enquanto esperava o início da prova, Carlos estava ansioso. 
- Novamente, na segunda oração, surge um verbo de ligação antes 
de ansioso, o que comprova ser ele um predicativo. 
Predicado verbo-nominal com predicativo do objeto: 
Ex: Marília encontrou Carlos abatido. 
 Suj. Predicado 
 
 Núcleo nominal 
 Núcleo verbal (predicativo do objeto direto “Carlos”) 
(“encontrar” = verbo transitivo direto 
 “Carlos” = objeto direto de encontrar)Formas de identificar o predicativo do objeto 
1) Perceba que podemos desdobrar a oração acima em duas: 
Marilia encontrou Carlos. 
Carlos estava abatido 
- Veja que, na segunda, surge um verbo de ligação antes de 
ansioso, o que comprova ser ele um predicativo do termo Carlos. 
Como Carlos é objeto direto na primeira oração, abatido é um 
predicativo do objeto. 
Como diferenciar o predicativo do adjunto adnominal 
Essa dúvida pode surgir em situações como: 
a) Vi aquela mulher linda. 
b) Considerei aquela mulher linda. 
Afinal, “linda” é o que nas duas orações? 
Vejamos como fazer para tirar a dúvida. 
2) Passe as orações original para a voz passiva. Assim teremos 
a) Aquela mulher linda foi vista por mim. 
Perceba que, nesse caso, o sujeito da voz passiva é “aquela 
mulher linda”. Ou seja, “linda” está antes do verbo “ser”, dentro do 
sujeito da passiva. Então não é predicativo. 
b) Aquela mulher foi considerada linda por mim. 
Aqui a situação mudou! O termo “linda” está depois do verbo “ser”, 
o que comprova ser ele um predicativo. 
Obs: Às vezes, o predicativo do sujeito ou do objeto pode ser 
precedido de preposição: 
Ex: O político foi chamado de corrupto. 
“de corrupto” é predicativo do sujeito “político”. 
Chamei-o de corrupto. 
“de corrupto” é predicativo do objeto direto “o”. 
 
 
 
 
 
 
 
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CURSO ANUAL GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO – (Prof. Cláudio Neves) 
EXERCÍCIOS DE APRENDIZAGEM 
 
Questão 01 
Assinale a sequência correta quanto à classificação dos predicados das orações a seguir: 
I. Ela chegou da festa já era madrugada. 
II. Os moradores estavam revoltados. 
III. Ele encontrou os amigos no bar. 
IV. Os estudantes protestaram nervosos contra a corrupção. 
V. Ela ficou aflita com a sua demora. 
a) verbo-nominal; nominal; nominal; verbal; predicativo do objeto. 
b) verbal; nominal; verbal; verbo-nominal; nominal. 
c) verbal; predicativo do objeto; nominal; nominal; verbo-nominal. 
d) verbal; nominal; verbal; verbo-nominal; verbal. 
 
Questão 02 (UFU-MG) 
“O sol entra cada dia mais tarde, pálido, fraco, oblíquo.” “O sol brilhou um pouquinho pela manhã”. 
Pela ordem, os predicados das orações acima classificam-se como: 
a) nominal e verbo-nominal 
b) verbal e nominal 
c) verbal e verbo-nominal 
d) verbo-nominal e nominal 
e) verbo-nominal e verbal 
 
Questão 03 (Unimep – SP) 
I. Paulo está adoentado. 
II. Paulo está no hospital. 
a) O predicado é verbal em I e II. 
b) O predicado é nominal em I e II. 
c) O predicado é verbo-nominal em I e II. 
d) O predicado é verbal em I e nominal em II. 
e) O predicado é nominal em I e verbal em II. 
 
Questão 04 
Na oração: "A inspiração é fugaz, violenta", podemos afirmar que o predicado é: 
a) Verbo nominal, porque o verbo é de ligação e vem seguido de dois predicativos. 
b) Nominal, porque o verbo é de ligação. 
c) Verbal, porque o verbo é de ligação e são atribuídas duas caracterizações ao sujeito. 
d) Verbo nominal, porque o verbo é de ligação e vem seguido de dois advérbios de modo. 
e) Nominal, porque o verbo tem sua significação completada por dois nomes que funcionam como 
adjuntos adnominais. 
 
Questão 05 
"Na manhã seguinte, desci um pouco amargurado, outro pouco satisfeito." Indique a alternativa que 
contém o predicado do mesmo tipo do período acima: 
a) Esta injúria merecia ser lavada com o sangue dos inimigos. 
b) Na tarde de uma segunda-feira, anunciei-lhe um pouco de minha tristeza, outro pouco de minha 
satisfação. 
c) Recebeu um pouco convicto e com certa afeição as variedades do filósofo. 
d) Mas eu era moço à semelhança de meu tio Neves. 
e) Naquele dia, eram tantos os castelos e tantos os sonhos esboroados. 
 
Questão 06 
Identifique a alternativa correta em relação à classificação dos predicado das orações a seguir: 
Todos nós consideramos a sua atitude infantil. 
A multidão caminhava pela estrada poeirenta. 
A criançada continua emocionada. 
a) 1- predicado verbal, 2- predicado nominal, 3- predicado verbo-nominal. 
b) 1- predicado nominal, 2- predicado verbal, 3- predicado verbo-nominal. 
c) 1- predicado verbo-nominal, 2- predicado verbal, 3- predicado nominal. 
d) 1- predicado verbo-nominal, 2- predicado verbal, 3- predicado verbal. 
e) 1- predicado nominal, 2- predicado verbal, 3- predicado verbo-nominal. 
Anotações 
SEMANA 3 – Predicado 
 
 
 
 
 
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Questão 07 (Fac. Luzwell) 
“O professor atravessou o pátio apressado”. 
a) Neste período há um predicado verbo-nominal com predicativo do objeto. 
b) “atravessou o pátio apressado” = predicado verbal. 
c) “o pátio” = núcleo do predicado. 
d) apressado = predicativo do sujeito. 
e) n. d. a. 
 
Questão 08 (UF-GO) 
"O corpo, a alma do carpinteiro não podem ser mais brutos do que a madeira." A função sintática dos 
termos sublinhados é, pela ordem: 
a) objeto direto - predicativo do sujeito 
b) sujeito - sujeito 
c) predicativo do sujeito - sujeito 
d) objeto direto – predicativo do sujeito 
e) predicativo do sujeito – predicativo do sujeito 
 
Questão 09 (FGV) 
Aponte a correta análise do termo destacado: "Ao fundo, as pedrinhas claras pareciam tesouros 
abandonados." 
a) predicativo do sujeito 
b) adjunto adnominal 
c) objeto direto 
d) complemento nominal 
e) predicativo do objeto 
 
 
 
 
 
 
 
 
Anotações 
 
 
 
 
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CURSO ANUAL GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO – (Prof. Cláudio Neves) 
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 
 
Questão 01 (UE-BA) 
Assinale a alternativa correspondente ao período onde há 
predicativo do sujeito: 
a) Como o povo anda tristonho! 
b) Agradou ao chefe o novo funcionário. 
c) Ele nos garantiu que viria. 
d) No Rio, não faltam diversões. 
e) O aluno ficou sabendo hoje cedo de sua aprovação. 
 
Questão 02 (MACK) 
Em “O hotel virou catacumba”: 
a) o predicado é nominal d) o verbo é transitivo direto 
b) o predicado é verbo-nominal e) estão corretas c e d 
c) o predicado é verbal 
 
Questão 03 (UF-UBERLÂNDIA) 
“Ele observou-a e achou aquele gesto feio, grosseiro, 
masculinizado.” Os termos sublinhados são: 
a) predicativos do objeto 
b) predicativos do sujeito 
c) adjuntos adnominais 
d) objetos diretos 
e) adjuntos adverbiais de modo 
 
Questão 04 
Sobre o exemplo: "A lua brilhou alegre no céu", afirmamos: 
I. O verbo brilhar é intransitivo. 
II. O verbo brilhar é transitivo direto. 
III. O verbo brilhar é transitivo indireto. 
IV. O predicado é nominal. 
V. O predicado é verbal. 
VI. O predicado é verbo-nominal. 
a) Estão corretas I e VI. d) Está correta apenas IV. 
b) Estão corretas I e V. e) Estão corretas III e VI. 
c) Estão corretas II e V. 
 
Questão 05 
Assinale a alternativa em que apareça predicado verbo-nominal. 
a) A chuva permanecia calma. 
b) A tempestade assustou os habitantes da vila. 
c) Paulo ficou satisfeito. 
d) Os meninos saíram do cinema calados. 
e) Os alunos estavam preocupados. 
 
Questão 06 
Ocorre predicado verbo-nominal em: 
a) A tua resposta não é verdadeira. 
b) O cão vadio virou a lata de lixo. 
c) Viraram moda os jogos eletrônicos. 
d) Todos permaneçam em seus lugares. 
e) Pensativo e triste vinha o rapaz. 
 
Questão 07 
Indique a alternativa em que o predicado é verbo-nominal: 
a) O soldado foi encontrado morto. 
b) Aquele homem tornou-se milionário. 
c) Hoje é dia 20 de novembro. 
d) Alguns jogadores estão contundidos. 
e) Os alunos parecem desinteressadosQuestão 08 
Observe as duas orações abaixo: 
I) Os fiscais ficaram preocupados com o alto índice de sonegação 
fiscal. 
II) Houve uma sensível queda na arrecadação de impostos em 
alguns Estados. 
Quanto ao predicado, elas classificam-se, respectivamente, como: 
a) nominal e verbo-nominal; 
b) verbo-nominal e verbal; 
c) nominal e verbal; 
d) verbal e verbo-nominal; 
e) verbal e nominal 
 
Questão 09 
Assinale a oração que tem predicado nominal: 
a) João Fanhoso abriu os olhos pesados de preguiça. 
b) O fim seria a cegueira. 
c) A luz vinha do lado do abacateiro grande. 
d) O galo velho olhou de novo o céu. 
e) João-de-Barro despertara com o canto do galo índio 
 
Questão 10 
Assinale a frase cujo predicado é verbo-nominal: 
a) "Que segredos, amiga minha, também são gente ..." 
b) "... eles não se vexam dos cabelos brancos ..." 
c) "... boa vontade, curiosidade, chama-lhe o que quiseres ..." 
d) "Fiquemos com este outro verbo." 
e) "... o assunto não teria nobreza nem interesse ..." 
 
Questão 11 
"O sol entra cada dia mais tarde, pálido, fraco, oblíquo." "O sol 
brilhou um pouquinho pela manhã." Pela ordem, os predicados das 
orações acima classificam-se como: 
a) nominal e verbo-nominal 
b) verbal e nominal 
c) verbal e verbo-nominal 
d) verbo-nominal e nominal 
e) verbo-nominal e verbal 
 
Questão 12 
Assinale uma das alternativas em que aparece um predicado 
verbo-nominal: 
a) Os viajantes chegaram cedo ao destino. 
b) Demitiram o secretário da instituição. 
c) Nomearam as novas ruas da cidade. 
d) Compareceram todos atrasados à reunião. 
e) Estava irritado com as brincadeiras. 
 
Questão 13 
Assinale a alternativa em que o predicado se classifica como 
verbal. 
a) A vida é frágil. 
b) Os estudantes chegaram cansados. 
c) Diversos imprevistos ocorreram durante a travessia. 
d) As taxas de juros continuam elevadas. 
e) O atleta estava satisfeito com o resultado. 
 
SEMANA 3 – Predicado 
 
 
 
 
 
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Questão 14 
A alternativa que classifica incorretamente o predicado é: 
a) Os meninos pequenos brincavam no quintal. (predicado verbal) 
b) Os pássaros são aves frágeis. (predicado nominal) 
c) Os pássaros saíram apressados da gaiola. (predicado verbal) 
d) Cedo, os meninos já queriam as bicicletas. (predicado verbal) 
e) O ladrão fugiu apavorado. (predicado verbo-nominal) 
 
Questão 15 
Assinale a alternativa que classifica corretamente, e pela ordem, os 
predicados das frases. 
I. Os filhos consideram falsa a atitude da mãe. 
II. A atitude da mãe parecia falsa. 
III. Finalmente, os filhos consideraram a atitude da mãe. 
 
a) verbal – nominal – verbo-nominal 
b) verbo-nominal – nominal – verbal 
c) nominal – verbo nominal – verbal 
d) verbo-nominal – verbal – nominal 
e) verbal – verbo-nominal - nominal 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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CURSO ANUAL GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO – (Prof. Cláudio Neves) 
INTERPRETAÇÃO TEXTUAL 
 
TIPOS E GÊNEROS TEXTUAIS 
Podemos afirmar que a tipologia textual está relacionada com a 
forma como um texto apresenta-se e é caracterizada pela presença 
de certos traços linguísticos predominantes. O gênero textual 
exerce funções sociais específicas, que são pressentidas e 
vivienciadas pelos usuários da língua. São os textos concretos. Por 
exemplo, um conto é um gênero que tem como tipologia 
predominante a narração. Um gênero também pode apresentar 
mais uma tipologia. Um conto, por exemplo, também tem 
passagens descritivas. 
Tipologia Textual e exemplos de gêneros 
Narração 
O modo narrativo consiste na enunciação de fatos que envolvem 
ações de personagens, encadeadas no tempo. Nesse modo, que 
se caracteriza pela organização temporal, predominam os verbos 
de ação, em geral no passado. Ex: conto, crônica, romance, notícia 
etc. 
 
 
Descrição 
O modo descritivo consiste na apresentação de traços ou 
características de um ser vivo, um objeto, um ambiente, uma cena. 
Predominam neste tipo textual os verbos de situação, em geral no 
presente ou no pretérito imperfeito do indicativo, bem como as 
expressões qualificativas. Na descrição, as características ocorrem 
simultaneamente e têm organização espacial. Ex: Manuais, 
sinopses, resenhas etc. 
 
 
Argumentação 
O modo argumentativo consiste no encadeamento das ideias com a 
finalidade de defender uma opinião e convencer o interlocutor. Na 
argumentação, que se organiza essencialmente pela lógica, 
manifestam-se relações de causa, condição, concessão, contraste, 
conclusão, etc. Ex: artigos, ensaios etc. 
 
 
 
Injunção 
O modo injuntivo consiste no encadeamento de ideias com a 
finalidade de persuadir o destinatário a praticar atos ou ter atitudes. 
Uma de suas características é o emprego do imperativo. Ex: 
receita, bula etc. 
 
 
Para saber mais, consulte: 
AZEREDO, J. C. Gramática Houaiss da língua portuguesa. São Paulo: Publifolha, 2008. 
FIORIN, J. L. e SAVIOLI, F. P. Lições de texto: leitura e redação. São Paulo: Ática, 1999. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SEMANA 3 – Predicado 
 
 
 
 
 
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EXERCÍCIOS DE APRENDIZAGEM 
 
Questão 01 (Universidade Estácio de Sá – RJ) 
Preencha os parênteses com os números correspondentes; em seguida, assinale a alternativa que 
indica a correspondência correta. 
1. Narrar 
2. Argumentar 
3. Expor 
4. Descrever 
5. Prescrever 
 
( ) Ato próprio de textos em que há a presença de conselhos e indicações de como realizar ações, 
com emprego abundante de verbos no modo imperativo. 
( ) Ato próprio de textos em que há a apresentação de ideias sobre determinado assunto, assim 
como explicações, avaliações e reflexões. Faz-se uso de linguagem clara, objetiva e impessoal. 
( ) Ato próprio de textos em que se conta um fato, fictício ou não, acontecido num determinado 
espaço e tempo, envolvendo personagens e ações. A temporalidade é fator importante nesse tipo de 
texto. 
( ) Ato próprio de textos em que retrata, de forma objetiva ou subjetiva, um lugar, uma pessoa, um 
objeto etc., com abundância do uso de adjetivos. Não há relação de temporalidade. 
( ) Ato próprio de textos em que há posicionamentos e exposição de ideias, cuja preocupação é a 
defesa de um ponto de vista. Sua estrutura básica é: apresentação de ideia principal, argumentos e 
conclusão. 
a) 3, 5, 1, 2, 4 b) 5, 3, 1, 4, 2 c) 4, 2, 3, 1, 5 d) 5, 3, 4, 1, 2 e) 2, 3, 1, 4, 5 
 
Questão 02 
Sobre os tipos textuais, é correto afirmar, exceto: 
a) Os tipos textuais são caracterizados por propriedades linguísticas, como vocabulário, relações 
lógicas, tempos verbais, construções frasais, etc. 
b) Os tipos textuais são: narração, argumentação, descrição, injunção e exposição. 
c) Geralmente variam entre cinco e nove tipos. 
d) Possuem um conjunto ilimitado de características, que são determinadas de acordo com o estilo do 
autor, conteúdo, composição e função. 
e) Os tipos de textos apresentam características intrínsecas e invariáveis, ou seja, não sofrem a 
influência do contexto de nossas atividades comunicativas. De maneira predeterminada, apresentam 
vocabulário, relações lógicas, tempos verbais e construções frasais que acolhem os diversos gêneros. 
 
Desaparecidos 
No Brasil não existem dados oficiais que determinem a quantidade de crianças e adolescentes 
desaparecidos anualmente; contudo, dos casos registrados, um percentual de 10 a 15% permanecem 
sem solução por um longo período de tempo, e, às vezes, jamais são resolvidos. Visando a dar 
visibilidade aessa problemática, a Secretária Especial de Direitos Humanos, desde 2002, constituiu 
uma rede nacional de identificação e localização de crianças e adolescentes desaparecidos, com o 
objetivo de criar e articular serviços especializados de atendimento ao público e coordenar um esforço 
coletivo e de âmbito nacional para busca e localização dos desaparecidos. Hoje temos cadastrados no 
site da ReDesap 1.247 casos de crianças e adolescentes desaparecidos no País. Desde a sua criação 
já foram solucionados 725 casos, sendo que se constatou que umas das causas mais comuns de 
desaparecimento é a fuga do lar por conflito familiar. (...). 
(Fonte:http://www.desaparecidos.mj.gov.br/Desaparecidos/). 
 
Questão 03 (MJ / FUNRIO 2009 - Agente Administrativo) 
O texto I é, predominantemente, 
a) narrativo. 
b) argumentativo. 
c) injuntivo. 
d) expositivo. 
e) dialogado. 
 
Anotações 
 
 
 
 
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VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência 
 
CURSO ANUAL GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO – (Prof. Cláudio Neves) 
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 
 
Questão 01 
Analise os fragmentos a seguir e assinale a alternativa que indique 
as tipologias textuais às quais eles pertencem: 
 
Texto I 
“Dario vinha apressado, guarda-chuva no braço esquerdo e, assim 
que dobrou a esquina, diminuiu o passo até parar, encostando-se à 
parede de uma casa. Por ela escorregando, sentou-se na calçada, 
ainda úmida de chuva, e descansou na pedra o cachimbo. Dois ou 
três passantes rodearam-no e indagaram se não se sentia bem. 
Dario abriu a boca, moveu os lábios, não se ouviu resposta. O 
senhor gordo, de branco, sugeriu que devia sofrer de ataque (...)”. 
(Dalton Trevisan – Uma vela para Dario). 
 
Texto 2 
“Era um homem alto, robusto, muito forte, que caminhava 
lentamente, como se precisasse fazer esforço para movimentar 
seu corpo gigantesco. Tinha, em contrapartida, uma cara de 
menino, que a expressão alegre acentuava ainda mais.” 
 
Texto 3 
Novas tecnologias 
Atualmente, prevalece na mídia um discurso de exaltação das 
novas tecnologias, principalmente aquelas ligadas às atividades de 
telecomunicações. Expressões frequentes como “o futuro já 
chegou”, “maravilhas tecnológicas” e “conexão total com o mundo” 
“fetichizam” novos produtos, transformando-os em objetos do 
desejo, de consumo obrigatório. Por esse motivo carregamos hoje 
nos bolsos, bolsas e mochilas o “futuro” tão festejado. 
Todavia, não podemos reduzir-nos a meras vítimas de um aparelho 
midiático perverso, ou de um aparelho capitalista controlador. Há 
perversão, certamente, e controle, sem sombra de dúvida. 
Entretanto, desenvolvemos uma relação simbiótica de dependência 
mútua com os veículos de comunicação, que se estreita a cada 
imagem compartilhada e a cada dossiê pessoal transformado em 
objeto público de entretenimento. 
Não mais como aqueles acorrentados na caverna de Platão, 
somos livres para nos aprisionar, por espontânea vontade, a esta 
relação sadomasoquista com as estruturas midiáticas, na qual 
tanto controlamos quanto somos controlados. 
SAMPAIO, A. S. A microfísica do espetáculo. Disponível em: 
http://observatoriodaimprensa.com.br. Acesso em: 1 mar. 2013 (adaptado). 
 
Texto 4 
Modo de preparo: 
Bata no liquidificador primeiro a cenoura com os ovos e o óleo, 
acrescente o açúcar e bata por 5 minutos; 
Depois, numa tigela ou na batedeira, coloque o restante dos 
ingredientes, misturando tudo, menos o fermento; 
Esse é misturado lentamente com uma colher; 
Asse em forno preaquecido (180° C) por 40 minutos. 
 
a) narração – descrição – dissertação – prescrição. 
b) descrição – narração – dissertação – prescrição. 
c) dissertação – prescrição – descrição – narração. 
d) prescrição – descrição – dissertação – narração. 
Questão 02 – (Enem 2012) 
 
 
Disponível em: www.portaldapropaganda.com.br 
 
A publicidade, de uma forma geral, alia elementos verbais e 
imagéticos na constituição de seus textos. Nessa peça publicitária, 
cujo tema é a sustentabilidade, o autor procura convencer o leitor a 
a) assumir uma atitude reflexiva diante dos fenômenos naturais. 
b) evitar o consumo excessivo de produtos reutilizáveis. 
c) aderir à onda sustentável, evitando o consumo excessivo. 
d) abraçar a campanha, desenvolvendo projetos sustentáveis. 
e) consumir produtos de modo responsável e ecológico. 
 
Questão 03 
Assinale a sequência correta: 
I. São definidos por propriedades linguísticas como vocabulário, 
relações lógicas, tempos verbais, construções frasais etc. 
II. Realizações linguísticas concretas definidas por propriedades 
sociocomunicativas, ou seja, dentro de um contexto cultural e com 
função comunicativa. 
III. Abrangem um conjunto praticamente ilimitado de características 
determinadas pelo estilo do autor, conteúdo, composição e função. 
IV. Geralmente variam entre cinco e nove tipos: narração, 
argumentação, descrição, injunção e exposição. 
a) tipo textual, gênero textual, gênero textual, tipo textual. 
b) tipo textual, tipo textual, gênero textual, gênero textual. 
c) tipo textual, gênero textual, gênero textual, gênero textual. 
d) gênero textual, tipo textual, tipo textual, tipo textual. 
 
Questão 04 
Assinale a alternativa que associa, respectivamente, as 
características e função social aos gêneros mencionados abaixo: 
1. Pequena narrativa em que os animais são as personagens 
protagonistas. Apresenta uma crítica ao comportamento humano 
por meio da atitude de animais. Esse gênero serve como distração 
e moralização, pois apresenta determinados valores considerados 
socialmente aceitos. 
2. Texto com linguagem verbal e não verbal, da ordem do 
descrever/prescrever, com uso de elementos voltados para 
determinado público-alvo, cujo objetivo é despertar sentidos ou 
desejos; apresenta predomínio da sugestão sobre a informação. 
3. Texto com as mesmas características básicas da narração, sem, 
contudo, apresentar conflito. Tem a função social de representar 
experiências vividas situadas no tempo. 
a) Crônica, fábula, anúncio publicitário. 
b) Fábula, conto, notícia de jornal. 
c) Relato autobiográfico, anúncio publicitário, fábula. 
d) Fábula, anúncio publicitário, relato autobiográfico. 
e) Relato autobiográfico, fábula, anúncio publicitário. 
 
 
 
 
 
 
CURSO ANUAL DE GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO 
Prof. Cláudio Neves 
VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência 
 
COMPLEMENTO VERBAL – SEMANA 4 
ANÁLISE SINTÁTICA 
TERMOS INTEGRANTES DA ORAÇÃO 
Certos verbos ou nomes presentes numa oração não possuem 
sentido completo em si mesmos. Sua significação só se completa 
com a presença de outros termos, chamados integrantes. São 
eles: 
complementos verbais (objeto direto e objeto indireto); 
complemento nominal; 
agente da passiva. 
Complementos Verbais 
Completam o sentido de verbos transitivos diretos, transitivos 
indiretos e transitivos diretos e indiretos. Vamos rever os tipos de 
verbo: 
VERBO INTRANSITIVO – não exige complemento verbal. 
VERBO TRANSITIVO DIRETO – exige complemento direto, ou 
seja, sem uso de preposição. 
VERBO TRANSITIVO DIRETO E INDIRETO – exige complemento 
direto e indireto. 
Importante: 
- Complementos Verbais sempre são ALGO ou ALGUÉM. Não 
podem ser lugar, modo, tempo etc. 
- Complementos completam verbos, jamais nomes! Quem 
completa nome é o complemento nominal, que estudaremos na 
próxima semana. 
1) Objeto Direto 
É o termo que completa o sentido do verbo transitivo direto, 
ligando-se a ele sem o auxílio necessário da preposição. 
Por Exemplo: 
Abri os braços ao vê-lo. 
 Objeto Direto 
O objeto direto pode ser constituído: 
a) Por um substantivo ou expressão substantivada. 
Exemplos: 
O agricultor cultiva a terra./ Unimos o útil ao agradável. 
b) Pelos pronomes oblíquoso, a, os, as, me, te, se, nos, vos. 
Exemplos: 
Espero-o na minha festa. / Ela me ama. 
c) Por qualquer pronome substantivo. 
Por Exemplo: 
O menino que conheci está lá fora. 
Atenção: 
Em alguns casos, o objeto direto pode vir acompanhado de 
preposição facultativa. Isso pode ocorrer: 
- quando o objeto é um substantivo próprio: Adoremos a Deus. 
- quando o objeto é representado por um pronome pessoal oblíquo 
tônico: Ofenderam a mim, não a ele. 
- quando o objeto é representado por um pronome substantivo 
indefinido: O diretor elogiou a todos. 
- para evitar ambiguidade: Venceu ao inimigo o nosso colega. 
Obs.: caso o objeto direto não viesse preposicionado, o 
sentido da oração ficaria ambíguo, pois não poderíamos 
apontar com precisão o sujeito (o nosso colega). 
Saiba que: 
Frequentemente, verbos intransitivos, podem aparecer como 
verbos transitivos diretos. 
Por Exemplo: 
A criança chorou lágrimas doídas pela perda da mãe. 
 Objeto Direto 
2) Objeto Indireto 
É o termo que completa o sentido de um verbo transitivo indireto. 
Vem sempre regido de preposição clara ou subentendida. Atuam 
como objeto indireto os pronomes: lhe, lhes, me te, se, nos, vos. 
Exemplos: 
Não desobedeço a meus pais. 
 Objeto Indireto 
Preciso de ajuda. (Preposição clara "de") 
 Objeto Indireto 
Enviei-lhe um recado. (LHE = A ELE) 
 Objeto Indireto 
Obs.: muitas vezes o objeto indireto inicia-se com crase (à, 
àquele, àquela, àquilo). Isso ocorre quando o verbo exige a 
preposição "a", que acaba se contraindo com a palavra seguinte. 
Por Exemplo: Entregaram à mãe o presente. 
 (à = "a" preposição + "a" artigo definido) 
Observações Gerais: 
a) Pode ocorrer ainda o (objeto direto ou indireto) pleonástico, que 
consiste na retomada do objeto por um pronome pessoal, 
geralmente com a intenção de colocá-lo em destaque. 
Por Exemplo: 
As mulheres, eu as vi na cozinha. (Objeto Direto) 
A todas vocês, eu já lhes forneci o pagamento mensal. (Objeto 
Indireto) 
b) Os pronomes oblíquos o, a, os, as (e as variantes lo, la, los, 
las, no, na, nos, nas) são sempre objeto direto. Os pronomes lhe, 
lhes são sempre objeto indireto. 
Exemplos: 
Eu a encontrei no quarto. (OD) 
Vou avisá-lo.(OD) 
Eu lhe pagarei um sorvete.(OI) 
c) Os pronomes oblíquos me, te, se, nos, vos podem ser objeto 
direto ou indireto. Para determinar sua função sintática, podemos 
substituir esses pronomes por um substantivo: se o uso da 
preposição for obrigatório, então se trata de um objeto indireto; 
caso contrário, de objeto direto. 
Por Exemplo: 
Roberto me viu na escola.(OD) 
Substituindo-se "me" por um substantivo qualquer (amigo, por 
exemplo), tem-se: "Roberto viu o amigo na escola." Veja que a 
preposição não foi usada. Portanto, "me" é objeto direto. 
Observe o próximo exemplo: João me telefonou.(OI) 
Substituindo-se "me" por um substantivo qualquer (amigo, por 
exemplo), tem-se: "João telefonou ao amigo". A preposição foi 
usada. Portanto, "me" é objeto indireto. 
d) Os pronomes átonos oblíquos no papel de objeto direto ou 
indireto podem fundir-se, embora isso não seja comum no 
português brasileiro. 
 
 
 
 
 44 
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CURSO ANUAL GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO – (Prof. Cláudio Neves) 
Por Exemplo: 
- João, você deu a caneta a Alberto? 
- Sim, dei-lha. 
Veja o que ocorreu. Na primeira frase, temos: 
João, você deu a caneta a Alberto? 
Verbo dar – transitivo direto e indireto. Quem dá dá algo a alguém. 
A caneta – objeto direto. 
A Alberto – objeto indireto. 
Poderíamos substituir “a Alberto” por LHE, correto? 
Então ficaria: 
João, você lhe deu a caneta? 
Mas também podemos substituir “a caneta” por A. Ok? 
Então ficaria: 
João, você a deu a Alberto? 
Agora vamos pôr as duas trocas juntas: 
João, você lhe+a deu? 
Fundindo os dois pronomes temos LHA. Por isso que o João 
respondeu “Sim, dei-LHA.” 
Fica esquisito, mas está certo. Há mais fusões possíveis: lho, lhos, 
lhas, ta, to, ma, mas, mo etc. 
Ex: As congratulações, Susana MAS deu. 
 (me+as) 
Ex: Ele ta deu? Sim, ele deu-ma! 
 (te+a) (me+a) 
 
Fica estranho... Mas está certo! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SEMANA 4 – Complemento Verbal 
 
 
 
 
 
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EXERCÍCIOS DE APRENDIZAGEM 
 
Questão 01 
De acordo com o código à mostra, analise os termos em destaque das seguintes orações: 
OD – objeto direto 
OI – objeto indireto 
a) Eu acredito em você e não confio em fofocas ( ). 
b) Ganhei a corrida em tempo recorde ( ). 
c) Desejamos-lhe sucesso nesta caminhada ( ). 
d) Eu o vi saindo rapidamente ( ). 
e) Ela Continua persistindo no erro ( ). 
 
Questão 02 
Os pronomes oblíquos funcionam sintaticamente como complementos verbais. Partindo dessa 
prerrogativa, exercite seu conhecimento substituindo as palavras destacadas por pronomes, de modo 
a tornar as orações de acordo com a linguagem padrão. Em seguida, classifique-os como objeto direto 
ou indireto: 
a) Ame a vida e viva a vida intensamente. 
b) Trouxe os presentes e entregarei os presentes amanhã. 
c) Você foi vitorioso, por isto estamos aqui para cumprimentar você. 
d) Espero ansioso por notícias, gostaria de receber as notícias hoje mesmo. 
e) O livro já foi entregue ao professor, e na oportunidade gostaria de pedir o livro novamente. 
 
Questão 03 
Assinale a alternativa em que o termo grifado é objeto direto: 
a) Sua falta aos encontros sufocava o nosso amor. 
b) Ela é uma fera maluca. 
c) Ela é maluca por lambada nacional. 
d) Não tenho medo da louca. 
e) O amor de Deus é o primeiro mandamento. 
 
Questão 04 
Na expressão: “por todos era apedrejado o Luizinho”, o termo grifado é: 
a) objeto direto; d) complemento nominal; 
b) objeto indireto; e) agente da passiva. 
c) sujeito; 
 
Questão 05 
“O toque dos sinos ao cair da noite era trazido lá da cidade pelo vento”. O termo grifado é: 
a) sujeito; d) complemento nominal; 
b) objeto direto; e) agente da passiva. 
c) objeto indireto; 
 
Questão 06 (Escola de Marinha Mercante) 
No período "Cumpriria com as obrigações, certamente". 
A função sintática do elemento sublinhado é: 
a) complemento nominal; c) objeto direto preposicionado; 
b) objeto direto; d) objeto indireto. 
 
Questão 07 (UGF - Escola Médica do RJ) 
Assinale o único caso em que o pronome oblíquo átono exerce a função de objeto indireto: 
a) Contive-me. d) O aluno me viu. 
b) Ele aguardava-me desde cedo. e) Socorram-me. 
c) Isto me agrada. 
 
Questão 08 (Escola de Marinha Mercante) 
No período: "As cartas, enviei-as, ontem, pelo portador da Companhia." 
A função sintática do termo sublinhado é: 
a) objeto indireto pleonástico; d) objeto direto pleonástico; 
b) sujeito; e) objeto direto. 
c) objeto indireto; 
 
Anotações 
 
 
 
 
 46 
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CURSO ANUAL GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO – (Prof. Cláudio Neves) 
 
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 
 
Questão 01 (FMU) 
Em: Tinha grande amor à humanidade / As ruas foram 
lavadas pela chuva / Ele é rico em virtudes. Os termos destacados 
são, respectivamente: 
a) complemento nominal, agente da passiva, complemento 
nominal 
b) objeto indireto, agente da passiva, objeto indireto 
c) complemento nominal, objeto indireto, complemento nominald) objeto indireto, complemento nominal, agente da passiva 
e) complemento nominal, complemento nominal, complemento 
nominal. 
 
Questão 02 
Assinale o item em que a função não corresponde ao termo em 
destaque: 
a) Comer demais é prejudicial à saúde. (complemento nominal) 
b) Jamais me esquecerei de ti. (objeto indireto) 
c) Ele foi cercado de amigos sinceros. (agente da passiva) 
d) Não tens interesse pelos estudos. (complemento nominal) 
e) Tinha grande amor à humanidade. (objeto indireto). 
 
Questão 03 
Assinale as opções cujos complementos verbais possuem a função 
de objeto indireto. 
1) Preveniram antecipadamente os jovens do perigo. 
2) Maria comprou um carro novo. 
4) Conheço aqueles dois rapazes. 
8) Não gosto de mamãe preocupada. 
16) As crianças menores acreditam em contos de fada. 
 
Questão 04 (PUC) 
"O homem está imerso num mundo ao qual percebe ..." A palavra 
em negrito é: 
a) objeto direto preposicionado 
b) objeto indireto 
c) adjunto adverbial 
d) agente da passiva 
e) adjunto adnominal. 
 
Questão 05 (MACK) 
Entre as alternativas abaixo, aponte a única em que um dos termos 
corresponde à análise dada: "Pareciam infinitas as combinações de 
cores no azul do céu." 
a) Pareciam é um verbo intransitivo 
b) Infinitas é objeto direto 
c) Cores é o núcleo do sujeito 
d) Do céu é o complemento nominal 
e) n.d.a 
 
Questão 06 (CESCEM) 
Assinale a análise do termo destacado: "A terra era povoada de 
selvagens." 
a) objeto direto 
b) objeto indireto 
c) agente da passiva 
d) complemento nominal 
e) adjunto adverbial 
 
Questão 07 (FGV) 
“Minha alva Dinamene, a Primavera, / Que os campos deleitosos 
pinta e veste (Camões) 
A função sintática de "os campos deleitosos" é: 
a) sujeito d) objeto direto 
b) complemento nominal e) objeto indireto 
c) aposto 
 
Questão 08 (UM-SP) 
Em "Não eram tais palavras compatíveis com a sua posição", o 
termo em destaque é: 
a) complemento nominal d) sujeito 
b) objeto indireto e) agente da passiva 
c) objeto direto 
 
Questão 09 (UF-PR) 
Na oração "O alvo foi atingido por uma bomba formidável", a 
locução por uma bomba formidável tem a função de: 
a) objeto direto 
b) agente da passiva 
c) adjunto adverbial 
d) complemento nominal. 
 
Questão 10 (OMECE-SP) 
Assinale o item que apresenta objeto indireto: 
a) A casa que você viu é minha. 
b) O homem que trabalha vence na vida. 
c) Que aconteceu com você? 
d) O cargo a que aspiras é nobre. 
e) O rapaz que chegou é meu conhecido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SEMANA 4 – Complemento Verbal 
 
 
 
 
 
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INTERPRETAÇÃO TEXTUAL 
O GÊNERO POÉTICO 
Em linhas gerais, pode-se dizer que: 
Texto em prosa – composto por períodos e parágrafos. 
Texto poético – composto por versos e estrofes. 
Poesia ou poema? 
Poesia significa o gênero, e poema, a obra. Portanto, Vinícius de 
Moraes escreve poesia, e compôs o famoso Soneto de Fidelidade. 
Poético e prosaico 
O adjetivo poético qualifica aqui que se associa à linguagem 
poética, como linguagem conotativa, lirismo, ludicidade, comoção 
etc. Já prosaico significa o seu oposto, ou seja, aquilo que é 
objetivo, denotativo etc. 
Eu lírico 
É a voz que fala no poema. Não deve ser confundido com o poeta. 
Não se pode afirmar que o poeta diz algo no poema, porque não é 
sua pessoa biográfica quem fala. Por exemplo, diz-se que, em 
determinado poema, o eu lírico expressa tristeza, mas não há 
como saber o que o poeta, o ser humano que escreveu o poema, 
sentia naquele momento – e isso não importa, de fato. 
Principais subgêneros da poesia 
Lírico – poema em que o objetivo central é a expressão de 
sentimentos e ideias do eu lírico. 
Épico – poema (epopeias) em que se narram fatos grandiosos, 
como a Ilíada ou Os Lusíadas. 
Dramático – poesia escrita para ser encenada, como as tragédias 
gregas. 
Verso 
Unidade rítmica cujo final não precisa coincidir com o fim da 
margem da página. 
Tipos de versos 
Versos livres ou irregulares – Aqueles que não seguem um 
padrão métrico. 
Ex: 
Poema tirado de uma notícia de jornal 
João Gostoso era carregador de feira-livre e morava no morro da 
Babilônia num barracão sem número 
Uma noite ele chegou no bar Vinte de Novembro 
Bebeu 
Cantou 
Dançou 
Depois se atirou na Lagoa Rodrigo de Freitas e morreu afogado. 
BANDEIRA, Manuel. "Libertinagem". Estrela da vida inteira. Rio de Janeiro: José 
Olympio, 1966. 
Versos metrificados ou regulares – Aqueles que seguem um 
padrão métrico. O nome que recebem indica a sua extensão: 
heptassílabos (7 sílabas), decassílabos (10) etc. 
Ex: 
Soneto de Fidelidade 
De tudo ao meu amor serei atento 
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto 
Que mesmo em face do maior encanto 
Dele se encante mais meu pensamento. 
Quero vivê-lo em cada vão momento 
E em seu louvor hei de espalhar meu canto 
E rir meu riso e derramar meu pranto 
Ao seu pesar ou seu contentamento 
E assim, quando mais tarde me procure 
Quem sabe a morte, angústia de quem vive 
Quem sabe a solidão, fim de quem ama 
Eu possa me dizer do amor (que tive): 
Que não seja imortal, posto que é chama 
Mas que seja infinito enquanto dure. 
Vinicius de Moraes, "Antologia Poética", Editora do Autor, Rio de Janeiro, 1960, pág. 96. 
No exemplo acima, todos os versos têm 10 sílabas poéticas. 
Como contar as sílabas poéticas? 
Conta-se levando em conta a pronúncia. Assim, contam-se como 
uma apenas as sílabas que são pronunciadas de uma só vez. 
Outra peculiaridade é que só se conta até a última tônica, não 
importando se ela é ou não a última do verso. Vejamos: 
Ex: 
 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Sílaba átona 
De / tu / do ao / meu / a/ mor /se/ rei / a / ten / to (não se conta) 
 
 Última sílaba tônica 
 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 
An / tes, / e /com / tal / ze/ lo, e / sem / pre, e / tan / to 
 
Ex: 
 1 2 3 4 5 6 7 Sílabas átonas 
Vou- / me em / bo / ra / pra / Pa / sár / ga / da 
 
 Última sílaba tônica 
 1 2 3 4 5 6 7 
Lá / sou / a / mi / go / do / rei 
 
 Última sílaba tônica 
Versos rimados ou brancos 
Rimados são aqueles que apresentam a mesma terminação 
sonora. Brancos são os que não rimam entre si. 
Poemas sem versos 
Alguns poemas, como os poemas concretistas, não têm a noção 
de versos. 
 
Poema “pluvial”, Augusto de Campos. 
Como ler poesia? 
É preciso levar em conta três aspectos: 
1) Sintático – deve-se perceber que a mudança de verso não 
significa uma quebra sintática. 
2) Semântico – trata-se do sentido dos vocábulos, dos versos, do 
contexto etc. 
 
 
 
 
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CURSO ANUAL GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO – (Prof. Cláudio Neves) 
3) Estilístico – analisam-se os recursos empregados pelo autor, 
como figuras de linguagem, metalinguagem, recursos sonoros etc. 
TEXTOS PARA ANÁLISE 
Autopsicografia 
Fernando Pessoa 
O poeta é um fingidor. 
Finge tão completamente 
Que chega a fingir que é dor 
A dor que deveras sente. 
E os que lêem o que escreve, 
Na dor lida sentem bem, 
Não as duas que ele teve, 
Mas só a que eles não têm. 
E assim nas calhas de roda 
Gira, a entreter a razão, 
Esse comboio de corda 
Que se chama coração. 
 
SEMANA 4 – Complemento Verbal 
 
 
 
 
 
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EXERCÍCIOS DE APRENDIZAGEMLuís de Camões 
Busque Amor novas artes, novo engenho, 
Para matar-me, e novas esquivanças; 
Que não pode tirar-me as esperanças, 
Que mal me tirará o que eu não tenho. 
 
Olhai de que esperanças me mantenho! 
Vede que perigosas seguranças! 
Que não temo contrastes nem mudanças, 
Andando em bravo mar, perdido o lenho. 
 
Mas, conquanto não pode haver desgosto 
Onde esperança falta, lá me esconde 
Amor um mal, que me mata e não se vê; 
 
Que dias há que na alma me tem posto 
Um não sei quê, que nasce não sei onde, 
Vem não sei como, e dói não sei por quê. 
 
Questão 01 
Segundo os versos do poema, o eu lírico 
a) está à procura do Amor. 
b) está amando e cheio de esperanças. 
c) está seguro devido ao Amor. 
d) está sem esperança. 
 
Questão 02 
Ao se dirigir ao Amor, na primeira estrofe, percebe-se por parte do eu lírico um tom de 
a) súplica b) desafio c) ameaça d) euforia 
 
Questão 03 
Por que o eu lírico não teme as novas artes do Amor? 
a) Porque o eu lírico não possui mais esse sentimento. 
b) Porque onde falta esperança não há desgosto. 
c) Porque a esperança que ele tem o faz sentir mais seguro. 
d) Porque ele não teme nada, nem os perigos de um mar bravo. 
 
Questão 04 
Apresenta uma contradição a justaposição dos termos da expressão 
a) novo engenho b) bravo mar c) perigosas seguranças d) novas artes 
 
Questão 05 
“Busque Amor novas artes, novo engenho”, o termo em destaque tem o sentido de 
a) artimanha b) trabalho c) objetivo d) solução 
 
Questão 06 
De acordo com o eu lírico do texto, o Amor gera 
a) segurança b) esperança c) sofrimento d) dúvidas 
 
Questão 07 
“Amor um mal, que me mata e não se vê;” o verso sugere que o Amor é 
a) indefinido b) misterioso c) passageiro d) intransigente 
 
Questão 08 
A última estrofe revela que 
a) o eu lírico realmente é imune as artes do Amor. 
b) o eu lírico busca descobrir as razões do Amor. 
c) o Amor ainda consegue atingir o eu lírico. 
d) o Amor abandona o destemido eu lírico. 
Anotações 
 
 
 
 
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EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 
 
 
A tirinha acima estabelece uma interessante relação dialógica com 
o poema de Fernando Pessoa,: 
Eu sou do tamanho do que vejo 
Da minha aldeia vejo quanto da terra se pode ver no Universo... 
Por isso minha aldeia é grande como outra qualquer 
Porque sou do tamanho do que vejo 
E não do tamanho da minha altura... 
(Alberto Caeiro) 
 
Questão 01 
A tira de Hagar e o poema de Alberto Caeiro (um dos heterônimos 
de Fernando Pessoa) expressam, com linguagens diferentes, uma 
mesma ideia: a de que a compreensão que temos do mundo é 
condicionada, essencialmente, 
a) pelo alcance de cada cultura. 
b) pela capacidade visual do observador. 
c) pelo senso de humor de cada um. 
d) pela idade do observador. 
e) pela altura do ponto de observação. 
 
Questão 02 (FEI - SP) 
Autopsicografia 
O poeta é um fingidor. 
Finge tão completamente 
Que chega a fingir que é dor 
A dor que deveras sente. 
E os que leem o que escreve, 
Na dor lida sentem bem, 
Não as duas que ele teve, 
Mas só a que eles não têm. 
E assim nas calhas de roda 
Gira, a entreter a razão, 
Esse comboio de corda 
Que se chama coração. 
Fernando Pessoa 
 
A palavra título indica que: 
a) o texto apresentará a visão do eu lírico sobre os outros com 
quem convive. 
b) o poema tecerá considerações sobre a subjetividade do próprio 
eu lírico. 
c) o texto discutirá a formação do leitor. 
d) o poema dialogará com os leitores em potencial. 
e) o poema tecerá considerações sobre o amor. 
 
Questão 03 (Ufscar - 2002) 
Soneto de fidelidade 
(Vinicius de Moraes) 
 
De tudo, ao meu amor serei atento 
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto 
Que mesmo em face do maior encanto 
Dele se encante mais meu pensamento. 
 
Quero vivê-lo em cada vão momento 
E em seu louvor hei de espalhar meu canto 
E rir meu riso e derramar meu pranto 
Ao seu pesar ou seu contentamento. 
 
E assim, quando mais tarde me procure 
Quem sabe a morte, angústia de quem vive 
Quem sabe a solidão, fim de quem ama 
 
Eu possa me dizer do amor (que tive): 
Que não seja imortal, posto que é chama 
Mas que seja infinito enquanto dure. 
 
Nos dois primeiros quartetos do soneto de Vinicius de Moraes, 
delineia-se a ideia de que o poeta 
a) não acredita no amor como entrega total entre duas pessoas. 
b) acredita que, mesmo amando muito uma pessoa, é possível 
apaixonar-se por outra e trocar de amor. 
c) entende que somente a morte é capaz de findar com o amor de 
duas pessoas. 
d) concebe o amor como um sentimento intenso a ser 
compartilhado, tanto na alegria quanto na tristeza. 
e) vê, na angústia causada pela ideia da morte, o impedimento 
para as pessoas se entregarem ao amor. 
 
Questão 04 (UEL – Londrina) 
Não há vagas 
O preço do feijão 
não cabe no poema. O preço 
do arroz 
não cabe no poema. 
Não cabem no poema o gás 
a luz o telefone 
a sonegação 
do leite 
da carne 
do açúcar 
do pão 
 
O funcionário público 
não cabe no poema 
com seu salário de fome 
sua vida fechada 
em arquivos. 
Como não cabe no poema 
o operário 
que esmerila seu dia de aço 
e carvão 
nas oficinas escuras 
 
- porque o poema, senhores, 
 está fechado: 
 "não há vagas" 
 
Só cabe no poema 
o homem sem estômago 
a mulher de nuvens 
a fruta sem preço 
SEMANA 4 – Complemento Verbal 
 
 
 
 
 
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 O poema, senhores, 
 não fede 
 nem cheira. 
Ferreira Gullar 
 
Sobre o poema Não há vagas, de Ferreira Gullar, é correto afirmar: 
a) Ao ser aproximada de um ato lúdico como o fazer poesia, a 
crítica social é atenuada e perde força. 
b) A ruptura com o verso tradicional situa o poema no contexto da 
primeira geração modernista. 
c) Nota-se uma conjunção entre a reflexão sobre o fazer poético e 
a preocupação com a realidade social adversa. 
d) A crítica política e a reflexão sobre a literatura presentes no 
poema configuram exceção na produção poética de Ferreira Gullar. 
e) Trata-se de texto poético que destoa do conjunto da obra Toda 
poesia por utilizar redondilhas maiores e menores. 
 
Questão 05 (PUC - PR) 
Leia os fragmentos abaixo, retirados do poema Muitas vozes, de 
Ferreira Gullar, para responder à questão. 
 
Meu poema 
é um tumulto: 
a fala 
que nele fala 
outras vozes 
arrasta em alarido. 
(...) 
A água que ouviste 
num soneto de Rilke 
os ínfimos rumores no capim 
o sabor 
do hortelã 
(…) 
da manhã 
tudo isso em ti 
se deposita 
e cala. 
Até que de repente 
um susto 
ou uma ventania 
(que o poema dispara) 
chama 
esses fósseis à fala. 
Meu poema 
é um tumulto, um alarido: 
basta apurar o ouvido. 
 
I. É um exemplo de metapoesia, um dos vários temas recorrentes 
nesta obra. 
II. A intertextualidade surge como uma das muitas vozes presentes 
no poema. 
III. Fósseis, no poema, é uma referência aos mortos do eu poético, 
que também são vozes do poema. 
IV. Apurar o ouvido, no último verso, remete à percepção do 
material de que se compõe o poema. 
Assinale a alternativa CORRETA: 
a) Somente as assertivas I e IV são verdadeiras. 
b) As assertivas I, II são verdadeiras. 
c) Somente a assertiva I é falsa. 
d) As assertivas I, II, III, IV são verdadeiras. 
e) Todas as assertivas são verdadeiras. 
Confidência do itabirano 
Alguns anos vivi em Itabira. 
Principalmente nasci em Itabira. 
Por isso sou triste, orgulhoso: de ferro. 
Noventa por cento de ferro nas calçadas. 
Oitentapor cento de ferro nas almas. 
E esse alheamento do que na vida é porosidade e comunicação. 
A vontade de amar, que me paralisa o trabalho, 
vem de Itabira, de suas noites brancas, sem mulheres e sem 
horizontes. 
E o hábito de sofrer, que tanto me diverte, 
é doce herança itabirana. 
De Itabira trouxe prendas diversas que ora te ofereço: 
esta pedra de ferro, futuro aço do Brasil, 
este São Benedito do velho santeiro Alfredo Duval; 
este couro de anta, estendido no sofá da sala de visitas; 
este orgulho, esta cabeça baixa... 
Tive ouro, tive gado, tive fazendas. 
Hoje sou funcionário público. 
Itabira é apenas uma fotografia na parede. 
Mas como dói! 
(Carlos Drummond de Andrade) 
 
Questão 06 
Sobre o poema de Drummond, é correto afirmar que: 
I. O poeta emprega o recurso do eu-lírico para distanciar-se do 
tema desenvolvido nos versos. 
II. A palavra “confidência” afasta o poeta do tema proposto. 
III. Há vários indícios que corroboram a afirmativa de que existem 
contrapontos importantes entre o eu-lírico e o autor do poema. 
IV. A palavra “confidência” aproxima o autor do tema proposto. 
Estão corretas as proposições: 
a) I e II. 
b) II e III. 
c) III e IV. 
d) I, III e IV. 
 
Questão 07 (UEFJ) 
Os poemas 
Os poemas são pássaros que chegam 
não se sabe de onde e pousam 
no livro que lês. 
Quando fechas o livro, eles alçam voo 
como de um alçapão. 
Eles não têm pouso 
nem porto; 
alimentam-se um instante em cada 
par de mãos e partem. 
E olhas, então, essas tuas mãos vazias, 
no maravilhado espanto de saberes 
que o alimento deles já estava em ti... 
Mario Quintana 
 
Eles não têm pouso nem porto (v. 6-7) 
Os versos acima podem ser lidos como uma pressuposição do 
autor sobre o texto literário. Essa pressuposição está ligada ao fato 
de que a obra literária, como texto público, apresenta o seguinte 
traço: 
a) é aberta a várias leituras 
b) provoca desejo de transformação 
 
 
 
 
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c) integra experiências de contestação 
d) expressa sentimentos contraditórios 
 
Questão 08 
SONETO DE SEPARAÇÃO 
De repente do riso fez-se o pranto 
Silencioso e branco como a bruma 
E das bocas unidas fez-se a espuma 
E das mãos espalmadas fez-se o espanto. 
 
De repente da calma fez-se o vento 
Que dos olhos desfez a última chama 
E da paixão fez-se o pressentimento 
E do momento imóvel fez-se o drama. 
 
De repente, não mais que de repente 
Fez-se de triste o que se fez amante 
E de sozinho o que se fez contente. 
 
Fez-se do amigo próximo o distante 
Fez-se da vida uma aventura errante 
De repente, não mais que de repente. 
 
Sobre o poema de Vinícius de Moraes, é correto afirmar, exceto: 
a) O poema Soneto de separação possui forma fixa e regular, 
formado por quatro estrofes, quatorze versos, dois quartetos e dois 
tercetos. Vinícius está entre os poetas que consagraram o soneto 
no Brasil. 
b) O recurso da antítese em “fez-se” e “desfez-se” revela, sob certo 
aspecto, a inconstância na vida amorosa de Vinícius, que ao longo 
da vida casou-se várias vezes. 
c) O soneto é composto por um jogo antitético: riso x pranto, calma 
x vento; triste x contente e próximo x distante, o que confere certo 
dinamismo ao soneto. 
d) No soneto, o poeta utiliza vocábulos do cotidiano, pouco comuns 
nesse tipo de composição. Pode-se observar também que o 
erotismo é recriado a partir de uma forma clássica e de uma 
linguagem direta. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Prof. Cláudio Neves 
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ANÁLISE SINTÁTICA 
AJUNTO ADVERBIAL, ADJUNTO ADNOMINAL E 
COMPLEMENTO NOMINAL – SEMANA 5 
ADJUNTO ADVERBIAL 
Trata-se de um termo, como valor de advérbio, que modifica a ideia 
de um verbo, adjetivo ou de outro advérbio. Pode ser formado por 
um advérbio apenas, por uma expressão ou por uma oração (que 
recebe o nome de “oração subordinada adverbial”). 
Importante: O adjunto adverbial indica circunstância, não alguém 
ou coisa. Portanto, não se pode confundi-lo com o objeto indireto. 
Alguns tipos de adjunto adverbial: 
LUGAR – Vou a Brasília. 
TEMPO – Às duas horas, chegarei. 
MODO – Sorriu tristemente. 
INTENSIDADE – Ela era muito atraente. 
AFIRMAÇÃO – Sim, soubemos do caso. 
NEGAÇÃO – Jamais a magoaria. 
DÚVIDA – Possivelmente dê certo. 
CONCESSÃO – Embora estivesse casado, terminei o serviço. 
CONDIÇÃO – Sem você, meu amor, eu não sou ninguém... 
FINALIDADE – Pedi-la-ei em casamento. 
MEIO – Irei a pé. 
CAUSA – Porque comovido, chorei. 
COMPANHIA – Ele jantou com sua namorada. 
INSTRUMENTO – Faça a prova a lápis. 
ADJUNTO ADNOMINAL 
Trata-se de um termo acessório que tem função de adjetivo e está 
sempre ligado (às vezes por preposição) a um SUBSTANTIVO. 
Portanto, não há como confundi-lo com o adjunto adverbial, que só 
pode ligar-se a um verbo, adjetivo ou de outro advérbio 
Funcionam com adjuntos adnominais: 
- ARTIGOS – Os homens são estranhos. 
- ADJETIVOS – Boas pessoas, às vezes, são más amigas. 
- NUMERAIS ADJETIVOS – O primeiro item do leilão foi disputado 
por cinco compradores. 
- PRONOMES ADJETIVOS – Aqueles dias até hoje estão nos 
meus sonhos. 
- LOCUÇÕES ADJETIVAS – A torcida do Flamengo é maior que 
todas as outras. 
COMPLEMENTO NOMINAL 
Trata-se de um termo, SEMPRE PREPOSICIONADO, que 
complementa a ideia de um substantivo (obrigatoriamente 
abstrato), um adjetivo ou um advérbio. 
Ex: Não tenho interesse por jogos de azar. 
Sou contrário aos seus princípios. 
Não sou favorável a que você viaje para o exterior neste momento. 
 
 
Note que, neste caso, o CN é formado por uma 
oração, chamada de oração subordinada 
completiva nominal. (As orações subordinadas 
serão estudadas mais à frente em nosso curso) 
Importante: Não se pode confundir o complemento nominal com o 
objeto indireto, pois o complemento nominal se liga a um nome 
(substantivo, adjetivo ou advérbio), e jamais a um verbo. 
Como distinguir ADJUNTO NOMINAL E COMPLEMNTO 
NOMINAL? 
É preciso fazer uma espécie de check-list. Vamos lá. 
1) A primeira coisa é ver se há ou não preposição. Se não houver, 
é adjunto adnominal. O complemento nominal sempre exige a 
preposição. 
2) A segunda é ver se o vocábulo ao qual se liga o termo é 
substantivo. Se não for, é complemento nominal, pois o adjunto 
nominal só se liga a substantivos. 
3) Se o nome for um substantivo, é preciso ver se é concreto ou 
abstrato. Se for concreto, é adjunto adnominal, pois ou 
complemento nominal só se liga a substantivo abstrato. 
4) Se o nome for um substantivo abstrato, aí se deve seguir para 
o passo seguinte: analisar dois aspectos: 
A) Indica posse? 
Se sim, é adjunto adnominal, pois o complemento nominal nunca 
indica posse. 
B) O núcleo do termo é agente/origem ou paciente/destino? 
Se for agente/origem, é adjunto adnominal. 
Se for paciente/destino, é complemento nominal. 
Ao final desse check-list, não há como não saber distinguir. 
Por exemplo: 
“Ela se dedicava à organização das tarefas”. 
Pois vamos lá. 
1) “das tarefas” tem a preposição DE (de + as = das). Então, 
vamos em frente. Pode ser AA ou CN. 
2) “organização” é substantivo. Então, pode ser AA ou CN. 
3) “organização” é um substantivo abstrato. Não dá pra resolver 
ainda, pois os substantivos concretos se ligam a AA, mas ou 
abstratos a AA ou CN. 
4) “tarefas” é paciente ou agente? Tarefas sofrem a ação da ideia 
de organizar, então54 
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EXERCÍCIOS DE APRENDIZAGEM 
 
Questão 01 
Tendo como referência os termos em destaque, relacione a 2ª coluna de acordo com a primeira: 
a – Quando chegares do trabalho, avise-me. 
b – O discurso do diretor foi aplaudido com entusiasmo. 
c – Visitaremos o litoral nordestino nestas férias. 
d – Como chovia bastante, não fomos ao cinema, conforme combinado. 
e – Fiquei muito agradecida pela sua ajuda. 
( ) adjunto adverbial de intensidade 
( ) adjunto adverbial de lugar 
( ) adjunto adverbial de modo 
( ) adjunto adverbial de causa 
( ) adjunto adverbial de tempo 
 
Questão 02 
Observe as duas frases seguintes: 
I - O proprietário da farmácia saiu. 
II - O proprietário saiu da farmácia. 
Sobre elas são feitas as seguintes considerações: 
I - Na I, "da farmácia" é adjunto adnominal. 
II - Na II, "da farmácia" é adjunto adverbial. 
III - Ambas as frases têm exatamente o mesmo significado. 
IV - Tanto em I como em II, "da farmácia" tem a mesma função sintática. 
Destas quatro considerações: 
a) apenas uma é verdadeira. 
b) apenas duas são verdadeiras. 
c) apenas três são verdadeiras. 
d) as quatro são verdadeiras. 
 
Questão 03 (Mackenzie) 
Na frase "Fugia-lhe, e certo, metia o papel no bolso, corria a casa, fechava-se, não abria as vidraças, 
chegava a fechar os olhos", são adjuntos adverbiais: 
a) no bolso - a casa - não d) lhe - certo - no bolso - a casa - se - não 
b) no bolso - não e) certo - no bolso - não - a fechar 
c) certo - no bolso 
 
Questão 04 
Em "Eu era enfim, senhores, uma graça de alienado.", os termos da oração destacados são 
respectivamente, do ponto de vista sintático: 
a) adjunto adnominal, vocativo, predicativo do sujeito 
b) adjunto adverbial, aposto, predicativo do objeto 
c) adjunto adverbial, vocativo, predicativo do sujeito 
d) adjunto adverbial, vocativo, objeto direto 
e) adjunto adnominal, aposto, predicativo do sujeito 
 
Questão 05 (FMU) 
Observe os termos destacados na passagem: "O rio vai às margens. Vem com força de açude 
arrombado." Os termos destacados são, respectivamente: 
a) predicativo do sujeito e adjunto adnominal de modo 
b) adjunto adverbial de modo e adjunto adnominal 
c) adjunto adverbial de lugar e adjunto adverbial de modo 
d) adjunto adverbial de modo e objeto indireto 
e) adjunto adverbial de lugar e complemento nominal 
 
Questão 06 (UFCS) 
Observe os períodos abaixo e assinale a alternativa em que o lhe funciona como adjunto adnominal: 
a) “… anunciou-lhe: Filho, amanhã vais comigo.” 
b) O peixe cai-lhe na rede. 
c) Ao traidor, não lhe perdoaremos jamais. 
Anotações 
SEMANA 5 – Adjuntos e Complementos 
 
 
 
 
 
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d) Comuniquei-lhe o fato ontem pela manhã. 
e) Sim, alguém lhe propôs emprego. 
 
Questão 07 (UFSC) 
Observe os períodos abaixo e assinale a alternativa em que o lhe é adjunto adnominal: 
a) “…anunciou-lhe: Filho, amanhã vais comigo.” 
b) O peixe cai-lhe na rede. 
c) Ao traidor, não lhe perdoaremos jamais. 
d) Comuniquei-lhe o fato ontem pela manhã. 
e) Sim, alguém lhe propôs emprego. 
 
Questão 08 
A oração que apresenta complemento nominal é: 
a) Os pobres necessitam de ajuda. 
b) Sejamos úteis à sociedade. 
c) Os homens aspiram à paz. 
d) Os pedidos foram feitos por nós. 
e) A leitura amplia nossos conhecimentos. 
 
Questão 09 
I -"(...) minha carne estremece na certeza de tua vinda." 
II - "(...) entretanto eu te diviso, ainda tímida, inexperiente das luzes que vais acender." 
III -"Havemos de amanhecer. O mundo se tinge com as tintas da antemanhã (...)" 
 
A função sintática das palavras grifadas nos períodos dos itens I, II e III é, respectivamente: 
a) adjunto adnominal, objeto indireto, complemento nominal 
b) objeto indireto, objeto direto, adjunto adnominal 
c) complemento nominal, objeto direto, adjunto adnominal 
d) complemento nominal, objeto direto, complemento nominal 
e) objeto indireto, objeto indireto, complemento nominal 
 
Questão 10 (FMU-FIAM-FAAM-SP) 
Identifique a alternativa em que aparece um complemento nominal. 
a) Sanches esteve frio. 
b) Tive medo de perdê-lo. 
c) Exprimia-se brevemente. 
d) O caso era outro. 
e) Manobrava, então, para voltar, à carga. 
 
Questão 11 (ESPM-SP) 
Observe os termos destacados das opções que se seguem e identifique a alternativa que apresenta a 
classificação correta da função sintática. 
- Sempre esteve acostumada ao luxo. 
- Naquela época ainda obedecia aos pais. 
- Esta roupa não está adequada à ocasião. 
- Os velhos soldadinhos de chumbo foram esquecidos. 
 
a) complemento nominal - complemento nominal - objeto indireto - complemento nominal. 
b) objeto indireto - objeto indireto - objeto indireto - complemento nominal. 
c) objeto indireto - complemento nominal - complemento nominal - adjunto adnominal. 
d) complemento nominal - objeto indireto - complemento nominal - adjunto adnominal. 
e) adjunto adnominal - objeto indireto - complemento nominal - adjunto adnominal. 
 
 
Anotações 
 
 
 
 
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VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência 
 
CURSO ANUAL GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO – (Prof. Cláudio Neves) 
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 
 
Questão 01 (U.E. Maringá) 
O Brasil jovem está “curtindo” o vestibular. 
Os termos destacados no período acima são, respectivamente: 
a) adjunto adverbial e objeto direto 
b) predicativo do sujeito e objeto direto 
c) adjunto adnominal e complemento nominal 
d) adjunto adnominal e objeto direto 
e) adjunto adverbial e predicativo do sujeito 
 
Questão 02 
A oração que apresenta complemento nominal é: 
a) Os pobres necessitam de ajuda. 
b) Sejamos úteis à sociedade. 
c) Os homens aspiram à paz. 
d) Os pedidos foram feitos por nós. 
e) A leitura amplia nossos conhecimentos. 
 
Questão 03 (FUVEST) 
Nos enunciados abaixo, há adjuntos adnominais e apenas um 
complemento nominal. Assinale a alternativa que contém 
complemento nominal: 
a) faturamento das empresas 
b) distribuição de poderes de renda 
c) energia desta nação 
d) história do mundo 
e) ciclo de graves crises 
 
Questão 04 (BANESPA) 
Assinale a alternativa em que o termo grifado é complemento 
nominal: 
a) A enchente alagou a cidade. 
b) Precisamos de mais informações. 
c) A resposta ao aluno não foi convincente. 
d) O professor não quis responder ao aluno. 
e) Muitos caminhos foram abertos pelos bandeirantes. 
 
Questão 05 
Dentre as orações abaixo, uma contém complemento nominal. 
Qual? 
a) Meu pensamento é subordinado ao seu. 
b) Você não deve faltar ao encontro. 
c) Irei à sua casa amanhã. 
d) Venho da cidade às três horas. 
e) Voltaremos pela rua escura … 
 
Questão 06 
Em “a linguagem do amor está nos olhos” – os termos grifados 
são respectivamente: 
a) complemento nominal e predicativo do sujeito; 
b) adjunto adnominal e predicativo do sujeito; 
c) adjunto adnominal e objeto direto; 
d) complemento nominal e adjunto adverbial; 
e) adjunto adnominal e adjunto adverbial. 
 
Questão 07 
“Confiamos no futuro”, “Desconhecemos as coisas do futuro”, 
“Temos confiança no futuro”. 
– Nas expressões acima, os termos grifados funcionam 
respectivamente, como: 
a) objeto indireto; adjunto adnominal; complemento nominal; 
b) objeto indireto; complemento nominal; objeto indireto; 
c) objeto indireto; objeto indireto; complemento nominal; 
d) objeto direto; adjunto adnominal; objeto indireto; 
e) objeto direto; sujeito; complemento nominal. 
 
Questão 08 
Em: “o homem não gosta de reconhecer a inevitabilidade de uma 
morte natural . . .”, a expressão grifada é: 
a) adjunto adnominal; 
b) adjunto adverbial;c) complemento nominal; 
d) agente da passiva; 
e) sujeito. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SEMANA 5 – Adjuntos e Complementos 
 
 
 
 
 
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VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência 
 
INTERPRETAÇÃO TEXTUAL 
INTERTEXTUALIDADE 
Você sabia que os textos podem conversar entre si? Sim, isso é 
possível, e a esse fenômeno damos o nome de intertextualidade. 
Essa ocorrência pode ser implícita ou explícita, feita por meio de 
paródia ou por meio da paráfrase. O que esses variados tipos têm 
em comum? Todos eles resgatam referências nos 
chamados textos-fonte, que são aqueles textos considerados 
fundamentais em uma cultura. 
Para que você entenda melhor o conceito de intertextualidade, 
basta analisar a estrutura da palavra: inter é um sufixo de origem 
latina e faz referência à noção de relação. Por isso, é correto 
afirmar que a intertextualidade refere-se às relações entre os 
textos, assim como é correto afirmar que todo texto, em maior ou 
menor grau, é um intertexto, e isso acontece em virtude das 
relações dialógicas firmadas. Ainda está difícil de entender? Veja 
só um exemplo: 
Bom conselho 
Ouça um bom conselho 
Que eu lhe dou de graça 
Inútil dormir que a dor não passa 
Espere sentado 
Ou você se cansa 
Está provado, quem espera nunca alcança 
 
Venha, meu amigo 
Deixe esse regaço 
Brinque com meu fogo 
Venha se queimar 
Faça como eu digo 
Faça como eu faço 
Aja duas vezes antes de pensar 
 
Corro atrás do tempo 
Vim de não sei onde 
Devagar é que não se vai longe 
Eu semeio o vento 
Na minha cidade 
Vou pra rua e bebo a tempestade. 
Chico Buarque 
Ao ler a letra da música composta por Chico Buarque, você notou 
algo familiar? Provavelmente sim! Isso aconteceu porque o cantor 
e compositor apropriou-se de alguns ditados populares, mas em 
vez de citá-los, isto é, empregá-los como eles exatamente são, 
Chico optou por parodiá-los, invertendo seus significados e 
atribuindo-lhes novos sentidos, o que confere à música o efeito de 
humor. Esse tipo de estratégia textual é muito comum na literatura 
brasileira, recorrente principalmente no gênero poema. Veja outro 
exemplo de intertextualidade: 
Canção do Exílio 
(Gonçalves Dias) 
Minha terra tem palmeiras, 
Onde canta o Sabiá; 
As aves, que aqui gorjeiam, 
Não gorjeiam como lá. 
Nosso céu tem mais estrelas, 
Nossas várzeas têm mais flores, 
Nossos bosques têm mais vida, 
Nossa vida mais amores. 
 
Em cismar, sozinho, à noite, 
Mais prazer encontro eu lá; 
Minha terra tem palmeiras, 
Onde canta o Sabiá. 
 
Minha terra tem primores, 
Que tais não encontro eu cá; 
Em cismar — sozinho, à noite — 
Mais prazer encontro eu lá; 
 
Minha terra tem palmeiras, 
Onde canta o Sabiá. 
Não permita Deus que eu morra, 
Sem que eu volte para lá; 
 
Sem que desfrute os primores 
Que não encontro por cá; 
Sem qu’inda aviste as palmeiras, 
Onde canta o Sabiá. 
 
Canto de regresso à pátria 
(Oswald de Andrade) 
 
Minha terra tem palmares 
Onde gorjeia o mar 
Os passarinhos daqui 
Não cantam como os de lá 
 
Minha terra tem mais rosas 
E quase que mais amores 
Minha terra tem mais ouro 
Minha terra tem mais terra 
 
Ouro terra amor e rosas 
Eu quero tudo de lá 
Não permita Deus que eu morra 
Sem que volte para lá 
 
Não permita Deus que eu morra 
Sem que volte pra São Paulo 
Sem que veja a Rua 15 
E o progresso de São Paulo. 
No exemplo acima, o texto-fonte é o poema de Gonçalves Dias, um 
dos principais representantes da primeira fase do Romantismo 
brasileiro. A partir dele, Oswald de Andrade, que integrou o 
movimento modernista, construiu uma paródia, transportando o 
poema escrito no século XIX para a então realidade da segunda 
década do século XX, dando-lhe assim um ar de modernidade. 
Como você pôde perceber, a intertextualidade pode acontecer com 
textos dos variados gêneros: pode surgir em uma letra de música, 
em um poema, nos textos em prosa e até mesmo nos textos 
publicitários. Só é capaz de reconhecê-la o leitor habilidoso, aquele 
que já entrou em contato com diversos textos-fonte ao longo da 
vida. Isso significa que a interpretação de texto não depende 
apenas do conhecimento do código (nossa língua portuguesa), 
mas também das relações intertextuais que influenciam de maneira 
decisiva o processo de compreensão e de produção de textos. 
(Disponível em: http://brasilescola.uol.com.br/) 
Na intertextualidade explícita ocorre a citação da fonte do 
intertexto, encontrada principalmente nas citações, nos resumos, 
resenhas e traduções, além de estar presente também em diversos 
 
 
 
 
 58 
VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência 
 
CURSO ANUAL GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO – (Prof. Cláudio Neves) 
anúncios publicitários. Nesse caso, dizemos que a intertextualidade 
localiza-se na superfície do texto, pois alguns elementos nos são 
fornecidos para que identifiquemos o texto fonte. Observe um 
exemplo: 
 
No anúncio publicitário utilizado no exemplo, há uma forte 
referência ao texto fonte, facilmente identificada pelo leitor através 
dos elementos fornecidos pela linguagem verbal e pela linguagem 
não verbal. A composição do anúncio nos transporta 
imediatamente para o filme “Tropa de Elite”, do cineasta José 
Padilha, e isso só é possível em razão do forte apelo popular da 
produção, que ganhou grande projeção em nossa sociedade. 
Já a intertextualidade implícita ocorre de maneira diferente, pois 
não há citação expressa da fonte, fazendo com que o leitor busque 
na memória os sentidos do texto. Geralmente está inserida nos 
textos do tipo paródia ou do tipo paráfrase, ganhando espaço 
também na publicidade. Observe o exemplo: 
 
No anúncio há um elemento verbal que permite a retomada do 
texto fonte, mas essa inferência depende de um conhecimento 
prévio do leitor: se ele não souber que há uma referência à música 
“Mania de você”, da cantora Rita Lee, provavelmente o texto não 
será compreendido em sua totalidade. 
Portanto, a intertextualidade é um elemento muito importante para 
a constituição de sentidos do texto, colaborando em muito para a 
coerência textual ao reforçar a ideia de que a competência 
linguística não depende apenas do conhecimento do código 
linguístico, mas também do conhecimento das relações 
intertextuais. 
PEREZ, Luana Castro Alves. "Tipos de intertextualidade"; Brasil Escola. Disponível 
em <http://brasilescola.uol.com.br/redacao/tipos-intertextualidade.htm>. Acesso em 
01 de marco de 2017. 
 
Tipos de intertextualidade • Epígrafe: Um texto inicial que tem como objetivo a abertura de 
uma narrativa. Trata-se de um registro escrito introdutório que 
possui a capacidade de sintetizar a filosofia do escritor. 
• Citação: Referência a uma passagem do discurso de outrem no 
meio de um texto. Apresenta-se entre aspas e acompanhada da 
identidade do criador. • Referência e alusão: O escritor não indica abertamente o 
evento, ele insinua por meio de alegorias ou qualidades menos 
importantes. • Paráfrase: Ocorre quando o escritor reinventa um texto pré-
existente, resgatando a filosofia originária. Termo proveniente do 
grego “para-phrasis”, que possui o sentido de reprodução de uma 
frase. Este tipo de intertexto repete um conteúdo ou um fragmento 
dele claramente em outros termos, mas com a preservação da 
ideia inicial. • Paródia: O autor se apropria de um discurso e opõe-se a ele. 
Muitas vezes ocorre a desvirtuação do discurso originário, seja 
pelo desejo de criticá-lo ou para marcar uma ironia. 
 
*Débora Silva em http://www.estudopratico.com.brSEMANA 5 – Adjuntos e Complementos 
 
 
 
 
 
59 
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EXERCÍCIOS DE APRENDIZAGEM 
 
Questão 01 (UERJ) 
Ideologia 
Meu partido 
É um coração partido 
E as ilusões estão todas perdidas 
Os meus sonhos foram todos vendidos 
Tão barato que eu nem acredito 
Eu nem acredito 
Que aquele garoto que ia mudar o mundo 
(Mudar o mundo) 
Frequenta agora as festas do "Grand Monde" 
 
Meus heróis morreram de overdose 
Meus inimigos estão no poder 
Ideologia 
Eu quero uma pra viver 
Ideologia 
Eu quero uma pra viver 
O meu prazer 
Agora é risco de vida 
Meu sex and drugs não tem nenhum rock 'n' roll 
Eu vou pagar a conta do analista 
Pra nunca mais ter que saber quem eu sou 
Pois aquele garoto que ia mudar o mundo 
(Mudar o mundo) 
Agora assiste a tudo em cima do muro 
 
Meus heróis morreram de overdose 
Meus inimigos estão no poder 
Ideologia 
Eu quero uma pra viver 
Ideologia 
Eu quero uma pra viver 
(Cazuza e Roberto Frejat) 
E as ilusões estão todas perdidas (v. 3) 
Este verso pode ser lido como uma alusão a um livro intitulado Ilusões perdidas, de Honoré de Balzac. 
Tal procedimento constitui o que se chama de: 
a) intertextualidade b) pertinência c) pressuposição d) metáfora e) anáfora. 
 
Questão 02 
Hora do mergulho 
Feche a porta, esqueça o barulho 
feche os olhos, tome ar: é hora do mergulho 
eu sou moço, seu moço, e o poço não é tão fundo 
super-homem não supera a superfície 
nós mortais viemos do fundo 
eu sou velho, meu velho, tão velho quanto o mundo 
eu quero paz: 
uma trégua do lilás-neon-Las Vegas 
profundidade: 20.000 léguas 
"se queres paz, te prepara para a guerra" 
"se não queres nada, descansa em paz" 
"luz" - pediu o poeta 
(últimas palavras, lucidez completa) 
depois: silêncio 
esqueça a luz... respire o fundo 
eu sou um déspota esclarecido 
nessa escura e profunda mediocracia. 
(Engenheiros do Hawaii, composição de Humberto Gessinger) 
Anotações 
 
 
 
 
 60 
VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência 
 
CURSO ANUAL GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO – (Prof. Cláudio Neves) 
Na letra da canção, Humberto Gessinger faz referência a um famoso provérbio latino: si uis pacem, 
para bellum, cuja tradução é Se queres paz, te prepara para a guerra. Nesse tipo de citação, 
encontramos o seguinte recurso: 
a) intertextualidade explícita. d) tradução. 
b) intertextualidade implícita. e) referência e alusão. 
c) intertextualidade implícita e explícita. 
 
Questão 03 (UEL) 
 
 
Disponível em Super Interessante. Acesso em 10 out. 2014 
 
O gordo é o novo fumante 
Nunca houve tanta gente acima do peso – nem tanto preconceito contra gordos. 
De um lado, o que há por trás é uma positiva discussão sobre saúde. Por outro, algo de podre: o 
nascimento de uma nova eugenia. 
(Adaptado de: Super Interessante. Editora Abril. 306.ed. jul. 2012. p.21.) 
 
Em relação ao texto, considere as afirmativas a seguir: 
I. O código não verbal, principalmente no que se refere ao segundo desenho, revela o discurso 
preconceituoso e, consequentemente, um aspecto ideológico. 
II. O sentido de proibição é captado por meio da intertextualidade estabelecida entre os códigos não 
verbais a qual, por sua vez, revela aspectos ligados ao gênero do humor. 
III. O conteúdo expresso na placa revela que, futuramente, indivíduos obesos sofrerão ainda mais 
discriminação social. 
IV. O efeito de sentido expresso pelo conteúdo não verbal serve para reforçar o caráter polissêmico da 
placa. 
Assinale a alternativa correta: 
a) Somente as afirmativas I e II são corretas. 
b) Somente as afirmativas I e IV são corretas. 
c) Somente as afirmativas III e IV são corretas. 
d) Somente as afirmativas I, II e III são corretas. 
e) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas. 
 
Questão 04 
 
 
Anotações 
SEMANA 5 – Adjuntos e Complementos 
 
 
 
 
 
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A intertextualidade pode ser encontrada nos diversos gêneros textuais, inclusive nas histórias em 
quadrinhos O cartum Vida de Passarinho, do cartunista Caulos, estabelece um interessante diálogo 
com um famoso texto-fonte de nossa literatura. Assinale a alternativa que cita esse texto-fonte: 
a) Canção do exílio, de Gonçalves Dias. 
b) Erro de português, de Oswald de Andrade. 
c) No meio do caminho, de Carlos Drummond de Andrade. 
e) Não há vagas, de Ferreira Gullar. 
d) José, de Carlos Drummond de Andrade. 
 
Questão 05 (ENEM 2003) 
 
 
Operários, 1933, óleo sobre tela, 150x205 cm, (P122), Acervo Artístico-Cultural dos 
Palácios do Governo do Estado de São Paulo 
 
Desiguais na fisionomia, na cor e na raça, o que lhes assegura identidade peculiar, são iguais 
enquanto frente de trabalho. Num dos cantos, as chaminés das indústrias se alçam verticalmente. No 
mais, em todo o quadro, rostos colados, um ao lado do outro, em pirâmide que tende a se prolongar 
infinitamente, como mercadoria que se acumula, pelo quadro afora. 
(Nádia Gotlib. Tarsila do Amaral, a modernista.) 
 
O texto aponta no quadro de Tarsila do Amaral um tema que também se encontra nos versos 
transcritos em: 
a) “Pensem nas meninas/ Cegas inexatas/ Pensem nas mulheres/ Rotas alteradas.” (Vinícius de 
Moraes) 
b) “Somos muitos severinos/ iguais em tudo e na sina:/ a de abrandar estas pedras/ suando-se muito 
em cima.” (João Cabral de Melo Neto) 
c) “O funcionário público não cabe no poema/ com seu salário de fome/ sua vida fechada em 
arquivos.” (Ferreira Gullar) 
d) “Não sou nada./ Nunca serei nada./ Não posso querer ser nada./À parte isso, tenho em mim todos 
os sonhos do mundo.” (Fernando Pessoa) 
e) “Os inocentes do Leblon/ Não viram o navio entrar (...)/ Os inocentes, definitivamente inocentes/ 
tudo ignoravam,/ mas a areia é quente, e há um óleo suave que eles passam pelas costas, e 
aquecem.” (Carlos Drummond de Andrade) 
 
 
 
 
Anotações 
 
 
 
 
 62 
VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência 
 
CURSO ANUAL GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO – (Prof. Cláudio Neves) 
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 
 
Questão 01 
Estão, entre os principais tipos de intertextualidade: 
a) Paráfrase, paradoxo, antítese e anacoluto. 
b) Citação, zeugma, elipse e onomatopeia. 
c) Citação, paráfrase, paródia e epígrafe. 
d) Paráfrase, paródia, hipertexto e intertexto. 
e) Citação, epígrafe, hipérbato e inferência. 
 
Questão 02 
Sobre os tipos de intertextualidade estão corretas as seguintes 
proposições: 
I. A paródia não pode ser considerada como um tipo de 
intertextualidade por se tratar de uma releitura cômica, geralmente 
envolvida por um caráter humorístico e irônico que altera o sentido 
original, criando, assim, um novo. 
II. O termo “paráfrase” vem do grego (paraphrasis) e significa a 
“reprodução de uma sentença”. Diferente da paródia, ela faz 
referência a um ou mais textos sem que a ideia original seja 
alterada. 
III. Muitas vezes, a paródia e a paráfrase são consideradas termos 
sinônimos, no entanto, cada uma apresenta sua singularidade. 
Ambas são recursos utilizados na literatura, artes, música, cinema, 
escultura, entre outros. 
IV. O termo “epígrafe” vem do grego “epi = posição superior”; 
“graphé = escrita”. Esse tipo de intertextualidade ocorre quando um 
autor recorre a algum trecho de um texto já existente para 
introduzir o seu texto. É um trecho introdutório para outro que 
venha a ser produzido. 
V. Na citação, o texto original é retomado, de forma que seu 
sentido passa a ser alterado. Normalmente, a paródia apresenta 
um tom crítico, muitas vezes, marcado por ironia. 
a) I e III. d) III, IV e V. 
b) II, III e IV. e) Apenas IVestá correta. 
c) I e V. 
 
Questão 03 
Sobre o conceito de intertextualidade, podemos afirmar: 
I. Introdução de novos elementos no texto. Pode-se também 
retomar esses elementos para introduzir novos referentes; 
II. Operação responsável pela manutenção do foco nos objetos de 
discurso previamente introduzidos; 
III. Elemento constituinte do processo de escrita e leitura. Trata-se 
das relações dialógicas estabelecidas entre dois ou mais textos; 
IV. Pode ocorrer de maneira implícita ou explícita; 
V. Responsável pela continuidade de um tema e pelo 
estabelecimento das relações semânticas presentes em um texto. 
Estão corretas as proposições: 
a) Todas estão corretas. 
b) Apenas I, II e V estão corretas. 
c) Apenas III e IV estão corretas. 
d) III, IV e V estão corretas. 
e) I e II estão corretas. 
 
Questão 04 (Uff 2011) 
Modinha do exílio 
Os moinhos têm palmeiras 
Onde canta o sabiá. 
Não são artes feiticeiras! 
Por toda parte onde eu vá, 
Mar e terras estrangeiras, 
Posso ver mesmo as palmeiras 
Em que ele cantando está. 
Meu sabiá das palmeiras 
Canta aqui melhor que lá. 
Mas, em terras estrangeiras, 
E por tristezas de cá, 
Só à noite e às sextas-feiras. 
Nada mais simples não há! 
Canta modas brasileiras. 
Canta – e que pena me dá! 
 (Ribeiro Couto) 
 
Os versos dos poetas modernistas e românticos apresentam 
relação de intertextualidade com o poema de Ribeiro Couto, 
EXCETO em uma alternativa. Assinale-a. 
 a) “Vou-me embora pra Pasárgada / Lá sou amigo do rei / Lá tenho 
a mulher que eu quero / Na cama que escolherei” (Manuel 
Bandeira) 
 b) “Dá-me os sítios gentis onde eu brincava / Lá na quadra infantil; 
/ Dá que eu veja uma vez o céu da pátria, / O céu do meu Brasil!” 
(Casimiro de Abreu) 
 c) “Minha terra tem macieiras da Califórnia / onde cantam 
gaturamos de Veneza. / Os poetas da minha terra / são pretos que 
vivem em torres de ametista,” (Murilo Mendes) 
 d) “Ouro terra amor e rosas / Eu quero tudo de lá / Não permita 
Deus que eu morra / Sem que volte para lá” (Oswald de Andrade) 
e) “Em cismar, sozinho, à noite, / Mais prazer eu encontro lá; / 
Minha terra tem palmeiras, / Onde canta o Sabiá.” (Gonçalves 
Dias) 
 
Questão 05 (Fuvest 2010) 
Mais do que a mais garrida a minha pátria tem 
Uma quentura, um querer bem, um bem 
Um “libertas quae sera tamen”* 
Que um dia traduzi num exame escrito: 
“Liberta que serás também” 
E repito! 
 (Vinícius de Moraes, “Pátria minha”, Antologia poética.) 
 
*A frase em latim traduz-se, comumente, por “liberdade ainda que 
tardia”. 
Considere as seguintes afirmações: 
I. O diálogo com outros textos (intertextualidade) é procedimento 
central na composição da estrofe. 
II. O espírito de contradição manifesto nos versos indica que o 
amor da pátria que eles expressam não é oficial nem conformista. 
III. O apego do eu lírico à tradição da poesia clássica patenteia-se 
na escolha de um verso latino como núcleo da estrofe. 
 
Está correto o que se afirma em 
a) I, apenas. d) II e III, apenas. 
b) II, apenas. e) I, II e III. 
c) I e II, apenas. 
 
Questão 06 
TEXTO 
Você sabia que com pouco esforço é possível ajudar o planeta e o 
seu bolso? 
Ao usarmos a energia elétrica para aparelhos eletrônicos e 
SEMANA 5 – Adjuntos e Complementos 
 
 
 
 
 
63 
VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência 
 
lâmpadas também emitimos gás carbônico, um dos principais 
gases do efeito estufa. Atitudes simples como trocar lâmpadas 
incandescentes pelas fluorescentes e puxar da tomada os 
aparelhos que não estão em uso reduzirão a sua conta de luz e as 
nossas emissões de CO2 na atmosfera. 
(Planeta sustentável: conhecimento por um mundo melhor) 
 
Assinale a alternativa que indica recurso empregado no texto. 
a) Intertextualidade, já que se pode notar apropriação explícita e 
marcada, por meio de citações, de trechos de outros textos. 
b) Conotação, uma vez que o texto emprega em toda a sua 
extensão uma linguagem que adota tom pessoal e subjetivo. 
c) Ironia, observada no emprego de expressões que conduzem o 
leitor a outra possibilidade de interpretação, sempre crítica. 
d) Denotação, pois há a utilização objetiva de palavras e 
expressões que destacam a presença da função referencial. 
e) Metalinguagem, uma vez que a linguagem adotada serve 
exclusivamente para tratar da própria linguagem. 
 
Questão 07 (Ueg 2008) 
Pai, afasta de mim esse cálice 
Pai, afasta de mim esse cálice 
Pai, afasta de mim esse cálice 
De vinho tinto de sangue 
Como beber dessa bebida amarga 
Tragar a dor, engolir a labuta 
Mesmo calada a boca, resta o peito 
Silêncio na cidade não se escuta. 
 (Disponível em: Acesso em: 19 set. 2007.) 
 
Durante a Ditadura Militar, a censura política funcionou como uma 
mordaça à liberdade de expressão no Brasil. Em função disso, 
artistas de diversas tendências usaram a sua criatividade na 
produção de obras de forte apelo político, mas que, ao mesmo 
tempo, preservavam a beleza estética. Um exemplo é a canção 
"Cálice", composta por Chico Buarque e Gilberto Gil, em 1973. 
Sobre a expressividade poética e política dessa canção, é 
INCORRETO afirmar: 
a) Ela explora o duplo sentido que se pode verificar na leitura do 
vocábulo "cálice", em razão da identidade fônica entre esta palavra 
e a forma verbal do verbo "calar", na terceira pessoa do imperativo. 
b) Percebe-se a manifestação de uma intertextualidade entre os 
três primeiros versos e o contexto bíblico da crucificação de Cristo. 
c) "Bebida amarga", no contexto da canção, metaforiza o contexto 
sócio-histórico em que ela foi composta. 
d) A canção é um exemplo da bossa nova, um gênero musical que 
tentou extirpar qualquer influência norte-americana na música 
popular brasileira. 
 
Questão 08 (Uff 2007) 
A modernidade tem-se utilizado de meios expressionais que 
dialogam com diversas linguagens, produzindo pela 
intertextualidade novos sentidos e novos diálogos. Identifique o 
comentário pertinente sobre a ressignificação promovida pela 
intertextualidade dos fragmentos que se seguem. 
a) Amor é fogo que arde sem se ver. 
É ferida que dói e não se sente. 
É um contentamento descontente. 
É dor que desatina sem doer. 
Luís Vaz de Camões 
 
O amor é o fogo que arde sem se ver. 
É ferida que dói e não se sente. 
É um contentamento descontente. 
É dor que desatina sem doer. 
Ainda que eu falasse a língua dos homens. 
E falasse a língua dos anjos, sem amor eu nada seria. 
Legião Urbana, "Monte Castelo" 
 
Os versos de "Monte Castelo" retomam três fontes distintas que 
remetem ao local de resistência (título da canção), à necessidade 
imperiosa do sentimento fraterno (Apóstolo Paulo) e ao caráter 
contemplativo e dócil da vivência amorosa (Camões). 
 
b) Quando nasci, um anjo torto 
desses que vivem na sombra 
Disse: Vai, Carlos! ser gauche na vida. 
Carlos Drummond de Andrade, "Poema das sete faces" 
 
Quando nasci um anjo esbelto, 
desses que tocam trombeta, anunciou: 
vai carregar bandeira. 
Cargo muito pesado pra mulher, 
esta espécie ainda envergonhada. 
Adélia Prado, "Com licença poética" 
 
Os versos de Adélia Prado retomam a imagem do "anjo", 
reproduzindo o caráter de aceitação do papel da mulher no 
contexto social. 
 
c) Nosso céu tem mais estrelas, 
Nossas várzeas têm mais flores 
Nossos bosques têm mais vida, 
Nossa vida mais amores. 
Gonçalves Dias 
 
Nossas várzeas têm mais flores 
nossas flores mais pesticidas. 
Só se banham em nossos rios 
Desinformados e suicidas. 
Luiz FernandoVeríssimo 
 
O fragmento retomado por Veríssimo - versos de "Canção do 
Exílio" - situa a realidade em que se insere, sob o ponto de vista 
crítico, confrontando-se à visão ufanista doRomantismo. 
 
d) Conselho se fosse bom, as pessoas 
não dariam, venderiam. 
Vá dormir que a dor passa. 
Quem espera sempre alcança. 
Provérbios e ditos populares. 
 
Ouça um bom conselho 
Que eu lhe dou de graça 
Inútil dormir que a dor não passa 
Espere sentado 
Ou você se cansa 
Está provado, quem espera nunca alcança. 
Chico Buarque, "Bom conselho" 
 
O fragmento de "Bom conselho" reforça pela linguagem poética o 
caráter moralista e educativo desses provérbios. 
 
 
 
 
 
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CURSO ANUAL GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO – (Prof. Cláudio Neves) 
e) A feição deles é serem pardos, maneira d'avermelhados, de 
bons rostos e bons narizes, bem feitos. Andam nus, sem nenhuma 
cobertura, nem estimam nenhuma cousa cobrir nem mostrar suas 
vergonhas. E estão acerca disso com tanta inocência como 
também em mostrar o rosto Trecho da Carta de Pero Vaz de 
Caminha a el-rei d. Manuel 
 
Senhor: Escrevo esta carta para vos dar conta dos sucessos da 
terra de Vera Cruz desde o dia de seu achamento até a construção 
desta Brasília onde agora me encontro. Eu a tenho, Senhor, por 
derradeiro feito e última louçania da gente de cepa e me 
empenharei em bem descrevê-la, nada pondo ou tirando para 
aformosear nem para enfear, mas só praticando do que vi, ouvi ou 
me pareceu. 
 
Segunda Carta de Pero Vaz de Caminha, a El Rei, escrita da 
Novel Cidade de Brasília com a data de 21 de abril de 1960. 
(Por Darcy Ribeiro) 
 
O fragmento da carta de Darcy Ribeiro retoma o estilo detalhista e 
inventivo de Pero Vaz de Caminha, ao construir a imagem do Brasil 
segundo o olhar europeu. 
 
Questão 09 (Pucpr 2006) 
Leia o poema: 
 
podem ficar com a realidade 
esse baixo astral 
em que tudo entra pelo cano 
 
eu quero viver de verdade 
eu fico com o cinema americano 
 
O poeta Paulo Leminski neste poema usa de procedimento 
redundante em sua obra. Assinale a alternativa que identifica esse 
procedimento: 
 
 a) intertextualidade. 
 b) ironia. 
 c) crítica à sociedade de massa. 
 d) fuga à realidade. 
e) desejo de viver intensamente. 
 
Questão 10 (Pucmg 2003) 
Leia os versos abaixo, parte do "Poema de Sete Faces", de 
"Alguma Poesia": 
"Mundo mundo vasto mundo, 
mais vasto é meu coração." 
Se considerarmos que Tomás Antônio Gonzaga é autor do verso 
"Eu tenho um coração maior que o mundo", podemos afirmar que, 
nos dois versos de Drummond acima transcritos, existe: 
a) mera cópia do verso de Tomás Antônio Gonzaga. 
b) plágio visível do verso de Tomás Antônio Gonzaga. 
c) intertextualidade flagrante com o verso de Tomás Antônio 
Gonzaga. 
d) apropriação indevida do verso de Tomás Antônio Gonzaga. 
 
Questão 11 (Fuvest 2001) 
Chega! 
Meus olhos brasileiros se fecham saudosos. 
Minha boca procura a "Canção do Exílio". 
Como era mesmo a "Canção do Exílio"? 
Eu tão esquecido de minha terra... 
Ai terra que tem palmeiras 
onde canta o sabiá! 
 (Carlos Drummond de Andrade, "Europa, França e Bahia", ALGUMA POESIA) 
 
Neste excerto, a citação e a presença de trechos.............. 
constituem um caso de.............. 
 
Os espaços pontilhados da frase acima deverão ser preenchidos, 
respectivamente, com o que está em: 
a) do famoso poema de Álvares de Azevedo / discurso indireto. 
b) da conhecida canção de Noel Rosa / paródia. 
c) do célebre poema de Gonçalves Dias/ intertextualidade. 
d) da célebre composição de Villa-Lobos/ ironia. 
e) do famoso poema de Mário de Andrade / metalinguagem. 
 
 
 
 
 
 
 
 
CURSO ANUAL DE GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO 
Prof. Cláudio Neves 
VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência 
 
ANÁLISE SINTÁTICA – SEMANA 6 
VOCATIVO 
É um termo que não possui relação sintática com outro termo da 
oração. Não pertence, portanto, nem ao sujeito nem ao predicado. 
É o termo que serve para chamar, invocar ou interpelar um ouvinte 
real ou hipotético. Por seu caráter, geralmente se relaciona à 
segunda pessoa do discurso. Veja os exemplos: 
Não fale tão alto, Rita! 
 Vocativo 
Senhor presidente, queremos nossos direitos! 
 Vocativo 
A vida, minha amada, é feita de escolhas. 
 Vocativo 
Nessas orações, os termos destacados são vocativos: indicam e 
nomeiam o interlocutor a que se está dirigindo a palavra. 
Obs.: o vocativo pode vir antecedido por interjeições de apelo, 
tais como ó, olá, eh!, etc. 
Por Exemplo: 
Ó Cristo, iluminai-me em minhas decisões. 
Olá professora, a senhora está muito elegante hoje! 
Eh! Gente, temos que estudar mais. 
APOSTO 
Aposto é um termo que se junta a outro de valor substantivo ou 
pronominal para explicá-lo ou especificá-lo melhor. Vem separado 
normalmente dos demais termos da oração por vírgula, dois-pontos 
ou travessão. 
Por Exemplo: 
Ontem, segunda-feira, passei o dia com dor de cabeça. 
Segunda-feira é aposto do adjunto adverbial de tempo ontem. 
Dizemos que o aposto é sintaticamente equivalente ao termo a que 
se relaciona porque poderia substituí-lo. Veja: 
Segunda-feira passei o dia com dor de cabeça. 
Obs.: após a eliminação de ontem, o substantivo segunda-
feira assume a função de adjunto adverbial de tempo. 
Veja outro exemplo: 
Aprecio todos os tipos de música: MPB, rock, samba, etc. 
 Objeto Direto Aposto do Objeto Direto 
Se retirarmos o objeto da oração, seu aposto passa a exercer essa 
função: 
Aprecio MPB, rock, blues, chorinho, samba, etc. 
 Objeto Direto 
Obs.: o termo a que o aposto se refere pode desempenhar 
qualquer função sintática (inclusive a de aposto). 
Por Exemplo: 
Dona Aida servia o patrão, pai de Marina, menina levada. 
Analisando a oração, temos: 
pai de Marina = aposto do objeto direto patrão. 
menina levada = aposto de Marina. 
CLASSIFICAÇÃO DO APOSTO 
De acordo com a relação que estabelece com o termo a que se 
refere, o aposto pode ser classificado em: 
a) Explicativo: 
A Ecologia, ciência que investiga as relações dos seres vivos 
entre si e com o meio em que vivem, adquiriu grande destaque 
no mundo atual. 
b) Enumerativo: 
A vida humana se compõe de muitas coisas: amor, trabalho, 
ação. 
c) Resumidor ou Recapitulativo: 
Vida digna, cidadania plena, igualdade de oportunidades, tudo 
isso está na base de um país melhor. 
d) Comparativo: 
Seus olhos, indagadores holofotes, fixaram-se por muito tempo 
na baía anoitecida. 
e) Distributivo: 
Drummond e Guimarães Rosa são dois grandes escritores, aquele 
na poesia e este na prosa. 
f) Aposto de Oração: 
Ela correu durante uma hora, sinal de preparo físico. 
Além desses, há o aposto especificativo, que difere dos demais 
por não ser marcado por sinais de pontuação (vírgula ou dois-
pontos). O aposto especificativo individualiza um substantivo de 
sentido genérico, prendendo-se a ele diretamente ou por meio de 
uma preposição, sem que haja pausa na entonação da frase: 
Por Exemplo: 
O poeta Manuel Bandeira criou obra de expressão simples e 
temática profunda. 
A rua Augusta está muito longe do rio São Francisco. 
Atenção: 
Para não confundir o aposto de especificação com adjunto 
adnominal, observe a seguinte frase: 
A obra de Camões é símbolo da cultura portuguesa. 
Nessa oração, o termo em destaque tem a função de adjetivo: a 
obra camoniana. É, portanto, um adjunto adnominal. 
Observações: 
1) Os apostos, em geral, detacam-se por pausas, indicadas na 
escrita, por vírgulas, dois pontos ou travessões. Não havendo 
pausa, não haverá vírgulas. 
Por Exemplo: 
Acabo de ler o romance A moreninha. 
2) Às vezes, o aposto pode vir precedido de expressões 
explicativas do tipo: a saber, isto é, por exemplo, etc. 
Por Exemplo: 
Algunsalunos, a saber, Marcos, Rafael e Bianca, não entraram na 
sala de aula após o recreio. 
3) O aposto pode aparecer antes do termo a que se refere. 
Por Exemplo: 
Código universal, a música não tem fronteiras. 
4) O aposto que se refere ao objeto indireto, complemento nominal 
ou adjunto adverbial pode aparecer precedido de preposição. 
Por Exemplo: 
Estava deslumbrada com tudo: com a aprovação, com o 
ingresso na universidade, com as felicitações. 
DISTINÇÃO ENTRE VOCATIVO E APOSTO 
- O vocativo não mantém relação sintática com outro termo da 
oração. 
Por exemplo: 
 
 
 
 
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Crianças, vamos entrar. 
 Vocativo 
- O aposto mantém relação sintática com outro termo da oração. 
Por Exemplo: 
A vida de Moisés, grande profeta, foi filmada. 
 Sujeito Aposto 
AGENTE DA PASSIVA 
É o termo da frase que pratica a ação expressa pelo verbo quando 
este se apresenta na voz passiva. Vem regido comumente da 
preposição "por" e eventualmente da preposição "de". 
Por Exemplo: 
A vencedora foi escolhida pelos jurados. 
 Sujeito Verbo Agente da 
 Paciente Voz Passiva Passiva 
Ao passar a frase da voz passiva para a voz ativa, o agente da 
passiva recebe o nome de sujeito. Veja: 
Os jurados escolheram a vencedora. 
Sujeito Verbo Objeto Direto 
Outros exemplos: 
Joana é amada de muitos. 
Sujeito Ag. da Passiva Paciente 
Essa situação já era conhecida de todos. 
Sujeito Paciente Agente da Passiva 
Observações: 
a) O agente da passiva pode ser expresso por substantivos ou 
pronomes. 
Por Exemplo: 
O solo foi umedecido pela chuva. (substantivo) 
Este livro foi escrito por mim. (pronome) 
b) Embora o agente da passiva seja considerado um termo 
integrante, pode muitas vezes ser omitido. 
Por Exemplo: 
O público não foi bem recebido. (pelos anfitriões) 
 
SEMANA 6 – Vocativo e Aposto 
 
 
 
 
 
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EXERCÍCIOS DE APRENDIZAGEM 
 
Questão 01 (UFMG) 
A propósito do trecho que segue, aponte a classificação correta referente ao termo em destaque: 
 
“Minha bela Marília, tudo passa, 
A sorte deste mundo é mal segura 
Se vem depois dos males a ventura 
Vem depois dos prazeres a desgraça”. 
Tomás Antônio Gonzaga. 
 
a) vocativo b) sujeito c) aposto d) adjunto adnominal 
 
Questão 02 
Crianças, saiam já da chuva! 
Qual é a função do termo em destaque? 
a) sujeito. d) adjunto adnominal. 
b) aposto. e) vocativo. 
c) adjunto adverbial. 
 
 
 
Questão 03 
Qual é a função dos termos Hamlet e papai, respectivamente, no primeiro e no segundo quadrinho? 
a) Pronome b) Interjeição c) Aposto d) Vocativo 
 
Questão 04 (FAAP-SP) 
A expressão em destaque em "... podes partir de novo, Ó nômade formosa!" exerce a função sintática 
de: 
a) vocativo b) aposto c) sujeito d) predicativo e) objeto direto 
 
Questão 05 
Assinale a sequência que classifica corretamente os termos das orações em destaque em aposto ou 
vocativo: 
I. Marcela, do departamento pessoal, ganhou o concurso de funcionário do mês. 
II. Brasil, mostra a sua cara! 
III. Minha irmã, Carolina, foi aprovada no vestibular de Engenharia. 
IV. Havia muita confusão no momento: gritos, vaias, aplausos. 
V. A vida, meu amado, não é um conto de fadas. 
a) aposto – aposto – vocativo – vocativo – vocativo 
b) vocativo – vocativo – aposto – aposto – vocativo 
c) aposto – vocativo – aposto – vocativo – aposto 
d) aposto – vocativo – aposto – aposto – vocativo 
 
Questão 06 
Assinale a opção em que o pronome "o" funciona como aposto. 
a) Aquele livro, mandei-o ler. 
b) Ela é o que é. 
c) Desconheço o que penso. 
d) Saiu, o que deixou a namorada aborrecida. 
e) Esse documento, quem já o assinou? 
 
Questão 07 
A vírgula foi usada com o objetivo de separar o aposto no seguinte exemplo: 
a) Ansioso, ele aguardava a divulgação dos resultados 
Anotações 
 
 
 
 
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b) São Paulo, o maior parque industrial das Américas tem sérios problemas de poluição 
c) Filha, venha lavar a louça 
d) Pedro, como era esperado, não apareceu 
e) Havia, contudo, uma proposta em contrário. 
 
Questão 08 
A estrutura “do diretor”, em “a resposta do diretor”, funciona tem valor de 
a) complemento 
b) aposto 
c) adjunto adnominal 
d) adjunto adverbial 
 
Questão 09 
Leia os versos a seguir: 
 
Em vossa casa feita de cadáveres, 
Ó princesa! Ó donzela! 
Em vossa casa, de onde o sangue escorre, 
quisera eu morar, [...] 
 
Classificando sintaticamente as expressões do segundo verso, pode-se dizer que elas exercem a 
função sintática de: 
a) Aposto b) Objeto direto c) Vocativo d) Objeto indireto e) NDA 
 
Questão 10 
No período “Relatora do recurso, a ministra Nancy Andrighi manteve o entendimento do tribunal 
estadual.”, o sublinhado classifica-se sintaticamente como: 
a) Objeto indireto b) Objeto direto c) Aposto d) Vocativo e) NDA 
 
Anotações 
SEMANA 6 – Vocativo e Aposto 
 
 
 
 
 
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EXCERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 
 
Questão 01 (FCC-2011/TRT-24ª Região) 
Transpondo-se para a voz passiva a frase “Hoje a autoria 
institucional enfrenta séria concorrência dos autores anônimos”, 
obter-se-á a seguinte forma verbal: 
a) são enfrentados. d) têm sido enfrentados. 
b) tem enfrentado. e) é enfrentada. 
c) tem sido enfrentada. 
 
Questão 02 (FCC-2009/TRT-7ª Região) 
Transpondo para a voz passiva a construção Darcy Ribeiro “(...) 
não admitiria a alternativa”, a forma verbal resultante será: 
a) teria sido admitida. d) fora admitida. 
b) seria admitida. e) haveria de admitir. 
c) teria admitido. 
 
Questão 03 (PUC-SP) 
Dê a função sintática do termo destacado em: 
“Voltaremos pela Via Anhanguera”. 
a) sujeito. d) adjunto adverbial. 
b) objeto direto. e) aposto. 
c) agente da passiva. 
 
Questão 04 
Assinale o item que não apresenta agente da passiva. 
a) A casa foi alugada pelo novo proprietário. 
b) A água descia pelas ruas com violência. 
c) As aves foram atacadas pela raposa. 
d) A cidade será beneficiada pelo novo decreto. 
 
Questão 05 
Assinale a opção em que o termo em destaque tem a função de 
agente da passiva. 
a) A casa foi alugada para os estudantes. 
b) Os móveis e as casas foram levados pela correnteza. 
c) Seriam cantadas novas canções. 
d) Comprei meu jeans favorito pela metade do preço. 
e) O grupo de jovens voltou para casa pelo caminho mais longo. 
 
Questão 06 
“O toque dos sinos ao cair da noite era trazido lá da cidade pelo 
vento”. O termo grifado é: 
a) sujeito; d) complemento nominal; 
b) objeto direto; e) agente da passiva. 
c) objeto indireto; 
 
Questão 07 
Na oração “Mestre Reginaldo, o impoluto, é uma sumidade no 
campo das ciências”. O termo destacado é: 
a) adjunto adnominal c) predicativo 
b) vocativo d) aposto 
 
Questão 08 
Dê a função sintática do elemento grifado: Mestre Cupijó, ouviu-se 
há dias a sua grande obra”. 
a) adjunto adnominal; 
b) sujeito; 
c) vocativo; 
d) aposto. 
Questão 09 
Indique a função sintática dos termos destacados. 
“A cara parecia uma perna 
Não vi mais nada”. 
a) objeto direto e aposto; 
b) predicativo do sujeito e aposto;c) objeto direto e predicativo do sujeito; 
d) predicativo do sujeito e objeto direto; 
 
Questão 10 
Transpondo para a voz passiva a frase: “O acaso provoca, muitas 
vezes, grandes descobertas”. Obtém-se a forma verbal: 
a) Tem provocado; c) São provocadas; 
b) É provocado; d) Foram provocadas; 
 
Questão 11 
Qual das frases a seguir está na voz passiva? 
a) Foi naquela igreja que eu me casei. 
b) Os soldados derrubaram os muros do castelo. 
c) Não se fazem mais sapatos como antigamente. 
d) Marcos sofreu com o fim no namoro. 
 
Questão 12 
Passando a frase “Após o jogo, os jogadores ergueram o técnico 
nos braços” para a voz passiva sintética, tem-se: 
a) Após o jogo, o técnico ergueu cada um dos jogadores nos 
braços. 
b) Após o jogo, ergueram-se o técnico nos braços. 
c) Após o jogo, o técnico fora erguido nos braços. 
d) Após o jogo, ergueu-se o técnico nos braços. 
 
Questão 13 
Marque o item em que o “se” não funciona como partícula de 
apassivadora: 
a) Ouviam-se vozes estranhas. 
b) Valorizar-se-ão as qualidades! 
c) Estuda-se um novo projeto. 
d) Nunca se falou sobre política nesta casa! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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INTERPRETAÇÃO TEXTUAL 
OS GÊNEROS NARRATIVOS I 
TIPOS DE NARRADOR 
Cada uma das histórias que lemos, ouvimos ou escrevemos é 
contada por um narrador. 
Nos exercícios de leitura, assim como nas experiências de escrita, 
é fundamental a preocupação com o narrador. 
Grosso modo, podemos distinguir três tipos de narrador, isto é, três 
tipos de foco narrativo: 
- narrador-personagem; 
- narrador-observador; 
- narrador-onisciente. 
1) O narrador-personagem conta na 1ª pessoa a história da qual 
participa também como personagem. 
Ele tem uma relação íntima com os outros elementos da narrativa. 
Sua maneira de contar é fortemente marcada por características 
subjetivas, emocionais. Essa proximidade com o mundo narrado 
revela fatos e situações que um narrador de fora não poderia 
conhecer. Ao mesmo tempo, essa mesma proximidade faz com que 
a narrativa seja parcial, impregnada pelo ponto de vista do 
narrador. 
2) O narrador-observador conta a história do lado de fora, na 3ª 
pessoa, sem participar das ações. Ele conhece todos os fatos e, 
por não participar deles, narra com certa neutralidade, apresenta os 
fatos e os personagens com imparcialidade. Não tem conhecimento 
íntimo dos personagens nem das ações vivenciadas. 
3) O narrador-onisciente conta a história em 3ª pessoa e, às 
vezes, permite certas intromissões narrando em 1ª pessoa. Ele 
conhece tudo sobre os personagens e sobre o enredo, sabe o que 
passa no íntimo das personagens, conhece suas emoções e 
pensamentos. 
Ele é capaz de revelar suas vozes interiores, seu fluxo de 
consciência, em 1ª pessoa. Quando isso acontece, o narrador faz 
uso do discurso indireto livre. Assim, o enredo se torna plenamente 
conhecido, os antecedentes das ações, suas entrelinhas, seus 
pressupostos, seu futuro e suas consequências. 
TIPOS DE PERSONAGENS 
1) Segundo a função dramática: 
a) Protagonista – Personagem principal, em torno do qual se 
estrutura a narrativa. 
b) Anatgonista – Aquele que se contrapõe ao protagonista e com 
ele estabelece uma tensão dramática. 
c) Secundário – Aquele de menor importância na trama, não 
sendo ele o responsável pela ação principal, embora dela participe. 
2) Segundo a complexidade 
a) Personagens planos – Sem maior complexidade psicológica, 
são construídos a partir de um só traço distintivo de personalidade. 
São personagens em geral previsíveis. Também podem ser 
chamados de lineares. 
b) Personagens esféricos – Mais complexos, apresentam traços 
de caráter e ações muitas vezes contraditórios. Também chamados 
de redondos e não lineares. 
TIPOS DE DISCURSO 
a) Discurso direto 
O narrador apresenta a própria personagem falando diretamente, 
permitindo ao autor mostrar o que acontece em lugar de 
simplesmente contar. 
Lavador de carros, Juarez de Castro, 28 anos, ficou desolado, 
apontando para os entulhos: “Alá minha frigideira, alá meu 
escorredor de arroz. Minha lata de pegar água era aquela. Ali meu 
outro tênis.” 
Jornal do Brasil, 29 de maio 1989. 
Quando lhe entreguei a folha de hera com formato de çoração (um 
coração de nervuras trementes se abrindo em leque até as bordas 
verde- azuladas), ela beijou a folha e levou-a ao peito. Espetou-a 
na malha do suéter: "Esta vai ser guardada aqui." Mas não me 
olhou nem mesmo quando eu saí tropeçando no cesto. 
(Lígia Fagundes reles, "Herbarium", in Os melhores contos) 
b) Discurso indireto 
O narrador interfere na fala da personagem. Ele conta aos leitores 
o que a personagem disse, mas conta em 3ª pessoa. As palavras 
da personagem não são reproduzidas, mas traduzidas na 
linguagem do narrador. 
Dario vinha apressado, o guarda-chuva no braço esquerdo e, assim 
que dobrou a esquina, diminuiu o passo até parar, encostando-se à 
parede de uma casa. Foi escorregando por ela, de costas, sentou-
se na calçada, ainda úmida da chuva, e descansou no chão o 
cachimbo. 
Dois ou três passantes rodearam-no, indagando se não estava se 
sentindo bem. Dario abriu a boca, moveu os lábios, mas não se 
ouviu resposta. Um senhor gordo, de branco, sugeriu que ele devia 
sofrer de ataque. 
Dalton Trevisan. Cemitério de elefantes. Rio de Janeiro, 
Civilização Brasileira, 1964. 
E a madrinha, Dona Isolina Vaz Costa (cuja especialidade era doce 
de ovos) foi de parecer que quanto à dicção ainda não era visto, 
mas quanto à expressão Cícero lembrava o Chabi Pinheiro. No 
entanto advertiu que do meio para o fim é que era mais difícil. 
(Antônio de A. Machado, NO Inteligente CíceroN, in Laranja da China, Ed. ) 
c) Discurso indireto livre 
É uma combinação dos dois anteriores, confundindo as 
intervenções do narrador com as dos personagens. É uma forma 
de narrar econômica e dinâmica, pois permite mostrar e contar os 
fatos a um só tempo. Muito usado nas narrativas contemporâneas, 
este tipo de discurso quase não se registra, por exemplo, no 
Romantismo. O Realismo de linha de análise psicológica 
experimentou-o, mas coube à narrativa moderna desenvolvê-lo e 
usá-lo como recurso dos mais expressivos. Podemos defini-lo como 
sendo a captação do pensamento das personagens que vêm à tona 
num texto de terceira pessoa, sem nenhuma marca indicadora de 
Discurso Direto (travessão, aspas) ou Indireto (as conjunções 
integrantes): 
Entregue aos arranjos da casa, regando os craveiros e as panelas 
de losna, descendo ao bebedouro com o pote vazio e regressando 
com o pote cheio, deixava os filhos soltos no barreiro, enlameados 
como porcos. E eles estavam perguntadores, insuportáveis. 
Fabiano dava-se bem com a ignorância. Tinha o direito de saber? 
Tinha? Não tinha. 
(Vidas Secas - Graciliano Ramos) 
Enlameado até a cintura, Tiãozinho cresce de ódio. Se pudesse 
matar o carreiro... Deixa eu crescer!... Deixa eu ficar grande!... Hei 
de dar conta deste danisco... Se uma cobra picasse seu Soronho... 
Tem tanta cascavel nos pastos... Tanta urutu, perto de casa... se 
uma onça comesse o carreiro, de noite... Um onção grande, da 
pintada... Que raiva!... Mas os bois estão caminhando diferente. 
SEMANA 6 – Vocativo e Aposto 
 
 
 
 
 
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VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência 
 
Começaram a prestar atenção, escutando a conversa de boi 
Brilhante. 
Guimarães Rosa. Sagarana. Rio de Janeiro, 
José Olympio, 1976. 
 
O GÊNERO ROMANCE 
Basicamente, o romance é uma narrativa ficcional em prosa, mais 
longa que o conto ou a novela, atesta Mário Luiz Frungillo,professor do Instituto de Estudos da Linguagem (IEL), da 
Universidade Estadual de Campinas, Unicamp. “A estrutura de um 
romance pode variar muito de um para outro, pois é provavelmente 
o mais flexível dos gêneros literários”, afirma. “Um romance pode 
tanto ter mais de mil páginas, como, por exemplo, Guerra e 
Paz (1865), de Liév Tolstói, ou um décimo disso, como A paixão 
segundo G. H. (1964), de Clarice Lispector”, explica Frungillo. “E 
sua ação pode tanto se estender ao longo de anos e abranger a 
vida de dezenas de personagens, como no romance russo, ou se 
limitar a algumas horas de um dia e girar em torno de um único 
personagem, a protagonista-narradora G. H”, ilustra o professor, 
usando os mesmos exemplos. 
As possibilidades são quase infinitas. A história pode ser linear, 
cronológica, ou ir e voltar no tempo. Também pode tratar de uma 
época passada ou ser uma narrativa sobre nossos dias. “Essas 
escolhas estão também ligadas ao tipo de narrador. Ele tanto pode 
ser um narrador que não participa da história, mas sabe tudo sobre 
ela, como ser a personagem principal, ou uma secundária da 
história, que só sabe aquilo que viu. Pode também ter vários 
narradores – a Crônica da casa assassinada (1959), de Lúcio 
Cardoso, por exemplo, tem cerca de dez narradores”, lembra o 
professor da Unicamp. Narrativa contínua ou colcha de retalhos, o 
romance pode combinar cartas, diários, depoimentos, notícias de 
jornal, confissões, o monólogo interior de uma personagem etc. 
As pessoas muitas vezes falam que quem vive um amor vive um 
romance. Mas o romance não é uma forma somente do 
Romantismo. O professor Frungillo explica que há o romance 
barroco, o romance do Iluminismo, o romance realista, naturalista, 
simbolista etc. “E também, claro, a história contada não precisa ser 
de amor, pode ser uma história sobre qualquer assunto, amor, 
aventura, guerra, crime, fatos históricos contados à maneira de 
ficção, episódios colados à realidade ou inventados, de caráter 
realista ou fantástico, com qualquer tipo de personagem, de 
qualquer classe social – o que não acontecia na epopeia e na 
tragédia clássica, que só admitiam como protagonistas pessoas 
nobres”, observa. 
O pesquisador explica que, ao contrário da epopeia clássica que 
trazia heróis míticos como na Ilíada e na Odisseia, de Homero, os 
heróis dos romances são pessoas comuns, cujos conflitos trazem 
as contradições históricas da época moderna, por exemplo, 
inadequação aos valores da sociedade. “O romance desce à esfera 
da vida comum. Deuses e heróis não estão presentes em textos 
modelares ao gênero como Dom Quixote, de Cervantes, que 
apresenta uma caricatura anacrônica do tipo 
cavalheiresco, Robinson Crusoé (1719), de Daniel Defoe, que narra 
a história de um náufrago, Tom Jones (1749), de Henry Fielding, 
onde o herói é um órfão”, exemplifica. 
Para Santos, o romance corresponde a uma obra de ficção, 
portanto distinta do relato e da biografia, “mas com grande 
inclinação ao real, que se observa em sua coerência interna, na 
busca da verossimilhança, na atenção ao pormenor da vida 
cotidiana e em sua permeabilidade à realidade sócio histórica”, 
afirma. Ao retratar o modo de pensar do nascimento da era 
moderna, Dom Quixote e Sancho Pança se tornam, assim, os 
primeiros representantes do individualismo. 
(Disponível em: http://pre.univesp.br) 
 
 
 
 
 
 
 
 
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CURSO ANUAL GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO – (Prof. Cláudio Neves) 
EXERCÍCIOS DE APRENDIZAGEM 
 
Questão 01 (FUVEST) 
“(...) Escobar vinha assim surgindo da sepultura, do seminário e do Flamengo para se sentar comigo à 
mesa, receber-me na escada, beijar-me no gabinete de manhã, ou pedir-me à noite a bênção do 
costume. Todas essas ações eram repulsivas; eu tolerava-as e praticava-as, para me não descobrir a 
mim mesmo e ao mundo. Mas o que pudesse dissimular ao mundo, não podia fazê-lo a mim, que vivia 
mais perto de mim que ninguém. Quando nem mãe nem filho estavam comigo o meu desespero era 
grande, e eu jurava matá-los a ambos, ora de golpe, ora devagar, para dividir pelo tempo da morte 
todos os minutos da vida embaçada e agoniada. Quando, porém, tornava a casa e via no alto da 
escada a criaturinha que me queria e esperava, ficava desarmado e diferia o castigo de um dia para 
outro. 
O que se passava entre mim e Capitu naqueles dias sombrios, não se notará aqui, por ser tão miúdo e 
repetido, e já tão tarde que não se poderá dizê-lo sem falha nem canseira. Mas o principal irá. E o 
principal é que os nossos temporais eram agora contínuos e terríveis. Antes de descoberta aquela má 
terra da verdade, tivemos outros de pouca dura; não tardava que o céu se fizesse azul, o sol claro e o 
mar chão, por onde abríamos novamente as velas que nos levavam às ilhas e costas mais belas do 
universo, até que outro pé de vento desbaratava tudo, e nós, postos à capa, esperávamos outra 
bonança, que não era tardia nem dúbia, antes total, próxima e firme (...)”. 
(Fragmento do livro Dom Casmurro, de Machado de Assis) 
 
A narração dos acontecimentos com que o leitor se defronta no romance Dom Casmurro, de Machado 
de Assis, se faz em primeira pessoa, portanto, do ponto de vista da personagem Bentinho. Seria, pois, 
correto dizer que ela apresenta-se: 
a) fiel aos fatos e perfeitamente adequada à realidade; 
b) viciada pela perspectiva unilateral assumida pelo narrador; 
c) perturbada pela interferência de Capitu que acaba por guiar o narrador; 
d) isenta de quaisquer formas de interferência, pois visa à verdade; 
e) indecisa entre o relato dos fatos e a impossibilidade de ordená-los. 
 
Questão 02 (UFV) 
Considere o texto: 
"O incidente que se vai narrar, e de que Antares foi teatro na sexta-feira 13 de dezembro do ano de 
1963, tornou essa localidade conhecida e de certo modo famosa da noite para o dia. (...) Bem, mas 
não convém antecipar fatos nem ditos. Melhor será contar primeiro, de maneira tão sucinta e imparcial 
quanto possível, a história de Antares e de seus habitantes, para que se possa ter uma ideia mais 
clara do palco, do cenário e principalmente dos personagens principais, bem como da comparsaria, 
desse drama talvez inédito nos anais da espécie humana.” 
(Fragmento do livro Incidente em Antares, de Érico Veríssimo) 
 
Assinale a alternativa que evidencia o papel do narrador no fragmento acima: 
a) O narrador tem senso prático, utilitário e quer transmitir uma experiência pessoal. 
b) É um narrador introspectivo, que relata experiências que aconteceram no passado, em 1963. 
c) Em atitude semelhante à de um jornalista ou de um espectador, escreve para narrar o que 
aconteceu com x ou y em tal lugar ou tal hora. 
d) Fala de maneira exemplar ao leitor porque considera sua visão a mais correta. 
e) É um narrador neutro, que não deixa o leitor perceber sua presença. 
 
“Quem um dia irá dizer que existe razão 
Nas coisas feitas pelo coração? E quem irá dizer 
Que não existe razão? 
Eduardo abriu os olhos mas não quis se levantar 
Ficou deitado e viu que horas eram 
Enquanto Mônica tomava um conhaque 
No outro canto da cidade 
Como eles disseram 
Eduardo e Mônica um dia se encontraram sem querer 
E conversaram muito mesmo pra tentar se conhecer 
Foi um carinha do cursinho do Eduardo que disse 
- Tem uma festa legal e a gente quer se divertir (...)”. 
(Eduardo e Mônica. RUSSO, Renato. In: Legião Urbana – Dois. EMI, 1986.) 
Anotações 
SEMANA 6 – Vocativo e Aposto 
 
 
 
 
 
73 
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Questão 03 
Sobre o tipo de narrador presente na música Eduardo e Mônica, é correto afirmar que se trata de um: 
a) Narrador personagem, pois, além de narrar os fatos, verídicos ou não, faz parte da história contada, 
sendo assim,personagem dela. Esse tipo de personagem apresenta uma visão limitada dos fatos, já 
que a narrativa é conduzida sob seu ponto de vista. 
b) Narrador testemunha, pois é uma das personagens que vivem a história contada, mas não é uma 
personagem principal. 
c) Narrador onisciente, pois sabe de tudo o que acontece na narrativa, seus aspectos e o 
comportamento das personagens, podendo, inclusive, descrever situações simultâneas, embora essas 
ocorram em lugares diferentes. 
d) Narrador observador, pois presencia a história, mas diferentemente do que acontece com o 
narrador onisciente, não tem controle e visão sobre todas as ações e personagens, confere os fatos, 
mas apenas de um ângulo. 
e) Narrador onisciente neutro, pois relata os fatos e descreve as personagens, no entanto, não tenta 
influenciar o leitor com opiniões a respeito das personagens, falando apenas sobre os fatos 
indispensáveis para a compreensão da leitura. 
 
Questão 04 
Para responder sobre os tipos de narradores, leia os fragmentos abaixo: 
I. “Morreu meu pai, sentimos muito, etc. Quando chegamos nas proximidades do Natal, eu já estava 
que não podia mais pra afastar aquela memória obstruente do morto, que parecia ter sistematizado 
pra sempre a obrigação de uma lembrança dolorosa em cada almoço, em cada gesto mínimo da 
família. Uma vez que eu sugerira à mamãe a ideia dela ir ver uma fita no cinema, o que resultou foram 
lágrimas. Onde se viu ir ao cinema, de luto pesado! A dor já estava sendo cultivada pelas aparências, 
e eu, que sempre gostara apenas regularmente de meu pai, mais por instinto de filho que por 
espontaneidade de amor, me via a ponto de aborrecer o bom do morto”. (Fragmento do conto O peru 
de natal, de Mário de Andrade). 
II. “Ali pelas onze horas da manhã o velho Joaquim Prestes chegou no pesqueiro. Embora fizesse 
força em se mostrar amável por causa da visita convidada para a pescaria, vinha mal-humorado 
daquelas cinco léguas cabritando na estrada péssima. Aliás o fazendeiro era de pouco riso mesmo, já 
endurecido pelos setenta e cinco anos que o mumificavam naquele esqueleto agudo e 
taciturno”. (Fragmento do conto O poço, de Mário de Andrade). 
III. “Nesse momento, a viúva descruzava as mãos, e fazia gesto de ir embora. Primeiramente espraiou 
os olhos, como a ver se estava só. Talvez quisesse beijar a sepultura, o próprio nome do marido, mas 
havia gente perto, sem contar dois coveiros que levavam um regador e uma enxada, e iam falando de 
um enterro daquela manhã. Falavam alto, e um escarnecia do outro, em voz grossa: "Eras capaz de 
levar um daqueles ao morro? Só se fossem quatro como tu". Tratavam de caixão pesado, 
naturalmente, mas eu voltei depressa a atenção para a viúva, que se afastava e caminhava 
lentamente, sem mais olhar para trás. Encoberto por um mausoléu, não a pude ver mais nem melhor 
que a princípio. Ela foi descendo até o portão, onde passava um bonde em que entrou e partiu. Nós 
descemos depois e viemos no outro”. (Fragmento do livro Memorial de Aires, de Machado de Assis). 
IV. “Era sempre inútil ter sido feliz ou infeliz. E mesmo ter amado. Nenhuma felicidade ou infelicidade 
tinha sido tão forte que tivesse transformado os elementos de sua matéria, dando-lhe um caminho 
único, como deve ser o verdadeiro caminho. Continuo sempre me inaugurando, abrindo e fechando 
círculos de vida, jogando-os de lado, murchos, cheios de passado. Por que tão independentes, por 
que não se fundem num só bloco, servindo-me de lastro? É que são demasiado integrais”. (Fragmento 
do livro Perto do coração selvagem, de Clarice Lispector). 
 
Os narradores classificam-se, respectivamente, em: 
a) narrador onisciente seletivo; narrador onisciente; narrador testemunha e narrador personagem. 
b) narrador personagem; narrador testemunha, narrador onisciente e narrador onisciente seletivo. 
c) narrador testemunha; narrador personagem; narrador onisciente e narrador onisciente seletivo. 
d) narrador personagem; narrador onisciente, narrador onisciente seletivo e narrador testemunha. 
e) narrador personagem; narrador onisciente, narrador testemunha e narrador onisciente seletivo. 
 
Questão 05 
Assinale a alternativa que melhor complete o seguinte trecho: 
No plano expressivo, a força da ____________ em _____________ provém essencialmente de sua 
capacidade de _____________ o episódio, fazendo ______________ da situação a personagem, 
tornando-a viva para o ouvinte, à maneira de uma cena de teatro __________ o narrador desempenha 
a mera função de indicador de falas. 
a) narração - discurso indireto - enfatizar - ressurgir – onde; 
Anotações 
 
 
 
 
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CURSO ANUAL GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO – (Prof. Cláudio Neves) 
b) narração - discurso onisciente - vivificar - demonstrar-se – donde; 
c) narração - discurso direto - atualizar - emergir - em que; 
d) narração - discurso indireto livre - humanizar - imergir - na qual; 
e) dissertação - discurso direto e indireto - dinamizar - protagonizar - em que. 
 
Questão 06 
"Impossível dar cabo daquela praga. Estirou os olhos pela campina, achou-se isolado. Sozinho num 
mundo coberto de penas, de aves que iam comê-lo. Pensou na mulher e suspirou. Coitada de Sinhá 
Vitória, novamente nos descampados, transportando o baú de folha." 
O narrador desse texto mistura-se de tal forma à personagem que dá a impressão de que não há 
diferença entre eles. A personagem fala misturada à narração. Esse discurso é chamado: 
a) discurso indireto livre 
b) discurso direto 
c) discurso indireto 
d) discurso implícito 
e) discurso explícito 
 
 
Anotações 
SEMANA 6 – Vocativo e Aposto 
 
 
 
 
 
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EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 
 
Questão 01 
Faça a associação entre os tipos de discurso e assinale a 
sequência correta. 
1- Reprodução fiel da fala da personagem, é demarcado pelo uso 
de travessão, aspas ou dois pontos. Nesse tipo de discurso, as 
falas vêm acompanhadas por um verbo de elocução, responsável 
por indicar a fala da personagem. 
2- Ocorre quando o narrador utiliza as próprias palavras para 
reproduzir a fala de um personagem. 
3- Tipo de discurso misto no qual são associadas as 
características de dois discursos para a produção de outro. Nele a 
fala da personagem é inserida de maneira discreta no discurso do 
narrador. 
( ) discurso indireto 
( ) discurso indireto livre 
( ) discurso direto 
 
a) 3, 2 e 1. c) 1, 2 e 3. 
b) 2, 3 e 1. d) 3, 1 e 2. 
 
Questão 02 
Sobre o discurso indireto é correto afirmar, EXCETO: 
a) No discurso indireto, o narrador utiliza suas próprias palavras 
para reproduzir a fala de um personagem. 
b) O narrador é o porta-voz das falas e dos pensamentos das 
personagens. 
c) Normalmente é escrito na terceira pessoa. As falas são iniciadas 
com o sujeito, mais o verbo de elocução seguido da fala da 
personagem. 
d) No discurso indireto as personagens são conhecidas através de 
seu próprio discurso, ou seja, através de suas próprias palavras. 
 
Questão 03 
Os personagens vivem as ações na narrativa e 
desempenham funções de fácil classificação. Considerando isso, 
relacione as colunas para assinalar a alternativa correta. 
I. Protagonista 
II. Antagonista 
III. Personagem plano 
IV. Personagem redondo 
V. Caricatura 
VI. Personagem secundário 
 
( ) É o herói (ou heroína) da narrativa. As outras personagens 
giram em torno dele. 
( ) Personagem de fraca atuação, com aparição esporádica na 
narrativa. 
( ) Não tem vida interior, não tem a complexidade humana. 
( ) Oponente ao principal, cria obstáculo à atuação do 
protagonista. 
( ) Estereotipado por um de seus atributos – intenção de 
irreverência e de crítica do autor que o cria. 
( ) É verossímil, tem vida interior.a) III-V-II-I-IV-VI 
b) II- I-V-IV-III-VI 
c) II-I-V-VI-III-IV 
d) I-VI-III-II-V-IV 
e) I-III-VI-II-V-IV 
 
Questão 04 (UTFPR) 
Leia os textos a seguir e assinale a opção correta sobre eles. 
I. São os personagens com fraca atuação no desempenho dos 
fatos, de participação esporádica e não decisiva. Sua principal 
função é contribuir para formar o mundo social no qual se movem 
os personagens principais. 
II. São os personagens auxiliares do protagonista ou do 
antagonista, cujo desempenho tem certa influência no rumo dos 
acontecimentos. 
III. É o personagem central, identificado muitas vezes como herói. 
Ele ocupa o lugar de maior destaque no desenrolar dos 
acontecimentos. 
 
a) Figurante – auxiliar – vilão 
b) Secundário – acessório – antagonista 
c) Secundário – acessório – protagonista 
d) Acessório – secundário – protagonista 
e) Protagonista – antagonista – acessório 
 
Questão 05 
Assinale a alternativa que não preenche corretamente a lacuna do 
seguinte enunciado: 
Quando o narrador é também personagem, isto é, 
com narração em primeira pessoa, ele tende a______________. 
a) perder a racionalidade. 
b) limitar-se às suas percepções. 
c) revelar seus sentimentos e seus pensamentos. 
d) tornar-se um narrador mais confiável. 
e) distanciar-se ironicamente em relação à narrative. 
 
 
 
 
 
 
 
 
CURSO ANUAL DE GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO 
Prof. Cláudio Neves 
VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência 
 
ANÁLISE SINTÁTICA – SEMANA 7 
PERÍODO COMPOSTO 
Coordenação e Subordinação 
Quando um período é simples, a oração de que é constituído 
recebe o nome de oração absoluta. 
Por Exemplo: 
A menina comprou chocolate. 
Quando um período é composto, ele pode apresentar os 
seguintes esquemas de formação: 
a) Composto por Coordenação: ocorre quando é constituído 
apenas de orações independentes, coordenadas entre si, mas sem 
nenhuma dependência sintática. 
Por Exemplo: 
Saímos de manhã e voltamos à noite. 
b) Composto por Subordinação: ocorre quando é constituído de 
um conjunto de pelo menos duas orações, em que uma delas 
(Subordinada) depende sintaticamente da outra (Principal). 
Por Exemplo: 
Não fui à aula porque estava doente. 
Oração Principal Oração Subordinada 
c) Misto: quando é constituído de orações coordenadas e 
subordinadas. 
Por Exemplo: 
Fui à escola e busquei minha irmã 
que estava 
esperando. 
Oração 
Coordenada Oração Coordenada Oração Subordinada 
Obs.: qualquer oração (coordenada ou subordinada) será ao 
mesmo tempo principal, se houver outra que dela dependa. 
Por Exemplo: 
Fui ao mercado e comprei os produtos 
que estavam 
faltando. 
PERÍODO COMPOSTO POR COORDENAÇÃO 
Já sabemos que num período composto por coordenação as 
orações são independentes e sintaticamente equivalentes. 
Observe: 
As luzes apagam-se, abrem-se as cortinas e começa o espetáculo. 
O período é composto de três orações: 
As luzes apagam-se; 
abrem-se as cortinas; 
e começa o espetáculo. 
As orações, no entanto, não mantêm entre si dependência 
gramatical, são independentes. Existe entre elas, evidentemente, 
uma relação de sentido, mas do ponto de vista sintático, uma não 
depende da outra. 
A essas orações independentes, dá-se o nome de orações 
coordenadas, que podem ser assindéticas ou sindéticas. 
A conexão entre as duas primeiras é feita exclusivamente por uma 
pausa, representada na escrita por uma vírgula. Entre a segunda e 
a terceira, é feita pelo uso da conjunção "e". As orações 
coordenadas que se ligam umas às outras apenas por uma pausa, 
sem conjunção, são chamadas assindéticas. É o caso de "As 
luzes apagam-se" e "abrem-se as cortinas". As orações 
coordenadas introduzidas por uma conjunção são 
chamadas sindéticas. No exemplo acima, a oração "e começa o 
espetáculo" é coordenada sindética, pois é introduzida pela 
conjunção coordenativa "e". 
Obs.: a classificação de uma oração coordenada leva em conta 
fundamentalmente o aspecto lógico-semântico da relação que 
se estabelece entre as orações. 
CLASSIFICAÇÃO DAS ORAÇÕES COORDENADAS 
SINDÉTICAS 
De acordo com o tipo de conjunção que as introduz, as orações 
coordenadas sindéticas podem ser: aditivas, adversativas, 
alternativas, conclusivas ou explicativas. 
a) Aditivas 
Expressam ideia de adição, acrescentamento. Normalmente 
indicam fatos, acontecimentos ou pensamentos dispostos em 
sequência. As conjunções coordenativas aditivas típicas 
são "e" e "nem" (= e + não). Introduzem as orações coordenadas 
sindéticas aditivas. 
Por Exemplo: 
Discutimos várias propostas e analisamos possíveis soluções. 
As orações sindéticas aditivas podem também estar ligadas pelas 
locuções não só... mas (também), tanto...como, e semelhantes. 
Essas estruturas costumam ser usadas quando se pretende 
enfatizar o conteúdo da segunda oração. Veja: 
Chico Buarque não só canta, mas também (ou como também) 
compõe muito bem. 
Não só provocaram graves 
problemas, mas (também) abandonaram os projetos de 
reestruturação social do país. 
Obs.: como a conjunção "nem" tem o valor da expressão "e 
não", condena-se na língua culta a forma "e nem" para 
introduzir orações aditivas. 
Por Exemplo: 
Não discutimos várias propostas, nem (= e não) analisamos 
quaisquer soluções. 
b) Adversativas 
Exprimem fatos ou conceitos que se opõem ao que se declara na 
oração coordenada anterior, estabelecendo contraste ou 
compensação. "Mas" é a conjunção adversativa típica. 
Além dela, empregam-se: porém, contudo, todavia, entretanto e 
as locuções no entanto, não obstante, nada obstante. 
Introduzem as orações coordenadas sindéticas adversativas. 
Veja os exemplos: 
"O amor é difícil, mas pode luzir em qualquer ponto da cidade." 
(Ferreira Gullar) 
O país é extremamente rico; o povo, porém, vive em profunda 
miséria. 
Tens razão, contudo controle-se. 
Renata gostava de cantar, todavia não agradava. 
O time jogou muito bem, entretanto não conseguiu a vitória. 
Saiba que: 
- Algumas vezes, a adversidade pode ser introduzida pela 
conjunção "e". Isso ocorre normalmente em orações 
coordenadas que possuem sujeitos diferentes. 
Por Exemplo: 
Deus cura, e o médico manda a conta. 
SEMANA 7 – Orações Coordenadas 
 
 
 
 
 
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Nesse ditado popular, é clara a intenção de se criar um 
contraste. Observe que equivale a uma frase do tipo: "Quem 
cura é Deus, mas é o médico quem cobra a conta!" 
- A conjunção "mas" pode aparecer com valor aditivo. 
Por Exemplo: 
Camila era uma menina estudiosa, mas principalmente 
esperta. 
c) Alternativas 
Expressam ideia de alternância de fatos ou escolha. 
Normalmente é usada a conjunção "ou". Além dela, empregam-se 
também os pares: ora... ora, já... já, quer... quer, seja... seja, etc. 
Introduzem as orações coordenadas sindéticas alternativas. 
Exemplos: 
Diga agora ou cale-se para sempre. 
Ora age com calma, ora trata a todos com muita aspereza. 
Estarei lá, quer você permita, quer você não permita. 
Obs.: nesse último caso, o par "quer...quer" está coordenando 
entre si duas orações que, na verdade, expressam concessão 
em relação a "Estarei lá". É como disséssemos: "Embora você 
não permita, estarei lá". 
d) Conclusivas 
Exprimem conclusão ou consequência referentes à oração 
anterior. As conjunções típicas são: logo, portanto e pois 
(posposto ao verbo). Usa-se ainda: então, assim, por isso, por 
conseguinte, de modo que, em vista disso, etc. Introduzem as 
orações coordenadas sindéticas conclusivas. 
Exemplos: 
Não tenho dinheiro, portanto não posso pagar. 
A situação econômica é delicada; devemos, pois, agir 
cuidadosamente. 
O time venceu, por isso está classificado. 
Aquelasubstância é toxica, logo deve ser manuseada 
cautelosamente. 
e) Explicativas 
Indicam uma justificativa ou uma explicação referente ao fato 
expresso na declaração anterior. As conjunções que merecem 
destaque são: que, porque e pois (obrigatoriamente anteposto ao 
verbo). Introduzem as orações coordenadas 
sindéticas explicativas. 
Exemplos: 
Vou embora, que cansei de esperá-lo. 
Vinícius devia estar cansado, porque estudou o dia inteiro. 
Cumprimente-o, pois hoje é o seu aniversário. 
Atenção: 
Cuidado para não confundir as orações coordenadas 
explicativas com as subordinadas adverbiais causais. Observe 
a diferença entre elas: 
- Orações Coordenadas Explicativas: caracterizam-se por 
fornecer um motivo, explicando a oração anterior. 
Por Exemplo: 
A criança devia estar doente, porque chorava muito. (O choro 
da criança não poderia ser a causa de sua doença.) 
- Orações Subordinadas Adverbiais Causais: exprimem a 
causa do fato. 
Por Exemplo: 
Henrique está triste porque perdeu seu emprego. (A perda do 
emprego é a causa da tristeza de Henrique.) 
Note-se também que há pausa (vírgula, na escrita) entre a 
oração explicativa e a precedente e que esta é, muitas vezes, 
imperativa, o que não acontece com a oração adverbial causal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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CURSO ANUAL GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO – (Prof. Cláudio Neves) 
EXERCÍCIOS DE APRENDIZAGEM 
 
Questão 1 (Marília) 
Assinale a alternativa que contém uma coordenativa conclusiva: 
a) Sérgio foi bom filho; logo será um bom pai. 
b) Os meninos ora brigavam, ora brincavam. 
c) Jaime trabalha depressa, contudo produz pouco. 
d) Os cães mordem, não por maldade, mas por precisarem viver. 
e) Adão comeu a maçã, e nossos dentes até hoje doem. 
 
Questão 2 (Univ. Fed. Santa Maria – RS) 
– Assinale a sequência de conjunções que estabelecem, entre as orações de cada item, uma correta 
relação de sentido. 
1. Correu demais, ... caiu. 
2. Dormiu mal, ... os sonhos não o deixaram em paz. 
3. A matéria perece, ... a alma é imortal. 
4. Leu o livro, ... é capaz de descrever as personagens com detalhes. 
5. Guarde seus pertences, ... podem servir mais tarde. 
 
a) porque, todavia, portanto, logo, entretanto 
b) por isso, porque, mas, portanto, que 
c) logo, porém, pois, porque, mas 
d) porém, pois, logo, todavia, porque 
e) entretanto, que, porque, pois, portanto 
 
Questão 3 (Colégio Nava) 
“No entanto parece que os frequentadores deste cinema 
Estão perfeitamente deslembrados de que terão de morrer 
- Porque em toda sala escura há um grande ritmo de esquecimento e equilíbrio.” 
 
A última oração do poema tem valor: 
a) subordinativo, revelando uma idéia de causa; 
b) coordenativo, traduzindo uma idéia de explicação; 
c) subordinativo, denotando conclusão; 
d) coordenativo, traduzindo uma idéia de tempo; 
e) subordinativo, revelando uma idéia de conseqüência. 
 
Questão 4 
Como vimos, o período é a frase constituída por uma ou mais orações. O período composto por 
coordenação é constituído de orações coordenadas assindéticas e sindéticas. Tomemos as seguintes 
orações: 
I. O amor transformou-se e muitas vezes é visto como coisa do passado. 
II. Ou o adolescente não vivencia ou não se deixa tocar pelo sentimento. 
III. O adolescente tem dificuldade de verbalizar suas emoções, pois tem medo de parecer 
excessivamente “careta”. 
 
Nos enunciados acima, você pode observar que as orações destacadas correspondem a orações 
coordenadas. Assinale a alternativa CORRETA quanto à classificação dessas orações: 
a) Em I temos um caso de oração coordenada assindéticas alternativas. 
b) Temos em I e II orações coordenadas sindéticas alternativas. 
c) Somente em III, a conjunção empregada na oração encerra a ideia de explicação. 
d) As três orações destacadas nos períodos acima exprimem a idéia de adição. 
 
Questão 5 (Fuvest – SP) 
Dentre os períodos abaixo transcritos, um é composto por coordenação e contém uma oração 
coordenada sindética adversativa. Assinale a alternativa que corresponde a esse período: 
a) A frustração cresce e a desesperança não cede. 
b) O que dizer sem resvalar para o pessimismo, a crítica pungente ou a autoabsolvição? 
c) É também ocioso pensar que nós, da tal elite, temos riqueza suficiente para distribuir. 
d) Sejamos francos. 
Anotações 
SEMANA 7 – Orações Coordenadas 
 
 
 
 
 
79 
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Questão 6 (UCDB_MT) 
- “Podemos falar qualquer coisa: estou absolutamente calmo”. 
Os dois pontos dos período acima poderiam ser substituídos pela conjunção: 
a) e b) portanto c) logo d) pois 
 
Questão 7 (PUCC_SP) 
A conjunção e tem valor adversativo na frase: 
a) Cheguei, vi e venci. 
b) Arrumou as malas e despediu-se. 
c) Deitei exausto e não consegui dormir. 
d) Siga meu conselho e não se arrependerá. 
 
Questão 8 (Unimep- SP) 
I - Mário estudou muito e foi reprovado. 
II - Mário estudou muito e foi aprovado. 
 
Em I e II a conjunção “e” tem, respectivamente, valor:, 
a) aditivo e conclusivo. 
b) adversativo e aditivo. 
c) aditivo e aditivo 
d) adversativo e conclusivo 
 
Questão 9 
O conectivo “e” normalmente é usado como conjunção coordenativa aditiva. No entanto, em uma das 
alternativas abaixo, isso não ocorre: 
a) Entrou, assistiu aula e saiu. 
b) Fernanda é amiga de Lidiane e Lidiane amiga da Daniela. 
c) Não se preparou para a prova de Português e conseguiu passar. 
d) Faça os exercícios e conseguirá aprovação. 
 
Questão 10 
Maria assistiu à aula, porém passou mal. Sem alteração de sentido, a conjunção “porém” pode ser 
substituída por: 
a) logo 
b) pois 
c) mas 
d) portanto 
 
Questão 11 (ENEM 2013) 
 
 
 
Nessa charge, o recurso morfossintático que colabora para o efeito de humor está indicado pelo(a) 
a) emprego de uma oração adversativa, que orienta a quebra da expectativa ao final. 
b) uso de conjunção aditiva, que cria uma relação de causa e efeito entre as ações. 
c) retomada do substantivo “mãe”, que desfaz a ambiguidade dos sentidos a ele atribuídos. 
d) utilização da forma pronominal “la”, que reflete um tratamento formal do filho em relação à “mãe”. 
e) repetição da forma verbal “é”, que reforça a relação de adição existente entre as orações. 
 
 
Anotações 
 
 
 
 
 80 
VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência 
 
CURSO ANUAL GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO – (Prof. Cláudio Neves) 
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 
 
Questão 1 
Identifique a alternativa que apresenta oração coordenada 
sindética explicativa. 
a) Não fiz compras, que não tinha dinheiro. 
b) Acertei todas as questões da prova; fui, pois, bastante elogiado. 
c) Trabalhei arduamente logo serei promovido. 
d) Para os cientistas, o homem pode viver mais; portanto a 
qualidade de vida precisa ser melhorada. 
 
Questão 2 
Identifique a alternativa que apresenta oração coordenada 
sindética aditiva: 
a) Fique calada ou saia. 
b) Ele não só chorou mas também ficou arrependido. 
c) Levantou, bebeu, morreu. 
d) A seleção de basquete estava preparada, e perdeu a partida. 
 
Questão 3 
Assinale a oração coordenada sindética conclusiva: 
a) As propagandas são de mau gosto, precisam, pois, ser 
modificadas. 
b) O marceneiro chegou e começou o serviço. 
c) Não beba muito, que faz muito mal. 
d) A estrada era perigosa, e todos queriam filmá-la. 
 
Questão 4 
Todas as orações abaixo são coordenadas assindéticas, exceto: 
a) Chegou, gostou, ficou para sempre. 
b) Hoje as lojas estão muito movimentadas e perigosas. 
c) Fomos ao cinema, gostamosdo filme. 
d) Ou você faz a prova, ou será reprovado. 
 
Questão 5 
Em qual alternativa a oração destacada é coordenada conclusiva? 
a) Roberto Carlos não só canta, mas também compõe. 
b) Cumprimente-o, que hoje é seu aniversário. 
c) Não tinha mais nenhuma chance com o ex-namorado, desistiu, 
pois, de procurá-lo. 
d) O candidato estava preparado, não foi, entretanto, classificado. 
 
Questão 6 
As orações coordenadas podem ser sindéticas ou assindéticas. 
Agora leia as orações: 
I. Não assisto à TV, que prefiro uma boa leitura. 
II. Adoro você e sempre vou adorar, e não me engane! 
III. Fique comigo ou com o mundo. 
De acordo com as orações acima, marque (V) para verdadeiro ou 
(F) para falso nas afirmativas que seguem. 
( ) No período I há duas orações coordenadas sindéticas. 
( ) Os três períodos possuem, cada, somente uma oração 
coordenada assindética. 
( ) No período II há uma oração coordenada sindética aditiva e 
outra adversativa. 
 
Questão 7 
Leia o período abaixo e marque o item que classifica corretamente 
as orações na respectiva sequência em que elas se encontram. 
“Teresa gostava de Simão, e seus pais eram contra, as famílias, 
pois, eram inimigas.” 
a) Assindética — Sindética Explicativa — Sindética Adversativa. 
b) Sindética Adversativa — Assindética — Sindética Alternativa. 
c) Assindética — Sindética Adversativa — Sindética conclusiva. 
d) Sindética Conclusiva — Sindética Aditiva — Assindética. 
e) Sindética Aditiva — Assindética — Sindética Explicativa. 
 
Questão 8 
“Mãe, Marcos César é um rapaz maravilhoso, e não quero ficar 
com ele”. A oração destacada classifica-se em: 
a) Aditiva. 
b) Alternativa. 
c) Adversativa. 
d) Conclusiva. 
e) Explicativa. 
 
Questão 9 
Classifique as orações destacadas de acordo com o código abaixo: 
I Sindética aditiva. 
II. Sindética adversativa. 
III. Sindética explicativa. 
IV. Sindética conclusiva. 
V. Sindética alternativa. 
VI. Assindética(s). 
 
( ) As ruas estavam molhadas, Alberto, choveu à noite. 
( ) José entendeu os testes, pode, pois, fazer as provas. 
( ) O filho chegou, que a mãe notou. 
 
Questão 10 
A vida transcorre entre o sucesso e o insucesso. É importante, ------
------, que o adolescente enfrente adversidades, fracassos e 
frustrações para que possa, segundo a canção popular, “sacudir a 
poeira e dar a volta por cima”. A conjunção que completa a lacuna 
e introduz uma ideia de conclusão é: 
a) porquanto 
b) porém 
c) pois 
d) contudo 
e) conquanto 
 
Questão 11 
Coloque C (certa) ou E (errada) para as seguintes alternativas 
a) ( ) Compre o bilhete PORQUE O SORTEIO SERÁ AMANHÃ. 
(Oração Coordenada Sindética Conclusiva) 
b) ( ) Viu o acidente E SOCORREU AS VÍTIMAS. (Oração 
Coordenada Sindética Aditiva) 
c) ( ) O professor fala muito, QUESTIONA BASTANTE. 
(Oração Coordenada Assindética) 
d) ( ) Volte cedo, POIS IREMOS À FESTA. (Oração 
Coordenada Sindética Explicativa) 
e) ( ) Não correu NEM BRINCOU. (Oração Coordenada 
Sindética Aditiva) 
f) ( ) O guerreiro armou-se E FOI À GUERRA. (Oração 
Coordenada Sindética Aditiva) 
g) ( ) Discutiram, MAS NÃO CHEGARAM A NADA. (Oração 
Coordenada Sindética Adversativa) 
h) ( ) A música se aviva, O RITMO TORNA-SE IRRESISTÍVEL, 
FRENÉTICO, ALUCINANTE. (Oração Coordenada Assindética) 
i) ( ) Trabalhou E NAO RECEBEU. (Oração Coordenada 
SEMANA 7 – Orações Coordenadas 
 
 
 
 
 
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Sindética Aditiva) 
j) ( ) Eu o considero; QUERO, POIS, CONTAR-LHE UM 
SEGREDO. (Oração Coordenada Sindética Aditiva) 
k) ( ) QUER EM CASA, quer no trabalho ela é 
aplicada. (Oração Coordenada Sindética Alternativa) 
 
Questão 12 
“Ele pensava numa nova edição do seu romance pela mesma 
editora; NÃO, PODERIA, POIS, TER RESCINDIDO O CONTRATO 
COM ELA.” 
A oração destacada classifica-se como 
a) subordinada adverbial final. 
b) subordinada adverbial consecutiva. 
c) subordinada adverbial condicional. 
d) coordenada assindética explicativa. 
e) coordenada sindética conclusiva. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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CURSO ANUAL GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO – (Prof. Cláudio Neves) 
INTERPRETAÇÃO TEXTUAL 
OS GÊNEROS NARRATIVOS II 
CONTO 
O tamanho não é o que faz mal a este gênero de histórias. É 
naturalmente a qualidade; mas há sempre uma qualidade nos 
contos que os torna superiores aos grandes romances, se uns e 
outros são medíocres: é serem curtos. 
Machado de Assis 
O conto é um texto narrativo centrado em um relato referente a um 
fato ou determinado acontecimento. Sendo que este pode ser real, 
como é o caso de uma notícia jornalística, um evento esportivo, 
dentre outros. Podendo também ser fictício, ou seja, algo resultante 
de uma invenção. 
No que se refere às origens, o mesmo remonta aos tempos antigos, 
representado pelas narrativas orais dos antigos povos nas noites 
de luar, passando pelos gregos e romanos, lendas orientais, 
parábolas bíblicas, novelas medievais italianas, pelas fábulas 
francesas de Esopo e La Fontaine, chegando até os livros, como 
hoje conhecemos. 
Em meio a esta trajetória, revestiu-se de inúmeras classificações, 
resultando nas chamadas antologias, as quais reúnem os contos 
por nacionalidade: brasileiro, russo, francês e por categorias 
relacionadas ao gênero, denominando-se em contos maravilhosos, 
policiais, de amor, ficção científica, fantásticos, de terror, mistério, 
dentre outras classificações, tais como tradicional, moderno e 
contemporâneo. 
Perfaz-se de todos os elementos que compõem a narrativa, ou 
seja, tempo, espaço, poucos personagens, foco narrativo de 1ª ou 
3ª pessoa, corroborando em uma sequência de fatos que 
constituem o enredo, também chamado de trama. 
E um dos fatores de total relevância, é que o enredo apresenta-se 
de forma condensada e sintética, centrado em um único conflito. 
Tal característica tende a criar o que chamamos de unidade de 
impressão, elemento que norteia toda a narrativa, criando um efeito 
no próprio leitor, manifestado pela admiração, espanto, medo, 
desconcerto, surpresa, entre outros. 
Fazendo referência a toda estética textual, observaremos alguns 
fragmentos inerentes a uma das criações de um importante contista 
de nossa contemporaneidade, Dalton Trevisan: 
Apelo 
Amanhã faz um mês que a Senhora está longe de casa. Primeiros 
dias, para dizer a verdade, não senti falta, bom chegar tarde, 
esquecido na conversa de esquina. Não foi ausência por uma 
semana: o batom ainda no lenço, o prato na mesa por engano, a 
imagem de relance no espelho. 
Com os dias, Senhora, o leite primeira vez coalhou. A notícia de 
sua perda veio aos poucos: a pilha de jornais ali no chão, ninguém 
os guardou debaixo da escada. Toda a casa era um corredor 
deserto, até o canário ficou mudo. Não dar parte de fraco, ah, 
Senhora, fui beber com os amigos. Uma hora da noite eles se iam. 
Ficava só, sem o perdão de sua presença, última luz na varanda, a 
todas as aflições do dia. 
Sentia falta da pequena briga pelo sal no tomate — meu jeito de 
querer bem. Acaso é saudade, Senhora? Às suas violetas, na 
janela, não lhes poupei água e elas murcham. Não tenho botão na 
camisa. Calço a meia furada. Que fim levou o saca-rolha? Nenhum 
de nós sabe, sem a Senhora, conversar com os outros: bocas 
raivosas mastigando. Venha para casa, Senhora, por favor. 
DUARTE, Vânia Maria do Nascimento. "O conto "; Brasil Escola. Disponível em 
<http://brasilescola.uol.com.br/literatura/o-conto.htm>. Acesso em 13 de marco de 2017. 
Banho na claridade 
À noite ele saía pelas ruas sem algo exato para fazer. Ao acordar, 
não se lembrava de nada.Precisava de um banho, tirar o cheiro da 
pele, disfarçar a ausência de sua história mais recente e voltar a 
ser uma pessoa entre as outras, deixando-se ver na claridade, 
respondendo, perguntando. “Onde estarei depois de morto?” A 
pergunta arrebentou no núcleo de sua demência. Comprou seu 
próprio caixão. Quando abriram o esquife, à beira da cova, não 
precisou dos olhos para ver a filha grávida, olhando-o pela última 
vez. A filha distendeu as pálpebras como se tentasse fixar as 
feições dele para sempre (João Gilberto Noll, Mínimos, múltiplos, 
comuns, 2003, p. 457). 
Mucosas 
Estavas em coma aquela noite. Bati na vidraça do teu quarto 
esperando que me acolhesses com a lareira acesa, mas te vi na 
cama, a cabeça meio para trás, lembrando vagamente a máscara 
mortuária de uma figura guarani; não parecias respirar, na certa 
tinhas bebido até cair, até chegar ao submundo mental, ao turismo 
pelos cemitérios de neurônios. Voltavas depois pra mim tão sem 
pistas, que perguntavas teu nome, tua procedência e tudo. Estavas 
em coma. Tanto, que quebrei o vidro com o punho e entrei. 
Sangrava minha mão. Vi que não havia o que fazer. Já tinhas certa 
lividez laqueada e só me restava te velar. Foi o que fiz? Não, não 
foi: deitei sobre o teu corpo e abandonei a língua na tua boca até 
clarear não só o dia, mas também a ideia de te incinerar (NOLL, 
2003, p. 464) 
46 
Domingo, de volta do futebol, ele serve-se de uma cachacinha, liga 
o rádio 
- Sabe, paizinho ? 
É o menino de seis anos, todo prosa. 
- O que, meu filho ? 
- Essa a música que a mãe dança com o tio Lilo. 
57 
Os dois irmãos eram os piores inimigos. Bem me lembro no enterro 
da velhinha. Eles seguravam a alça do caixão – e não se olhavam. 
Pálidos, mas de fúria. Nem a cruz das almas comoveu os dois. Se 
odiavam tanto que a finadinha bulia sem parar entre as flores. 
CRÔNICA 
CONTO 
Por vezes é confundida com o conto. A diferença básica entre os 
dois é que a crônica narra fatos do dia a dia, relata o cotidiano das 
pessoas, situações que presenciamos e já até prevemos o 
desenrolar dos fatos. A crônica também se utiliza da ironia e às 
vezes até do sarcasmo. Não necessariamente precisa se passar 
em um intervalo de tempo, quando o tempo é utilizado, é um tempo 
curto, de minutos ou horas normalmente. 
 
SEMANA 7 – Orações Coordenadas 
 
 
 
 
 
83 
VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência 
 
EXERCÍCIOS DE APRENDIZAGEM 
 
Questão 1 
São características da crônica: 
I. Gênero narrativo marcado pela brevidade, narra fatos históricos em ordem cronológica. 
II. Publicada em jornal ou revista, destina-se à leitura diária ou semanal, pois trata de acontecimentos 
cotidianos. 
III. Obra de ficção do gênero narrativo, apresenta narrador, personagens, ponto de vista e enredo. 
IV. Gênero que se define por sua pequena extensão, é mais curto que a novela ou o romance, 
apresentando uma estrutura fechada. 
V. Tipo de texto que se caracteriza por envolver um remetente e um destinatário, geralmente é escrito 
em primeira pessoa. 
a) I e II. b) I e III. c) IV e V. d) I e V. e) III e IV. 
 
Questão 2 
Leia o texto a seguir para responder à questão: 
De homem para homem 
- Ateu, não: agnóstico 
- Pois eu te dou quinhentas pratas se você me disser o que quer dizer essa palavra. 
- Ora, para começar você não tem quinhentas pratas. Estou conversando a sério e você me vem com 
molecagem. Acho que Deus é uma coisa, os padres outra. O ranço das sacristias me enoja. Tenho 
horror ao bafo clerical dos confessionários! O bem que a confissão pode nos fazer é o de uma catarse, 
um extravasamento, que a psicanálise também faz, e com mais sucesso. Estou mesmo com vontade 
de me especializar em psiquiatria. 
- Só mesmo um doido te procuraria. 
Mauro não pôde deixar de rir. Eduardo acrescentou: 
- Você vai ter de se curar para depois curar os outros. 
- É isso mesmo - concordou o outro, sério. - Estou exatamente preocupado com o meu próprio caso. 
Já iniciei o que eu chamo de "a minha libertação". 
- E o que eu chamo de "a sua imbecilização". 
- Vista pela sua, que já é completa. O que eu chamo de libertação é a possibilidade de me afirmar 
integralmente, como homem. O homem é que interessa. Se Deus existe, posso vir a me entender com 
ele, mas há de ser de homem para homem. 
Fernando Sabino 
O texto de Fernando Sabino apresenta características do seguinte gênero textual: 
a) Poema. b) Conto. c) Crônica. d) Ensaio. e) Fábula. 
 
Questão 3 (ENEM – 2012) 
Desabafo 
Desculpem-me, mas não dá pra fazer uma cronicazinha divertida hoje. Simplesmente não dá. Não tem 
como disfarçar: esta é uma típica manhã de segunda-feira. A começar pela luz acesa da sala que 
esqueci ontem à noite. Seis recados para serem respondidos na secretária eletrônica. Recados 
chatos. Contas para pagar que venceram ontem. Estou nervoso. Estou zangado. 
CARNEIRO, J. E. Veja, 11 set. 2002 (fragmento). 
 
Nos textos em geral, é comum a manifestação simultânea de várias funções da linguagem, com o 
predomínio, entretanto, de uma sobre as outras. No fragmento da crônica Desabafo, a função da 
linguagem predominante é a emotiva ou expressiva, pois 
a) o discurso do enunciador tem como foco o próprio código. 
b) a atitude do enunciador se sobrepõe àquilo que está sendo dito. 
c) o interlocutor é o foco do enunciador na construção da mensagem. 
d) o referente é o elemento que se sobressai em detrimento dos demais. 
e) o enunciador tem como objetivo principal a manutenção da comunicação. 
 
Questão 4 
E como manejava bem os cordéis de seus títeres, ou ele mesmo, títere voluntário e consciente, como 
entregava o braço, as pernas, a cabeça, o tronco, como se desfazia de suas articulações e de seus 
reflexos quando achava nisso conveniência. Também ele soubera apoderar-se dessa arte, mais 
artifício, toda feita de sutilezas e grosserias, de expectativa e oportunidade, de insolência e submissão, 
de silêncios e rompantes, de anulação e prepotência. Conhecia a palavra exata para o momento 
preciso, a frase picante ou obscena no ambiente adequado, o tom humilde diante do superior útil, o 
Anotações 
 
 
 
 
 84 
VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência 
 
CURSO ANUAL GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO – (Prof. Cláudio Neves) 
grosseiro diante do inferior, o arrogante quando o poderoso em nada o podia prejudicar. Sabia 
desfazer situações equívocas, e armar intrigas das quais se saía sempre bem, e sabia, por experiência 
própria, que a fortuna se ganha com uma frase, num dado mo mento, que este momento único, 
irrecuperável, irreversível, exige um estado de alerta para a sua apropriação. 
RAWET, S. O aprendizado. In: Diálogo.Rio de Janeiro: GDR, 1963 (fragmento). 
 
No conto, o autor retrata criticamente a habilidade do personagem no manejo de discursos diferentes 
segundo a posição do interlocutor na sociedade. A crítica à conduta do personagem está centrada 
a) na imagem do títere ou fantoche em que o personagem acaba por se transformar, acreditando 
dominar os jogos de poder na linguagem. 
b) na alusão à falta de articulações e reflexos do personagem, dando a entender que ele não possui o 
manejo dos jogos discursivos em todas as situações. 
c) no comentário, feito em tom de censura pelo autor, sobre as frases obscenas que o personagem 
emite em determinados ambientes sociais. 
d) nas expressões que mostram tons opostos nos discursos empregados aleatoriamente pelo 
personagem em conversas com interlocutores variados. 
e) no falso elogio à originalidade atribuída a esse personagem, responsável por seu sucesso no 
aprendizado das regras de linguagem da sociedade. 
 
Anotações 
SEMANA 7 – Orações Coordenadas 
 
 
 
 
 
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VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta ConcorrênciaEXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 
 
Questão 1(Fatec - 2013) 
O labirinto dos manuais 
Há alguns meses troquei meu celular. Um modelo lindo, pequeno, 
prático. Segundo a vendedora, era capaz de tudo e mais um 
pouco. Fotografava, fazia vídeos, recebia e-mails e até servia para 
telefonar. Abri o manual, entusiasmado. “Agora eu aprendo”, 
decidi, folheando as 49 páginas. Já na primeira, tentei executar as 
funções. Duas horas depois, eu estava prestes a roer o aparelho. 
O manual tentava prever todas as possibilidades. Virou um labirinto 
de instruções! 
Na semana seguinte, tentei baixar o som da campainha. Só 
aumentava. Buscava o vibracall, não achava. Era só alguém me 
chamar e todo mundo em torno saía correndo, pensando que era o 
alarme de incêndio! Quem me salvou foi um motorista de táxi. 
— Manual só confunde – disse didaticamente. – Dá uma de 
curioso. 
Insisti e finalmente descobri que estava no vibracall há meses! O 
único problema é que agora não consigo botar a campainha de 
volta! 
Atualmente, estou de computador novo. Fiz o que toda pessoa 
minuciosa faria. Comprei um livro. Na capa, a promessa: “Rápido e 
fácil” – um guia prático, simples e colorido! Resolvi: “Vou seguir 
cada instrução, página por página. Do que adianta ter um 
supercomputador se não sei usá-lo?”. Quando cheguei à página 
20, minha cabeça latejava. O livro tem 342! Cada vez que olho, dá 
vontade de chorar! Não seria melhor gastar o tempo relendo 
Guerra e Paz? 
Tudo foi criado para simplificar. Mas até o micro-ondas ficou difícil. 
A não ser que eu queira fazer pipoca, que possui sua tecla própria. 
Mas não posso me alimentar só de pipoca! Ainda se 
emagrecesse... E o fax com secretária eletrônica? O anterior era 
simples. Eu apertava um botão e apagava as mensagens. O atual 
exige que eu toque em um, depois em outro para confirmar, e de 
novo no primeiro! Outro dia, a luzinha estava piscando. Tentei ouvir 
a mensagem. A secretária disparou todas as mensagens, desde o 
início do ano! 
Eu sei que para a garotada que está aí tudo parece muito simples. 
Mas o mundo é para todos, não é? Talvez alguém dê aulas para 
entender manuais! Ou o jeito seria aprender só aquilo de que tenho 
realmente necessidade, e não usar todas as funções. É o que a 
maioria das pessoas acaba fazendo! 
(Walcyr Carrasco, Veja SP, 19.09.2007. Adaptado) 
 
Entre as características que definem uma crônica, estão presentes 
no texto de Walcyr Carrasco 
a) a narração em 3ª pessoa e o uso expressivo da pontuação. 
b) a criação de imagens hiperbólicas e o predomínio do discurso 
direto. 
c) o emprego de linguagem acessível ao leitor e a abordagem de 
fatos do cotidiano. 
d) a existência de trechos cômicos e a narrativa restrita ao passado 
do autor. 
e) a ausência de reflexões de cunho pessoal e o emprego de 
linguagem em prosa poética. 
 
Questão 2 
 
Há um contraste irônico entre o título do conto e o seu 
desenvolvimento. As ideias essenciais desse contraste são: 
a) alegria - isolamento 
b) admiração - distorção 
c) ornamentação - inutilidade 
d) multiplicidade - contemplação 
 
Questão 3 
 
Aquele bêbado 
— Juro nunca mais beber — e fez o sinal da cruz com os 
indicadores. Acrescentou: — Álcool. 
O mais, ele achou que podia beber. Bebia paisagens, músicas de 
Tom Jobim, versos de Mário Quintana. Tomou um pileque de 
Segall. Nos fins de semana embebedava-se de índia Reclinada, de 
Celso Antônio. 
— Curou-se 100% de vício — comentavam os amigos. 
Só ele sabia que andava bêbado que nem um gambá. Morreu de 
etilismo abstrato, no meio de uma carraspana de pôr de sol no 
Leblon, e seu féretro ostentava inúmeras coroas de ex-alcoólatras 
anônimos. 
ANDRADE, C. D. Contos plausíveis. Rio de Janeiro: Record, 1991. 
 
A causa mortis do personagem, expressa no último parágrafo, 
adquire um efeito irônico no texto porque, ao longo da narrativa, 
ocorre uma 
a) metaforização do sentido literal do verbo “beber”. 
b) aproximação exagerada da estética abstracionista. 
c) apresentação gradativa da coloquialidade da linguagem. 
d) exploração hiperbólica da expressão “inúmeras coroas”. 
e) citação aleatória de nomes de diferentes artistas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CURSO ANUAL DE GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO 
Prof. Cláudio Neves 
VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência 
 
ANÁLISE SINTÁTICA – SEMANA 8 
ORAÇÕES SUBORDINADAS 
São aquelas que cumprem uma função sintática na oração 
principal. 
Ex: É preciso que tudo dê certo. (A oração sublinhada cumpre 
papel de sujeito da oração “é preciso”) 
Ex: Preciso que me contes o ocorrido. (A oração sublinhada 
cumpre papel de objeto direto da oração “Preciso”) 
As orações subordinadas se dividem em três grupos: 
1) Substantivas – cumprem papel de sujeito, objeto (direto e 
indireto), complemento nominal, predicativo, aposto ou agente da 
passiva. Equivalem a um termo substantivo e podem ser 
substituídas por ISSO. São introduzidas por uma conjunção 
integrante. 
2) Adjetivas – cumprem papel de adjunto adnominal e estão 
sempre ligadas a um substantivo. São introduzidas por um 
pronome relativo. 
3) Adverbiais – cumprem papel de adjunto adverbial transmitem a 
mesma ideia que esse termo: causa, concessão, condição, tempo, 
consequência, finalidade, proporção, conformidade, modo e 
comparação. 
Cabe lembrar que nem sempre as orações subordinadas 
apresentam-se na forma desenvolvida (introduzidas por uma 
conjunção). Há também a forma reduzida, em que não há a 
conjunção, e sim uma forma nominal do verbo (infinitivo, gerúndio 
ou particípio). 
Falaremos disso mais à frente, quando estudarmos os diferentes 
tipos e subtipos das orações subordinadas. Vejamos, contudo, 
como ficariam, na forma reduzida, os exemplos apresentados na 
abertura do capítulo: 
Ex: 
É preciso que tudo dê certo. (Forma desenvolvida, ou seja, com a 
conjunção QUE) 
É preciso dar tudo certo. (Na forma reduzida, sai a conjunção, e 
aparece a forma nominal infinitiva do verbo “dar”) 
Ex: 
Preciso que me contes o ocorrido. (Forma desenvolvida, ou seja, 
com a conjunção QUE) 
Preciso me contares do ocorrido. (Na forma reduzida, sai a 
conjunção, e aparece a forma nominal do infinitivo pessoal do 
verbo “contar”) 
Outro exemplo: 
Se eu chegar cedo, abrirei a loja. (Forma desenvolvida, ou seja, 
com a conjunção adverbial condicional SE) 
Chegando cedo, abrirei a loja. (Na forma reduzida, sai a conjunção 
SE, e aparece a forma nominal do gerúndio do verbo “chegar”) 
CLASSIFICAÇÃO DAS ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS 
Vamos estudar agora os três primeiros tipos de orações 
substantivas. 
a) Subjetiva 
É subjetiva quando exerce a função sintática de sujeito do verbo 
da oração principal. Observe: 
É fundamental o seu comparecimento à reunião. 
 Sujeito 
 É fundamental que você compareça à reunião. 
Oração Principal Oração Subordinada Substantiva Subjetiva 
Atenção: 
Observe que a oração subordinada substantiva pode ser 
substituída pelo pronome " isso". Assim, temos um período 
simples: 
É fundamental isso ou Isso é fundamental. 
Dessa forma, a oração correspondente a "isso" exercerá a função 
de sujeito. 
Veja algumas estruturas típicas que ocorrem na oração principal: 
1- Verbos de ligação + predicativo, em construções do tipo: 
 
É bom - É útil - É conveniente - É certo - Parece certo - É claro - 
Está evidente - Está comprovado 
Por Exemplo: 
É bom que você compareça à minha festa. 
2- Expressões na voz passiva, como: 
 
Sabe-se - Soube-se - Conta-se - Diz-se - Comenta-se - É sabido 
- Foi anunciado - Ficou provado 
Por Exemplo: 
Sabe-se que Aline não gosta de Pedro. 
3- Verbos como: 
 
convir - cumprir - constar - admirar - importar - ocorrer - 
acontecer 
Por Exemplo: 
Convém que não se atrasena entrevista. 
Obs.: quando a oração subordinada substantiva é subjetiva, o 
verbo da oração principal está sempre na 3ª. pessoa do 
singular. 
b) Objetiva Direta 
A oração subordinada substantiva objetiva direta exerce função 
de objeto direto do verbo da oração principal. 
Por Exemplo: 
Todos querem sua aprovação no vestibular. 
 Objeto Direto 
Todos querem / que você seja aprovado. ( = Isso) 
Or. Principal Oração Subordinada Substantiva Objetiva Direta 
As orações subordinadas substantivas objetivas diretas desenvolvi-
-das são iniciadas por: 
1- Conjunções integrantes "que" (às vezes elíptica) e "se": 
Por Exemplo: 
A professora verificou se todos alunos estavam presentes. 
2- Pronomes indefinidos que, quem, qual, quanto (às vezes 
regidos de preposição), nas interrogações indiretas: 
Por Exemplo: 
O pessoal queria saber quem era o dono do carro importado. 
SEMANA 8 – Orações Subordinadas I 
 
 
 
 
 
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3- Advérbios como, quando, onde, por que, quão (às vezes 
regidos de preposição), nas interrogações indiretas: 
Por Exemplo: 
Eu não sei por que ela fez isso. 
Orações Especiais 
Com os verbos deixar, mandar, fazer (chamados auxiliares 
causativos) e ver, sentir, ouvir, perceber(chamados auxiliares 
sensitivos) ocorre um tipo interessante de oração subordinada 
substantiva objetiva direta reduzida de infinitivo. Observe: 
Deixe-me repousar. 
Mandei-os sair. 
Ouvi-o gritar. 
Nesses casos, as orações destacadas são todas objetivas diretas 
reduzidas de infinitivo. E, o que é mais interessante, os pronomes 
oblíquos atuam todos como sujeitos dos infinitivos verbais. Essa é 
a única situação da língua portuguesa em que um pronome oblíquo 
pode atuar como sujeito. Para perceber melhor o que ocorre, 
convém transformar as orações reduzidas em orações 
desenvolvidas: 
Deixe que eu repouse. 
Mandei que eles saíssem. 
Ouvi que ele gritava. 
Nas orações desenvolvidas, os pronomes oblíquos foram 
substituídos pelas formas retas correspondentes. É fácil 
compreender agora que se trata, efetivamente, dos sujeitos das 
formas verbais das orações subordinadas. 
c) Objetiva Indireta 
A oração subordinada substantiva objetiva indireta atua 
como objeto indireto do verbo da oração principal. Vem precedida 
de preposição. 
Por Exemplo: 
Meu pai insiste em meu estudo. 
 Objeto Indireto 
Meu pai insiste / em que eu estude. (Meu pai insiste nisso) 
 Oração Subordinada Substantiva Objetiva 
 Indireta 
Obs.: em alguns casos, a preposição pode estar elíptica na 
oração. 
 
Por Exemplo: 
Marta não gosta (de) que a chamem de senhora. 
 Oração Subordinada 
 Substantiva Objetiva Indireta 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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CURSO ANUAL GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO – (Prof. Cláudio Neves) 
EXERCÍCIOS DE APRENDIZAGEM 
 
Questão 01 (FCE-SP) 
"Os homens sempre se esquecem de que somos todos mortais." A oração destacada é: 
a) substantiva completiva nominal 
b) substantiva objetiva indireta 
c) substantiva predicativa 
d) substantiva objetiva direta 
e) substantiva subjetiva 
 
Questão 02 
Procurando se ater ao código ora exposto, relacione a segunda coluna de acordo com a primeira: 
a – (A) oração subordinada objetiva direta 
b – (B) oração subordinada completiva nominal 
c – (C) oração subordinada objetiva indireta 
d – (D) oração subordinada subjetiva 
e – (E) oração subordinada predicativa 
( ) Ninguém desconfiava de que as decisões já estavam tomadas. 
( ) Chegamos à conclusão de que nosso passeio não acontecerá. 
( ) O problema é que não confio em você. 
( ) O barulho constante não permite que os moradores vivam tranquilos. 
( ) Decidiram-se que as novas mercadorias teriam um novo valor. 
 
Questão 03 
Só não funciona como sujeito da oração principal a subordinada da alternativa: 
a) É claro que eles virão. 
b) Acontece que ela mentiu. 
c) Sabe-se que é um golpe de mestre. 
d) O fato é que tudo morre. 
e) Pelo visto, parece que vai chover muito. 
 
Questão 04 
Há oração subordinada substantiva subjetiva em: 
a) Veja se está tudo em ordem. 
b) Pergunta quem era aquela jovem. 
c) Que ele não compareceu, todos souberam. 
d) É necessário que tenhamos muita paciência. 
e) Ainda não sei se chegaremos a tempo. 
 
Questão 05 
“Parecia que a ventania queria levar a cidade.” 
No período acima, a oração subordinada é: 
a) substantiva objetiva direta. 
b) substantiva subjetiva. 
c) adjetiva explicativa. 
d) substantiva predicativa. 
e) substantiva completiva nominal. 
 
Questão 06 
“Nem sempre se professou que a terra fosse redonda.” No texto, a oração destacada que é: 
a) substantiva objetiva direta. 
b) substantiva predicativa. 
c) substantiva objetiva indireta 
d) substantiva subjetiva. 
e) substantiva completiva nominal. 
 
Questão 07 
Na frase “Aposto que você nunca colou nas provas.”, a subordinada é: 
a) substantiva objetiva direta. 
b) substantiva completiva nominal. 
Anotações 
SEMANA 8 – Orações Subordinadas I 
 
 
 
 
 
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c) substantiva predicativa. 
d) substantiva apositiva. 
e) substantiva subjetiva. 
 
Questão 08 
As orações destacadas estão corretamente classificadas, exceto na alternativa: 
a) Meu desejo é que te saias bem. (subordinada substantiva predicativa) 
b) Digo que tens receio de que ele não volte. (subordinada substantiva subjetiva) 
c) Convença-o de que ele deve voltar. (subordinada substantiva objetiva indireta) 
d) Tenho medo de que essa epidemia se alastre. (subordinada substantiva completiva nominal) 
e) Acho que já entendi esse assunto. (subordinada substantiva objetiva direta) 
 
Questão 09 
No seguinte grupo de orações sublinhadas: 
É bom que estejas entendendo. / Não esqueças que somos privilegiados. 
Temos orações subordinadas respectivamente: 
a) objetiva direta, subjetiva. 
b) subjetiva, objetiva direta. 
c) objetiva direta, completiva nominal. 
d) subjetiva, predicativa. 
e) predicativa, objetiva direta. 
 
Questão 10 (F. Objetivo-SP) 
No período: "É necessário que todos se esforcem", a oração destacada é: 
a) substantiva objetiva direta 
b) substantiva objetiva indireta 
c) substantiva completiva nominal 
d) substantiva subjetiva 
e) substantiva predicativa 
 
 
Anotações 
 
 
 
 
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CURSO ANUAL GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO – (Prof. Cláudio Neves) 
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 
 
Questão 01 (UFV-MG) 
As orações subordinadas substantivas que aparecem nos períodos 
abaixo são todas subjetivas, exceto: 
a) Decidiu-se que o petróleo subiria de preço. 
b) É muito bom que o homem, vez por outra, reflita sobre sua vida. 
c) Ignoras quanto custou meu relógio? 
d) Perguntou-se ao diretor quando seríamos recebidos. 
e) Convinha-nos que você estivesse presente à reunião 
 
Questão 02 (TJ – SP) 
“É importante que todos participem da reunião”. O segmento que 
todos participem da reunião, em relação a é importante, é uma 
oração subordinada: 
a) adjetiva com valor restritivo. 
b) substantiva com função de sujeito. 
c) substantiva com função de objeto direto. 
d) adverbial com valor condicional. 
e) substantiva comfunção predicativa. 
 
Questão 03 (FESP-SP) 
Observe: 
I. Convém que todos participem. 
II. Fique quieto, pois está incomodando. 
III. Amou daquela vez como se fosse a última. 
IV. Machado de Assis, que escreveu Dom Casmurro, fundou a 
Academia Brasileira de Letras. 
 
Assinale a alternativa que não corresponde à classificação das 
orações em destaque: 
a) No item I, oração subordinada substantiva objetiva direta. 
b) No item II, a oração subordinada sindética explicativa. 
c) No item III, oração subordinada adverbial comparativa. 
d) No item IV, oração subordinada adjetiva explicativa. 
 
Questão 04 (FGV-SP) 
"Nota-se facilmente que nunca perceberam o papel secundário 
que exerciam naquele período." A oração em destaque é: 
a) substantiva objetiva direta 
b) substantiva completiva nominal 
c) substantiva predicativa 
d) substantiva subjetiva 
e) n.d.a. 
 
Questão 05 (UFCE) 
Identifique o período em que a oração destacada exerce a função 
de sujeito. 
a) É possível que a prova seja adiada. 
b) Consta que a prova foi adiada. 
c) Não acredito que haja adiamento da prova. 
d) Se a prova for adiada, ficaremos decepcionado. 
e) Só irei embora quando se confirmar o adiamento da prova. 
 
Questão 06 (UFAC) 
No período "Enfim resolveu o Leão sair para fazer sua pesquisa, 
verificar se ainda era o Rei dos Animais", a oração em destaque é: 
a) subordinada adverbial condicional 
b) subordinada substantiva objetiva indireta 
c) subordinada adverbial concessiva 
d) subordinada substantiva objetiva direta 
e) subordinada substantiva predicativa 
 
Questão 07 (UFAL) 
O pai acabou de convencer o filho de que era preciso um esforço 
maior. 
A oração destacada no período acima classifica-se como 
subordinada: 
a) substantiva objetiva direta 
b) adjetiva restritiva 
c) substantiva predicativa 
d) substantiva completiva nominal 
e) substantiva objetiva indireta 
 
Questão 08 (UFAM) 
A frase em que ocorre oração substantiva subjetiva é: 
a) Haverá ainda esperança de que a Terra se torne azul? 
b) Certo astronauta declarou isto: a Terra é azul. 
c) Creiamos que a Terra é mesmo azul. 
d) Já se afirmou que a Terra é azul. 
e) Quem nos dera que a Terra fosse azul. 
 
Questão 09 (UA-AM) 
Dadas as frases: 
I. Percebe-se que a debatedora estava muito bem preparada. 
II. Os operários eram favoráveis a que alterassem todo o 
regimento interno da imprensa. 
III. O candidato oferecia muitas vantagens a quem votasse nele. 
 
As orações subordinadas substantivas destacadas classificam-se 
respectivamente como: 
a) objetiva direta/objetiva indireta/completiva nominal 
b) objetiva direta/objetiva indireta/predicativa 
c) subjetiva/completiva nominal/objetiva indireta 
d) predicativa/predicativa/objetiva direta 
e) objetiva direta/completiva nominal/objetiva indireta 
SEMANA 8 – Orações Subordinadas I 
 
 
 
 
 
91 
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INTERPRETAÇÃO TEXTUAL 
OS GÊNEROS ALEGÓRICOS 
O que é alegoria? 
 
 
 
A Alegoria da Caverna, apresentada pelo filosofo grego Platão em 
uma de suas obras mais importantes, A República, seria parte de 
um diálogo entre Glauco, o irmão de Platão, e Sócrates, o mentor 
de Platão, narrada pelo próprio Sócrates. Quando relacionada com 
o capítulo que a sucede, Analogia da Linha Dividida, e com o 
capítulo que a antecede, Analogia do Sol, a Alegoria da Caverna é 
entendida como tratando da percepção do mundo a nossa volta. 
De acordo com a apresentação de Platão, Sócrates teria 
respondido aos questionamentos de Glauco, quanto a influência da 
educação na natureza humana, descrevendo um aglomerado de 
pessoas que tem vivido acorrentadas desde a infância, encarando 
uma parede vazia, incapazes de ver uns aos outros ou a si 
mesmos. Estas pessoas assistem sombras projetadas na parede 
vazia, sombras de coisas passando em frente ao fogo atrás delas, 
e começam a dar nomes a estas sombras. Entre as pessoas e o 
fogo há uma pequena parede, que impede que os acorrentados 
vejam aqueles que passam em frente ao fogo, carregando objetos, 
mas vejam apenas os objetos se movendo, como em um teatro de 
fantoches. Ainda, os sons vindos de fora ecoam pelas paredes da 
caverna, fazendo com que os acorrentados pensem tratarem-se de 
sons produzidos pelos objetos que parecem mover-se sozinhos. 
O fato real é que há pessoas carregando objetos por trás de uma 
parede, em frente ao fogo, mas o que as pessoas acorrentadas 
veem é algo muito diferente disto, as sombras dos objetos que 
parecem mover-se sozinhos são o mais próximo que estas 
pessoas podem chegar de ver e conhecer a realidade. 
Questionado por Glauco sobre como este caso se aplica ao nosso 
mundo, Sócrates procede a explicação de como uma destas 
pessoas, liberto das correntes, poderia ser capaz de começar a 
perceber que as sombras não constituem a realidade em absoluto, 
percebendo a verdadeira forma da realidade, para além de sua 
representação em forma de sombra projetada na parede. Se isto 
lhes fosse narrado, não seriam capazes sequer de compreender, 
pois não conhecem a forma humana ou os sons produzidos por 
humanos. 
Referências bibliográficas: 
PLATÃO. A República. (trad. Enrico Corvisieri) São Paulo: Nova 
Cultural, 1999. (Col. Os Pensadores). 
SCHNEIDER; ALBERTO LAÍNO. Filosofia da Educação. 20. ed. 
Curitiba: Lbpex, 2008. 
SPINELLI, Miguel. Questões Fundamentais da Filosofia 
Grega. São Paulo. Loyola, 2006, p. 278ss. 
http://www.infoescola.com 
Os gêneros alegóricos 
1) Fábula: texto literário muito comum na literatura infantil. 
Fabular= criar, inventar, mentir. A linguagem utilizada é simples e 
tem como diferencial o uso de personagens animais com 
características humanas. Durante a fábula é feita uma analogia 
entre a realidade humana e a situação vivida pelas personagens, 
com o objetivo de ensinar algo ou provar alguma verdade 
estabelecida (lição moral). • Utiliza personagens animais com características, personalidade 
e comportamento semelhantes aos dos seres humanos. • O fato narrado é algo fantástico, não corriqueiro ou inusitado. 
2) Parábola: deriva do grego parabole (narrativa curta). É 
uma narração alegórica que se utiliza de situações e pessoas para 
comparar a ficção com a realidade e através dessa comparação 
transmitir uma lição de sabedoria (a moral da história). • A parábola transmite uma lição ética através de uma prosa 
metafórica, de uma linguagem simbólica. • Diferencia-se da fábula e do Apólogo por ser protagonizada por 
seres humanos. • Gênero muito comum na Bíblia: As parábolas de Jesus. 
3) Apólogo: Gênero alegórico que ilustra um ensinamento de vida 
através de situações semelhantes às reais, envolvendo pessoas, 
objetos ou animais, seres animados ou inanimados. • Os apólogos têm o objetivo de atingir os conceitos humanos de 
forma que os modifique e reforme, levando-os a agir de maneira 
diferente. Os exemplos são utilizados para ajudar a modificar 
 
 
 
 
 92 
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CURSO ANUAL GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO – (Prof. Cláudio Neves) 
conceitos e comportamentos humanos, de ordem moral e social. • Diferencia-se da fábula por se concentrar mais em situações 
reais, enquanto a fábula dá preferência a situações fantásticas, e 
também pelo fato de a fábula se utilizar de animais como 
personagens. • Diferencia-se da parábola pois esta trata de questões religiosas 
e lições éticas, enquanto o apólogo fala de qualquer tipo de lição 
de vida, mesmo que esta não seja a que é adotada pela maioria 
como a maneira correta de agir. 
OBS: 
Hegel considera-a uma forma de parábola: “Pode-se considerar o 
apólogo como uma parábola que não utiliza apenas, e a título de 
analogia, um caso particular a fim de tornar perceptível uma 
significação geral de tal modoque ela fica realmente contida no 
caso particular que, no entanto, só é narrado a título de exemplo 
especial.” 
(Estética, II, 2c, Guimarães Editores, Lisboa, 1993, p.223). 
http://www.infoescola.com 
O galo e a pérola 
Andava um Galo a esgravatar no chão, para achar migalhas ou 
bichos que comer, quando encontrou uma pérola. Exclamou: 
– Ah, se te achasse um joalheiro! A mim porém de que vales? 
Antes uma migalha ou alguns grãos de cevada. 
Dito isto, foi-se embora em busca de alimento. 
Moral da história: Os ignorantes, desprezando os ensinamentos 
proveitosos e a doutrina moral que sob as Fábulas se esconde, 
fazem o que fez este Galo; buscam coisas sem valor, cevada e 
migalhinhas. 
O lobo e o cordeiro 
Estava um Lobo a beber água num ribeiro, quando avistou um 
Cordeiro que também bebia da mesma água, um pouco mais 
abaixo. Mal viu o Cordeiro, o Lobo foi ter com ele de má cara, 
arreganhando os dentes. 
— Como tens a ousadia de turvar a água onde eu estou a beber? 
Respondeu o cordeiro humildemente: 
— Eu estou a beber mais abaixo, por isso não te posso turvar a 
água. 
— Ainda respondes, insolente! — retorquiu o lobo ainda mais 
colérico. — Já há seis meses o teu pai me fez o mesmo. 
Respondeu o Cordeiro: 
— Nesse tempo, Senhor, ainda eu não era nascido, não tenho 
culpa. 
— Sim, tens — replicou o Lobo —, que estragaste todo o pasto do 
meu campo. 
— Mas isso não pode ser — disse o Cordeiro —, porque ainda não 
tenho dentes. 
O Lobo, sem mais uma palavra, saltou sobre ele e logo o degolou e 
comeu. 
Moral da história: Claramente se mostra nesta Fábula que 
nenhuma justiça nem razões valem ao inocente para o livrarem das 
mãos de um inimigo poderoso e desalmado. Há poucas cidades ou 
vilas onde não haja estes Lobos que, sem causa nem razão, 
matam o pobre e lhe chupam o sangue, apenas por ódio ou má 
inclinação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SEMANA 8 – Orações Subordinadas I 
 
 
 
 
 
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EXERCÍCIOS DE APRENDIZAGEM 
 
Questão 01 (ENEM 2005) 
 
 
 
As tiras ironizam uma célebre fábula e a conduta dos governantes. Tendo como referência o estado 
atual dos países periféricos, pode-se afirmar que nessas histórias está contida a seguinte ideia: 
a) crítica à precária situação dos trabalhadores ativos e aposentados. 
b) necessidade de atualização crítica de clássicos da literatura. 
c) menosprezo governamental com relação a questões ecologicamente corretas. 
d) exigência da inserção adequada da mulher no mercado de trabalho. 
e) aprofundamento do problema social do desemprego e do subemprego. 
 
Questão 02 
Os gêneros textuais estão vinculados à nossa vida social e organizam nossas atividades 
comunicativas. Todo texto pertence a um gênero, como o que segue: 
 
Escritores jovens para jovens leitores 
Fábulas para o Ano 2000 
(Rodrigo Lacerda e Gustavo Martins; Ilustrações de Paulo Batista; 80 p.; Lemos Editorial; 0800-
177899; 10 reais) 
 
Novos autores sempre surgem, mas autores novíssimos são bem mais raros. Gustavo Martins tem 
apenas 15 anos e, antes que você se espante com isso, é bom lembrar que ele publicou seu primeiro 
livro aos 8 anos, o que lhe valeu uma menção no Guinness, o livro dos recordes. Rodrigo Lacerda, de 
29 anos, convenhamos, também é um jovem autor se comparado, por exemplo, aos medalhões da 
Academia de Letras. Mas o que interessa mesmo é que ambos fazem ótima literatura. Estas fábulas 
são a melhor prova disso. Com talento e bom humor, eles adaptaram histórias tradicionais, como A 
Princesa e o Sapo ou Os Três Porquinhos, aos tempos modernos. O resultado foi uma espécie de 
cyber-conto-de-fadas, onde uma rã transforma-se em princesa e casa-se com um metaleiro ou três 
porquinhos sem-terra encaram um lobo latifundiário. Para manter o espírito edificante, os autores não 
abriram mão da famosa "moral da história" no final de cada conto. Um exemplo: "Os Powers Rangers 
podem até vencer o monstrão, desde que ele não tenha um bom advogado". Moderníssimo. 
Fonte: Disponível em: <http://galileu.globo.com/edic/91/cultura> 
Acesso em 30 de out. 2014. 
Anotações 
 
 
 
 
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CURSO ANUAL GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO – (Prof. Cláudio Neves) 
Assinale a alternativa que CORRETAMENTE classifica o gênero do texto lido. 
a) Sinopse porque é um tipo de resumo, comum em jornais e revistas, que apresenta um comentário 
breve de um produto cultural, em períodos sintéticos. 
b) Resumo porque apresenta o conteúdo de um livro de forma sintética, destacando as informações 
essenciais, sem apresentar valoração crítica. 
c) Resenha porque apresenta uma descrição resumida e uma valoração crítica a respeito de um 
produto cultural, no caso um livro. 
d) Relatório porque é um documento que expõe resultados de uma atividade de pesquisa, de um 
experimento, de um evento, de uma visita, de um projeto etc. 
e) Sumário porque é a enumeração das principais divisões, seções e outras partes de um documento, 
na mesma ordem em que a matéria nele se sucede. 
 
Leia o texto e a charge e responda às questões de 3 a 6. 
 
Pau de Dois Bicos 
par Um morcego estonteado pousou certa vez no ninho da coruja, e ali ficaria de dentro se a coruja ao 
regressar não investisse contra ele. 
par – Miserável bicho! Pois te atreves a entrar em minha casa, sabendo que odeio a família dos ratos? 
par – Achas então que sou rato? Não tenho asas e não voo como tu? Rato, eu? Essa é boa!... 
par A coruja não sabia discutir e, vencida de tais razões, poupou-lhe a pele. 
Dias depois, o finório morcego planta-se no casebre do gato-do-mato. O gato entra, dá com ele e chia 
de cólera. 
par – Miserável bicho! Pois te atreves a entrar em minha toca, sabendo que detesto as aves? 
par – E quem te disse que sou ave? - retruca o cínico - sou muito bom bicho de pelo, como tu, não 
vês? 
par – Mas voas!... 
par – Voo de mentira, por fingimento... 
par – Mas tem asas! 
par – Asas? Que tolice! O que faz a asa são as penas e quem já viu penas em morcego? Sou animal 
de pelo, 
dos legítimos, e inimigo das aves como tu. Ave, eu? É boa... 
par O gato embasbacou, e o morcego conseguiu retirar-se dali são e salvo. 
 
Moral da Estória: 
O segredo de certos homens está nesta política do morcego. É vermelho? Tome vermelho. É branco? 
Viva o 
branco! 
(MONTEIRO LOBATO, José Bento. Fábulas. 45. ed. São Paulo: Brasiliense, 1993. p. 49.) 
 
 
 
(SASSÁ. Jornal de Londrina, Londrina, 23 jul. 2010. p. 2.) 
 
Questão 03 
O texto Pau de dois bicos é uma fábula, 
a) pelo predomínio do discurso direto, com consequente apagamento da figura do narrador. 
b) pois o tempo cronológico é marcado pela expressão “certa vez” e pelos verbos no passado. 
c) pois apresenta trama pouco definida e trata de problemas cotidianos imediatos, o que lhe confere 
caráter jornalístico. 
d) por utilizar elemento fantástico, como o fato de os animais falarem, para refletir sobre problemas 
humanos. 
e) por resgatar a tradição alegórica de representação de seres heroicos que encarnam forças da 
natureza. 
Anotações 
SEMANA 8 – Orações Subordinadas I 
 
 
 
 
 
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Questão 04 
Considerando o trecho em negrito no texto Pau de dois bicos, assinale a alternativa correta. Nos dois 
casos, a palavra “mas” 
a) opõe-se ao argumento “sou muito bom bicho de pelo”. 
b) revela a causa do “voo de mentira”. 
c) expressa a consequência dos fatos narrados. 
d) marca a condição do “voo de mentira”. 
e) explica o argumento “sou muito bom bicho de pelo”.Questão 05 
A charge de Sassá refere-se a um problema que afeta a cidade de Londrina e muitas outras cidades 
brasileiras: 
o risco de contrair doenças transmitidas pelas pombas que vivem na região urbana. O que permite ao 
morcego, da fábula, e à pomba, da charge, disfarçarem sua condição é 
a) o fato de suplicarem pela vida e pela misericórdia de seus inimigos. 
b) a postura corporal, visto que um imita o comportamento do outro. 
c) o uso de recursos argumentativos presentes na fala. 
d) a confiança na consciência ambiental dos interlocutores. 
e) a esperteza simbolicamente atribuída a esses animais. 
 
Questão 06 
A hesitação do gato, na fábula, e do caçador, na charge, deve-se 
a) à contradição existente entre a fala do morcego e a da pomba e suas características físicas. 
b) à tentativa frustrada do morcego e da pomba em disfarçarem sua condição apelando para o 
fingimento e a mentira. 
c) ao medo de serem agredidos pelas garras afiadas do morcego e pelo bico semiaberto da pomba. 
d) à aversão do gato e do caçador em relação à aparência física dos morcegos. 
e) à postura submissa da pomba e do morcego diante dos olhares arregalados do caçador e do gato. 
 
Anotações 
 
 
 
 
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CURSO ANUAL GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO – (Prof. Cláudio Neves) 
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 
 
Leia o texto a seguir para resolver as questões propostas. 
 
Um Apólogo 
 
Era uma vez uma agulha, que disse a um novelo de linha: 
— Por que está você com esse ar, toda cheia de si, toda 
enrolada, para fingir que vale alguma cousa neste mundo? 
— Deixe-me, senhora. 
— Que a deixe? Que a deixe, por quê? Porque lhe digo que está 
com um ar insuportável? Repito que sim, e falarei sempre que 
me der na cabeça. 
— Que cabeça, senhora? A senhora não é alfinete, é agulha. 
Agulha não tem cabeça. Que lhe importa o meu ar? Cada qual tem 
o ar que Deus lhe deu. Importe-se com a sua vida e deixe a dos 
outros. 
— Mas você é orgulhosa. 
— Decerto que sou. 
— Mas por quê? 
— É boa! Porque coso. Então os vestidos e enfeites de nossa ama, 
quem é que os cose, senão eu? 
— Você? Esta agora é melhor. Você é que os cose? Você ignora 
que quem os cose sou eu, e muito eu? 
— Você fura o pano, nada mais; eu é que coso, prendo um pedaço 
ao outro, dou feição aos babados... 
— Sim, mas que vale isso? Eu é que furo o pano, vou adiante, 
puxando por você, que vem atrás obedecendo ao que eu faço e 
mando... 
— Também os batedores vão adiante do imperador. 
— Você é imperador? 
— Não digo isso. Mas a verdade é que você faz um papel 
subalterno, indo adiante; vai só mostrando o caminho, vai 
fazendo o trabalho obscuro e ínfimo. Eu é que prendo, ligo, 
ajunto... 
Estavam nisto, quando a costureira chegou à casa da baronesa. 
Não sei se disse que isto se passava em casa de uma baronesa, 
que tinha a modista ao pé de si, para não andar atrás dela. 
Chegou a costureira, pegou do pano, pegou da agulha, pegou 
da linha, enfiou a linha na agulha, e entrou a coser. Uma e 
outra iam andando orgulhosas, pelo pano adiante, que era a 
melhor das sedas, entre os dedos da costureira, ágeis como os 
galgos de Diana  para dar a isto uma cor poética. E dizia a 
agulha: 
— Então, senhora linha, ainda teima no que dizia há pouco? Não 
repara que esta distinta costureira só se importa comigo; eu é 
que vou aqui entre os dedos dela, unidinha a eles, furando abaixo 
e acima... 
A linha não respondia nada; ia andando. Buraco aberto pela 
agulha era logo enchido por ela, silenciosa e ativa, como quem 
sabe o que faz, e não está para ouvir palavras loucas. A agulha, 
vendo que 
ela não lhe dava resposta, calou-se também, e foi andando. E era 
tudo silêncio na saleta de costura; 
não se ouvia mais que o plic-plic-plic-plic da agulha no pano. 
Caindo o sol, a costureira dobrou a costura, para o dia seguinte; 
continuou ainda nesse e no outro, até que no quarto acabou a 
obra, e ficou esperando o baile. 
Veio a noite do baile, e a baronesa vestiu-se. A costureira, que a 
ajudou a vestir-se, levava a agulha espetada no corpinho, para 
dar algum ponto necessário. E enquanto compunha o vestido da 
bela dama, e puxava a um lado ou outro, arregaçava daqui ou 
dali, alisando, abotoando, acolchetando, a linha, para mofar da 
agulha, perguntou-lhe: 
— Ora, agora, diga-me, quem é que vai ao baile, no corpo da 
baronesa, fazendo parte do vestido e da elegância? Quem é que 
vai dançar com ministros e diplomatas, enquanto você volta para a 
caixinha da costureira, antes de ir para o balaio das mucamas? 
Vamos, diga lá. 
Parece que a agulha não disse nada; mas um alfinete, de cabeça 
grande e não menor experiência, murmurou à pobre agulha: — 
Anda, aprende, tola. Cansas-te em abrir caminho para ela e ela é 
que vai gozar da vida, enquanto aí ficas na caixinha de costura. 
Faze como eu, que não abro caminho para ninguém. Onde me 
espetam, fico. 
Contei esta história a um professor de melancolia, que me 
disse, abanando a cabeça: — Também eu tenho servido de agulha 
a muita linha ordinária! 
ASSIS, Machado de. Contos. 18. ed. São Paulo: Ática, 1997. p. 89-90. 
 
Apólogo: Gênero que expressa uma verdade moral em forma de 
fábula. (N.E.) 
Galgos = cães ágeis. 
Diana: Era a deusa da caça entre os romanos. Armada de arco, 
Diana vivia nas matas protegendo a caça, acompanhada por seus 
cães. (N.E.) 
 
Questão 01 
Todas as proposições referem-se ao texto. Assinale a(s) 
VERDADEIRA(S). 
01. O título nomeia um gênero literário, sendo que, nessa 
narrativa, aparecem objetos que se personificam, assumindo os 
cargos dos nobres. 
02. Há um tratamento desigual entre os personagens no diálogo. 
Os pronomes de tratamento empregados por eles são: senhora, 
você, imperador e baronesa. 
04. “Chegou a costureira, pegou do pano, pegou da agulha, pegou 
da linha, enfiou a linha na agulha, e entrou a coser.” Há, nesse 
período composto por coordenação, o seguinte: anáfora, um verbo 
(abundante quanto à flexão verbal)  repetido mais de duas vezes  e uma palavra homônima homófona de cozer. 
08. No parágrafo do texto de Machado de Assis que principia com 
“A linha não respondia nada,...” (linhas 53 – 63) não existe o 
ruído da voz humana, nem o diálogo entre personagens, 
entretanto fica clara a presença de onomatopéia, de verbos na 
forma nominal do gerúndio e de um substantivo diminutivo 
formado por derivação sufixal. 
16. A obra terminada pela costureira da baronesa não tinha 
botões e destinava-se a agasalhar a “bela dama” para a festa 
noturna na qual a música é entoada, enquanto o corpo entra em 
movimento ritmado, tão informal quanto as festas funks dos 
jovens de 2001. 
32. A agulha concorda com a linha, confirmando ser ela  a 
linha  a única responsável por prender um pedaço do tecido ao 
outro. 
64. A expressão sublinhada, a seguir, retirada do texto, tem 
como sinônimo o que está após o sinal de igualdade: “Mas a 
verdade é que você faz um papel subalterno, indo adiante; vai só 
mostrando o caminho, ...” = você faz uma atividade sob a 
própria orientação ... 
SEMANA 8 – Orações Subordinadas I 
 
 
 
 
 
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Questão 02 
O fragmento do texto 2, desde “Era uma vez ...” até “... deixe a 
dos outros.” (linhas 01-14), tem  sublinhadas  certas 
palavras que estão abaixo relacionadas em três colunas distintas. 
Observe: 
Coluna 1 Coluna 2 Coluna 3 
que 
me 
você 
a 
lhe 
 ar 
para 
de 
por 
com 
 linha 
agulha 
novelo 
mundo 
cheia 
Assinale a(s) proposição(ões) VERDADEIRA(S), de acordo com o 
enunciado acima. 
01. Na coluna1, existe em negrito uma palavra que não pertence à 
classe gramatical de pronome. 
02. Na coluna 2, há uma palavra em negrito que não pertence à 
classe morfológica dos outros exemplos da relação dada. 
04. Na coluna 3, a palavra cheia não faz parte da relação da 
classe gramatical dessa coluna, por ser um adjetivo. 
08. Na coluna 2 e na 3, as palavras em negrito não pertencem à 
classe morfológica dos outros exemplos de cada uma dessas 
relações. 
16. Na coluna 1 a palavra em negrito não pertence à classe 
morfológica dos outros exemplos dessa relação. 
32. As palavras em negrito, nas três colunas, não são exemplos de 
classes gramaticais. 
 
Questão 03 
Quanto à tipologia, podemos classificar o texto acima como uma 
a) crônica narrativa, pois tenta captar um instante do cotidiano. 
b) narração em forma de um apólogo, pois seus personagens são 
seres inanimados que representam tipos humanos. 
c) descrição em forma de fábula, pois seus personagens 
representam tipos humanos. 
d) dissertação, pois discorre sobre um determinado tema. 
 
Questão 04 
Pode-se afirmar sobre o texto, exceto que 
a) foi escrito no século XIX é uma crítica mordaz aos costumes, à 
superficialidade e ao estilo de vida já naqueles tempos idos. 
b) através da personificação de objetos inanimados, Machado de 
Assis compõe o seu texto de acordo com a visão romântica e 
idealizada do mundo e das pessoas. 
c) o “professor de melancolia” representa uma figura altamente 
imagética no conto: um ser que ensina tristeza, pessimismo e 
sensação de ser explorado. 
d) o alfinete representa o tipo acomodado que só faz o que lhe 
compete: não coopera e não trabalha em equipe; fica no seu posto 
sem se importar com os outros. 
 
Questão 05 
Não se pode depreender do texto que 
a) a agulha e a linha simbolizam a dificuldade humana de 
cooperação e reconhecimento do trabalho alheio. 
b) a caixinha da costureira e o balaio da mucamas seriam os 
lugares reservados aos subalternos. 
c) os ministros, os diplomatas e o professor de melancolia são 
personagens essenciais ao núcleo da trama. 
d) os personagens representam tipos humanos comuns nas 
relações de trabalho. 
 
Questão 06 
Em relação ao texto de Machado de Assis, não se pode afirmar 
que 
a) o texto apresenta narrador em terceira pessoa, mas há duas 
breves interferências do narrador. 
b) os fatos são narrados em ordem cronológica e psicológica. 
c) as personagens representam tipos comuns nas relações de 
trabalho. 
d) há mescla entre discurso direto e discurso indireto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CURSO ANUAL DE GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO 
Prof. Cláudio Neves 
VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência 
 
ANÁLISE SINTÁTICA – SEMANA 9 
ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS II 
Completiva Nominal 
A oração subordinada substantiva completiva nominal completa 
um nome que pertence à oração principal e também vem marcada 
por preposição. 
Por Exemplo: 
Sentimos orgulho de seu comportamento. 
 Complemento Nominal 
Sentimos orgulho de que você se comportou. (Sentimos orgulho 
disso.) 
Oração Subordinada Substantiva Completiva Nominal 
Lembre-se: 
Observe que as orações subordinadas substantivas 
objetivas indiretas integram o sentido de um verbo, enquanto 
que orações subordinadas substantivas completivas 
nominais integram o sentido de um nome. Para distinguir uma 
da outra, é necessário levar em conta o termo complementado. 
Essa é, aliás, a diferença entre o objeto indireto e o 
complemento nominal: o primeiro complementa um verbo, o 
segundo, um nome. 
Predicativa 
A oração subordinada substantiva predicativa exerce papel 
de predicativo do sujeito do verbo da oração principal e vem 
sempre depois do verbo ser. 
Por Exemplo: 
Nosso desejo era sua desistência. 
Predicativo do Sujeito 
Nosso desejo era que ele desistisse. (Nosso desejo era isso.) 
Oração Subordinada Substantiva Predicativa 
Obs.: em certos casos, usa-se a preposição 
expletiva "de" para realce. Veja o exemplo: 
A impressão é de que não fui bem na prova. 
Apositiva 
A oração subordinada substantiva apositiva exerce função de 
aposto de algum termo da oração principal. 
Por Exemplo: 
Fernanda tinha um grande sonho: a chegada do dia de seu 
casamento. Aposto = Fernanda tinha um grande sonho: isso. 
Aposto em forma de oração: 
Fernanda tinha um grande sonho: que o dia do seu casamento 
chegasse. Oração Subordinada Substantiva Apositiva 
Saiba mais: 
Apesar de a NGB não fazer referência, podem ser incluídas 
como orações subordinadas substantivas aquelas que 
funcionam como agente da passiva iniciadas por "de" ou 
"por", + pronome indefinido. Veja os exemplos: 
O presente será dado por quem o comprou. 
O espetáculo foi apreciado por quantos o assistiram. 
 
SEMANA 9 – Orações Subordinadas II 
 
 
 
 
 
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EXERCÍCIOS DE APRENDIZAGEM 
 
Questão 1 
A mãe ficou à janela na esperança de que o filho voltasse para casa. A oração em destaque é: 
a) subordinada substantiva subjetiva. 
b) subordinada substantiva completiva nominal. 
c) subordinada substantiva predicativa. 
d) substantiva objetiva direta 
e) substantiva objetiva indireta 
 
Questão 2 
Assinale o período em que a oração destacada é substantiva apositiva: 
a) Não me disseram onde tu moravas. 
b) Não quero que mores nesse bairro 
c) Só me interessa saber uma coisa: onde moras? 
d) Morarei onde tu moras. 
e) Agora já sei onde tu moras. 
 
Questão 3 
“Se ele vai passar no vestibular não se sabe ainda.” A oração destacada é: 
a) subordinada substantiva completiva nominal. 
b) subordinada substantiva objetiva direta. 
c) subordinada substantiva objetiva indireta. 
d) subordinada substantiva subjetiva. 
e) subordinada substantiva predicativa. 
 
Questão 4 (FEI-SP) 
"Estou seguro de que a sabedoria dos legisladores saberá encontrar meios para realizar 
semelhante medida." A oração em destaque é substantiva: 
a) objetiva indireta 
b) completiva nominal 
c) objetiva direta 
d) subjetiva 
e) apositiva 
 
Questão 5 
No período: "É necessário que todos se esforcem", a oração destacada é: 
a) substantiva objetiva direta 
b) substantiva objetiva indireta 
c) substantiva completiva nominal 
d) substantiva subjetiva 
e) substantiva predicativa 
 
Questão 6 (FCMSCSP) 
A palavra se é conjunção subordinativa integrante (por introduzir oração subordinada substantiva 
objetiva direta) em qual das orações seguintes? 
a) Ele se morria de ciúmes pelo patrão. 
b) A Federação arroga-se o direito de cancelar o jogo. 
c) O aluno fez-se passar por doutor. 
d) Precisa-se de pedreiros. 
e) Não sei se o vinho está bom. 
 
Questão 7 (UFPA) 
Qual o período em que há oração subordinada substantiva predicativa? 
a) Meu desejo é que você passe nos exames vestibulares. 
b) Sou favorável a que o aprovem. 
c) Desejo-te isto: que sejas feliz. 
d) O aluno que estuda consegue superar as dificuldades do vestibular. 
e) Lembre-se de que tudo passa neste mundo. 
Anotações 
 
 
 
 
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CURSO ANUAL GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO – (Prof. Cláudio Neves) 
Questão 8 (PUCSP) 
Nos trechos: 
"... não é possível que a notícia da morte me deixasse alguma tranquilidade, alívio, e um ou dois 
minutos de prazer" e "Digo-vos que as lágrimas eram verdadeiras", a palavra "que" está introduzindo, 
respectivamente, orações: 
a) subordinada substantiva subjetiva - subordinada substantiva objetiva indireta 
b) subordinadasubstantiva objetiva direta - subordinada substantiva objetiva direta 
c) subordinada substantiva subjetiva - subordinada substantiva subjetiva 
d) subordinada substantiva completiva nominal - subordinada adjetiva explicativa 
e) subordinada adjetiva explicativa - subordinada substantiva predicativa 
 
Questão 9 (UFSCar-SP) 
Marque a opção que contém oração subordinada substantiva completiva nominal. 
a) "Era preciso que ninguém desconfiasse do nosso conluio para prendermos o Pedro Barqueiro." 
b) "Tanto eu como Pascoal tínhamos medo de que o patrão topasse Pedro Barqueiro nas ruas da 
cidade." 
c) "Para encurtar a história, patrãozinho, achamos Pedro Barqueiro no rancho, que só tinha três 
divisões: a sala, o quarto dele e a cozinha." 
d) "Quando chegamos, Pedro estava no terreiro debulhando milho, que havia colhido em sua rocinha, 
ali perto." 
e) "Pascoal me fez um sinalzinho, eu dei a volta e entrei pela porta do fundo para agarrar o Barqueiro 
pelas costas." 
 
Questão 10 
Complete a coluna A de acordo com a B, conforme a função sintática da oração subordinada 
substantiva: 
Coluna A 
( ) Não se sabe se haverá aula na próxima segunda feira. 
( ) Alguém nos dissera que José havia falhado nas intenções. 
( ) Consta que as aulas se prolongarão até o dia 
( ) Diz-se que não haverá programa de televisão. 
( ) Dizem que todos chegaram cedo à reunião. 
( ) O interessante é que aproveitamos a reunião. 
( ) Compreendamos que nem tudo é fácil. 
( ) Não se divulgou se prometeu que viria. 
( ) Perguntaram-nos se o diretor estava na escola. 
( ) Tudo indica que teremos pouca frequência. 
 
Coluna B 
(S) Subjetiva 
(OD) Objetiva direta 
(OI) Objetiva indireta 
(P) Predicativa 
 
Questão 11 (UFPR) 
"Julieta ficou à janela na esperança de que Romeu voltasse." A oração em destaque é: 
a) subordinada substantiva subjetiva 
b) subordinada substantiva completiva nominal 
c) subordinada substantiva predicativa 
d) subordinada adverbial causal 
e) subordinada adjetiva explicativa 
 
 
 
 
 
 
Anotações 
SEMANA 9 – Orações Subordinadas II 
 
 
 
 
 
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EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 
 
Questão 1 
Assinale a opção com oração subordinada substantiva 
subjetiva: 
a) O certo é que estávamos aflitos com a situação. 
b) Sabem que o jornal é sensacionalista. 
c) Que estamos saindo de férias é mais que sabido. 
d) A verdade era que não estávamos interessados no caso. 
e) Todo o problema foi que não houve ajustes no preço do 
produto. 
 
Questão 2 
Assinale a opção que não tenha oração subordinada 
substantiva subjetiva: 
a) Diz-se que o preço do dólar vai baixar. 
b) Foi comentado que o presidente do clube havia desviado 
verba. 
c) Ocorre que não revelaram a verdade a ninguém. 
d) O fato é que não estamos dispostos a dar entrevistas. 
e) Seria necessário que todos se empenhassem no combate à 
dengue. 
 
Questão 3 
Indique a opção com oração subordinada substantiva objetiva 
indireta: 
a) Todos os presentes lembraram que aquele era o dia do jogo 
de futebol. 
b) Não quero que me lembrem os deveres. 
c) A crença de que o garoto se corrigirá é imensurável. 
d) A criança tinha medo de que levassem seu brinquedo. 
e) Duvido de que você esteja atenta ao comício. 
 
Questão 4 
Assinale a opção que não tenha oração subordinada 
substantiva objetiva direta: 
a) Peço a esses moços que acreditem em mim. 
b) Ele sempre me afirmou que um dia seu sonho se realizaria. 
c) Não permita Deus que eu morra já. 
d) Dir-se-á que o momento não foi propício. 
e) Essa experiência deixa claro que nada se perdeu. 
 
Questão 5 
Assinale a alternativa que apresenta uma oração subordinada 
substantiva apositiva: 
a) Falaram que eu não tinha condições para exercer o cargo. 
b) O melhor era que ela falasse a verdade. 
c) Saiba que estudei muito para esta prova. 
d) Fez três tentativas, que o deixaram arrasado. 
e) Só tenho uma certeza: que sei viver sozinho. 
 
Questão 6 
Após a apresentação, o Ministro Tarso Genro destacou ainda que 
a mudança no comportamento dos motoristas deve ocorrer a partir 
da conscientização dos brasileiros. 
 
A oração destacada deve ser classificada como subordinada 
substantiva: 
a) subjetiva 
b) completiva nominal 
c) objetiva indireta 
d) predicativa 
e) objetiva direta 
 
Questão 7 
Na frase “As imagens de satélite revelam que quase 40% dessa 
devastação foi realizada nos últimos vinte anos”, a oração 
sublinhada deve ser classificada como oração 
a) subjetiva 
b) completiva nominal 
c) objetiva indireta 
d) predicativa 
e) objetiva direta 
 
Questão 8 
Leia a frase abaixo: 
A verdade é que ele não passava de um impostor. 
 
Assinale a alternativa cuja oração destacada apresente a mesma 
classificação sintática da oração destacada acima. 
a) Só resta uma alternativa: encontrar o remédio. 
b) Tenho a impressão de estar sempre no mesmo lugar. 
c) Lembre-se de comprar todos os remédios. 
d) Nosso desejo era que encontrasses o teu caminho. 
e) Todos querem que você compareça. 
 
Questão 9 
Não se sabe, por exemplo, quem inventou a palavra “excluídos” 
para designar pobres. 
 
De acordo com a descrição sintática tradicional, a oração 
sublinhada deve ser analisada como: 
a) completiva nominal 
b) subjetiva 
c) objetiva direta 
d) predicativa 
e) apositiva 
 
Questão 10 
Assinale a alternativa cuja oração subordinada substantiva seja 
classificada como predicativa: 
a) Compreendemos que o ponto da lição era difícil. 
b) Uma boa medida é que se ande de camisa aqui dentro. 
c) Estou convencido de que ninguém mais verá esse convite. 
d) Era necessário que se trouxesse a quantia solicitada para a 
realização do evento. 
e) É de fato uma pena que não existisse transmissão direta de tevê 
naquela época 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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CURSO ANUAL GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO – (Prof. Cláudio Neves) 
INTERPRETAÇÃO TEXTUAL 
O GÊNERO CARTA 
A carta ou correspondência está entre os mais aplicados na 
comunicação do cotidiano. A principal característica desse gênero 
textual é a existência de um emissor (remetente) e um receptor 
(destinatário). Com a tecnologia, a carta passou por um processo 
de adaptação na forma de transmissão que deixou de ocorrer 
somente em papel e assumiu o meio eletrônico. Na atualidade, a 
forma de transmissão mais utilizada para a carta é o e-
mail (electronic-mail - correio eletrônico). 
Carta Pessoal 
As cartas pessoais não seguem um modelo pronto. Nelas, o texto 
reflete as intenções do remente ao destinatário. Ainda assim, a 
coerência textual é recomendável como forma de clareza à 
mensagem enviada. 
Quando enviadas pelo correio físico - em papel – esse tipo de carta 
exibe no topo a data em que foi escrita (saudação inicial) e o selo 
da empresa a data do despacho. Essa forma de envio, porém, é 
pouco utilizada atualmente. 
Enviada por e-mail, a carta pessoal já traz no topo a data em 
detalhes, inclusive o horário de envio. E o corpo do texto é inserido 
no espaço padrão do programa onde é escrito. Os programas 
também facilitam o armazenamento da mensagem. 
Exemplo de Carta Pessoal 
São Paulo, 18 de agosto de 1929. 
Carlos [Drummond de Andrade], 
Achei graça e gozei com o seu entusiasmo pela candidatura 
Getúlio Vargas – João Pessoa. É. Mas veja como estamos... 
trocados. Esse entusiasmo devia ser meu e sou eu que conservo o 
ceticismo que deveria ser de você. (...). Eu... eu contemplo numa 
torcida apenas simpática a candidatura Getúlio Vargas, que antes 
desejara tanto. Mas pra mim, presentemente, essa candidatura(única aceitável, está claro) fica manchada por essas pazes 
fragílimas de governistas mineiros, gaúchos, paraibanos (...), com 
democráticos paulistas (que pararam de atacar o Bernardes) e 
oposicionistas cariocas e gaúchos. Tudo isso não me entristece. 
Continuo reconhecendo a existência de males necessários, porém 
me afasta do meu país e da candidatura Getúlio Vargas. Repito: 
única aceitável. 
Mário [de Andrade] 
Renato Lemos. Bem traçadas linhas: a história do Brasil em cartas 
pessoais. Rio de Janeiro: Bom Texto, 2004, p. 305 (Enem - 2007) 
Carta Argumentativa 
Além do texto dissertativo-argumentativo, a carta argumentativa, 
embora menos usual, também pode ser exigida em exames para 
ingresso em universidades ou concursos públicos. 
A principal diferença entre os dois modelos de gênero textual está 
no fato de que o texto dissertativo-argumentativo é dirigido a um 
receptor universal, enquanto a carta argumentativa é destinada a 
um receptor específico. Ambos têm como objetivo a persuasão. 
A carta argumentativa é composta pela saudação inicial, 
introdução, desenvolvimento, conclusão e despedida. 
 
Carta do Leitor 
As cartas do leitor são enviadas, em geral, para jornais e revistas 
como maneira de conferir apoio ou demonstrar insatisfação com o 
material veiculado, seja ele informativo ou publicitário. 
Não existe um modelo específico para as cartas de leitores e há 
veículos que publicam trechos ou a íntegra, conforme a 
repercussão do assunto. Com o aumento da leitura pela Internet, 
jornais e revistas eletrônicas direcionam espaço específico no 
projeto gráfico para comportar as cartas do leitor. Alguns, contudo, 
informam a moderação, que consiste na publicação de material 
que não ofenda a coletividade, como palavras de baixo calão e 
ataques a grupos ou pessoas específicas. 
Carta Aberta 
A carta aberta está entre os principais instrumentos de participação 
política. É uma maneira de demonstrar de forma clara um 
problema, assunto ou tema de interesse coletivo. Como gênero 
textual, obedece os critérios do texto argumentativo, mas tem 
caráter mais amplo que a carta argumentativa porque é destinada 
à coletividade. O remetente também não é individual, podendo ser 
um grupo de pessoas, representantes, sindicatos ou associações. 
 
SEMANA 9 – Orações Subordinadas II 
 
 
 
 
 
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VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência 
 
 
Por: Daniela DianaProfessora licenciada em Letras (Disponível em www.todamateria.com.br) 
 
 
 
 
 
 104 
VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência 
 
CURSO ANUAL GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO – (Prof. Cláudio Neves) 
EXERCÍCIOS DE APRENDIZAGEM 
 
Questão 1 ENEM 2009 
 
 
Campanha conta a dengue (Foto: Uerj/2009) 
 
O texto exemplifica um gênero textual híbrido entre carta e publicidade oficial. Em seu conteúdo, é 
possível perceber aspectos relacionados a gêneros digitais. Considerando-se a função social das 
informações geradas nos sistemas de comunicação e informação presentes no texto, infere-se que 
a) a utilização do termo download indica restrição de leitura de informações a respeito de formas 
de combate à dengue. 
b) a diversidade dos sistemas de comunicação empregados e mencionados reduz a possibilidade 
de acesso às informações a respeito do combate à dengue. 
c) a utilização do material disponibilizado para download no site www.combatadengue.com.br 
restringe-se ao receptor da publicidade. 
d) a necessidade de atingir públicos distintos se revela por meio da estratégia de disponibilização 
de informações empregada pelo emissor. 
e) a utilização desse gênero textual compreende, no próprio texto, o detalhamento de informações a 
respeito de formas de combate à dengue. 
 
Questão 2 (Enem 2011) 
TEXTO I 
O Brasil sempre deu respostas rápidas através da solidariedade do seu povo. Mas a mesma força que 
nos motivar a ter atitudes cidadãs. Não podemos mais transferir a culpa para quem é vítima ou até 
mesmo para a própria natureza, como se essa seguisse a lógica humana. Sobram desculpas 
esfarrapadas e falta competência da classe política. 
Cartas. Istoé. 28 abr. 2010. 
 
TEXTO II 
Não podemos negar ao povo sofrido todas as hipóteses de previsão dos desastres. Demagogos 
culpam os moradores; o governo e a prefeitura apelam para as pessoas saírem das áreas de risco e 
agora dizem que será compulsória a realocação. Então temos a realocar o Brasil inteiro! Criemos um 
serviço, similar ao SUS, com alocação obrigatório de recursos orçamentários com rede de atendimento 
preventivo, onde participariam arquitetos, engenheiros, geólogos. Bem ou mal, esse “SUS” organizaria 
brigadas nos locais. Nos casos da dengue, por exemplo, poderia verificar as condições de acontecer 
epidemias. Seriam boas ações preventivas. 
Carta do Leitor. Carta Capital. 28 abr. 2010 (adaptado). 
 
Os textos apresentados expressam opiniões de leitores acerca de relevante assunto para a sociedade 
brasileira. Os autores dos dois textos apontam para a 
a) necessidade de trabalho voluntário continuo para a resolução das mazelas sociais. 
b) importância de ações preventivas para evitar catástrofes, indevidamente atribuídas aos políticos. 
c) incapacidade política para agir de forma diligente na resolução das mazelas sociais. 
d) urgência de se criarem novos órgãos públicos com as mesmas características do SUS. 
e) impossibilidade de o homem agir de forma eficaz ou preventiva diante das ações da natureza. 
Anotações 
SEMANA 9 – Orações Subordinadas II 
 
 
 
 
 
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Questão 3 
Carta ao Tom 74 
Rua Nascimento Silva, cento e sete 
Você ensinando pra Elizete 
As canções de canção do amor demais 
Lembra que tempo feliz 
Ah, que saudade, 
Ipanema era só felicidade 
Era como se o amor doesse em paz 
Nossa famosa garota nem sabia 
A que ponto a cidade turvaria 
Esse Rio de amor que se perdeu 
Mesmo a tristeza da gente era mais bela 
E além disso se via da janela 
Um cantinho de céu e o Redentor 
É, meu amigo, só resta uma certeza, 
É preciso acabar com essa tristeza 
É preciso inventar de novo o amor 
MORAES, V.; TOQUINHO. Bossa Nova, sua história, sua gente. São Paulo: Universal; Philips,1975 (fragmento). 
 
O trecho da canção de Toquinho e Vinícius de Moraes apresenta marcas do gênero textual carta, 
possibilitando que o eu poético e o interlocutor 
a) compartilhem uma visão realista sobre o amor em sintonia com o meio urbano. 
b) troquem notícias em tom nostálgico sobre as mudanças ocorridas na cidade. 
c) façam confidências, uma vez que não se encontram mais no Rio de Janeiro. 
d) tratem pragmaticamente sobre os destinos do amor e da vida citadina. 
e) aceitem as transformações ocorridas em pontos turísticos específicos. 
 
Questão 4 (UFPEL) 
O texto a seguir servirá de base para a próxima questão. 
Pero Vaz de Caminha, referindo-se aos indígenas escreveu: 
“E naquilo sempre mais me convenço que são como aves ou animais montesinhos, aos quais faz o ar 
melhor pena e melhor cabelo que aos mansos, porque os seus corpos são tão limpos, tão gordos e 
formosos, a não mais poder.” […] 
“Parece-me gente de tal inocência que, se nós entendêssemos a sua fala e eles a nossa, seriam logo 
cristãos, visto que não têm nem entendem crença alguma, segundo as aparências. E, portanto, se os 
degredados que aqui hão de ficar aprenderem bem a sua fala e eles a nossa, não duvido que eles, 
segundo a santa tenção de Vossa Alteza, se farão cristãos e hão de crer na nossa santa fé, à qual 
praza a Nosso Senhor que os traga, porque certamente esta gente é boa e de bela simplicidade. E 
imprimir-se-á facilmente neles todo e qualquer cunho que lhes quiserem dar, uma vez que Nosso 
Senhor lhes deubons corpos e bons rostos, como a homens bons. E o fato de Ele nos haver até aqui 
trazido, creio que não o foi sem causa. E portanto, Vossa Alteza, que tanto deseja acrescentar à santa 
fé católica, deve cuidar da salvação deles. E aprazerá Deus que com pouco trabalho seja assim.” […] 
“Eles não lavram nem criam. Não há aqui boi ou vaca, cabra, ovelha ou galinha, ou qualquer outro 
animal que esteja acostumado ao convívio com o homem. E não comem senão deste inhame, de que 
aqui há muito, e dessas sementes e frutos que a terra e as árvores de si deitam. E com isto andam tais 
e tão rijos e tão nédios que o não somos nós tanto, com quanto trigo e legumes comemos.” 
CASTRO, Silvio. A carta de Pero Vaz de Caminha. Porto Alegre: L&PM, 1996. 
 
De acordo com o texto e seus conhecimentos, marque a alternativa correta: 
a) Caminha, numa visão eurocentrista, exalta a cultura do “descobridor”, menosprezando todos os 
aspectos referentes ao modo de vida dos nativos, por exemplo, a não exploração daqueles mamíferos 
placentários exóticos, citados na carta, introduzidos no Brasil quando da colonização. 
b) Caminha realiza, através de farta adjetivação, descrições botânicas minuciosas acerca da flora da 
nova terra, destacando o tipo de alimentação do europeu — rica em vitaminas e sais minerais — em 
contraposição à indígena, que é rica em lipídios. 
c) A religiosidade está presente ao longo do texto, quando se constata que o emissor, tendo em mente 
a conversão dos índios à “santa fé católica” — pretensão dos europeus conquistadores —, ressalta 
positivamente a existência de crenças animistas entre os nativos. 
d) Na carta de Pero Vaz de Caminha, que apresenta linguagem formal, por ser o rei português o 
destinatário, há forte preocupação com aspectos da necessária conversão dos índios ao catolicismo, 
no contexto de crise religiosa na Europa. 
Anotações 
 
 
 
 
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CURSO ANUAL GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO – (Prof. Cláudio Neves) 
e) Ao realizar concomitantemente a narração e a descrição dos hábitos dos nativos, o remetente 
destaca informações não só do habitat como dos usos e costumes indígenas, exaltando o cultivo das 
plantas de lavouras e dos pomares. 
 
Questão 5 (UFLA) 
Leia o texto a seguir para responder à questão. 
CARTA DE PERO VAZ 
A terra é mui graciosa, 
Tão fértil eu nunca vi. 
A gente vai passear, 
No chão espeta um caniço, 
No dia seguinte nasce 
Bengala de castão de oiro. 
Tem goiabas, melancias. 
Banana que nem chuchu. 
Quanto aos bichos, tem-nos muitos. 
De plumagens mui vistosas. 
Tem macaco até demais. 
Diamantes tem à vontade, 
Esmeralda é para os trouxas. 
Reforçai, Senhor, a arca. 
Cruzados não faltarão, 
Vossa perna encanareis, 
Salvo o devido respeito. 
Ficarei muito saudoso 
Se for embora d'aqui. 
(Murilo Mendes) 
 
castão - remate superior de uma bengala; 
cruzado - antiga moeda portuguesa; 
vossa perna encanareis - a expressão quer dizer que o rei "estava mal das pernas", isto é, sem 
dinheiro, "quebrado". As riquezas do Brasil poderão tirá-lo dessa situação. 
 
Há nesse texto uma sátira à expressão "dar-se-á nela tudo", contida na Carta de Caminha. Marque a 
alternativa que confirma essa tendência. 
a) "Tem goiabas, melancias 
Banana que nem chuchu." 
b) ( ... ) 
"No chão espeta um caniço, 
No dia seguinte nasce 
Bengala de castão de oiro." 
c) "A terra é mui graciosa 
Tão fértil eu nunca vi." 
d) "Quanto aos bichos, tem-nos muitos 
De plumagens mui vistosas. 
Tem macaco até demais." 
e) "Diamantes tem à vontade, 
Esmeralda é para os trouxas. 
Reforçai, Senhor, a arca. 
 
Questão 6 (UFF) 
Assinale o fragmento que representa uma retomada modernista da carta de Pero Vaz de Caminha; 
a) "O Novo Mundo nos músculos / Sente a seiva do porvir." (Castro Alves) 
b) "Minha terra tem palmeiras, / Onde canta o sabiá"(Gonçalves Dias) 
c) "A terra é mui graciosa / Tão fértil eu nunca vi."(Murilo Mendes) 
d) "Irás a divertir-te na floresta, / sustentada,Marília, no meu braço"(Tomás Antônio Gonzaga) 
e) "Todos cantam sua terra / Também vou cantar aminha" (Casimiro de Abreu) 
 
Anotações 
SEMANA 9 – Orações Subordinadas II 
 
 
 
 
 
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EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 
 
Texto para as questões 1 a 5. 
(UNIDOESTE) Uma carta inédita a Drummond 
 
Querido Carlos, 
afetuoso abraço. 
 
Leio nos jornais que você pediu demissão. Sem dúvida é uma pena 
para o Brasil, mas você está correto. E outros dias virão. 
Pessoalmente, não posso deixar de lhe agradecer tantas finezas 
que você me prestou, sempre tão solicitamente, quando no 
exercício do cargo. 
Confirmo meu telegrama de hoje, pedindo-lhe o favor de me 
representar no almoço de sábado próximo, e de transmitir minha 
solidariedade à declaração de princípios do 1° Congresso de 
Escritores. 
Abandonei a colaboração n’A Manhã, se bem que estivesse 
gostando, pois me deva um certo treino de escrever prosa, e além 
disso os 800 cruzeiros me eram necessários, nas circunstâncias 
atuais de minha vida. Mas o governo excedeu-se, perdeu todo o 
controle, divorciou-se por completo das aspirações populares, e 
esgotou o seu já fraco conteúdo. De qualquer forma, continuar os 
artigos seria uma espécie de colaboracionismo. 
Como você sabe, continuo em regime de saúde, por isso não 
posso tomar parte pessoalmente na campanha que se desenrola. 
Entretanto, estou bastante atento à mesma; por isso – caso você 
julgue oportuno – poderá divulgar que eu estou solidarizado com a 
campanha democrática, e absolutamente contra os métodos do 
governo. Se acharem interessante, poderei escrever, mesmo sobre 
assunto político, pequenas crônicas e notas – desde que minha 
saúde o permita. 
Que coisa a morte do Mário, hein? Fiquei muito sentido, e, 
sabendo que vocês eram muito amigos, é o caso de se apresentar 
pêsames a você. 
Em que pé está o nosso livro? E o seu? 
Então, querido Carlos, lembranças a Dolores e Maria Julieta. 
O abraço amigo do Murilo 
P. S. Lembranças também ao João Cabral. 
(Folha de S. Paulo, 11/05/91) 
 
Questão 1 
Com relação aos elementos linguísticos utilizados no texto, é 
correto afirmar que: 
a) o advérbio tão, em “tão solicitamente”, enfatiza a presteza e o 
empenho de Drummond no atendimento ao amigo; 
b) a oração intercalada “caso você julgue oportuno” tira de Murilo a 
responsabilidade de se envolver mais profundamente com a 
campanha, porque estava doente; 
c) a condicional “se acharem interessante” aponta para a 
insegurança de Murilo em escrever prosa, até porque foi 
consagrado como poeta; 
d) o termo destacado em “Lembranças também ao João Cabral” 
revela a necessidade de incluir João Cabral entre as pessoas 
lembradas; 
e) todas as alternativas estão corretas. 
 
Questão 2 
O parágrafo pode ser considerado um microtexto; dessa forma, 
deve conter introdução (tópico frasal), desenvolvimento e 
conclusão. Com base nesta afirmativa, releia o 4° parágrafo e 
identifique a alternativa correta em relação à sua estrutura: 
a) O tópico frasal inicia em “Abandonei” e se estende até 
“gostando”. 
b) O tópico frasal contém uma atitude concessiva justificada no 
desenvolvimento. 
c) Na conclusão, fica explicitado seu desejo de não colaborar com 
as atitudes do governo, seja de forma direta ou indireta. 
d) Todas estão corretas. 
 
Questão 3 
Identifique a justificativa incorreta com relação ao uso das 
conjunções e das locuções conjuntivas no 4° parágrafo: 
a) “se bem que” permite compreender que a atitude de abandonar 
o que fazia não se relaciona ao fato de estar ou não gostando; 
b) nas, em “nas circunstâncias atuais”, introduz uma ideia de 
tempo; 
c) o 2° parágrafo contém 4 orações seguidas que indicam as 
opiniões do leitor da carta em relação às atitudes do governo;d) “pois” introduz justificativas que corroboram o gosto pelo que 
fazia e precisou abandonar; 
e) “Mas” introduz uma ideia contrária ao “estava gostando” e 
precede os verdadeiros motivos pelos quais abandonou o que 
fazia. 
 
Questão 4 
No 5° parágrafo, Murilo Mendes usa muitas condições e 
concessões para falar de sua doença e do seu desejo de trabalhar. 
Com base nisto, identifique a alternativa cujo trecho contém, pelo 
menos, uma condição: 
a) “Entretanto, estou bastante atento à mesma; por isso – caso 
você julgue oportuno – …” 
b) “Como você sabe, continuo em regime de saúde…” 
c) “…continuo em regime de saúde, por isso não posso tomar parte 
pessoalmente na campanha que se desenrola.” 
d) “…poderá divulgar que estou solidarizado com a campanha 
democrática, e absolutamente contra os métodos do governo.” 
 
Questão 5 
Com relação ao texto, é correto afirmar que: 
a) Trata-se de uma carta familiar, por isto percebem-se muitas 
informações, lembranças e questionamentos colocados à 
proporção que vinham à lembrança do remetente. 
b) O remetente pode se utilizar do post scriptum para acrescentar 
lembranças que não tenham ocorrido em tempo. 
c) Apesar da familiaridade da carta, não foram esquecidos o local, 
a data, o vocativo, a despedida e a assinatura, necessários, 
inclusive nas cartas oficiais. 
d) A intimidade entre remetente e destinatário permite a elaboração 
de um texto cuja profunda compreensão obriga o leitor a recorrer a 
muitos elementos localizados fora do texto. 
e) todas as alternativas estão corretas. 
 
 
 
 
 
 
 
CURSO ANUAL DE GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO 
Prof. Cláudio Neves 
VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência 
 
ANÁLISE SINTÁTICA – SEMANA 10 
ORAÇÕES SUBORDINADAS AJETIVAS 
Uma oração subordinada adjetiva é aquela que possui valor e 
função de adjetivo, ou seja, que a ele equivale. As orações vêm 
introduzidas por pronome relativo e exercem a função de adjunto 
adnominal do antecedente. Observe o exemplo: 
Esta foi uma redação bem-sucedida. 
 Substantivo Adjetivo (Adjunto Adnominal) 
Note que o substantivo redação foi caracterizado pelo 
adjetivo bem-sucedida. Nesse caso, é possível formarmos outra 
construção, a qual exerce exatamente o mesmo papel. Veja: 
Esta foi uma redação que fez sucesso. 
Oração Principal Oração Subordinada Adjetiva 
Perceba que a conexão entre a oração subordinada adjetiva e o 
termo da oração principal que ela modifica é feita pelo pronome 
relativo que. Além de conectar (ou relacionar) duas orações, o 
pronome relativo desempenha uma função sintática na oração 
subordinada: ocupa o papel que seria exercido pelo termo que o 
antecede. 
Obs.: para que dois períodos se unam num período composto, 
altera-se modo verbal da segunda oração. 
Atenção: 
Vale lembrar um recurso didático para reconhecer o pronome 
relativo que: ele sempre pode ser substituído por: 
o qual - a qual - os quais -as quais 
Por Exemplo: 
Refiro-me ao aluno que é estudioso. 
Essa oração é equivalente a: 
Refiro-me ao aluno o qual estuda. 
Forma das Orações Subordinadas Adjetivas 
Quando são introduzidas por um pronome relativo e apresentam 
verbo no modo indicativo ou subjuntivo, as orações subordinadas 
adjetivas são chamadas desenvolvidas. Além delas, existem as 
orações subordinadas adjetivas reduzidas, que não são introdu-
zidas por pronome relativo (podem ser introduzidas por preposição) 
e apresentam o verbo numa das formas nominais (infinitivo, 
gerúndio ou particípio). 
Por Exemplo: 
Ele foi o primeiro aluno que se apresentou. 
Ele foi o primeiro aluno a se apresentar. 
No primeiro período, há uma oração subordinada 
adjetiva desenvolvida, já que é introduzida pelo pronome 
relativo "que" e apresenta verbo conjugado no pretérito perfeito do 
indicativo. No segundo, há uma oração subordinada adjetiva 
reduzida de infinitivo: não há pronome relativo e seu verbo está no 
infinitivo. 
CLASSIFICAÇÃO DAS ORAÇÕES SUBORDINADAS ADJETIVAS 
Na relação que estabelecem com o termo que caracterizam, as 
orações subordinadas adjetivas podem atuar de duas maneiras 
diferentes. Há aquelas que restringem ou especificam o sentido 
do termo a que se referem, individualizando-o. Nessas orações não 
há marcação de pausa, sendo chamadas subordinadas adjetivas 
restritivas. Existem também orações que realçam um detalhe 
ou amplificam dados sobre o antecedente, que já se encontra 
suficientemente definido, as quais denominam-se subordinadas 
adjetivas explicativas. 
Exemplo 1: 
Jamais teria chegado aqui, não fosse a gentileza de um 
homem que passava naquele momento. 
 Oração Subordinada Adjetiva Restritiva 
Nesse período, observe que a oração em destaque restringe e 
particulariza o sentido da palavra "homem": trata-se de um homem 
específico, único. A oração limita o universo de homens, isto é, 
não se refere a todos os homens, mas sim àquele que estava 
passando naquele momento. 
Exemplo 2: 
O homem, que se considera racional, muitas vezes age 
animalescamente. I 
 Oração Subordinada Adjetiva Explicativa 
Nesse período, a oração em destaque não tem sentido restritivo 
em relação à palavra "homem": na verdade, essa oração apenas 
explicita uma ideia que já sabemos estar contida no conceito de 
"homem". 
Saiba que: 
 A oração subordinada adjetiva explicativa é separada da oração 
principal por uma pausa, que, na escrita, é representada 
pela vírgula. É comum, por isso, que a pontuação seja indicada 
como forma de diferenciar as orações explicativas das restritivas: 
de fato, as explicativas vêm sempre isoladas por vírgulas; as 
restritivas, não. 
Obs.: ao redigir um período escrito por outrem, é necessário 
levar em conta as diferenças de significado que as orações 
restritivas e as explicativas implicam. Em muitos casos, a 
oração subordinada adjetiva será explicativa ou restritiva de 
acordo com o que se pretende dizer. 
Exemplo 1: 
Mandei um telegrama para meu irmão que mora em Roma. 
No período acima, podemos afirmar com segurança que a pessoa 
que fala ou escreve tem, no mínimo, dois irmãos, um que mora em 
Roma e um que mora em outro lugar. A palavra "irmão", no caso, 
precisa ter seu sentido limitado, ou seja, é preciso restringir seu 
universo. Para isso, usa-se uma oração subordinada adjetiva 
restritiva. 
Exemplo 2: 
Mandei um telegrama para meu irmão, que mora em Roma. 
Nesse período, é possível afirmar com segurança que a pessoa 
que fala ou escreve tem apenas um irmão, o qual mora em Roma. 
A informação de que o irmão more em Roma não é uma 
particularidade, ou seja, não é um elemento identificador, 
diferenciador, e sim um detalhe que se quer realçar. 
Observações: 
As orações subordinadas adjetivas podem: 
a) Vir coordenadas entre si; 
Por Exemplo: 
É uma realidade que degrada e assusta a sociedade. 
e = conjunção 
b) Ter um pronome como antecedente. 
SEMANA 10 – Orações Adjetivas 
 
 
 
 
 
109 
VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência 
 
Por Exemplo: 
Não sei o que vou almoçar. 
o = antecedente 
que vou almoçar = Oração Subordinada Adjetiva Restritiva 
Emprego e Função dos Pronomes Relativos 
O estudo das orações subordinadas adjetivas está profundamente 
ligado ao emprego dos pronomes relativos. Por isso, vamos 
aprofundar nosso conhecimento acerca desses pronomes. 
1) Pronome Relativo QUE 
O pronome relativo "que" é chamado relativo universal, pois seu 
emprego é extremamente amplo. Esse pronome pode ser usado 
para substituir pessoa ou coisa, que estejam no singular ou no 
plural. Sintaticamente, o relativo "que" pode desempenhar várias 
funções: 
a) Sujeito: Eis os artistas que representarão o nosso país.Substituindo o pronome pelo antecedente, temos: • Eis os artistas. • Os artistas (= que) representarão o nosso país. 
 Sujeito 
b) Objeto Direto: Trouxe o documento que você pediu. 
Substituindo o pronome pelo antecedente, temos: • Trouxe o documento • Você pediu o documento (= que) 
 Objeto Direto 
c) Objeto Indireto: Eis o caderno de que preciso. 
Substituindo o pronome pelo antecedente, temos: • Eis o caderno. • Preciso do caderno (= de que) 
 Objeto Indireto 
d) Complemento Nominal: Estas são as informações de que ele 
tem necessidade. 
Substituindo o pronome pelo antecedente, temos: • Estas são as informações. • Ele tem necessidade das informações (= de que) 
 Complemento nominal 
e) Predicativo do Sujeito: Você é o professor que muitos querem 
ser. 
Substituindo o pronome pelo antecedente, temos: • Você é o professor. • Muitos querem ser o professor (= que) 
 Predicativo do Sujeito 
f) Agente da Passiva: Este é o animal por que fui atacado. 
Substituindo o pronome pelo antecedente, temos: • Este é o animal. • Fui atacado pelo animal (= por que) 
 Agente da Passiva 
g) Adjunto Adverbial: O acidente ocorreu no dia em que eles 
chegaram. (adjunto adverbial de tempo). 
Substituindo o pronome pelo antecedente, temos: • O acidente ocorreu no dia 
• Eles chegaram no dia. (= em que) 
 Adjunto Adverbial de Tempo 
Observação: 
Pelos exemplos citados, percebe-se que o pronome relativo deve 
ser precedido de preposição apropriada de acordo com a função 
que exerce. Na língua escrita formal, é sempre recomendável esse 
cuidado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência 
 
CURSO ANUAL GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO – (Prof. Cláudio Neves) 
EXERCÍCIOS DE APRENDIZAGEM 
 
Questão 01 (PUC-SP) 
“João amava Teresa que amava Raimundo 
que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili 
que não amava ninguém. 
João foi para os Estados Unidos, Teresa para o convento, 
Raimundo morreu de desastre, Maria ficou pra tia, 
Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto Fernandes 
que não tinha entrado na história”. 
Carlos Drummond de Andrade 
 
A primeira parte do poema (versos de 1 a 3) é marcada, sintaticamente, pela presença de orações 
____________, cujos termos introdutórios atuam como _______________. 
a) subordinadas adjetivas restritivas – conectivos – sujeitos. 
b) coordenadas sindéticas explicativas – simples conectivos. 
c) subordinadas adverbiais comparativas – simples conectivos. 
d) subordinadas adjetivas explicativas – conectivos – sujeitos. 
e) coordenadas sindéticas aditivas – simples conectivos. 
 
Questão 02 (PUC-CP) 
Considere a palavra destacada neste período: 
“E há poetas míopes que pensam que é o arrebol”. 
Ela introduz, respectivamente, orações: 
a) subordinada substantiva completiva nominal e subordinada substantiva objetiva direta. 
b) subordinada substantiva objetiva direta e subordinada substantiva predicativa. 
c) subordinada adjetiva restritiva e subordinada adjetiva explicativa. d) subordinada substantiva 
predicativa e subordinada substantiva objetiva direta. 
e) subordinada adjetiva restritiva e subordinada substantiva objetiva direta. 
 
Questão 03 
As orações subordinadas adjetivas são sempre introduzidas pelos pronomes relativos. Observe os 
períodos destacados e marque a alternativa CORRETA: 
a) Nós, que não somos ingênuos, ficamos à parte. (No período, há uma oração subordinada adjetiva 
restritiva.) 
b) O choque que a mãe levou fez com que saísse da letargia. (No período, há uma oração 
subordinada adjetiva explicativa.) 
c) Minha mãe, que é minha amiga, foi quem me ajudou. (No período, há uma oração subordinada 
adjetiva restritiva.) 
d) Todos os tratamentos que fiz foram bons. (No período, há uma oração subordinada adjetiva 
restritiva.) 
e) “Só sei que nada sei!” (No período, há uma oração subordinada adjetiva restritiva) 
 
Questão 04 
O termo QUE Só NÃO traz uma oração subordinada adjetiva a alternativa: 
a) “O país que produziu alguns dos mais famosos mitos olímpicos e dionisíacos deste século…” 
b) “… espaços para garantir os direitos mínimos que os seringueiros nunca haviam tido…” 
c) “… seringueiros e índios, que sob sua influência se aliaram numa grande frente conhecida pelo 
nome de Povos da Floresta.” 
d) “… como achava que morreria em vão…” 
e) “… suas ideias enfrentavam a oposição violenta dos latifundiários, dos madeireiros e dos grandes 
projetos agropecuários que vivem do desmatamento desordenado da Amazônia.” 
 
Questão 05 
Analise a oração abaixo: 
“A maconha, que é tratada como algo sem consequências, é uma porta de entrada no mundo das 
drogas ilícitas.” 
É CORRETO afirmar que a oração em destaque é: 
a) Subordinada substantiva completiva nominal d) Subordinada substantiva apositiva 
b) Subordinada adjetiva explicativa e) Subordinada substantiva subjetiva 
c) Subordinada adjetiva restritiva 
Anotações 
SEMANA 10 – Orações Adjetivas 
 
 
 
 
 
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VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência 
 
Questão 06 (UE PONTA GROSSA-PR) 
Quando o enterro passou / Os homens que se achavam no café / Tiraram o chapéu maquinalmente 
(Manuel Bandeira). 
A oração que se achavam no café é: 
a) subordinada adverbial condicional d) subordinada substantiva objetiva direta 
b) coordenada sindética adversativa e) subordinada adjetiva restritiva 
c) subordinada substantiva subjetiva 
 
Questão 07 (UF-BA) 
Meu pai, que havia arrancado três dentes, não pôde viajar naquele dia. A oração grifada classifica-se 
como subordinada: 
a) adverbial temporal d) adjetiva explicativa 
b) substantiva apositiva e) adjetiva restritiva 
c) substantiva predicativa 
 
Questão 08 (UF-PA) 
Há no período uma oração subordinada adjetiva: 
a) Ele falou que compraria a casa. 
b) Não fale alto, que ela pode ouvir. 
c) Vamos embora, que o dia está amanhecendo. 
d) Em time que ganha não se mexe. 
e) Parece que a prova não está difícil. 
 
Questão 09 
Assinale a alternativa que apresenta um período composto onde uma das orações é subordinada 
adjetiva 
a) "... a nenhuma pedi ainda que me desse fé: pelo contrário, digo a todas como sou". 
b)"Todavia, eu a ninguém escondo os sentimentos que ainda há pouco mostrei." 
c)"... em toda a parte confesso que sou volúvel, inconstante e incapaz de amar três dias um mesmo 
objeto". 
d)"Mas entre nós há sempre uma grande diferença; vós enganais e eu desengano." 
e)" - Está romântico!... está romântico... - exclamaram os três..." 
 
Questão 10 
"Não compreendíamos o que ele fizera". A oração em destaque é: 
a) subordinada adjetiva restritiva d) substantiva objetiva indireta 
b) subordinada adjetiva explicativa e) substantiva completiva nominal 
c) subordinada adverbial causal 
 
Questão 11 (FGV) 
"Nota-se facilmente que nunca perceberam o papel secundário que exerciam naquele período." A 
oração em destaque é: 
a) substantiva objetiva direta d) substantiva subjetiva 
b) substantiva completiva nominal e) Adjetiva restritiva 
c) substantiva predicativa 
 
Questão 12 (UNIRIO) 
Assinale o item em que há uma oração adjetiva. 
a) Perdão, por Deus, perdão - respondeu o pombo. 
b) A pombinha, que era branca sem exagero, arrulhava, humilhada e ofendida com o atraso. 
c) Perdeste a noção do tempo? 
d) A tarde era tão bonita que eu tinha de vir andando. 
e) O pombo caminhava pelo beiral mais alto, do outro lado. Um pouco além,gritavam as gaivotas. 
 
Questão 13 (UF-PA) 
Há no período uma oração subordinada adjetiva: 
a) Ele falou que compraria a casa. 
b) Não fale alto, que ela pode ouvir. 
c) Vamos embora, que o dia está amanhecendo. 
d) Em time que ganha não se mexe. 
e) Parece que a prova não está difícil. 
 
Anotações 
 
 
 
 
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VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência 
 
CURSO ANUAL GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO – (Prof. Cláudio Neves) 
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 
 
Questão 01 
Analise as duas orações em destaque e assinale a alternativa 
correta: 
“Felizes os homens cujo conhecimento é livre de ilusões e 
superstições.” / “O amigo deve ser como o dinheiro, cujo valor já 
conhecemos antes de termos necessidade dele.” 
a) Subordinada adjetiva explicativa na 1ª oração/ subordinada 
adjetiva restritiva na 2ª. 
b) Subordinada adjetiva restritiva na 1ª oração/ subordinada 
adjetiva explicativa na 2ª. 
c) Subordinada adjetiva explicativa tanto na 1ª oração quanto na 2ª. 
d) Subordinada adjetiva restritiva tanto na 1ª oração quanto na 2ª. 
e) Apenas uma das orações analisadas é subordinada adjetiva. 
 
Questão 02 
As orações em destaque estão corretamente classificadas na 
alternativa: 
"O futuro é uma espécie de banco ao qual vamos remetendo, um a 
um, os cheques de nossas esperanças. Ora, não é possível que 
todos os cheques sejam sem fundo". 
a) Subordinada adjetiva explicativa na 1ª oração/ subordinada 
adjetiva restritiva na 2ª. 
b) Subordinada adjetiva restritiva na 1ª oração/ subordinada 
adjetiva explicativa na 2ª. 
c) Subordinada adjetiva explicativa tanto na 1ª oração quanto na 2ª. 
d) Subordinada adjetiva restritiva tanto na 1ª oração quanto na 2ª. 
e) Apenas uma das orações analisadas é subordinada adjetiva. 
 
Questão 03 (UF-PA) 
Há no período uma oração subordinada adjetiva: 
a) Ele falou que compraria a casa. 
b) Não fale alto, que ela pode ouvir. 
c) Vamos embora, que o dia está amanhecendo. 
d) Em time que ganha não se mexe. 
e) Parece que a prova não está difícil. 
 
Questão 04 (UNIRIO) 
Assinale o item em que há uma oração adjetiva. 
a) Perdão, por Deus, perdão - respondeu o pombo. 
b) A pombinha, que era branca sem exagero, arrulhava, humilhada 
e ofendida com o atraso. 
c) Perdeste a noção do tempo? 
d) A tarde era tão bonita que eu tinha de vir andando. 
e) O pombo caminhava pelo beiral mais alto, do outro lado. Um 
pouco além, gritavam as gaivotas. 
 
Questão 05 (PUC) 
“É preciso (I) levar tudo isso em conta (II) quando se analisa 
o (III) que está ocorrendo em nossos dias.” A classificação das 
orações subordinadas sublinhadas é, respectivamente: 
a) adjetiva (I), adverbial (II), substantiva (III); 
b) substantiva (I), adjetiva (II), substantiva (III); 
c) adverbial (I), substantiva (II), adjetiva (III); 
d) substantiva (I), adverbial (II), adjetiva (III); 
e) adverbial (I), adverbial (II), substantiva (III). 
 
 
 
Questão 06 UNIRIO 
Em “Entende-se bem que D. Tonica observasse a contemplação 
dos dois”. À oração principal segue-se uma oração subordinada: 
a) substantiva subjetiva; 
b) substantiva objetiva direta; 
c) adjetiva restritiva; 
d) adverbial causal; 
e) adverbial concessiva. 
 
Questão 07 UNIRIO 
No período “Ah, arrulhou de repente a pomba, quando distinguiu, 
indignada, o pombo que chegava (...)”, as duas orações 
subordinadas são respectivamente: 
a) adjetiva e adverbial temporal; 
b) substantiva predicativa e adjetiva; 
c) adverbial temporal e adverbial temporal; 
d) adverbial temporal e adverbial consecutiva; 
e) adverbial temporal e adjetiva restritiva. 
 
Questão 08 (FAAP) 
"Não compreendíamos a razão que o ladrão tinha para não montar 
cavalo". A oração em destaque é: 
a) subordinada adjetiva restritiva 
b) subordinada adjetiva explicativa 
c) subordinada adverbial causal 
d) substantiva objetiva indireta 
e) substantiva completiva nominal 
 
Questão 09 (FGV) 
"Nota-se facilmente que nunca perceberam o papel secundário que 
exerciam naquele período." A oração em destaque é: 
a) substantiva objetiva direta d) substantiva subjetiva 
b) substantiva completiva nominal e) adjetiva restritiva 
c) substantiva predicativa 
 
Questão 10 
Assinale a alternativa em que há uma oração adjetiva: 
a) Compreendemos que o ponto a que chegamos era difícil. 
b) Uma boa medida é que se poupe. 
c) Estou convencido de que todos virão. 
d) Era necessário que se fizesse o que nos foi pedido. 
e) É de fato uma lástima que haja mais diálogo entre nós. 
SEMANA 10 – Orações Adjetivas 
 
 
 
 
 
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INTERPRETAÇÃO TEXTUAL 
TIRINHA, CHARGE E CARTUM 
Embora pertençam ao universo geral dos quadrinhos, a tirinha, a 
charge e o cartum têm diferenças técnicas claras. 
TIRINHA 
Apresenta em geral vários quadros e possui um universo ficcional 
próprio e já conhecido do leitor. Por exemplo, no caso das tirinhas 
da Mafalda, de Calvin e de Hagar. A historieta apresentada faz uso 
do humor e geralmente se vale de uma quebra de expectativa ou 
de uma ambiguidade para provoca-lo. Veja alguns exemplos: 
 
 
 
 
 
CHARGE 
Trata-se geralmente de um único quadro (embora possa haver 
mais de um) cujo humor decorre de sua relação com o cotidiano. 
Inspirada sobretudo no noticiário, a charge tem nos políticos suas 
vítimas preferenciais, e nos temas polêmicos, seus principais 
assuntos. Os chargistas fazem uso frequente da caricatura, que 
consiste em exagerar um ou alguns traços da personagem. 
 
 
 
 
CARTUM 
Trata-se de uma anedota autônoma, que pode ter relação com o 
cotidiano, mas que traz personagens desconhecidas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 114 
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CURSO ANUAL GRAMÁTICA E INTERPRETAÇÃO – (Prof. Cláudio Neves) 
EXERCÍCIOS DE APRENDIZAGEM 
 
Questão 01 (UERJ-2010) 
 
 
Para melhor compreensão da tira, o leitor precisa reconhecer alguns elementos implícitos. O 
fragmento que torna mais evidente essa necessidade é: 
a) "Minha inimiga mais terrível... a LOUVA DEUSA!" 
b) "Uma assassina fria e cruel!" 
c) "... os que sobrevivem ao seu ataque... têm inveja dos que morrem!" 
d) "... seus poderes são sobre-humanos!!" 
 
Questão 02 
 
 
Considerando-se os elementos verbais e visuais da tirinha, é correto afirmar que o que contribui de 
modo mais decisivo para o efeito de humor é 
a) a ingenuidade dos personagens em acreditarem na existência de poderes sobrenaturais. 
b) o contraste entre os personagens que representam diferentes classes sociais. 
c) o duplo sentido do substantivo “super-herói”, no contexto do 1º quadrinho. 
d) a tentativa fracassada do personagem ao fazer um discurso panfletário. 
e) a quebra de expectativa produzida, no último quadrinho, pelo termo “invisibilidade” 
 
Questão 03 (UERJ-2009) 
 
A metáfora é uma figura de linguagem que se caracteriza por conter uma comparação implícita. O 
cartum de Sizenando constrói uma metáfora, que pode ser observada na comparação entre: 
a) o sentimento de desilusão e a floresta 
b) a propaganda dos bancos e os artistas 
c) a ironia do cartunista e a fala do personagem 
d) o artista desiludido e o personagem cabisbaixo. 
 
Questão 04 (Enem-2000) 
 
 
Anotações 
SEMANA 10 – Orações Adjetivas 
 
 
 
 
 
115 
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Em uma conversa ou leitura de um texto, corre-se o risco de atribuir um significado inadequado a um 
termo ou expressão, e isso pode levar a certos resultados inesperados, como se vê nos quadrinhos 
abaixo. 
 
Nessa historinha, o efeito humorístico

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