Buscar

A História da Escravidão Negra no Brasil

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

A História da Escravidão Negra no Brasil 
A escravidão é um capítulo da História do Brasil. Embora ela tenha sido abolida há 115 anos, não pode ser apagada e suas conseqüências não podem ser ignoradas. A História nos permite conhecer o passado, compreender o presente e pode ajudar a planejar o futuro. Nós vamos contar um pouco dessa história para você. Vamos falar dos negros africanos trazidos para serem escravos no Brasil, quantos eram, como viviam, como era a sociedade da época. Mas, antes disso, confira o texto da Lei Áurea, que fez com que o dia 13 de maio entrasse para a História.
“Declara extinta a escravidão no Brasil. A princesa imperial regente em nome de Sua Majestade o imperador, o senhor D. Pedro II, faz saber a todos os súditos do Império que a Assembléia Geral decretou e ela sancionou a lei seguinte:
Art. 1°: É declarada extinta desde a data desta lei a escravidão no Brasil.
Art. 2°: Revogam-se as disposições em contrário.
Em 13 de maio de 1888, a princesa Isabel aboliu a escravidão no Brasil, colocando nas ruas milhares de negros que, de uma hora para outra, ficaram sem destino. Com isso agradou a abolicionistas, bateu de frente com escravocratas e para muitos historiadores começou a escrever o epílogo do reinado de seu pai, Pedro II, que cairia pouco mais de um ano mais tarde.
As roupas, nas diversas sociedades, além de protegerem o corpo e destacarem a beleza, estabelecem hierarquias, tornam-se símbolos identitários, por meio dos quais é possível refletir sobre os valores sócio-culturais de determinados grupos.
 A realidade era bastante diferente daquele quadro idealizado pelo jesuíta. Homens, mulheres e crianças vinham da África em condições precárias nos infames navios negreiros. Chegavam (muitos morriam na viagem) famintos, doentes, desidratados e envoltos em farrapos sujos.
 A partir daí, eram vendidos aos colonos. Temos, então, que fazer duas grandes diferenciações quando se fala dos cativos: aqueles que trabalhavam nas lavouras e os que viviam nos incipientes núcleos urbanos. 
No campo, as roupas geralmente se limitavam a peças de algodão grosseiro. Quase todos andavam descalços. Os servos usavam geralmente apenas uma camisa longa ou, os mais afortunados, calções para cobrir o corpo. Andavam, portanto, seminus. As mulheres usavam saias e blusas muito largas, com o tronco à mostra. Sempre de tecidos rústicos.
A quem trabalhava na casa-grande era permitido usar um guarda-roupa um pouco mais completo. Em favor da decência, vestiam calças e camisas de algodão. As mucamas usavam saias, blusas (hoje talvez chamássemos de batas) e turbantes nas cabeças. Os tecidos podiam ser coloridos e algumas andavam de chinelas. Os cabelos eram muito curtos ou raspados, o que era bem mais higiênico por causa dos piolhos que assolavam TODAS as classes sociais, sem distinção.
Revolta dos Malês
Revolta dos Malês foi um levante de escravos de maioria muçulmana na cidade de Salvador, capital da Bahia, que aconteceu na noite de 24 para 25 de janeiro de 1835. Foi a revolta de maior importância do estado. 
Os malês eram negros de origem islâmica, que organizaram o levante. O termo malê tem origem na palavra imalê, que significa "muçulmano" na língua ioruba. Apenas negros africanos tomaram parte na revolta, que contou com cerca de 600 homens. Os nascidos no Brasil, chamados crioulos, não cooperaram.
 Os escravos que lutaram na revolta eram em sua maioria muçulmanos falantes da língua iorubá, também conhecidos como nagôs na Bahia. Outros grupos étnicos, como os haussás também tomaram parte na batalha, mas em números menos significativo. No entanto, o descontentamento com as condições de vida era geral, mesmo entre as pessoas não escravas, sua grande maioria mestiços e crioulos.
Os nagôs tinham o costume de registrar acontecimentos e tendo como religião o Islã, escreviam em árabe. Anotações encontradas em documentos servem para entender os motivos e circunstâncias do levante.

Continue navegando