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Quadro comparativo modernidade sólida x modernidade líquida

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1. Quadro comparativo
	
Conceito
	Modernidade Sólida
A modernidade sólida pode se caracterizar como uma época de certezas, onde tudo era menos flexível e mais rígido. Uma época de maior estabilidade nos mais diversos aspectos.
	Modernidade Líquida
“É o momento onde a fluidez e a flexibilidade atuam de maneira predominante, deixando para traz a lógica e preceitos de ordem e regulação da época anterior, a sólida, dando espaço ao incerto, e materializando-se enquanto sociedade de consumo e do gozo imediato”. (DIAS, MANDELLI, 2014. Pág. 01)
"Viver o presente, e não mais a construção da estrada para um novo mundo (ordenado), é um dos efeitos inesperados da liquidez contemporânea". (ALMEIDA, 2009, pág. 33).
	
Trabalho
	"Os esforços empreendidos pelos jardinheiros e legisladores na tarefa da ordem estavam vinculados ao desenvolvimento da ética do trabalho" (ALMEIDA, 2009, pág. 33).
“[...] era o tempo do compromisso entre capital e trabalho, fortificado pela mutualidade de sua dependência. Os trabalhadores dependiam de empregos para terem sustento; o capital dependia de empregá-los para sua reprodução e crescimento”. (BAUMAN, 2008, p. 33).
“No tempo da modernidade sólida ou pesada, o trabalho possuía uma relação relativamente estável com o capital de forma a ambos possuírem um vínculo de dependência”. (DIAS, MANDELLI, 2014, pág. 01).
	"Com a flexibilização, a desregulamentação e a precarização do trabalho, o antigo casamento entre patrões e empregados, que os mantinham presos ao "chão da fábrica", não passa de uma coabitação até segunda ordem, sustentável apenas enquanto beneficiar um dos polos ou até nova rodada de demissões e ajustes orçamentários". (ALMEIDA, 2009, pág. 34).
“[...] o trabalho, cada vez mais, deixa de ser a base da honra e do enobrecimento a partir do qual os indivíduos podem justificar suas vidas. A dignidade da pessoa, cada vez mais, se vincula à alegria presente no consumo [...]”. (ALMEIDA, 2009, pág. 35).
“A descorporificação do trabalho anuncia a ausência de peso do capital. Sua dependência mútua foi unilateralmente rompida: enquanto a capacidade do trabalho é, como antes, incompleta e irrealizável isoladamente, o inverso não mais se aplica”. (BAUMAN, 2001, pág. 141).
	
Relações Humanas
	"[...] o império da ordem como tarefa projetava trajetórias de longa duração". (ALMEIDA, 2009, pág. 41). 
	"Tudo é descartável: as relações humanas, os humanos indesejáveis, as mercadorias e o próprio corpo". (ALMEIDA, 2009, pág. 40).
“A precariedade da atual condição humana gera a desconfiança, de modo que vivemos em um período em que “a confiança é substituída pela suspeita universal.”” (ALMEIDA, 2009, pág. 40).
"A relação com conhecimentos passados torna-se supérflua, ocasionando o colapso do pensamento: o esquecimento passa a ser o combustível das relações humanas". (ALMEIDA, 2009, pág. 41).
	
Noção de Corpo
	Como é uma época vista como sociedade de trabalhadores (produtores), nosso corpo era visto como algo para produzir.
	“O corpo assume o antigo lugar de nação no sentido de algo a ser defendido. A garantia presente na defesa corporal está relacionada, mais intensamente, com as sensações a serem vivenciadas no presente”. (ALMEIDA, 2009, pág. 43).
	Com isso, pode-se dizer que estamos em uma época em que como o corpo é nosso, temos o direito de fazer com ele o que bem entendermos.
	
Identidade
	A identidade era visto como algo que nascemos, herdada de nossos antepassados, e por isso, imutável.
	“Os indivíduos buscam exemplos em que possam mirar e que contribuam na construção do seu estilo de vida”. (ALMEIDA, 2009, pág. 43).
	A identidade passou a ser algo que pode ser modificado como bem queremos, não mais vista como algo que nascemos, mas sim que vai sendo construída ao longo de nossa vida. Passou a ser vista como algo feito do zero e que não possui fim, devido a que estamos em uma sociedade na qual o consumo é constante e existir infinitas possibilidades de escolha sendo movidas pelo querer e o desejo.
	
Estado
	“Os intelectuais legisladores planejavam racionalmente, como forjar, para e pelas ações estatais, uma sociedade equilibrada e ordeira. Ambos se uniram para ditar à “pessoa comum” o que seria uma vida correta e razoável, sendo a nova ética daí surgida à ética do trabalho, da disciplina para o trabalho. A “solidez” pressuposta nesta ética representava a ideia de estabilidade proporcionada pelas instituições sociais, que indicavam as condutas a serem seguidas e que permitiam a manutenção de rotinas, ao mesmo tempo em que decretava a divisão entre o certo e o errado, o normal e o patológico”. (ALMEIDA, 2009, pág. 34).
	"Ao invés de demonstrar sua força para garantir "os seus de dentro" com segurança e livres, o Estado pós-panóptico emprega o poder que ainda lhe resta diante das forças extraterritoriais do capital para manter sob seu comando, embora sem qualquer pretensão de um novo projeto ordenador, o caótico mundo daqueles que são refugados da globalização econômica". (ALMEIDA, 2009, pág. 38).
"O Estado silencia na área social e investe na criminalização, no seu poder de excluir os indesejáveis". (ALMEIDA, 2009, pág. 39).
2. Referencias
Dias, Taguchi Midori, Daniela; Mandelli, Pedrosa, Jéssica. Artigo As Relações de Trabalho na Sociedade Líquido-Moderna: Desafios para Psicologia Organizacional e do Trabalho. Universidade Estadual de Londrina, 2009.
Pensamento do, Fronteiras. Zygmunt Bauman - Fronteiras do Pensamento. 2011. (30m25s). Disponível em: < https://www.youtube.com/watch?v=POZcBNo-D4A >. Acesso em: 01/03/2017.

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