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Termodinâmica Capítulo 6 Entropia IFSUL – Campus Sapucaia do Sul Prof. Dr. Enio C. M. Fagundes Entropia – Uma propriedade do sistema Veremos a análise de sistemas a partir da segunda lei em termos da propriedade entropia. Definição de variação de entropia Uma quantidade pode ser chamada de propriedade se e somente se sua variação entre dois estados for independente do processo. Além do conceito de propriedade será utilizada a desigualdade de Clausius para apresentar a variação de entropia. Dois ciclos internamente reversíveis Ciclo caminho A - indo de 1 para 2 seguido por C de 2 a 1 Ciclo caminho B - indo de 1 para 2 seguido por C de 2 a 1 A desigualdade de Clausius: Os valores possíveis para σciclo são: ciclo BT dQ −= σciclo É a entropia produzida por irreversibilidades σciclo = 0 reversível σciclo > 0 irreversibilidades presentes σciclo < 0 impossível B indica que o calor e a temperatura são avaliados em relação a fronteira do sistema Para o primeiro ciclo a equação da desigualdade de Clausius fica: Para o segundo ciclo a equação da desigualdade de Clausius fica: ciclo é igual a zero, pois os ciclos são internamente reversíveis Subtraindo as equações dos dois ciclos A quantidade é a mesma para ambos os processos. A integral desta quantidade possui o mesmo valor para qualquer processo internamente reversível entre dois estados. A integral depende somente dos estados inicial e final, representando a variação de uma propriedade do sistema. Onde S = entropia e S2 – S1 = variação de entropia (S) Na forma diferencial a variação de entropia fica: A entropia é uma propriedade extensiva. A unidade no SI é J/kg.K, ou pode ser apresentada em kJ/kg.K (nas tabelas). A entropia específica ( ) no SI é kJ/kg.K e kJ/kmol.K A unidade inglesa para entropia específica é BTU/lb.ºR e Btu/lbmol. ºR. Avaliando a entropia O valor da entropia em qualquer estado y em relação a um estado de referência x é obtido a partir de: A utilização de valores de entropia em relação a um estado de referência (x) é satisfatória em cálculos com diferenças de entropia. Isto é válido para aplicações em que a composição permanece constante. Quando reações químicas ocorrem utiliza-se tratamentos em termos de valores absolutos de entropia, que são determinados utilizando a terceira lei da termodinâmica (que não será visto em nossa disciplina). Obtendo valores de entropia A entropia específica é tabelada assim como v, u e h são tabelados. Estes valores são fornecidos nas tabelas A-2 a A-18, sendo relativos aos estados e valores de referência apresentados a seguir. Para a água a entropia do líquido saturado a 0,01ºC (32,02ºF) é definida como nula. Para os refrigerantes, o valor zero é atribuído a entropia do líquido saturado a -40ºC (-40ºF). Valores para vapor superaquecido Nas regiões de vapor superaquecido tanto para água como para refrigerantes a entropia específica é tabelada assim como u, v e h em função da temperatura e da pressão. Exemplo: água em dois estados. Estado 1 : p1= 3 MPa e T1= 500°C Estado 2 : p2= 0,3 MPa, T2= ? (qual o valor de T2 ? se s2=s1). Vamos determinar a temperatura no estado 2. Utilizando a tabela A-4 (a seguir). Com os valores de p1 e T1 determina-se s1= 7,2338 kJ/kg.K (que é igual a s2). Retornando a tabela A-4 , na pressão de 0,3 MPa. Interpola-se com os valores de entropia, entre 160 e 200°C, obtendo T2= 183°C. Tabela A-4 Estado 1 : p1= 3 MPa e T1= 500°C Como s1 = s2 = 7,2338 e este valor fica entre 160 e 200°C. Faz-se a interpolação neste intervalo, para determinar T2. Cálculo de T2 : 200 – 160 = 200 – T2 7,3115 – 7,1276 7,3115 – 7,2338 T2 = 182,6 ºC ou aproximadamente 183 ºC Tabela A-4 Estado 2 : p2= 0,3 MPa, T2= ? Valores de saturação Os valores de sf e sg são tabelados em função da pressão de saturação e da temperatura de saturação. A entropia específica de uma mistura bifásica líquido - vapor é calculada utilizando o título (x). Estas relações são idênticas aquelas utilizadas para determinar v,u e h. Exemplo: Determinar a entropia específica do refrigerante 134a: na T= 0°C e u= 138,43 kJ/kg. Usar a tabela A-10. u está entre uf e ug a 0°C, então o sistema é uma mistura bifásica líquido-vapor. O título pode ser determinado. uf ug sf sg Utilizando gráficos de entropia Diagrama Temperatura-Entropia (T-s) A figura abaixo representa um diagrama T-s. As linhas de entalpia constante são mostradas na figura T-s. Na região de vapor superaquecido as linhas de volume específico constante tem inclinação maior que as linhas de pressão constante. Linhas de título constante são mostradas na região líquido-vapor e apresentadas como percentual de umidade (que é dado pela razão da massa de líquido pela massa total). Na região de vapor superaquecido as linhas de entalpia específica constante se tornam aproximadamente horizontais à medida que a pressão diminui (sombra clara). Nesta mesma região a entalpia é determinada principalmente pela temperatura: h(T,p) h(T). Nesta região o modelo de gás ideal fornece uma aproximação apropriada. Para estados de vapor superaquecido, fora da área sombreada, a temperatura e a pressão são necessárias para avaliar a entalpia e o modelo de gás ideal não é apropriado. Diagrama Temperatura-Entropia Observar em cada região as linhas de v, p, h constante Diagrama Entalpia-Entropia (h-s) Conhecido também como diagrama de Mollier. A figura abaixo mostra o diagrama h-s. Notar a localização do ponto crítico, a forma das linhas de temperatura constante e pressão constante. Linhas de título constante são mostradas na região bifásica líquido-vapor. A figura permite avaliar propriedades no estado de vapor superaquecido e misturas bifásicas líquido-vapor. Dados para líquidos raramente são mostrados. Na região de vapor superaquecido linhas de temperatura constante se tornam aproximadamente horizontais a medida que a pressão é reduzida (sombra clara). Nesta área o modelo de gás ideal fornece uma aproximação apropriada. Diagrama Entalpia-Entropia Exemplo de uso do diagrama de Mollier. Considerando dois estados da água. No estado 1: T1= 240°C, p1= 0,10 MPa (= 1 bar). No estado 2: p2= 0,01 MPa (=0,1 bar) e s2=s1. A entalpia específica e o título no estado 2 precisam ser determinados. Utilizando a figura A-8 (página seguinte). O estado 1 está localizado na região de vapor superaquecido (na T1=240°C e p1=0,1MPa). Traçando uma linha vertical na direção da região bifásica líquido- vapor , o estado 2 é localizado alcançando a p2=0,01 MPa. O título e a entalpia específica no estado 2 são obtidos da figura e apresentam boa concordância com os valores das tabelas A-4 e A- 3: x2= 0,98 e h2= 2537kJ/kg. Figura A-8 Utilizando as tabelas - Tabela A4 s1= 7,9949 na p= 0,10 Mpa (1 bar) e T= 240°C pressão Se x = 0,98 h= hf + x. (hg – hf) h= 191,83 + 0,98.2392,8 = 2536,774 kJ/kg No estado 2: p2= 0,01 MPa (0,10 bar) e s1= 7,9949 O valor de x pode ser calculado usando os dados de sf e sg na pressão 0,10 bar: x = (s – sf)/(sg-sf) x= (7,9949 – 0,6493)/(8,1502 – 0,6493) = 0,979296 Utilizando as equações TdS A entropia entre dois estados pode ser determinada pela equação Estas avaliações também podem ser feitas utilizando as equações TdS. As equações TdS são desenvolvidas considerando um sistema puro, compressível e simples , submetido a um processo internamente reversível. Desconsiderando o movimento do corpo e as forças gravitacionais um balanço de energia na forma diferencial pode ser dado 1ª Lei da Termodinâmica U = Q – W Usando a definição de um sistema simples compressível o trabalho é dado por Substituindo estas equações na equação anteriorPrimeira equação TdS Como H= U + pV Substituindo esta equação na primeira equação TdS Segunda equação TdS As equações TdS podem ser escritas em base mássica Ou em base molar Embora as equações TdS sejam obtidas considerando um processo internamente reversível , uma variação de entropia obtida pela integração dessas equações corresponde a variação para qualquer processo , reversível ou irreversível, entre dois estados de equilíbrio de um sistema. Considerando uma mudança de fase de líquido saturado para vapor saturado a T e p constantes. (2ª eq TdS) Pois T e p são constantes, dp = o Considerando o refrigerante 134a a 0°C. Usando a tabela A-10, hg – hf = 197,21 kJ/kg. Então sg – sf é: Tds = dh - Vdp sf sg sf-sg = 0,722 Variação de entropia para uma substância incompressível O modelo de uma substância incompressível admite que o volume específico seja constante e que a energia interna específica depende somente da temperatura. Logo du= c(T)dT. Como v é constante: (Incompressível, c é constante) ou dT (1ª eq TdS) Tanto a equação quanto as equações: São utilizadas para fornecer u e h, e são aplicáveis a sólidos e líquidos, quando considerados como incompressíveis. Os calores específicos de alguns sólidos e líquidos são apresentados na tabela A-19. Exemplo: um sistema composto por água líquida , T1= 300K e p1= 1bar, passa por um processo e no estado 2, apresenta: T2= 323 K e p2= 1bar. Calcular s2 – s1, usando os dados da tabela A-2 e a equação abaixo : s1sf(T1)= 0,3954 kJ/kg.K s2sf(T2)= 0,7038 kJ/kg.K Logo: s2-s1 = 0,308 kJ/kg.K T1= 27°C T2= 50°C s2-s1 = 4,18. ln(323/300) = 0,309 kJ/kg.K Calcular usando a equação considerando c = 4,18 kJ/kg.K (tabela A-19) Observa-se a concordância dos resultados com os dados da tabela Variação de entropia de um gás ideal A entropia entre dois estados para um gás ideal pode ser avaliada com as equações TdS. Para um gás ideal e Substituindo nas equações acima ds = cv(T).dT/T + R.T. dv/v.T e ds = cp(T).dT/T – R.T. dp/p.T Integrando R é constante, os últimos termos das equações (v e p) podem ser integrados diretamente. Observe que cv e cp são funções da temperatura e a integração não é direta. Variação de cp com a temperatura – equação e alguns exemplos A capacidade calorífica a volume constante também apresenta relação de dependência com a temperatura, de forma semelhante a cp. Tabelas de gás ideal (entropia para gases ideais ) Para fins de conveniência define-se uma nova variável T’ T’ é uma temperatura arbitrária de referência A integral abaixo pode ser escrita em termos de s° dando T’ T’ Como s° depende apenas de T ela pode ser tabelada (tabelas A-22 e A-23) da mesma forma que h e u. Revisão do modelo de gás ideal equação de estado variações de u e h Calores específicos constantes ou u= cv . T ou h= cp . T Calores específicos variáveis u(T) e h(T) obtidos das tabelas A-22 para ar (base mássica) e da tabela A-23 para outros gases (base molar) A equação fica: base molar Como s° depende apenas de T ela pode ser tabelada (tabelas A-22 e A-23). Quando s° é selecionada como 0 K é identificada como entropia absoluta. Exemplo: avaliar a entropia específica para o ar, admitido como gás ideal, de um estado T1= 300 K e p1= 1 bar a um estado T2= 1000 K e p2= 3 bar utilizando as últimas equações vistas e os dados da tabela A-22. Assumindo calores específicos constantes Quando cv e cp são assumidos como constantes , valem as equações: Exemplo: determine a variação de entropia específica para o ar admitido como gás ideal que passa por um processo de T1= 300K, p1= 1bar, para T2= 400 K, p2= 5bar. Como o intervalo de temperatura é pequeno admite-se que cp é constante e avaliado a 350 K. (cp= 1,008 kJ/kg.K, tabela A-20) Variação de entropia em processos internamente reversíveis A medida que um sistema fechado é submetido a um processo internamente reversível sua entropia pode aumentar, diminuir ou permanecer constante. Este fato pode ser percebido usando: Quando um sistema fechado recebe energia sob a forma de calor ele experimenta um aumento de entropia. Quando energia é retirada do sistema por transferência de calor a entropia diminui. A transferência de entropia acompanha a transferência de calor. Em um processo adiabático, a entropia permanece constante (processo isoentrópico) Área representativa da transferência de calor Rearranjando a equação anterior e integrando de um estado inicial a um final Ou seja a área do diagrama temperatura-entropia representa a transferência de calor. Obs: válida para processo internamente reversível, não é valida para processos irreversíveis Aplicação do ciclo de Carnot Ciclo de potência de Carnot (figura abaixo): 2-3: T constante A entropia aumenta : Q23 = TH(S3-S2) a área da figura 2-3-a-b-2 representa a quantidade de calor transferida durante o processo. (transferência de calor para o sistema) 3-4: adiabático A entropia é constante 4-1: T constante A entropia diminui : Q41 = TC(S1-S4) a área da figura 4-1-b-a-4 representa a quantidade de calor transferida durante o processo. (transferência de calor do sistema para a vizinhança) 1-2: adiabático A entropia é constante A eficiência é dada por: numerador= (TH-TC)(S3-S2) denominador= TH(S3-S2) ou = (TH – TC)/TH No caso de um ciclo de refrigeração ou bomba de calor (figura abaixo) o calor é transferido para o sistema enquanto a temperatura se mantém igual a TC, e a entropia aumenta durante o processo 1-2. No processo 3-4 o calor é transferido a partir do sistema enquanto a temperatura permanece constante, TH, e a entropia diminui. Exercícios resolvidos no livro – cap 6 EXEMPLO 6.1 processo internamente reversível para a água. Água inicialmente como líquido saturado a 100° C, está contida em um conjunto cilindro-pistão. A água é submetida a um processo que a leva ao estado de vapor saturado, durante o qual o pistão se move livremente ao longo do cilindro. Considerando que a mudança de estado acontece em virtude do aquecimento da água a medida que esta percorre um processo internamente reversível a pressão e temperatura constantes, determine o trabalho e a transferência de calor por unidade de massa, em kJ/kg. A água no conjunto constitui um sistema fechado O processo é internamente reversível A temperatura e a pressão se mantêm constantes durante o processo Não há variação de EC, EP entre os dois estados Como p e T são constantes Retirando os valores da tabela A2: Como o processo é internamente reversível e T=constante: ou Retirando os valores da tabela A2: Lembre: V=m.v e S=m.s W/m = 1,014x105(1,673 – 1,0435x10-3) = 169536,4 J/kg Forma alternativa para calcular o calor introduzindo Retirando os valores da tabela A2 para T= 100°C: Observar que é o mesmo valor de Q/m calculado anteriormente Balanço de entropia para sistemas fechados O balanço de entropia é uma expressão da segunda lei conveniente para análise termodinâmica. O balanço de entropia é restrito a sistemas fechados e estendido a volumes de controle a seguir. Variação da quantidade de entropia contida no sistema durante um certo intervalo de tempo Quantidade líquida de entropia transferida para dentro através da fronteira do sistema durante o intervalo de tempo Quantidade de entropia produzida no interior do sistema durante o intervalo de tempo = + Matematicamente fica: Variação de entropia transferen cia de entropia geração de entropiaInterpretando o balanço de energia para um sistema fechado Baseado na equação: o lado esquerdo não depende do processo O lado direito da equação depende do processo. Visualizando o lado direito da equação: O primeiro termo pode ser interpretado como a transferência de entropia associada a transferência de calor. O sentido da transferência de calor é o mesmo para a entropia: Entropia (+) entropia transferida para o interior do sistema. Entropia (-) , entropia transferida para fora do sistema. O segundo termo , é positivo quando irreversibilidades internas ocorrem no processo e se anula quando as irreversibilidades não estão presentes. A entropia é produzida ou gerada no interior do sistema pela ação de irreversibilidades. A geração de entropia não é uma propriedade. Presença de irreversibilidades no sistema Ausência de irreversibilidades no sistema não pode ser negativo A variação de entropia pode: De acordo com a segunda lei: Quando conveniente a expressão pode ser apresentada na forma diferencial Balanço da taxa de entropia para sistemas fechados Considerando Tb constante e Q/Tb representa a quantidade de entropia transferida de uma parcela da fronteira na temperatura Tb. ou em termos de taxa temporal Representa a taxa temporal de transferência de entropia através de uma parcela da fronteira cuja temperatura instantânea é Tj. dS/dt é a taxa de variação temporal de entropia do sistema. representa a taxa temporal de geração de entropia devida a irreversibilidades no interior do sistema Balanço da taxa de entropia para um sistema fechado Exemplo 6.2 – Processo irreversível para água. Água inicialmente como líquido saturado a 100°C, está contida em um conjunto cilindro-pistão. A água é submetida a um processo que a leva ao estado de vapor saturado, durante o qual o pistão se move livremente ao longo do cilindro. Não ocorre transferência de calor para a vizinhança. Se a mudança de estado acontece pela ação de um agitador, determine o trabalho por unidade de massa, em kJ/kg, e a quantidade de entropia produzida por unidade de massa, em kJ/kg.K. A água no conjunto constitui um sistema fechado Não há transferência de calor com a vizinhança O sistema está em equilíbrio e não há variação de EC, EP entre os dois estados O volume do sistema aumenta durante o processo. Há transferência de energia por trabalho do sistema. Há também transferência de energia por trabalho do sistema via agitador. O trabalho líquido é avaliado pelo balanço de energia Utilizando a massa a equação fica: Retirando os valores da tabela A2 para T= 100°C: O sinal (-) indica que o trabalho introduzido pelo agitador é maior que o trabalho feito pela água quando se expande. A entropia é avaliada pelo balanço de entropia. Não há transferência de calor (dQ = 0). ou Retirando os valores da tabela A2 para T= 100°C: ug=2506,5 kJ/kg uf=418,94 kJ/kg sg=7,3549 kJ/kg.K sf=1,3069 kJ/kg.K Exemplo 6.3 avaliando o trabalho de compressão teórico mínimo. Refrigerante 134a é comprimido adiabaticamente em um conjunto cilindro- pistão a partir do estado de vapor saturado a 0°C a uma pressão final de 0,7 MPa. Determine o trabalho teórico mínimo requerido por unidade de massa de refrigerante, em kJ/kg. O refrigerante 134a é um sistema fechado Não há transferência de calor com a vizinhança O sistema está em equilíbrio e não há variação de EC, EP entre os dois estados Estados finais possíveis Compressão real Balanço de energia Tabela A10: u1 na T= 0°C. Note que está no estado de vapor saturado, logo u1=ug= 227,06 kJ/kg. Para esta mesma condição s1 =sg= 0,9190 kJ/kg.K Como o processo é adiabático dQ = 0 Para um processo internamente reversível, s2 = s1, esta condição é dada quando em 2s ( e não em 2). Pela tabela A12 na pressão de 0,7 MPa considerando s2s = s1 = 0,9190 kJ/kg.K. Obtém-se u2s por interpolação entre a T de sat e 30°C. u2s = 244,32 kJ/kg. Interpolar para encontrar u2 Exemplo 6.4 – identificando irreversibilidades. Com referência ao exemplo 2.4, avalie a taxa de geração de entropia , em kW/K, para (a) a caixa de redução como sistema (b) um sistema estendido que consiste na caixa de redução e uma parcela suficiente de sua vizinhança, de forma que a transferência de calor ocorra à temperatura da vizinhança que se encontra afastada da caixa de redução, Tf = 293 K. Considerações: A caixa é um sistema fechado e opera em regime permanente Caixa + parcela da vizinhança são considerados um sistema fechado As temperaturas da superfície externa da caixa e a temperatura da vizinhança são consideradas uniformes a)Balanço de entropia para um sistema fechado. Como o regime é permanente dS/dt =0. como b)Balanço de entropia para um sistema fechado. Como o regime é permanente dS/dt =0. como Sentido dos processos Princípio do aumento de entropia Utiliza-se o balanço de energia e entropia para apresentar o princípio do aumento de entropia. Utiliza-se sistemas estendidos, que compreendem o sistema e a parcela da vizinhança afetada pelo sistema a medida que este percorre um processo. Este sistema estendido é considerado um sistema isolado Em um sistema isolado não ocorre transferência de energia, a energia permanece constante. Como a energia é uma propriedade extensiva: Um balanço de entropia para um sistema isolado fica: Balanço de energia para um sistema isolado viz Lembre: Um sistema isolado não troca calor Corresponde a quantidade de energia gerada no interior do sistema e sua vizinhança. A entropia é gerada em todos os processos reais, logo a entropia de um sistema isolado aumenta (princípio do aumento de entropia) Esta equação estabelece o sentido no qual qualquer processo pode evoluir, no sentido que faz aumentar o somatório da entropia do sistema com a entropia da vizinhança. viz Exemplo 6.5 – resfriando uma barra de metal quente. Uma barra metálica com 0,3 kg a 1200 K é removida de um forno e resfriada por imersão em um tanque fechado contendo 9 kg de água inicialmente a 300 K. Cada substância pode ser admitida como incompressível. Um valor apropriado de calor específico constante para a água é cw = 4,2 kJ/kg.K e um valor apropriado para o metal é cm = 0,42 kJ/kg.K. A transferência de calor a partir do conteúdo do tanque pode ser desprezada. Determine (a) a temperatura final de equilíbrio da barra metálica e da água, em K, e (b) a quantidade de entropia produzida, em kJ/K. Considerações: A barra de metal e a água são um sistema fechado Não há transferência de energia por calor ou trabalho: o sistema é isolado Não há variação de EC e EP A água e o metal são considerados incompressíveis e c é conhecido a) Balanço de energia Tf = temperatura final, Twi= temperatura inicial da água, Tmi= temperatura inicial do metal Ou: 9x4,2X103(Tf – 300)+0,3x0,42x103(Tf – 1200) =0 Tf=302,9 K ; U = 0 U = m. c.T b) Balanço de entropia. Não há transferência de calor dQ = 0 A variação de entropia para uma substância incompressível é dada por: (Incompressível, c é constante) ; S = Interpretação estatística da entropia Em termodinâmica estatística a entropia é associada ao conceito de desordem microscópica. Conforme um sistema isolado se move em direção ao equilíbrio nosso conhecimento da condição de cada partícula que constitui o sistema diminui, que corresponde a um aumento na desordem microscópica e um aumento da entropia. A entropia de uma substância na fase gasosa é muito maior que a desta substância na fase sólida. Na fase sólida as moléculas oscilam em torno de posições de equilíbrio e estas posições podem ser determinadas com uma certa precisão. Na fase gasosa as moléculas se movem de forma aleatória colidindo entre si e mudando de direção, ficandodifícil prever com precisão o estado microscópico do sistema. A entropia de um sistema está relacionada ao número total de possíveis estados microscópicos do sistema, chamada probabilidade termodinâmica, p, dada pela relação de Boltzman. S = k.ln p A constante de Boltzmann k= 1,3806 x 10-23 J/K. Do ponto de vista microscópico a entropia de um sistema aumenta sempre que a aleatoriedade molecular do sistema aumentar. A entropia é uma medida da desordem molecular. Balanço da taxa de entropia para volumes de controle O conceito de balanço de entropia será estendido a volumes de controle. Tal como a massa e a energia a entropia é uma propriedade extensiva, podendo ser transferida para o interior ou exterior do volume de controle por escoamentos de matéria. Como esta é a única diferença entre sistemas fechados e volume de controle, pode-se obter o balanço da taxa de entropia para um volume de controle pela modificação da equação abaixo. Obtendo: Taxa de variação de entropia Taxa de transferência de entropia Taxa de geração de entropia Forma integral do balanço da taxa de entropia Svc(t) representa a entropia total associada ao volume de controle no tempo t Taxa de transferência de entropia associada à transferência de calor fluxo de calor, , que é a taxa de transferência de calor por unidade de área de superfície do sistema. ( )vc V m t dV= Balanços de taxas para volumes de controle em regime permanente Princípio da conservação de massa Balanço da taxa de energia em regime permanente Balanço de entropia para regime permanente em termos da taxa Estas equações devem ser resolvidas simultaneamente, junto com as relações de propriedades apropriadas. Massa e energia são grandezas que se conservam, mas entropia não se conserva, pois a taxa de entropia que sai excede a taxa de entropia que entra devido a irreversibilidades. Volumes de controle com uma entrada e uma saída em regime permanente Neste caso a equação anterior se reduz a Dividindo pela vazão mássica e rearranjando: Se não ocorrer transferência de entropia associada a transferência de calor a equação fica: Quando irreversibilidades estão presentes no interior do vc, a entropia de uma unidade de massa aumenta pela passagem da entrada para a saída. Quando não há irreversibilidades não há alteração de entropia (isoentrópica) Exemplo 6.6 – geração de entropia em uma turbina a vapor. Vapor d’água é admitido em uma turbina com uma pressão de 30 bar, a temperatura de 400°C, e uma velocidade de 160 m/s. Vapor saturado a 100°C é descarregado com uma velocidade de 100 m/s. Em regime permanente, a turbina produz uma quantidade de trabalho igual a 540 kJ por kg de vapor escoando através da turbina. Ocorre transferência de calor entre a turbina e a sua vizinhança a uma temperatura média da superfície externa igual a 350 K. Determine a taxa de geração de entropia no interior da turbina por kg de vapor escoando, em kJ/kg.K. Despreze a variação de EP entre a admissão e a descarga. Considerações: O volume de controle está em regime permanente. A transferência de calor da turbina para a vizinhança ocorre a uma temperatura média da superfície externa. A variação de EP entre a admissão e a descarga pode ser desprezada. Balanço entre a entrada e a saída no vc em regime permanente isolando A taxa de transf de calor é dada por: Tomando os dados da tabela A4: 30 bar; 400°C, h1= 3230,9 kJ/kg. Da tabela A2: h2= hg(100°C)= 2676,1 kJ/kg Da tabela A2: s2= 7,3549 kJ/kg.K e da tabela A4: s1= 6,9212 kJ/kg.K Fazendo o mesmo cálculo usando as unidades do SI. = 540x103 + (2676,1 – 3230,9) x103 + (1002-1602)/2 = - 22600 J/kg Exemplo 6.7 – avaliando uma especificação de desempenho. Um inventor afirma ter desenvolvido um dispositivo que, mesmo não necessitando de transferência de energia sob a forma de trabalho ou calor, permite a produção de ar quente e frio a partir de um escoamento único de ar a uma temperatura intermediária. O inventor fornece os dados de testes em regime permanente que indicam que quando ar é admitido a uma temperatura de 21°C e uma pressão de 5 bar, as correntes de ar obtidas são descarregadas a -18°C e 79°C, respectivamente , ambas a pressão de 1 bar. Sessenta por cento da massa admitida no dispositivo é descarregada a uma temperatura inferior. Avalie a afirmação do inventor utilizando o modelo de gás ideal para o ar e desprezando as variações das EC e EP das correntes de admissão e descarga. Considerações: O vc está em regime permanente A potência e a transf. de calor do vc são iguais a zero A variação de EC e EP são desprezadas O ar é modelado como ideal e cp = 1,0 kJ/kg.K e constante De acordo com o balanço de massa, energia e entropia e as considerações anteriores: Se então =0,4(294 - 352)+0,6(294 -255) = zero (considerando os arredondamentos). Os princípios de conservação de massa , energia são satisfeitos Como não há transferência de calor, o balanço de entropia para um regime permanente fica: Combinando balanço de massa e entropia Calculando A segunda lei também é satisfeita. O invento não viola os princípios da termodinâmica. Estes tipos de dispositivos existem e são chamados tubos de vórtices e são utilizados na indústria para resfriamentos localizados. Exemplo 6.8 – geração de entropia em componentes de bombas de calor. No esboço abaixo são mostrados os componentes de uma bomba de calor para fornecimento de ar aquecido para uma residência. Em regime permanente o refrigerante 22 é admitido no compressor a -5°C, 3,5 bar e é comprimido adiabaticamente até 75°C, 14 bar. Do compressor, o refrigerante passa através do condensador, onde é condensado a líquido a 28°C, 14 bar. O refrigerante é então expandido através de uma válvula de expansão até 3,5 bar. Os estados do refrigerante são mostrados no diagrama T-s. Ar de retorno da residência é admitido no condensador a 20°C, 1 bar, a uma vazão volumétrica de 0,42 m3/s e é descarregado a 50°C com uma perda de carga desprezível. Utilizando o modelo de gás ideal para o ar e desprezando os efeitos das energias cinética e potencial, (a) determine as taxas de geração de entropia, em kW/K, para um volume de controle envolvendo o condensador, o compressor e a válvula de expansão, respectivamente. (b) discuta as fontes de irreversibilidades nos componentes considerados no item (a). Considerações: Cada componente é analisado como um vc em regime permanente O compressor opera adiabaticamente e a expansão através da válvula é um processo de estrangulamento Para o vc considerando o condensador apenas, Wvc =0 e Qvc= 0 Os efeitos da EC e EP podem ser desprezados O ar é modelado como ideal com cp = 1,005 kJ/kg.K e valor constante Os dados são obtidos das tabelas: estado 1 - tabela A9: s1= 0,9572 kJ/kg.K. estado 2- tabela A9 por interpolação s2= 0,98225 kJ/kg.K e h2= 294,17 kJ/kg. estado 3 tabela A7: s3= sf(28°C)= 0,2936 kJ/kg.K e h3= hf(28°C) = 79,05 kJ/kg. Para expansão através da válvula de estrangulamento h3=h4. A tabela A8 fornece os dados do estado 4: sf4= 0,1328 e sg4= 0,9431 kJ/kg.K. A entropia específica para o estado 4 fica: Condensador como um vc Para calcular é necessário calcular e Pelo modelo de gás ideal Pelo balanço de energia é obtida a massa do refrigerante Assumindo que A variação da entropia para o ar fica: Calculando Compressor como vc válvula como vc b) Resumo dos valores das taxas de produção de entropia Excepcionalmente a verificação 3 será realizada até aqui. Os conhecimentos adicionais são muito importantes e aparecerão em outros capítulos, logo serão estudados após a verificação 3. Processos isoentrópicos As propriedades em estados com entropia constante podem ser relacionadas utilizando diagramasou tabelas. A figura abaixo mostra diagramas T-s e h-s. Todos os estados em uma linha vertical passando de um estado para o outro tem mesma entropia. Conhecendo o estado 1, os estados 2 e 3 podem ser determinados desde que se conheça uma propriedade adicional, p ou T. Os valores de outras propriedades podem ser lidas diretamente a partir das figuras. Utilizando o modelo de gás ideal Baseado na figura abaixo que representa dois estados de um gás ideal. As relações entre p, v e T obtidos de tabelas e pela suposição de que o calor específico é constante. Partindo de: Tabelas de gás ideal Determinando T2 Determinando p2 Estas equações podem ser usadas para ou Para gases tabela A-22 e A-23 Como: s1=s2 Para o caso do ar admitido como gás ideal Onde: Fica: (s1=s2, somente para o ar) Valores de pr nas Tabelas A-22 Onde: A função pr é chamada pressão relativa(não é realmente uma pressão, não confundir com pressão reduzida do diagrama de compressibilidade) pr1=pr(T1) pr2=pr(T2) Relação entre v e T, considerando a equação de um gás ideal É função da T vr é tabelada (tabela A-22) (s1=s2, somente para o ar) A função vr(T) é denominada volume relativo. Não é realmente um volume. Não confundir com volume específico pseudo-reduzido do diagrama de compressibilidade. Admitindo calores específicos constantes Processo isoentrópico, gás ideal e calores específicos constantes. As equações abaixo Ficam: Usando as relações dos gases ideais: Tem-se: Eliminando T: Processos politrópicos através dos diagramas p-v e T-s. Exercício 6.9 e 6.10 Exemplo 6.9 – processo isoentrópico do ar. Ar é submetido a um processo isoentrópico de p1= 1 atm, T1 = 300K até um estado final em que a temperatura é T2 = 650K. Utilizando o modelo de gás ideal, determine a pressão final p2 em atm. Utilize (a) os dados de pr da tabela A-22 (b) um programa de computador e (c) uma razão de calores específicos k constante avaliada para uma temperatura média de 475K da tabela A-20. Ar em um processo isoentrópico O ar é considerado gás ideal Considerar k constante Um gás ideal tem mesma entropia específica nas duas condições. Na tabela A22 tira-se os valores de pr. b) Pelo programa computacional o resultado é o mesmo 2 c) Quando k é constante para um gás ideal a entropia é a mesma nas duas condições. Pela tabela A20 , T= 202°C (475 K) , k= 1,39. Exemplo 6.10 – vazamento de ar em um tanque. Um tanque rígido e isolado preenchido inicialmente por 5kg de ar e 5 bar a uma temperatura de 500K. Um vazamento se desenvolve e o ar escapa lentamente, até que a pressão do ar que permanece no tanque é de 1 bar. Empregando o modelo de gás ideal, determine a quantidade de massa que permanece no interior do tanque e sua temperatura. O sistema fechado é a massa inicial dentro do tanque Não há transferência significativa de calor entre o sistema e a vizinhança Irreversibilidades dentro do tanque podem ser ignoradas quando o ar escapa suavemente O ar é considerado como gás ideal. A massa na condição 1 e 2 são dadas por: Falta determinar T2. o balanço de entropia é dado por: Como a massa do sistema permanece constante Como não há variação de entropia O Volume antes e depois é o mesmo Pela tabela A22 nas condições dadas p1= 5 bar e p2= 1 bar: pr1 = 8,411. Substituindo na equação obtém-se pr2 = 1,6822. Por interpolação na tabela A22 obtém-se T2 = 317 K. Inserindo os valores na equação pode-se calcular a massa: Eficiências isoentrópicas de turbinas, bocais, compressores e bombas Eficiências comparam o desempenho real de um equipamento e o desempenho que seria atingido em condições idealizadas para o mesmo estado inicial e a mesma pressão de saída. Eficiência isoentrópica de turbinas A figura abaixo representa um diagrama que mostra a expansão em uma turbina. O estado do líquido admitido na turbina e a pressão de saída são fixos. A transferência (turbina-vizinhança) de calor é desprezada, bem como efeitos da energia cinética e potencial. Com estas hipóteses, tem-se um regime permanente e o trabalho produzido por unidade de massa que atravessa a turbina é: h1 conhecida, o trabalho depende de h2 Não há transferência de calor h1 conhecida, o trabalho depende de h2 Não há transferência de calor O estado 2s seria atingido só no limite de ausência de irreversibilidades internas. Para p saída fixa h2 diminui assim como s2 O menor valor para h2 é correspondente ao estado 2s s2 < s1 não é possível em expansão adiabática. s2 > s1 é o único estado possível. expansão real expansão isoentrópica O valor máximo do trabalho da turbina é: Em uma expansão real h2 > h2s , então menos trabalho que o máximo seria produzido . Esta diferença é chamada eficiência isoentrópica da turbina. = Um valor típico de está entre 0,7 e 0,9 Eficiência isoentrópica de bocais É semelhante a apresentada para as turbinas. Esta é definida como a razão entre a energia cinética específica do gás saindo do bocal V2 2/2 e a energia cinética na descarga do bocal que seria atingida em uma expansão isoentrópica entre o mesmo estado de admissão e a mesma pressão de descarga, (V2 2/2)s. Eficiências de 95% ou mais para bocais são comuns. Bocais bem projetados são livres de irreversibilidades internas. bocal Eficiências isoentrópicas de compressores e bombas A figura abaixo mostra um processo de compressão. O estado do fluido admitido e a pressão de saída são fixos. A transferência de calor é desprezível , bem como a energia cinética e potencial. O trabalho é dado por: h1 é conhecida o trabalho depende de h2 Trabalho diminui com diminuição de h2. O trabalho mínimo necessário é: Em uma compressão real h2> h2s A eficiência isoentrópica do compressor é dada por: c é aproximadamente 75 a 85% b é definido de forma semelhante = Exercício 6.11 a 6.14 Uma turbina a vapor opera em regime permanente com condições de entrada de p1=5 bar e T1=320°C. O vapor deixa a turbina a uma pressão de 1 bar. Não há transferência de calor entre a turbina e a vizinhança. A variação de EC e EP podem ser desprezadas. Se a eficiência isoentrópica da turbina é de 75%, determine o trabalho produzido por unidade de massa de vapor escoando na turbina, em kJ/kg. A turbina é um vc e esta em regime permanente A expansão é adiabática e as variações de EC e EP podem ser negligenciadas. Exemplo 6.11 – avaliando o trabalho de uma turbina usando a eficiência isoentrópica. Trabalho na turbina usando a eficiência isoentrópica Pela tabela A4; h1= 3105,5 kJ/kg , s1= 7,5308 kJ/kg.K. O estado da saída é dado por p2= 1 bar e s2s=s1. Interpolando na tabela A4 na pressão de 1 bar e a entropia específica conhecida, h2s= 2743,0 kJ/kg. Uma turbina operando em regime permanente recebe ar a uma pressão p1=3 bar e T1=390 K. O ar sai da turbina a uma pressão p2=1 bar. O trabalho produzido é medido como 74 kJ por kg de ar escoando pela turbina. A turbina opera adiabaticamente. A variação de EC e EP podem ser desprezadas. Utilizando o modelo de gás ideal , determine a eficiência da turbina. A turbina é um vc e esta em regime permanente A expansão é adiabática e as variações de EC e EP podem ser negligenciadas. O ar é modelado como gás ideal Exemplo 6.12 – avaliando a eficiência isoentrópica de uma turbina A eficiência de uma turbina é dada pela equação abaixo. O numerador é conhecido e se desconhece o denominador Como: Pela tabela A22 na T= 390 K, h1= 390,88 kJ/kg. Para determinar h2s utiliza-se a equação abaixo: pr1= 3,481 Interpolando os valores na tabela A22 tem-se h2s= 285,27 kJ/kg Vapor d’agua é admitido em um bocal que opera em regime permanente a p1= 1,0 MPa e T1= 320°C com uma velocidade de 30 m/s. A pressão e a temperatura na saída sãop2= 0,3 MPa e T2= 180°C. Não há transferência de calor entre o bocal e a vizinhança e a variação de EP é desprezada. Determine a eficiência do bocal. O vc apresentado opera adiabaticamente em regime permanente Para este vc, e a variação de EP podem ser negligenciadas. Exemplo 6.13 – avaliando a eficiência isoentrópica de um bocal A eficiência do bocal é dada pela equação abaixo. É necessário calcular a EC específica na saída e a EC específica na saída em uma expansão isoentrópica. O balanço de massa e energia para regime permanente com uma entrada e uma saída fica: Da tabela A4: T1= 320°C, p1= 1,0 MPa, h1= 3093,9 kJ/kg, s1= 7,1962 kJ/kg.K e T2= 180°C, p2= 0,3 MPa, h2= 2823,9 kJ/kg. Interpolando na tabela A4 para p= 0,3 MPa com s2s=s1, s1= 7,1962 kJ/kg.K . Obtêm-se como resultado h2s= 2813,3 kJ/kg. A EC específica na saída para o processo isoentrópico fica Para o compressor da bomba de calor do exemplo 6.8 (reproduzido abaixo o diagrama T-s) , determine a potência em kW, e a eficiência isoentrópica utilizando dados de tabelas de propriedade. O vc do compressor está em regime permanente A compressão é adiabática e variações de EC, EP podem ser negligenciadas Exemplo 6.14 – avaliando a eficiência isoentrópica de um compressor o refrigerante 22 é admitido no compressor a -5°C, 3,5 bar e é comprimido adiabaticamente até 75°C, 14 bar. Vazão mássica= 0,07 kg/s O balanço de massa e energia fica: Da tabela A9, h1= 249,75 kJ/kg e h2= 294,17 kJ/kg: A eficiência isoentrópica do compressor e dada por: Da tabela A9, s1= 0,9572 kJ/kg.K com s2s= s1. Interpolando na tabela na pressão = 14 bar, h2s= 285,58 kJ/kg. Calor e trabalho em processos internamente reversíveis em regime permanente Calor transferido Para um vc em regime permanente , com escoamento isotérmico e internamente reversível, o balanço de energia fica: Num diagrama T-s a área representa o calor transferido por unidade de massa Trabalho Se aplica para o caso de irreversibilidades presentes Quando irreversibilidades estão ausentes(processo internamente reversível) = área da curva p-v Tds = dh – vdp ; -vdp= Tds - dh Para o caso de v=constante, envolvendo líquidos: Para os casos em que é nulo, como bocais e difusores Equação de Bernoulli Trabalho em processos politrópicos Processo internamente reversível com pvn=constante, como um processo politrópico, onde n é constante. Para qualquer valor de n, exceto n=1. Quando n=1, pv=constante, e o trabalho é: estas equações são aplicáveis para qualquer gás ou líquido Caso de gás ideal n1 Processo politrópico: Exercício 6.15 Um compressor de ar opera em regime permanente com ar admitido a p1=1 bar, T1= 20°C e descarregado a p2= 5 bar. Determine o trabalho e o calor transferido por unidade de massa que passa através do equipamento , em kJ/kg, se o ar é submetido a um processo politrópico com n = 1,3. Despreze as variações das energias cinética e potencial entre a entrada e a saída. Utilize o modelo de gás ideal para o ar. O vc com o compressor está em regime permanente O ar passa por um processo politrópico com n= 1,3 O ar é considerado ideal A variação de Ec e EP são negligenciadas Exemplo 6.15 – compressão politrópica do ar Para determinar para o compressor (eq abaixo) é necessário calcular T2 : O balanço de massa e energia fica: Utilizando as temperaturas T1 e T2 e a tabela A22, h1= 293,17 kJ/kg e h2= 426,35 kJ/kg. Equações principais
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