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RELATÓRIO DE PESQUISA MINERAL PROFESSORA: ANA PAULA MEYER TÂNIA CLEICIANE BARBOSA SOUZA RELATÓRIO DE PATOLOGIAS EM ROCHAS ORNAMENTAIS CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM 2019 TANIA CLEICIANE BARBOSA SOUZA RELATÓRIO DE PATOLOGIAS EM ROCHAS ORNAMENTAIS CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM 2019 Trabalho apresentado à disciplina de Caracterização Tecnológica em Rocahs Ornamentais do curso de Pós Graduação em Tecnologia de Rochas Ornamentais do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Espírito Santo como requisito parcial para avaliação da matéria de Pesquisa Mineral. Prof.: Doutora Ana Paula Meyer. CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM 2019 ÍNDICE DE FIGURAS Figure 1 – Desgates e perda de brilho ................................................................ 14 Figure 2 - : Divisória de banheiro com mancha provocada por humidade ........ 15 Figure 3 - Paínes, arte funerária .......................................................................... 15 Figure 4 - Trincas, quebras .................................................................................. 16 Figure 5 - Trica de dilatação ................................................................................ 17 Figure 6 – Florescência em faixada de uma empresa ....................................... 17 Figure 7 - Mesa com mancha de óleo ................................................................. 18 Figure 8 - Machas devido a ferrugem .................................................................. 19 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 6 2. OBJETIVOS ........................................................................................................................ 6 3. CONTEXTUALIZAÇÃO ......................................................................................................... 7 4. METODOLOGIA DE TRABALHO ........................................................................................ 11 4.1 Uso e Aplicação ....................................................................................................... 11 5. PATOLOGIA ..................................................................................................................... 13 5.1 Patologia em Rochas OrnamentaIs........................................................................... 13 5.1.1 Desgaste e Perda de Brilho ............................................................................... 13 5.1.2 Riscos............................................................................................................... 14 5.1.3 Absorção de Água, Machamento...................................................................... 14 5.1.4 Trincas ............................................................................................................. 16 5.1.5 Dilatação termica ............................................................................................. 16 5.1.6 Eflorescência .................................................................................................... 17 5.1.7 Machamento com óleo .................................................................................... 18 6. CONCLUSÃO .................................................................................................................... 21 7. REFERÊNCIA .................................................................................................................... 22 6 1. INTRODUÇÃO Atualmente as rochas ornamentais e de revestimento tem sido muito utilizada na construção civil, devido a estética visual positiva, fornecida pela cor e textura que proporciona ao ambiente, além de proporcionar a valorização do imóvel no mercado imobiliário. Ainda que muito utilizadas, diversos tipos de patologias ocorrem nos revestimentos com placas de rocha, desde simples manchas que mudam os aspectos estéticos da rocha, até mesmo fissuras, quebras e destacamentos, que causam grandes prejuízos e comprometem toda a sua funcionalidade e segurança. O presente trabalho visa a identificação de patologias em rochas ornamentais, essas causadas por diversos fatores, sendo que muitos pode ser minorados, e previstos antes da utilização da rocha. O locais onde se idetinficaram as patologias pertence ao município de Cachoeiro – ES, este polo produtor e beneficador desse bem mineral, é um verdadeiro laboratorio a céu aberto, onde pode-se indetificar diversos tipo de revertimento em rochas ornamentias, bem como as patologias decorrido do uso inapropriesa. Assim, as fotos apresntadas neste relatorio, é uma parte pequena a ser explorada, servido como exemplo para indenctificação e conheciemnto das patologias mais comuns em rochas ornamentais. 2. OBJETIVOS Relatar os usos da rocha ornamental no sul do estado do Espírito Santo; Identificar as principais patologias devido ao uso inadequado. 7 3. CONTEXTUALIZAÇÃO As rochas ornamentais são materiais que possuem uma infinidade de usos e características, fato este que confere uma personalidade única a cada peça ou conjunto de peças utilizadas (SILVEIRA, VIDAL, SOUZA, 2013). O possível emprego destes materiais e os locais de sua aplicação são tão diversos como suas cores. As rochas ornamentais se destacam por: • Efeito estético (beleza); • Durabilidade; • Resistência mecânica; • Flexibilidade no uso; • Obtenção de peças de diferentes características. Assim para adequada o uso a característica desse material, faz-se necessário realizar ensaios que a caracterize. A caracterização tecnológica de rochas ornamentais é realizada através de ensaios em laboratório, assim características intrínsecas, como parâmetros petrográficos, químicos, físicos e mecânicos ao material são obtidos, permitindo a qualificação para o uso de revestimento em edificações (FRASCÁ, 2002). Segundo Frascá (2002) existem alguns ensaios que são básicos para a caracterização tecnológica das rochas, como: Análise Petrográfica (NBR15845-1:205); Índices Físicos (NBR 15845-2:2015); Compressão Uniaxial (NBR 15845-5); Flexão (NBR 15845-6:2015); Tração na Flexão (NBR 15845-7 2015); Congelamento e Degelo (NBR 15845-4:2015); 8 Dilatação Térmica Linear (NBR 15845-3:2015); Desgaste Abrasivo Amsler (NBR 12042:2012); Impacto de Corpo Duro (NBR 15845-8:2015); Velocidade de propagação de ondas ultrassônicas longitudinais. Análise Petrográfica Fornece a natureza, mineralogia e classificação da rocha, com ênfase às feições que poderão comprometer suas resistências mecânica e química, e afetar sua durabilidade e estética. Índices Físicos Referem-se às propriedades de massas específicas aparentes seca e saturada (kg/m3), porosidade aparente (%) e absorção d'água (%), que permitem avaliar, indiretamente, o estado de alteração e de coesão das rochas. Compressão Uniaxial Determina a tensão (MPa) que provoca a ruptura da rocha quando submetida a esforços compressivos. (Figura 2). Sua finalidade é avaliar a resistência da rocha quando utilizada como elemento estrutural e obter um parâmetro indicativode sua integridade física. Congelamento e Degelo Consiste em submeter a amostra a 25 ciclos de congelamento e de degelo, e verificar a eventual queda de resistência por meio da execução de ensaios de compressão uniaxial ao natural e após os ensaios de congelamento e degelo. Calcula-se, então, o coeficiente de enfraquecimento (K), pela relação entre a resistência após os ciclos de congelamento e degelo e a resistência no estado natural. 9 É um ensaio recomendado para as rochas ornamentais que se destinam à exportação para países de clima temperado, nos quais é importante o conhecimento prévio da susceptibilidade da rocha a este processo de alteração. Tração na Flexão O ensaio de tração na flexão (ou flexão por carregamento em três pontos, ou ainda, módulo de ruptura) determina a tensão (MPa) que provoca a ruptura da rocha quando submetida a esforços flexores. Permite avaliar sua aptidão para uso em revestimento, ou elemento estrutural, e também fornece um parâmetro indicativo de sua resistência à tração. Dilatação Térmica Linear O coeficiente de dilatação térmica linear (10-3mm/m.oC) é determinado ao se submeter as rochas a variações de temperatura em um intervalo entre 0oC e 50oC. É importante para o dimensionamento do espaçamento das juntas em revestimentos. Desgaste Abrasivo Amsler Indica a redução de espessura (mm) que placas de rocha apresentam após um percurso abrasivo de 1.000 m, na máquina Amsler. O abrasivo utilizado é areia essencialmente quartzosa. Este ensaio procura simular, em laboratório, a solicitação por atrito devida ao tráfego de pessoas ou veículos. Impacto de Corpo Duro Fornece a resistência da rocha ao impacto, através da determinação da altura de queda (m) de uma esfera de aço que provoca o fraturamento e quebra de placas de rocha. É um indicativo da tenacidade da rocha. 10 Flexão O único ensaio rotineiro que é realizado obrigatoriamente em rocha beneficiada é o de resistência à flexão (ou flexão por carregamento em quatro pontos). Assim, a escolha da rocha que será utilizada, além de fatores estéticos é importante conhecer as propriedades tecnológicas das rochas, de forma que se faça uma escolha satisfatória e com bons resultados na aplicação que se deseja fazer. 11 4. METODOLOGIA DE TRABALHO A metodologia utilizada para realização foi a analise imediata de algumas atologias observada em campo. Sabe-se que Cachoeiro de Itapemirim se destaca como um município produtor de rochas, com isso, a cidade possui várias edificações/construções que usa esse material como acabamento, sendo assim, apresenta-se como um verdadeiro laboratório a céu aberto. Assim buscou-se por diversas patologias em edificações ocorrida devido ao uso, intempeires, choques, bem como associiada ao processo de beneficiamento. O uso deste material em cemitérios também foi explorado, bem como em fachadas. 4.1 Uso e Aplicação Uns pontos importantes a se analisar quanto ao uso e aplicação de rochas ornamentais, é a resposta desse material as solicitações externas, interna da estrutura, bem como sua reação aos agentes de intemperismo, e aos agentes químicos de limpeza. Figura 3: Agentes de intemperismo. Fonte: Modificado de Frascá (2010). Para uso e especificação de produtos naturais exige-se umas avaliações acerca de diversos fatores que se bem observado propiciará o desempenho adequado do produto. 12 Frascá (2010) sugere um roteiro ´para a escolha e seleção de rochas para revestimento de modo que o uso dessa seja condizente com os fatores deletérios a que estará sujeita, evitando assim más escolhas. Roteiro para aplicação. Fonte: Modificado de Frascá (2010). Em síntese, os resultados dessas análises, além de fornecerem a classificação petrográfica ecomposição mineralógica do material, contêm informações que permitem definir a melhor sistemática de aplicação a ser adotada. 13 5. PATOLOGIA O termo "patologia" é derivado do grego(pathos - doença, e logia - ciência, estudo) e significa "estudo da doença". Na construção civil pode-se atribuir patologia aos estudos dos danos ocorridos em edificações. Quando menciona-se patologia para rochas ornmaeitais busca-se identificar diversas manifestações como: manchamentoes, trincas, descagaste, eflorencianceia dentre outros. 5.1 Patologia em Rochas OrnamentaIs Devido as suas propriedade minerais e ao uso inadequado, ataqeus químicos, fisico se inteperies, as rochas podem sofre algumas paratologias, como mostrados abaixo. 5.1.1 Desgaste e Perda de Brilho um dos problemas relacionado ao uso de rochas ornamentais é a perda de brilho e desgaste desse material quando usado como revestimento, alguns ambiente residenciais necessariamente irá possui mairores trafégo, sõ ponte de chegadar, que irá sofre com resíduos tragos da rua, bem como particulas abrassiva. Com a perda da resina, perde se o brilho e com o tempo, o material sofre desgaste. Materiais com pouca resitencia, com dureza menor que a do granito sofrerão desgates ainda maiores e perda de material das pontas através de choques e impactos. 14 Figure 1 – Desgates e perda de brilho Fonte: Arquivos pessoais 5.1.2 Riscos Riscos na superfície do material pétreo dependem de sua dureza, que é a resistência de um material ao risco, medida em Mohs. Os mármores são rochas mais macias quando comparadas aos granitos, rochas ricas em feldspato (dureza 6) e quartzo (dureza 7), sendo mais susceptíveis ao risco. Assim evita- se o uso deste matrial em escadas, piso com alto trafégo, entre outros. 5.1.3 Absorção de Água, Machamento Área molhadas é calssificação dada a ambientes que está constantemente umido ou molhada, sõ comodo da residencia como cozinha, banheiro, lavabo, área de serviço, esses ambientes requer um materia que tenha pouca absorção 15 de água, rocha mutio porosa ira sofrerão com a umidade. Uma medida para evitar essa patologia, é destinar um rocha que apresnta pouca absorção de água, ou tratar a superficie, bem com a base onde este será colocada. Figure 2 - : Divisória de banheiro com mancha provocada por humidade Fonte: Arquivos pessoais Painéis com mudança de coloração devido a exposição ao sol. Figure 3 - Paínes, arte funerária Fonte: arquivo pessoal 16 Os painés apresentara sua coloração modificada, isto pode ser causado pela perda CO2 dos minerais plagioclásios, ou por microfissuramento e dilatação térmica. Assim a ação dos raios solares, é agente de mudança de coloração de minerais. 5.1.4 Trincas Alguns paines em granito, são usado trincas quebrando apeça ao meio. O ensaio de flexão, apontaria a resitencia e se esse materia se adequaria a esse uso (IAMAGUTI, 2001). 5.1.5 Dilatação termica O exemplo abaixo é uma trica causada pela dilatação termica, rata-se de um aparelho usado para derreter metais (forno), com o tempo, a material usado para revestir, um grnaito, acabou por tricar. Figure 4 - Trincas, quebras Fonte: arquivo pessoal 17 Figure 5 - Trica de dilatação Fonte: Arquivo pessoa 5.1.6 Eflorescência Eflorecencia ocorre com a carreação de sais soluveis (carbonatos) para as superficies das palcas, é um material branco, extraido ou da cla usado na argamassaou do cimento. Macha díficil de ser retirada (persistente). Figure 6 – Florescência em faixada de uma empresa Fonte: arquivo pessoal 18 5.1.7 Machamento com óleo As manchas em orchas ocasionada com produtos someticosé muito comum, alem de oles, outrso produtos como ácidos citricos, café, produtos de lipeza reagem com alguns minerais causado manchamentos. Figure 7 - Mesa com mancha de óleo Fonte: arquivo pessoal Esses produto penetram nas micro fissuras das rochas, alterando cor, brilho, a retirada desse produtos e a recuperação das condições anteriores, as vezes nao é possível. 19 Figure 8 - Machas devido a ferrugem Fonte: Arquivo pessoal do Vinícius (2019) Rochas são compostas por diferentes espécies de minerais primários com variável resistência ao intemperismo químico, agentes ambientais agressivos (e produtos de limpeza fortemente reativos, podem decompor esses minerais, tranformando-o em um mineral secundário num processo no qual ocorre a liberação de certos elementos químicos (CHIODI FILHO,2009). Entre os minerais mais susceptíveis à alteração vale destacar: • sulfetos de ferro amarelos (pirita, pirrotita e calcopirita), presentes em granitos • granadas ferríferas em granitos brancos que também liberam 20 ferrugem(hidóxido de ferro); • magnetitas em granitos que por alteração liberam ferrugem; • minerais contendo traços de manganês ou cobalto. Sua alteração resulta em manchas preto-azuladas, irregulares, denominadas de dendritos que lembram fósseis de samambaias. Comum em arenitos e quartzitos. 21 6. CONCLUSÃO Neste relatório foi apresentado de forma assintética os principais usos da rocha ornamental no sul do estado do Espírito Santo, de tal forma que foram propostas uma série de recomendações para a manutenção de revestimentos com placas de rocha, além de descrever as patologias mais comuns. As patologias mostradas são usuais, e os erros da utilização de produtos em ambienteis deletérias pode ser evitado, com conhecimento técnico. Afinal a grande maioria das pessoas ao usar um produto com valor agregado e beleza, como uma rocha natural, espera que essa tenha certa durabilidade, expectativa que muitas vezes é frustrada por falta de conhecimento tanto de quem vende quanto dos clientes. Assim o presente relatório é uma visão sintetizada de fatos que ocorrem em Cachoeiro, especificamente no bairro IBC e proximidades, mas que pode ser reproduzida em qualquer região do Brasil uma vez que muitos dos profissionais, que estão na ponta, envolvido com esse setor não tem conhecimento aprofundado, nem superficial das condições de uso ou dos minerais que compões a rocha que ele vende. Embora seja uma realidade, espera-se que essa visão de profissionais e cliente mude, pois, o setor tem-se voltado para informação, divulgação e pesquisa cada vez mais com foco no cliente, no profissional e no seu produto, e nesse tem destinado pesquisa e caracterização para seu uso específico. 22 7. REFERÊNCIA CHIODI FILHO, C.; RODRIGUES, E, de. P. (2009 b). Guia de aplicação de rochas em revestimento. São Paulo: ABIROCHAS, 160 p. FRASCÁ, M. H. B. D. O. CARACTERIZAÇÃO TECNOLÓGICA DE ROCHAS ORNAMENTAIS E DE REVESTIMENTO: ESTUDO POR MEIO DE ENSAIO E ANÁLISES E DAS PATOLOGIAS ASSOCIADAS AO USO. Recife: [s.n.], 2002. p. 1-2. IAMAGUTI, A. P. S. Manual de Rochas Ornamentais Para Arquitetos. São Paulo: Instituto de Geociências E Ciências Exatas Da Universidade Estadual Paulista, 2001, p. 245 – 280. SILVEIRA, L.L.L., VIDAL, F.W.H., SOUZA, J.C. Beneficiamento de Rochas Ornamentais. In: Azevedo, H.C.A., Castro, N.F.,Vidal, F.W.H. Tecnologia de rochas ornamentais: pesquisa, lavra e beneficiamento. Rio de Janeiro: CETEM/MCTI, p. 327 – 398, 2013.
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