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ANATOMIA RADIOGRÁFICA DA MAXILA EM RADIOGRAFIAS PERIAPICAIS

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RADIOLOGIA – FOA – UNESP 2013 
 
 
 
ANATOMIA RADIOGRÁFICA DA MAXILA EM RADIOGRAFIAS PERIAPICAIS 
 
O exame radiográfico pelo método periapical para avaliação dos dentes e estruturas da maxila 
permite a observação de uma série de imagens de reparos anatômicos, característicos de cada 
região. Sua interpretação pode ser difícil devido à superposição das imagens e a descrição feita a 
seguir toma como referencial a direção do feixe de raios X, voltado para cada região da face. 
 
Fossas nasais 
Ou cavidades nasais (1 na FIGURA A), estão localizadas na região mediana da face, entre as 
cavidades craniana e bucal. Por serem cavidades no osso apresentam-se radiograficamente como 
duas áreas radiolúcidas simétricas, um pouco acima das imagens dos ápices dos incisivos em 
pacientes dentados e em distância variável do rebordo alveolar em desdentados; isto se deve não 
só ao ângulo vertical positivo, mas também pela diminuição na altura do rebordo alveolar 
decorrente da perda dos dentes. Não apresenta radiolucência homogênea em toda sua extensão 
devido a sua forma e pela superposição de imagens de outras estruturas. 
 
FIGURA A 
 
Septo nasal 
É uma estrutura ósseo-cartilaginosa (2 na FIGURA A) , formada pelo vômer, lâmina 
perpendicular do osso etimóide e cartilagem do septo. Tem o aspecto de uma faixa ra diopaca, de 
largura e radiopacidade não muito uniformes, podendo sofrer modificação quando do desvio do 
etimóide ou do vômer. 
 
Assoalho e paredes das fossas nasais 
De forma lisa e côncava (3 na FIGURA A), são observadas como linhas radiopacas, 
contornando a parte inferior da imagem das fossas nasais. A altura em que se projeta a imagem do 
assoalho, bem como o seu aspecto radiográfico varia com o ângulo de incidência vertical utilizado: 
quanto mais positivo este ângulo, com menor nitidez se apresenta a imagem do assoalho da fossa 
nasal. 
1 
2 
3 
4 
5 
 
RADIOLOGIA – FOA – UNESP 2013 
 
 
 
Conchas nasais inferiores 
Localizadas na parede lateral das fossas nasais (1 nas FIGURAS B e C); a concha inferior é 
a mais volumosa e atravessada pelo feixe de raios X durante a tomada radiográfica da região 
anterior da maxila. Suas imagens bilaterais são projetadas sobre as imagens das fossas nasais, 
como pouco radiopacas e o aspecto das fossas não fica homogêneo devido a essa superposição. 
 
 
Narinas e ápice nasal (cartilagem nasal ) 
Acompanhando a imagem do septo nasal, em ambos os lados, pode-se notar faixas escuras 
que representam a projeção das narinas sobre a região. A cartilagem que forma o ápice nasal, por 
se tratar de uma estrutura densa (4 na FIGURA A), poderá ser projetada sobre as imagens das 
raízes dos incisivos, como uma área de pequena radiopacidade, com altura variável de acordo com 
o ângulo de incidência vertical. 
 
Sutura palatina mediana 
Divide o septo nasal (5 na FIGURA A), podendo ser observada como uma linha radiolúcida 
em radiografias da região dos incisivos, que atravessa sagitalmente todo o palato, terminando na 
crista alveolar, entre os incisivos centrais. Seu aspecto é bastante uniforme, variando ligeiramente 
de uma pessoa para outra. Com a idade tende a ficar mais estreita. Geralmente apresenta-se mais 
nítida na região da crista alveolar, onde não há superposição de outras imagens. 
 
Forame incisivo, canais incisivos e aberturas superiores dos canais incisivos 
As aberturas superiores dos canais incisivos (1 na FIGURA D) são observadas nos dois lados 
do septo nasal, na região anterior das fossas nasais, como áreas radiolúcidas bem delimitadas. 
Iniciam-se como pequenas aberturas, dirigindo-se para baixo e em direção a linha mediana, 
juntando-se geralmente em um canal e terminando no forame (fossa) incisivo, localizado na porção 
anterior do palato. Estas estruturas podem ser visualizadas em radiografias dos incisivos e caninos 
superiores. 
FIGURA B FIGURA C 
1 
1 
2 
3 
4 
 
RADIOLOGIA – FOA – UNESP 2013 
 
 
 
Nas radiografias de incisivos, poucas vezes consegue-se visualizar as imagens dos canais 
incisivos devido à superposição da imagem da espinha nasal, muito radiopaca, sobre essa área. Em 
alguns casos, no entanto, esses canais (2 na FIGURA D) são observados como duas faixas 
radiolúcidas lateralmente à linha mediana e suas paredes apresentam-se, nessas ocasiões, como 
linhas radiopacas acompanhando uma faixa radiolúcida. Quando há uma mesialização ou 
distalização na incidência horizontal, em uma tomada da região de incisivos, poderá ser observada 
a imagem do canal incisivo somente de um lado. Em radiografias da região de caninos, esta 
imagem poderá também ser visualizada apresentando-se, geralmente, como uma faixa radiolúcida 
mais larga terminando sobre o ápice do incisivo central, que poderá causar dificuldade no momento 
da interpretação. 
O forame incisivo (3 na FIGURA D) geralmente é visto como uma área radiolúcida de forma, 
tamanho e posições variadas; sua forma poderá ser arredondada ou ovalada e seu tamanho 
dependerá muito do ângulo de incidência vertical utilizado. A localização mais freqüente desta 
imagem é entre as raízes dos incisivos centrais ou entre seus ápices, podendo se superpor a esses. 
Se estiver ocorrendo uma superposição de imagens às raízes, a lâmina dura e o espaço periodontal 
estarão normais, porque a descontinuidade da cortical é um dos pr imeiros aspectos radiográficos 
de lesão periapical. Para eliminar esta hipótese realiza-se novo exame radiográfico mudando o 
ângulo horizontal, evitando então a superposição de imagens com o ápice do incisivo central. 
 
Fosseta mirtiforme ( fóssula incisiva ) 
Depressão óssea existente na altura dos ápices dos incisivos laterais (4 na FIGURA D). Em 
função da depressão e consequentemente do adelgaçamento ósseo da região, a área periapical dos 
incisivos laterais pode aparecer muito radiolúcida e arredondada, levando muitos a confundir essas 
imagens. 
Espinha nasal anterior 
Por ser uma estrutura bastante densa (2 na FIGURA C), ela aparece com a forma de ponta 
de lança triangular, radiopaca, na extremidade inferior da imagem do septo nasal, entre as r aízes 
dos incisivos centrais. 
 
4 
3 
2 
1 
FIGURA D 
 
RADIOLOGIA – FOA – UNESP 2013 
 
 
 
Quando passamos a examinar a região posterior da maxila, nos deparamos com imagens que 
definem e determinam a localização do exame, principalmente pelas diferenças anatômicas em 
pacientes dentados e desdentados. Quando interpretamos radiografias de pacientes desdentados 
haverá dificuldade na identificação da região pela ausência dos dentes. Para que isto sej a evitado, 
pontos de reparos deverão ter suas imagens identificadas nas radiografias desta região. 
 
Seio maxilar 
As raízes dos dentes posteriores estabelecem relações de proximidade com o assoalho do seio 
maxilar, podendo ser bastante íntima ou causar elevações do mesmo, denominadas cúpulas 
alveolares. A imagem do seio maxilar (3 na FIGURA C) incluída na radiografia pode aparecer 
superposta às imagens de dentes sendo a cavidade paranasal mais ampla, ocupando toda a maxila , 
na maioria dos casos, variando sua forma e tamanho, que dependem de fatores como tipo facial, 
raça e número de dentes presentes. A simetria bilateral por vezes é observada, podendo, no 
entanto, existir variação na mesma pessoa. Sua imagem é variada, pela diversidade de forma, mas 
sempre radiolúcida de contornos precisos e nítidos, com forma trapezoidal (2 no corte axial da 
tomografia na FIGURA F), podendo apresentar divisões (septos) em seu interior, que começam a 
partir do assoalho (setas na cor azul no corte axial da tomografia na FIGURA E).As diferenças de tamanho, a existência de extensões e a presença de septos são os 
principais fatores das variações da imagem do seio maxilar. Seu interior é opaco e pode não ter 
uma radiolucência homogênea devido à diferença de sua profundidade (A1 com imagem mais 
escura [loja mais profunda] e A2 mais clara [loja muito menos profunda] na FIGURA G). O seio 
FIGURA E FIGURA F 
2 2 
 
 
RADIOLOGIA – FOA – UNESP 2013 
 
 
 
maxilar pode ser formado por uma cavidade única (FIGURA G), apresentando-se como uma ampla 
área radiolúcida sobre a imagem dos ápices dos pré-molares e molares superiores. Freqüentemente 
é dividida em duas ou mais cavidades ou bolsas (Madeira, 1997) (2 na FIGURA H), sendo nestes 
casos a divisão chamada de septo do seio maxilar, aparecendo como finas linhas radiopacas; há 
sempre espaço aberto fazendo comunicação entre as lojas. O assoalho não é liso podendo conter 
septos incompletos que se estendem com tamanho e altura variáveis, com direção diversa. 
 
 
 
 
Em radiografias periapicais observa-se a área radiolúcida do seio maxilar com um limite 
inferior radiopaco, representando seu assoalho, nítido e curvo, situado acima dos ápices dos dentes 
posteriores mas abaixo do nível do assoalho da fossa nasal. Com relação ao estudo do seio maxilar 
é necessário fazer comentários sobre o assoalho da fossa nasal que nas radiografias periapicais 
pode aparecer como uma fina linha radiopaca, perfeitamente nítida, cruzando a imagem radiolúcida 
do seio maxilar, paralela e acima do seu assoalho (8 na FIGURA I). Na região anterior da maxila, 
a união das imagens da fossa nasal e do seio maxilar formam o reparo anatômico conhecido como 
“Y “invertido de Ennis. Localizado próximo ao ápice dos caninos, torna-se importante reparo na 
identificação das áreas anatômicas desdentadas. 
 O seio maxilar varia muito, sendo ser pequeno na criança (visto afastado dos dentes nas 
radiografias da região posterior da maxila). Aos seis anos situa-se na altura da fossa nasal, 
aumentando de tamanho na adolescência e na idade adulta, atingindo nível inferior ao assoalho das 
fossas nasais aproximando-se dos ápices dos pré-molares e molares, por vezes contornando-os. 
 
 
 
 
Extensões dos seios maxilares 
O seio maxilar apresenta grande variação de forma e tamanho, muitas vezes nos lados da 
face de um mesmo indivíduo. Essa variabilidade pode aparecer como extensões que são vistas em 
radiografias periapicais quando suas imagens estão próximas ou superpostas à: 
FIGURA G FIGURA H 
A1 
A2 2 
3 
 
RADIOLOGIA – FOA – UNESP 2013 
 
 
 
-aos dentes anteriores, incisivos centrais ou laterais: extensão anterior (4 nas FIGURAS B e C). 
-ao limite do rebordo alveolar (principalmente desdentado e diminuído), podendo se estender entre 
as raízes dos molares: extensão alveolar (3 na FIGURA G). 
-ao túber da maxila, sendo de importância clínica por causar enfraquecimento dessa região da 
maxila sendo causa de fratura durante extrações de molares: para o túber (1 na FIGURA I). 
 
 
Existem ainda três extensões dos seios maxilares dificilmente observadas: a zigomática e a 
palatina, que podem ser observadas em radiografias oclusais; a extensão orbitária pode ser 
observada apenas em radiografias extra-bucais laterais da face. A importância da observação das 
extensões dos seios maxilares deverá orientar o profissional da área da Odontologia nas exodontias 
dos terceiros molares superiores, nos tratamentos endodônticos e nos implantes intra -ósseos. 
 
Canais nutrientes dos seios maxilares 
Nas paredes superior, anterior e posterior do seio maxilar existem canais (2 na FIGURA I) 
por onde passam de nervos e vasos. Apresentam-se como linhas ou faixas radiolúcidas de 
comprimento, largura e direção variadas, cujas imagens ficam superpostas à do seio maxilar ou à 
imagem das fossas nasais. 
 
Processo zigomático da maxila (3 na FIGURA I) e osso zigomático (4 na FIG. I) 
A forma e o tamanho dessas estruturas variam e suas imagens se apresentam com diferentes 
radiopacidades e posições, geralmente acima dos ápices dos molares superiores (observar a 
superposição da imagem do limite inferior do osso zigomático sobre a raiz palatina do 26) . Nas 
ocasiões em que o osso zigomático é muito saliente ou quando se usa incidência vertical 
acentuada, suas imagens se superpõem às imagens dos ápices dos molares superiores, impedindo 
um exame detalhado dessa região. Por se tratarem de estruturas ósseas muito densas, suas 
imagens são bem evidentes e mostram-se fortemente radiopacas. O processo zigomático fornece 
uma imagem em forma de U ou V, bem nítida, que corresponde ao formato da cortical externa que 
envolve este processo, localizada, freqüentemente, um pouco acima do ápice do segundo molar 
superior. Em continuidade à imagem do processo zigomático em direção posterior, geralmente 
1 
FIGURA I 2 
3 
4 
5 
6 
7 
8 
 
RADIOLOGIA – FOA – UNESP 2013 
 
 
 
observa-se a imagem do osso zigomático, transparente e uniforme (com seu longo eixo em um 
plano horizontal), muitas vezes espessa, projetada sobre os ápices dos molares. 
 
Tuberosidade (túber) da maxila (5 na FIGURA I). 
Em uma vista do crânio em norma lateral pode observar a fossa infratemporal aberta 
posteriormente e com seu limite anteromedial formado pela lâmina lateral do processo pterigóide e 
tuberosidade (túber) da maxila. Nesta área nota-se o perfil do hâmulo pterigoídeo, que é uma 
extensão da lâmina medial do processo pterigoídeo. A tuberosidade faz parte do corpo da maxila 
limitando-se no alto com a fissura orbital inferior e na frente com a crista zigomático-alveolar; é a 
região anatômica mais posterior da maxila constituindo-se também como a parede posterior do seio 
maxilar. Com forma arredondada é vista em radiografias da região de molares superiores, 
apresentando-se como um osso bastante delgado e com pequena radiopacidade. Ocasionalmente 
contém uma extensão do seio maxilar, enfraquecendo muito esta região e que poderá provo car 
fratura da tábua óssea vestibular nos casos de exodontias dos molares superiores. 
 
Hâmulo pterigoídeo (processo hamular) 
Observada em relação de proximidade com a face distal do último molar irrompido, na região 
mais inferior da tuberosidade da maxila, pode ser visto em radiografias desta região posterior como 
uma imagem radiopaca com forma de ponta óssea, vertical, atrás da imagem do túber, com 
variações de comprimento, largura, forma e radiopacidade. 
 
Lâmina lateral do processo pterigoídeo (6 na FIGURA I) 
Visualizada em radiografias da região de terceiros molares, como uma imagem radiopaca em 
forma de ponta de lança próxima ao túber, ou mesmo superpondo-se a este assim como ao hâmulo 
pterigoídeo; algumas vezes é vista bem acima da crista óssea do rebordo alveolar. Podendo 
aparecer como uma estrutura bastante radiopaca e pela localização da sua imagem, cuidado para 
não confundir sua imagem com um molar incluso. 
 
Processo coronóide da mandíbula (7 [tracejado) na FIGURA I) 
Estrutura visualizada em radiografias da região de terceiros molares, apresentando-se 
frequentemente como uma área de pequena radiopacidade (facilmente identificada) e de forma 
triangular, com base inferior e vértice súpero-anterior, geralmente voltada para o túber da maxila. 
A projeção da imagem desse processo sobre o túber ocorre quando o paciente abre muito a boca; 
nestes casos, pede-se ao paciente para fechar um pouco a boca e tira-se outra radiografia da 
região. 
 
RADIOLOGIA – FOA – UNESP 2013 
 
 
 
 
ANATOMIA RADIOGRÁFICA DA MANDÍBULA EM RADIOGRAFIAS 
PERIAPICAIS 
 
Protuberância mentoniana 
Em uma vista anteriordo crânio observa-se a protuberância mentoniana forte condensação 
óssea mediana delimitada por uma saliência na base da mandíbula, o tubérculo mentoniano e pela 
fossa mentoniana (ligeira depressão abaixo dos alvéolos dos incisivos). Em radiografias periapicais 
da região anterior, a protuberância mentoniana apresenta-se em forma de um triângulo (seta na 
FIGURA J e tracejado na FIGURA L), radiopaco, com ápice situado abaixo e a distâncias 
variadas dos forames apicais dos incisivos centrais e cuja base corresponde ao bordo inferior do 
mento (base da mandíbula 1 na FIGURA J), desde a sínfise até a região de pré-molares de ambos 
os lados. O tamanho da protuberância varia muito de um indivíduo para outro e quando ela é 
pequena e pouco densa, praticamente não é vista radiograficamente. 
 
 
 
 
 
Fossa mentoniana 
É uma depressão, algumas vezes pronunciada, localizada acima da protuberância mental 
(observar no corte axial [A] e sagital [B] da tomografia, 2 na FIGURA K). Por se tratar de uma 
área onde há menor espessura de osso ela apresenta-se com uma imagem mais radiolúcida do que 
as áreas circunvizinhas em radiografias de incisivos inferiores. 
 
 
1 
 
2 
FIGURA J 
FIGURA K 
A 
B 
 
RADIOLOGIA – FOA – UNESP 2013 
 
 
 
 
Espinhas mentonianas ou tubérculos genianos (círculo azul na FIGURA L) 
No corpo da mandíbula há saliência irregular mediana, a(s) espinha(s) mentoniana(s), 
frequentemente representada por tubérculos genianos, onde se prendem os músculos genioglosso e 
geniohioídeo. São pequenos processos existentes dos dois lados da linha mediana da mandíbula, 
variando em número de 1 a 4. Em radiografias periapicais aparecem como um anel radiopaco, na 
linha mediana logo abaixo dos ápices dos incisivos centrais. 
 
Forame lingual (círculo vermelho na FIGURA L e seta azul na FIGURA M) 
Algumas vezes entre a imagem dos tubérculos genianos é observada a presença de uma área 
radiolúcida pequena, delimitada por uma orla radiopaca, localizada na linha mediana que poderá 
variar em altura de um indivíduo para outro, sendo também chamada de forame lingual ou 
retromentoniano superior (quando presente é atravessado por um ramo da artéria sublingual). 
 
Canais nutrientes (setas vermelhas na FIGURA M) 
Encontrados em todo o corpo da mandíbula, sendo mais numerosos e mais frequentemente 
visíveis em radiografias da região anterior da mandíbula, apresentando-se como linhas radiolúcidas 
que percorrem os septos interdentais ou dirigem-se aos ápices dos dentes da região. 
 
FIGURA L 
FIGURA M 
 
RADIOLOGIA – FOA – UNESP 2013 
 
 
 
 
Forame mental ou mentoniano (seta azul na FIGURA N) 
Estrutura vista em radiografias periapicais e oclusais da mandíbula, apresentando-se como o 
orifício de saída da artéria e nervo alveolar inferior. É observada radiograficamente como uma área 
radiolúcida, quase sempre bem nítida, de forma circular ou ovalada, próxima dos ápices dos pré-
molares (sua localização mais freqüente) ou superposta aos mesmos, podendo neste caso ser 
confundida como uma lesão periapical. Localizado na porção média entre os bordos superior e 
inferior do corpo da mandíbula, pode ser observado também entre o canino e primeiro pré-molar ou 
entre o segundo pré-molar e primeiro molar. 
Este reparo anatômico pode induzir a erros de interpretação radiográfica devido ao aspecto 
de sua imagem, quando próxima ou superposta à região do ápice dental. A diferença entre a 
imagem do forame e a de um processo patológico deverá ser feita através de sinais e sintomas 
clínicos ou pela acurada observação da integridade da imagem da lâmina dura do dente em 
questão. No caso da lâmina dura e espaço periodontal apresentarem-se normais é quase certo que 
se trata de uma superposição de imagens. Mudando-se a ângulo horizontal do feixe de raios X, esta 
imagem deixará de se superpor à imagem do ápice radicular. 
 
 
 
 
 
Canal mandibular (observar também nos cortes tomográficos na página 11) 
Localizado no interior do corpo da mandíbula, apresenta um trajeto que tem início no forame 
da mandíbula, exteriorizando-se no forame mentoniano; pode ou não continuar seu trajeto intra -
ósseo em direção à região do mento, após bifurcação na altura do forame mentoniano, com o nome 
de canal incisivo. É o maior canal nutriente da mandíbula, cujo interior contém artéria, veia e 
nervo, sendo observado freqüentemente como uma curva faixa radiolúcida de espessura variada, 
delimitada por outras duas linhas radiopacas, correspondentes às suas paredes superior e inferior 
(seta vermelha na FIGURA N e O). Localizado abaixo dos ápices dos molares, a uma distância 
variável dos mesmos, estendendo-se de trás para frente no corpo da mandíbula. 
FIGURA N FIGURA O 
 
RADIOLOGIA – FOA – UNESP 2013 
 
 
 
Existem vários tipos de relações entre os ápices radiculares e o canal da mandíbula. Contudo, 
aceita-se que essas relações ocorram basicamente da seguinte maneira: 1. o tipo mais encontrado 
é aquele no qual o canal está em contato com o fundo do alvéolo do terceiro molar, distanciando -se 
progressivamente dos outros ápices radiculares; 2. outro tipo caracteriza -se pelo canal que não 
estabelece nenhuma relação de proximidade com as raízes dentais; 3. uma outra relação, muito 
menos frequente, é aquela no qual o canal estabelece relações de proximidade com as raízes de 
todos os molares e do segundo pré-molar. O conhecimento da topografia do canal da mandíbula 
para a correta interpretação das imagens radiográficas é de suma importância devido à elevada 
incidência dos terceiros molares inclusos que necessitam ser removidos e também pelo correto 
planejamento para a colocação das bases de implantes intra-ósseos, principalmente em rebordos 
desdentados com pouca altura. 
 
Linha oblíqua externa (seta azul na FIGURA O) 
Em continuação ao bordo anterior do ramo da mandíbula, freqüentemente existe uma 
saliência óssea dirigida para baixo e para frente, na face externa do corpo da mandíbula, cruzando 
a região dos molares, próximo ao colo destes dentes ou ao terço médio de suas raízes. Trata -se da 
linha oblíqua externa que se apresenta como uma linha ou faixa transparente, de radiopacidade 
variável, dependendo da sua espessura. Sua imagem é projetada geralmente sobre a imagem do 
colo dos segundos e terceiros molares ou um pouco abaixo, dificultando mui tas vezes a análise 
destes dentes, bem como das cristas alveolares dos septos interdentais dos mesmos. 
 
Linha milohioídea (oblíqua interna) (seta verde na FIGURA N e tracejado na O) 
É uma crista óssea larga e espessa onde se insere o músculo milohioídeo, na face interna do 
corpo da mandíbula; tem tamanhos variados e é vista radiograficamente como uma linha ou faixa 
radiopaca localizada geralmente sobre os ápices dos molares. Só é visualizada nos casos em que é 
volumosa, apresentando-se nestes casos abaixo da imagem da linha oblíqua externa, identi ficada 
facilmente como o limite superior da fossa ou fóvea submandibular. 
 
Fossa (fóvea) submandibular (tracejada na FIGURA O e observar também nos 
cortes tomográficos na página seguinte) 
Área côncava, situada na face interna da mandíbula, abaixo dos pré -molares e molares 
inferiores, onde se aloja a glândula submandibular e sublingual, sendo observada em radiografias 
periapicais dos molares como uma área radiolúcida, geralmente bem definida e demarcada. Torna -
se bastante evidente radiograficamente quando a linha milohioídea delimita -a superiormente e a 
base da mandíbula inferiormente. 
 
Base da mandíbula (1 na FIGURA J e com linha verde na N e observar também 
nos cortes tomográficos das figuras abaixo) 
 
RADIOLOGIA– FOA – UNESP 2013 
 
 
 
Apresenta-se como uma faixa larga, espessa e radiopaca na região inferior do corpo da 
mandíbula. É observada em radiografias periapicais, especialmente quando o filme é introduzido 
muito profundamente na região dos molares ou quando o ângulo vertical é muito negativo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Considerações anatômicas sobre maxilares desdentados (de acordo com Madeira, 1997) 
O enfraquecimento do aparelho mastigador em consequência da perda dos dentes, provoca 
alterações na estrutura dos maxilares. A densidade óssea da lâmina cortical é diminuída e as 
trabéculas do osso esponjoso tornam-se mais delgadas, devido a um desequilíbrio no processo de 
remodelação (a remodelação passiva acaba predominando sobre a aposição ou remodelação ativa) 
1 
2 
3 
4 
 
 
6 
 
4 
5 
6 
Observar no corte tomográfico coronal da Figura 1 a pequena espessura do terço inferior do corpo 
da mandíbula na região de molares onde se aloja a glândula submandibular. Nos cortes 
tomográficos sagital e coronal das Figuras 2 e 3 mostramos a abertura do forame mentoniano 
(setas). Nos cortes tomográficos axial e coronal das Figuras 4 e 5 observar a curvatura da cortical 
lingual a região do ramo onde se aloja a glândula submandibular (setas vermelhas) e a imagem do 
canal mandibular (seta azul) em relação ao rebordo alveolar e às corticais vestibular e lingual do 
corpo da mandíbula. Na Figura 6 observar a entrada do canal mandibular no ramo da mandíbula 
(seta). 
 
RADIOLOGIA – FOA – UNESP 2013 
 
 
 
devido a falta das forças advindas do estímulo mecânico da oclusão dental. A involução do processo 
alveolar corresponde ao adelgaçamento e reabsorção das paredes do alvéolo e o rebordo residual 
poderá ser ou não uniforme (variando em função da época da perda dos dentes); frequentemente o 
rebordo residual da mandíbula apresenta reabsorção mais acentuada do que o da maxila. 
Na mandíbula nota-se que: a espinha mentoniana, o forame mentoniano, a linha milohioídea 
e linha oblíqua externa podem estar no mesmo plano do rebordo alveolar residual (ou mesmo sobre 
ele), a parede superior do canal da mandíbula se aproxima muito do rebordo, que pode se tornar 
muito delgado. Na maxila observa-se que: o forame incisivo e a espinha nasal anterior podem estar 
muito próximos ao rebordo residual, o palato ósseo deixa de ser arqueado, tornando-se aplainado e 
mais raso, o seio maxilar se amplia pela reabsorção de suas paredes, o hâmulo pterigoídeo pode 
fazer saliência abaixo do nível da crista residual. Tais aspectos devem ser sempre levados em 
consideração pela diferença de aspectos radiográficos das estruturas anatômicas nas pessoas 
dentadas em relação às desdentadas, principalmente quando de tomadas que usam ângulos de 
incidência perpendiculares entre si (periapical x oclusal).

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