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www.euvoupassar.com.br Página 1 Curso Completo para Técnico do Ministério Público da União (MPU) Português Sidney Martins www.euvoupassar.com.br Página 2 Setembro/2017 Ministério Público da União (Técnico) Português - Sidney Martins Ortofonia e acentuação 1. ACENTUAÇÃO GRÁFICA Quanto à acentuação tônica (sílaba mais forte), as palavras recebem as seguintes classificações: 1. OXÍTONAS: A última sílaba é a tônica. Ex. urubu, motel, marajá... 2. PAROXÍTONAS: A penúltima sílaba é a tônica. Ex. cigarro, janela, lápis... 3. PROPAROXÍTONAS: a antepenúltima sílaba é a tônica. Ex. gramática, tóxico, semântica... Casos Específicos de Acentuação: a) Monossílabos tônicos: acentuam-se os terminados em: a(s), e(s), o(s) Ex: má(s), ré(s), pó(s). b) Oxítonos: acentuam-se os terminados em: a(s), e(s),o(s), em, ens Ex: está(s), prevê(s), amém, reféns. c) Paroxítonos: acentuam-se os terminados em: 1) i(s), us: júri(s), vírus. 2) um, uns: álbum, álbuns. 3) on, ons: íon(s), prótons. 4) ôo, ôos: vôo(s). * Foi modificado com o novo acordo ortográfico. 5) r, x, n ou l: ímpar, látex, hífen, túnel. 6) ditongo: água, mágoa, série, ciência, órgão. 7) ps, ã(s): bíceps, ímã(s). d) Proparoxítona: acentuam-se todas. Ex. fósforo, partícula, álibi... e) Hiatos: as vogais “i”, “u” receberão acento agudo quando forem segunda vogal tônica de hiato e estiverem constituindo sílaba sozinhas ou acompanhadas de “s”. Ex. baía, faísca, baú, balaústre... SUPER OPA! REGRAS MODIFICADAS PELA REFORMA ORTOGRÁFICA 1 - Cai o acento dos ditongos abertos EI e OI nas palavras paroxítonas (sílaba tônica = penúltima). COMO ERA COMO FICOU Idéia Ideia Platéia Plateia Jibóia Jiboia Bóia Boia Heróico Heroico www.euvoupassar.com.br Página 3 Opa! Lembre-se que a mudança só vale para as palavras paroxítonas (e não para as oxítonas ou monossílabos tônicos). Ex: Contrói, Destrói, Dói, Fiéis. Opa2! quando a palavra paroxítona termina em R, o acento nos ditongos ei e oi se mantém. Ex: Méier, Destróier. 2. Cai o acento circunflexo nos hiatos com vogal repetida (OO; EE). COMO ERA COMO FICOU Vôo Voo Enjôo Enjoo Lêem Leem Crêem Creem Vêem Veem 4. Cai o acento nas vogais i e u antecedidas de ditongo crescente nas palavras paroxítonas. COMO ERA COMO FICOU Feiúra Feiura Sauípe Sauipe Opa! A regra de acentuação diz que I e U são acentuados em HIATO (sozinhos na sílaba ou seguidos de S). Hiato é V + V. Nas palavras acima, o que temos é SV + V. Por isso, a regra do hiato não deve mesmo se aplicar. Note que a regra ainda se aplica em “Guaíba” ou “Guaíra” porque aqui temos V + V, uma vez que os ditongos são decrescentes. Opa2! Lembre-se de que a mudança só vale para as palavras paroxítonas (e não para as oxítonas ou proparoxítonas). Ex: Tuiuiú, Piauí e Maiúscula. 4. Com relação ao U, caem o acento agudo e o trema nos ambientes QUE/QUII, GUE/GUII COMO ERA COMO FICOU Apazigúe Apazigue Argúi Argui Averigúe Averigue Conseqüência Consequência Lingüiça Linguiça 5. Acento Diferencial - deixa de existir a maioria dos casos de acento diferencial; três casos ainda se mantêm. COMO ERA COMO FICOU, NOS DOIS CASOS Para (preposição) X Pára (verbo “parar”) Para Pêlo (do corpo) X Pelo (por + o) Pelo Pólo (Ex: Pólo Sul) X Polo (preposição arcaica) Polo Pêra (fruta) X Pera (preposição arcaica) Pera Côa/Côas (verbo “coar”) X Coa (com + a) Coa (e Coas) . Casos em que o acento diferencial se mantém CASOS COM ACENTO DIFERENCIAL EXEMPLOS www.euvoupassar.com.br Página 4 Pôr (verbo) X Por (preposição) Quis pôr o seu envelope por cima do outro. Pôde (passado) X Pode (presente) Um dia ele pôde; hoje não pode mais. Vem / Tem (singular) X Vêm / Têm (plural) Ele sempre vem. X Eles sempre vêm. O rapaz tem sorte. X Os rapazes têm sorte. EXERCÍCIOS 1. A palavra que deve ser acentuada pela mesma razão de pássaro é: a) cafe b) benção c) automovel d) raízes e) lampada 2. As palavras três, literário e autônomo são assinaladas com acento gráfico em face das mesmas regras que justificam o acento, respectivamente em: a) mês, contrário, caído b) pá, íeis, átimo c) lês, temerário, pôquer d) só, mútuo, ímpar e) véu, início, cômodo 3. Quando à acentuação, assinale a alternativa em que as palavras seguem, respectivamente, as mesmas regras das palavras ônibus, Itália e caju. a) várzea – cerâmica – tabu b) corrói – zebu – pânico c) avô – tórax – caracóis d) pássaro – róseo – guri e) juízes – Bauru – ímpar 4. Assinale a alternativa em que não há erros quanto à acentuação das palavras: a) Itália – rubrica – vintém – júri – hífens b) Hamburger – saíram – mártir – tórax – guianês c) Índigo – jurisprudência – júbilo – juá – ludríbrio d) Lotus – maieutica – pequenez – periélio – pitéu e) Preá – urgência – umero – viés – xérox 5. Segue a mesma acentuação de país a palavra: a) saúde b) grêmios c) aliás d) heróis e) táxi 6. Assinale o item a seguir em que as palavras destacadas são acentuadas em função da mesma regra ortográfica. a) é – céu www.euvoupassar.com.br Página 5 b) maniqueísta – rígida c) alguém – céu d) territórios – coincidência e) maniqueísta – crédito 7. Grécia é a palavra que leva acento gráfico pelo mesmo motivo de uma outra palavra a seguir, qual? a) oráculo b) morrerás c) ambíguas d) intérpretes e)português Gabarito 1. E 2. B 3. D 4. C 5. A 6. D 7. C Classes Gramaticais As palavras do português podem ser enquadradas em dez classes gramaticais (ou classes de palavras). São elas: 1. Substantivo 6. Artigo 2. Adjetivo 7. Numeral 3. Verbo 8. Conjunção 4. Advérbio 9. Preposição 5. Pronome 10. Interjeição Neste capítulo, apresentamos uma visão panorâmica da maior parte dessas classes, focalizando as relações que elas estabelecem entre si (por exemplo, o substantivo com o adjetivo, o verbo com o advérbio, etc.) e os significados dos conectores (conjunções e preposições). Visão geral: os critérios semântico, morfológico e sintático de classificação As classes gramaticais podem ser definidas segundo três parâmetros: o critério semântico, o critério morfológico e o critério sintático. Para entender esses critérios, é preciso saber que eles estão diretamente associados a três componentes, ou subáreas, da gramática: Semântica, Morfologia e Sintaxe. Área Definição Exemplo Semântica Estuda o significado das palavras e das frases. Na frase Saí com você, a palavra “com” indica companhia www.euvoupassar.com.br Página 6 Morfologia Estuda a estrutura interna da palavra. A palavra “mesa” está no singular, porque não tem o elemento -s. Sintaxe Estuda as relações entre os constituintes das sentenças. Na frase Ele comeu muito, a palavra muito está ligada à forma verbal comeu. Conhecendo essas três subáreas da gramática, você poderá entender os três critérios usados para definir as classes gramaticais. Vamos tomar como exemplo o advérbio. Critério Definição de advérbio Exemplo Critério semântico O advérbio exprime diferentes circunstâncias Circunstância de tempo (hoje, amanhã, etc.); circunstância de lugar (aqui, lá, etc.); circunstância de modo (rapidamente,tristemente, etc.), dentre outras. Critério morfológico O advérbio é invariável, porque não sofre flexão (gênero, número, tempo, modo). Por outro lado, pode receber elementos que indiquem grau (aumentativo, diminutivo). O advérbio não tem plural ou feminino, mas tem aumentativo e diminutivo, que aparecem no registro coloquial: agorinha, pertinho, lonjão... Critério sintático O advérbio se liga a verbos, adjetivos e outros advérbios. Comeu muito → advérbio de intensidade ligado a verbo; Está muito bonita → advérbio de intensidade ligado a adjetivo; Comeu muito rapidamente → advérbio de intensidade ligado a um advérbio de modo. As relações entre as classes de palavras 1. O substantivo e seus satélites artigo numeral substantivo adjetivo/ locução adjetiva pronome Exemplos: 1. Aqueles meus três amigos chegaram 2. Um livro do Zé ficou comigo 3. Esses oito apartamentos serão vendidos. 4. Alguns poucos meninos pobres viajaram. www.euvoupassar.com.br Página 7 2. O advérbio e seus núcleos advérbio / locução adverbial de intensidade verbo adjetivo advérbio Exemplos 1. Zé estudou demais. 2. Zé fez um plano de estudos árduo demais. 3. Zé estudou arduamente demais. b) demais advérbios advérbio / locução adverbial verbo Exemplos: 1. Francisco acordou tarde. (advérbio de tempo) 2. João apareceu aqui. (advérbio de lugar) Diferença entre locução adjetiva e locução adverbial A locução adjetiva e a locução adverbial têm a mesma estrutura mínima: preposição + substantivo Por isso, a única maneira de diferenciá-las é através do critério sintático. Veja: Ela fez cara de medo. (de medo é locução adjetiva, pois está ligada ao substantivo cara) Ela morreu de medo. (de medo é locução adverbial, pois está ligada à forma verbal morreu) SEMÂNTICA DOS CONECTORES Os concursos costumam cobrar o valor semântico de determinadas palavras ou expressões. Se você já sabe que a semântica é a área que estuda o significado, é fácil entender o que isso quer dizer: indicar o valor semântico é o mesmo que apontar o significado. Aqui, vamos nos concentrar em um tópico muito cobrado nos concursos: o valor semântico dos conectores (ou conectivos). O grupo dos conectores abrange duas classes gramaticais: a preposição e a conjunção. Em comum, elas têm fato de serem usadas para relacionar (ou, como o nome indica, para conectar) palavras e orações. Veja: Mesa de madeira Gosto de sorvete Eu terminei o trabalho, mas João está atrasado. Ele só virá se você permitir. No primeiro par, a preposição “de” está relacionando duas palavras: respectivamente, “mesa” com “madeira” e “gosto” com “sorvete”. No segundo par, as conjunções “mas” e “se” estão relacionando duas orações: respectivamente, “Eu terminei o trabalho” com “João está atrasado” e “Ele só virá” com “você permitir”. A distinção entre preposição e conjunção é complexa, e não é relevante abordá-la aqui. O fundamental é compreendermos os valores semânticos desses conectores. 1. Valores semânticos das preposições Dissemos acima quer toda preposição é um conector, ou seja, uma palavra que serve para ligar palavras ou orações. Isso é verdade, mas aqui é preciso fazer uma distinção. Existem aquelas preposições que são apenas conectores, na medida em que são vazias de significado; mas há também aquelas que, além de funcionarem como conectores, também contribuem com alguma nuance semântica. Ao primeiro grupo, chamamos preposições relacionais; ao segundo, chamamos preposições nocionais (da palavra noção, sinônimo de ideia, significado, sentido). www.euvoupassar.com.br Página 8 Em resumo Preposições relacionais → esvaziadas de significado, servem apenas para ligar dois termos. Preposições nocionais → veiculam significado, exprimem uma relação semântica. Vejamos a seguir algumas preposições e seus possíveis empregos relacionais e nocionais. Lembramos que o foco aqui são os usos nocionais, já que estamos interessados no valor semântico das preposições. Preposição DE Uso relacional Gosto de sorvete. Uso nocional Mesa de madeira. (matéria) Escreveu de lápis. (instrumento) Gravata do chefe. (posse) Vim de São Paulo. (origem / afastamento) Morreu de susto. (causa) Falou de futebol. (assunto) Preposição COM Uso relacional Conto com a sua compreensão. Uso nocional Um copo com água. (conteúdo) Sairei com a minha irmã. (companhia) Abriu a porta com a chave. (instrumento) Com a inflação, o poder de compra do trabalhador despenca. (causa) Preposição POR Uso relacional Interesso-me por novidades. Uso nocional A medalha foi conquistada por todos. (agente) O ônibus não passa por Botafogo. (lugar) Recebeu a notícia por telefone. (meio) Morreu por não querer lutar. (causa) Preposição A Uso relacional Obedeci a meu pai. Uso nocional Não fui a Pequim. (aproximação, destino) Emprestarei o livro a você. (beneficiário) 2. Valores semânticos das conjunções Apresentamos aqui alguns dos valores semânticos das conjunções e locuções conjuntivas (sequências de duas ou mais palavras com valor de conjunção). Ao estudar as preposições, nós partimos de cada palavra e verificamos seus diferentes valores semânticos. Agora, recorreremos à estratégia contrária: vamos partir do valor semântico para então verificar algumas conjunções que poderão exprimi-lo. Contraste, oposição Eu terminei o trabalho, mas o João está atrasado. Eu terminei o trabalho; o João, porém, está atrasado. Os obstáculos são muitos; contudo, nenhum deles me deterá. As conjunções que exprimem contraste são chamadas de conjunções adversativas. Conclusão Ele é um ser humano; logo, está sujeito a falhas. Você estudou muito; por isso, não tem razão para ficar nervoso. Você não fez nada de errado; não deve, portanto, ficar receoso. As conjunções que exprimem conclusão são chamadas de conjunções conclusivas. www.euvoupassar.com.br Página 9 Adição Ele lavou e passou a roupa. Não lavou nem passou a roupa. Ele não só lavou a roupa, como também passou. As conjunções que exprimem adição são chamadas de conjunções aditivas. Alternância Ora ele está eufórico, ora está cabisbaixo. Você pode viajar ou investir o dinheiro. Opa! Alternância e condição Em alguns casos, o sentido de condição pode se somar à ideia básica de alternância: Ou você me ajuda com esse plano, ou eu conto tudo o que sei sobre você. As conjunções que exprimem alternância são chamadas de conjunções alternativas. Explicação Entre já em casa, porque está chovendo. Entre já em casa, que está chovendo. Entre já em casa, pois está chovendo. As conjunções que exprimem explicação são chamadas de conjunções explicativas. Causa O projeto foi um sucesso porque todos cooperaram Como todos cooperaram, o projeto foi um sucesso. Visto que todos cooperaram, o projeto foi um sucesso. As conjunções que exprimem causa são chamadas de conjunções causais. Opa! Causa ou explicação? A causa é um fato que gera ou produz outro; já aexplicação é uma justificativa dada por alguém a fim de legitimar um comentário anterior. Nem sempre é possível distinguir esses dois valores, mas algumas situações são bem claras. Por exemplo: quando o verbo da primeira oração está no imperativo, temos sempre uma explicação. Isso acontece porque, nesses casos, o imperativo será seguido de uma justificativa que procura legitimar a ordem, pedido ou conselho expressos anteriormente. Venha agora, que preciso lhe contar algo urgente. Além disso, é interessante comparar exemplos como estes dois: Ele chorou porque apanhou do irmão. Ele chorou, porque seus olhos estão vermelhos. No primeiro, apanhar do irmão é a causa do choro; no segundo, o enunciado “porque seus olhos estão vermelhos” é a explicação (ou justificativa) apresentada pelo enunciador para legitimar a afirmação feita anteriormente (“Ele chorou”). Consequência Correu tanto que desmaiou. A porta estava fechada, de maneira que ele teve que entrar pela janela. As conjunções que exprimem consequência são chamadas de conjunções consecutivas. Condição Se eu ganhar na loteria, darei a volta ao mundo sem mala. Caso eu ganhe na loteria, darei a volta ao mundo sem mala. Você pode sair hoje, desde que trabalhe amanhã. Você pode sair hoje, contanto que trabalhe amanhã. As conjunções que exprimem condição são chamadas de conjunções condicionais. www.euvoupassar.com.br Página 10 Concessão Embora tenha estudado, ele não passou. Ainda que a situação seja preocupante, ela não é desesperadora. Mesmo que as promessas sejam cumpridas, a temperatura do planeta seguirá aumentando. As conjunções que exprimem concessão são chamadas de conjunções concessivas. Opa! Por que ‘conjunção concessiva’? De onde vem o nome conjunção concessiva? O que significa dizer que o “embora”, o “ainda que” e o “mesmo que” exprimem concessão? Imagine que duas pessoas estão debatendo sobre a legalização do aborto. Então, uma delas, aquela que defende a legalização, afirma: [Embora o aborto possa ser visto como uma espécie de assassinato], ele é a melhor opção em muitas situações. Por meio da oração entre colchetes, o falante parece conceder a razão ao seu ouvinte. Por isso, a conjunção que introduz esse tipo de oração ganha o nome de conjunção concessiva. É como se alguém dissesse: você está certo ao afirmar que o aborto pode ser considerado uma espécie de assassinato. No entanto, essa concessão não é forte o suficiente para mudar a opinião do falante, que logo depois afirma: “ele [o aborto] é a melhor opção em muitas situações”. Isso ajuda a entender também a diferença entre as conjunções concessivas e as adversativas. Compare. Quero correr, mas meus pés estão doendo. Quero correr, embora meus pés estejam doendo. No primeiro caso, entendemos que a pessoa não pretende correr. Ou seja, a dor nos pés predomina sobre a vontade de correr. No segundo, entendemos que ela correrá de qualquer maneira. Ou seja, a vontade é mais forte que a dor nos pés. Por isso, podemos dizer que as conjunções adversativas introduzem o enunciado mais forte, ao passo que as conjunções concessivas introduzem o enunciado mais fraco. Finalidade Falei alto para que todos me ouvissem. A mídia favorece o Flamengo a fim de que se vendam mais jornais. As conjunções que exprimem finalidade são chamadas de conjunções finais. Comparação Eu escrevo melhor do que desenho. Você está falando como seu pai falaria. As conjunções que exprimem comparação são chamadas de conjunções comparativas. Conformidade Conforme havia sido anunciado, haverá demissões este mês. Fez tudo como o chefe mandou. As conjunções que exprimem conformidade são chamadas de conjunções conformativas. Proporção À medida que cresce a terceirização dos processos de negócios (TPN), cresce também a preocupação com a métrica e com a medição. (www.wharton.universia.net) Quanto mais cresce a terceirização dos processos de negócios (TPN), mais cresce a preocupação com a métrica e com a medição. As conjunções que exprimem proporção são chamadas de conjunções proporcionais. Tempo Quando cheguei, todos pararam de falar. Assim que cheguei, todos pararam de falar. Mal cheguei, todos pararam de falar. Enquanto ela arrumava a casa, eu adiantava o almoço. As conjunções que exprimem tempo são chamadas de conjunções temporais. EXERCÍCIOS www.euvoupassar.com.br Página 11 1.) O título "Silêncio, por favor" é estruturado predominantemente por meio de (A) nomes e verbos. (B) nomes e conjunções. (C) verbos. (D) nomes. (E) verbos dinâmicos. 2.) A opção cuja classe da palavra destacada difere da das demais é: (A) "O futuro é construído a cada instante da vida," (B) "Perguntas a que também quero responder," (C) "... os erros inerentes a minha condição," (D) "retirando a morte," (E) "pode ser perfeitamente aplicável daqui a um tempo." 3.) A flexão de todos os verbos está correta na frase: (A) Caso não ajam a tempo, pediremos que seja estendido o prazo de apresentação de seus documentos. (B) Assim que reavermos nossas malas, remarcaremos as passagens. (C) Os portões que se vêm nos casarões antigos detêm nosso olhar, tantos são os detalhes que neles surpreendemos. (D) Quando eles reverem o caso, haverão de chegar a novas conclusões. (E) Os policiais que os deteram, na manhã de ontem, há muito vêm agindo de modo arbitrário. 4.) ...... seja promovida, ela dará uma festa, ...... ninguém ponha em dúvida seu sincero e imediato reconhecimento. A frase ganha sentido lógico e completo preenchendo-se as lacunas, respectivamente, com as expressões: (A) Mesmo que - para que (B) Embora - a fim de que (C) Tão logo - mesmo que (D) Ainda que não - tão logo (E) Não obstante - a menos que Floresta nacional, floresta estadual e municipal: é uma área com uma cobertura florestal de espécies predominantemente nativas e tem como objetivo básico o uso múltiplo sustentável dos recursos florestais de florestas nativas. É de posse e domínio públicos. Glossário. Secretaria de biodiversidade e florestas. Portal áreas protegidas.Ministério do Meio Ambiente. Internet: (com adaptações). 5.) Com base no texto acima, julgue os itens a seguir. A palavra "uso" (l.4) está empregada como adjetivo. ( ) Certo ( ) Errado O seguinte texto se refere às questões 6 e 7 A era do sustentável Provavelmente a única chance de salvar efetivamente as florestas tropicais e aqueles que lá vivem é encontrar uma forma para que elas possam coexistir com a lógica do mundo moderno, inclusive no Brasil. Ambientalistas do mundo inteiro reconhecem, no íntimo, que nesses países de enormes desigualdades sociais, onde estão as últimas florestas tropicais intactas, a pressão sobre os recursos naturais é grande e as formas de fiscalização das eventuais leis de proteção são muito frágeis. Esta lógica significa uma função econômica para a floresta, explorando-a sem destruí-la e sem exaurir seus recursos naturais. É nesta linha que o uso sustentado das florestas ganhou grande força na consciência dos formadores de opinião que defendem o meio ambiente. É também neste caminho que várias experiências e inúmeras pesquisas estão fervilhando no momento, pelo Brasil e pelo mundo afora. Aqui, vemos o trabalho nas reservas extrativistas, o fornecimento de matéria-prima para a indústria de cosméticos e farmacêutica, a exploração de madeira certificada. www.euvoupassar.com.br Página 12 O conceito de uso sustentado dos recursos naturais vai muito além das florestas, para hoje estar incorporado a todas as atividades da humanidade. O ressiclar, reutilizar, substituir e otimizar deixaram de ser “moda” para se tornarem obrigação de quem deseja garantir a qualidade das futuras gerações. (Peter Milko)6.) Assinale a alternativa que apresente o adjetivo que indica uma opinião do enunciador do texto. (A) Recursos naturais. (B) Reservas extrativistas. (C) Inúmeras pesquisas. (D) Futuras gerações. (E) Única chance. 7.) No título do texto ocorre o seguinte fato gramatical: (A) a modificação de classe gramatical do vocábulo sustentável. (B) o uso indevido de uma forma verbal como substantivo. (C) a utilização de um substantivo por outro. (D) o emprego inadequado de um adjetivo. (E) um erro de concordância nominal. 8.) Na frase "Ao invés de termos cotas de candidatas, POR QUE não criarmos cotas de cadeiras no Parlamento?" (6º parágrafo), o termo em destaque foi escrito corretamente com os elementos separados. Sabendo-se que esse termo pode ser escrito com os elementos juntos ou com os elementos separados, pode-se afirmar que está INCORRETA a frase: (A) A candidata desistiu de concorrer ao cargo de deputada porque se sentiu traída pelo partido. (B) Não se conhecia a razão por que a candidata desistiu de concorrer ao cargo de deputada. (C) Ainda não se sabia porque a candidata desistiu de concorrer ao cargo de deputada. (D) A candidata desistiu de concorrer ao cargo de deputada por quê? (E) A candidata só desistiu de concorrer ao cargo de deputada porque lhe faltou apoio do partido. 9.) Atente para as seguintes construções: I. (confesso: antes mesmo de haver televisores nas casas). II. Eu não entendia bem o motivo mesmo daqueles dias agitados. III. meu pai provocava amistosamente o vizinho do outro lado da rua, que tinha o mesmo hábito. Preserva-se o sentido dessas construções caso se substituam os elementos sublinhados, na ordem dada, por: (A) até, ainda assim e próprio. (B) até, exato e igual. (C) ainda assim, próprio e inclusive. (D) inclusive, ainda assim e próprio. (E) propriamente, exato e inclusive. 10.) Analisando morfologicamente cada uma das palavras da frase "Muita gente acha que as pessoas nascem com limitações inatas", temos, sequencialmente: (A) advérbio de intensidade; substantivo próprio; verbo; pronome relativo; artigo definido; substantivo próprio; verbo; preposição; substantivo próprio; adjetivo. (B) pronome indefinido; substantivo comum; verbo; conjunção subordinativa integrante; artigo definido; substantivo comum; verbo; preposição; substantivo comum; adjetivo. (C) pronome indefinido; substantivo abstrato; verbo; conjunção coordenativa aditiva; artigo definido; substantivo coletivo; verbo; preposição; verbo substantivado comum; advérbio. (D) numeral cardinal; substantivo coletivo; verbo; conjunção coordenativa explicativa; artigo definido; substantivo abstrato; verbo; conjunção coordenativa aditiva; substantivo comum; adjetivo. (E) adjetivo; substantivo comum; verbo; conjunção subordinativa consecutiva; contração da preposição a com o artigo as; substantivo concreto; verbo; preposição; substantivo concreto; adjetivo. 11.) Assinale a alternativa em que o termo sublinhado tenha função adjetiva. (A) Característica da nação. (B) Ameaça de colapso. www.euvoupassar.com.br Página 13 (C) Deterioração de valores. (D) Instituição da escravidão. (E) Uso de violência. 12.) Marque a alternativa que completa corretamente as lacunas: Perguntou o professor: ________? Respondi: Já sei __________ é importante sopesar os fatos na determinação do procedimento administrativo; é _________ seu motivo - a matéria de fato - vai fornecer subsídios à análise da decisão tomada. (A) Por que? / porque / porque (B) Por quê? / por que / porque (C) Porquê? / por que / porque (D) Por quê? / porque / por que (E) Por que? / por que / por que 13.) Assinale a afirmativa correta em relação ao período: "Criou-se recentemente um projeto voltado para a população carente do município". (A) "Carente" é um advérbio. (B) São substantivos: projeto, população, município. (C) O termo "recentemente" pertence à classe dos adjetivos. (D) São artigos: um, para, a. (E) Na palavra "voltado" temos um pronome relativo. 14.) ...algumas iniciativas inovadoras começam a apresentar resultados, o que pode motivar a reprodução dessa experiência pelo país inteiro. (L.31-33) No trecho acima, há quantos artigos? (A) Um. (B) Nenhum. (C) Quatro. (D) Três. (E) Dois. 15.) As palavras destacadas na frase abaixo pertencem, respectivamente, as seguintes classes de palavras: O material didático mais barato que existe na praça é o professor. (A) adjetivo; advérbio; adjetivo; conjunção; advérbio; e substantivo. (B) adjetivo; advérbio; adjetivo; pronome relativo; substantivo; e substantivo. (C) substantivo; advérbio; adjetivo; conjunção; substantivo; e substantivo. (D) adjetivo; conjunção; substantivo; pronome relativo; e advérbio. (E) adjetivo; advérbio; adjetivo; conjunção; substantivo e substantivo. 16.) Isso não funcionou. Nos anos 20 e 30, o modelo entrou em colapso, em termos políticos e econômicos. A relação estabelecida no texto entre as duas frases acima está corretamente expressa por: (A) à proporção que. (B) no entanto. (C) por conseguinte. (D) se bem que. (E) uma vez que. 17.) Nana para Glaura Dorme como quem porque nunca nascida dormisse no hiato entre a morte e a vida. Dorme como quem nem os olhos abrisse www.euvoupassar.com.br Página 14 por saber desde sempre quanto o mundo é triste. Dorme como quem cedo achasse abrigo que nos meus desabrigos dormirei contigo. José Paulo Paes (Prosas seguidas de Odes mínimas S.Paulo, Cia. das Letras, 1992, p.37) O pronome contigo, na última estrofe do poema, está empregado (A) de acordo com a norma culta, pois o poeta dirige-se a Glaura na segunda pessoa do singular - dorme. (B) em desacordo com a norma culta, apenas para rimar com a palavra abrigo, pois o correto seria "com você". (C) corretamente, por ser o único momento do texto em que é possível assegurar em que pessoa o poeta se dirige a Glaura. (D) em desacordo com a norma culta, pois o correto seria "consigo", já que o poeta se dirige a Glaura na terceira pessoa do singular - dorme. (E) corretamente, desde que considerado o uso informal da língua; no uso formal, o mais adequado seria "convosco". 18.) Deus criou o mundo, mas logo considerou o mundo desprovido de vida, e resolveu acrescentar ao mundo seres vivos, que povoassem o mundo e imprimissem ao mundo a marca do sopro divino. Evitam-se as viciosas respetições da frase acima substituindo- se os elementos sublinhados, respectivamente, por (A) considerou-o - acrescentá-lo - povoassem-no - imprimissem- no (B) considerou-lhe - acrescentar-lhe - povoassem-lhe - imprimissem- lhe (C) o considerou - acrescentar-lhe - o povoassem - lhe imprimissem (D) lhe considerou - acrescentá-lo - povoassem-no - imprimissem- lhe (E) considerou-o - o acrescentar - lhe povoassem - lhe imprimissem 19.) Considere as seguintes propostas de substituição de segmentos do texto envolvendo emprego de pronomes. I - interessa para ele (L. 17) - interessa-o II - vão complicar você (L. 43) - vão lhe complicar III - bisbilhotando você (L. 52) - bisbilhotando-o Quais são contextualmente adequadas e estão corretas do ponto de vista da norma gramatical? (A) Apenas I. (B) Apenas II. (C) Apenas III. (D) Apenas II e III. (E) I, II e III. 20.) Na frase "Na esquina avistei o meu carro e o que estava sendo procurado pela polícia", o termo o é classificado como (A) artigo definido. (B) pronome pessoal do caso oblíquo. (C) pronome demonstrativo. (D) pronome relativo. (E) pronome possessivo. GABARITO: 1) (D) 2) (D) 3) (A) 4) (C) 5) Errado 6) (E) 7) (A) www.euvoupassar.com.br Página 15 8) (C) 9) (B) 10) (B) 11) (A) 12) (B) 13) (B) 14) (E) 15) (B) 16) (E) 17) (A) 18) (C) 19) (B) 20) (C) Período SimplesSINTAXE A análise dos termos da oração estabelece-se numa nítida hierarquia entre os termos, classificados como: essenciais, integrantes e acessórios. 1.1. TERMOS ESSENCIAIS Sujeito Predicado Predicativo (do sujeito ou do objeto) 1.2. TERMOS INTEGRANTES Complementos verbais (objeto direto e indireto) Complemento nominal Agente da passiva 1.3. TERMOS ACESSÓRIOS Adjunto Adnominal Adjunto Adverbial Aposto 1. SUJEITO É o termo a que o verbo faz referência e com o qual concordará. Tem como núcleos o substantivo (ou palavra substantivada) e os pronomes substantivos. Jamais se separa do predicado por vírgula ou vem precedido de preposição. Apresenta-se na ordem direta (antes do verbo) ou indireta( após o verbo). O sujeito classifica-se em: a) SIMPLES - o sintagma nominal apresenta apenas um núcleo. Ex: Os dias nublados entristecem as pessoas. Ex: Na próxima semana, viajaremos com a nossa família. (Simples Desinencial ou Elíptico) b) COMPOSTO - o sintagma nominal apresenta mais de um núcleo. Ex: Pai e filho sempre foram amigos. c) INDETERMINADO - é aquele que não está expresso na oração e não pode ser reconhecido por elementos fornecidos por nenhum outro termo. Nessas orações, em que só o predicado está expresso, não se pode ou não se quer determinar sobre quem recai a ação. Casos de indeterminação do sujeito: 1) Emprego de verbo (intransitivo, transitivo indireto ou de ligação) na 3ª pessoa do singular + partícula SE (índice de indeterminação do sujeito). www.euvoupassar.com.br Página 16 Ex: Precisa-se de carpinteiros. 2) Emprego de verbo na 3ª pessoa do plural, sem nenhuma referência dentro do texto. Ex: Atropelaram um cachorro na esquina. OPA! ORAÇÃO SEM SUJEITO (ou SUJEITO INEXISTENTE) É aquela que não possui nenhum ser ao qual o predicado possa ser atribuído. O que importa, nesse caso, é o processo verbal em si. Os verbos das orações sem sujeito são chamados de IMPESSOAIS. Tais verbos serão sempre mantidos na 3ª pessoa do singular, uma vez que não há sujeito com o qual concordar. Quando acompanhados de verbos auxiliares, transmitem a eles a sua impessoalidade. Ex: Havia poucas flores naquele jardim. Devia haver poucas flores naquele jardim. Casos de impessoalidade do verbo a) Verbo HAVER exprimindo EXISTÊNCIA ou OCORRÊNCIA. Ex: No meio do caminho, sempre haverá uma pedra. b) Verbos HAVER e FAZER indicando tempo decorrido. Ex: Há três meses não o vejo. Deve fazer dois anos que tudo começou. c) Verbo SER nas indicações de tempo. Ex: Já são duas horas. Hoje são 22 de abril. Agora é tarde. d) Verbos que exprimem fenômenos da natureza (No sentido denotativo) Ex: Choveu muito naquela cidade. Opa! No sentido conotativo (linguagem figurada), há sujeito. Ex: Choveram broncas na aula. 2. PREDICADO É a parte da oração que contém a informação, a declaração a respeito do sujeito. Basicamente, pode-se informar a respeito do sujeito uma idéia de ação, praticada ou sofrida, ou uma idéia de estado. A partir disso, pode-se dizer que o núcleo informativo de um predicado pode ser um verbo ou um nome. Há também predicados que têm um verbo e um nome como núcleos ao mesmo tempo. Os predicados classificam-se em: a) PREDICADO VERBAL - é aquele que contém um verbo significativo (transitivo ou intransitivo). Tem como núcleo o verbo e não há nele nenhum predicativo. Ex: As luzes da cidade surgiram à frente de todos. b) PREDICADO NOMINAL - é aquele que contém um verbo de ligação e, consequentemente, um predicativo do sujeito. Tem como núcleo o predicativo. Ex: As luzes da cidade estavam apagadas. c) PREDICADO VERBO-NOMINAL - é aquele que contém um verbo significativo e um predicativo (do sujeito ou do objeto). Tem como núcleos o verbo e o predicativo. Ex: O tribunal julgou culpado o réu. 3. PREDICATIVO É o termo da oração que indica uma característica que se atribui ao sujeito ou ao objeto. O predicativo classifica- se em: a) PREDICATIVO DO SUJEITO - é o termo que se liga ao sujeito, atribuindo-lhe estado ou qualidade. Aparece em predicados nominais (com verbos de ligação) ou verbo-nominais (com verbos intransitivos ou transitivos). Ex: Aqui eu não sou feliz. www.euvoupassar.com.br Página 17 Ela baixou os olhos, amuada. b) PREDICATIVO DO OBJETO - é o termo que se refere ao objeto, atribuindo-lhe um estado ou qualidade. Concorda com o objeto em gênero e número. Pode vir precedido das preposições como, por, para, de. Ocorre, principalmente, com verbos do tipo: declarar, nomear, julgar, chamar, ver, eleger, consagrar, considerar, achar, ter, tomar, fazer, deixar e dar. Ex: Dr. Juca achou o negócio ótimo. OPA!!! 1) Segundo vários gramáticos, o predicativo do objeto indireto só ocorre com o verbo chamar, significando cognominar, atribuir um nome a. Ex: Chamei-lhe de bobo. 2) Pode ocorrer predicativo do sujeito em frases com voz passiva sintética ou analítica. Nesse caso, o predicado será verbo-nominal e o predicativo da voz passiva será analisado como o da voz ativa correspondente. Ex: O jovem foi encontrado ferido pelo policial. O policial encontrou o jovem ferido. 4. COMPLEMENTOS VERBAIS a) Objeto Direto (substantivo ou pronome substantivo) – é o termo que completa o sentido de um verbo transitivo direto, ligando-se a ele sem o auxílio de preposição obrigatória. É importante que só encontremos o objeto direto depois de sabermos qual é o sujeito. Ex: Recebi o prêmio. Recebi o quê? o prêmio. O.D. a.1) Objeto Direto Preposicionado - o objeto direto pode apresentar-se preposicionado em alguns casos. Cuidado para não confundi-lo com o objeto indireto. Principais Casos: a) COM PRONOME PESSOAL TÔNICO: Ex: Ele não auxilia a mim. b) PARA EVITAR AMBIGUIDADE: Ex: Ao guarda o ladrão matou. c) COM O PRONOME QUEM (INTERROGATIVO OU RELATIVO): Ex: A quem convidaste? d) COM A PREPOSIÇÃO DE COM SENTIDO PARTITIVO: Ex: Ele bebeu do meu vinho. e) COM OS PRONOMES REFERENTES A PESSOAS (NINGUÉM, ALGUÉM, OUTROS, TODOS) Ex: A menina a todos encantava. f) COM OS PRONOMES DE TRATAMENTO: Ex: Colocaram a Vossa Excelência em má situação. a.2) Objeto Direto Interno ou Cognato - quando representado por palavra que repete a ideia já expressa pelo verbo. Ex: Ele viveu uma vida gloriosa. a.3) Objeto Direto Pleonástico - quando aparece repetido sob a forma de pronome oblíquo. Ex: Esta esperança jamais a terei b) Objeto Indireto (substantivo ou pronome substantivo) - é o termo que completa o sentido de um verbo transitivo indireto, ligando-se a ele com o auxílio obrigatório de uma preposição: A, COM, DE, EM, PARA, POR, SOBRE. Ex: O peixe depende da água. 5. COMPLEMENTO NOMINAL - termo que integra ou limita o sentido de um advérbio, adjetivo ou substantivo abstrato; aparece sempre preposicionado. Ex.: Agiu favoravelmente a ambos. O fumo é prejudicial à saúde. www.euvoupassar.com.br Página 18 Tenho confiança em ti. 6. AGENTE DA PASSIVA - termo que, na voz passiva, pratica a ação expressa pelo verbo, a qual é sofrida pelo sujeito. Ex.: As ruas foram lavadas pelas chuvas. Mariana era apreciada por todos quantos iam a nossa casa. Opa! 1 – A voz passiva é privativa dos verbos TD; 2 – O termo “agente da passiva” vem sempre introduzido por preposição (por, per, de); 3 – A voz passiva sempre apresenta sujeito, o qual é o paciente da ação expressa pelo verbo; 4 – A voz passiva analítica ou verbal pode apresentar agente da passiva, mas a voz passiva sintética ou pronominal nunca apresentará agente da passiva. Ex.: Cabral descobriu o Brasil. (VA) O Brasil foi descoberto por Cabral. (VPA) Vendem-seflores. (VPS) Flores são vendidas. (VPA) 7. ADJUNTO ADVERBIAL - é o termo da oração que se relaciona ao verbo, ao advérbio ou ao adjetivo a fim de acrescentar a um desses elementos uma circunstância qualquer. Os advérbios e as locuções adverbiais desempenham a função de adjunto adverbial Ex: A prova de matemática foi muito fácil. 8. ADJUNTO ADNOMINAL - termo de valor adjetivo que serve para especificar ou delimitar o significado do substantivo, podendo ser expresso por: a) Adjetivo: Compareceram pessoas interessadas. b) Locução Adjetiva: Era um homem de consciência. c) Artigo: O mar era um lago sereno e azul. d) Pronome Adjetivo: Minha camisa é igual à sua. e) Numeral : Casara-se havia duas semanas. f) Oração Adjetiva: Os cabelos, que eram fartos e lisos, caíram-lhe pelo rosto. g) Pronome Oblíquo: "...te beijar a boca de um jeito que te faça rir...” 9. APOSTO - é o termo usado para explicar, enumerar, recapitular ou especificar o seu antecedente. O núcleo do aposto é representado por um substantivo ou palavra substantiva. Classifica-se em: a) Aposto Explicativo: explica um termo anterior. Ex: Londrina, cidade paranaense, é muito linda. b) Aposto Enumerativo: enumera um termo anterior. Ex: Dois países não assinaram o acordo: Brasil e Chile. c) Aposto Recapitulativo: resume um termo anterior. Ex: Os amigos, os parentes, os professores, todos o ajudaram. d) Aposto Especificador: especifica um termo anterior. Ex: A cidade de Fortaleza é muito visitada por turistas. 10. VOCATIVO - é o termo da oração usado para chamar, pelo nome, apelido ou característica, o ser com quem se fala. O vocativo também é uma função substantiva. Ele, como termo independente que é, não faz parte do sujeito nem do predicado e aparece sempre isolado por pontuação, geralmente a vírgula. Ex: Sossega, coração, não desesperes. Pai, afasta de mim esse cálice. EXERCÍCIOS 1.) Analise as frases abaixo e marque a alternativa cujo sujeito é inexistente: (A) Alguém insistia inutilmente. (B) Anoitecia silenciosamente. (C) Em nossa terra não se vive senão de políticos. (D) Outros caminhos poderia haver. (E) Estudamos para a vida. www.euvoupassar.com.br Página 19 2.) Aponte a alternativa em que o se exerce a função de sujeito do infinitivo (A) A televisão deixou-se ficar como um veículo de propagação cultural. (B) Necessita-se de menos interferência crítica na formação da personalidade. (C) Discutiu-se, com veemência, sobre os valores éticos a serem preservados pela sociedade. (D) Os habitantes do território nacional reservaram-se o direito da livre iniciativa e expressividade. 3.) Em "Enfim, senhores, uma graça de alienado.", os termos da oração grifados são respectivamente, do ponto de vista sintático: (A) adjunto adnominal, vocativo. (B) adjunto adverbial, aposto. (C) adjunto adverbial, sujeito. (D) adjunto adverbial, vocativo. (E) adjunto adnominal, aposto. 4.) Assinale a frase cujo predicado é verbo-nominal: (A) "Que segredos, amiga minha, também são gente ..." (B) "... eles não se vexam dos cabelos brancos ..." (C) "... boa vontade, curiosidade, chama-lhe o que quiseres ..." (D) "Fiquemos com este outro verbo." (E) "... o assunto não teria nobreza nem interesse ..." 5.) Das expressões sublinhadas abaixo, com as ideias de tempo ou lugar, a única que tem a função sintática do adjunto adverbial é: (A) "Já ouvi os poetas de Aracaju" (B) "atravessar os subúrbios escuros e sujos" (C) "passar a noite de inverno debaixo da ponte" (D) "Queria agora caminhar com os ladrões pela noite" (E) "sentindo no coração as pancadas dos pés das mulheres da noite" 6.) "Ande ligeiro, Pedro". O termo destacado representa um: (A) sujeito (B) objeto direto (C) vocativo (D) aposto (E) adjunto 7.) Aponte a alternativa em que ocorre o adjunto adverbial de causa: (A) Comprou livros com dinheiro. (B) O poço secou com o calor. (C) Estou sem amigos. (D) Vou ao Rio. (E) Pedro é efetivamente bom. 8.) NÃO admite transposição para a voz passiva a seguinte construção: (A) a legislação é leniente nesses casos. (B) o estatuto tem encontrado entraves. (C) a legislação dificulta a aplicação de punições. (D) o intuito de melhor detalhar as responsabilidades. (E) para implementaresses procedimentos. 9.) “alguns animais também foram domesticados”. (2º parágrafo) O verbo que admite transposição para a voz passiva, tal como no exemplo grifado acima, está na frase: (A) Somos a presença mais recente neste planeta. (B) ... bandos de homens e mulheres corriam pelas savanas ... (C) ... os homens queriam cantar também. (D) Se o vento assobiava ... www.euvoupassar.com.br Página 20 (E) Certamente o som das flautas e dos tambores acompanhava os rituais ... 10.) Transpondo-se o trecho "O futuro é construído a cada instante da vida," (L. 1) para a voz passiva sintética, tem-se a forma verbal (A) constrói-se. (B) construiu-se. (C) há de ser construído. (D) pode ser construído. (E) foi construído. 11.) ... a ciência jamais será capaz de responder a todas as perguntas. Utilizou-se corretamente a voz passiva, preservando-se o sentido original, nesta nova redação da frase acima: (A) Jamais ocorrerá que todas as perguntas sejam respondidas pela ciência. (B) Nenhuma das perguntas jamais obterá resposta pela ciência. (C)A nem todas as perguntas será jamais a ciência capaz de dar respostas. (D) Todas as perguntas, em qualquer tempo, deixarão de obter resposta pela ciência. (E) A capacidade da ciência deixará de dar resposta a todas as perguntas. 12.) “...secavam as fibras num varal e (...) as carregavam para a propriedade, onde eram prensadas e enfardadas...” Invertendo-se as vozes passiva e ativa da frase acima, a frase correta resultante será: (A) As fibras eram secadas num varal e carregadas para a propriedade, onde a prensava e enfardava. (B) As fibras secavam num varal e eram carregadas para a propriedade, onde lhes prensavam e enfardavam. (C) As fibras eram secas num varal e carregadas para a propriedade, onde as prensavam e enfardavam. (D) As fibras secaram num varal e foram carregadas para a propriedade, onde lhes prensavam e enfardavam. (E) As fibras ficavam secando num varal e lhes carregavam para a propriedade, onde as prensavam e enfardavam. 13.) A forma verbal da voz passiva correspondente exatamente à construção: (A) Se examinarmos as fábulas populares é: Se as fábulas populares forem por nós examinadas. (B) um jovem a conduza é: fosse por um jovem conduzida. (C) exprimem o desejo popular é: têm expressado o desejo popular. (D) representam apenas uma ilusão miraculosa é: estão apenas representando uma ilusão miraculosa. (E) deve reconquistar seu reino é: terá reconquistado seu reino. 14.) Na fala da charge, reproduzida abaixo, os termos grifados exercem as seguintes funções sintáticas: "...e como eu ia dizendo, é muito mais econômico você andar devagar e ser assaltado por mim do que correr e ser assaltado pelo radar. E eu nem somo pontos em sua habitação !" (A) objeto direto - objeto indireto - adjunto adverbial. (B) adjunto adnominal - sujeito - adjunto adverbial. (C) predicativo - agente da passiva - adjunto adverbial. (D) objeto direto - objeto direto preposicionado - objeto indireto. (E) aposto - objeto indireto - objeto direto preposicionado. GABARITO 1) (B) 2) (A) 3) (D) 4) (C) 5) (D) 6) (C) 7) (B) 8) (A) 9) (E) 10) (A) 11) (A) 12) (c) 13) (A) 14) (C) www.euvoupassar.com.br Página 21 Período Composto Como já sabemos, período é a frase organizada em orações. Dependendo do número de orações que o compõem, o período pode ser simples ou composto. Período Simples: é formado por uma única oração, organizada em tornode um verbo ou uma locução verbal. Ex.: "Minha vida era um palco iluminado." (Sílvio Caldas e Orestes Barbosa) Ex.: Amanhã poderá chover. A oração que forma um período simples recebe o nome de oração absoluta. Período composto: é formado por mais de uma oração. Dependendo de como as orações se relacionam, pode ser: - composto por coordenação: é formado exclusivamente por orações coordenadas. Ex.: No outro dia tomei o trem / , peguei no sono / e acordei na estação oração coord. assindética oração coord. assindética oração coordenada Ex.: Cheguei cedo ao teatro / , mas não arranjei um bom lugar. oração coord. assindética oração coordenada - composto por subordinação: é formado de oração principal e oração(ões) subordinada(s) à principal. Ex.: Um relance de olhos revelou-me / que sua fisionomia não era estranha. oração principal oração subordinada Ex.: Não conheço a pessoa / que ela estava procurando. oração principal oração subordinada I. Orações Coordenadas Orações coordenadas são aquelas que, no período, não exercem função sintática umas em relação às outras. Uma oração coordenada, portanto, nunca será termo das outras coordenadas com as quais se relaciona. Ex.: Acordei cedo / , tomei o café / , paguei a conta / e deixei o hotel. oração coordenada oração coordenada oração coordenada oração coordenada Verifique que, no exemplo acima, temos quatro orações sintaticamente independentes; cada oração é, do ponto de vista sintático, uma unidade autônoma. 1. Classificação das Orações Coordenadas Sindéticas As orações coordenadas sindéticas classificam-se, de acordo com a conjunção que as introduz, em: aditivas, adversativas, alternativas, conclusivas e explicativas. a) aditivas: exprimem ideia de soma, adição. As principais conjunções aditivas são: e, nem, mas também, mas ainda. Ex.: Pedro estuda / e trabalha. or. coord. assindética or. coord. sind. aditiva b) adversativas: exprimem ideia de adversidade, oposição, contraste. As principais conjunções adversativas são: mas, porém, todavia, contudo, entretanto, no entanto. Ex.: Pedro trabalha muito / , mas ganha pouco. or. coord. Assindética or. coord. sind. adversativa c) alternativas: exprimem ideia de alternância, escolha. Haverá alternância quando a ocorrência de um fato implicar a não ocorrência de outro. As principais conjunções alternativas são: ou, ou... ou, ora... ora, quer... quer, já...já, seja... seja. Ex.: Venha agora / ou perderá a vez. or. coord. assindética or. coord. sind. alternativa d) conclusivas: exprimem ideia de conclusão. As principais conjunções conclusivas são: logo, portanto, então, pois (posposto ao verbo). Ex.: As árvores balançam / , logo está ventando. or. coord. Assindética or. coord. sind. Conclusiva www.euvoupassar.com.br Página 22 e) explicativas: exprimem idéia de explicação, justificação, confirmação. As principais conjunções explicativas são: pois (anteposto ao verbo), porque, que. Ex.: Venha imediatamente / , pois sua presença é indispensável. or. assindética or. coord. sind. Explicativa 2. O papel das conjunções Como já foi dito no em Conjunção, é fundamental notar que o contexto determina o tipo de relação estabelecido pela conjunção, pois uma mesma conjunção pode estabelecer relações diferentes entre orações. a) Pedro trabalha de dia e estuda à noite. b) Pedro queria viajar nas férias e não podia. c) Siga este conselho e terá sucesso. Observe que, em a, a conjunção e estabelece relação de adição entre as duas orações. Já em b e c essa mesma conjunção assume outros matizes, indicando adversidade e explicação, respectivamente. As frases b e c equivalem, respectivamente, a: Pedro queria viajar nas férias, mas não podia. Siga este conselho, pois terá sucesso. 3. Orações Intercaladas Orações intercaladas (também conhecidas como orações interferentes) são orações independentes que não pertencem à sequência do período. As orações intercaladas são utilizadas para um esclarecimento, um aparte, uma citação. Ex.: Eu - retrucou o advogado - não concordo. oração intercalada Ex.: "- Tem razão, Capitu / , concordou o agregado./ Você não imagina como a Bíblia é cheia de expressões cruas e grosseiras." (Machado de Assis) As orações intercaladas vêm separadas por vírgula ou travessões. II. Orações Subordinadas No período composto, as orações se relacionam de tal modo que umas podem exercer funções sintáticas em relação a outras. Toda oração que exerce uma função sintática em relação à outra denomina-se oração subordinada. As orações subordinadas, conforme a função sintática que exerçam, classificam-se em substantivas, adjetivas ou adverbiais. a) substantivas: exercem as funções próprias de um substantivo (sujeito, objeto direto, objeto indireto, predicativo, complemento nominal e aposto). As subordinadas substantivas são introduzidas, em geral, pelas conjunções integrantes que e se, as quais não desempenham nenhuma função sintática. b) adjetivas: exercem a função sintática de adjunto adnominal, comumente exercida pelo adjetivo. As subordinadas adjetivas são introduzidas por pronomes relativos - que, quem, quanto, como, onde cujo (e flexões), o qual (e flexões). Os pronomes relativos desempenham diferentes funções sintáticas na oração por eles introduzida. c) adverbiais: exercem a função sintática de adjunto adverbial, característica do advérbio. As subordinadas adverbiais são introduzidas pelas conjunções subordinativas (exceto as integrantes) e exprimem circunstâncias de tempo, consequência, causa, comparação, concessão, proporção, condição, conformidade e finalidade. Tais conjunções não desempenham função sintática. 1. Orações Subordinadas Substantivas As orações subordinadas substantivas, conforme a função sintática que desempenham, classificam-se em subjetivas, objetivas diretas,objetivas indiretas, predicativas, completivas nominais ou apositivas. a) subjetivas: exercem a função de sujeito do verbo da oração principal. I: Seu casamento / é urgente. www.euvoupassar.com.br Página 23 sujeito II: Que você case / é urgente. or. subord. subst. subjetiva or. principal No exemplo I, em que temos um período simples, o núcleo do sujeito é representado por um substantivo - casamento. No exemplo II, um período composto formado de duas orações, o sujeito da oração principal é representado por uma oração - que você case - que exerce a mesma função sintática do substantivo casamento no exemplo I. A essa oração, que exerce a função sintática de sujeito de outra oração, dá-se o nome de oração subordinada substantiva subjetiva: -oração subordinada, por quê? Porque exerce uma função sintática subordina-se a outra - substantiva, por quê? Porque exerce uma função própria do substantivo - subjetiva, por quê? Porque exerce a função sintática de sujeito da oração principal Note as ocorrências mais frequentes de orações subordinadas substantivas subjetivas: Ex.: É provável/ que ele chegue ainda hoje. Ex.: Convém / que ele chegue ainda hoje. Ex.: Conta-se / que ele chegará ainda hoje. Or. Principal Or. Sub. Substantiva Subjetiva OPA! Quando há oração subordinada substantiva subjetiva, a oração principal apresenta o verbo na terceira pessoa do singular e não possui sujeito nela mesma. b) objetivas diretas: exercem a função sintática de objeto direto do verbo da oração principal: Ex.: Espero / que você case. Ex.: Desejo / que ele volte. or. principal or. subord. subst. objetiva direta c) objetivas indiretas: exercem a função sintática de objeto indireto do verbo da oração principal. Ex.: Necessitávamos / de que nos ajudassem. Ex.: Gostaria / de que todos me apoiassem.or. principal or. subord. subst. objetiva indireta Nesses exemplos os verbos da oração principal exigem uma preposição, a qual antecede a conjunção integrante. d) predicativas: desempenham a função sintática de predicativo do sujeito da oração principal. Ex.: Meu maior desejo era / que todos voltassem. Ex.: Minha esperança é / que sejas feliz. or. principal or. subord. subst. predicativa Observe a presença do verbo de ligação na oração principal. e) completivas nominais: exercem a função sintática de complemento de um nome da oração principal. Ex.: Tenho medo / de que me traias. Ex.: Sou favorável / a que o condenem. or. principal or. subord. subst. completiva nominal Observe que as completivas nominais (assim como o complemento nominal) se ligam ao nome (substantivo, adjetivo ou advérbio) por meio de preposição. f) apositivas: desempenham a função sintática de aposto de um nome da oração principal. Ex.: Desejo uma coisa: / que sejas feliz. Ex.: Espero sinceramente isto:/ que vocês não faltem mais. www.euvoupassar.com.br Página 24 Or. Principal or. subord. subst. apositiva Note que, assim como no caso do aposto, as orações apositivas separam-se da principal por sinal de pontuação. OPA!!! As orações subordinadas substantivas, como vimos, começam geralmente pelas conjunções subordinativas integrantes (que e se). Podem, no entanto, vir introduzidas por outras palavras: Ex.: Não sei/ como ele se comportou. Ex.: Perguntei/ quando era o exame. Ex.: Não sei/ por que és tão vaidosa. Ex.: Perguntamos/ quanto custava o produto. Ex.: Não sabemos/ quem escondeu os documentos. 2. Orações Subordinadas Adjetivas As orações subordinadas adjetivas são, como já definimos, aquelas que exercem a função sintática de adjunto adnominal, própria do adjetivo. Estão relacionadas a um nome da oração principal e vêm introduzidas por um pronome relativo. I. Admiramos os alunos estudiosos. adjetivo II. Admiramos os alunos /que estudam. or. subord. adjetiva No exemplo I, em que temos um período simples, o adjetivo estudiosos exerce a função sintática de adjunto adnominal. Já no exemplo II, um período composto, a função sintática de adjunto adnominal não é mais exercida por um adjetivo, mas por uma oração que equivale a um adjetivo - que estudam - a qual funciona como adjunto adnominal do núcleo do objeto direto alunos. A essa oração dá-se o nome de oração subordinada adjetiva: - Oração subordinada? Porque exerce uma função sintática, sendo determinante de outro termo. - Adjetiva? Porque exerce a função de adjunto adnominal, própria do adjetivo. É muito fácil reconhecer uma oração subordinada adjetiva, já que ela sempre virá introduzida por um pronome relativo. A oração adjetiva pode vir depois da oração principal ou estar nela intercalada: Ex.: Serão premiados os alunos / que conseguirem melhor nota. or. principal pron. rel. or. subord. adjetiva Os alunos / que conseguirem melhor nota/ serão premiados. or. principal pron. rel. or. subord. adjetiva or. principal Quanto ao sentido, as orações subordinadas adjetivas classificam-se em restritivas ou explicativas. a) restritivas: restringem a significação do nome a que se referem. Ex.: O homem / que fuma / vive menos. or. principal or. subord. adj. restritiva or. Principal Verifique que a característica expressa pela oração adjetiva que fuma não se aplica a todos os elementos da espécie humana. Dizemos, então, que ela restringe a significação do nome a que se refere: abrange não todos os homens, apenas aqueles que fumam. Outros exemplos: Ex.: Os jogadores / que foram convocados / apresentaram-se ontem. or. principal or. subord. adj. restritiva or. principal Ex.: O homem / que trabalha / vence na vida. or. Principal or. subord. adj. restritiva or. principal Ex.: Resolveram os exercícios / que faltavam. or. principal or. subord. adj. restritiva www.euvoupassar.com.br Página 25 b) explicativas: não restringem a significação do nome; pelo contrário, acrescentam uma característica que é própria do elemento a que se referem. Ex.: O homem / , que é um ser racional / , aprende com os erros. or. Principal or. subord. adj. explicativa or. principal Ex.: O Sol / , que é uma estrela / , é o centro do nosso sistema planetário. or. principal or. subord. adj. explicativa or. principal Ex.: Capitu / , que é uma personagem de Dom Casmurro/ , tinha olhos de ressaca. or. Principal or. subord. adj. explicativa or. principal As orações subordinadas adjetivas explicativas são obrigatoriamente separadas da principal por vírgula. 3. Orações Subordinadas Adverbiais Orações subordinadas adverbiais são, conforme definimos anteriormente, aquelas que exercem a função sintática de adjunto adverbial, própria do advérbio. Observe: I. Saímos tarde. advérbio II. Saímos / quando era tarde. or. subord. Adverbial No exemplo I, em que temos período simples, o advérbio tarde exerce a função sintática de adjunto adverbial. Já no exemplo II, período composto, a função sintática de adjunto adverbial não é mais exercida por um advérbio, mas por uma oração equivalente - quando era tarde. A essa oração dá-se o nome deoração subordinada adverbial: - Oração subordinada? Porque exerce uma função sintática sobre outro termo - Adverbial? Porque exerce a função de adjunto adverbial, própria do advérbio As orações subordinadas adverbiais iniciam-se pelas conjunções subordinativas, exceto as integrantes (que, como vimos, introduzem as orações subordinadas substantivas). a) causal: exprime uma circunstância de causa, aqui entendida como motivo, ou seja,aquilo que determina ou provoca um acontecimento. As principais conjunções e locuções conjuntivas causais são: porque, como (equivalendo a porque), visto que, já que, uma vez que. Ex.: Não viajamos / porque estava chovendo. or. Principal or. sudord. adv. Causal b) comparativa: exprime circunstância de comparação, que é o ato de confrontar dois elementos a fim de estabelecer semelhanças ou diferenças entre eles. As principais conjunções comparativas são: como, que (precedido de mais ou de menos): Ex.: Choveu / como chove em Belém. or. principal or. sudord. adv. comparativa Opa! Muitas vezes as orações comparativas vêm com o verbo elíptico. Ex.: Choveu / como em Belém. (= choveu como chove em Belém. Verbo elíptico: chove) Ex.: Falava mais / que papagaio. (= Falava mais que papagaio fala. Verbo elíptico: fala) c) consecutiva: exprime circunstância de consequência (resultado ou efeito de uma ação qualquer). A principal conjunção consecutiva QUE é precedida de um termo intensificador: tão, tal, tanto, tamanho. Ex.: Choveu tanto / que o jogo foi suspenso. or. Principal or. sudord. adv. Consecutiva www.euvoupassar.com.br Página 26 d) concessiva: exprime circunstância de concessão, que é o ato de conceder, de permitir, de não negar, de admitir uma idéia contrária. As principais conjunções e locuções conjuntivas concessivas são: embora, conquanto, se bem que, ainda que, mesmo que, por mais que, por menos que. Ex.: Choveu / embora a meteorologia previsse bom tempo. or. principal or. sudord. adv. Concessiva e) condicional: exprime circunstância de condição, entendida como uma obrigação que se impõe ou se aceita para que um determinado fato se realize. As principais conjunções e locuções conjuntivas condicionais são: se, caso, contanto que, desde que. Ex.: Viajaremos / se não chover amanhã. or. principal or. sudord. adv. Condicionalf) conformativa: exprime circunstância de conformidade, isto é, de acordo, de adequação, de não-contradição. As principais conjunções conformativas são: conforme, segundo, consoante, como. Ex.: Choveu, / conforme era previsto. or. principal or. sudord. adv. Conformativa g) final: exprime circunstância de finalidade, entendida como o objetivo, a destinação de um fato. As principais conjunções e locuções conjuntivas finais são: a fim de que, para que, que. Ex.: Os lavradores esperavam a chuva / a fim de que não perdessem safra. or. principal or. sudord. adv.final h) proporcional: exprime circunstância de proporção, entendida como a relação entre duas coisas, de modo que qualquer alteração em uma delas implique alteração na outra. As principais locuções conjuntivas proporcionais são: à proporção que, à medida que. Ex.: À proporção que a civilização progride, / o romantismo se extingue. or. Sudord. adv.proporcional or. principal i) temporal: exprime circunstância de tempo. As principais conjunções e locuções conjuntivas temporais são: quando, enquanto, logo que, desde que, assim que. Ex.: Choveu / quando eram dez horas. or. principal or. sudord. adv. temporal Orações Subordinadas Reduzidas Muitas vezes, as orações subordinadas (substantivas, adjetivas, adverbiais) podem aparecer sob a forma de orações reduzidas. As orações subordinadas reduzidas têm duas características: 1. apresentam o verbo em uma das formas nominais: gerúndio, particípio ou infinitivo; 2. não vêm introduzidas por conectivos (conjunções e locuções conjuntivas subordinativas ou pronomes relativos). As orações subordinadas reduzidas classificam-se, de acordo com a forma verbal que apresentam, em: 3. subordinada reduzida de gerúndio; 4. subordinada reduzida de particípio; 5. subordinada reduzida de infinitivo. Para analisar uma oração subordinada reduzida, basta fazer o seguinte: a. desenvolvê-la, ou seja, tirá-la da forma reduzida, fazendo aparecer o conectivo; b. analisar a oração desenvolvida; c. aplicar a análise da oração desenvolvida à reduzida, acrescentando as palavras reduzida de gerúndio, particípio ou infinitivo, conforme o caso. Observe atentamente o exemplo que segue: Ex.: Penso / estar doente. Desenvolvendo: Ex: Penso / que estou doente. www.euvoupassar.com.br Página 27 or. principal or. sudord. subst. obj. dir. Analisando a oração desenvolvida, temos: oração subordinada substantiva objetiva direta. Agora, basta aplicar a classificação à oração reduzida e acrescentar as palavras reduzida de infinitivo. Portanto: Ex.: Penso / estar doente. or. principal or. sudord. subst. obj. dir. reduzida de infinitivo Vejamos outro exemplo: Ex.: Vi guardas / conduzindo presos. Desenvolvendo: Ex.: Vi guardas / que conduziam presos. or. principal or. sudord. subst. adj. restritiva Aplicando a análise à oração reduzida, temos: oração subordinada adjetiva restritiva, reduzida de gerúndio. Examinemos agora uma terceira hipótese: Ex.: Terminado o baile, / todos saíram. Desenvolvendo: Ex.: Quando terminou o baile, / todos saíram. or. sudord. adverbial temporal or. principal Aplicando a análise da oração desenvolvida à reduzida, temos: oração subordinada adverbial temporal reduzida de particípio. EXERCÍCIOS 1.) Assinale a alternativa em que a oração destacada estabelece com a oração que a antecede ou que a sucede uma relação de condição. (A) "Souza tem um currículo de tipo incomum no Brasil, mas que começa a ser usual nas melhores polícias do mundo." (B) "Não fosse pela farda, o comandante da Polícia Militar de Minas Gerais, coronel Renato de Souza, 46 anos, em nada lembraria um policial." (C) "... é impossível combater o crime porque ele é fortemente relacionado com a pobreza ..." (D) "... é necessário melhorar primeiro as condições de vida das regiões onde se encontra a maioria dos criminosos violentos para depois esperar baixar os índices de banditismo." (E) ""Não é preciso esperar uma geração para que mudanças na educação e na moralidade tenham efeito na atenuação do crime"." 2.) Compare: " Nunca me esquecerei desse acontecimento" e " Nunca me esquecerei que no meio do caminho tinha uma pedra" . Analise as afirmações abaixo sobre os dois enunciados apresentados: I - Ambos são períodos compostos por coordenação. II - Ambos são períodos compostos por coordenação e subordinação. III - O primeiro é um período simples e o segundo é um período composto. IV - " desse acontecimento" é apenas objeto do verbo, ao passo que " que no meio do caminho tinha uma pedra" constitui uma oração subordinada substantiva objetiva que completa a oração principal. V - Ambos têm apenas objetos. Assinale a alternativa CORRETA: (A) Apenas I e V estão corretas. (B) Apenas III e IV estão corretas (C) Apenas III e V estão corretas. (D) Apenas II e V estão corretas. www.euvoupassar.com.br Página 28 3.) A oração reduzida de gerúndio no período "Batendo de quina pode até matar" exprime, em relação à oração principal, a circunstância de: (A) causa. (B) comparação. (C) condição. (D) consequência. (E) concessão. 4.) A oração grifada em "é possível descumprir algumas outras delas, pagando-se uma taxa à prefeitura" tem o mesmo valor sintático e semântico que a grifada em: (A) "o projeto de lei está sendo empurrado, para passar logo" (B) "há regras para construir, como costuma ser em cidades civilizadas" (C) "se a construtora pagar à prefeitura uma taxa, pode construir até 4 vezes" (D) "O projeto de lei tramitando na Câmara é uma confusão" (E) "As construtoras ganham porque podem construir mais e vender mais" 5.) No período "É muito comum que um único esquema de incentivos inclua as três variedades.", a segunda oração, que está sublinhada, exerce a função de: (A) sujeito da oração principal. (B) adjunto adnominal de "comum". (C) objeto direto da oração principal. (D) complemento nominal de "comum". (E) predicativo do sujeito da oração principal. 6.) I. Perdeu-se a fórmula da receita do sucesso. II. Não se repetiu o sucesso. III. É verdade. As orações acima estão corretamente organizadas em um só período, composto por subordinação, em (A) A fórmula da receita do sucesso perdeu-se e ele não se repetiu, onde isso é verdade. (B) É verdade que não se repetiu o sucesso cuja a fórmula da receita se perdeu. (C) O sucesso, perdeu-se a fórmula, e é verdade que ele não se repetiu. (D) É verdade que não se repetiu o sucesso, de cuja receita se perdeu a fórmula. (E) A receita, a fórmula do sucesso se perdeu e, é verdade, não se repetiu. 7.) No período "O essencial é o seguinte: //nunca antes neste país houve um governo tão imbuído da ideia // de que veio // para recomeçar a história.", a oração sublinhada é classificada como: (A) coordenada assindética. (B) subordinada substantiva completiva nominal. (C) subordinada substantiva objetiva indireta. (D) subordinada substantiva apositiva. 8.) Como a economia dependia da agroexportação, o problema consistia simplesmente em ligar as regiões produtoras aos portos marítimos. As duas afirmativas do período acima transcrito denotam relação de (A) conclusão e ressalva. (B) condição e finalidade. (C) causa e conseqüência. (D) finalidade e conclusão. (E) conseqüência e condição. 9.) Assinale a alternativa em que não ocorre oração subordinada substantiva: (A) É preciso que todos façam os seus deveres. (B) Desejo que sua palestra seja um sucesso. www.euvoupassar.com.br Página 29 (C) Tenho necessidade de que me elogiem. (D) Perguntaram quando ele chegaria. (E) Todos se retiraram embora não tivessem terminado a prova. 10.) Em "Conclui-se, então, que o gerenciamento do estresse passapelo desenvolvimento pessoal", o conectivo destacado NÃO pode ser substituído, sem alteração de sentido, por: (A) pois. (B) por conseguinte. (C) assim. (D) entretanto. (E) portanto. 11.) Ao afastar meninos e meninas da escola, ela impede que as crianças e seus parentes e amigos tenham acesso a informações que lhes darão uma vida melhor”. A oração grifada acima, respeitando-se as possibilidades de entendimento no texto, NÃO poderia ser alterada por: (A) À medida que afasta meninos e meninas da escola. (B) Como afasta meninos e meninas da escola. (C) Visto que afasta meninos e meninas da escola. (D) No momento em que afasta meninos e meninas da escola. (E) A fim de que afaste meninos e meninas da escola. GABARITO: 1) (B) 2) (B) 3) (D) 4) (C) 5) (A) 6) (D) 7) (D) 8) (C) 9) (C) 10) (D) 11) (D) Pontuação USO DA VÍRGULA - Dentro de uma oração: 1 - É recomendável o uso da vírgula a) Para separar termos de idêntica função (coordenados) Ex: Escolheram um garoto-propaganda feio, atrapalhado, desajeitado, carente. Bois, cavalos, bezerros e vacas vivem em harmonia aqui. Opa! Quando ligados por E, não se usa vírgula. Ex: A Globo favorece o Flamengo e a Beija-Flor. b) Nas indicações de local e data Ex: Rio de Janeiro, 28 de fevereiro de 2017. c) A vírgula separa o adjunto adverbial deslocado do seu lugar normal Ex: Na virada do século, a operária Luiza trabalhava na fábrica têxtil Bangu. Opa! Quanto maior a extensão, maior a obrigatoriedade em isolar o adjunto adverbial por vírgula para a gramática tradicional. Contudo, para o CESPE o adjunto adverbial deslocado com 3 ou mais palavras tem vírgula obrigatória e www.euvoupassar.com.br Página 30 para a FCC o tamanho do adjunto adverbial deslocado não importa. A FCC considera a vírgula facultativa sempre nesses casos. Ex: Ontem, (facultativa para qualquer banca) estudei Direito Administrativo. Na semana passada, (Facultativa para banca FCC e obrigatória para banca CESPE) estudei Direito Constitucional. d) Para isolar o Objeto pleonástico (enfático) Ex: Esse dinheiro, nunca vou voltar a vê-lo. e) Para isolar o vocativo Ex: Mãe, acabei! f) Para isolar certos tipos de aposto (sobretudo o explicativo) Ex: A minha espingarda, a melhor do mundo, nunca falha. g) Para indicar a elipse do verbo Dizem que os homens decidem com o cérebro; as mulheres, com o coração. h) Para isolar palavras e expressões intercaladas que servem para resumir, incluir, excluir, retificar, exemplificar. Ex: Esse caso, por exemplo, pode ser resolvido rapidamente. Em suma, sua função era fazer comida. i) Para separar, quando deslocadas, as conjunções adversativas (mas, porém, todavia, contudo, entretanto, no entanto) e as conclusivas (logo, portanto, pois, por conseguinte) Ex: Tenho certeza; não darei, portanto, o braço a torcer. O trabalho é árduo; ele, porém, não pára 2 - É proibido o uso da vírgula a) Entre o sujeito e o verbo e entre o verbo e seu objeto. Ex: Os índios, acreditaram, nos invasores. (errado) b) Entre o nome o seu adjunto adnominal. Ex: A preocupação, do rapaz era enorme. (errado) c) Entre o nome e seu complemento nominal. Ex: A rua é paralela, ao rio (errado) - Entre orações 1 – Usa-se a vírgula para: a) Para separar as orações coordenadas Ex: Foi lá no porão, pegou três oitão, deu tiro na mão do próprio irmão. b) Para separar a oração subordinada adjetiva explicativa Ex: João, que não se sentia bem, caiu no chão. c) Para separar as orações subordinadas adverbiais deslocadas Ex: Quando meu time voltar a ganhar, eu compro a camisa. USO DO PONTO E VÍRGULA 1 - Usa-se o ponto-e-vírgula para: a) Separar orações que tenham vírgulas em seu interior. Ex: Ela agia correto; ele, errado. www.euvoupassar.com.br Página 31 b) Separar os itens de uma enumeração: Ex: O time estava escalado... c) Para enfatizar ideias adversativas ou conclusivas Ex: Estudou; portanto mereceu. USO DOS DOIS-PONTOS 1 – Usam-se dois pontos para: a) Introduzir uma fala, uma citação Ex: A manchete estampava: “a meninha morreu” b) Anunciar uma enumeração Ex: Três meninas elegantes: cobra, jacaré e elefante. c) Introduzir um exemplo: Ex: um monossílabo tônico: pé. d) Anunciar um esclarecimento ou explicação de termo anteriormente dito: Ex: Ele é impaciente: não sabe ouvir. EXERCÍCIOS A Rússia planeja lançar cinco novos navios de pesquisa polar como parte de um esforço de US$ 975 milhões para reafirmar a sua presença na Antártida na próxima década. Segundo o blog Science Insider, da revista Science, um documento do governo estabelece uma agenda de prioridades para o continente gelado até 2020. A principal delas é a reconstrução de cinco estações de pesquisa na Antártida, para realizar estudos sobre mudanças climáticas, recursos pesqueiros e navegação por satélite, entre outros. A primeira expedição da extinta União Soviética à Antártida aconteceu em 1955 e, nas três décadas seguintes, a potência comunista construiu sete estações de pesquisa no continente. A Rússia herdou as estações em 1991, após o colapso da União Soviética, mas pouco conseguiu investir em pesquisa polar depois disso. O documento afirma que Moscou deve trabalhar com outras nações para preservar a "paz e a estabilidade" na Antártida, mas salienta que o país tem de se posicionar para tirar vantagem dos recursos naturais caso haja um desmembramento territorial do continente. (Pesquisa Fapesp 1.) Em "paz e a estabilidade", na última frase do texto, o emprego das aspas (A) indica que esse segmento é transcrição literal do documento do governo russo mencionado no início do texto. (B) sugere a desconfiança do autor do artigo com relação aos supostos propósitos da Rússia de manter a paz na Antártida. (C) revela ser esse o principal objetivo do governo russo ao reconstruir estações de pesquisa na Antártida que datam do período soviético. (D) aponta para o sentido figurado desses vocábulos, que não devem ser entendidos em sentido literal, como o constante dos dicionários. (E) justifica-se pela sinonímia existente entre paz e estabilidade, o que torna impensável a existência de uma sem a outra. 2.) Considere as afirmativas a respeito da pontuação nos trechos transcritos abaixo: I. Tudo indica que a variedade de espécies de plantas, animais e insetos de uma determinada área começa a ser uma preocupação geral ? a ponto de a ONU considerar 2010 o Ano Internacional da Biodiversidade. O travessão introduz um argumento que justifica o que acaba de ser afirmado. II. Talvez seja um discurso um pouco vago devido à urgência dos fatos: nunca, na história do planeta, registrou-se um número tão grande de espécies ameaçadas. Os dois pontos introduzem segmento explicativo para a expressão anterior a eles, urgência dos fatos. III. Nessa contabilidade, o que entra é um valor atribuído aos "serviços" ambientais que os biomas oferecem ... O emprego das aspas busca chamar a atenção para um sentido particular atribuído ao vocábulo serviços. Está correto o que se afirma em www.euvoupassar.com.br Página 32 (A) I e II, apenas. (B) II, apenas. (C) I e III, apenas. (D) II e III, apenas. (E) I, II e III. 3.) É preciso suprimir a vírgula da seguinte frase: (A) Ainda que não haja consenso, muitos acreditam que a prática da meditação traz efeitos altamente positivos. (B) Normalmente, os rituais religiosos acabam induzindo os crentes à prática da meditação. (C) Não importa qual seja a crença, todas as práticas religiosas estimulam a meditação. (D) Todo aquele que se entrega à prática da meditação, acaba atingindo um patamar de maior serenidade espiritual. (E)
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