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NORMA DE DESEMPENHO NBR 15.575

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Desafios em projetar instalações prediais com o advento da Norma de Desempenho NBR 15.575
 
ISABELA GOMES BRAGA, ISIS SABRINE P. DA COSTA
GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL
FACULDADE INTERNACIONAL DA PARAÍBA
 
 JOÃO PESSOA
 2018
Desafios em projetar instalações prediais com o advento da Norma de Desempenho NBR 15.575
ISABELA GOMES BRAGA, ISIS SABRINE P. DA COSTA
GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL
FACULDADE INTERNACIONAL DA PARAÍBA
Artigo apresentado na disciplina de Instalações Hidrossanitárias, na Faculdade Internacional da Paraíba – FPB, no 8º período do curso de Engenharia Civil, solicitado pelo professor Daniel Gomes como requisito da aprovação.
 JOÃO PESSOA
 2018
RESUMO. Este trabalho foi realizado com a intenção de analisar a influência da NBR 15.575 sobre o processo de projeto de instalações prediais, identificando os desafios em se projetar com os adventos da Norma de Desempenho. A Norma ABNT 15575:2013- Desempenho de Edificações Habitacionais, que entrou em vigor em 19 de julho de 2013, foi criada com a finalidade de estabelecer exigências para as edificações habitacionais, em relação às necessidades dos usuários e ao seu comportamento em utilização. A NBR 15.575 iniciou um processo de transformação na maneira de projetar as edificações, envolvendo empreendedores, projetistas, construtores, fabricantes e usuários, modificando todo o método de projeto e os seus respectivos processos. A metodologia deste artigo consistiu em uma revisão bibliográfica das normas da ABNT, monografias, dissertações, guias e artigos que tratam de assuntos referentes à área estudada. O atendimento à ABNT NBR 15575:2013  está relacionado à compreensão do desempenho das edificações e, apresentar soluções viáveis para atender aos seus requisitos, é um diferencial importante para os projetistas. Com a NBR 15575/2013 os projetistas e as empresas fornecedoras são induzidos a conhecer e utilizar as normas que permeiam seus trabalhos e atividades, sendo notória a dificuldade em assimilar as normas de desempenho. O desempenho da edificação é totalmente relacionado ao processo de projeto e, para alcançar um bom desempenho, é necessário um planejamento corporativo, realizando esforços conjuntos e integrados, aliados ao cumprimento das responsabilidades de cada agente; os quais devem ser previstos desde as fases iniciais do processo de projeto.
Palavras-chave: Norma de desempenho. ABNT NBR 15575. Edificações habitacionais. Construção Civil (projeto).
1 INTRODUÇÃO
De acordo com Nakamura (2012) foram constatados em todo o país vários casos de edificações com padrão de qualidade baixo (pinturas manchadas, vazamentos em esquadrias e trincas em revestimentos e pisos, por exemplo). Assim, com a finalidade de criar exigências para as edificações habitacionais, em relação às necessidades dos usuários e ao seu comportamento em utilização, que em 19 de fevereiro de 2013, foi criada a Norma ABNT 15575:2013 - Desempenho de Edificações Habitacionais, que entrou em vigor a partir de 19 de julho de 2013 (ABNT, 2013). Os critérios de desempenho da norma são classificados em três níveis: mínimo, intermediário e superior, de modo a englobar todos os padrões construtivos. Os níveis independem dos métodos construtivos e materiais utilizados, incentivando assim, a criação de novos sistemas, melhoria dos tradicionais e o desenvolvimento tecnológico (CBIC, 2013).
A NBR 15.575/2013 traz a divisão em partes, que são relacionadas aos sistemas que a edificação é composta: estruturas, piso, vedações, coberturas e instalações hidrossanitárias (para outros sistemas não citados, como sistema de instalações elétricas, foi considerado que as normas vigentes já são suficientes para garantir o desempenho das edificações). E a divisão em aspectos de desempenho, que são agrupados de acordo com a função desejada, como segurança estrutural, segurança contra incêndio, desempenho térmico, desempenho acústico, durabilidade, entre outros (CBIC, 2013).
As exigências legais brasileiras normalmente atribuíam aos projetistas a responsabilidade pela satisfação dos usuários, sem determinar parâmetros desejados de desempenho das edificações. Assim, a NBR 15.575 iniciou um processo de transformação na maneira de projetar as edificações, envolvendo empreendedores, projetistas, construtores, fabricantes e usuários, modificando todo o método de projeto e os seus respectivos processos (MITIDIERI FILHO, 1998).
A divisão das responsabilidades entre fabricantes, projetistas, construtoras e consumidores (inovação trazida pela NBR 15.575) facilitou a resolução de conflitos que normalmente ocorrem após a entrega da obra. Os sistemas devem ser documentados de forma a facilitar a identificação, pelo morador, do responsável por resolver os problemas na sua residência. O ocupante também tem a obrigação de realizar a manutenção preventiva dos sistemas construtivos, e de usar de forma adequada os equipamentos, de acordo com o manual de uso e operação, fornecido pelo construtor (VILLAS BÔAS, 2013). Dessa forma, os projetistas são induzidos a conhecer melhor as necessidades de seus clientes e determinar soluções técnicas viáveis, colaborando com o trabalho da equipe de execução e diminuindo possíveis falhas na obra, que normalmente ocorrem devido à falta de dedicação e atenção em etapas de concepção e desenvolvimento de projetos (FURLANETTO, 2017).
A Norma de Desempenho trouxe inúmeras inovações positivas, mas que ainda não foram totalmente incorporadas pelas empresas da construção civil. Resistência ao novo (quanto ao atendimento e compreensão de normas técnicas e leis), dificuldade de adaptação e compreensão, fabricantes que não fornecem dados técnicos que caracterizem o desempenho de seus produtos (impossibilitando aos projetistas a elaboração de seus projetos de acordo com a exigência da nova norma) e a estagnação econômica do país, são alguns dos motivos que colaboram com esse fato. Além de problemas em relação à elaboração de projetos como a falta de comunicação e troca de informações, falhas em processos de gestão e coordenação, visão global dos processos limitada, dificuldade em compreender as necessidades dos usuários (CORBIOLI, 2016) e a escassez de profissionais capacitados para trabalhar com a Norma de Desempenho (GIRIBOLA, 2013).
Após a criação da NBR 15.575, o desempenho de edificações (comportamento ao longo de seu uso e operação em determinadas condições de exposição) se tornou um alvo a ser alcançado pelos profissionais relacionados à construção civil. Com o objetivo de atender de melhor forma às exigências dos usuários, passou a existir uma competição saudável entre empresas desse ramo, para desenvolver habitações no Brasil com um elevado nível de qualidade. Desta forma, por ser uma norma que incentiva obras de habitação de qualidade, com foco no bem estar do usuário, englobando todos os profissionais da Construção Civil e seus respectivos processos, justifica-se o estudo dos desafios em projetar instalações prediais com o advento da Norma de Desempenho NBR 15.575. Sendo interessante a análise e identificação de potenciais melhorias que as exigências apresentadas pela NBR 15.575 podem ocasionar ao processo de projeto, visando à melhoria da qualidade das edificações habitacionais brasileiras.
A Norma de Desempenho foi desenvolvida pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), com a colaboração de setores relacionados à Construção Civil, como: fornecedores, projetistas, universidades, fabricantes e laboratórios. Ela está subdividida em seis partes: NBR 15575-1 – Requisitos gerais, NBR 15575-2 – Sistemas estruturais, NBR 15575-3 – Sistemas de piso, NBR 15575-4 – Sistemasde vedações verticais, NBR 15575-5 – Sistemas de coberturas, NBR 15575-6 – Sistemas hidrossanitários. O desempenho desses sistemas está relacionado às características dos materiais, às técnicas construtivas e a capacitação da mão de obra (SOUZA, 2016). 
Dada à importância e às preocupações com a qualidade da Construção Civil, este artigo foi realizado o com objetivo de analisar a Norma de Desempenho de Edificações Habitacionais - ABNT NBR 15575: 2013, identificando os desafios em projetar instalações prediais de acordo com a mesma, como também identificar as inovações e melhorias decorrentes dela no processo de construção de edificações habitacionais no Brasil.
2 MÉTODO
A metodologia deste artigo consistiu em uma revisão bibliográfica das normas da ABNT, monografias, dissertações, guias e artigos que tratam de assuntos referentes à área estudada; com destaque à dissertação intitulada “Os impactos da Norma Brasileira de Desempenho sobre o processo de projeto de edificações residenciais” (OKAMOTO, 2015) e a monografia “Estudo de caso sobre os impactos da Norma Desempenho, ABNT NBR 15575:2013, no mercado de residências unifamiliares populares” (FURLANETTO, 2017). Foi realizada uma análise crítica da Norma ABNT NBR 15575:2013, identificando pontos importantes, analisando os impactos da mesma no mercado da construção civil e identificando os desafios decorrentes da sua implantação.
3 RESULTADOS E DISCUSSÕES
O atendimento à ABNT NBR 15575:2013  está relacionado à compreensão do desempenho das edificações e, apresentar soluções viáveis para atender aos seus requisitos, é um diferencial importante para os projetistas. É extremamente necessário tratar sobre desempenho dos sistemas e das partes das edificações na fase de projeto. Para atingir o desempenho desejado é necessário que haja um trabalho integrado entre projetistas e as áreas técnicas de fornecedores de materiais e sistemas. Os profissionais projetistas são responsáveis por apresentar especificações de projeto adequadas, compreendendo as necessidades dos usuários, de leis e de normas técnicas, além de conciliar tudo isso com os interesses da empresa contratante. Com isso, é fundamental a participação dos demais profissionais e responsáveis relacionados ao processo produtivo, nas tomadas de decisões do projeto. Sendo assim, os requisitos da Norma de Desempenho só podem ser alcançados se houver um trabalho conjunto entre os agentes da construção civil (empreendedores, construtoras, fabricantes, empreiteiras e usuários), começando nas fases iniciais do processo de projeto, e englobando toda a cadeia produtiva (OKAMOTO, 2015).
4 CONCLUSÃO
De acordo com o que foi exposto nesse artigo, conclui-se que a ABNT NBR 15575/2013 consiste em um marco para a construção civil, que busca regularizar este setor, padronizando as obras de edificações habitacionais para atingir um nível de qualidade satisfatório. A NBR 15575/2013 estabelece parâmetros de desempenho para edificações priorizando as exigências do usuário final, e isso implica em mudanças na forma de se projetar e construir. Além de atribuir aos projetistas a função de especificar materiais para atender a vida útil de projeto, e com isso, concede uma maior autonomia a esses profissionais; valorizando a importância do planejamento para a realização de um bom projeto e, consequentemente, uma obra de qualidade. 
Com a NBR 15575/2013 os projetistas e as empresas fornecedoras são induzidos a conhecer e utilizar as normas que permeiam seus trabalhos e atividades, sendo notória a dificuldade em assimilar as normas de desempenho (que, diferente das normas prescritivas, não indicam a forma de se atingir o resultado desejado, mas apresentam apenas parâmetros de comportamento para o produto final). Assim, há muito a se fazer no que se relaciona a determinação do desempenho de materiais e sistemas construtivos no Brasil, tanto no desenvolvimento de normas e sistemas específicos, como na organização de segmentos produtivos. 
Desta forma, conclui-se que o desempenho da edificação é totalmente relacionado ao processo de projeto e, para alcançar um bom desempenho, é necessário um planejamento corporativo, realizando esforços conjuntos e integrados, aliados ao cumprimento das responsabilidades de cada agente (como indica a NBR 15.575), os quais devem ser previstos desde as fases iniciais do processo de projeto. 
 
REFERÊNCIAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15.575-1: Edificações habitacionais – Desempenho Parte 1: Requisitos Gerais. Rio de janeiro. 2013a.
_______. NBR 15.575-2: Edificações habitacionais – Desempenho Parte 2: Requisitos para os sistemas estruturais. Rio de janeiro. 2013b.
 _______. NBR 15.575-3: Edificações habitacionais – Desempenho Parte 3: Requisitos para os sistemas de pisos. Rio de janeiro. 2013c.
 _______. NBR 15.575-4: Edificações habitacionais – Desempenho Parte 4: Requisitos para os sistemas de vedações verticais internas e externas - SVVIE. Rio de janeiro. 2013d.
 _______. NBR 15.575-5: Edificações habitacionais – Desempenho Parte 5: Requisitos para sistemas de coberturas. Rio de janeiro. 2013e. 
_______. NBR 15.575-6: Edificações habitacionais – Desempenho Parte 6: Requisitos para os sistemas hidrossanitários. Rio de janeiro. 2013f.
CÂMARA BRASILEIRA DA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO. Desempenho de edificações habitacionais – guia orientativo para atendimento à norma ABNT NBR 15575/2013. Brasília, 2013.
CORBIOLI, N. A norma está pegando: Visando um produto imobiliário de melhor qualidade, construtoras estão descobrindo os caminhos para superar duvidas e dificuldades para o atendimento da NBR 15.575:2013, a primeira norma a estabelecer parâmetros mínimos de desempenho e durabilidade para edificações habitacionais do País. Revista Téchne, São Paulo, v.235, out. 2016.
FURLANETTO, P.E.P. Estudo de caso sobre os impactos da Norma Desempenho, ABNT NBR 15575:2013, no mercado de residências unifamiliares populares. Monografia (Graduação) – Centro de Tecnologia- Curso de Graduação em Engenharia Civil, Universidade Federal da Paraíba, Paraíba, 2017.
GIRIBOLA, M. Especialista em avaliação de desempenho. Revista Téchne, n.200, p.16-19, nov. 2013
MITIDIERI FILJO, C. Avaliação de desempenho de sistemas construtivos inovadores destinados a habitações térreas unifamiliares - desempenho estrutural. 219 f. Dissertação (Mestrado) – Escola Politécnica, Universidade de São Paulo, São Paulo, 1988.
NAKAMURA, J. Desempenho revisado. Revista Téchne, São Paulo, ed.192, mar. 2013a.
NAKAMURA, J. Minha casa na mira: Prefeituras e Ministério Público Federal fecham o cerco a habitações com problemas construtivos do Minha Casa, Minha Vida. Revista Construção Mercado, São Paulo, ed.132, jul. 2012.
OKAMOTO, P. S. Os impactos da norma brasileira de desempenho sobre o processo de projeto de edificações residenciais. Dissertação (Mestrado) – Departamento de Engenharia Civil, Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, São Paulo, 2015.
SOUZA, J. L. P. de. Desafios na Implantação do Nível Superior da Norma de Desempenho em Edificação Residencial em Novo Hamburgo-RS. Tese (Mestrado) – Programa de Pós-graduação em Engenharia Civil. Universidade do Vale do Rio dos Sinos, São Leopoldo, 2016.
VILLAS BÔAS, F. V. As soluções estão disponíveis. Entrevista concedida a CBIC. Câmara Brasileira da Indústria da Construção. São Paulo, 2013.

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