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AULA 02_ESTRUTURA DOS SOLOS

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AULA 02
Estrutura dos solos/ Tamanho das Partículas. 
	
Estrutura dos Solos e Tamanho das Partículas
Introdução
	Na aula anterior viu-se que os solos são formados pela deterioração das rochas através do intemperismo que, por sua vez, é influenciado pela ação do clima, da rocha de origem, do relevo, dos organismos vivos e do tempo. Esse processo de transformação atua modificando a estrutura física da rocha original e aquilo que antes era um maciço de minerais passa a ser um “corpo” flexível composto por um aglomerado de pequenos grânulos separados por poros dentro dos quais circulam ar e água (FIGURA 01). Por isso, de modo geral, diz-se que a estrutura do solo é composta por: Ar, água e grânulos (Minerais).
FIGURA 01 – Processo de modificação da estrutura física da rocha original de maciço de minerais para um aglomerado de pequenos grânulos.
	Os poros do solo são as estruturas responsáveis pela circulação e contenção da água e do ar que alimentam as raízes das plantas e os microorganismos terrestres. Aos poros de maior dimensão dá-se o nome de macroporos (localizados entre os agregados) e aos de menor microporos (situam-se dentro dos agregados).
Classificação da Estrutura dos Solos
	A classificação da Estrutura dos Solos varia muito entre autores, todavia, todos os edafologistas consideram-na como sendo a forma com a qual as partículas (grânulos) se dispõem para compor os solos, considerando sempre as forças de agregação. Dentre as classificações vigentes, a mais adotada é a de NIKIFOROFF (1941). Ela é organizada em função da forma (tipo de estrutura), do tamanho (Classe da estrutura) e do desenvolvimento das unidades estruturais (Grau da estrutura). 
Classificação quanto ao tamanho das partículas – Classes da Estrutura
	A primeira característica que diferencia os solos é o tamanho das partículas que os compõem. Em alguns tipos de terrenos os grânulos formadores podem ser visualizados a olho nu (por exemplo: os grãos de pedregulho ou da areia da praia) enquanto em outros as partículas são tão finas que, quando molhadas, se transformam numa pasta (barro) tornando-se imperceptíveis.
	É importante salientar que a diversidade do tamanho dos grãos é extensa e que um único solo pode abrigar grânulos de dimensões diversas. Por isso, na maioria das vezes, não se consegue identificar a constituição de um terreno pelo simples manuseio de uma amostra. 
	Para que a constituição de um tipo de solo pudesse ser identificada a partir do tamanho de suas partículas a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT/NBR 6502/95) desenvolveu denominações específicas para grânulos de diferentes dimensões. O sistema organizacional adotado pela ABNT classifica as partículas do solo conforme mostra a TABELA 01 abaixo.
TABELA 01 – Classificação das partículas do solo (tamanho dos grãos) segundo a ABNT/NBR 6502/95.
	Fração
	Limites Definidos pelas Normas da ABNT
	Bloco de rocha
	> 1m
	Matacão
	De 200 mm a 1m
	Pedra
	De 60mm a 200mm
	Pedregulho
	De 2 mm a 60mm
	Areia Grossa
	De 0,6 mm a 2 mm
	Areia Média
	De 0,2 mm a 0,6 mm
	Areia Fina
	De 0,06 mm a 0,2 mm 
	Silte
	De 0,002mm a 0,06 mm
	Argila
	Inferior a 0,002 mm
	Alguns outros sistemas de classificação tratam os grupos Areia grossa, Areia média e areia fina como uma única classe: Areia. Outra consideração importante é que o conjunto de silte e argila é denominado como a fração de finos do solo, enquanto o conjunto areia e pedregulho é denominado fração grossa ou grosseira. A agregação entre as partículas dos solos finos é definida pelas forças de atração moleculares e elétricas dos minerais que as compõem e também pela presença de água, já nos solos grossos a interação entre as partículas é governada pelas forças gravitacionais. Contudo, ressalta-se que os siltes, apesar de serem classificados como finos, também são governados pelas forças gravitacionais.
Classificação quanto à forma de organização das partículas – Tipo de Estrutura 
	As partículas do solo (areia, silte e argila) se agregam formando o que se chamada de estrutura do solo. O arranjo das partículas sólidas pode se fazer em torno de uma linha, um ponto ou um plano. 
	De acordo com o tipo de estrutura, os solos são classificados como:
Granular - Quando os agregados vão sendo depositados pela ação da gravidade sem que os grânulos entrem em contato uns com os outros. Ou seja, esse tipo de solo é caracterizado pela presença em grande quantidade dos macroporos – FIGURA 02. Solos que apresentam esse tipo de estrutura possuem uma drenagem classificada entre alta a excessiva. Exemplos de solos de estrutura granular: Neossolos Quartzarênicos (estrutura de grãos simples) e Latossolos de textura média.
FIGURA 02 – Solo do tipo Granular.
Prismático – As partículas do solo vão sendo organizadas em agregados cuja dimensão vertical é maior que a lateral, conferindo-lhes uma forma de prisma ou coluna. Quando prismática a porção superior da unidade estrutural, bem como a lateral, são planas e, quando colunar a parte superior é recurvada e todo o conjunto de agregados forma uma estrutura de aspecto mais arredondado – FIGURA 03. Cabe salientar ainda que solo com estrutura prismática apresentam drenagem moderada, pois possuem poros em uma situação intermediária. Exemplos de solos de estrutura prismática são os Nitossolos e os Luvissolos.
		 FIGURA 03 – Solo do tipo Granular
 
Laminar - As partículas do solo são arranjadas em agregados cujas dimensões horizontais são maiores que as verticais, isto é, apresentam a aparência de lâminas – FIGURA 04. Aqui a presença de espaços porosos entre os agregados é baixa conferindo a tais um potencial de drenagem muito baixo (lenta). São compostos por esse tipo de estrutura os Argissolos e os Planossolos. Essa é uma estrutura pouco comum.
FIGURA 04 – Solos do tipo Laminar
Blocos - A característica predominante desse tipo de estrutura é a igualdade aproximada de sua altura, largura e espessura, conferindo-lhe três dimensões quase iguais, com as faces planas ou subarredondadas – FIGURA 05. Semelhante ao que acontece nos solos prismáticos o potencial de drenagem aqui é considerado moderado. A estrutura em blocos é mais comum de ser encontrada nos Argissolos, Nitossolos e Chernossolos.
FIGURA 05 – Solos com estrutura em Blocos.
 
Classificação quanto ao desenvolvimento – Grau da Estrutura
	O grau da estrutura refere-se ao nível de organização das partículas no solo, ou seja, ao seu grau de desenvolvimento. 
	No campo, o grau de estrutura é avaliado procurando-se remover as unidades estruturais presentes no perfil do solo, observando-se a proporção entre o material agregado e não agregado, as unidades estruturais inteiras e rompidas.
	O grau da estrutura divide-se em quatro grupos, são eles:
Sem estrutura – Se caracteriza pela ausência de uma organização estrutural definida, ou seja, o tipo de estrutura (laminar, blocos, prismática ou granular) ainda está indefinido. Aqui, as partículas do solo estão unidas apenas por contato físico, sem influência de cargas negativas ou positivas, e tem como exemplo típico a areia de praia. Essa classe se divide em dois grupos:
- Maciço – Quando as partículas sólidas ocorrem reunidas formando uma massa compacta;
- Grãos simples - Quando as partículas sólidas ocorrem soltas, individualizadas.
b) Fraco – A estruturação não é evidenciada no perfil do solo. Quando se remove uma amostra obtêm-se porções de terra que se rompem originando uma mistura de algumas unidades estruturais pouco resistentes. Encontram-se também muitas unidades demolidas e bastante material não agregado. Ou seja, aqui os tipos de estrutura já foram formados, entretanto, as forças que unem seus agregados ainda são fracas, por isso, as porções de terra se rompem com facilidade;
c) Moderado – A estruturação começa a aparecer no perfil do solo, porém, ainda de forma muito discreta. Quando se remove uma amostra obtêm-se porçõesque também se rompem, entretanto, aqui a composição das unidades estruturais originada já é mais resistente, apresenta menos unidades demolidas e pouco ou nenhum material desagregado;
d) Forte – Aqui, a estruturação já aparece bem evidenciada no perfil do solo porque as unidades estruturais já se encontram aderidas. Por remoção da amostra obtém-se, quase que exclusivamente, unidades estruturais individualizadas.
Importância da Estrutura do Solo
	O estudo da Estrutura do solo se faz importante porque é uma das características que mais influencia a dinâmica da água no solo e o crescimento vegetal. Solos bem estruturados possibilitam:
- Uma melhor infiltração e armazenamento da água no solo (chuva ou irrigação). A água infiltra rapidamente evitando o acúmulo superficial e diminuindo as chances de haver escorrimento e erosão. Possibilita também que a água, ao alcançar o interior do solo, fique armazenada mais profundamente e disponível para as raízes, no caso de estiagem prolongada;
- Melhores trocas gasosas para o sistema radicular devido à maior presença dos espaços porosos;
- Uma maior atividade biológica no solo (macro e microorganismos). A atividade biológica de macro e microorganismos, bem como o crescimento do sistema radicular das plantas são beneficiadas devido à presença de macroporos que garante boa aeração;
- Maior resistência à erosão. No solo bem estruturado as partículas do solo e agregados sofrem menos com a ação do impacto da chuva e escorrimento da enxurrada;
Considerações Finais
	Viu-se nesta aula que a estrutura do solo é designada combinando-se as denominações do tipo, classe e grau. Com base no que foi detalhado é possível nomear um determinado solo com base nessas características. Por exemplo: Sobre um solo cujas partículas apresentam dimensões variando entre 0,05mm e 0,42mm; onde os agregados formados por essas partículas apresentam igualdade aproximada de sua altura, largura e espessura, conferindo-lhe três dimensões quase iguais; e que quando se remove uma amostra obtêm-se porções que se rompem originando uma mistura de unidades estruturais mais resistentes e com menos unidades demolidas e pouco ou nenhum material não agregado, diz-se que ele é: um solo composto por areia fina, constituído em blocos e onde as forças que reúnem as partículas atuam de forma moderada.

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