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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PERNAMBUCO Aluna: Maria Angélica de Oliveira Santos Alves PONTOS POSITIVOS E NEGATIVOS QUANTO A UTILIZAÇÃO DAS URNAS ELETRÔNICAS A preocupação essencial da Justiça Eleitoral, no processo eletrônico de votação, é proporcionar confiança, eficiência e comodidade aos eleitores, candidatos e partidos, garantindo a lisura, a legalidade e a transparência dos pleitos eleitorais. Para tanto, em 1996, o sistema eletrônico de votação foi implementado no Brasil e em 2002 todos os municípios brasileiros já utilizavam as urnas eletrônicas nas votações eleitorais. Apesar de encontrar inúmeros entusiastas, a utilização das urnas não é de aceitação unanime, sofrendo duras criticas de profissionais de áreas de segurança da informação e do direito. Os primeiros alegando a fragilidade do sistema e a possibilidade de fraudes e os segundos apontando a ofensa, em decorrência disso, a lisura das eleições. Tomando por base a cartilha do Tribunal Superior Eleitoral “O sistema eleitoral Brasileiro” e alguns artigos disponibilizados online o presente trabalho chegou as seguintes conclusões: I. Positivas: a) As urnas eletrônicas possibilitam a apuração dos resultados de forma mais célere, bem como, facilitam o momento da votação diante da forma pratica como se computará o voto, gerando melhor conveniência e facilidade para os eleitores; b) Diminuição da incidência de erro humano e fraude, inclusive na apuração das eleições proporcionais, que exigem cálculos mais complexos; c) Promoção de um maior aproveitamento na apuração dos votos, combatendo os antigos erros no voto por cédula; d) Mais facilidades para as pessoas com deficiência, visto que a urna eletrônica é pensada para ser um processo intuitivo, até mesmo na utilização de braille em seus botões e identificação sonora das atividades realizadas no aparelho; e) Diminuição dos custos relacionados a produção e distribuição dos resultados dos pleitos, dentre outros custos. II. Negativas: a) As principais criticas feitas pelos profissionais de tecnologia diz respeito a transparência. Em primeiro lugar há certa dificuldade para se credenciar para a realização da analise do sistema. Com a antecedência de 180 dias da data das eleições, os partidos políticos e entidades científicas por eles contratadas, a Ordem dos Advogados do Brasil – OAB, o Ministério Público e qualquer cidadão credenciado na Justiça Eleitoral recebem acesso, em ambiente controlado pelo Tribunal Superior Eleitoral, para análise dos programas da urna eletrônica. Tal acesso é restrito e muitas das informações que resultam da analise são sigilosas. b) Outra dificuldade encontra-se na incompreensão da maior parte da população de como funciona o sistema de votação, principalmente em relação aqueles que não tem acesso a informática; c) Falta de confiança da população com o aparelho, o que acaba por fomentar teorias conspiratórias e descredibilizar a justiça eleitoral; d) Riscos de manipulação dos resultados por indivíduos com informações privilegiadas e habilidades de hackeamento das maquinas; e) A curto prazo o custo é alto, a fabricação e manutenção da urna é muito mais cara do que a dos recipientes utilizados anteriormente.
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