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Renda Familiar e o Trabalho Informal

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 RENDA FAMILIAR E O TRABALHO INFORMAL
Bianca Aracely Bublitz, Kamilla Pinheiro Crozeta¹ 
Luryan Carlos Schmitt e Jessica Muller¹
Estelamaris Reif²
	
RESUMO
O presente artigo analisa como a renda familiar nos últimos anos está ligada a informalidades. O objetivo da pesquisa foi analisar os indicies de desocupação, desigualdade, que atualmente, tem proporcionado a inúmeras famílias do Brasil a fonte de renda com o trabalho informal. O trabalho informal é um dos problemas centrais da sociedade brasileira, com o desemprego em alta a alternativa que sobra para extrair alguma renda para as necessidades básicas é a informalidade. A partir de dados, apresentados pelos sites em que foram realizadas as pesquisas, se chega à conclusão de que a desempregabilidade é uma grande problemática do País e em decorrência do mesmo os serviços informais acabam por ser necessários para suprir necessidades básicas humanas.
Palavras-chave: Renda Familiar. Trabalho Informal e Informalidade. Desocupação. 
1. INTRODUÇÃO
A renda familiar Brasileira atualmente além do salário mensal, tem como grande parte benefícios fornecidos pelo Governo e informalidades. Com o desemprego em alta, as atividades informais já não se restringem somente às práticas de “fundo de quintal”, exercidas de forma independente, mas de forma complementar ao capital.
O trabalho informal é, atualmente, um dos problemas centrais da sociedade brasileira e, está nas profundas desigualdades estruturais, marca de um padrão de acumulação concentrador de renda e perpetuador de uma pobreza sem precedentes.
Analisar os dados divulgados pelo IBGE nos mostram que a desocupação brasileira apesar de estar menor que em 2017, não consegue se manter estável, e as 13,4 milhões de pessoas, tendo apenas como renda familiar o serviço informal, um exemplo comum, são os vendedores ambulantes dos grandes centros urbanos, esses trabalhadores não são beneficiados com os mesmo direitos de um trabalhador formal. A desigualdade ainda é um dos fatores de grande problematização, onde há uma diferença percentual de 13,2% entre brancos e pretos/pardos, nos serviços domésticos há uma diferença percentual de 13,9% entre homens e mulheres.
A metodologia adotada foi a busca de artigos publicados por econômicos e organizações vinculados ao Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), a Organização Internacional de Trabalho (OIT), a Kantar WorldPanel. Para a busca foram considerados os artigos que tratavam diretamente do tema renda familiar e trabalho informal, com as palavras-chave setor/mercado/trabalho informal e informalidade/renda familiar/desemprego. 
2. RENDA FAMILIAR E O SERVIÇO INFORMAL
A renda familiar é a soma da renda bruta individual de todos os moradores de uma casa. Quando falamos em renda bruta, falamos na renda total do salário de cada um. Dividindo o valor da renda bruta pelo número de pessoas que moram na casa, você obterá a renda familiar per capita (por individuo). É importante frisar que a renda familiar não está limitada apenas aos salários, mas também inclui pensões, aposentadorias, benefícios da previdência privada ou publica, rendimentos de trabalho não assalariado e dinheiro provido de atividades autônomas em geral. 
Em 2018 o indicie de desemprego no primeiro trimestre, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), teve uma taxa de desocupação de 13,1%, atualmente a taxa de desocupação é de 12,7%, sendo um total de 13,4 milhões de pessoas desocupadas. Em comparação com o ultimo trimestre de 2018, mais de 1,2 milhão de pessoas entraram para a população desocupada no primeiro trimestre de 2019. 
Uma das consequências da desocupação é a subutilização e o desalento da população. Em 2018 se teve 25% a maior taxa de subutilização, desde 2012. Isso representa um grupo de 28,3 milhões de pessoas que reúne os desocupados, os subocupados com menos de 40 horas semanais e os que estão disponíveis para trabalhar, mas não conseguem procurar emprego por motivos diversos, segundo resultados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua).
Apesar de a economia ter voltado a crescer em 2017, o desemprego continua em níveis elevados e com isso a participação do salário vem diminuindo na renda familiar, abrindo espaço para o serviço informal. Essa informalidade pode ser compreendida pela falta de renda, como o desemprego, ou como um complemento na baixa renda. 
O uso expressão trabalho informal tem suas origens na África segundo Noronha (2003), Souza Filho (2004). Em um estudo realizado pela Organização Internacional de Trabalho (OIT), o termo aparece de forma particular a respeito das condições de trabalho em Gana e no Quênia. O ponto de partida de exame e classificação do trabalho informal da OIT é a unidade econômica caracterizada pela produção em pequena escala, pelo reduzido emprego de técnicas e pela quase inexistente separação entre o capital e o trabalho. Tias unidades também se caracterizam pela baixa capacidade de acumulação de capital e por oferecerem empregos instáveis e reduzidas rendas.
Verificou-se que no Brasil, o entendimento popular de “trabalho formal” ou “informal” deriva da ordem jurídica, segundo Souza Filho (2004). Essa derivação começou no início do século XX com a implantação do corporativismo da era Vargas e se estendeu entre as décadas de 1930 e 1940, surgindo o binômio de formalidade e informalidade no cenário nacional.
O modo de conceituação de trabalho formal e informal é fortemente acentuado na década de 1970 com a crise do modelo fordista dominante. A década de 1970 foi marcada pelo surgimento de interpretações críticas sobre o desenvolvimento da produção e suas inter-relações com o mercado de trabalho. A partir daí, os arranjos informais de emprego se ampliaram e se diversificaram com as experiências de desverticalização e enxugamento da típica organização fordista do trabalho mediante iniciativas diversas de subcontratação e demissões em massa nas grandes organizações. 
O trabalho informal, foi ampliado drasticamente entre meados dos anos 1980 e toda a década de 1990, foi à alternativa de sobrevivência diante da incapacidade do sistema capitalista de absorver a mão de obra ativa existente e da falta de políticas públicas capazes de inserir os trabalhadores no mercado formal.
Nos anos 2000, o país conseguiu recuperar o processo de reestruturação do mercado de trabalho, dado a retomada da formalização do trabalho por meio do aumento do emprego formal e da recuperação do poder de compra dos salários. Entretanto, continuou a conviver com a tendência à precarização das formas de trabalho, que assim, domina esse panorama como um processo duplo que ocorre simultaneamente no mercado de trabalho brasileiro. Segundo Costa (210, p.187), “a informalidade é um problema social, portanto, de interesse público.”
O trabalho informal é, atualmente, um dos problemas centrais da sociedade brasileira e, está nas profundas desigualdades estruturais, marca de um padrão de acumulação concentrador de renda e perpetuador de uma pobreza sem precedentes.
Segundo a consultoria britânica Kantar WorldPanel, no ano de 2018 quase 40% dos ganhos dos domicílios vieram da informalidade e de benefícios. Em 2014, antes de o País entrar em crise, esses rendimentos correspondiam a um terço da renda familiar.
A informalidade é um conceito muito amplo e envolve inúmeras atividades, mas o que de fato importa na condição do trabalho informal, é a fragilidade a que estão submetidos todos os trabalhadores, que ingressam no mercado de trabalho nessa condição.
O desemprego e a precariedade do trabalho informal são fatos concretos que atingem apenas a classe dos trabalhadores, e não se trata de um acontecimento eventual, mas um fenômeno inerente à produção capitalista, que se amplia por causa do estágio de desenvolvimento do capital.
3. MATERIAIS E MÉTODOS
Este estudo objetiva identificar como o trabalho informal está interligado a rendafamiliar e como ele tem estado presente nos últimos anos em que a desocupação está elevada.
 A metodologia adotada foi a busca de artigos publicados por econômicos e organizações vinculados ao Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), a Organização Internacional de Trabalho (OIT), a Kantar WorldPanel. Foram analisados artigos publicados com enfoque em relações de trabalho, renda familiar nos últimos anos. Para a busca foram considerados os artigos que tratavam diretamente do tema renda familiar e trabalho informal, com as palavras-chave setor/mercado/trabalho informal e informalidade/renda familiar/desemprego. A pesquisa foi conduzida nos sites do IBGE, OIT e da Kantar WorldPanel. 
A partir de tabelas apresentadas pelos sites pesquisados, chagamos à uma conclusão de dados do período de 2018 e 2019, para poder expressar em números o tamanho da desempregabilidade e dos serviços informais, que atualmente, são uma das maiores problemáticas do País.
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Após a realização da pesquisa sobre o assunto abordado, percebemos que tanto a parte, quando ocupada, da população brasileira não tem condições de viver apenas com o salário, como a outra parte, quando desocupada, não tem condições de suprir a necessidade básica.
A realidade de inúmeras famílias brasileiras atualmente está na informalidade como sua única opção de fonte de renda disponível, tendo o desemprego em alta as atividades informais não se restringem mais a apenas práticas de “fundo de quintal” para ganho extra, e sim como complemento de renda, isto quando não é a sua única renda.
Ao desenvolvimento da pesquisa, podemos ver que a desigualdade é uma influência com a qual vivemos atualmente, segundo dados do IBGE, 46,9% quase metade da população preta ou parda está na informalidade, o percentual entre brancos é de 33,7%. Em algumas atividades o nível de informalidade ultrapassa 50%, é o caso da agropecuária, em que 66,8% dos homens e 75,5% das mulheres não tem registro.
Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT) cerca de 61% das pessoas que compõem a força de trabalho no mundo atuaram de maneira informal no ano 2018. 
5. CONCLUSÕES
O desenvolvimento do presente estudo possibilitou uma análise de como o trabalho informal tem sido a opção de inúmeras famílias brasileiras. Além disso, também permitiu uma pesquisa em que abrangesse o nível de desocupação no qual se veio formando neste primeiro trimestre do ano.
De um modo geral, se observa que com o decorrer dos anos, as famílias vem buscando fontes para poder suprir as necessidades básicas, encontrando assim, o serviço informal como opção de conseguir o dinheiro, seja ele para agregar ao que se recebe formalmente, seja ele para ser a sua única renda. Nas regiões mais pobres o peso das informalidades e os benefícios chegam a ultrapassar os de salário fixo.
Dada a importância do assunto, percebemos que se algo, como, o desemprego e a precariedade do trabalho informal, são problemas públicos, no qual todos deviam se preocupar. Os fatos não são acontecimentos eventuais e sim um fenômeno inerente à produção capitalista, que só tende a ampliar.
Neste sentido, quanto mais desocupados houverem, mais serviços informais tendem a surgir, e com isso tende a existir mais subutilização que tem crescido de forma significativa e teve a sua maior taxa desde 2012.
REFERÊNCIAS
 http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/1995-6.pdf
 http://www.estudosdotrabalho.org/anais-vii-7-seminario-trabalho-ret-2010/Tania_Mary_Bettiol_O_trabalho_informal_no_Brasil_um_resgate_historico.pdf
 http://www.scielo.br/pdf/cebape/v14n2/1679-3951-cebape-14-02-00310.pdf
 http://www.uel.br/grupo-pesquisa/gepal/terceirosimposio/tiagoleibante.pdf
 http://www.proceedings.scielo.br/pdf/jtrab/n1/51.pdf
http://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2019-03/trabalho-informal-puxou-aumento-da-taxa-de-ocupacao-diz-ipea
https://www.em.com.br/app/noticia/economia/2019/03/29/internas_economia,1042184/brasil-tem-13-1-milhoes-de-desempregados-ate-fevereiro-revela-ibge.shtml
https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-noticias/2012-agencia-de-noticias/noticias/24283-desemprego-sobe-para-12-7-com-13-4-milhoes-de-pessoas-em-busca-de-trabalho
https://www.ibge.gov.br/estatisticas/sociais/trabalho/9171-pesquisa-nacional-por-amostra-de-domicilios-continua-mensal.html?=&t=series-historicas
https://www.ilo.org/brasilia/lang--pt/index.htm
https://www.kantarworldpanel.com/br
1 Nome dos acadêmicos
2 Nome do Professor tutor externo
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI – Ciências Contábeis (CON0405) – Prática do Módulo II - 14/05/2019
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