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Pedagoga /Bacharel em Direito Especialização em Supervisão Pedagógica Pós graduada em Psicopedagogia Pós graduada em Planejamento Educacional Pós graduada em Direito Público Mestre em Ciências da Educação – Universidade do Porto /Portugal Mestre em Ciências Humanas e Ciências das Religiões P.P. GESTÃO DA APRENDIZAGEM REFLEXÃO SOBRE EDUCAÇÃO NO BRASIL UNIDADE 1 2 PISA - Programa Internacional de Avaliação de Alunos – é uma avaliação internacional que mede o nível educacional de jovens de 15 anos por meio de provas de Leitura, Matemática e Ciências. O exame é realizado a cada três anos pela OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico), entidade formada por governos de 30 países que têm como princípios a democracia e a economia de mercado. Países não membros da OCDE também podem participar do Pisa, como é o caso do Brasil, convidado pela terceira vez consecutiva. O objetivo principal do Pisa é produzir indicadores que contribuam, dentro e fora dos países participantes, para a discussão da qualidade da educação básica e que possam subsidiar políticas nacionais de melhoria da educação. Região Sul tem melhores notas e Nordeste tem as piores A Região Sul foi a que apresentou o melhor desempenho nas três áreas. Em segundo lugar ficou o Centro-Oeste em Matemática e Ciências, e o Sudeste em Leitura. Essas duas regiões se revezam no terceiro lugar. A região Norte mostrou as notas seguintes e o Nordeste apresentou os índices mais baixos nas três áreas avaliadas. Resultados por gênero Meninos são melhores em Matemática. Meninas, em Leitura Os resultados do Pisa mostram alguns detalhes da realidade educacional brasileira que podem contribuir na elaboração de políticas públicas. Apontam, por exemplo, para uma acentuada diferença de desempenho por gênero. Enquanto meninos são melhores em Matemática e Ciências, as meninas os superam em Leitura. Em Ciências constata-se uma pequena diferença: meninas ficaram com 386 pontos e meninos, com 395. Vantagem, portanto, de nove pontos. Essa diferença aumenta para 19 pontos nas médias de Matemática, onde mulheres tiveram 361 pontos e homens, 380. Mas quando o assunto é Leitura, as meninas tiveram nada menos que 32 pontos a mais: foram 408 delas a 376 deles. Dados do Pisa, prova feita em 70 países, foram divulgados nesta terça; Brasil ficou na 63ª posição em ciências, na 59ª em leitura e na 66ª colocação em matemática. 2016 https://g1.globo.com/educacao/noticia/brasil-cai-em-ranking-mundial-de-educacao-em-ciencias-leitura-e-matematica.ghtml AVALIAR PARA QUÊ? NA ESCOLA Para Freire, “[...] a avaliação é percebida como elemento organizador do trabalho na escola; é um processo pelo qual A e B se avaliam mutuamente; o objeto da avaliação é a própria prática docente”. É a partir desta que a professora aponta pares como princípios de reflexão do papel da avaliação no contexto escolar. São pares: mudança, compromisso, conscientização, inclusão e esperança (CARVALHO apud DINIZ, 2004, p.36). O QUE É AVALIAR? - Avaliar vem do latim “A-VALERE = dar valor à”; AVALIAÇÃO = mito e desafio???? Os Mitos segundo Hoffman (1991) “A qualidade dos cursos diminui quando a maioria dos alunos é promovida. Os cursos e professores mais sérios são os que mais reprovam” “Somente o sistema de atribuição de notas e cálculo de medidas é justo e preciso na aferição da aprendizagem dos estudantes” “Provas finais, extensas e objetivas, são os instrumentos mais eficazes para verificar o domínio do conhecimento. “Não se pode admitir que um estudante universitário cometa qualquer erro! Que profissional se estará formando?” “A avaliação é uma exigência do sistema, que se cumpre rigorosamente. Embora arbitrária e controladora, é um mal necessário. A avaliação é indissociável da educação, deve levar a ação, reflexão, observação e investigação, ampliando as possibilidades próprias dos alunos. A avaliação, na perspectiva de construção do conhecimento parte de duas premissas básicas: confiança na possibilidade dos alunos construírem suas verdades e valorização de suas manifestações e interesses. Avaliar é dinamizar oportunidades de ação-reflexão, num acompanhamento permanente do professor, que incitará o aluno a novas questões a partir de respostas formuladas, não num momento terminal do processo educativo, mas uma busca de compreensão das dificuldades do educando e na dinamização de novas oportunidades de conhecimento. TAXONOMIA DE BLOOM A Taxonomia de Bloom do Domínio Cognitivo é estruturada em níveis de complexidade crescente – do mais simples ao mais complexo – e isso significa que, para adquirir uma nova habilidade pertencente ao próximo nível, o aluno deve ter dominado e adquirido a habilidade do nível anterior. Só após conhecer um determinado assunto alguém poderá compreendê-lo e aplicá-lo. Nesse sentido, a taxonomia proposta não é apenas um esquema para classificação, mas uma possibilidade de organização hierárquica dos processos cognitivos de acordo com níveis de complexidade e objetivos do desenvolvimento cognitivo desejado e planejado. NÍVEL FÁCIL / NÍVEL MÉDIO / NÍVEL DIFÍCIL Os parasitas são seres vivos que extraem de outros organismos os recursos necessários para a sua sobrevivência. Existem várias espécies destes seres que parasitam os seres humanos. Alguns são inofencivos, porém muitos causam doenças graves. A figura seguinte mostra o ciclo de um parasita humano. Entendendo a Natureza. César, Sezar e Bedaque. Editora Saraiva. Marque a opção que indica a medida profilática que ajuda a evitar a propagação dessa parasitose. A) Beber sempre água filtrada e fervida. B) Evitar contato próximo com pessoas que estejam com tosse. C) Lavar bem as frutas e verduras antes de comê-las. D) Não se banhar ou pescar em locais que possam estar contaminados. ALTERNATIVAS/ DISTRATORES COMANDO SUPORTE “Para isso existem as escolas: não para ensinar as respostas, mas para ensinar as perguntas”....(Rubem Alves) MAS.....ESSA ESCOLA EXISTE??????? Rubem Alves (1933-2014) foi educador, escritor, psicanalista, doutor em Filosofia pela Universidade de Princeton (EUA), prof. emérito da UNICAMP, teólogo, poeta e filósofo brasileiro. É autor de diversos livros, sobre diversos assuntos, entre eles, filosofia, teologia, psicologia e histórias infantis. ESCOLA DA PONTE - PORTUGAL TIPOS DE AVALIAÇÃO AVALIAÇÃO EMANCIPATÓRIA Função: Descrever, analisar e criticar uma dada realidade visando transformá-la. Utilização: Destina-se a avaliação de programas educacionais ou sociais. Ênfase: Emancipação, visando provocar crítica libertando o sujeito de condicionamentos determinados. Tipos de instrumentos: Análise documental, observação participante, auto-avaliação, entrevistas livres, debates, análises de depoimentos. AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA Função: Obter indicações sobre conhecimentos, aptidões, interesses (ou outras qualidades do aluno. - Determinar a posição dos alunos no início de uma unidade de ensino, período ou ano. - Determinar as causas subjacentes de dificuldades de aprendizagem. Utilização: Aplicada no início de uma unidade, semestre ou ano letivo. - Para fins de identificação de perfis individuais e grupais. Ênfase: Resultados de aprendizagem relativos aos objetivos. Tipos de Instrumentos: Testes padronizados de rendimento, pré-testes, técnicas de observações e avaliações, testes elaborados pelo professor. AVALIAÇÃO FORMATIVA Função: Manter informado aluno/professor quanto ao progresso obtido em cada etapa da sequência do processo ensino-aprendizagem. - Localizar dificuldades e deficiências em conhecimentos, habilidades e capacidades. - Reajustar o processo e estabelecer o melhor ritmo de trabalho. Utilização: Ao longo do processo ensino-aprendizagem. Ênfase: - Resultados da aprendizagem relativos aos objetivos. - Comparação dos diferentes resultados obtidos pelo mesmo aluno. - Processo de ensino aprendizagem que permitiu os resultadosobtidos. - Causas do insucesso de aprendizagem. Tipos de Instrumentos: Testes, provas, fichas de observação, portfólio, trabalhos em grupo, seminários, pesquisas, auto-avaliação.... AVALIAÇÃO SOMATIVA Função: Classificar os alunos ao final de um período relativamente longo (unidade de ensino, período, ano). - Indicar ao professor do curso seguinte o melhor nível para começar o ensino. Utilização: Ao final de um período de ensino (semestre, ano, unidade...) Ênfase: Resultados da aprendizagem relativos aos objetivos. Tipos de Instrumentos: Testes e provas escritas, exames finais. REALIDADE ESCOLAR NO BRASIL AVALIAR.....segundo o Aurélio digital (2001) significa: determinar o valor, o preço ou a importância de alguma coisa. Já avaliação segundo a mesma fonte significa: 1. ação ou efeito de avaliar. - 2. procedimento de cálculo do valor de um bem. - 3. estimativa. - 4. valor determinado por quem avalia. Podemos considerar Paulo Freire um educador que possibilitou um dos mais significativos movimentos de renovação na educação brasileira, com reflexos, até mesmo, de âmbito internacional . Encontramos marcas nítidas de uma crítica radical a um modelo de educação baseado na reprodução social de cunho autoritário e dominador. Sua perspectiva calcava-se na possibilidade de uma educação democrática, com vistas à emancipação e libertação do homem de todas as formas de dominação. Freire apresenta a educação como promotora da conscientização e da leitura crítica e criativa do mundo, utilizando-se, especialmente, de metodologias baseadas numa nova visão de educação e de sujeito do conhecimento. 01) SITUAÇÃO-PROBLEMA Nesta unidade, optamos por uma situação-problema (SP) que trata do diagnóstico inicial de uma turma de alunos. Um professor assumiu a turma neste ano e não conhece nenhum dos alunos. Ele recebeu uma planilha com as notas obtidas pelos estudantes a cada bimestre no ano anterior. As notas são bem irregulares. Em Matemática, os alunos foram melhores, mas nas demais matérias, não. O que ele vai precisar organizar para reconhecer o que os estudantes já sabem e o que eles precisam aprender? 02) Pós Aula: Procure 01 professor e liste quais as dificuldades de aprendizagem mais comuns apresentadas pelos alunos e o que o professor faz para melhorar esse quadro.