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Apostila - CFO PMMG 2019 (Atualizada até 23Dez18)

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1 
 
 
Licenciado para Reginaldo Ferreira Da Silva - 05165408663 - Protegido por Eduzz.com
 
2 
 
SUMÁRIO 
 
DIREITO PENAL ........................................................................................................................................ 54 
PARTE ESPECIAL ................................................................................................................................. 78 
DIREITO PROCESSUAL PENAL MILITAR ............................................................................................. 113 
DIREITO PENAL MILITAR ...................................................................................................................... 165 
DIREITO ADMINISTRATIVO ................................................................................................................... 183 
DIREITO PROCESSUAL PENAL ............................................................................................................ 234 
ESTATUTO DOS MILITARES MG - LEI 5.301/69 ................................................................................... 278 
LEGISLAÇÃO EXTRAVAGANTE ............................................................................................................ 315 
ESTATUTO DA CRIANÇA E ADOLESCENTE - LEI 8.069/90. ............................................................ 315 
CRIMES HEDIONDOS LEI 8072/90. .................................................................................................... 322 
JUIZADOS ESPECIAIS CÍVEIS E CRIMINAIS - LEI 9.099/95. ............................................................ 330 
CRIMES DE TORTURA - LEI 9.455/97 ................................................................................................ 339 
CRIMES RESULTANTES DE PRECONCEITO - LEI 7.716/89 ............................................................. 340 
PROGRAMAS ESPECIAIS DE PROTEÇÃO A VÍTIMAS E TESTEMUNHAS - LEI 9.807/99 .............. 342 
ESTATUTO DO IDOSO - LEI 10.741/03 ............................................................................................... 345 
ESTATUTO DO DESARMAMENTO - LEI 10.826/03 ........................................................................... 350 
LEI MARIA DA PENHA - LEI 11.340/06 ............................................................................................... 359 
LEI DE DROGAS - LEI 11.343/06 ........................................................................................................ 364 
LEI DE ACESSO À INFORMAÇÃO - LEI 12.527/11 ............................................................................ 378 
DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS 1948. ........................................................ 387 
ORGANIZAÇÕES CRIMINOSAS ......................................................................................................... 390 
LEI 12.850/13 ....................................................................................................................................... 390 
CÓDIGO DE ÉTICA E DISCIPLINA DOS MILITARES MG - LEI 14.310/02 ............................................ 396 
CONSTITUIÇÃO ESTADUAL .................................................................................................................. 409 
 
 
IMPORTANTE: 
 
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fundamental para que possamos continuar desenvolvendo mais apostilas como essa, com preço justo e 
qualidade para lhe ajudar a conquistar a aprovação. 
Além disso, compartilhar material sem a devida autorização é CRIME e IMORAL! 
Dúvidas, comentários e sugestões podem ser enviados através do e-mail de contato 
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Bons estudos! 
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3 
 
DIREITO 
CONSTITUCIONAL 
 
1. Direito Constitucional: natureza; conceito e 
objeto; fontes formais. 2. Classificações das 
constituições: constituição material e 
constituição formal; constituição garantia e 
constituição dirigente; normas constitucionais. 3. 
Poder constituinte: fundamentos do poder 
constituinte; poder constituinte originário e 
derivado; reforma e revisão constitucionais; 
limitação do poder de revisão; emendas à 
Constituição. 4. Controle de constitucionalidade: 
conceito; sistemas de controle de 
constitucionalidade. 4.1 Inconstitucionalidade: 
inconstitucionalidade por ação e 
inconstitucionalidade por omissão. 4.2 Sistema 
brasileiro de controle de constitucionalidade. 5. 
Fundamentos constitucionais dos direitos e 
deveres fundamentais: direitos e deveres 
individuais e coletivos; direito à vida, à liberdade, 
à igualdade, à segurança e à propriedade; 
direitos sociais; nacionalidade; cidadania e 
direitos políticos; partidos políticos; garantias 
constitucionais individuais; garantias dos direitos 
coletivos, sociais e políticos; Ações 
constitucionais: Habeas Corpus. Habeas Data. 
Mandado de Segurança. Mandado de Injunção. 
Ação popular. Ação civil pública. 6. Poder 
Legislativo: fundamento, atribuições e garantias 
de independência. 7. Processo legislativo: 
fundamento e garantias de independência, 
conceito, objetos, atos e procedimentos. 8. 
Poder Executivo: forma e sistema de governo; 
chefia de Estado e chefia de governo; atribuições 
e responsabilidades do presidente da República. 
9. Poder Judiciário: disposições gerais; Supremo 
Tribunal Federal; Superior Tribunal de Justiça; 
Tribunais regionais federais e juízes federais; 
tribunais e juízes dos estados; funções 
essenciais à justiça. 10. Defesa do Estado e das 
instituições democráticas: segurança pública; 
organização da segurança pública. 
 
1. DIREITO CONSTITUCIONAL: 
NATUREZA; CONCEITO E OBJETO; 
FONTES FORMAIS. 
 
NATUREZA 
 
Segundo o professor Konrad Hesse, o Direito 
Constitucional é um direito público atípico porque 
é diferenciado em relação aos demais ramos do 
direito público (penal, administrativo, 
processual) e possui uma hierarquia diferente 
em relação aos outros ramos do direito, à classe 
das normas constitucionais e à sua força 
normativa (impõe-se perante a realidade social). 
Na Constituição Federal, encontram-se 
princípios de direito eleitoral, administrativo, 
processual, ambiental, e cabe ao Direito 
Constitucional sistematizar tudo isso. 
 
CONCEITO 
 
É importante ressaltar que a doutrina não é 
pacífica quanto à definição do conceito de 
constituição, podendo este ser analisado a partir 
de diversas concepções. Isso porque o Direito 
não pode ser estudado isoladamente de outras 
ciências sociais, como Sociologia e Política, por 
exemplo. 
 
1) Constituição sociológica: idealizada por 
Ferdinand Lassalle, em 1862, Constituição 
sociológica é aquela que deve traduzir a soma 
dos fatores reais de poder que rege 
determinada nação, sob pena de se tornar mera 
folha de papel escrita, que não corresponde à 
Constituição real. 
 
2) Constituição política: preconizada por Carl 
Schmitt em 1928, Constituição política é aquela 
que decorre de uma decisão política 
fundamental e se traduz na estrutura do Estado 
e dos Poderes e na presença de um rol de 
direitos fundamentais. As normas que não 
traduzirem a decisão política fundamental não 
serão Constitucionais. 
 
Ligado à concepção política de Carl Schmitt está 
o conceito de Constituição material, que se 
traduz no arcabouço de normas que tratam da 
organização do poder, da forma de governo, da 
distribuição da competência,dos direitos da 
pessoa humana (considerados os sociais e 
individuais) e do exercício da autoridade, ou seja, 
refere-se à composição e ao funcionamento da 
ordem política. 
 
3) Constituição jurídica: fundada nas lições de 
Hans Kelsen, nos idos de 1934, Constituição 
jurídica é aquela que se constitui em norma 
hipotética fundamental pura, que traz 
fundamento transcendental para sua própria 
existência (sentido lógico-jurídico), e que, por se 
constituir no conjunto de normas com mais alto 
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4 
 
grau de validade, deve servir de pressuposto 
para a criação das demais normas que compõem 
o ordenamento jurídico (sentido jurídico-
positivo). 
 
Na concepção jurídico-positiva de Hans Kelsen, 
a Constituição ocupa o ápice da pirâmide 
normativa, servindo, como paradigma máximo 
de validade para todas as normas do 
ordenamento jurídico. Em outras palavras: as 
leis e os atos infralegais são hierarquicamente 
inferiores à Constituição e, por isso, somente 
serão válidos se não contrariarem as normas da 
Constituição. 
 
4) Constituição culturalista: identificada por 
Michele Ainis, em 1986, Constituição 
culturalista é aquela que representa o fato 
cultural, ou seja, que disciplina as relações e 
direitos fundamentais pertinentes à cultura, tais 
como a educação, o desporto e a cultura em 
sentido estrito. 
 
5) Constituição aberta: idealizada por Peter 
Häberle, em 1975, Constituição aberta é aquela 
interpretada por todo o povo e em qualquer e 
em qualquer espaço, e não apenas pelos juristas 
nos bojos dos processos. 
 
 
OBJETO 
 
Objeto de estudo do Direito Constitucional, a 
Constituição é a lei fundamental e suprema de 
um Estado, criada pela vontade soberana do 
povo. É ela que determina a organização 
político-jurídica do Estado, dispondo sobre a 
sua forma, os órgãos que o integram e as 
competências destes e, finalmente, a aquisição 
e o exercício do poder. Cabe também a ela 
estabelecer as limitações ao poder do Estado e 
enumerar os direitos e garantias fundamentais.1 
 
 
FONTES FORMAIS 
 
A doutrina, nesse quesito, não é muito uníssona. 
Há muita divergência entre os autores. 
 • As fontes podem ser imediatas ou mediatas 
(Dirley Cunha): 
– Imediatas: são a própria Constituição e os 
costumes; 
– Mediatas: a jurisprudência constitucional 
(entendimento dado pelos tribunais e a doutrina). 
 
1 MORAES, Alexandre de. Constituição do Brasil 
Interpretada e Legislação Constitucional, 9ª edição. 
São Paulo Editora Atlas: 2010, pp. 17. 
 
• As fontes podem ser formais ou 
complementares (Borner). As formais são a 
Constituição Federal, as emendas 
constitucionais, os tratados internacionais dos 
Direitos Humanos (art. 5º, § 3º), e as 
complementares, a jurisprudência e os 
costumes; 
 
• As fontes podem ser originárias ou derivadas 
(Norberto Bobbio). A originária é a própria 
Constituição, e as derivadas são as que a 
Constituição delega, como as leis e a 
jurisprudência. As derivadas podem ser 
delegadas ou reconhecidas (recepção 
constitucional, quando uma nova Constituição 
recebe normas editadas antes dela por serem 
normas compatíveis) e costumes constitucionais. 
 
2. CLASSIFICAÇÕES DAS 
CONSTITUIÇÕES: CONSTITUIÇÃO 
MATERIAL E CONSTITUIÇÃO FORMAL; 
CONSTITUIÇÃO GARANTIA E 
CONSTITUIÇÃO DIRIGENTE; NORMAS 
CONSTITUCIONAIS. 
 
 
Constituição material: independentemente 
da forma com que a norma foi introduzida no 
ordenamento jurídico, o que importará é o seu 
conteúdo constitucional. Assim, constitucional 
será aquela norma que estabeleça regras 
estruturais da sociedade e de suas 
disposições fundamentais (órgãos, formas de 
governo, etc.). É o que Carl Schmitt, no sentido 
político, chamou de Constituição. 
 
Constituição formal: não importa o conteúdo 
da norma, e sim a forma com que foi 
introduzida no ordenamento jurídico. Assim, as 
normas constitucionais seriam aquelas 
introduzidas pelo poder constituinte, soberano, 
por um processo legislativo mais rígido. 
 
OBS.: Com relação aos sentidos material e 
formal, a doutrina ensina que o Brasil adota um 
critério misto, uma vez que admite a 
incorporação de tratados internacionais de 
direitos humanos como emendas constitucionais 
(art. 5º, §3º da CF/88). 
 
Constituição Garantia: De texto reduzido 
(sintética), busca precipuamente garantir a 
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5 
 
limitação dos poderes estatais frente aos 
indivíduos. 
 
Constituição Dirigente: Caracterizada pela 
existência, em seu texto, de normas 
programáticas (de cunho eminentemente social), 
dirigindo a atuação futura dos órgãos 
governamentais.
 
Normas Constitucionais: são regras e princípios 
que podem ser encontradas no texto da CF/88. 
São normas que o Legislador Constituinte elegeu 
como constitucional, estruturando o Estado e 
limitando sua atuação por meio de direitos e 
garantias fundamentais. 
 
Ao analisar as normas constitucionais podemos 
perceber que elas apresentam diferentes graus de 
eficácia jurídica e aplicabilidade. Apesar de todas 
as normas de certa forma possuírem eficácia 
jurídica, elas se diferenciam quanto ao grau dessa 
eficácia e quanto à sua aplicabilidade. 
O entendimento é que todas as normas são 
autoaplicáveis, sendo diferente o grau de 
aplicabilidade a depender da norma. 
Conforme José Afonso da Silva as normas 
constitucionais são classificadas da seguinte 
forma: 
1) Normas de eficácia plena; 
2) Normas de eficácia contida; 
3) Normas de eficácia limitada. 
 
Normas Constitucionais de Eficácia Plena: são 
aquelas que já produzem todos os seus efeitos 
jurídicos de forma integral, desde a entrada em 
vigor da Constituição, independentemente da 
ação do legislador infraconstitucional. 
As normas de eficácia plena são normas 
consideradas autoaplicáveis ou auto executáveis, 
uma vez que não dependem de legislação 
posterior para sua aplicabilidade integral, não 
podendo sofrer restrições em suas regras e 
preceitos normativos. Exemplo: CF/88, Art. 2˚ - 
São Poderes da União, independentes e 
harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o 
Judiciário. 
Normas de eficácia plena possuem 
aplicabilidade direta, imediata e integral. 
Normas Constitucionais de Eficácia Contida: 
são aquelas que possuem todos os elementos 
necessários à imediata produção de seus efeitos, 
mas admitem que esses efeitos possam ser 
restringidos pela legislação infraconstitucional. 
 
Enquanto não editada a legislação 
infraconstitucional a norma permanece no mundo 
jurídico com sua eficácia de forma plena. Exemplo: 
CF/88, Art. 5˚, XIII - É livre o exercício de qualquer 
trabalho, ofício ou profissão, atendida às 
qualificações profissionais que a lei estabelecer. 
 
Normas de eficácia contida possuem 
aplicabilidade direta, imediata e restringível. 
 
Normas Constitucionais de Eficácia Limitada: 
não são aptas a produzirem, por si sós, a plenitude 
de todos os seus efeitos jurídicos, sendo, portanto, 
indispensável a edição de uma legislação 
infraconstitucional requerida no próprio texto da 
norma. 
 
Enquanto não editada a lei infraconstitucional, a 
norma de eficácia limitada é dotada apenas de 
eficácia negativa uma vez que produz o efeito 
jurídico da observância da compatibilidade de toda 
a legislação infraconstitucional à ela. 
Exemplo: 
CF/88, Art.5˚, XXXII - O estado promoverá, na 
forma da lei, a defesa do consumidor. 
Nesse caso, se o Código de Defesado 
Consumidor, não tivesse sido elaborado pelo 
legislador, a norma citada não poderia ser 
aplicada. 
 
Normas de eficácia limitada possuem 
aplicabilidade indireta, mediata e 
complementável. 
Diante da omissão do Poder Legislativo em editar 
leis que sejam necessárias para que o indivíduo 
goze efetivamente de seus direitos, é possível 
ajuizar um mandado de injunção ou uma ação 
de inconstitucionalidade por omissão a fim de 
assegurar a elaboração da referida lei. 
 
As normas constitucionais de eficácia limitada 
podem ser subdivididas em: normas de 
princípio institutivo e normas de princípio 
programático. 
 
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6 
 
Normas de Princípio Institutivo: são normas que 
trazem apenas um direcionamento geral que 
orientam o legislador a organizar ou instituir 
órgãos, instituições ou entidades. A natureza 
dessas normas é basicamente organizativa e 
regulativa. Exemplo na CF/88: CF/88, Art. 88 - A 
lei disporá sobre a criação e extinção de 
Ministérios e órgãos da administração pública. 
 
Normas de Princípio Programático: são normas 
que direcionam a atuação do Estado, instituindo 
programas de ação governamental. São normas 
limitadas a dispor sobre metas, princípios e 
diretrizes a serem cumpridas, buscando a 
realização dos anseios da sociedade. 
 
Tais normas não são necessariamente voltadas 
para o indivíduo, uma vez que tem como 
destinatários os próprios órgãos estatais. 
Exemplo na CF/88: 
CF/88, Art.3˚- Constituem objetivos fundamentais 
da República Federativa do Brasil: 
I - construir uma sociedade livre, justa e solidária; 
II - garantir o desenvolvimento nacional; 
III - erradicar a pobreza e a marginalização e 
reduzir as desigualdades sociais e regionais; 
IV - promover o bem de todos, sem preconceitos 
de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer 
outras formas de discriminação.
 
3. PODER CONSTITUINTE: 
FUNDAMENTOS DO PODER 
CONSTITUINTE; PODER CONSTITUINTE 
ORIGINÁRIO E DERIVADO; REFORMA E 
REVISÃO CONSTITUCIONAIS; LIMITAÇÃO 
DO PODER DE REVISÃO; EMENDAS À 
CONSTITUIÇÃO. 
 
O PODER CONSTITUINTE é aquele 
capaz de editar uma Constituição, estabelecendo 
uma organização jurídica fundamental, dando 
forma ao Estado, constituindo poderes e criando 
normas de exercício de governo, tal qual o 
estabelecimento de seus órgãos fundamentais, os 
limites da sua ação e as bases do ordenamento 
econômico e social. 
O titular desse poder é o Povo, 
representados por um órgão colegiado 
(Assembleia Constituinte). A legitimação destes é 
a representação da democracia de um Estado 
soberano. 
O Poder Constituinte causa um 
rompimento com a ordem jurídica anterior, 
fazendo com que o Estado precedente à que o 
povo estava sendo submetido seja substituído por 
uma nova legitimação maior, através de sua Carta 
Magna. 
Quanto à Natureza Jurídica do Poder 
Constituinte, os positivistas acreditam que é um 
poder político, que tem a sua força extraída não de 
normas jurídicas, mas de forças sociais 
consolidadas, sendo um poder de Fato. Já para 
os jusnaturalistas, o poder Constituinte está 
acima do direito positivo, sendo um direito inato do 
homem, partindo do seu direito natural que é 
eterno, universal e imutável. 
Existem, para tanto, duas formas de 
manifestação do Poder Constituinte: o Poder 
Originário e o Poder Derivado. 
 
PODER CONSTITUINTE 
ORIGINÁRIO: é aquele responsável pela criação 
integral de uma nova Constituição, inaugurando 
uma nova ordem jurídica. 
Este tem várias características, sendo 
ele: 
a) Inicial, porque inicia uma nova ordem 
jurídica, posto que também é chamado de Poder 
Constituinte Genuíno ou de Primeiro Grau; 
b) Ilimitado, porque não sofre qualquer 
limite anterior, ao passo que pode desconsiderar 
de maneira absoluta o ordenamento vigente 
anterior; 
 c) Autônomo, da forma que só cabe a 
ele estruturar os termos da nova Constituição; 
 d) Incondicionado e Permanente, por 
conta de não se submeter a nenhum processo 
predeterminado para sua elaboração, bem como 
que não se esgota com a realização da nova 
Constituição, podendo o legislador deliberar a 
qualquer momento pela criação de uma nova. 
Sob uma perspectiva subjetiva, o Poder 
Constituinte Originário é exercido quando o povo 
é titular do seu poder, conforme preleciona o Art. 
1˚ da CF/88 (visão de Rosseau). 
Para Emmanuel Joseph Sieyès, cuja 
obra mais importante foi o panfleto Qu'est-ce que 
le tiers état, o titular do poder é a Nação. 
Doravante, quando o Poder Constituinte não é 
exercido pelos seus titulares de Direito, sendo 
exercido por entes estranhos, como a Igreja, 
Militares, Grupos econômicos e etc. o poder passa 
a ser ilegítimo. 
Sob uma perspectiva objetiva, a 
Assembleia Constituinte não tem liberdade de 
criar normas de maneira esparsa, injustificada, 
mas somente àquelas que correspondam a 
realidade jurídica e cultural da sociedade à que 
estão inseridas, sendo um reflexo do seu Povo e 
da sua ordem natural. Esse é o pensamento de 
José Joaquim Gomes Canotilho. 
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7 
 
 
PODER CONSTITUINTE DERIVADO: é o 
poder já estabelecido na própria Constituição pelo 
poder Originário, que está inserido com o objetivo 
de legitimar a sua alteração quando necessária. 
Conforme ensina Manoel Gonçalves 
Ferreira Filho: 
Embora grupo constituinte algum cuide de 
preparar a substituição da ideia de direito que 
incita a agir, a experiência faz prever a 
necessidade futura de alterações ou 
complementações no texto que edita. Por isso é 
que dispõe sobre a revisão da Constituição, 
atribuindo a um poder constituído o direito de 
emendá-la. Esse poder instituído goza de um 
Poder Constituinte Derivado do originário. Sua 
Modalidade principal é o poder de modificar 
formalmente a Constituição. 
O Poder Constituinte Derivado tem várias 
formas, podendo ser reformador, revisor ou 
decorrente. 
 
Poder constituinte derivado reformador: é 
poder responsável pela alteração e ampliação do 
texto constitucional, que se manifesta através das 
emendas constitucionais, bem como os tratados 
de Direitos Humanos com força de emenda 
constitucional. 
A titularidade desse poder emana do 
povo, que, por sua vez, será representado pelo 
Congresso Nacional (Art. 60, CF/88). 
Tem por principais características ser: 
a) Subordinado, porque retira a sua força 
do poder originário, previamente estabelecido; 
 b) Limitado, porque tem os seus limites 
definidos pelo poder originário, que estabeleceu o 
texto base constitucional; 
c) Condicionado, sendo que o seu 
exercício deve seguir as regras previamente 
estabelecidas na Constituição. 
Esta forma de reforma está subordinada a 
diversas limitações materiais quando ao seu 
procedimento, devendo seguir diversos requisitos 
para a sua legitimidade, sendo estes a: 
a) Iniciativa: são titulares para 
apresentarem o projeto de emenda constitucional 
(Art. 60, I a III, CF/88): o Presidente da República; 
1/3 dos membros da Câmara dos Deputados ou 
1/3 dos membros do Senado Federal; mais da 
metade das Assembleias Legislativas das 
unidades dos Estados, cada uma delas, 
manifestando-se pela maioria relativa dos seus 
membros. 
b) Deliberação: a proposta deve ser 
discutida e votada em cada casa do Congresso 
Nacional em 2 (dois) turnos, sendo aprovada se 
obtiver, em ambas, 3/5 dos votos dos respectivos 
membros, ou seja, a maioria qualificada(Art. 60, 
§2, CF/88). 
c) Promulgação: as emendas são 
promulgadas pelas Mesas da Câmara dos 
Deputados e do Senado Federal, com o respectivo 
número de ordem. 
O Poder constituinte derivado reformador 
está sujeito a limites, estes que tratam tanto da 
matéria do conteúdo da emenda, até os 
procedimentos formais da promulgação, são estes 
os limites: 
a) Material, ao passo que é proibido ser 
matéria de emenda constitucional a abolição das 
chamadas "cláusulas pétreas" (forma federativa 
do Estado; voto direto, secreto, universal e 
periódico; separação dos Poderes e direitos e 
garantias individuais - Art. 60, §4, CF/88); 
b) Circunstancial, é defeso que a 
Constituição Federal seja alterada durante 
diversas situações em que o Estado esteja 
vivendo, como a vigência do estado de sítio, 
estado de defesa ou intervenção federal (Art. 60, 
§1, CF/88); 
c) Temporal, ao passo que uma proposta 
de emenda constitucional é rejeitada ou 
prejudicada, a mesma matéria não pode ser 
tratada através de nova proposta até nova sessão 
legislativa (Art. 60, §5, CF/88). 
 
Poder constituinte derivado revisor ou 
revisional: encontra normatividade no Art. 3˚ da 
ADCT (Atos das Disposições Constitucionais 
Transitórias), que dispõe sobre a necessidade do 
Congresso Nacional realizar uma "revisão 
constitucional" após 5 (cinco) anos da 
promulgação da Constituição Federal. 
É um poder de revisar a Constituição por 
um processo legislativo menos dificultoso à forma 
das emendas constitucionais. Tem eficácia 
exaurível, ao passo que fora realizada em 1993, 
originando 6 (seis) emendas de revisão. Logo, 
este poder não mais poderá ser exercido, sendo 
que qualquer mudança na Constituição Federal 
atualmente só poderá ser feito através de 
emendas, pelo poder Reformador. 
 
Poder constituinte derivado 
decorrente: trata-se do poder de cada Estado-
Membro (unidade federativa) em criar a sua 
própria Constituição estadual, sendo, todavia, 
respeitada a supremacia da Constituição Federal. 
Cada Assembleia Legislativa, com os 
poderes constituintes definidos, deveriam elaborar 
a sua Constituição do Estado dentro do prazo de 
1 (um) ano, à partir da promulgação da 
Constituição Federal. 
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8 
 
Difere o Distrito Federal, que, de acordo 
com o art. 32 da CF/88, se auto-organizar através 
de leis orgânicas, votadas em 2 (dois) turnos com 
intervalo mínimo de 10 (dez) dias, aprovada por 
2/3 da Câmara Legislativa. 
 
4. CONTROLE DE 
CONSTITUCIONALIDADE: CONCEITO; 
SISTEMAS DE CONTROLE DE 
CONSTITUCIONALIDADE. 4.1 
INCONSTITUCIONALIDADE: 
INCONSTITUCIONALIDADE POR AÇÃO E 
INCONSTITUCIONALIDADE POR 
OMISSÃO. 4.2 SISTEMA BRASILEIRO DE 
CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE. 
 
O controle de constitucionalidade consiste num 
instrumento capaz de fazer prevalecer a 
supremacia das normas constitucionais, retirando 
do ordenamento as normas inferiores que as 
contrariem, suprindo a ausência da lei ou 
declarando a sua constitucionalidade, 
interpretando conforme a Constituição ou ainda 
garantindo o cumprimento de preceitos 
fundamentais. 
 
1) Premissas: 
a) Existência de uma Constituição Formal e 
Rígida; 
b) Constituição como norma jurídica fundamental; 
c) Órgão apto a realizar o controle; 
d) Sanção para a norma que viola a Constituição. 
QUANTO A NORMA VIOLADA: 
Material ou nomoestática: diz respeito ao 
conteúdo veiculado pela lei, que está 
incompatível com as normas constitucionais 
(incompatibilidade vertical). Ex.: uma lei pena é 
publicada, determinando a majoração da pena de 
um crime com eficácia retroativa (incide sobre 
fatos anteriores a sua vigência). Tal hipótese 
denota clara violação ao art. 5º, XL, CF. Outro 
exemplo ocorre quando determinada lei viola o 
princípio da proporcionalidade (ou da proibição do 
excesso). 
Formal ou nomodinâmico: consiste no 
desrespeito ao devido processo legislativo, 
isto é, a criação da norma não seguiu o 
regramento previsto constitucionalmente. 
QUANTO AO MOMENTO: 
Preventivo ou prévio: ocorre quando o projeto de 
lei está em tramitação no Congresso, durante o 
processo de formação, desde que anterior à 
publicação. Os três poderes efetuam um controle 
preventivo: 
Poder Legislativo: por meio da Comissão de 
Constituição e Justiça. Comissão Permanente que 
analisa a constitucionalidade de projetos de lei. 
 
Poder Executivo: o Presidente da República pode 
vetar projeto de lei, devendo justificar/motivo do 
veto. O Presidente da República pode realizar o 
veto jurídico. O Presidente da República veta o 
projeto de lei tendo em vista a 
inconstitucionalidade deste. 
 
Poder Judiciário: O Poder Judiciário poderá 
realizar controle de constitucionalidade no curso 
do processo legislativo por meio de um Mandado 
de Segurança, a ser interposto originariamente no 
STF, por qualquer parlamentar. 
 
Repressivo ou posterior: tem por base uma lei 
ou emenda constitucional, e não mais o seu 
projeto. Após a publicação, admite-se, a 
qualquer tempo de vigência da lei, o controle 
repressivo de constitucionalidade. Os três poderes 
efetuam o controle posterior ou repressivo: 
Poder Legislativo: No que diz respeito às Medidas 
Provisórias. Quando o Presidente da República 
edita uma medida provisória. O Congresso 
Nacional poderá entender que tal medida é 
inconstitucional e não convertê-la em lei. 
 
Poder Executivo: O Presidente da República 
quando deixa de cumprir uma lei por entender que 
a lei é inconstitucional. 
 
Poder Judiciário: regra no Brasil. Sistema 
Jurisdicional Misto. O Controle de 
Constitucionalidade poderá ser realizado sob 
forme de controle difuso e controle concentrado. 
 
SISTEMA BRASILEIRO DE CONTROLE DE 
CONSTITUCIONALIDADE: 
O controle difuso confere a todos os magistrados 
a competência para efetuar o controle de 
constitucionalidade, ao passo que, no controle 
concentrado, somente o STF é legítimo para 
controlar a constitucionalidade dos atos em face 
da Constituição Federal. Por isso, no Brasil, o 
sistema de controle de constitucionalidade é 
misto, pois permite a realização tanto do controle 
difuso, como concentrado. 
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9 
 
Controle difuso: o controle de 
constitucionalidade possibilita, no exercício da 
Jurisdição, que todos os juízes e tribunais 
verifiquem no caso concreto a constitucionalidade 
de determinada lei ou ato normativo. Em outras 
palavras, eles possuem a competência para 
afastar a aplicação da lei, na hipótese desta se 
mostrar inconstitucional in concreto. 
Efeitos da decisão como regra são inter partes e 
ex tunc (retroativo). 
O efeito ex tunc admite modulação de efeitos. 
O efeito inter partes pode ser convertido em efeito 
erga omnes? Sim. Por meio da atuação do 
Senado. (Art. 52, X, CF/88). 
 
 
Em 2017, o STF no Informativo 886, aduziu que 
tal norma sofreu mutação constitucional. 
 
Pode-se dizer que o STF passou a adotar a teoria 
da abstrativização do controle difuso? 
SIM. Apesar de essa nomenclatura não ter sido 
utilizada expressamente pelo STF no julgamento, 
o certo é que a Corte mudou seu antigo 
entendimento e passou a adotar a abstrativização 
do controle difuso. Em uma explicação bem 
simples, a teoria da abstrativização do controle 
difuso preconiza que, se o Plenário do STF decidir 
a constitucionalidade ou inconstitucionalidade de 
uma lei ou ato normativo, ainda que em controle 
difuso, essa decisão terá os mesmos efeitosdo 
controle concentrado, ou seja, eficácia erga 
omnes e vinculante. 
Para essa corrente, o art. 52, X, da CF/88 sofreu 
uma mutação constitucional e, portanto, deve ser 
reinterpretado. Dessa forma, o papel do Senado, 
atualmente, é apenas o de dar publicidade à 
decisão do STF. Em outras palavras, a decisão do 
STF, mesmo em controle difuso, já é dotada de 
efeitos erga omnes e o Senado apenas confere 
publicidade a isso. 
 
 
Controle Difuso nos Tribunais: 
Como regra: qualquer juiz ou tribunal pode realizar 
o controle difuso de constitucionalidade. 
Exceção: Art. 97 da CF/88: Cláusula de Reserva 
de Plenário: impede que órgãos fracionários de 
Tribunais (Turmas ou Câmaras) declarem a 
inconstitucionalidade de leis ou atos normativos. 
 
Nos Tribunais, a declaração de 
inconstitucionalidade somente poderá ser 
declarada pelo Pleno ou pelo Órgão Especial 
por maioria absoluta. 
Exceções: em que a Turma ou Câmara pode 
declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato 
normativo. Art. 949, parágrafo único do CPC. 
Esse incidente pode ser suscitado pelo autor, pelo 
réu, pelo MP e pelo Juiz de ofício. 
 
Controle concentrado: no sistema concentrado, 
o controle de constitucionalidade é exercido por 
um único órgão ou por um número limitado de 
órgãos criados especificamente para esse fim ou 
tendo nessa atividade sua função principal. 
No Brasil, é legitimo o STF para efetuar o controle 
concentrado em face da Constituição Federal, por 
exemplo, por meio de uma Ação Direta de 
Inconstitucionalidade. Já em face da Constituição 
Estado, os Tribunais de Justiça do respectivo 
Estado serão os competentes. 
 
Ações do controle de controle concentrado de 
constitucionalidade: 
Compostas em rol taxativo, eis as ações do 
controle concentrado a serem estudadas: 
ADI - Ação Direta de Inconstitucionalidade. (Art. 
102, inciso I, alínea “a”, da CF) 
ADC - Ação Declaratória de Constitucionalidade. 
(Art. 102, inciso I, alínea “a”, da CF) 
ADPF - Arguição de Descumprimento de Preceito 
Fundamental. (Art. 103, §2º, da CF) 
ADO - Ação Direta de Inconstitucionalidade por 
Omissão. (Art. 102, §1º, da CF) 
ADI Interventiva - Ação Direta de 
Inconstitucionalidade Interventiva. (Art. 36, inciso 
III, da CF) 
 
Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) e 
Ação Declaratória de Constitucionalidade 
(ADC): 
 
ADI e ADC aspectos comuns: 
Caráter súplice ou ambivalente. 
Quando a ADI é julgada procedente, significa que 
a lei é inconstitucional. 
Quando a ADC é julgada procedente, significa que 
a lei é constitucional. 
 
Base constitutional: Art. 102, I, a, da CF/88. 
 
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10 
 
Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal 
Federal, precipuamente, a guarda da 
Constituição, cabendo-lhe: 
I - processar e julgar, originariamente: 
a) a ação direta de inconstitucionalidade de 
lei ou ato normativo federal ou estadual e a ação 
declaratória de constitucionalidade de lei ou ato 
normativo federal; (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 3, de 1993) 
Base legal: Lei 9.868/99. 
Competência: STF. 
Parâmetro: CR/88 e Tratados Internacionais sobre 
Direitos Humanos. 
Legitimidade: quem pode propor. Não é autor, não 
existem partes, não existe lide e não existe caso 
concreto. O processo é objetivo. 
Art. 103, CF/88 – rol taxativo e concorrente. 
Art. 103. Podem propor a ação direta de 
inconstitucionalidade e a ação declaratória de 
constitucionalidade: (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 45, de 2004) 
 I - o Presidente da República; 
II - a Mesa do Senado Federal; 
III - a Mesa da Câmara dos Deputados; 
IV - a Mesa de Assembléia Legislativa ou da 
Câmara Legislativa do Distrito Federal; (Redação 
dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) 
V - o Governador de Estado ou do Distrito 
Federal; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 
2004) 
VI - o Procurador-Geral da República; 
VII - o Conselho Federal da Ordem dos 
Advogados do Brasil; 
VIII - partido político com representação no 
Congresso Nacional; 
IX - confederação sindical ou entidade de 
classe de âmbito nacional. 
 
 
 
A perda superveniente de representação do 
partido político no congresso não leva à extinção 
da ação, uma vez que a aferição da legitimidade é 
feita somente no momento da propositura da ADI 
e ADC. 
 
Confederação sindical, no direito do trabalho 
brasileiro, é uma organização sindical que reúne 
federações sindicais de uma mesma categoria 
econômica ou profissional, em um número mínimo 
de três. 
 
A necessidade de comprovação da pertinência 
temática é colocada como requisito para a 
propositura da ADI e ADC de três legitimados: 1) 
a Mesa de Assembleia Legislativa ou da Câmara 
Legislativa do Distrito Federal; 2) o Governador de 
Estado ou do Distrito Federal; 3) confederação 
sindical ou entidade de classe de âmbito nacional. 
São chamados legitimados ativos especiais. Os 
demais são chamados legitimados ativos 
universais. 
 
Consoante, o art. 5º da Lei 9.868/99, proposta a 
ADI e ADC, não pode o legitimado dela desistir. 
Do mesmo modo, não pode o autor da ação 
desistir do pedido de medida cautelar. 
 
 
§ 1º O Procurador-Geral da República 
deverá ser previamente ouvido nas ações de 
inconstitucionalidade e em todos os processos de 
competência do Supremo Tribunal Federal. 
 
Participação do PGR (ouvido na condição de fiscal 
da ordem jurídica). Nas ações propostas por ele 
mesmo, inclusive. Intervenção de terceiros: em 
regra, não. Exceto: amicus curiae. 
 
§ 2º Declarada a inconstitucionalidade por 
omissão de medida para tornar efetiva norma 
constitucional, será dada ciência ao Poder 
competente para a adoção das providências 
necessárias e, em se tratando de órgão 
administrativo, para fazê-lo em trinta dias. 
§ 3º Quando o Supremo Tribunal Federal 
apreciar a inconstitucionalidade, em tese, de 
norma legal ou ato normativo, citará, previamente, 
o Advogado-Geral da União, que defenderá o ato 
ou texto impugnado. 
§ 4.º (Revogado pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) 
 
Cabe tutela de urgência: 
- Na ADI, suspensão da lei. 
- Na ADC, a lei questionada é objeto de polêmica 
(causando insegurança jurídica), o objetivo da 
tutela de urgência é suspender os processos que 
tenham como objeto a lei questionada na ADC. 
 
Conforme se depreende do art. 7º da Lei 9.868/99, 
não será possível, no curso da ADI, assistência, a 
oposição, a denunciação da lide, a nomeação à 
autoria e o chamamento ao processo. 
Não confundir tal vedação com a possibilidade do 
amicus curie. 
 
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11 
 
Indeferimento da inicial: decisão monocrática do 
Relator - agravo interno (regimental) Decisão final 
da ADI: não há instancia superior para recorrer de 
decisão do Plenário do STF. Cabível somente 
Embargos de Declaração. Igualmente, não cabe 
ação rescisória. 
Quórum de instalação: 8 Ministros. 
Quórum de julgamento: 6 Ministros (votação por 
maioria absoluta) 
Efeitos da decisão final: 
- efeitos erga omnes: a eficácia erga omnes 
abrange todas as pessoas que vivem a norma e 
órgãos que a ela estão submetidos. 
 
- efeitos ex tunc: retroage ao nascedouro da lei. 
Quando se aplica o efeito ex tunc, de modo a 
retirar a norma do ordenamento jurídico, como 
se ela nunca tivesse existido, afirma-se que a 
decisão produziu efeito ablativo. 
 
Excepcionalmente, pode haver a modulação de 
efeitos.Com base no art. 27 da Lei nº 9.868/99, 
tendo em vista razões de segurança jurídica ou 
de excepcional interesse social, poderá o STF, 
por maioria de 2/3 de seus membros, restringir os 
efeitos daquela declaração ou decidir que ela só 
tenha eficácia a partir de seu trânsito em julgado 
ou de outro momento que venha a ser fixado. Essa 
é a chamada “modulação dos efeitos da 
decisão” ou “concessão de efeitos diferidos no 
tempo” ou “decisão de inconstitucionalidade 
com ablação diferida”, em que a Suprema Corte 
tem liberdade para alterar os efeitos que serão 
produzidos pela declaração da 
inconstitucionalidade, determinando, por exemplo, 
que a eficácia da decisão tenha efeitos ex nunc 
(não retroage). 
 
Aspectos específicos da ADI: 
Objeto: 
ADI ADC 
Lei ou ato normativo 
federal ou estadual. 
Lei ou ato normativo 
federal 
 
- Espécies normativas primárias. (Art. 59 da CF). 
Editados após 05 de outubro de 1988, e em vigor. 
Leis distritais, na competência estadual, podem 
ser objeto. 
- Tratados internacionais (independentemente da 
forma de incorporação). 
- Resoluções do CNJ e CNMP. 
- Resoluções do TSE. 
- Decretos autônomos. 
Exceções: 
STF admitiu ADI em face de lei revogada: 
- fraude processual – info 515 
- conteúdo da nova lei é idêntico à lei objeto da ADI 
- info 824 
- Lei estadual revogada e o STF não sabe - info 
845 
Participação AGU – curador da 
constitucionalidade da lei – defesa. 
(Na ADC não há participação do AGU, pois não há 
o que se defender). 
Não é obrigatório defender a lei. 
Pedido: congruência ou adstrição ao pedido 
Causa de pedir: aberta – STF pode declarar a 
inconstitucionalidade com base em outros 
dispositivos da CR/88. 
Exceção: declaração de inconstitucionalidade de 
oficio!! Inconstitucionalidade por arrastamento. 
 
AÇÃO DECLARATÓRIA DE 
CONSTITUCIONALIDADE – ADC: 
 
Aspectos específicos da ADC: 
A ADC, que cobra posição do STF sobre o ajuste 
de norma federal à Constituição. A intenção é 
resolver incerteza gerada por leituras diferentes 
entre Tribunais. Se a lei é julgada procedente, 
juízes não podem mais se negar a aplicá-la sob 
pretexto de que seria inconstitucional. 
Competência: O órgão competente para apreciar 
a Ação Declaratória de Constitucionalidade é o 
STF de acordo com o artigo 102, I, a, da 
Constituição Federal de 1988. 
Legitimados: serão os mesmos da ADI. 
Objeto: Lei ou ato normativo federal 
Procedimento: 
O procedimento na Ação Declaratória de 
Constitucionalidade é o mesmo a ser seguido que 
na Ação Direta de Inconstitucionalidade genérica, 
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só que aqui o Advogado-Geral da União não 
será citado, visto que não há ato ou texto 
impugnado. 
É vedada a intervenção de terceiros e a 
desistência da ação após a sua propositura. 
A decisão é irrecorrível, ressalvada a interposição 
de embargos declaratórios, não podendo ser 
objeto de ação rescisória. 
Na ADC, é requisito obrigatório a demonstração 
de controvérsia relevante sobre a norma objeto da 
demanda (art. 14, III da Lei 9.868/99). 
A decisão da ADC, por maioria absoluta dos 
membros do STF, também produz efeitos “erga 
omnes” (contra todos), “ex tunc” (retroage) e 
vinculante em relação aos demais órgãos do 
Poder Judiciário e Poder Executivo. Não produz 
efeito vinculante apenas em relação ao Poder 
legislativo. 
Tendo em vista que quando o Supremo Tribunal 
Federal decide a ADC decide também a prejudicial 
em todos os processos concretos, haverá 
diversidades processuais nos processos 
concretos: 
a) Se o juiz não tinha decidido: não decidirá mais, 
irá se reportar ao que o STF já decidiu, julgando a 
ação improcedente. 
b) Se o juiz tinha decidido pela 
inconstitucionalidade e transitou: o efeito 
vinculante não tem força capaz de rescindir 
automaticamente a sentença transitada em 
julgado, mas pode servir de fundamento para ação 
rescisória e cabe liminar. 
c) Se o juiz já tinha decidido pela 
constitucionalidade, mas não transitou. Houve 
recurso e a decisão do STF sobre a prejudicial foi 
pela constitucionalidade: O Tribunal confirma a 
decisão do Juiz, aplicando a decisão do STF no 
recurso da parte. 
d) Se o juiz tinha decidido pela 
inconstitucionalidade, mas não transitou. Houve 
recurso e a decisão do STF sobre a prejudicial foi 
pela constitucionalidade: O Tribunal irá desfazer a 
decisão do juiz. 
Medida Cautelar 
Competência – a competência para decidir sobre 
a medida cautelar na ação declaratória de 
constitucionalidade cabe ao Supremo Tribunal 
Federal. 
Legitimidade - Os mesmos legitimados. A medida 
cautelar sempre será incidental, nunca 
preparatória. 
Concessão da medida - O Supremo Tribunal 
Federal, por decisão da maioria absoluta de seus 
membros, poderá deferir pedido de medida 
cautelar na ação declaratória de 
constitucionalidade, consistente na determinação 
de que os juízes e os Tribunais suspendam o 
julgamento dos processos que envolvam a 
aplicação da lei ou do ato normativo objetivo da 
ação até seu julgamento definitivo. (art. 21 da Lei 
9868/99). 
AÇÃO DIRETA DE 
INCONSTITUCIONALIDADE POR 
OMISSÃO – ADO: 
 
A ADO volta-se para o controle das omissões 
inconstitucionais, se a autoridade responsável 
pela edição do ato normativo prevista na 
Constituição deixa de elaborá-lo. O que enseja a 
ADO é a lesão à efetividade de norma 
constitucional. 
Base constitucional: Art. 103, § 2º, da CF. 
§ 2º Declarada a inconstitucionalidade por 
omissão de medida para tornar efetiva norma 
constitucional, será dada ciência ao Poder 
competente para a adoção das providências 
necessárias e, em se tratando de órgão 
administrativo, para fazê-lo em trinta dias. 
A omissão poderá ser total ou parcial: 
Omissão total: não há, efetivamente, norma que 
regulamente o direito previsto na constituição. 
Omissão parcial: existe a lei regulamentadora, 
mas ela não é suficiente. 
 
Finalidade da ADO: combater a “síndrome da 
efetividade das normas constitucionais”. 
 
Objeto da ADO: normas constitucionais de 
eficácia limitada não regulamentadas. 
 
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Proposição: 
Podem propor a ação direta de 
inconstitucionalidade: 
I - o Presidente da República; 
II - a Mesa do Senado Federal; 
III - a Mesa da Câmara dos Deputados; 
IV a Mesa de Assembleia Legislativa ou da 
Câmara Legislativa do Distrito Federal; 
V o Governador de Estado ou do Distrito 
Federal; 
VI - o Procurador-Geral da República; 
VII - o Conselho Federal da Ordem dos 
Advogados do Brasil; 
VIII - partido político com representação no 
Congresso Nacional; 
IX - confederação sindical ou entidade de classe 
de âmbito nacional. 
Procedimentos: 
A petição inicial da Ação Direta de 
Inconstitucionalidade por omissão indicará: a) a 
omissão inconstitucional total ou parcial quanto ao 
cumprimento de dever constitucional de legislar ou 
quanto à adoção de providência de índole 
administrativa; b) o pedido, com suas 
especificações. 
A petição inicial, acompanhada de instrumento de 
procuração, se for o caso, será apresentada em 2 
(duas) vias, devendo conter cópias dos 
documentos necessários para comprovar a 
alegação de omissão. 
A petição inicial inepta, não fundamentada, e a 
manifestamente improcedente serão liminarmente 
indeferidas pelo relator. 
Cabe agravo da decisão que indeferir a petição 
inicial. 
Proposta a ação diretade inconstitucionalidade 
por omissão, não se admitirá desistência. 
Os titulares legitimados poderão manifestar-se, 
por escrito, sobre o objeto da ação e pedir a 
juntada de documentos reputados úteis para o 
exame da matéria, no prazo das informações, bem 
como apresentar memoriais. 
O relator poderá solicitar a manifestação do 
Advogado-Geral da União, que deverá ser 
encaminhada no prazo de 15 (quinze) dias. 
O Procurador-Geral da República, nas ações em 
que não for autor, terá vista do processo, por 15 
(quinze) dias, após o decurso do prazo para 
informações. 
Efeitos da decisão: 
Declarada a inconstitucionalidade por omissão 
imputada a órgão administrativo: providencias 
devem ser adotadas em 30 dias. 
Declarada a inconstitucionalidade omissão 
imputada ao Legislativo: não existe prazo. É dada 
ciência ao Poder Legislativo. 
Alteração de entendimento do STF – ADO 25, de 
30/11/2016 – adoção da tese concretista 
intermediária, pois estabelece um prazo para que 
a omissão seja sanada. Se a lei não for elaborada 
dentro do prazo, será viabilizado o exercício do 
direito. 
 
ARGUIÇÃO DE DESCUMPRIMENTO 
DE PRECEITO FUNDAMENTAL - 
ADFP: 
 
A ação pode questionar o ato normativo apenas 
em face de preceitos tidos como essenciais à CF, 
o que reduz o alcance ante a ADI, apta a contestar 
qualquer ponto. Também só pode ser proposta 
caso a questão não se adeque a nenhum dos três 
outros dispositivos, conforme o princípio da 
subsidiariedade. A ADPF é, ainda, o meio pelo 
qual o STF aprecia lei anterior à Constituição 
vigente e lei municipal de especial relevância e 
que afete valor fundamental. 
Base legal: Lei 9.882/99 
Base constitucional: art. 102, §1º, da CF. 
§ 1º A aplicação dos recursos remanescentes, por 
opção a ser exercida por Estados, Distrito Federal 
e Municípios, por ato do respectivo Poder 
Executivo, observada a ordem de preferência dos 
credores, poderá ser destinada ao 
pagamento mediante acordos diretos, perante 
Juízos Auxiliares de Conciliação de Precatórios, 
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com redução máxima de 40% (quarenta por cento) 
do valor do crédito atualizado, desde que em 
relação ao crédito não penda recurso ou defesa 
judicial e que sejam observados os requisitos 
definidos na regulamentação editada pelo ente 
federado. (Numerado do parágrafo único 
pela Emenda constitucional nº 99, de 2017) 
Conceito de preceito fundamental: pode-se 
conceituar preceito fundamental como toda norma 
constitucional – norma princípio ou norma regra – 
que serve de fundamento básico para a 
conformação e preservação da ordem política e 
jurídica do Estado. 
Pode determinar como preceito fundamental: 
- os princípios fundamentais (art. 1º a 4 da CF); 
- os direitos e garantias fundamentais (art. 5º a 17 
da CF); 
- as cláusulas explícitas e implícitas; 
- os princípios constitucionais sensíveis (art. 34, 
inciso VII, da CF); 
- os princípios gerais da atividade econômica (art. 
170 da CF). 
 
Espécies de ADPF: 
ADPF autônoma: prevista no art.1º, caput, da Lei 
nº 9.882/99, pode ser manejada sempre que a 
finalidade for evitar ou reparar lesão a preceito 
fundamental, resultante de ato do Poder Público. 
ADPF incidental: prevista no art. 1º, parágrafo 
único, da Lei 9.882/99, será manejada sempre que 
for relevante o fundamento da controvérsia 
constitucional sobre lei ou ato normativo. O 
relevante fundamento da controvérsia 
constitucional se comprova, pela existência de um 
número expressivo de processos análogos, pela 
gravidade ou relevância da tese em discussão, ou 
ainda por seu alcance social, econômico, cultural 
e político. 
 ADPF 
autônoma 
ADPF 
incidental 
Natureza Processo 
objetivo 
Processo 
subjetivo-
objetivo 
Necessidade 
de uma ação 
ordinária 
Não tem 
qualquer 
vinculação 
com uma 
ação 
ordinária. 
Deve haver 
ação ordinária 
em curso 
(caso 
concreto) por 
ser a ADPF 
incidental. 
Petição inicial Sem 
qualquer 
requisito 
extra. 
Deve provar a 
existência de 
controvérsia 
judicial 
relevante. 
 
Partes Legitimadas: 
As partes legitimadas para propor a arguição de 
descumprimento de preceito fundamental serão 
os legitimados para a Ação Direta de 
Inconstitucionalidade (ADIN) sendo: a) o 
Presidente da República; b) a Mesa do Senado 
Federal; c) a Mesa da Câmara dos Deputados; d) 
a Mesa de Assembleia Legislativa; e) o 
Governador de Estado; f) a Mesa de Assembleia 
Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito 
Federal; g) o Governador de Estado ou do Distrito 
Federal; h) o Procurador-Geral da República; i) o 
Conselho Federal da Ordem dos Advogados do 
Brasil; j) partido político com representação no 
Congresso Nacional; l) confederação sindical ou 
entidade de classe de âmbito nacional. 
Faculta-se ao interessado, mediante 
representação, solicitar a propositura de arguição 
de descumprimento de preceito fundamental ao 
Procurador-Geral da República, que, examinando 
os fundamentos jurídicos do pedido, decidirá do 
cabimento do seu ingresso em juízo. 
Procedimento: 
Proposta a ação de arguição de descumprimento 
de preceito fundamental perante o Supremo 
Tribunal Federal, por um dos legitimados, deverá 
o relator sorteado analisar a regularidade formal 
da petição inicial que deverá conter: a) a 
indicação do preceito fundamental que se 
considera violado; b) a indicação do ato 
questionado; c) a prova da violação do preceito 
fundamental; d) o pedido, com suas 
especificações; e) se for o caso, a comprovação 
da existência de controvérsia judicial relevante 
sobre a aplicação do preceito fundamental que se 
considera violado. 
A petição inicial, acompanhada de instrumento de 
mandato, se for o caso, será apresentada em duas 
vias, devendo conter cópias do ato questionado e 
dos documentos necessários para comprovar a 
impugnação. 
Indeferimento: 
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Liminarmente, o relator, não sendo o caso de 
arguição, faltante um dos requisitos apontados, ou 
inepta a inicial, indeferirá a petição inicial, sendo 
cabível o recurso de Agravo, no prazo de cinco 
dias, para atacar tal decisão. 
Não será admitida arguição de descumprimento 
de preceito fundamental quando houver qualquer 
outro meio eficaz de sanar a lesividade, aqui 
aplica-se o princípio da subsidiariedade em que o 
condiciona o ajuizamento da ação que para ser 
proposta não deverá existir qualquer outro meio 
eficaz de sanar a lesividade, o que já está 
pacificado pelo Supremo Tribunal Federal este 
tema. 
Concessão de Liminar pelo STF: 
O Supremo Tribunal Federal, por decisão da 
maioria absoluta de seus membros, poderá deferir 
pedido de medida liminar na arguição de 
descumprimento de preceito fundamental. 
Em caso de extrema urgência ou perigo de lesão 
grave, ou ainda, em período de recesso, poderá o 
relator conceder a liminar, ad referendum do 
Tribunal Pleno. 
O relator poderá ouvir os órgãos ou autoridades 
responsáveis pelo ato questionado, bem como o 
Advogado-Geral da União ou o Procurador-Geral 
da República, no prazo comum de cinco dias. 
A liminar poderá consistir na determinação de que 
juízes e tribunais suspendam o andamento de 
processo ou os efeitos de decisões judiciais, ou de 
qualquer outra medida que apresente relação com 
a matéria objeto da arguição de descumprimento 
de preceito fundamental, salvo se decorrentes da 
coisa julgada. 
Apreciado o pedido de liminar,o relator solicitará 
as informações às autoridades responsáveis pela 
prática do ato questionado, no prazo de dez dias. 
Se entender necessário, poderá o relator ouvir as 
partes nos processos que ensejaram a arguição, 
requisitar informações adicionais, designar perito 
ou comissão de peritos para que emita parecer 
sobre a questão, ou ainda, fixar data para 
declarações, em audiência pública, de pessoas 
com experiência e autoridade na matéria. 
Poderão ser autorizadas, a critério do relator, 
sustentação oral e juntada de memoriais, por 
requerimento dos interessados no processo. 
Julgamento da Arguição de Descumprimento 
de Preceito Fundamental: 
Decorrido o prazo das informações, ou seja, dez 
dias, o relator lançará o relatório, com cópia a 
todos os ministros, e pedirá dia para julgamento. 
O Ministério Público, nas arguições que não 
houver formulado, terá vista do processo, por 
cinco dias, após o decurso do prazo para 
informações. 
A decisão sobre a arguição de descumprimento de 
preceito fundamental somente será 
Julgada a ação, far-se-á comunicação às 
autoridades ou órgãos responsáveis pela prática 
dos atos questionados, fixando-se as condições e 
o modo de interpretação e aplicação do preceito 
fundamental. 
O presidente do Tribunal determinará o imediato 
cumprimento da decisão, lavrando-se o acórdão 
posteriormente. 
Dentro do prazo de dez dias contado a partir do 
trânsito em julgado da decisão, sua parte 
dispositiva será publicada em seção especial do 
Diário da Justiça e do Diário Oficial da União. 
A decisão terá eficácia contra todos e efeito 
vinculante relativamente aos demais órgãos do 
Poder Público. 
Ao declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato 
normativo, no processo de arguição de 
descumprimento de preceito fundamental, e tendo 
em vista razões de segurança jurídica ou de 
excepcional interesse social, poderá o Supremo 
Tribunal Federal, por maioria de dois terços de 
seus membros, restringir os efeitos daquela 
declaração ou decidir que ela só tenha eficácia a 
partir de seu trânsito em julgado ou de outro 
momento que venha a ser fixado. 
A decisão que julgar procedente ou improcedente 
o pedido em arguição de descumprimento de 
preceito fundamental é irrecorrível, não podendo 
ser objeto de ação rescisória. 
 
AÇÃO DIRETA DE 
INCONSTITUCIONALIDADE 
INTERVENTIVA 
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O artigo 18 da Constituição Federal de 1988 
estabelece que a organização político-
administrativa da República Federativa do Brasil 
compreende a União, os Estados, o Distrito 
Federal e os Munícipios, todos autônomos. 
Regra geral, nenhum ente federativo deverá 
intervir em qualquer outro. 
No entanto, a Constituição Federal traz exceções 
à regra, o que estabelece situações em que 
haverá a intervenção. 
A União intervirá nos Estados, Distrito Federal, 
nas hipóteses previstas no artigo 34 da 
Constituição Federal, e nos Municípios localizados 
em Território Federal (hipótese do artigo 35 da 
Constituição Federal) e ainda os Estados poderão 
intervir nos Municípios (hipótese do artigo 35 da 
CF/88. 
A Ação Direta de Inconstitucionalidade 
Interventiva apresenta-se como um dos 
pressupostos para a decretação da intervenção 
federal, ou estadual, pelos Chefes do Executivo, 
Presidente da República (art. 34 da CF/88) e 
Governador de Estado (artigo 35 da CF/88). 
O Poder Judiciário não dá nulidade ao ato, mas 
apenas verifica se estão presentes os 
pressupostos para a futura decretação da 
intervenção pelo Chefe do Executivo. 
1. Ação Direta de Inconstitucionalidade 
Interventiva Federal 
Objeto: Cumpre Ressaltar que a decretação da 
intervenção dependerá de provimento do 
Supremo Tribunal Federal, de acordo com que 
estabelece o artigo 36 inciso III primeira parte da 
CF/88, e de representação do Procurador-Geral 
da República, na hipótese do artigo 34, inciso VI 
da CF/88. 
O objeto é a lei ou ato normativo, ou omissão, ou 
ato governamental estaduais que desrespeitem os 
princípios sensíveis da Constituição Federal. 
Princípios Constitucionais: Aplicam-se a Ação 
Direta de Inconstitucionalidade Interventiva os 
princípios elencados no artigo 34 inciso VII da CF, 
quando a lei de natureza estadual (ou distrital de 
natureza estadual) contrariar: a) forma 
republicana, sistema representativo e regime 
democrático; b) direitos da pessoa humana; c) 
autonomia municipal; d) prestação de contas da 
administração pública, direta e indireta; e) 
aplicação do mínimo exigido da receita resultante 
de impostos estaduais, compreendida a 
proveniente de transferências, na manutenção e 
desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços 
públicos de saúde. 
Competência: A competência para processar e 
julgar a Ação Direta Interventiva é do Supremo 
Tribunal Federal. 
Legitimidade: Cabe ao Procurador-Geral da 
República. 
Procedimento: A ação direta interventiva é 
proposta pelo Procurador-Geral da República, no 
Supremo Tribunal Federal, quando lei ou ato 
normativo de natureza estadual (ou distrital de 
natureza estadual), ou omissão, ou ato 
governamental contrariem os princípios 
constitucionais previstos no artigo 34 inciso VII da 
Constituição Federal, julgada procedente a ação 
por maioria absoluta, o STF requisitará ao 
Presidente da República, nos termos do artigo 36 
§ 3º, por meio de decreto, limitar-se-á a suspender 
a execução do ato impugnado. 
Caso essa medida não seja suficiente para o 
restabelecimento da normalidade, aí, sim, o 
Presidente da República decretará a intervenção 
federal, executando-a com a nomeação de 
interventor e afastando as autoridades 
responsáveis de seus cargos. 
2. Ação Direta de Inconstitucionalidade 
Interventiva Estadual 
No artigo 35 inciso IV da Constituição Federal 
estabelece a intervenção estadual, que será 
decretada pelo Governador de Estado, e 
dependerá do Tribunal de Justiça local de 
representação para assegurar a observância de 
princípios indicados na Constituição Estadual, ou 
para prover a execução de lei, de ordem ou 
decisão judicial. 
Objeto: Tem como objeto lei ou ato normativo, ou 
omissão, ou ato governamental municipais que 
desrespeitem os princípios previstos na 
Constituição Estadual. 
Competência: Compete ao Tribunal de Justiça de 
cada Estado através de seu órgão especial. 
Legitimidade Ativa: Cabe ao Procurador Geral de 
Justiça, conforme previsto no artigo 129, IV da 
Constituição Federal de 1988. 
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Procedimento: O Procurador-Geral de Justiça 
propõe a ação perante o Tribunal de Justiça 
quando a lei ou ato normativo, ou omissão, ou ato 
governamental de natureza municipal contrariem 
os princípios na Constituição Estadual, julgada 
procedente a ação, o Presidente do Tribunal de 
Justiça comunicará a decisão ao Governador do 
Estado para que concretize a intervenção 
estadual.
 
 
5. FUNDAMENTOS CONSTITUCIONAIS 
DOS DIREITOS E DEVERES 
FUNDAMENTAIS: DIREITOS E DEVERES 
INDIVIDUAIS E COLETIVOS; DIREITO À 
VIDA, À LIBERDADE, À IGUALDADE, À 
SEGURANÇA E À PROPRIEDADE; 
DIREITOS SOCIAIS; NACIONALIDADE; 
CIDADANIA E DIREITOS POLÍTICOS; 
PARTIDOS POLÍTICOS; GARANTIAS 
CONSTITUCIONAIS INDIVIDUAIS; 
GARANTIAS DOS DIREITOS COLETIVOS, 
SOCIAIS E POLÍTICOS; AÇÕES 
CONSTITUCIONAIS: HABEAS CORPUS. 
HABEAS DATA. MANDADO DE 
SEGURANÇA. MANDADO DE INJUNÇÃO. 
AÇÃO POPULAR. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. 
 
Dos Princípios Fundamentais 
Art. 1º A República Federativa do Brasil,formada pela união indissolúvel dos Estados e 
Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em 
Estado Democrático de Direito e tem como 
FUNDAMENTOS: (SO CI DI VA PLU) 
I - a soberania; 
II - a cidadania 
III - a dignidade da pessoa humana; 
IV - os valores sociais do trabalho e da livre 
iniciativa; 
V - o pluralismo político. 
Parágrafo único. Todo o poder emana do 
povo, que o exerce por meio de representantes 
eleitos ou diretamente, nos termos desta 
Constituição. 
Art. 2º São Poderes da União, 
independentes e harmônicos entre si, o 
Legislativo, o Executivo e o Judiciário. 
Art. 3º Constituem OBJETIVOS 
fundamentais da República Federativa do Brasil: 
(CO-GA-ERRA-PRO) 
I - construir uma sociedade livre, justa e 
solidária; 
II - garantir o desenvolvimento nacional; 
III - erradicar a pobreza e a marginalização e 
reduzir as desigualdades sociais e regionais; 
IV - promover o bem de todos, sem 
preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e 
quaisquer outras formas de discriminação. 
Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-
se nas suas RELAÇÕES INTERNACIONAIS 
pelos seguintes princípios: 
I - independência nacional; 
II - prevalência dos direitos humanos; 
III - autodeterminação dos povos; 
IV - não-intervenção; 
V - igualdade entre os Estados; 
VI - defesa da paz; 
VII - solução pacífica dos conflitos; 
VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo; 
IX - cooperação entre os povos para o 
progresso da humanidade; 
X - concessão de asilo político. 
Parágrafo único. A República Federativa do 
Brasil buscará a integração econômica, política, 
social e cultural dos povos da América Latina, 
visando à formação de uma comunidade latino-
americana de nações. 
 
Dos Direitos e Garantias Fundamentais 
 
DOS DIREITOS E DEVERES 
INDIVIDUAIS E COLETIVOS 
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem 
distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos 
brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a 
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à 
igualdade, à segurança e à propriedade, nos 
termos seguintes: 
Para o STF deve ser feita uma interpretação 
extensiva do caput para incluir os estrangeiros 
não residentes no Brasil. Ex.: turistas. 
 I - homens e mulheres são iguais em direitos 
e obrigações, nos termos desta Constituição; 
II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar 
de fazer alguma coisa senão em virtude de lei; 
(PRINCÍPIO DA LEGALIDADE) 
III - ninguém será submetido a tortura nem a 
tratamento desumano ou degradante; 
IV - é livre a manifestação do pensamento, 
sendo vedado o anonimato; 
V - é assegurado o direito de resposta, 
proporcional ao agravo, além da indenização por 
dano material, moral ou à imagem; 
VI - é inviolável a liberdade de consciência e 
de crença, sendo assegurado o livre exercício dos 
cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a 
proteção aos locais de culto e a suas liturgias; 
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VII - é assegurada, nos termos da lei, a 
prestação de assistência religiosa nas entidades 
civis e militares de internação coletiva; 
VIII - ninguém será privado de direitos por 
motivo de crença religiosa ou de convicção 
filosófica ou política, salvo se as invocar para 
eximir-se de obrigação legal a todos imposta e 
recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada 
em lei; (ESCUSA DE CONSCIÊNCIA) 
IX - é livre a expressão da atividade 
intelectual, artística, científica e de comunicação, 
independentemente de censura ou licença; 
X - são invioláveis a intimidade, a vida 
privada, a honra e a imagem das pessoas, 
assegurado o direito a indenização pelo dano 
material ou moral decorrente de sua violação; 
XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, 
ninguém nela podendo penetrar sem 
consentimento do morador, salvo em caso de 
flagrante delito ou desastre, ou para prestar 
socorro, ou, durante o dia, por determinação 
judicial; 
XII - é inviolável o sigilo da correspondência 
e das comunicações telegráficas, de dados e das 
comunicações telefônicas, salvo, no último caso, 
por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a 
lei estabelecer para fins de investigação criminal 
ou instrução processual penal; 
 XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, 
ofício ou profissão, atendidas as qualificações 
profissionais que a lei estabelecer; 
XIV - é assegurado a todos o acesso à 
informação e resguardado o sigilo da fonte, 
quando necessário ao exercício profissional; 
XV - é livre a locomoção no território nacional 
em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos 
termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair 
com seus bens; 
XVI - todos podem reunir-se pacificamente, 
sem armas, em locais abertos ao público, 
independentemente de autorização, desde que 
não frustrem outra reunião anteriormente 
convocada para o mesmo local, sendo apenas 
exigido prévio aviso à autoridade competente; 
XVII - é plena a liberdade de associação para 
fins lícitos, vedada a de caráter paramilitar; 
XVIII - a criação de associações e, na forma 
da lei, a de cooperativas independem de 
autorização, sendo vedada a interferência estatal 
em seu funcionamento; 
XIX - as ASSOCIAÇÕES só poderão ser 
compulsoriamente dissolvidas ou ter suas 
atividades suspensas por decisão judicial, 
exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em 
julgado; 
XX - ninguém poderá ser compelido a 
associar-se ou a permanecer associado; 
XXI - as ENTIDADES ASSOCIATIVAS, 
quando expressamente autorizadas, têm 
legitimidade para representar seus FILIADOS 
JUDICIAL OU EXTRAJUDICIALMENTE; 
XXII - é garantido o direito de propriedade; 
 XXIII - a propriedade atenderá a sua função 
social; 
XXIV - a lei estabelecerá o procedimento 
para desapropriação por necessidade ou utilidade 
pública, ou por interesse social, mediante justa e 
prévia indenização em dinheiro, ressalvados os 
casos previstos nesta Constituição; 
 XXV - no caso de IMINENTE PERIGO 
PÚBLICO, a autoridade competente poderá usar 
de propriedade particular, assegurada ao 
proprietário indenização ulterior, se houver 
dano; 
XXVI - a pequena propriedade rural, assim 
definida em lei, desde que trabalhada pela família, 
não será objeto de penhora para pagamento de 
débitos decorrentes de sua atividade produtiva, 
dispondo a lei sobre os meios de financiar o seu 
desenvolvimento; 
XXVII - aos autores pertence o direito 
exclusivo de utilização, publicação ou reprodução 
de suas obras, transmissível aos herdeiros pelo 
tempo que a lei fixar; 
XXVIII - são assegurados, nos termos da lei: 
a) a proteção às participações individuais em 
obras coletivas e à reprodução da imagem e voz 
humanas, inclusive nas atividades desportivas; 
b) o direito de fiscalização do aproveitamento 
econômico das obras que criarem ou de que 
participarem aos criadores, aos intérpretes e às 
respectivas representações sindicais e 
associativas; 
XXIX - a lei assegurará aos autores de 
inventos industriais privilégio temporário para sua 
utilização, bem como proteção às criações 
industriais, à propriedade das marcas, aos nomes 
de empresas e a outros signos distintivos, tendo 
em vista o interesse social e o desenvolvimento 
tecnológico e econômico do País; 
XXX - é garantido o direito de herança; 
XXXI - a sucessão de bens de estrangeiros 
situados no País será regulada pela lei brasileira 
em benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, 
sempre que não lhes seja mais favorável a lei 
pessoal do "de cujus"; 
XXXII - o Estado promoverá, na forma da lei, 
a defesa do consumidor; 
XXXIII - todos têm direito a receber dos 
órgãos públicos informações de seu interesseparticular, ou de interesse coletivo ou geral, 
que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de 
responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo 
seja imprescindível à segurança da sociedade e 
do Estado; 
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XXXIV - são a todos assegurados, 
independentemente do pagamento de taxas: 
a) o direito de petição aos Poderes Públicos 
em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou 
abuso de poder; 
b) a obtenção de certidões em repartições 
públicas, para defesa de direitos e 
esclarecimento de situações de interesse pessoal; 
XXXV - a lei não excluirá da apreciação do 
Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito; 
XXXVI - a lei não prejudicará o direito 
adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada; 
XXXVII - não haverá juízo ou tribunal de 
exceção; 
XXXVIII - é reconhecida a instituição do júri, 
com a organização que lhe der a lei, assegurados: 
a) a plenitude de defesa; 
b) o sigilo das votações; 
c) a soberania dos veredictos; 
d) a competência para o julgamento dos 
crimes dolosos contra a vida; 
XXXIX - não há crime sem lei anterior que o 
defina, nem pena sem prévia cominação legal; 
XL - a lei penal não retroagirá, salvo para 
beneficiar o réu; 
XLI - a lei punirá qualquer discriminação 
atentatória dos direitos e liberdades fundamentais; 
XLII - a prática do RACISMO constitui crime 
inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de 
reclusão, nos termos da lei; 
 XLIII - a lei considerará crimes 
inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou 
anistia a prática da TORTURA , O TRÁFICO 
ILÍCITO DE ENTORPECENTES E DROGAS 
AFINS, O TERRORISMO e os definidos como 
CRIMES HEDIONDOS, por eles respondendo os 
mandantes, os executores e os que, podendo 
evitá-los, se omitirem; 
XLIV - constitui CRIME INAFIANÇÁVEL E 
IMPRESCRITÍVEL a ação de grupos armados, 
civis ou militares, contra a ordem constitucional e 
o Estado Democrático; 
XLV - nenhuma pena passará da pessoa do 
condenado, podendo a obrigação de reparar o 
dano e a decretação do perdimento de bens 
ser, nos termos da lei, estendidas aos 
sucessores e contra eles executadas, até o 
limite do valor do patrimônio transferido; 
XLVI - a lei regulará a individualização da 
pena e adotará, entre outras, as seguintes: 
a) privação ou restrição da liberdade; 
b) perda de bens; 
c) multa; 
d) prestação social alternativa; 
e) suspensão ou interdição de direitos; 
XLVII - não haverá penas: 
a) de morte, salvo em caso de guerra 
declarada, nos termos do art. 84, XIX; 
b) de caráter perpétuo; 
c) de trabalhos forçados; 
d) de banimento; 
e) cruéis; 
XLVIII - a pena será cumprida em 
estabelecimentos distintos, de acordo com a 
natureza do delito, a idade e o sexo do apenado; 
XLIX - é assegurado aos presos o respeito à 
integridade física e moral; 
L - às presidiárias serão asseguradas 
condições para que possam permanecer com 
seus filhos durante o período de amamentação; 
LI - nenhum brasileiro será extraditado, 
salvo o naturalizado, em caso de crime comum, 
praticado antes da naturalização, ou de 
comprovado envolvimento em tráfico ilícito de 
entorpecentes e drogas afins, na forma da lei; 
LII - não será concedida extradição de 
estrangeiro por CRIME POLÍTICO ou DE 
OPINIÃO; 
LIII - ninguém será processado nem 
sentenciado senão pela autoridade competente; 
LIV - ninguém será privado da liberdade ou 
de seus bens sem o devido processo legal; 
LV - aos litigantes, em processo judicial ou 
administrativo, e aos acusados em geral são 
assegurados o CONTRADITÓRIO E AMPLA 
DEFESA, com os meios e recursos a ela 
inerentes; 
LVI - são inadmissíveis, no processo, as 
PROVAS OBTIDAS POR MEIOS ILÍCITOS; 
LVII - ninguém será considerado culpado até 
o trânsito em julgado de sentença penal 
condenatória; 
LVIII - o civilmente identificado não será 
submetido a identificação criminal, salvo nas 
hipóteses previstas em lei; (Regulamento). 
LIX - será admitida ação privada nos crimes 
de ação pública, se esta não for intentada no prazo 
legal; 
LX - a lei só poderá restringir a publicidade 
dos atos processuais quando a defesa da 
intimidade ou o interesse social o exigirem; 
LXI - ninguém será preso senão em flagrante 
delito ou por ordem escrita e fundamentada de 
autoridade judiciária competente, salvo nos casos 
de transgressão militar ou crime propriamente 
militar, definidos em lei; 
LXII - a prisão de qualquer pessoa e o local 
onde se encontre serão comunicados 
imediatamente ao juiz competente e à família do 
preso ou à pessoa por ele indicada; 
LXIII - o preso será informado de seus 
direitos, entre os quais o de permanecer calado, 
sendo-lhe assegurada a assistência da família e 
de advogado; 
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LXIV - o preso tem direito à identificação dos 
responsáveis por sua prisão ou por seu 
interrogatório policial; 
LXV - a prisão ilegal será imediatamente 
relaxada pela autoridade judiciária; 
LXVI - ninguém será levado à prisão ou nela 
mantido, quando a lei admitir a liberdade 
provisória, com ou sem fiança; 
LXVII - não haverá prisão civil por dívida, 
salvo a do responsável pelo inadimplemento 
voluntário e inescusável de obrigação alimentícia 
e a do depositário infiel; 
LXVIII - conceder-se-á HABEAS 
CORPUS sempre que alguém sofrer ou se achar 
ameaçado de sofrer violência ou coação em sua 
liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso 
de poder; 
LXIX - conceder-se-á MANDADO DE 
SEGURANÇA para proteger direito líquido e 
certo, não amparado por habeas 
corpus ou habeas data, quando o responsável 
pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade 
pública ou agente de pessoa jurídica no exercício 
de atribuições do Poder Público; 
LXX - o MANDADO DE SEGURANÇA 
COLETIVO pode ser impetrado por: 
a) partido político com representação no 
Congresso Nacional; 
b) organização sindical, entidade de 
classe ou associação legalmente constituída e 
em funcionamento há pelo menos um ano, em 
defesa dos interesses de seus membros ou 
associados; 
LXXI - conceder-se-á MANDADO DE 
INJUNÇÃO sempre que a falta de norma 
regulamentadora torne inviável o exercício dos 
direitos e liberdades constitucionais e das 
prerrogativas inerentes à nacionalidade, à 
soberania e à cidadania; 
LXXII - conceder-se-á HABEAS DATA: 
a) para assegurar o conhecimento de 
informações relativas à pessoa do impetrante, 
constantes de registros ou bancos de dados de 
entidades governamentais ou de caráter público; 
b) para a retificação de dados, quando não 
se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou 
administrativo; 
LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima 
para propor AÇÃO POPULAR que vise a anular 
ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de 
que o Estado participe, à moralidade 
administrativa, ao meio ambiente e ao 
patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, 
salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais 
e do ônus da sucumbência; 
LXXIV - o Estado prestará assistência 
jurídica integral e gratuita aos que comprovarem 
insuficiência de recursos; 
LXXV - o Estado indenizará o condenado por 
erro judiciário, assim como o que ficar preso além 
do tempo fixado na sentença; 
LXXVI - são gratuitos para os 
reconhecidamente pobres, na forma da lei: (Vide 
Lei nº 7.844, de 1989) 
a) o registro civil de nascimento; 
b) a certidão de óbito; 
LXXVII - são gratuitas as ações de habeas 
corpus e habeas data, e, na forma da lei, os atos 
necessários

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