Buscar

AÇÃO INDENIZATÓRIA - JÚNIA SANTOS

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

EXCELENTÍSSIMO (a) SENHOR(a) DOUTOR(a) JUIZ (a) DE DIRE ITO DO JUIZA DO ESPECIAL CÍVEL DA COMARCA DE FORTALEZA, CEARÁ. 
Júnia Santos, casada, administradora, inscrita no CPF sob o nº. (_______________) e no RG nº (____________), endereço eletrônico (__________________), residente e domiciliada na cidade de Fortaleza, no estado do Ceará, vem por meio de seu advogado (doc. de procuração anexo) , respeitosamente à presença de Vossa Excelência propor 
AÇÃO INDENIZATÓRIA DE DESCUMPRIMENTO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER CUMULADA COM DE NÃO FAZER
Em face de Ápice Engenharia Ltda., pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº (__________________), endereço eletrônico (__________________), com sede na cidade de Fortaleza, no estado do Ceará, o que faz pelas razões fáticas e jurídicas a seguir expostas:
 DOS FATOS
A requerente adquiriu junto a construtora e incorporadora Ápice Engenharia um apartamento e uma vaga de garagem no Edifício Belo Lar situado na capital cearense, no dia 20 de dezembro de 2013 as partes assinaram a escritura de compra e venda, e o apartamento foi entregue posteriormente depois de concluído na data prevista de entrega.
Após o recebimento das chaves, a requerente notou diferença do acabamento que estava descrito e ilustrado no panfleto da propaganda que a empresa divulgou para a venda dos apartamentos, com essa discrepância e após uma averiguação detalhada, percebesse que há um grande diferença de cerca de R$50.000,00 nos valores do acabamento que deveria ter sido entregue e do que realmente foi.
Contudo não foi a única questão que deixou a requerente com insatisfação, A vaga de garagem ao lado da adquirida por Júnia foi vendida a um terceiro estranho que não possui uma unidade de apartamento no edifício Belo Lar, indo em desacordo com a convenção de condomínio que esse não contém nenhuma previsão expressa para tal prática de venda.
Portanto Vossa Excelência a requerente busca por meios legais reparar sua insatisfação com a construtora Ápice Engenharia sendo que esta não cumpriu o que foi acordado, tanto ao entregar um apartamento diferente do que havia divulgado em seus panfletos, com um acabamento inferior, quanto a venda de uma garagem a um estranho, que acaba indo em desacordo com a convenção de condomínio.
 DO FUNDAMENTO
Segundo os artigos do Código do Consumidor, o fornecedor deve se responsabilizar pelas propagandas por ele divulgada:
Art. 30. Toda informação ou publicidade, suficientemente precisa, veiculada por qualquer forma ou meio de comunicação com relação a produtos e serviços oferecidos ou apresentados, obriga o fornecedor que a fizer veicular ou dela se utilizar e integra o contrato que vier a ser celebrado.
Portanto nota-se que a Ápice Engenharia, não cumpre esse artigo sendo que fez uma publicidade sobre um projeto e quando este foi entregue não cumpria o que lhe foi apresentado no panfleto.
Art. 37. É proibida toda publicidade enganosa ou abusiva.
§ 1° É enganosa qualquer modalidade de informação ou comunicação de caráter publicitário, inteira ou parcialmente falsa, ou, por qualquer outro modo, mesmo por omissão, capaz de induzir em erro o consumidor a respeito da natureza, características, qualidade, quantidade, propriedades, origem, preço e quaisquer outros dados sobre produtos e serviços.
§ 2° É abusiva, dentre outras a publicidade discriminatória de qualquer natureza, a que incite à violência, explore o medo ou a superstição, se aproveite da deficiência de julgamento e experiência da criança, desrespeita valores ambientais, ou que seja capaz de induzir o consumidor a se comportar de forma prejudicial ou perigosa à sua saúde ou segurança.
§ 3° Para os efeitos deste código, a publicidade é enganosa por omissão quando deixar de informar sobre dado essencial do produto ou serviço.
Essa característica de anunciar e não cumprir se dá como enganosa, nossa requerente acabou por fechar um contrato com a Ápice Engenharia, esperando um produto, sendo que a propaganda por meio a influenciou a tomar sua escolha, e ao receber não foi o que estava descrito.
A Ápice Engenharia também foi a incorporadora desse empreendimento, prevê na Lei n° 4591/1964:
Art. 29. Considera-se incorporador a pessoa física ou jurídica, comerciante ou não, que embora não efetuando a construção, compromisse ou efetive a venda de frações ideais de terreno objetivando a vinculação de tais frações a unidades autônomas, (VETADO) em edificações a serem construídas ou em construção sob regime condominial, ou que meramente aceite propostas para efetivação de tais transações, coordenando e levando a têrmo a incorporação e responsabilizando-se, conforme o caso, pela entrega, a certo prazo, preço e determinadas condições, das obras concluídas.
Então cabe a Ápice Engenharia tanto como construtora e incorporada a indenizar Júnia por meio de sua propaganda enganosa, que não foi cumprida deixando a requerente insatisfeita com a aquisição de seu apartamento que foi entregue com acabamento inferiores ao que foi divulgada, com base no Art. 447 do Código Civil.
Art. 247. Incorre na obrigação de indenizar perdas e danos o devedor que recusar a prestação a ele só imposta, ou só por ele exequível.
Posteriormente temos a vaga de garagem vendida a um terceiro estranho ao condomínio. Que com fulcro no artigo 1331 do Código Civil:
Art. 1.331. Pode haver, em edificações, partes que são propriedade exclusiva, e partes que são propriedade comum dos condôminos.
§ 1o As partes suscetíveis de utilização independente, tais como apartamentos, escritórios, salas, lojas e sobrelojas, com as respectivas frações ideais no solo e nas outras partes comuns, sujeitam-se a propriedade exclusiva, podendo ser alienadas e gravadas livremente por seus proprietários, exceto os abrigos para veículos, que não poderão ser alienados ou alugados a pessoas estranhas ao condomínio, salvo autorização expressa na convenção de condomínio. 
§ 2o O solo, a estrutura do prédio, o telhado, a rede geral de distribuição de água, esgoto, gás e eletricidade, a calefação e refrigeração centrais, e as demais partes comuns, inclusive o acesso ao logradouro público, são utilizados em comum pelos condôminos, não podendo ser alienados separadamente, ou divididos.
§ 3o A cada unidade imobiliária caberá, como parte inseparável, uma fração ideal no solo e nas outras partes comuns, que será identificada em forma decimal ou ordinária no instrumento de instituição do condomínio. 
§ 4o Nenhuma unidade imobiliária pode ser privada do acesso ao logradouro público.
§ 5o O terraço de cobertura é parte comum, salvo disposição contrária da escritura de constituição do condomínio.
Percebe-se que esta pratica não foi autorizada expressamente pela convenção de condomínio, assim sendo irregular e deixando pessoas que no caso com prioridades e possíveis interesses pela vaga de garagem não podendo tê-la pois a mesma já se encontra na posse de um terceiro estranho que não possui vinculação ou bem ao condomínio. 
Art. 251. Praticado pelo devedor o ato, a cuja abstenção se obrigara, o credor pode exigir dele que o desfaça, sob pena de se desfazer à sua custa, ressarcindo o culpado perdas e danos.
A requerente não se mostra de acordo com essa pratica cometida pelo réu, sentindo lesada.
DOS DOCUMENTOS
A requerente prova por meios de documentos em anexo, o que alega:
Cópia da matrícula, do apartamento e da vaga de garagem;
Panfleto da propaganda do edifício Belo Lar;
Cópia da convenção de condomínio;
Cópia do contrato de compra e venda.
 DOS PEDIDOS
Diante do exposto requer, a Vossa Excelência.
Que seja designada data para realização de audiência de conciliação.
A requerente pede indenização o valor da diferença de acabamento que equivale o valor de R$50.000,00 (cinquenta mil reais); ou o acabamento como prometido no panfleto, feito pela própria construtora.
O cancelamento da venda da garagem a um terceiro, sobe pena de perdas e danos.
Dá-se à causa o valor de R$ 50.000,00Nestes Termos
Pede Deferimento
28 de março, 2019 Fortaleza/CE
Advogado/OAB

Continue navegando