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UNIVERSIDADE PAULISTA AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO Maura Emília Damaceno Gonçalves RA: C7610C-5 SÃO JOSÉ DO RIO PARDO 2019 Para saber sobre o cabimento da ação, é necessário analisar o art. 335, do CC, que dispõe: Art. 335. A consignação tem lugar: I - se o credor não puder, ou, sem justa causa, recusar receber o pagamento, ou dar quitação na devida forma; II - se o credor não for, nem mandar receber a coisa no lugar, tempo e condição devidos; III - se o credor for incapaz de receber, for desconhecido, declarado ausente, ou residir em lugar incerto ou de acesso perigoso ou difícil; IV - se ocorrer dúvida sobre quem deva legitimamente receber o objeto do pagamento; V - se pender litígio sobre o objeto do pagamento. No rol supracitado do art. 335, do CC caberá ação de consignação em pagamento. Isso de da pelo fato, de que assim como o credor possui o direito de receber a divida, o devedor também detém o direito de pagar, é a consignação é justamente a forma pela qual o devedor pode manifestar e exercer seu direito de pagar e/ou de quitar uma obrigação sua. Vejamos, que se o credor se recusar a receber um pagamento, afim de que o devedor não incorra em mora, para que não corra juros e/ou correção monetária sobre aquela obrigação, pode o devedor realizar a consignação em pagamento. Em regra geral quando o credor sem justa causa se recusar a receber o pagamento, ação será endereçada ao lugar do pagamento, ou seja, a competência é do lugar onde a obrigação deveria ter sido cumprida, conforme disposto no art. 337, do CC e no art. 540, do CPC. Porém, se tratando de relação de consumo, poderá o consumidor propor a ação do Fórum de seu domicílio, conforme art. 101 CDC. A Legitimidade Ativa sempre será do devedor e a Passiva sempre será do credor. O art. 547, do CPC, estabelece que ocorrendo à dúvida sobre a quem pagar deverá o autor da ação citar todos os possíveis titulares do crédito. O art. 539, do CPC diz respeito a chamada etapa pré-judicial, isto é, antes de propor a ação, se consistir em uma obrigação de pagar é possível o credor realizar o deposito em um estabelecimento bancário fazendo assim uma etapa extrajudicial da consignação em pagamento. Tendo o credor ciência do deposito terá o prazo de dez dias para recusar, após esse prazo, contando do retorno do recebimento será o devedor liberado da obrigação. Caso ocorra a recusa, manifestada por escrita ao estabelecimento bancário poderá ser proposta no prazo de um mês a ação de consignação, instruindo a inicial com prova do deposito e da carta de recusa, se não proposta a ação ficará o deposito sem efeito podendo ser levantado pelo depositante. Cabe salientar que é de extrema importância o deposito, pois este impede que sejam decorridos juros de as devidas correções monetárias, pois de certa forma a divida já se encontra “paga”. Na petição inicial além dos requisitos estabelecidos pelos artigos 319 e 320 do CPC, o art. 542 do mesmo dispões que, deverá o autor requerer o depósito da quantia ou da coisa devida no prazo de 05 dias contados a partir do deferimento, salvo se já houver sido realizado depósito extrajudicial, a citação do réu para que este levante o depósito no prazo de 05 dias ou oferecer contestação. Se não for realizado o depósito no prazo de 05 dias será o processo extinto sem resolução do mérito.
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