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DIREITO TRIBUTÁRIO II

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Prof. Alex Barbuda 1 
 
 Fundação Presidente Antônio Carlos 
 Faculdade Presidente Antônio Carlos de Teófilo Otoni 
 
 
 
 
SÍNTESE DIREITO 
TRIBUTÁRIO II 
 
NONO PERÍODO DE 
DIREITO 
 
 
Professor: Alex Barbuda 
 
 
 
Prof. Alex Barbuda 2 
 
FUNDAÇÃO PRESIDENTE ANTONIO CARLOS DE TEÓFILO OTONI- FUPAC 
 
DIREITO TRIBUTÁRIO II 
9º PERÍODO 
 
PROFESSOR: ALEX BARBUDA 
 
SINTÉSE DAS AULAS 
 
 
 
1. RELAÇÃO JURÍDICA TRIBUTÁRIA 
 
É um recurso de memorização, visando sistematizar a relação jurídica tributária 
no tempo.Estudando esta relação, tornam-se claros os momentos essenciais da relação 
tributacional, traduzindo-se em uma ordem cronológica, facilmente compreensível. 
 
1.1 HIPOTESE DE INCIDÊNCIA. Abstrato 
 
Representa o momento abstrato, previsto em lei hábil a deflagrar a relação 
jurídico tributária. É a escolha feita pelo legislador de fatos quaisquer, propensos a 
ensejar uma relação tributária. 
CONCEITO: É descrição que a lei faz de um fato tributário que, quando ocorrer, fará 
nascer a obrigação tributária. 
 
Ex: Imposto sobre importação. Art. 19. O imposto, de competência da União, 
sobre a importação de produtos estrangeiros tem como fato gerador a entrada destes no 
território nacional. 
 
 
Prof. Alex Barbuda 3 
 
 
1.2 FATO GERADOR: fato imponível. 
 
É a materialização da hipótese de incidência representando o momento concreto 
de sua realização, que se opõe ahipótese de incidência, que é apenas a previsão legal. 
 Ver. Art. 114 CTN. 
 
1.2.1 IMPORTÂNCIA DO FATO GERADOR. 
- Natureza jurídica do tributo 
-define a lei que será aplicada. 
 
Através do fato gerador, que se definirá a natureza jurídica do tributo (taxa, 
impostos, contribuições de melhoria.), sendo a nominação irrelevante. 
Ver Art.4ª CTN. 
 
O Fato gerador ganha significativa importância, pois, define a lei que será 
aplicada no momento da cobrança do tributo em abono ao princípio constitucional da 
irretroatividade tributária. (art. 150, III, “a”, da CF) é vedado aos entes tributantes 
cobrar tributos em relação a fatos geradores ocorridos antes de vigência da lei que 
houver instituído ou aumentado.Ou seja,em uma atuação fiscal tem que se basear em 
lei que antecede os fatos geradores, sob pena de ferir o principio acima citado. 
 
Em resumo temos hipótese de incidência é a situação descrita em lei, 
recortada pelo legislador entre inúmeros fatos do mundo fenomênico, a qual, uma 
vez concretizada no fato gerador, enseja o surgimento da obrigação principal. 
 
A principal diferença é que a hipótese é a descrição fática, e o fato gerador a 
efetiva ocorrência do fato legalmente previsto. 
 
 
Prof. Alex Barbuda 4 
 
O tributo deve incidir sobre situações licitas, e de igual modo aquelas 
consideradas ilícitas ou imorais.PECUNIA NON OLET – O tributo não tem 
cheiro. 
 
O direito tributário preocupa-se em saber tão somente sobre a relação econômica 
relativa ao determinado negocio jurídico. 
 
De acordo com Ricardo Lobo Torres “Se o cidadão pratica atividades ilícitas 
com consistência econômica deve pagar o tributo sobre o lucro obtido, para não ser 
agraciado com o tratamento desigual frente às pessoas que sofrem a incidência 
tributária sobre os ganhos e provenientes do trabalho honesto ou da propriedade 
legítima. 
 
Ver. Art. 118, 126 e 135 do CTN. 
 
 
1.2.3-TIPOS DE FATOS GERADORES. 
 
 
A) FATOS GERADORES INSTANTÂNEOS OU SIMPLES 
Sua realização se dá num determinado momento no tempo, mediante a prática de 
um simples ato. 
EXEMPLO: ITBI, ITCMD, IPI...ICMS 
 
B) PERIODICOS OU COMPLEXOS: 
 
Sua realização se põe ao longo de um espaço de tempo, portanto, não ocorrem 
hoje ou amanhã, mais sim durante um longo período, ao término do qual se valoriza 
uma determinada quantia de fatos isolados que, somados, aperfeiçoam o fato gerador do 
tributo. 
 
Prof. Alex Barbuda 5 
 
EX: Imposto de renda. 
 
C) CONTINUADOS: ver artigo 116 e 117 CTN. 
Geralmente são anuais, tendo uma linha de corte. 
Sua realização se dá de forma duradoura e estável no tempo; a matéria tributável 
tende a permanecer hoje e amanhã. Ocorre normalmente nos impostos incidentes sobre 
o patrimônio. IPTU, ITR, IPVA. 
 
1.2.4- NEGOCIOS JURÍDICOS CONDICIONAIS. Ver art. 117 CTN. 
A) Condição suspensiva: 
Evento futuro e incerto: de cuja a realização se faz depender seus efeitos: . No 
momento de seu implemento, no momento em que se realiza a condição, ocorre o fato 
gerador: Ex. doação condicionada ao casamento. 
B) Condição resolutiva: (evento futuro e incerto em cuja a condição se faz 
decorrer o desfazimento do ato.) o fato gerador ocorre desde que o ato ou negocio 
jurídico foi celebrado, sendo, neste caso, inteiramente irrelevante a condição: ex: fim de 
casamento provoca o desfazimento da doação, ao qual foi feita como condição. Art. 117 
inc II. 
 
2- OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIO 
 
São elementos da obrigação tributária: o sujeito ativo (art. 119 e 120 CTN, 
sujeito passivo (art.121 a 123 CTN), o objeto (art. 113 CTN), e a causa (art. 114 e 115, 
CTN). 
 
A) SUJEITO ATIVO 
 
Refere-se ao lado credor da relação intersubjetiva tributária, representado pelos 
entes que devem proceder à invasão patrimonial para retirada compulsória de valores, a 
título de tributos. Art. 119 CTN 
Prof. Alex Barbuda 6 
 
As pessoas jurídicas de Direito Público podem ser titulares, por delegação, das 
funções de arrecadar ou fiscalizar tributos (parafiscalidade), ou executar leis, serviços, 
atos ou decisões administrativas em matéria tributária. Art. 7º CTN 
 
Há dois tipos de Sujeitos Ativos: 
 
Direitos: São os entes Tributantes- União, Estados, Municípios e Distrito 
Federal (art. 41 C.C) – São detentores de competência tributária, ou seja, do poder 
legiferante de instituição de tributo. 
 
Indireto: são os entes parafiscais- CREA, CRM, CRC, detentores de capacidade 
tributária ativa, do poder de arrecadação e fiscalização de tributo. 
 
Assim não se pode confundir a atribuição constitucional de competência para 
instituir o tributo (competência tributária) com a possibilidade de figurar no polo ativo 
da relação jurídico-tributária. A primeira é indelegável, e segunda é passível de 
delegação. Art. 7º CTN 
 
 
B) SUJEITO PASSIVO 
 
Refere-se, pois, ao lado devedor da relação intersubjetiva tributária, representado 
pelo entes destinatários da invasão patrimonial na retirada compulsória de valores, a 
título de tributos. 
Ver. Art. 121 do CTN 
 
Existem dois tipos de devedores na relação jurídico-tributária: o contribuinte e o 
responsável. 
Ainda de acordo com o art. 123 do CTN, as convenções particulares não 
podem ser opostas ao fisco para modificar o sujeito passivo. 
As convenções são válidas, entre as partes contratantes, na órbita do Direito 
Privado, mas não produzem nenhum efeito contra a fazenda pública. 
Prof. Alex Barbuda 7 
 
 
EX: no contrato de locação pode estabelecer que a obrigação de pagar o IPTU é 
do locatário, entretanto, referida avença em nada altera o direito tributário, onde 
estabelece que em regra o responsável é o proprietário. 
 
O Sujeito passivo também se divide em: 
 
DIRETO 
É o contribuinte, aquele que tem uma relação pessoal e direta com o fato 
gerador. 
Ex. -proprietário de um bem imóvel ou o possuidor com ânimo de domínio, 
quanto ao IPTU, 
- o adquirente do imóvel transmitido com onerosidade, quanto ao ITBI, entre 
outros. 
 
INDIRETO: é o responsável, ou seja, a terceira pessoa escolhida por lei para 
pagar o tributo, sem que tenha realizado o fato gerador. 
 
EXEMPLOS:A) Contribuinte absolutamente incapaz (art. 134, I, do CTN) 
Imóvel: filho contribuinte, pais responsáveis. 
B) Bem imóvel alienado com dívida do IPTU (art. 130 CTN) 
O adquirente de imóvel, pela própria conveniência do Fisco, será o responsável 
pelo tributos referente ao bem imóvel, enquanto o alienante, por ter relação direta com 
ofato gerador, permanece como contribuinte. 
C) Bem móvel alienado com dívida do IPVA (art. 131, I CTN) 
O adquirente do veículo será o responsável pelos tributos em exame, enquanto o 
alienante, por ter relação direta com o fato gerador, pemanece como contribuinte. 
 
Prof. Alex Barbuda 8 
 
D) FUSÃO, CISÃO TRANSFORMAÇÃO OU INCORPORAÇÃO DE 
EMPRESAS (ART. 132 CTN. 
E) RESPONSABILIDADE POR SUCESSÃO COMERCIAL. 
F) RESPONSABILIDADE DE TERCEIROS 
G) SÓCIO ADMINISTRADOR DE EMPRESA COM RELAÇÃO À 
DÍVIDA TRIBUTÁRIA DA SOCIEDADE. 
 
C) OBJETO DA OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA 
 
Equivale a prestação a que se submete o sujeito passivo diante do fato imponível 
deflagrador da obrigação tributária. 
Se refere à prestação a que se deve submeter o contribuinte ou o responsável. Tal 
prestação pode ser de cunho pecuniário ou de cunho não pecuniário. 
Dividi-se em: 
Principal ou patrimonial: consubstanciando uma obrigação de dar, estando 
definida no § 1º do art. 113 do CTN., 
É a prestação designativa do ato de pagar, afeta ao tributo e à multa. 
De acordo com o CTN a obrigação principal tem por objeto o pagamento de 
tributo ou de penalidade pecuniária. 
 
Acessória ou de instrumentalidade:, revela o objeto como uma obrigação de 
fazer ou não fazer, estando prevista no § 2º do art. 113 do CTN. 
É uma prestação positiva ou negativa que denota atos de fazer ou não fazer, 
despidos do timbre de patrimonialidade. Trata-se de deveres instrumentais do 
contribuinte 
É criada no interesse da fiscalização ou arrecadação dos tributos, ou seja, são 
criadas com o objetivo de facilitar o cumprimento da obrigação tributária principal, bem 
como de possibilitar a comprovação deste cumprimento (fiscalização). 
Exemplo: emitir notas fiscais, escriturar livros fiscais, entregar declarações, não 
trafegar como mercadoria desacompanhada de nota fiscal, não obstar o livre acesso da 
fiscalização à empresa. 
O legislador deve sempre indicar quem será responsável pelo cumprimento das 
obrigações acessórias, conforme interesse de arrecadação ou fiscalização de tributos. 
Prof. Alex Barbuda 9 
 
Há casos que mesmo o contribuinte ou responsável não estejam obrigados em 
relação à obrigação principal, a acessória subsiste: Ex: A obrigação acessória pode 
existir sem que exista a obrigação tributária principal, em virtude de isenção e 
imunidade, por exemplo, e deve vir sempre prevista em lei, com natureza jurídica de 
obrigação de fazer ou não fazer. 
Ainda, o descumprimento de uma obrigação acessória faz nascer uma 
obrigação principal, com relação à multa. Art. 113, § 3º CTN. 
 § 3º A obrigação acessória, pelo simples fato da sua inobservância, converte-se 
em obrigação principal relativamente à penalidade pecuniária. 
 
D) CAUSA 
 
É o vinculo jurídico motivador do liame obrigacional entre o sujeito ativo e o 
sujeito passivo. Pode residir na lei tributária ou na expressão de legislação tributária. 
Art. 114 e 115 CTN 
 
Fato gerador da obrigação principal é a lei 
Fato gerador da obrigação acessória: legislação tributária. 
 
3.DOMICÍLIO TRIBUTÁRIO 
 
Domicílio: é o lugar de exercício de direitos e cumprimento das obrigações, no 
sentida da exigibilidade. 
Na seara tributária: é o local, determinado pela legislação tributária, onde o 
sujeito passivo é chamado para cumprir seus deveres jurídicos da ordem tributária. 
 
Pode dividir em 
 
1- Regra Geral: aplica-se o domicilio de eleição: Local de preferência 
do contribuinte 
2- Na ausência de eleição: aplica-se o art. 127 inc. I,II,II do CTN 
Prof. Alex Barbuda 10 
 
3- Na impossibilidade de aplicação dos incisos citados ou na recusa 
fundada pela Administração quanto ao domicílio de eleição quando impossibilite 
ou dificulte a fiscalização: aplica-se o art. 127 §1ªdo CTN. 
Primeiro é o local de preferência do contribuinte, desde que não seja recusado 
pela autoridade administrativa, ou seja, decide-se espontaneamente, sobre o local de sua 
preferência: intimações a notificações.- consta nos cadastros das repartições tributários. 
As peculiaridades deste ou daquele tributa podem alterar a questão do 
domicilio fiscal de uma mesma. 
 
Em relação a empresas, nem sempre a escolha recairá sobre o lugar da sede da 
empresa, pois detendo a pessoa jurídica vários estabelecimentos, o domicílio fiscal será 
o o lugar do estabelecimento (em relação aos atos ou fatos que derem origem à 
obrigação. “Princípio da autonomia dos estabelecimentos” 
Existem tributos que o fato gerador ocorre em cada estabelecimento, então 
geralmente a legislação tributária determina o domicilio tributário o local da sede 
de cada estabelecimento. ICMS. 
 
Existem situações que pessoas jurídicas de direito público também podem ser 
sujeitos passivo de tributos. A imunidade recíproca somente abrange os impostos, e não 
as taxas e contribuições de melhorias. 
Ex. contribuições previdências de pessoas jurídicas de direito público que 
possuem empregados vinculados a CLT. 
 
 
 - § 1º Quando não couber a aplicação das regras fixadas em qualquer 
dos incisos deste artigo, considerar-se-á como domicílio tributário do contribuinte 
ou responsável o lugar da situação dos bens ou da ocorrência dos atos ou fatos que 
deram origem à obrigação. 
 
Importante por exemplo, na arrecadação de ISS sobre os serviços que prestem 
donos de circo , e sendo eles essencialmente nômades, seu domicilio tributário será 
considerado cada local em que se exibem e no qual, portanto, prestam os serviços 
tributados. 
 
Prof. Alex Barbuda 11 
 
 § 2º A autoridade administrativa pode recusar o domicílio eleito, quando 
impossibilite ou dificulte a arrecadação ou a fiscalização do tributo, aplicando-se então 
a regra do parágrafo anterior. 
 
4. RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA 
 
Em princípio o tributo deve ser cobrado da pessoa que pratica o fato gerador, e 
nessas condições surge o sujeito passivo direto. 
Em certos casos, no entanto, o Estado pode ter necessidade de cobrar tributo de 
uma terceira pessoa, que não o contribuinte, que será o sujeito passivo indireto 
(responsável tributário). 
A palavra responsabilidade no direito tributário, tem um sentido amplo e outro 
restrito. 
 
Sentido amplo: é a submissão de determinada pessoa contribuinte ou não, ao 
direito do fisco de exigir a prestação da obrigação tributária. 
Sentido estrito: é a submissão, em virtude de disposição legal expressa, de 
determinada pessoa que não é contribuinte, mas está vinculado ao fato gerador da 
obrigação tributária, do direito do fisco de exigir a prestação respectiva. 
Essa responsabilidade poderá ser por substituição ou por transferência: 
 
a) Responsabilidade por substituição: Quando a lei determina que o 
responsável (substituto) ocupe o lugar do contribuinte (substituído), desde a ocorrência 
do fato gerador, de tal sorte que, desde o nascimento da obrigação tributária, o 
responsável, já é o sujeito passivo. 
EX: imposto de renda na fonte: a obrigação é da fonte pagadora, o prestador do 
serviço ou empregado é excluído da relação. Sobre ele recaem todos os ônus da 
cobrança. 
 
A substituição tributária possui a função do responsável de arrecadar o tributo 
por conta do Estado, não considerando o substituto como verdadeiro devedor do tributo. 
Assume tanto a obrigação principal, como acessória, e se o substituto não 
recolher o tributo nenhumaresponsabilidade terá o contribuinte substituído. 
 
b) Responsabilidade por transferência: 
Prof. Alex Barbuda 12 
 
Quando por expressa previsão legal, a ocorrência de um fato, posterior ao 
surgimento da obrigação, transfere a um terceiro a condição de sujeito passivo da 
obrigação tributária, que até então era ocupada pelo contribuinte. 
Nesse caso, o contribuinte não é ignorado. Essa transferência pode excluir a 
responsabilidade do contribuinte ou atribuí-la efeito supletivo, e comporta três 
situações possíveis: a responsabilidade por solidariedade, a responsabilidade dos 
sucessores e a responsabilidade de terceiros. 
 
4.1 CONCEITO: CONTRIBUINTE VERSUS RESPONSÁVEL 
 
Contribuinte: é a pessoa física ou jurídica, que tenha relação de natureza 
econômica, pessoal e direta com a situação que constitua o respectivo fato gerador 
(art.121, parágrafo único, I do CTN. 
 
Responsável: é a pessoa que, sem se revestir da condição de contribuinte, tem 
sua obrigação decorrente de disposição expressa de lei. Assim não tendo relação de 
natureza econômica, pessoal e direta com a situação que constitua o fato gerador, o 
responsável é sujeito passivo indireto, sendo sua responsabilidade derivada por decorrer 
de lei, e não da referida relação. (art. 121, parágrafo único, II. 
Observa-se que não pode ser qualquer terceiro, deve existir uma vinculação 
mínima, de qualquer natureza. Art. 128 CTN; 
 
Observa-se que deve ser feita de forma expressa, e por lei, não por legislação 
tributária. 
 
RICARDO LOBO TORRES: 
 
I- As diferenças fundamentais entre o contribuinte e o responsável são 
as seguinte: I – o contribuinte tem o débito, que é o dever de prestação e a 
responsabilidade, isto é, a sujeição do seu patrimônio credor, enquanto o 
responsável tem a responsabilidade sem ter o débito, pois ele paga o tributo por 
conta do contribuinte; II a posição do contribuintesurge com a realização do 
pressuposto previsto na lei que regula a responsabilidade, fato gerador da 
responsabilidade. 
Prof. Alex Barbuda 13 
 
4.2 RESPONSABILIDADE PESSOAL VERSUS RESPONSABILIDADE 
SUBSIDIÁRIA. 
 
Art. 128 CTN. 
 
a) Responsabilidade pessoal: É quando o contribuinte é excluído totalmente, 
dando ensejo a responsabilidade pessoal –atribuída por lei e por meio do qual se desvia 
o foco da exigibilidade – sobre a terceira pessoa (responsável), vinculado ao fato 
gerador. Tal deslocamento faz com que o contribuinte não responda por mais nada. 
Ex: 
Art. 131 : pessoa desaparece 
 
135 do CTN. O Contribuinte é vitima de atos abusivos e ilegais ou não 
autorizados, cometidos por pessoas que o representam: 
Não atinge o contribuinte quando houver: 
a) Excesso de poderes 
b) Infração a lei, contrato social ou estatutos 
 
b) Responsabilidade subsidiária: 
Art. 134 
O contribuinte é excluído parcialmente, dando ensejo a responsabilidade 
subsidiária ou supletiva. Ou seja, o responsável responderá pela parte, ou pelo todo que 
o contribuinte deixar de cumprir. 
Nessa situação, há um nítido BENEFÍCIO DE ORDEM, isto é o terceiro 
somente responde com seu patrimônio, se o contribuinte não tiver bens suficiente para 
arcar com o débito. Não se trata de solidariedade. 
Em que pese o art. 134 falar em solidariedade, a doutrina afirma, que está não é 
plena, que se trata de subsidiariedade. 
 
4.3 RESPONSABILIDADE POR SUBSTITUIÇÃO VERSUS 
RESPONSABILIDADE POR TRANSFERÊNCIA 
 
Prof. Alex Barbuda 14 
 
A) RESPONSABILIDADE POR TRANSFERÊNCIA 
 
Como já estudamos ocorrido o fato gerador, nasce uma obrigação tributária, 
cujos contribuintes e responsáveis são definidos em lei. Ocorre que o CTN prevê a 
possibilidade de mudança da pessoa que figura no polo passivo da respectiva obrigação 
como decorrência da verificação de determinados fatos. 
Também intitulada responsabilidade derivada ou de 2º grau, dá-se quando a 
terceira pessoa vem e ocupada o lugar do contribuinte ou responsável, após a ocorrência 
do fato gerador, em razão de um evento a partir do qual se desloca (se transfere) o ônus 
tributário para um terceiro escolhido por lei. 
Após a ocorrência de um evento determinado (ex:morte do contribuinte, 
aquisição de bens, aquisição de fundo de comércio), transfere-se o ônus tributacional, 
que até então estava apesar sobre o devedor principal, para o responsável tributário. 
Resumindo, depois de surgida a obrigação tributária, contra uma pessoa certa e 
determinada, ela é transferida a outrem, em consequência de um fato que lhe é posterior. 
 
EXEMPLO: a cada ano verifica-se fatos geradores novos do IPTU. O sujeito 
passivo é o proprietário de imóvel determinado, a sujeição é transferida para o espolio. 
Mais para frente, com a partilha dos bens, a responsabilidade novamente é transferida 
para os sucessores e cônjuge meeiro. Art. 131, II e III, do CTN. 
ATENÇÃO: existe transferência de contribuinte para responsável: art. 131, 
I. E de responsável para responsável: inc III, art. 131 
 
 
B) RESPONSABILIDADE POR SUBSTITUIÇÃO: responsabilidade originária ou 
de 1ª grau. Dá-se quando a terceira pessoa (substituto) vem e ocupa o lugar do 
contribuinte, antes da ocorrência do fato gerador. Aqui a obrigação desde o inicio é do 
contribuinte desonerando de quaisquer deveres. 
Não há mudança subjetiva na obrigação. Em nenhum momento, o dever de 
pagar tributo recaiu sobre a figura do contribuinte.Com exclusividade somente o 
responsável é encarregado pela lei, de efetuar o pagamento do tributo ao Fisco. 
A doutrina justifica a substituição por três motivos: 
a) Pela dificuldade em fiscalizar contribuintes extremamente pulverizados; 
b) Pela necessidade de evitar, mediante a concentração da fiscalização, a 
evasão fiscal ilícita; e 
Prof. Alex Barbuda 15 
 
c) Como medida indicada para agilizar a arrecadação e, consequentemente, 
acelerar a disponibilidade de recursos. 
 
Essa substituição ocorre geralmente no âmbito do ICMS e do IR (art. 45, 
parágrafo único, CTN) 
 
Ex: empregador em relação ao IRRF do empregado 
-A Caixa Econômica Federal com relação ao imposto de renda incidente sobre o 
premio da loteria. 
 
 
Quando se fala em ICMS: Imposto sobre a circulação de mercadorias e serviços. 
Deve-se dividir a substituição em dois pontos: 
 
SUBSTITUIÇÃO REGRESSIVA: Ocorre nos casos que as pessoas ocupantes 
das posições anteriores nas cadeias de produção e circulação são substituídas, no dever 
de pagar tributo, por aquelas que ocupam as posições posteriores nessas cadeias. 
 
 
A B C 
Produtor Rural Industria laticinis supermercado 
 
Em relação as operações entre A e B, B sé responsável (substituto tributário). 
Em relação as operações de B e C. B será contribuinte. 
Somente as operações entre A e B ocorre substituição tributária para trás. 
 
“B” – adquire sua matéria-prima de vários fornecedores. A cadeia nesse caso é 
caracterizada pela concentração, pois a cadeia de diversos fornecedores é caracterizada 
pela concentração, pois a produção de diversos fornecedores é concentrada em um 
adquirente único. 
Prof. Alex Barbuda 16 
 
Isso ocorre porque é mais fácil do fisco exigir de “B” do que de todos seus 
fornecedores. Facilitando a vida dos pequenos produtores sem condições de manter 
logisitca contábil-financeira para providenciar o recolhimento do tributo. 
 
Ex: leite cru ( o produtor rural x laticínio); cana de caule (produtor x usina); a 
sucata (sucateiro x indústria); carne de animais (produtor x frigorifico.) sabbag 
 
SUBSTITUIÇÃO PROGRESSIVA: é a antecipação do recolhimento do 
tributo cujo o fato gerador ocorrerá (se ocorrer) em um momento posterior, comlastro 
em base de calculo presumida. 
Pessoas ocupantes das posições posteriores das cadeias de produção e circulação 
são substituídas, no dever de pagar o tributo, por aquelas que ocupam as posições 
anteriores nessas mesmas cadeias. 
 
A B C D 
Refinaria Distribuidores Postos Consumidores 
 
Todo Tributo é pago de uma só vez por A, sendo calculado sobre o valor pelo 
qual se presume que a mercadoria será vendida ao consumidor 
 
Veículos novos, ao deixarem a indústria em direção às concessionárias (o ICMS 
já é recolhido antes da ocorrência do fato gerador, presumivelmente, nascerá em 
momento ulterior, com a venda do bem na loja; ainda,ocorre geralmente com cigarros, 
bebidas, refrigerantes) 
Previsão constitucional (art. 150, § 7º, da CF.) 
 
4.4 RESPONSABILIDADE DE DEVEDORES SOLIDÁRIOS - 
SOLIDARIEDADE TRIBUTÁRIA 
 
Previsão legal art. 124 e 125 do CTN. 
A solidariedade se dá quando cada um dos devedores respondem pelo todo 
perante a obrigação tributária correspondente. 
Prof. Alex Barbuda 17 
 
 
� SOLIDARIEDADE PODE SER NATURAL: ocorre entre pessoas que 
tem interesse comum na situação que constitua o fato gerador da 
obrigação tributária principal. 
Ex: imóvel urbano pertencente a um casal, em que ambos os cônjuges são 
proprietários do bem. Estes se encontram naturalmente e solidariamente obrigados ao 
pagamento do IPTU 
 
� SOLIDARIEDADE LEGAL: ocorre sob determinação da lei, que 
designa expressamente as pessoas que deverão responder solidariamente 
pela obrigação tributária: Ex. encerramento de sociedade de pessoas, os 
sócios são solidariamente responsáveis, consoante o art. 134, VII, do 
CTN. 
 
A obrigação solidária não comporta benefício de ordem. Parágrafo único 
art. 124 CTN. 
 
� EFEITOS DA SOLIDARIEDADE 
 
 Art. 125. CTN 
 
a) Pagamento de um estende-se aos demais codevedores 
b) A isenção ou remissão, se não outorgadas pessoalmente, estende-se aos 
coobrigados 
 
Ex. João, José, e Pedro são coproprietários de uma área urbana ribeirinham 
devendo-se, assim, pagarem IPTU no valor de R$300,00. Caso haja isenção pessoal, 
para João, os demais continuarão co-devedores solidários. 
 
 
c) A interrupção da prescrição também se estende a toso, em benefício ou 
prejuízo 
CONSIDERANDO QUE DOIS SÓCIOS SEJAM PROPRIETÁRIOS DE 
CERTO IMÓVEL COMERCIAL, NA PROPORÇÃO DE 50% PARA CADA UM, E 
QUE ESTEJAM EM DÉBITO QUANTO AO PAGAMENTO DO IPTU, NO 
Prof. Alex Barbuda 18 
 
TOCANTE AO INSTITUTO DA SOLIDARIEDADE TRIBUTÁRIA, DIZ-SE QUE A 
INTERRUPÇÃO DA PRESCRIÇÃO CONTRA UM DOS SÓCIOS FAVORECE O 
OUTRO. 
 
4.5 - RESPONSABILIDADE DE DEVEDORES SUCESSORES 
 
Está disciplinada nos art. 129 a 133 do CTN. 
Aqui a obrigação se transfere para outro devedor em virtude do 
“desaparecimento” do devedor original. Esse desaparecimento pode ser. Ex: por morte 
do primeiro devedor, recaindo ônus sobre os herdeiros, ou por venda do imóvel ou 
estabelecimento, incidindo o importe tributário sobre o comprador. 
Falando em Responsabilidade por sucessão podemos dividir em: 
 
I -Transferência causa mortis: a transmissão do ônus ocorre para os herdeiros, 
havendo sua responsabilidade pessoal (Art. 131, II e III) 
 
II Transferência inter vivos: a obrigação transfere para o adquirente em quatro 
hipóteses: 
a) Transmissão de imóveis 
b) Transmissão de bens moveis 
c) Transmissão de estabelecimento comercial 
d) Transmissão decorrente de fusão, incoporação, transformação ou cisão. 
 
 
� ATENÇÃO ART. 129 CTN: 
 
Por esse artigo entende-se que o sucessor assume todos os débitos tributários do 
sucedido, relativos a fatos geradores ocorridos antes da data do ato ou fato que 
demarcou a sucessão. 
Pode resumir o comando dizendo que todas as obrigações tributárias porventura 
existentes à época da sucessão se transferem ao sucessor, independente de ter havido 
lançamento ou não. 
Prof. Alex Barbuda 19 
 
 
APLICA-SE AO ANTES, DURANTE E DEPOIS. 
 
� 1º TRANSMISSÃO DE IMÓVEIS: 
 
Art. 130 CTN. 
Referido dispositivo refere-se aos tributos incidentes sobre bem imóvel – 
impostos (IPTU e ITR), taxas de serviço (taxas de lixo, de água, de esgotos), 
contribuições de melhorias (ex:contribuições exigidas em caso de asfalto, passam a ser 
exigíveis do adquirente do bem). 
Observa-se que não foram incluídos os impostos sobre transmissão de imóveis, 
isto é, ITBI e o ITCMD: Eduado Sabbag entende que deve prevalecer uma interpretação 
extensiva. Pela transmissão também ocorrer em bem móveis. Assim referida regra 
também aplica-se a esses impostos. 
 
Independente das condições o sujeito passivo passa ser o novo proprietário, no 
lugar do alienante, independente de condições qualquer, se tornando responsável 
pessoal por sucessão. 
Não é caso de responsabilidade subsidiária, ou solidária. 
Por isso deve exigir todos os documentos necessários quando da lavratura de 
uma escritura pública, para comprovar o recolhimento dos tributos devidos. 
Referida regra, entretanto, comporta duas Exceções: 
 
a) Quando constar na escritura de transmissão de propriedade a 
menção à certidão negativa expedida pela Fazenda – Na própria escritura irá atestar 
a inexistência de débitos contra certa pessoa ou relação a certo bem imóvel. É desse 
modo a única forma de o adquirente eximir-se da responsabilidade. 
 
b) Quando o imóvel for adquirido em hasta pública: 
É o leilão de bens penhorados, realizado pelo poder público, por meio de 
leiloeiro público, para satisfação da dívida, principalmente em ações de execução. Os 
débitos existentes devem ser quitados com o produto da arrematação. 
 
Assim no caso de arrematação em hasta pública, a sub-rogação ocorre 
sobre o respectivo preço. 
Prof. Alex Barbuda 20 
 
 
EXEMPLO: Imóvel arrematado por R$ 100.000,00, há uma dívida de R$ 
20.000,00. O restante receberá quem de direito. 
Entretanto, se a dívida tributária é R$ 110.000,00, o fisco não poderá exigir 
do Adquirente os 10.000,00 que faltaram, pois houve sub-rogação sobre o 
respectivo preço. 
 
� 2ª hipótese: TRANSMISSÃO DE BENS MÓVEIS: 131, I 
Essa hipótese, trata-se dos devedores sucessores que adquirem bens (móveis), 
Art. 131, I (inter vivos), 
O art. 131 trata de hipótese e responsabilidade pessoal – e exclusiva-, afastando 
a responsabilidade dos devedores originais. Esses não responderão supletiva ou 
solidariamente, já que o sucedido desapareceu ou não tem relevância. 
 
 
Observa-se que o comando menciona aquisição de bens, sem especificar a quais 
se refere. Eduardo Sabbag entende que esse dispositivo deve ser interpretado com 
cautela, tratando apenas dos bens móveis, já que os imóveis o art. 130 tratou. 
Assim, em regra, o adquirente assumirá a responsabilidade pelas dívidas 
anteriores à aquisição. 
O remitente responde pessoalmente pelos tributos relativos aos bens remidos. 
 
Importante: 
Remição: significa aqui resgate do bem penhorado. 
Remissão: perdão. 
 
ATENÇÃO:não há previsão de hipóteses de exceção à responsabilização (posse 
de certidão ou aquisição em hasta público). Entretanto, alguns doutrinadores estão 
realizando interpretação analógica, e não literal, aplicando as exceções previstas nos 
imóveis também em relação ao móveis 
 
 
Prof. Alex Barbuda 21 
 
� 3ª TRANSMISSÃOCAUSA MORTIS 
ART 131 INC. II E III 
Trata-se quando a transmissão de bens em virtude de morte do proprietário 
contribuinte: 
A distribuição dos incisos não é didática, deve se interpretar da seguinte forma: 
A responsabilidade dos tributos devidos recai, em primeiro lugar, sobre o 
espólio; e somente após a partilha,recairá sobre os herdeiros. Deve-se inverter a leitura. 
A pessoa quando falece pode deixar dívidas tributárias para trás para àqueles que 
aqui permaneceram. Fato é que os adquirentes por sucessão recebem não apenas o ativo 
mas também o passivo do falecido. 
Com a prolação da sentença de partilha, definem-se os sucessores (herdeiros e 
legatários) e o cônjuge meeiro, diante da dissolução do espólio. 
Após isso, é possível que ainda restem dívidas surgidas até a data da partilha, 
surgidas na época em que o de cujos era vivo ou durante o curso do inventário, e que 
permaneçam até então desconhecidas. A exigência recairá sobre os sucessores, no limite 
dos quinhões. (após partilha). 
Assim, de acordo com o CTN são pessoalmente responsáveis: o sucessor a 
qualquer título e o cônjuge meeiro, pelo tributos devidos pelo de cujos até a data da 
partilha ou adjudicação, limitada esta responsabilidade ao montante do quinhão, legado 
ou meação. 
Ver ART. 192 CTN. 
Importante observar que o espolio e herdeiros somente respondem pelo 
tributo e não em relação a multas impostas ao falecido. Posição STF 
STJ entende que essas a responsabilidade também pelas multas. 
 
� 4º-SUCESSÃO EMPRESARIAL TRANSMISSÃO DE FUSÃO, 
TRANSFORMAÇÃO, INCOPORAÇÃO E CISÃO. Art.132 
 
O raciocínio é o desaparecimento de uma entidade implicará a responsabilidade 
daquelas que lhe sucedem.Responde inclusive por multa. Trata-se de sucessão 
empresarial.A empresa que surgir, vai arcar com os tributos daquela originária. 
 
EXEMPLO. 
Prof. Alex Barbuda 22 
 
Fusão. incorporação 
Antarctica e Brahama – AMBEV 
Transformação. S.A para LTDA 
 
No caso de cisãonão é disciplinado a matéria no CTN, mas válida. (Lei 6.404/76-art. 
233. Responsabilidade solidária de todos os adquiram parcela do patrimonio. 
 
PARAGRAFO ÚNICO do art. 132 
 
- Casos de extinção da sociedade - somente existirá responsabilidade se o sócio 
remanescente ou seu espólio continuar MESMA ATIVIDADE. 
Mesmo que o sócio atue sem regular constituição, haverá tributação e 
responsabilidade- evitar fraudes. 
 
� 5º TRANSMISSÃO DE ESTABELECIMENTO COMERCIAL – art. 133 
 
Dispõe acerca da responsabilidade por sucessão comercial, projetando-se o ônus 
para o adquirente, independente de quaisquer condições. 
Importante diferenciar: 
 
� FUNDO DE COMERCIO: conjunto de bens, materiais ou imateriais, 
agregados pelo empresário para a consecução de suas atividades. Ex: 
prateleiras, balcões, máquinas, o ponto, a clientela, a marca. 
 
� ESTABELECIMENTO: É a unidade física autônoma, na qual uma 
pessoa física ou jurídica realiza suas atividades comerciais: 
 
Aqui com a transferência seo adquirente continuar a respectiva exploração do 
empreendimento, beneficiando-se da estrutura organizacional anterior com a absorção 
da unidade econômica e da clientela do alienante, será possível a sua responsabilização 
Prof. Alex Barbuda 23 
 
pelos tributos devidos pelo sucedido até a data do ato translativo, ainda que não tinha 
qualquer participação nos fatos geradores. 
 
� A RESPONSABILIDADE DEPENDERÁ DO RUMO A SER 
TOMADOPELO ADQUIRENTE. 
Se antes existia uma loja de eletrodomésticos, e posterior abre-se uma oficina, 
não se fala em responsabilidade - Inc.I e II 
� ESSA RESPONSABILIDADE PODE SER: INTEGRAL OU 
SUBSIDIÁRIA 
 
INTEGRAL: se o alienante cessar a exploração, não retomando qualquer 
atividade no período de seis meses a contar da alienação, a responsabilidade será do 
adquirente. Aqui, grande parte da doutrina entende que a responsabilidade é solidaria 
com o alienante e não exclusiva do adquirente. 
 
SUBSIDIÁRIA: Se o alienante não tiver cessado a exploração comercial ou, 
interrompendo-a, tiver retomado as atividades em 06 meses a contar da alienação. 
Nesse caso a responsabilidade será subsidiária do adquirente sucessor. Benefício de 
ordem. 
 
� PONTOS IMPORTANTES DESSE REGRA. 
 
 
Como saber se o alienante cessou a exploração do comércio industria ou 
atividade ou se apenas ocorreu a suspensão temporária? O legislador optou por 
estabelecer um prazo. SEIS MESES. Se o alienante iniciar atividade dentro de seis 
meses, estará na mesma condição daquele que continuou a exploração. 
Completados SEIS MESES, no dia subsequente, o alienante estará livre de 
qualquer responsabilidade quanto aos tributos relativos ao fundo de comércio ou 
estabelecimento até a data da alienação. 
 
a)A sujeição passiva do alienante independe da atividade que o mesmo continua 
explorar, mesmo que diversa da anterior. (diferente do parágrafo único do 132.) 
Prof. Alex Barbuda 24 
 
b)a Responsabilidade do adquirente existe apenas no que concerne aos tributos 
relativos ao fundo ou estabelecimento adquirido, e não a todos os tributos devidos pelo 
alienante. (ex. IPTU, ICMS, IPI) 
c) só a resposabilidade se houver efetiva alienação do fundo de comércio. 
 
 
EXCEÇÃO: ALTERAÇÃO LC 118/2005, TRÊS PARÁGRAFOS. 
ANTES NÃO EXISTIA ESSA EXCEÇÃO GERANDO DIFICULDADES 
Adquirente de uma empresa em processo de falência ou recuperação judicial não 
será responsável por tributos devidos anteriormente à aquisição.DESTACA-SE 
INDEPENDENTE DA ATIVIDADE 
Não se aplica: parágrafo segundo. Exceção da Exceção. Evitar fraudes. 
Ex:uma sociedade Evasão Ltda., cujos os sócios sejam A e B, com conjunto de 
pendências tributárias, poderia entrar em processo de recuperação judicial e sair 
alienando filiais isoladas para os familiares A e B, que receberiam as unidades limpas 
de tributos, ficando coma Evasão Ltda. Apenas a parte negativa da equação patrimonial 
Resumo do § 2º . vinculo ou intuito fraudulento. 
Art. 83/84 lei de falências. 11.101/2005. 
 
4.6RESPONSABILIDADE DE TERCEIROS DEVEDORES 
 
Disciplinada nos art. 134 e135 do CTN. 
 
Essa responsabilidade não se prende à transmissão patrimonial, como se pode 
notar na responsabilidade dos sucessores, mas no dever de zelo, legal, ou contratual 
que certas pessoas devem ter com relação ao patrimônio de outrem, geralmente 
pessoas naturais incapazes (menor, tutelado, curatelado) ou entes despidos de 
personalidade jurídica (espolio e massa falida). 
Os terceiros devedores são em geraladministradores ou gestores da vida 
patrimonial de certos contribuintes, razão por que o CTN os responsabiliza em relação 
ao atos praticados sob sua gerência ou supervisão. 
Prof. Alex Barbuda 25 
 
São pessoas que falharam no cumprimento de um dever legal de gestão ou 
vigilância do patrimônio do contribuinte. 
Art. 134 – Responsabilidade por transferência e subsidiária. 
Art. 135- Responsabilidade por substituição e pessoal 
 
A) Responsabilidade de terceiro com atuação regular – art. 134. 
 
Os terceiros possuem algum vinculo com a pessoa que deveria ocupar o polo 
passivo da relação jurídico-tributária na condição de contribuinte. 
Trata-se de responsabilidade subsidiária,uma vez que não de pode cobrar tanto 
de um como de outro devedor, havendo uma ordem de preferência a ser seguida. 
Importante destacar que os contribuintes enumerados no art. São incapazes ou 
despidos de personalidade jurídica, entretanto, possuem capacidade tributária nos 
termos do art. 126 do CTN. 
 
O terceiros somente responderão ocorrendo os dois requisitos abaixo: 
1- Que seja impossível exigir o cumprimento da obrigação tributária principal do 
contribuinte; 
2- Que o responsável indicado tenha colaborado para o não pagamento do tributo, 
mediante ato ou omissão a ele atribuíveis. A atuação do terceiro na 
administração do patrimônio do representado deverá ter relação direta com o 
nascimento da obrigação tributária não cumprida. Imovel locado tem renda, e 
não houve pagamento do IPTU, IPTU em relação ao espólio 
EM CONCURSOS TEM SE MANTIDO A NOMENCLATURADE 
RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA, E NÃO SUBSIDIÁRIA. 
Atenção: 
Inc.V- Administrador judicial – nova terminologia da lei da falências (lei 
11.101/2005) 
Inc. VI – Tabeliões tem que exigir documentação dos impostos, ou serão 
responsáveis. 
 inc. VII, em desuso, pois,não se aplica a sociedade limitada ou anônima. 
Somente nas sociedade de responsabilidade subsidiária e ilimitada 
 
Prof. Alex Barbuda 26 
 
O parágrafo único do art. 134, trata expressamente sobre aplicação de 
multas.Aplicando as multas moratórias, ou seja, apenas aquelas que decorrem do 
descumprimentoda obrigação principal. 
Multas por ato ilícito- são excluídas. 
 
 
B) Responsabilidade de terceiro por atuação irregular. Art. 135 CTN 
Responsabiliza-se pessoalmente e imediatamente. Quando o responsável atua de 
maneira irregular, violando a lei, contrato, ou estatuto. Acontece quando há: 
1-Excesso de poderes Ex: diretor de uma sociedade que adquire um bem 
imóvel, sabendo-se, que, pelo Estatuto social, estava impedido de fazê-lo sem a 
anuência de todos os sócios.. A dívida do ITBI será dele exclusivamente/pessoalmente. 
2-Infração a lei, contrato ou estatutos:Mero inadimplemento não gera a 
responsabilização pessoal. 
Súmula 430 do STJ: O inadimplemento da obrigação tributária pela sociedade 
não gera, por si só, a responsabilidade solidária do sócio-gerente. 
Súmula 435 do STJ: Presume-se dissolvida irregularmente a empresa que deixar 
de funcionar no seu domicilio fiscal, sem comunicação ao órgãos competentes, 
legitimando o redirecionamento da execução fiscal para o sócio-gerente. 
Exemplos 
a) Empregador que desconta IRPF ou contribuição previdenciária e não os 
recolhe ao Erário. 
b) Dissolução irregular da sociedade, deixando débitos tributários pendentes 
e nenhum patrimônio para garantir seu pagamento. 
 
Trata-se de comando afeto a responsabilidade pessoal e exclusiva (não 
solidaria), das pessoas discriminadas nos inc. I, II e III – mandatários, prepostos, 
empregados, diretores ou gerentes - , além daquelas constantes dos artigo antecedente, 
quando agirem na relação jurídico-tributária, com excesso de poderes ou infração a lei. 
Em geral, o contribuinte é vítima de atos abusivos, ilegais ou não autorizados, 
cometidos por aqueles que o representam, razão pela qual se procura responsabilizar 
pessoalmente tais representantes, ficando o contribuinte, em principio afastado da 
relação obrigacional. 
 
Prof. Alex Barbuda 27 
 
1. Pais 
2. Os tutores e curadores 
3. Os administradores de bens de terceiros 
4. O inventariante 
5. O sindico e o comissário (administrador judicial) 
6. Os tabeliões,escrivãese demais serventuários de ofício 
7. Os sócios (liquidaçãode sociedade de pessoas) 
8. Os mandatários, prepostos e empregados, 
9. Os diretores, gerentes ou representantes de pessoas jurídicas de direito 
privado. (Atenção- não basta ser sócio – tem que ser diretor ou administrador.) 
 
Nesse caso, a responsabilidade é pessoal e imediata, plena e exclusiva do 
terceiro. 
Essas pessoas tem o oneroso ônus de uma abrangente responsabilização: 
tributos, juros e todas a multas porventura devidas pelo passivo original. (não apenas de 
caráter moratório). 
Em se tratando de sociedade, vai recai sobre aqueles que exerciam o poder de 
administração no momento da ocorrência do fato gerador. 
 
QUADRO MNEMÔNICO 
Art. 134 do CTN Art. 135 do CTN 
Responsabilidade subsidiária Responsabilidade pessoal 
Depende da insolvência do 
contribuinte 
Não depende da insolvência do 
contribuinte 
Responsabilidade por 
Transferência 
Responsabilidade por substituição 
O responsável incorre em omissão, 
ausente o excesso de poder e a infração da 
lei 
O responsável age com excesso de 
poder ou infração de lei, contrato ou 
estatutos. 
 
 
Importante observar que existe ainda uma responsabilidade pessoal, além das 
elencadas no art. 135 do CTN: 
A responsabilização do funcionário público emissor de certidão negativa 
fraudulenta. Art. 208 CTN. Responde criminalmente, na seara funcional e criminal 
 
 
Prof. Alex Barbuda 28 
 
4.7-RESPONSABILIDADE POR INFRAÇÕES. 
 
Trata-se de ilícitos tributários. É a responsabilidade por multas aplicáveis em um 
liame-jurídico tributário. Refere-se a sujeição de alguém à consequências dos seus atos 
praticados ou responsabilidade pelo pagamento de multas, quando se descumpre uma 
obrigação principal. 
Dividi-se em dois subtópicos: Responsabilidade Objetiva e Pessoal. 
 
 
a) Responsabilidade objetiva: Conceito. Art. 136 CTN. 
 
A responsabilidade por infrações no Direito Tributário, relativamente ao 
descumprimento de obrigações tributárias principais e acessórias, traduz-
se,normalmente, em penas pecuniárias, sendo consideradas puramente objetivas, não 
sendo necessário verificar a presença de dolo ou culpa. 
 
Interessa somente a prática e autoria da infração (independe da intenção do 
agente) 
 
Exemplos: 
1) Em virtude de dificuldades financeiras momentâneas, se o contribuinte 
vê-se em fase de inadimplência tributária,o descumprimento obrigacional será punível, 
ainda que exista motivo para sua prática 
2) Em razão de entrega extemporânea da Declaração do IRPF, será e 
exigida a multa, ainda que a entrega a destempo seja justificada pelo inadimplemento. 
 
Nada impede que uma Lei ordinária pode levar em conta aspectos 
subjetivos, exigindo a demonstração de culpa ou dolo, no intuito de infringir a 
pena adequada. Sendo a lei omissa, aplica-se a regra geral – a da responsabilidade 
objetiva. 
 
b) Responsabilidade pessoal do agente. Art. 137. 
 
No Direito tributário, como regra, as punições não são aplicadas pessoalmente 
sobre o agente da infração, mas sobre o sujeito passivo da obrigação tributária, principal 
ou acessória, que não foi adimplida. Assim em caso da pessoa jurídica cometer ilícito, a 
Prof. Alex Barbuda 29 
 
multa será aplicada nesta, e não contra o agente, que tenha concretizado, efetivamente, a 
conduta ilícita. 
 
Referido artigo traz algumas exceções que determinam a punição pessoal, do 
agente infrator e não da pessoa jurídica. A pessoa jurídica continua responsável pela 
obrigação principal no âmbito da obrigação tributária correspondente. 
 
1- Infrações tributárias como crimes ou contravenções 
 
Se a infração é tão grave a ponto de ser tipificada como crime ou contravenção, 
afasta-se a responsabilização da pessoa jurídica, atingindo-se as pessoas físicas dos 
dirigentes, até mesmo com aplicação de pena privativa de liberdade. 
Na maioria das vezes os crimes tributários também são infrações fiscais. 
Essa regra somente não se aplica: 
a) A prova, pelo agente, de que teria agido no regular exercício da 
administração. – mero portador da vontade da empresa. 
b) A prova, pelo agente, de que teria cumprido ordem expressa por quem de 
direito - 
 
2- Infrações tributárias com dolo específico.(elementar) 
 
Referido inciso vale apenas para infrações administrativas. Em regra, a 
legislação tributária não traz o elemento subjetivo (dolo ou cupa), ou até mesmo dolo 
específico (o fim especial almejado pelo agente na prática da infração. EX: extravio de 
documento fiscal, com o fim de ocultar do fisco uma situação tributável. 
Assim, sempre que a formação da infração depender de um intuito especial do 
agente na prática do ilícito, ter-se-à como elementar o dolo específico, e a punição será 
pessoal. 
 
3- Infrações que decorram de dolo específico. 
Infração cometida pelos gestores de interesses dos representados na deliberada 
intenção de prejudica-los, com isso, colherem vantagem indevida. 
O Comando tem a finalidade de punir aquele que atua no sentido de prejudicar 
pessoas cujos interesses deveria defender: Ex:um diretor de empresa que pratica ato 
Prof. Alex Barbuda 30 
 
ilícito contrário ao fisco e à pessoa jurídica para a qual trabalha poderá ser 
responsabilizado pelos tributos devidos pela sociedade (art. 135, III), sendo 
responsabilizado pessoalmente pelas multas correspondentes. 
 
 
4.8.DENÚNCIA ESPONTÂNEA 
 
Referido instituto permite que o devedor compareça à repartição fiscal, a fim de 
noticiar a ocorrência da infração e pagar os tributos em atraso, se existirem, em um 
voluntario saneamento da falta. 
 
Objetiva retirardo contribuinte da indesejada via da impontualidade, afastando a 
aplicação de MULTA. Não se veda a cobrança dos “juros” e da “correção monetária”. 
 
A DENÚNCIA ESPONTÂNEA EXCLUI QUAL MULTA: MORATÓRIA OU 
PUNITIVA? A doutrina preconiza a exclusão de toda e qualquer penalidade sobre 
irregularidades autodenunciada. 
 
ART. 155-A inserido LC n . 104/2001- o pedido de parcelamento não 
caracteriza denúncia espontânea. 
Importante ainda observar que a exclusão da responsabilidade dar-se-á quando o 
contribuinte levar a conhecimento do fisco, antes de qualquer procedimento fiscal 
iniciado, a ocorrência da infração, e se for o caso, o pagamento de eventual tributo 
devido. 
De acordo com o STJ, não se aplica o art. 138 do CTN à obrigações acessórias. 
Ex: 
i)O atraso na entrega da DCTF- Declaração Centralizada de Tributos Federais 
ii)A falta de regularização dos livros comerciais, entre outros descumprimentos 
de deveres instrumentais do contribuinte. 
Também de acordo com STJ e doutrina Não se aplica denuncia espontânea nos 
tributos lançados por homologação. 
Prof. Alex Barbuda 31 
 
É pressuposto essencial da denúncia espontânea o total desconhecimento do 
fisco quanto à existência do tributo denunciado. Assim, ao apresentar a declaração ao 
fisco, formaliza-se, para o STJ, a existência do crédito tributário. 
Súmula 360 do STJ. 
O benefício da denúncia espontânea não se aplica aos tributos sujeitos a 
lançamento por homologação regularmente declarados, mas pagos a destempo. 
 
Por fim, realizando a denúncia espontânea, afasta-se qualquer punição, 
excluindo a punibilidade das infrações na seara criminal. 
 
5.CREDITO TRIBUTÁRIO: 
 
HI + FG= OT + lançamento=Crédito tributário 
 
Representa o momento de exigibilidade da relação jurídica-tributária. 
 
5.1.CONSTITUIÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO: 
 
Seu nascimento ocorre com o lançamento tributário (art. 142 do CTN). Trata-se 
de um procedimento administrativo(um auto-infração por exemplo). Assim o 
lançamento é o instrumento que confere exigibilidade a obrigação tributária, 
quantificando-a e qualificando-a. Até então a obrigação era ilíquida e inexigível, mas 
por meio do lançamento, torna-se exigível, e surge o crédito tributário. 
Assim crédito tributário é a obrigação tributária tornada liquida e certa por 
intermédio do lançamento. Para haver lançamento, e crédito tributário, - tem que antes 
existir fato gerador, e portanto, obrigação tributária. 
Nesse sentido, o crédito tributário não surge com o fato gerador, ele 
somente é constituído pelo lançamento. 
 
Art. 139 CTN. O Fato gerador apenas constitui a obrigação tributária da 
qual decorrerá o crédito tributário. 
Prof. Alex Barbuda 32 
 
Com o crédito tributário o sujeito ativo fica habilitado a exercitar o ato de 
cobrança, quer administrativa, que judicial. 
Art. 141- ato vinculado e obrigatório. Não havendo discricionariedade, ou seja, 
a exigibilidade de um crédito tributário, uma vez constituído só pode ser suspensa ou 
excluída nos casos previstos em lei. Trata-se da aplicação dos princípios 
constitucionais do direito Administrativo. Moralidade, Legalidade, e 
indisponibilidade dos bens e receitas do Estado por parte de seus agentes. 
 
5.1 LANÇAMENTO 
 
A) CONCEITO. 
 
Art. 142 do CTN. e Art. 3º C.T.N. 
 
1- Verifica a ocorrência do fato gerador: 
2- Determinar a matéria tributável: ater-se ao elemento nuclear do tributo 
exigível. 
3- Calcula o montante do tributo devido: permite a aferição do quanto devido 
4- Identifica o sujeito passivo: o lançamento tem o condão de demarcar, 
concretamente, a sujeição passiva. 
5- Propõe, se for o caso da penalidade cabível: é o veiculo hábil das sanções 
cobradas. 
 
Ato declaratório e ato constitutivo? Há divergência doutrinária sobre o assunto, 
sendo que a maioria da doutrina sustenta que se trata de um ato tanto declaratório, 
quanto constitutivo, pois, declara a ocorrência do fato gerador e constitui o crédito 
tributário 
 
B) MODALIDADES DE LANÇAMENTO. 
 
O lançamento é ato ou procedimento privativo do fisco. O que pode ocorrer, em 
seu processamento, é um auxilio maior ou menor do contribuinte no ato de constituição 
do crédito tributário. 
 
Prof. Alex Barbuda 33 
 
a) Lançamento direito, de ofício ou ex ofício 
b) Lançamento misto ou por declaração 
c) Por homologação ou autolançamento 
 
 
 
a) LANÇAMENTO DIRETO, DE OFÍCIO OU EX OFÍCIO 
 
É aquele que o fisco por meio da autoridade administrativa, dispondo de dados 
suficientes em seus registros para efetuar a cobrança do tributo, realiza-o, dispensando o 
auxilio do contribuinte: 
 
Art. 149, I CTN. 
 
São exemplos: IPTU: é o exemplo clássico de lançamento direito. Questão 
reiterada em concurso. 
Taxas: 
Contribuição de melhoria: 
Contribuições corporativas (conselhos profissionais) 
Contribuição para o serviço de iluminação pública. 
 
b) LANÇAMENTO MISTO OU POR DECLARAÇÃO: 
 
É aquele realizado com base na declaração do sujeito passivo, que presta a 
autoridade lançadora as informações necessárias à sua confecção. Art. 147 CTN. 
É a ação conjugada entre o Fisco e o contribuinte, cabendo a este a prestação 
de informações faltantes, e àquele, a feitura do lançamento propriamente dito. 
O lançamento por declaração, a constituição do crédito tributário ocorre a partir 
das informações prestadas pelo devedor quanto ao fato gerador. Geralmente 
informação sobre a matéria de fato. 
 
Prof. Alex Barbuda 34 
 
EX: imposto de importação, imposto de exportação, e o ITBI. 
 
b.1 RETIFICAÇÃO DA DECLARAÇÃO 
Prestada a declaração o contribuinte pode retificar a esta, visando reduzir ou 
excluir tributo, e só será possível obedecendo dois requisitos: 
 
a) Mediante comprovação do erro em que se funde 
b) Antes de notificação por lançamento (Art. 147 § 1º) 
 
Caso pretenda retificar a declaração para aumentar o tributo, poderá faze-lo após 
a notificação. Dará ensejo a um lançamento suplementar. (Art. 149, VIII CTN). 
 
 
c)LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO: 
 
É aquele em que o contribuinte auxilia ostensivamente o Fisco na atividade do 
lançamento, recolhendo o tributo, antes de qualquer providência da Administração, com 
base no montante que ele próprio mensura. Art. 150 CTN. 
A partir dessa providência antecipatória de pagamento, cabe a entidade 
impositora, proceder à conferência da exatidão do volume recolhido, homologando, 
expressa ou tacitamente, o procedimento adotado. 
Diferencia-se, do lançamento por declaração, que a iniciativa é apenas a 
prestação de informação, já nesta, tem cunho pecuniário. 
A não homologação do lançamento resolve os efeitos do ato (extinção do crédito 
tributário). 
Se o pagamento antecipado for menor que o devido, será efetuado um 
lançamento de ofício da diferença, levando em conta o valor já recolhido, e será 
aplicado o percentual da multa, incidente sobre o saldo, consoante o § 3º do art. 
150 do CTN. 
 
c.1 Homologação/conferência 
 
Prof. Alex Barbuda 35 
 
A homologação/conferência da Administração pode ocorrer de duas formas: de 
modo expresso, conforme previsto na parte finaldo caput do art. 150, ou de modo 
tácito, consoante o dispositivo no § 4º do mesmo artigo, ou seja, tacitamente, é quanto a 
administração não manifestar no transcurso de 05 anos a contar da ocorrência do fato 
gerador, extingue o crédito tributário. ARt. 15, VII 
 
Esse está presente na maior parte dos Tributos são EXEMPLOS: ICMS, ISS, IPI, 
ITCMD, 
 – se haver fiscalização, o lançamento será de ofício. 
I.R : o contribuinte informa os rendimentos e as fontes pagadoras, e as 
enquadra como isentas, tributáveis, ou sujeitas a tributação exclusiva. 
Contribuinte discrimina a matéria de fato, e afere as dedutivas ou não dedutivas 
matéria de direito. (Prova da OAB de 2006 da CESPE considerou como 
homologação. ) 
PIS E CONFINS: prova OAB 2007 
Empréstimo compulsório: STF. 
 
 
C) ANALISE DA TÉCNICA DO ARBITRAMENTO. 
 
 
O art. 148 do CTN trata da hipótese do arbitramento, ou fiscalização indireta ou 
aferição indireta, significando a adoção, por parte da autoridade lançadora, de 
sistemática determinante do tributo (BASE DE CÁLCULO) que dependa da aferição 
do valor ou preço de bens, de serviços, de direitos ou de certos atos jurídicos. 
(Técnica de definição de base de cálculo.) 
Arbitramento não é uma quarta espécie de lançamento, mas um 
CRITÉRIO SUBSTITUTIVO ou uma técnica de tributação indiciária. 
O arbitramento é EFETUADO ANTES DO LANÇAMENTO, permitindo que 
a autoridade administrativa desconsidere os valores declarados pelo sujeito passivo e, 
razão da: 
 
1- Inidoneidade- documentos destoantes da realidade fática 
Prof. Alex Barbuda 36 
 
2- Omissão documentais- total ausência ou insuficiência de elementos 
comprobatórios de operações deflagradoras do tributo. 
 
O calculo do tributo toma por base valores que são declarados pelo sujeito 
passivo e este se omite na sua obrigação ou cumpre informando valores fora da 
realidade 
 
 
O FISCO adota para o bem (serviço, direto ou ato) um valor de BASE 
CÁLCULO COMPATÍVEL COM A PRÁTICA DO MERCADO ou com os 
indicadores hauridos de pesquisas e estatísticas, em total prestigio a verdade real. 
O arbitramento é uma presunção relativa, e resguardado estão o 
contraditório e ampla defesa , nas esferas administrativa e judicial. 
O arbitramento tem sido comum (EXEMPLOS): 
- No ITBI: quando se declara um valor para o imóvel alienado bem inferior 
ao de mercado. 
- Pautas fiscais 
- No âmbito do IR: quando a escrituração contábil não se presta a verificação do 
lucro real. Regulamento interno 399 a 404. 
Ver ainda: Súmula 8 STF e 431 STJ 
 
D) REVISÃO DE LANÇAMENTO. 
 
Até a notificação, pode alterar livremente o lançamento, entretanto, após a 
notificação somente é possível nos casos expressos do CTN. 
 
• REGRA IRREVISIBILIDADE DO LANÇAMENTO. 
 
Após a realização do lançamento, a autoridade administrativa precisa comunica-
lo oficialmente ao sujeito passivo, para que esse possa pagar o montante do crédito 
constituído ou, em caso de discordância, proceder a respectiva impugnação.(Art. 145 
CTN). 
Prof. Alex Barbuda 37 
 
Com a comunicação o lançamento presume-se definitivo. A regra passa ser que 
o mesmo não será alterado. 
Entretanto, o CTN, no seu artigo 145, traz as hipóteses excepcionais em que o 
lançamento regularmente notificado ao sujeito passivo pode ser alterado: São elas: 
impugnação do sujeito passivo, o recurso de ofício e a iniciativa de ofício da autoridade 
administrativa. 
 
A) Impugnação do sujeito passivo: Caso o sujeito passivo não concorde com 
o lançamento efetuado pela autoridade fiscal, deve manifestar sua 
insatisfação por meio da impugnação.(delegacia da Receita federal. 
Acontece que essa reforma pode ser até para pior. Previsão ART. 14 A 17 e 
Art. 18 § 3º do Decreto 70.235/1972 
B) Recurso de ofício e recurso voluntário: corresponde ao recurso necessário. 
Se o contribuinte fez a impugnação e a autoridade julgadora do processo 
administrativo concorda total ou parcialmente, o processo necessariamente 
será remetido a 2ª instância tributário (ao Conselho tributário). Art. 34, I e II 
do DL n. 70235/72 
C) Iniciativa de ofício da autoridade administrativa: um dos princípios a ser 
observado na atividade administrativa é o da autotutela, corolário do 
princípio da legalidade. Assim a administração deve tomar providencias para 
corrigir os atos que contrarie a lei, anulando-os ou corrigindo-lhes os vícios. 
Art. 149. Vícios de fato e art. 147 § 2º 
 
 
• ERRO DE DIREITO E ERRO DE FATO: POSSIBILIDADE DE ALTERAÇÃO 
DO LANÇAMENTO. 
 
• ERRO DE DIREITO: ERRO DE INTEPRETAÇÃO, ALGUMAS 
NORMAS DEIXAM DÚVIDAS SOBRE CRÍTERIO DE 
INTERPRETAÇÃO.Após a realização do lançamento, se porventura, a 
Administração mudar o critério de interpretação da norma jurídica, é 
vedado, a alteração do lançamento. O contribuinte confiou que está 
agindo certo. Agora, se não houve ainda o lançamento, então, pode 
aplicar essa mudança de interpretação. 
 
 
 
Prof. Alex Barbuda 38 
 
 
5.2 SUSPENSÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO 
 
Após a constituição do crédito tributário pelo lançamento, torna-se liquida e 
exigível a obrigação tributária, determinando que o sujeito passivo cumpra a obrigação, 
sob pena da Administração tributária utilizar os meios executivos para recebimento 
judicial do importe tributário correspondente. 
Entretanto, há situações que suspendem as medidas de cobrança intentáveis pelo 
fisco. Esses casos são previstos no art. 151 do CTN, compondo um rol exaustivo 
A doutrina dominante entende que a ocorrência de uma causa de suspensão não 
impede o lançamento, a constituição do crédito tributário. 
Por exemplo, uma concessão de liminar em mandado de segurança, não impede 
a realização de do lançamento. 
ROL EXAUSTIVO: Art. 141 do CTN, e art. 111, I do CTN. 
A suspensão do crédito tributário não implica a suspensão das obrigações 
acessórias. § 1ª art. 151 CTN 
Reserva Legal- Art. 97 CTN. 
 
DICA: Para fixar as causas de suspensão previstas no art. 151, usa-se a 
expressão: MODERECOPA. 
 
 
A) MORATÓRIA: 
 
A moratória é regulada de modo expresso nos art. 152 a 155 do CTN. 
 
CONCEITO: a moratória é uma dilatação legal de pagamento de tributos, 
submetendo-se, portanto, ao princípio da estrita legalidade. (art. 97, VI do CTN). É um 
acordo entre credor e devedor. 
Segundo Ricardo Lobo “a moratória é o alargamento dos prazos para o 
cumprimento da obrigação tributária” 
Prof. Alex Barbuda 39 
 
 
Moratória em caráter individual (art. 156, II): é aquela concedida por lei 
emanada pela pessoa jurídica de direito público competente para instituir o tributo, 
beneficia pessoas que preencherem determinados requisitos, cujo o direito será 
reconhecido por despacho da autoridade administrativa. 
 
Moratória em caráter geral (art. 152, I) : é aquela concedida por lei emanada 
pela pessoa jurídica de direito público competente para instituir tributo, e protege a 
generalidade dos sujeitos passivos, sem necessidade de despacho da autoridade 
administrativa. Irá beneficiar determinados grupos de contribuinte e independe de 
reconhecimento pela autoridade administrativa. Se divide ainda em: 
 
a) Moratória automática ou autônoma (Art. 152, I, a): aquele concedida 
pelo ente detentor da competência tributária respectiva: Moratória de IPTU 
concedida pelo município, moratória de IPVA concedida pelo Estado 
b) Moratória heterônoma: (art. 152, I, “b”): aquela concedida pela União 
quanto a tributos de competência dos Estados, Distrito Federal e Municípios. 
Trata-se de medida EXCEPCIONAL, caráter extraordinário. É condicionada 
tendo em vista que a União deve conceder, simultânea moratória dos seus 
próprios tributos federais, e de suas obrigações de direito privado. Não há 
notícias que a uniãotenha usado essa alternativa. 
 
 
A moratória pode ser Total ou parcial (§ único do art. 152). 
� Total: quando for concedida para toda base territorial da entidade 
impositora. 
� Parcial: apenas parte do território. 
 
Ex: justifica-se nocaso de calamidade pública, enchentes, e catástrofes que 
dificultem aos contribuintes o pagamento dos tributos. 
 
REQUISITOS: OBRIGATÓRIOS E FACULTATIVOS. Art. 153 do CTN. 
 
• Obrigatórios: art. 153, inc. I e II. Prazo e condições da moratória. 
Prof. Alex Barbuda 40 
 
 
• FACULTATIVOS: INC. III ART. 153: indicação dos tributos a que se refere a 
moratória, ao número de prestações e vencimentos e garantias a serem 
oferecidas. 
 
 
CREDITÓS SUJEITOS A LANÇAMENTO: Art. 154 CTN : EM REGRA - somente 
a créditos já constituídos, a data da lei ou despacho administrativo, ou que pelo menos 
tenha iniciado o lançamento, estão sujeitos a aplicação da moratória. (LANÇADOS E 
EM FASE DE LANÇAMENTO. 
 
ANULAÇÃO DA MORATÓRIA INDIVIDUAL: Art. 155 CTN 
 
Será anulada, se vier a se comprovar a inexistência dos requisitos de legitimação 
ao seu favor (as condições estabelecidas em lei) ou o descumprimento dos requisitos 
para a sua fruição, como acontece com a falta de pagamento das parcelas. Revogada a 
moratória, cobra-se o crédito tributário acrescidos de juros de mora e com a imposição 
de penalidade, nos casos de dolo ou simulação do beneficiário ou de terceiro em 
benefício daquele.Não gera direito adquirido. Irá pagar, juros e multa 
 
B) DEPOSITO DO MONTANTE INTEGRAL: 
 
É um ato voluntário do sujeito passivo da relação tributária que pretenda 
suspender a exigibilidade do crédito tributário e, por isso mesmo, não depende de 
autorização do juiz, nem de qualquer outra autoridade. 
• FINALIDADES (SACHA CALMON) 
a) Forrar o devedor da mora (cautela do contribuinte) em ações declaratórias e 
mandamentais 
b) Bloquear a propositura da execução fiscal 
c) Evitar os efeitos da mora e também bloquear a execução, concomitantemente 
d) Garantir a tranquilidade do juízo para dele obter provimento judicial liminar. 
 
Feito o depósito não se pode cobrar multas e juros, se inexistente no ato do 
lançamento. 
Prof. Alex Barbuda 41 
 
É bastante comum na via judicial, não sendo rotineira na via administrativa. 
Referido deposito compreende: tributo, e eventuais, juros e multa. 
 
� INTEGRALIDADE DO DEPÓSITO: Não é aquele tido como correto pelo 
contribuinte depositante, mas que contempla o importe desejado pelo fisco. Apenas esse 
é considerado integral. 
 
� EM DINHEIRO: Súmula 112 do STJ: o deposito somente suspende a 
exigibilidade do crédito se for integral e em dinheiro. 
 
� PROCEDENCIA OU IMPROCEDENCIA DO LITÍGIO.Ao término do litígio 
se o contribuinte sair vitorioso, ele vai levantar o valor, sendo vedado ao fisco apropriar-
se de tal depósito a pretexto de que existem outras dívidas do contribuinte oriunda de 
outros impostos. STJ.De outro lado, se o fisco for o vencedor, haverá a conversão do 
depósito em renda, destinado definitivamente aos cofres públicos, com a extinção do 
crédito tributário. 
 
� O DEPÓSITO NÃO É PRESSUPOSTO PARA DISCUSSÃO JUDICIAL DO 
DÉBITO. (ART. 38 DA LEF) 
Súmula 247 do TFR: Não constitui pressuposto da ação anulatória do débito fiscal o 
deposito que cuida o art. 38 da lei 6.830/80. 
Súmula vinculante 28: É inconstitucional a exigência de depósito prévio como 
requisito de admissibilidade de ação judicial na qual se pretenda discutir a 
exigibilidade do crédito tributário 
 
C) RECLAMAÇÕES E RECURSOS ADMINISTRATIVOS: 
 
A Reclamação e o recurso administrativo corporificam a possibilidade de 
suspensão do crédito tributário pela via não judicial da litigiosidade. Será via 
administrativa, onde no processo administrativo será assegurado a ampla defesa e o 
contraditório. 
Reclamação: também chamada de impugnação ou defesa, é a petição 
endereçada para as sessões de julgamento, ocupadas por servidores que representam, 
com exclusividade o fisco. 
Recurso: refere-se a petição por meio do qual se possibilita a obtenção de um 
“rejulgamento” da decisão proferida em 1ª instância administrativa, direcionando a 
Prof. Alex Barbuda 42 
 
decisão recorrida para um órgão colegiado. (CARF – Conselho Administrativo de 
Recursos Fiscais). 
 
É o meio muito utilizado, por contadores e Advogados, por ser atraente e 
não exigir custas judiciais e, em muitos casos, por se revelar como primeiro passo, 
antes da via judicial, na discussão dos lançamentos tributários efetivados. 
Assim, enquanto pendente a discussão, quer em grau de recurso, ou impugnação, 
fica o crédito suspenso, permitindo ao contribuinte a obtenção de certidão positiva de 
efeitos negativa, consoante art. 206 do CTN, impedindo também a cobrança judicial. 
Não se pode nem inscrever na dívida ativa. 
 
� OBS: DEPOSITO RECURSAL NA ÓRBITA ADMINISTRATIVA 
 
“SOLVE ET REPETE” (Pague depois reclame) – VEDADO ATUALMENTE. 
 
Em março de 2009 foi editada a súmula 373 do STJ. “é ilegítima a exigência de 
depósito prévio para admissibilidade de recurso administrativo.” 
Súmula vinculante 21. “é inconstitucional a exigência de depósito ou 
arrolamento prévios de dinheiro ou bens para admissibilidade de recurso 
administrativo” . 29.10.2009. 
 
 
D) A CONCESSÃO DE MEDIDAS LIMINARES EM M.S E TUTELA 
ANTECIPADA EM OUTRAS AÇÕES 
 
No M.S temos a previsão legal da liminar no art. 7, inc. III, da lei 12.016/2008. 
Art. 294 e seguintes do CPC. (tutela antecipada) 
Quando um Juiz concede uma liminar, é porque a fumaça do bom direito 
aconselha a sua cautela e também porque a demora na resposta jurisdicionalmente ao 
ser dada ao cabo do processo, pode torna-la inócua. 
Enquanto perdurar a liminar, ficam as autoridades impedidas de exigir o crédito 
já constituído ou de exigir pagamentos ancorados na lei ou no ato normativo guerreado. 
Prof. Alex Barbuda 43 
 
Se denegado a ação, cassa-se a limitar, com todos os consectários legais. 
Inclusive, juros, correção monetária e penalidades. 
 
� VEDAÇÃO DE ORDEM PARA LANÇAMENTO: Ainda com a concessão da 
liminar ou tutela, é vedado a expedição de ordem objetivando impedir a 
autoridade fiscal de promover o lançamento tributário. 
� Não é necessário que exista crédito para que ação seja ajuizada. 
� Não cabe M.S contra lei em tese. 266 STF. 
 
E) PARCELAMENTO. 
 
Parcelamento consiste numa medida de política fiscal com a qual o Estado 
procura recuperar créditos e criar condições práticas para que os contribuintes que se 
colocaram numa situação de inadimplência tenham a possibilidade de voltar para 
regularidade, usufruindo dos benefícios daí decorrentes. 
Caracteriza-se por um comportamento comissivo do contribuinte, que se 
predispõe a carrear recursos para o fisco, mas não de uma vez, o que conduz tão 
somente a suspensão da exigibilidade do crédito tributário, e não a sua extinção. 
Em regra, o deferimento do pedido do parcelamento é ato discricionário da 
autoridade tributária, só surgindo o direito liquido e certo, se após deferido, 
houver resistência da instância inferior. 
Com o parcelamento é possível a obtenção de CERTIDÃO POSITIVA COM 
EFEITOS NEGATIVOS. Art. 206 CTN. 
Muitos doutrinadores falam que o parcelamento é uma modalidade de moratória, 
sendo inútil a sua inserção no CTN. 
A maioria da doutrina, sustenta, que com a inclusão do art. 155-A pela lei 
104/2001, no CTN, os institutos se aproximam, mas tem sua própria autonomia. 
O Parcelamento, salvo disposição em contrário, não exclui a incidência de 
juros e multa 
 
� Aplica-se subsidiariamente as disposições relativa à moratória no instituto do 
parcelamento. 
� Lei geral- parcelamento dos créditos tributários federais: 10.522/2002� PARCELAMENTO COM CLÁUSULA DE RENÚNCIA: 
Prof. Alex Barbuda 44 
 
A doutrina, sustenta ser inconstitucional a cláusula constante no termo de 
parcelamento que determine a renúncia, expressamente, à discussão judicial dos débitos 
tributários, uma vez que é inafastável o princípio da universalidade da jurisdição, 
previsto no art. 5º, inc. XXXIV, da C.F 
 
� CRIMES CONTRA ORDEM TRIBUTÁRIA- 
A concessão de parcelamento impede o encaminhamento ao Ministério Público 
de representação fiscal para fins penais relativas aos crimes contra a ordem tributária 
definidos no art. 1º e 2º da lei 8.137/90. 
 
� PRINCIPAIS DIFERENÇAS ENTRE MORATÓRIA PARCELADA E 
PARCELAMENTO. (RICARDO ALEXANDRE) 
 
1- A lei não contém palavras inúteis ou desnecessárias, e portanto, a inclusão 
expressa do parcelamento como causa de suspensão pela LC 104/2001, já traça 
diferença. 
2- A principal diferença são os pressupostos de fato que ensejam o manejo dos 
institutos. A moratória é medida excepcional, que somente deve ter lugar em 
casos de situações naturais, econômicas ou sociais que dificultem o normal 
adimplemento das obrigações tributárias. Já o parcelamento é corriqueira medida 
de política fiscal, que visa a recuperar créditos e a permitir que os contribuintes 
inadimplentes voltem à situação de regularidade. 
3- Em regra as lei concessivas de moratória, reconhecendo os fatores externos que 
originam as dificuldades dos sujeitos passivos para adimplir, tem permitido que 
o futuro pagamento seja livre de qualquer penalidade pecuniária e até mesmo de 
juros. Ao contrario do parcelamento, que o próprio CTN, não exclui a incidência 
de juros e multas. Claro que a lei concessiva pode estabelecer de maneira 
diversa. 
 
 
5.3 EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO 
 
CONSIDERAÇÕES INICIAIS 
 
Art. 156 do CTN. 
Prof. Alex Barbuda 45 
 
Primeiramente, importante ressaltar que existe certa divergência na doutrina, se 
o rol apresentado no CTN é taxativo ou não. 
A maioria da doutrina entende ser um rol taxativo, com fundamento no art. 141 
do CTN, que define que o crédito tributário só se extingue nos termos expressos do 
CTN. 
A extinção só pode ocorrer no que tange à obrigação principal, pois das 
obrigações acessórias o CTN não tratou, já que sua extinção se opera pela 
implementação das prestações a que elas se referem, sejam positivas ou negativas. 
Assim passaremos ao estudo das hipótese de extinção. 
 
A) PAGAMENTO: 
É a causa mais natural de extinção das obrigações. O CTN estabelece um conjunto de 
regras específicas que diferenciam, em alguns aspectos, o seu regime jurídico. Art. 157 a 163 e 
165 a 169 do CTN. 
� FORMA DO PAGAMENTO: 
Em regra o pagamento deve ser feito em pecúnia. Entretanto o art. 162, prevê o 
pagamento por cheque, dinheiro, vale-postal, estampilha, papel selado ou processo mecânico. 
 
� CUMULATIVIDADE DAS MULTAS 
A imposição de penalidade, decorrente do não cumprimento de obrigação acessória, 
ou por ausência de recolhimento do tributo, não dispensa por obvio , o pagamento integral do 
tributo devido. ARt. 157 do CTN. 
 
� PAGAMENTO TOTAL E PARCIAL .Art. 158 CTN. 
 
Pagamento parcial (inc I) de um crédito tributário, diferente do que acontece no Direito 
Civil, não importa presunção de pagamento das demais parcela em que ele se decomponha. 
Assim o pagamento da última cota do IPVA não gera a presunção de pagamento das 
parcelas anteriores. 
Também o pagamento total( incII) do crédito tributário não resulta na presunção de 
pagamento de outros créditos, referente ao mesmo ou outro tributo. 
Consequência prática é o dever do contribuinte de manutenção dos comprovantes de 
pagamento de todas as prestações e quotas, relativos a todos tributos, até que se verifique a 
prescrição. (art. 195 CTN). 
Prof. Alex Barbuda 46 
 
Assim o fisco não pode recursar pagamento de um tributo em razão de uma suposta 
dívida, ainda não paga. Qualquer quantia oferecida pelo contribuinte pode e deve ser recebida. 
 
� LOCAL DE PAGAMENTO: 
 
O Local de pagamento do tributo, salvo disposição contrária da legislação pertinente, a 
repartição competente do domicilio do sujeito passivo da obrigação tributária. Atualmente hoje 
os tributos são pagos via de regra na rede bancária devidamente credenciada ao fisco (Art. 7º, § 
3º) 
 
� PRAZO DE PAGAMENTO: 
 
É definido na legislação própria de cada tributo, mas, salvo regra em contrário, nos 
termos do art. 160 do CTN, o prazo é de 30 dias, contados da notificação do lançamento ao 
contribuinte. 
O CTN, ainda possibilita desconto na antecipação do pagamento. 
Em caso de ATRASO PAGAMENTO aplica-se juros. (mora ex re). Art. 161 
O CTN prevê em caso de atraso de pagamento juros de 1%. Atualmente tem se aplicado 
a taxa SELIC. Sistema Especial de liquidação e custodia. 
 
A.1 CONSULTA TRIBUTÁRIA. 
 
Trata-se de um procedimento administrativo visando a satisfação de dúvida atinentes a 
legislação tributária, formuladas pelo contribuinte ao Fisco. A consulta tributária tem previsão 
no CTN, no art. 161, § 2º. 
O questionamento deve ser razoável, enfocando um possível deslize do legislador, que 
tenha omitido algo, ou, ainda, dito a lei, mas com obscuridade ou ambiguidade. Tais vícios de 
compreensão, como é cediço, repelem a segurança e certeza que devem reger o diálogo entre a 
norma ou destinatário. 
Esfera federal tem previsão legal pelos art. 46 a 58 do Decreto n. 70.235/72 e lei 
9.430/96. Realizando está consulta antes do vencimento somente responderá pelo tributo + 
correção monetária. 
 
B) COMPENSAÇÃO: Art. 170 do CTN. 
Prof. Alex Barbuda 47 
 
 
Sua definição deve ser extraída do direito privado, conforme art. 368 a 380 do Código 
Civil, segundo o qual a compensação é modalidade extintiva de obrigação, quando se é devedor 
e credor, concomitantemente. 
Ocorre a extinção de obrigações recíprocas entre as mesmas pessoas que se reputam 
pagas (totalmente ou parcialmente). 
 
� A compensação não pode ser feita a bel-prazer do contribuinte- NECESSITA DE LEI 
AUTORIZATIVA 
Ex: A lei 8.383/91 (art. 66 c/c art. 39 da lei n. 9250/95) permite a compensação dos 
tributos federais com a mesma destinação constitucional ou quando arrecadados pelo 
mesmo sujeito ativo. Instrução normativa 900/2008 
 
Somente se pode fazer a compensação com autorização do Executivo ou Poder 
Judiciário. 
Nesse sentido o art. 170 A do CTN exige o transito em julgado da sentença 
autorizativa de compensação, na ação que pleiteia o encontro de débitos e créditos., impedindo 
a compensação por meio de liminar em mandado de segurança ou tutela antecipada em ação 
ordinária. 
Súmula 212: A compensação de crédito tributários não pode ser deferida por liminar. 
Súmula 213: O mandado de segurança constitui ação adequada para a declaração do direito à 
compensação tributária. 
 
Referido artigo só aplica aos casos em que o contribuinte já pagou determinado tributo, 
que entende indevido pela lei que o instituiu. Estando a lei em vigor, é necessário ajuizamento 
de ação, além do transito em julgado de decisão que lhe seja favorável para que se opere a 
compensação. 
Trata-se de uma modalidade indireta de extinção do crédito tributário 
Súmula 460- é incabível o mandado de segurança para convalidar a compensação 
tributária realizada pelo contribuinte. 
Súmula 461 STJ: O contribuinte pode optar em receber, por meio de precatório ou por 
compensação, o indébito tributário certificado por sentença declaratória transitado em julgado. 
M.S Serve para declarar o direito a compensação tributária, mas não para convalidar a 
compensação realizada. 
 
C) TRANSAÇÃO 
Prof. Alex Barbuda 48 
 
 
Transação é o acordo para concessões recíprocas que põem fim ao litígio,

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