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4-COMÉRCIO DE ANIMAIS SELVAGENS

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COMÉRCIO de ANIMAIS SELVAGENS 
 
Prof. Dr. Celso Martins Pinto 
 
REGULAMENTAÇÃO 
 
• PORTARIA Nº 102/98, DE 15 DE JULHO DE 1998 - Dispõe sobre a implantação de 
criadouros de animais da fauna silvestre exótica com fins econômicos e industriais. 
 
• PORTARIA Nº 117/97 DE 15 DE OUTUBRO DE 1997 - Dispõe sobre a 
comercialização de animais vivos, abatidos, partes e produtos da fauna silvestre 
brasileira provenientes de criadouros com finalidade econômica e industrial e jardins 
zoológicos registrados junto ao IBAMA. 
• Criadouros podem ser pessoas físicas ou jurídicas 
 
• Primeiro passo: protocolar a carta-consulta no IBAMA 
 
• O IBAMA consultará especialistas e o Órgão Ambiental do Estado 
 
• Não havendo débitos e a carta consulta sendo aprovada pela Superintendência, o 
interessado será comunicado oficialmente e terá um prazo de 60 dias para protocolar 
projeto definitivo 
 
• PROJETO 
a) descrição técnica do manejo a ser aplicado nas diversas fases da criação 
b) informar sobre o sistema de identificação individual dos animais tanto para as matrizes e 
reprodutores, como para os seus descendentes, no caso de criação que objetive a venda de 
animais vivos 
c) características do criadouro: instalações: 
 c1) área disponível para a implantação do criadouro e futuras expansões, 
 c2) planta baixa ou croqui das instalações/recintos destinados ao manejo dos 
animais, com tamanho e denominação, espécie e quantidade de animais por instalação, 
 c3) abrigos (naturais e artificiais), 
 c4) aspectos sanitários das instalações e descrição do sistema de tratamento dos 
dejetos provenientes do criadouro (resíduos líquidos e sólidos), e 
d) características do criadouro - manejo: 
 d1- características biológicas e zootécnicas da(s) espécie(s), 
 d2 - evolução do plantel e cronograma de produção de produtos e subprodutos, 
 d3 - principais doenças e seu tratamento, 
 d4 - descrição dos aspectos qualitativos e quantitativos do manejo alimentar 
(alimentação e água), 
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 d5 - descrição do destino dado aos animais que venham a óbito ou seus produtos 
impróprios para o consumo. 
 
e) estudo prévio de mercado dentro dos objetivos do manejo com vistas a comercialização 
(existência de abatedouros e pontos de venda de animais vivos, abatidos, partes e produtos, 
preços esperados e demanda de produtos) 
f) formas de comercialização de acordo com portaria específica 
 
g) apresentação do Documento de Recolhimento de Receitas (DR) do IBAMA 
correspondente ao registro inicial na categoria; e 
h) apresentação de termo declaratório de responsabilidade técnica do empreendimento. 
• Proibida a importação de espécimes destinados a implantação de criadouros de 
espécies exóticas dos seguintes grupos: 
 invertebrados 
 anfíbios (exceto Rana catesbiana - rã-touro) 
 
 répteis 
 e as seguintes Ordens de mamíferos: Marsupialia, Insectivora, Lagomorpha, 
 Rodentia, Carnivora e Artiodactyla (exceto os considerados domésticos para 
 fins de operacionalização do IBAMA) 
• Proibida a implantação de novos criadouros comerciais de crocodilo-do-nilo 
(Crocodilus niloticus) e javali-europeu (Sus scrofa scrofa) 
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• Excetuam-se os peixes, invertebrados aquáticos, jacaré-do-pantanal - Caiman 
crocodilus yacare, tartaruga-da-amazônia - Podocnemys expansa, tracajá - 
Podocnemys unifilis, insetos da Ordem Lepdoptera e outras espécies da fauna 
silvestre brasileira que venham a ser tratadas em portarias específicas. 
 
• Para a formação de plantel inicial, o criadouro poderá utilizar matrizes e reprodutores 
de animais da fauna silvestre brasileira provenientes de estabelecimentos registrados 
ou cadastrados junto ao IBAMA e de ações de fiscalização e na ausência destes, 
poderá solicitar a captura na natureza, mediante requerimento que informe o nome do 
responsável pela captura e pelo transporte, local de captura, quantidade de animais a 
serem capturados, método de captura, meio de transporte e apresentação de censo 
populacional estimativo. 
 
• A captura na natureza será permitida preferencialmente em locais onde as espécies 
estejam causando danos à agricultura, pecuária ou saúde pública, comprovado por 
meio de laudo técnico de órgão de extensão rural ou por órgão de pesquisa ou 
pesquisador, ratificado pelo IBAMA. 
 
• Não será permitida a captura na natureza de animais constantes na Lista Oficial de 
Espécies da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção (CITES). 
 
• As matrizes e reprodutores originários de captura na natureza, que formaram o 
plantel inicial e forem considerados improdutivos, poderão ser comercializados 
abatidos, mediante autorização expressa do IBAMA. 
 
• Não será permitida a venda de matrizes e reprodutores citados no parágrafo anterior 
para formação de plantel de novos criadouros ou para servirem como animais de 
estimação, devendo permanecer sob os cuidados do criadouro até o óbito. 
 
• É facultado ao IBAMA, sempre que necessário, exigir do criadouro a colocação do 
quantitativo de espécimes que foram capturados, ou parte dele, a disposição, para 
atender programas de reintrodução ou para a implantação de novos criadouros que 
tenham importância e caráter social, comunitário ou demonstrativo. 
 
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• Ficam expressamente proibidos quaisquer atos ou procedimentos de soltura aleatória 
dos animais, colocando em risco outras espécies ou ecossistemas. 
 
• O criadouro comercial de animais da fauna silvestre brasileira que possua autorização 
para manter em seu plantel espécies constantes da Lista Oficial de Animais 
Ameaçados de Extinção (CITES) somente poderá iniciar a comercialização no 
mercado interno a partir da geração F2, comprovadamente reproduzida em cativeiro. 
 
 
• PORTARIA Nº 93/98, DE 07 DE JULHO 1998 - Dispõe sobre a importação e 
exportação de espécimes vivos, produtos e subprodutos da fauna silvestre brasileira 
e da fauna silvestre exótica. 
 
• somente por pessoa jurídica de direito público ou privado e registrada junto ao 
IBAMA. 
 
• A importação de animais vivos está sujeita também a autorização do Ministério da 
Agricultura e do Abastecimento, que se manifestará quanto às questões 
zoosanitárias. 
 
• A importação de animais vivos silvestres da fauna exótica por grupo familiar de 
pessoas físicas, com finalidade de servirem como animais de estimação, somente 
será autorizada em número não superior a 2 (dois) indivíduos reproduzidos em 
cativeiro e devidamente marcados na origem. 
 
• A pessoa jurídica registrada no IBAMA como exportador é obrigado a: 
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 - fornecer ao comprador Nota Fiscal onde deverá constar o número de registro no 
IBAMA; 
 - fazer constar na Nota Fiscal a quantidade, identificação da espécie (nome científico 
e vulgar), especificação do produto, marcas e identificações (anilhas, selos, lacres, 
tatuagens, identificação eletrônica (tipo e marca) e etc.); 
 - manter arquivo com as licenças obtidas, bem como as Notas Fiscais dos 
fornecedores para efeito de vistoria e fiscalização; e 
 - apresentar relatório anual até fevereiro de cada exercício das exportações 
realizadas. 
 
 
• A pessoa jurídica registrada no IBAMA como importador é obrigado a: 
 - possuir quarentenário aprovado pelo Ministério da Agricultura e Abastecimento; 
 - os animais vivos importados somente poderão ingressar no país se marcados na 
origem utilizando sistema de marcação próprio, reconhecido pelo IBAMA (anilhas, 
tatuagens, identificação eletrônica (tipo e marca); 
 - fazer constar nas caixas de transporte a quantidade de animais por espécie que 
estão sendo transportados, para facilitar a identificação pelos agentes aeroportuários; 
 - fornecer ao comprador Nota Fiscal; 
 - informar ao IBAMA, o aeroporto/porto, empresa de transporte, a data e hora prevista 
de chegada dos animais;- manter arquivo das Licenças obtidas, Notas Fiscais e Conhecimentos Aéreos 
referentes ao transporte, disponibilizando-os quando solicitado pelo IBAMA; 
 - apresentar relatório anual até fevereiro de cada exercício das importações 
realizadas, com cópia das licenças obtidas; 
 - fornecer aos compradores de animais de estimação um texto com orientações 
básicas sobre a biologia da espécie (alimentação, fornecimento de água, abrigo, exercício, 
repouso, possíveis doenças, aspectos sanitários das instalações, cuidados de trato e 
manejo e se é potencialmente prejudicial ao homem e sobretudo, a proibição de soltura ou 
introdução dos animais na natureza). 
 
Sagui-de-tufo-branco 
(Callithrix jacchus) 
Commun marmoset 
R$1.500,00 ou US$500,00 
 
 
Sagui-de-Wied (Callithrix kuhlii) 
Wieds marmoset 
R$3.000,00 ou US$1.000,00 
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Sagui-de-cara-branca (Callithrix geoffroy) 
White fronted marmoset 
R$4.500,00 ou US$1.500,00 
 
 
Jibóia (Boa constrictor constrictor) 
RedTail Boa 
R$500,00 ou US$150,00 
 
 
Salamantra (Epicrates cenchria) 
Brazilian rainbow boa 
R$1.000,00 ou US$350,00

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