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Resenha critica creditação

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CURSO AUDT III: AUDITORIA EM SAÚDE
DISCIPLINA: AUD3 – SISTEMA DE QUALIDADE E ACREDITAÇÃO HOSPITALAR
 
 Resenha Crítica
 SALVADOR/2019
 SUMÁRIO
1. Introdução
2. Descrição do assunto
3. Apreciação Crítica
4. Considerações Finais
5. Referências Bibliográficas
1. Introdução 
Nas últimas décadas, a atenção pela busca de melhorias da qualidade em serviços e produtos pelas instituições de saúde, públicas e privadas, vem se tornando crescente. O cenário, por um lado, é de uma sociedade cada vez mais exigente em relação aos seus direitos e a segurança dos serviços consumidos, e por outro, dos prestadores de serviços de saúde que procuram racionalizar seus custos. 
Essa temática ganhou destaque pela primeira vez nos Estados Unidos, com a criação do Programa de Padronização Hospitalar (PPH) elaborado pelo Colégio Americano de Cirurgiões (CAC), em 1924, impulsionando o surgimento da Joint Commission on Accreditation of Healthcare Organization (JCAHO), em 1987. No Brasil, as primeiras ações significativas em prol da qualidade dos serviços ocorreram em 1990, com a introdução de novos padrões para a avaliação hospitalar pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) (Novaes, 2007).
Este método de avaliação, expressa-se pelo consenso, racionalização, ordenação dos estabelecimentos de saúde e educação permanente dos profissionais, através da realização de um processo de verificação voluntário, periódico e reservado, que busca garantir a qualidade da assistência por meio de padrões previamente definidos (BRASIL, 2006)
2. Descrição do assunto
 A busca pela qualidade dos serviços prestados torna-se valiosa, considerando a situação precária de muitos serviços de saúde, recursos insuficientes e utilizados de maneira inadequada, escassa aplicação de planejamento estratégico, inexistência de sistemas de informações confiáveis, ausência de sistemas de gestão baseados em melhorias de processos e centrados em resultados, carência de indicadores de desempenho, assim como padrões de qualidades, além de inexistência de uma cultura baseada na qualidade de prestação de serviços voltada para satisfação dos pacientes.
 Com esse cenário observou-se a importância de implantação nos serviços de saúde de um processo amplo de disseminação dos conceitos e métodos de avalição e melhoria de qualidade, de forma a estimular as unidades de saúde, bem como a qualidade de gestão e da assistência prestada. 
 O Programa de Brasileiro de Acreditação Hospitalar surge como estratégia do Ministério da saúde para avaliar a qualidade das estruturas físicas e tecnológicas dos serviços de saúde, bem como a gestão e da assistência prestada.
 As organizações buscam de forma voluntária a acreditação por diferentes motivos, mas a maioria o faz como um esforço para aumentar suas participações de mercado, provar a satisfação dos clientes e garantir a reputação de seus profissionais. Nesse sentido, a acreditação também tem sido considerada pela OMS como uma credencial a mais para a qualidade da instituição (OMS, 2004). 
 A metodologia desenvolveu-se, desde o início do século XX, como reflexo da evolução dos hospitais e da própria medicina. As preocupações com a qualidade sempre estiveram presentes nesse processo, na medida do possível, e só evoluíram quando houve condições para tal. Entende-se que esse movimento sempre foi intermediado por questões políticas que foram moldando os arranjos para que se alcançasse o mínimo necessário ao estabelecimento do campo da saúde. Desde os primeiros padrões, utilizados pelo Programa de Padronização de Hospitais, o movimento foi estimulado e incentivou arranjos que influenciaram o seu desenvolvimento e a sua abrangência.
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3. Apreciação Crítica
O processo de acreditação no Brasil ainda é muito recente e incipiente. Poucas são as instituições hospitalares que já obtiveram a acreditação, e escassos são os relatos sobre tais processos.
A acreditação de hospitais públicos pode servir a dois propósitos: como indicador de qualidade dos serviços prestados e como expressão de transparência quanto à responsabilidade pública.
A forma mais pura de buscar a acreditação com base na melhoria do atendimento aos pacientes encontra-se nos hospitais públicos, uma vez que não são mobilizados por pressões de concorrência e maior arrecadação de receita.
Os hospitais públicos, por características próprias, tendem a ser mais onerosos que os hospitais privados. Deve ser relativizado o argumento que os hospitais privados são mais eficientes que os hospitais públicos, uma vez que cada categoria se encontra sob o influxo de diferentes fatores que conformam cenários distintos.
Concordo que sejam necessários esforços de médio e longo prazos para elevar o número de hospitais públicos acreditados no país.
No cenário atual, quando os hospitais públicos são geridos por Organizações Sociais de Saúde, há maior disposição de buscarem a acreditação.
 Neste contexto o processo de acreditação busca estabelecer parâmetros de confiabilidade em diversos setores, buscando atingir o mais alto nível de qualidade.
 4. Considerações Finais
 As organizações de saúde têm como obrigação oferecer recursos diagnósticos e terapêuticos para que os pacientes possam restabelecer suas condições de saúde o mais rápido possível. Para tanto, devem estar capacitados para desenvolver um trabalho confiável, respaldado pela qualificação organizacional e técnica. Como as instituições de saúde realizam diversos processos de baixa, média e alta complexidade, é necessário a padronização dos mesmos para que o resultado final atenda às necessidades dos clientes.
 Para isso é preciso levar em consideração as perspectivas das várias partes interessadas e envolvidas no processo, como os profissionais, os provedores de saúde, os governos e os pacientes, e promover um processo de entendimento destas partes de como se faz para medir a qualidade.
	 Referências Bibliográficas
Informes Técnicos Institucionais. Acreditação: a busca pela qualidade nos serviços de saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa. Rev Saúde Pública 2004; 38(2): 335-6.
NOVAES, Humberto de Moraes. O processo de acreditação dos serviços de saúde. RAS _ Vol. 9, No 37 - Out-Dez, 2007.
ONA – Organização Nacional de Acreditação. Disponível em: < https://www.ona.org.br/Inicial>. Acesso em: 20 de jan. de 2014.

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