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Instituto de Ciências Exatas e Tecnológicas TERMODINÂMICA Aplicada 1 - Introdução A energia é conservada em qualquer dispositivo ou processo. Sendo assim, a energia não pode ser destruída, mas a energia pode ser transformada. A pergunta que se deve fazer é se nesta energia transformada ainda resta potencialidade de utilização e ou transformação em algo útil. Fazendo-se uma análise da figura 1 abaixo, tem-se: Fig. 1 - Conceito de Exergia Retirada do Livro Princípios de Termodinâmica para Engenharia Moran/Shapiro Na figura (a) encontra-se um sistema isolado composto por um pequeno reservatório de combustível e um grande volume de ar que se encontram a temperatura inicial (Ti). Nota-se que a mistura ar-combustível possui energia química, que possui a potencialidade de gerar energia térmica, ou seja, calor. Na figura (b) o combustível vai diminuindo através da sua queima. Pode-se concluirque a energia química foi transformada em calor associado aos gases produzidos pela queima do combustível. Na figura (c) nota-se a elevação da temperatura inicial em dT, ocasionada à transformação energética. Percebe-se que a energia total do sistema continua constante, pois não há transferência de energia através da fronteira. Pode-se, facilmente, concluir que a mistura inicial ar-combustível da figura (a) é mais útil, ou seja, possui maior potencialidade de utilização do que a mistura aquecida final (subprodutos da combustão). Sendo assim, percebe-se, que embora a energia tenha se conservado a potencialidade de utilização da mesma diminuiu. Se não se pode dar utilização aos subprodutos da combustão, percebe-se que parte da potencialidade energética foi destruída. Tal condição pode ser observada na utilização de um automóvel, onde parte da energia liberada pela queima da mistura ar-combustível faz o carro rodar e uma parte é desperdiçada na forma de gases poluentes. Sendo assim, o potencial inicial é destruído devido aos efeitos da irreversibilidade do processo. 2 - Exergia Aexergia é definida como sendo a propriedade termodinâmica que quantifica o potencial de uso ou a potencialidade para utilização. Nota-se que, ao contrário da energia, que sempre se conserva, a exergia não é conservada e pode ser destruída devido à presença de irreversibilidades presente no processo. A exergia pode ser transferida para dentro do sistema com também para fora dele. A exergia transferida para fora do sistema, ou seja, para a vizinha e que não seja utilizada é considerada uma perda. A análise exergética visa reduzir a destruição da exergia no interior de um sistema e/ou reduzir suas perdas. Percebe-se que o valor econômico da mistura ar-combustível no estado inicial do processo é muito maior que o valor dos subprodutos da mistura aquecida final. Sendo assim, nota-se que há uma ligação entre exergia e valor econômico. Fig. 2 – Sistema global composto pelo corpo, ciclo de potência e atmosfera. Retirada do Livro Princípios de Termodinâmica para Engenharia Moran/Shapiro Analisando-se a figura 2, percebe-se que o corpo encontra-se a uma temperatura inicial Ti superior à temperatura atmosférica que se encontra em T0. Sendo assim, há um desiquilíbrio térmico, que possibilita a transferência de calor de forma espontânea do corpo para atmosfera. Para aproveitar a potencialidade energética do corpo, pode-se colocar um ciclo de potência entre o corpo a atmosfera, objetivando transformar parte do calor transferido em trabalho do ciclo (Wc). É óbvio que o corpo irá se esfriando gradativamente até a temperatura do corpo se igualar à temperatura atmosférica T0. Ao atingir esse ponto, não haverá mais fluxo de calor e, portanto, nenhum trabalho será realizado. Ao se atingir o ponto de equilíbrio termodinâmico, tanto o corpo quanto a atmosfera têm energia, mas não há potencialidade para realização de trabalhos, pois não haverá mais interação entre o corpo e a atmosfera. Nesta análise, percebe- se que só houve realização de trabalho devido à diferença de estado entre o corpo e a atmosfera. A exergia é o valor teórico máximo desse trabalho 3 – Ambiente Para análise termodinâmica que envolva conceito de exergia, é necessário modelar a atmosfera. O modelo resultante é chamado de ambiente de referência da exergia, ou simplesmente ambiente. O ambiente deverá ser considerado um sistema compressível simples, grande em extensão e com temperatura (T0) e pressão (p0) uniforme ou constante. Normalmente estas condições são modeladas com T0 = 25 ºC ou 77 ºF e p0 = 1 atm. 4 - Estado Morto Define-se Estado Morto quando um sistema de interesse está a T0 ep0 e em repouso com relação ao ambiente. Nestas condições não há potencial para realização de trabalho. 5 – Definição de Exergia A exergia é definida como sendo o maior trabalho teórico possível de ser obtidoconforme o ambientede referência (atinge o estado morto) interaja até o equilíbrio com o sistema deinteresse. 6 – Exergia de um Sistema A exergia de um sistema, E, em um estado especificado é dada pela expressão: 𝑬 = 𝑼 − 𝑼𝟎 + 𝒑𝟎. 𝑽 − 𝑽𝟎 − 𝑻𝟎. 𝑺 − 𝑺𝟎 + 𝑬𝑪 + 𝑬𝑷 Onde U, V, S, EC e EP são, respectivamente, Energia Interna, Volume, Entropia, Energia Cinética e Energia Potencial do sistema no estado especificado (inicial) e U0, p0, V0, T0 e S0 são, respectivamente, Energia Interna, Pressão, Volume, Temperatura e Entropia do sistema no estado morto 7 - Balanço de Energia para um Sistema Combinado ou Global Sistema combinado ou global consiste na interação do estado do sistema A mais o estado da vizinhança (geralmente a atmosfera). Aplicando-se a 1ª Lei da termodinâmica para o sistema combinado (sistema A + vizinhança), obtém-se: ∆𝑬𝒄𝒐𝒎𝒃 = 𝑸𝒄𝒐𝒎𝒃 − 𝑾𝒄𝒐𝒎𝒃 (𝟏) Como o sistema é considerado isolado 𝑸𝒄𝒐𝒎𝒃 = 𝟎, sendo assim: ∆𝑬𝒄𝒐𝒎𝒃 = −𝑾𝒄𝒐𝒎𝒃 (𝟐) E também: ∆𝑬𝒄𝒐𝒎𝒃 = ∆𝑬𝒔𝒊𝒔𝒕𝒆𝒎𝒂 + ∆𝑬𝒗𝒊𝒛𝒊𝒏𝒉𝒂𝒏ç𝒂 = −𝑾𝒄𝒐𝒎𝒃 (𝟑) Onde 𝑾𝒄𝒐𝒎𝒃é o trabalho realizado pelo sistema combinado e ∆𝑬𝒄𝒐𝒎𝒃é a variação de energia do sistema combinado: a soma das variações de energia do sistema e do ambiente (vizinhança) A energia inicial de um sistema é chamada de E, que inclui as energias interna, cinética e potencial do sistema. A energia no sistema morto é simplesmente a energia interna U0. A expressão para ∆𝑬𝒄𝒐𝒎𝒃é dada por: ∆𝑬𝒄𝒐𝒎𝒃 = 𝑼𝟎 − 𝑬 + ∆𝑼𝒂𝒎𝒃 (𝟒) Da 1ª lei da termodinâmica sabe-se: ∆𝑼 = 𝑸 − 𝑾 (𝟓) Também, sabe-se que Q sai de uma relação temperatura e entropia e W sai de uma relação pressão volume, logo: ∆𝑼𝒂𝒎𝒃 = 𝑻𝟎. ∆𝑺𝒂𝒎𝒃 − 𝒑𝟎. ∆𝑽𝒂𝒎𝒃 (𝟔) Substituindo (6) em (4), têm-se: ∆𝑬𝒄𝒐𝒎𝒃 = 𝑼𝟎 − 𝑬 + 𝑻𝟎. ∆𝑺𝒂𝒎𝒃 − 𝒑𝟎. ∆𝑽𝒂𝒎𝒃 (𝟕) Substituindo (7) em (2), obtém-se: 𝑼𝟎 − 𝑬 + 𝑻𝟎. ∆𝑺𝒂𝒎𝒃 − 𝒑𝟎. ∆𝑽𝒂𝒎𝒃 = −𝑾𝒄𝒐𝒎𝒃 Ou 𝑾𝒄𝒐𝒎𝒃 = 𝑬 − 𝑼𝟎 − 𝑻𝟎. ∆𝑺𝒂𝒎𝒃 − 𝒑𝟎. ∆𝑽𝒂𝒎𝒃 (𝟖) Mas ∆𝑉𝑎𝑚𝑏 = 𝑉 − 𝑉0 , logo: 𝑾𝒄𝒐𝒎𝒃 = 𝑬 − 𝑼𝟎 + 𝒑𝟎. 𝑽 − 𝑽𝟎 − 𝑻𝟎. ∆𝑺𝒂𝒎𝒃 (𝟗) Essa equação (9) fornece o trabalho para o sistema global à medida que o sistema passa ao estado morto. 8 - Balanço de Entropia para um Sistema Combinado ou Global Da 2ª Lei da termodinâmica, têm-se: ∆𝑺𝒄 = 𝜹𝑸 𝒅𝒕 𝒇𝒓𝒐𝒏𝒕 + 𝝈𝒄 (𝟏𝟎) Se o sistema é isolado não há transferência de calor, logo: ∆𝑺𝒄 = 𝝈𝒄 (𝟏𝟏) O termo 𝝈𝒄leva em conta a produção de entropia devido às irreversibilidades à medida que o sistema entra em equilíbrio com o ambiente. A variação de entropia ∆𝑺𝒄é dada por: ∆𝑺𝒄 =𝑺𝟎 − 𝑺 + ∆𝑺𝒂𝒎𝒃 (𝟏𝟐) Substituindo (12) em (11), obtém-se: 𝑺𝟎 − 𝑺 + ∆𝑺𝒂𝒎𝒃 = 𝝈𝒄 (𝟏𝟑) Logo: ∆𝑺𝒂𝒎𝒃 = 𝑺 − 𝑺𝟎 + 𝝈𝒄 (𝟏𝟒) Substituindo (14) em (9), obtém-se: 𝑾𝒄𝒐𝒎𝒃 = 𝑬 − 𝑼𝟎 + 𝒑𝟎. 𝑽 − 𝑽𝟎 − 𝑻𝟎. 𝑺 − 𝑺𝟎 + 𝝈𝒄 𝑾𝒄𝒐𝒎𝒃 = 𝑬 − 𝑼𝟎 + 𝒑𝟎. 𝑽 − 𝑽𝟎 − 𝑻𝟎. 𝑺 − 𝑺𝟎 − 𝑻𝟎. 𝝈𝒄 (𝟏𝟓) Se E = U + EC + EP, têm-se: 𝑾𝒄𝒐𝒎𝒃 = 𝑼 − 𝑼𝟎 + 𝒑𝟎. 𝑽 − 𝑽𝟎 − 𝑻𝟎. 𝑺 − 𝑺𝟎 + 𝑬𝑪 + 𝑬𝑷 − 𝑻𝟎. 𝝈𝒄 (𝟏𝟔) O valor do termo sublinhado na equação (16) é determinado pelos dois estados finais do sistema – o estado dado e o estado morto – e é independente dos detalhes do processo que liga esses estados. Contudo, o valor do termo 𝑻𝟎. 𝝈𝒄depende da natureza do processoà medida que o sistema evolui para o estado morto. De acordo com a 2ª Lei da Termodinâmica, têm-se: Se o termo 𝑻𝟎. 𝝈𝒄for positivo, ou seja, maior que zero, haverá produção de entropia, indicando a presença dos efeitos da irreversibilidade. O termo 𝑻𝟎. 𝝈𝒄não pode ser negativo, ou seja, menor que zero, pois assim sendo, a entropia estaria sendo destruída, contrariando a segunda lei e, portanto, o processo seria impossível. Se o termo 𝑻𝟎. 𝝈𝒄for nulo, ou seja, igual a zero, não haverá produção de entropia, indicando a ausência dos efeitos da irreversibilidade. Neste caso, o 𝑾𝒄𝒐𝒎𝒃 será máximo, ou seja, será atingido o máximo valor teórico para o trabalho global ou combinado. Comparando-se a equação (16) sem termo 𝑻𝟎. 𝝈𝒄 com a equação da exergia, têm-se: 𝑾𝒄𝒐𝒎𝒃 = 𝑼 − 𝑼𝟎 + 𝒑𝟎. 𝑽 − 𝑽𝟎 − 𝑻𝟎. 𝑺 − 𝑺𝟎 + 𝑬𝑪 + 𝑬𝑷 (𝟏𝟔) 𝑬 = 𝑼 − 𝑼𝟎 + 𝒑𝟎. 𝑽 − 𝑽𝟎 − 𝑻𝟎. 𝑺 − 𝑺𝟎 + 𝑬𝑪 + 𝑬𝑷 Percebe-se que a exergia é o maior trabalho teórico possível de ser obtidoconforme o ambiente de referência interaja até o equilíbrio com o sistema deinteresse (atinge o estado morto). 9 – Exergia Específica 𝑒 = 𝑢 − 𝑢0 + 𝑝0. 𝑣 − 𝑣0 − 𝑇0. 𝑠 − 𝑠0 + 𝑉2 2 + 𝑔𝑧 10 – Aspectos da Exergia a) A exergia é uma propriedade do sistema, sendo considerada uma propriedade extensiva. b) O valor da exergia não pode ser negativo c) A exergia não é conservada, mas pode ser destruída pelas irreversibilidades. (não há mais potencial para a realização de trabalho) d) Quando um sistema está no estado morto, ele está em equilíbrio térmico e mecânico com o ambiente, e sua exergia tem valor igual a zero. Exercício 1 Determine a exergia específica do vapor d’água saturado a 120 ºC, com velocidade de 30 m/s e a uma altura de 6 m, sabendo-se que T0 = 298 K (25 ºC), p0 = 1 atm e g = 9,8 m/s 2. Para a água como vapor saturado a 120 ºC, na tabela obtém-se: v = 0,8919 m3/kg, u = 2529,3 kJ/kg, s = 7,1296 kJ/kg.K No estado morto, em que T0 = 298 K (25 ºC) e p0 = 1 atm a água está no estado líquido. Na tabela obtém-se: v0 = 1,0029 x 10 -3m3/kg, u0 = 104,88 kJ/kg, s0 = 0,3674 kJ/kg.K Dado: 1 atm = 1,01325 x 105 Pa 𝑒 = 𝑢 − 𝑢0 + 𝑝0. 𝑣 − 𝑣0 − 𝑇0. 𝑠 − 𝑠0 + 𝑉2 2 + 𝑔𝑧 𝑒 = 2529,3 − 104,88 𝑘𝐽 𝑘𝑔 + 1,01325 𝑥 105 𝑁 𝑚2 . 0,8919 − 1,0029 𝑥 10−3 𝑚3 𝑘𝑔 − 298 𝐾 . 7,1296 − 0,3674 𝑘𝐽 𝑘𝑔.𝐾 + 30 𝑚 𝑠 2 2 + 9,8 𝑚 𝑠2 𝑥 6 𝑚 𝑒 = 2424,42 𝑘𝐽 𝑘𝑔 + 1,01325 𝑥 105 𝑁 𝑚2 . 0,8908971 𝑚3 𝑘𝑔 − 2015,1356 𝑘𝐽 𝑘𝑔 + 450 𝑚2 𝑠2 + 58,8 𝑚2 𝑠2 𝑒 = 2424,42 𝑘𝐽 𝑘𝑔 + 90270,15 𝑁. 𝑚 𝑘𝑔 − 2015,1356 𝑘𝐽 𝑘𝑔 + 450 𝐽 𝑘𝑔 + 58,8 𝐽 𝑘𝑔 𝑒 = 2424,42 𝑘𝐽 𝑘𝑔 + 90270,15 𝐽 𝑘𝑔 − 2015,1356 𝑘𝐽 𝑘𝑔 + 450 𝐽 𝑘𝑔 + 58,8 𝐽 𝑘𝑔 𝑒 = 2424,42 𝑘𝐽 𝑘𝑔 + 90270,15 𝐽 𝑘𝑔 𝑥 1 𝑘𝐽 103 𝐽 − 2015,1356 𝑘𝐽 𝑘𝑔 + 450 𝐽 𝑘𝑔 𝑥 1 𝑘𝐽 103 𝐽 + 58,8 𝐽 𝑘𝑔 𝑥 1 𝑘𝐽 103 𝐽 𝑒 = 2424,42 𝑘𝐽 𝑘𝑔 + 90,27 𝑘𝐽 𝑘𝑔 − 2015,1356 𝑘𝐽 𝑘𝑔 + 0,45 𝑘𝐽 𝑘𝑔 + 0,0588 𝑘𝐽 𝑘𝑔 𝑒 ≅ 500 𝑘𝐽 𝑘𝑔 Exercício 2 Um cilindro de um motor a combustão interna contém 2450 cm3 de produtos gasosos da combustão a uma pressão de 7 bar e a uma temperatura de 867 ºC, pouco antes da abertura d válvula de descarga. Determine a exergia específica do gás, em kJ/kg. Ignore os efeitos de movimento e gravidade, e modele os produtos da combustão como ar na situação de gás ideal. Adimita T0 = 300 K (27 ºC) e p0 = 1,013 bar. 𝑒 = 𝑢 − 𝑢0 + 𝑝0. 𝑣 − 𝑣0 − 𝑇0. 𝑠 − 𝑠0 + 𝑉2 2 + 𝑔𝑧 𝑒 = 𝑢 − 𝑢0 + 𝑝0. 𝑣 − 𝑣0 − 𝑇0. 𝑠 − 𝑠0 Para o gás ideal com p = 7 bar e T = 867 ºC = 1.140 K Para o gás ideal com p0 = 1,013 bar e T0 = 300 K Cálculo do termo da energia interna 𝑢 − 𝑢0 = 880,35 𝑘𝐽 𝑘𝑔 − 214,07 𝑘𝐽 𝑘𝑔 = 666,28 𝑘𝐽 𝑘𝑔 Cálculo do termo da entropia 𝑠 − 𝑠0 = 𝑠 0 𝑇 − 𝑠0 𝑇0 − 𝑅 𝑀 𝑙𝑛 𝑝 𝑝0 𝑠 − 𝑠0 = 3,11883 𝑘𝐽 𝑘𝑔. 𝐾 − 1,70203 𝑘𝐽 𝑘𝑔. 𝐾 − 8,314 𝑘𝐽 𝑘𝑚𝑜𝑙 .𝐾 28,97 𝑘𝑔 𝑘𝑚𝑜𝑙 𝑙𝑛 7 𝑏𝑎𝑟 1,013 𝑏𝑎𝑟 = 0,8621 𝑘𝐽 𝑘𝑔. 𝐾 0 0 𝑇0. 𝑠 − 𝑠0 = 300 𝐾 𝑥 0,8621 𝑘𝐽 𝑘𝑔. 𝐾 = 258,62 𝑘𝐽 𝑘𝑔 Cálculo do termo 𝑝0. 𝑣 − 𝑣0 Da equação de estado dos gases ideais têm-se: 𝑣 = 𝑅 𝑀 . 𝑇 𝑝 𝑒 𝑣0 = 𝑅 𝑀 . 𝑇0 𝑝0 𝑝0. 𝑣 − 𝑣0 = 𝑝0. 𝑅 𝑀 . 𝑇 𝑝 − 𝑅 𝑀 . 𝑇0 𝑝0 = 𝑝0. 𝑅 𝑀 𝑇 𝑝 − 𝑇0 𝑝0 = 𝑅 𝑀 𝑝0. 𝑇 𝑝 − 𝑝0. 𝑇0 𝑝0 𝑝0. 𝑣 − 𝑣0 = 𝑅 𝑀 𝑝0. 𝑇 𝑝 − 𝑇0 = 8,314 𝑘𝐽 𝑘𝑚𝑜𝑙.𝐾 28,97 𝑘𝑔 𝑘𝑚𝑜𝑙 𝑥 1,013 𝑏𝑎𝑟 𝑥 1.140 𝐾 7 𝑏𝑎𝑟 − 300 𝐾 𝑝0. 𝑣 − 𝑣0 = −38,75 𝑘𝐽 𝑘𝑔 A exergia específica será: 𝑒 = 666,28 𝑘𝐽 𝑘𝑔 + −38,75 𝑘𝐽 𝑘𝑔 − 258,62 𝑘𝐽 𝑘𝑔 𝑒 = 368,91 𝑘𝐽 𝑘𝑔 Exercício 3 (7.1 Princípios de Termodinâmica para Engenharia - Moran/Shapiro – 4ª Ed.) Um sistema consiste em 5 kg de água, que se encontra atemperatura de 10ºC e pressão de1 bar. Determine a exergia, em kJ, se o sistema entrar em repouso com zero de elevação relativa a um ambiente de referência de exergia para qual T0 = 20ºC e p0 = 1 bar Estado inicial do corpo: T = 10 ºC e P = 1 bar 𝑣 = 1,0004 𝑥 10−3 𝑚3 𝑘𝑔 𝑢 = 42,00 𝑘𝐽 𝑘𝑔 𝑠 = 0,1510 𝑘𝐽 𝑘𝑔. 𝐾 Estado morto: T0 = 20 ºC e P0 = 1 bar 𝑣0 = 1,0018 𝑥 10 −3 𝑚3 𝑘𝑔 𝑢0 = 83,95 𝑘𝐽 𝑘𝑔 𝑠0 = 0,2966 𝑘𝐽 𝑘𝑔. 𝐾 𝐸 = 𝑚. 𝑢 − 𝑢0 + 𝑝0. 𝑣 − 𝑣0 − 𝑇0. 𝑠 − 𝑠0 + 𝑉2 2 + 𝑔𝑧 𝐸 = 𝑚. 𝑢 − 𝑢0 + 𝑝0. 𝑣 − 𝑣0 − 𝑇0. 𝑠 − 𝑠0 𝐸 = 5 𝑘𝑔. 42,00 𝑘𝐽 𝑘𝑔 − 83,95 𝑘𝐽 𝑘𝑔 + 1 𝑏𝑎𝑟 𝑥 105 𝑁 𝑚2 1 𝑏𝑎𝑟 . 1,0004 𝑥 10−3 𝑚3 𝑘𝑔 − 1,0018 𝑥 10−3 𝑚3 𝑘𝑔 − 293 𝐾 0,1510 𝑘𝐽 𝑘𝑔. 𝐾 − 0,2966 𝑘𝐽 𝑘𝑔.𝐾 𝐸 = 5 𝑘𝑔. −41,95 𝑘𝐽 𝑘𝑔 + 105 𝑁 𝑚2 . −0,0000014 𝑚3 𝑘𝑔 − 293 𝐾 −0,1456 𝑘𝐽 𝑘𝑔. 𝐾 𝐸 = 5 𝑘𝑔. −41,95 𝑘𝐽 𝑘𝑔 − 0,14 𝐽 𝑘𝑔 + 42,6608 𝑘𝐽 𝑘𝑔 𝐸 = 5 𝑘𝑔. −41,95 𝑘𝐽 𝑘𝑔 − 0,14 𝐽 𝑘𝑔 𝑥 1 𝑘𝐽 103 𝐽 + 42,6608𝑘𝐽 𝑘𝑔 𝐸 = 5 𝑘𝑔. 0,71066 𝑘𝐽 𝑘𝑔 𝐸 = 3,55 𝑘𝐽 Exercício 4 (7.2 Princípios de Termodinâmica para Engenharia - Moran/Shapiro – 4ª Ed.) Determine a exergia, em kJ, para as três condições a seguir: a) 1 kg de água com p = 0,7 bar e 90 ºC b) 1 kg de Refrigerante 134a, c) 1 kg de ar como um gás ideal com cp constante. Em cada caso, o sistema entra em equilíbrio com um ambiente de referência de exergia para qual T0 20ºC, p01 bar. Solução: a) Água a 0,7 bar e 90 ºC Das tabelas temos: 𝑢0 ≈ 𝑢𝑙 𝑇0 = 83,95 𝑘𝐽 𝑘𝑔 𝑣0 ≈ 𝑣𝑙 𝑇0 = 1,0018 𝑥 10 −3 𝑚 3 𝑘𝑔 𝑠0 ≈ 𝑠𝑙 𝑇0 = 0,2966 𝑘𝐽 𝑘𝑔 .𝐾 𝑢 ≈ 𝑢𝑣 𝑝0 = 2494,5 𝑘𝐽 𝑘𝑔 𝑣 ≈ 𝑣𝑣 𝑝0 = 2,365 𝑚3 𝑘𝑔 𝑠 ≈ 𝑠𝑣 𝑝0 = 7,4797 𝑘𝐽 𝑘𝑔 .𝐾 A exergia é dada por: 𝐸 = 𝑚. 𝑢 − 𝑢0 + 𝑝0. 𝑣 − 𝑣0 − 𝑇0. 𝑠 − 𝑠0 + 𝑉2 2 + 𝑔𝑧 Desprezando os efeitos do movimento e da gravidade: 𝐸 = 𝑚. 𝑢 − 𝑢0 + 𝑝0. 𝑣 − 𝑣0 − 𝑇0. 𝑠 − 𝑠0 𝐸 = 1 𝑘𝑔. 2494,5 𝑘𝐽 𝑘𝑔 − 83,95 𝑘𝐽 𝑘𝑔 + 1 𝑏𝑎𝑟. 2,365 𝑚3 𝑘𝑔 − 1,0018 1.000 𝑚3 𝑘𝑔 − 293 𝐾. 7,4797 𝑘𝐽 𝑘𝑔. 𝐾 − 0,2966 𝑘𝐽 𝑘𝑔. 𝐾 𝐸 = 1 𝑘𝑔. 2410,55 𝑘𝐽 𝑘𝑔 + 1 𝑏𝑎𝑟. 2,364 𝑚3 𝑘𝑔 − 293 𝐾. 7,1831 𝑘𝐽 𝑘𝑔. 𝐾 𝐸 = 1 𝑘𝑔. 2410,55 𝑘𝐽 𝑘𝑔 + 1 𝑏𝑎𝑟 𝑥 105 𝑁 𝑚2 1 𝑏𝑎𝑟 𝑥 2,364 𝑚3 𝑘𝑔 − 2104,6483 𝑘𝐽 𝑘𝑔 𝐸 = 1 𝑘𝑔. 2.410,55 𝑘𝐽 𝑘𝑔 + 236.400 𝐽 𝑘𝑔 − 2.104,6483 𝑘𝐽 𝑘𝑔 𝐸 = 1 𝑘𝑔. 2.410,55 𝑘𝐽 𝑘𝑔 + 236.4 𝑘𝐽 𝑘𝑔 − 2.104,6483 𝑘𝐽 𝑘𝑔 𝐸 = 1 𝑘𝑔. 542,30 𝑘𝐽 𝑘𝑔 𝐸 = 542,30 𝑘𝐽 b) Refrigerante R 134a a 0,7 bar e 90 ºC 𝑢0 = 246,67 𝑘𝐽 𝑘𝑔 𝑣0 = 0,23349 𝑚3 𝑘𝑔 𝑠0 = 1,0829 𝑘𝐽 𝑘𝑔. 𝐾 Percebe-se que não há valores para p = 0,7 bar. Portanto há a necessidade de interpolar. Interpolando os valores obtidos são: 𝑢 = 305,5 𝑘𝐽 𝑘𝑔 𝑣 = 0,441 𝑚3 𝑘𝑔 𝑠 = 1,3118 𝑘𝐽 𝑘𝑔. 𝐾 𝐸 = 1 𝑘𝑔. 305,5 𝑘𝐽 𝑘𝑔 − 246,67 𝑘𝐽 𝑘𝑔 + 1 𝑏𝑎𝑟. 0,441 𝑚3 𝑘𝑔 − 0,23349 𝑚3 𝑘𝑔 − 293 𝐾. 1,3118 𝑘𝐽 𝑘𝑔. 𝐾 − 1,0829 𝑘𝐽 𝑘𝑔. 𝐾 𝐸 = 1 𝑘𝑔. 58,83 𝑘𝐽 𝑘𝑔 + 105 𝑁 𝑚2 . 0,20751 𝑚3 𝑘𝑔 − 293 𝐾. 0,2289 𝑘𝐽 𝑘𝑔. 𝐾 𝐸 = 1 𝑘𝑔. 58,83 𝑘𝐽 𝑘𝑔 + 20.751 𝐽 𝑘𝑔 − 67,0677 𝑘𝐽 𝑘𝑔. 𝐸 = 1 𝑘𝑔. 58,83 𝑘𝐽 𝑘𝑔 + 20,751 𝑘𝐽 𝑘𝑔 − 67,0677 𝑘𝐽 𝑘𝑔. 𝐸 = 1 𝑘𝑔. 12,5 𝑘𝐽 𝑘𝑔 𝐸 = 12,5 𝑘𝐽 c) Ar como gás ideal com cp constante cp = ctecvcte Das tabelas: 𝑐𝑝 = 1,007 𝑘𝐽 𝑘𝑔. 𝐾 𝑒 𝑐𝑣 = 0,72 𝑘𝐽 𝑘𝑔. 𝐾 Da equação dos gases: 𝑝. 𝑣 = 𝑅. 𝑇 → 𝑣 = 𝑅. 𝑇 𝑝 (1) Da variação da entropia em função da temperatura e da pressão: 𝑠 𝑇2, 𝑝2 − 𝑠 𝑇1, 𝑝1 = 𝑐𝑝 . 𝑙𝑛 𝑇2 𝑇1 − 𝑅. 𝑙𝑛 𝑝2 𝑝1 (2) Das propriedades dos gases: ∆𝑢 = 𝑐𝑣 . 𝑇2 − 𝑇1 (3) A equação da exergia específica desprezando-se a energia cinética e a energia potencial: 𝑒 = 𝑢 − 𝑢0 + 𝑝0. 𝑣 − 𝑣0 − 𝑇0. 𝑠 − 𝑠0 Substituindo-se (1), (2) e (3) na equação da exergia: 𝑒 = 𝑐𝑣 . 𝑇 − 𝑇0 + 𝑝0. 𝑅. 𝑇 𝑝 − 𝑅. 𝑇0 𝑝0 − 𝑇0. 𝑐𝑝 . 𝑙𝑛 𝑇 𝑇0 − 𝑅. 𝑙𝑛 𝑝 𝑝0 𝑒 = 𝑐𝑣 . 𝑇 − 𝑇0 + 𝑝0. 𝑝0. 𝑅. 𝑇 𝑝 − 𝑝0. 𝑅. 𝑇0 𝑝0 − 𝑇0. 𝑐𝑝 . 𝑙𝑛 𝑇 𝑇0 − 𝑅. 𝑙𝑛 𝑝 𝑝0 𝑒 = 𝑐𝑣 . 𝑇 − 𝑇0 + 𝑝0. 𝑅. 𝑇 𝑝 − 𝑝0. 𝑅. 𝑇0 𝑝0 − 𝑇0. 𝑐𝑝 . 𝑙𝑛 𝑇 𝑇0 − 𝑅. 𝑙𝑛 𝑝 𝑝0 𝑒 = 𝑐𝑣 . 𝑇 − 𝑇0 + 𝑝0. 𝑅. 𝑇 𝑝 − 𝑅. 𝑇0 − 𝑇0. 𝑐𝑝 . 𝑙𝑛 𝑇 𝑇0 − 𝑅. 𝑙𝑛 𝑝 𝑝0 𝑒 = 𝑐𝑣 . 𝑇 − 𝑇0 + 𝑅 𝑇. 𝑝0 𝑝 − 𝑇0 − 𝑇0. 𝑐𝑝 . 𝑙𝑛 𝑇 𝑇0 − 𝑅. 𝑙𝑛 𝑝 𝑝0 𝑒 = 0,72 𝑘𝐽 𝑘𝑔. 𝐾 . 363 𝐾 − 293 𝐾 + 8,314 28,97 𝑘𝐽 𝑘𝑔. 𝐾 363 𝐾. 1 0,7 − 293 𝐾 − 293 𝐾. 1,007 𝑘𝐽 𝑘𝑔. 𝐾 . 𝑙𝑛 363 293 − 8,314 28,97 𝑘𝐽 𝑘𝑔. 𝐾 . 𝑙𝑛 0,7 1 𝑒 = 50,4 𝑘𝐽 𝑘𝑔 + 64,74 𝑘𝐽 𝑘𝑔 − 93,2 𝑘𝐽 𝑘𝑔 → 𝑒 = 21,49 𝑘𝐽 𝑘𝑔 → 𝐸 = 1 𝑘𝑔 𝑥 21,49 𝑘𝐽 𝑘𝑔 = 21,49 𝑘𝐽
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