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DRENAGEM URBANA (10)

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Elaboração: 
Plano Diretor de Drenagem Urbana de Curitiba 
Volume IV - Manual de Drenagem
1 
 
Plano Diretor de Drenagem - Etapa 
Macrodrenagem nas bacias Atuba, Belém, 
Barigui, Iguaçu, Padilhas e Passaúna, 
inseridas no município de Curitiba. 
 
 
VOLUME IV 
MANUAL DE DRENAGEM 
 
Volume Técnico referente ao Contrato 19390 de 
Prestação de Serviços que entre si fazem o MUNICÍPIO 
DE CURITIBA com a interveniência do INSTITUTO DE 
PESQUISA E PLANEJAMENTO URBANO DE CURITIBA - 
IPPUC e a COBRAPE CIA BRASILEIRA DE PROJETOS E 
EMPREENDIMENTOS. 
 
 
 
 
COB–7548–Volume IV
 
 
2 
 
RELAÇÃO DE VOLUMES 
O Plano diretor de Macrodrenagem Urbana de Curitiba foi divido em 6 
volumes sendo eles: 
VOLUME I – RESUMO EXECUTIVO 
Mostra de maneira concisa todas as diretrizes do plano. 
VOLUME II– VOLUME TÉCNICO 
O volume técnico é dividido em cinco tomos distintos, sendo eles: 
Tomo 1: SISTEMA INSTITUCIONAL – Apresenta uma síntese do Sistema 
Institucional existente e propõe um rol de minutas de leis para complementação 
do sistema institucional de modo a permitir a aplicação legal, a efetivação e a 
gestão do Plano Diretor de Drenagem. Compatibiliza o Plano Diretor de 
Drenagem do Alto Iguaçu com este e dá as diretrizes para todas as medidas 
não estruturais. 
Tomo 2: POLITICAS E AÇÕES NÃO ESTRUTURAIS – Apresenta as 
políticas e ações para controle do solo urbano com o objetivo de 
minimizar os impactos de cheias. 
Tomo 3: CAPACIDADE DO SISTEMA ATUAL– Identifica as áreas 
críticas sob risco de inundação e seus principais aspectos. Apresenta 
um diagnóstico das inundações máximas observadas. 
Tomo 4: CARACTERIZAÇÕES DAS BACIAS E MEDIDAS DE 
CONTROLE ESTRUTURAIS – Caracterizações das áreas em estudo 
por unidade de bacia, estudos hidrológicos e hidráulicos, análises, 
cenários e intervenções de medidas de controle estruturais. 
Tomo 5: SUBSIDIOS TÉCNICOS E ECONÔMICOS – Avalia os 
benefícios técnicos e econômicos das intervenções propostas para 
mitigação de cheias. 
VOLUME III– IMPLANTAÇÃO DA REDE TELEMÉTRICA 
Descreve os equipamentos da implantação telemétricas, bem como local de 
instalação dos equipamentos, configurações e custos. 
VOLUME IV – MANUAL DE DRENAGEM 
Apresenta os critérios, fundamentação teórica e um resumo do Plano Diretor de 
Drenagem com a síntese dos trabalhos elaborados e ações propostas. 
Apresenta também as recomendações da Prefeitura Municipal de Curitiba 
quanto às intervenções para retenção e infiltração da água excedente de 
chuva. 
 
 
 
 
3 
 
SUMÁRIO 
1. INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 10 
1.1 Apresentação ................................................................................................. 10 
2. REGULAMENTAÇÃO .............................................................................................. 12 
3. IMPACTOS DA URBANIZAÇÃO NO SISTEMA DE DRENAGEM ......................... 22 
3.1 O Ciclo Hidrológico .................................................................................... 22 
3.2 Erosão ......................................................................................................... 22 
3.2.1. Formas de Erosão ................................................................................... 23 
3.3 Inundações e Enchentes ........................................................................... 24 
3.3.1 Enchentes em Áreas Ribeirinhas .......................................................... 24 
3.3.2 Inundações ............................................................................................ 25 
3.3.3 Consequências ...................................................................................... 25 
3.3.4 Registro de Inundações e Enchentes em Curitiba ................................ 26 
4. CARACTERIZAÇÃO DAS BACIAS ........................................................................ 28 
4.1 Bacia do Rio Atuba ..................................................................................... 28 
4.2 Bacia do Rio Barigui .................................................................................. 33 
4.3 Bacia do Rio Belém .................................................................................... 38 
4.4 Bacia do Ribeirão dos Padilhas ................................................................ 43 
4.5 Bacia do Rio Passaúna .............................................................................. 48 
4.6 Bacia do Rio Iguaçu ................................................................................... 51 
5. CONCEITOS E DEFINIÇÕES SOBRE DRENAGEM URBANA .............................. 56 
5.1 Apresentação .............................................................................................. 56 
5.2 Regimes de Escoamento ........................................................................... 57 
5.2.1. Definições ................................................................................................ 57 
5.2.2. Caracterização do escoamento ............................................................... 58 
5.2.3. Número de Froude ................................................................................... 58 
5.3 Linha de Energia em Regime Permanente ............................................... 60 
5.3.1. Metodologia para a linha de energia ........................................................ 60 
5.3.2. Perda de carga singular ou localizada ..................................................... 61 
5.4 Microdrenagem ........................................................................................... 62 
5.5 Macrodrenagem .......................................................................................... 63 
5.5.1. Terminologia - macrodrenagem ............................................................... 63 
5.6 Tempo de Concentração ............................................................................ 64 
5.7 Tempo de Retorno ...................................................................................... 65 
5.8 Permeabilidade ........................................................................................... 66 
5.8.1. Taxa de Permeabilidade .......................................................................... 66 
5.9 Capacidade de Retenção do Solo - Número da Curva (CN) ................... 66 
5.9.1. Tipo de solo ............................................................................................. 68 
5.10 Parâmetros Físicos da Bacia Hidrográfica .............................................. 69 
5.10.1. Coeficiente de Compacidade ................................................................. 69 
5.10.2. Fator de Forma ...................................................................................... 69 
5.10.3. Densidade de Drenagem (Dd) ............................................................... 70 
 
 
4 
 
5.10.4. Extensão Média do Escoamento Superficial (L) .................................... 70 
5.10.5. Sinuosidade do Curso da Água (SIN) .................................................... 70 
6. SISTEMAS DE MICRODRENAGEM ....................................................................... 71 
6.1 Terminologia ............................................................................................... 71 
6.2 Cálculos e Dimensionamentos ................................................................. 72 
6.2.1. Cálculo da Vazão de projeto para microdrenagem .................................. 72 
6.2.1.1. Método Racional ......................................................................... 72 
6.2.2. Precipitação ............................................................................................. 74 
6.2.3. Coeficiente de "Run off" ...........................................................................77 
6.2.4. Condução hidráulica de ruas e sarjetas ................................................... 79 
6.2.4.1. Dimensionamento de Bocas-de-Lobo ......................................... 80 
6.2.4.2.Dimensionamento de Galerias..................................................... 84 
7. SISTEMAS DE MACRODRENAGEM ...................................................................... 85 
7.1 Cálculos e Dimensionamentos ................................................................. 85 
7.1.1. Precipitação de projeto ............................................................................ 85 
7.1.1.1. Distribuição espacial e coeficientes de abatimento .................... 85 
7.1.1.2. Distribuição temporal .................................................................. 85 
7.1.1.3. Método dos blocos alternados .................................................... 86 
7.1.1.4. Hidrograma unitário triangular .................................................... 88 
7.2 Projetos de Redes Pluviais de Macrodrenagem ...................................... 90 
7.2.1. Planejamento ........................................................................................... 91 
7.2.2. Etapas do estudo de planejamento ......................................................... 92 
7.2.2.1. Caracterização da bacia ............................................................. 93 
7.2.2.2. Definição dos cenários................................................................ 93 
7.2.2.3. Simulação dos cenários .............................................................. 93 
7.2.2.4. Seleção de alternativas para controle ......................................... 94 
7.2.2.5. Simulação das alternativas previstas .......................................... 95 
7.2.2.6. Avaliação da qualidade da água ................................................. 96 
7.2.2.7. Avaliação econômica: ................................................................. 96 
7.2.2.8. Seleção da melhor alternativa: ................................................... 96 
8. ELEMENTOS ESTRUTURAIS DE MICRODRENAGEM ......................................... 97 
8.1 Pavimento Poroso ...................................................................................... 97 
8.2 Trincheira de Retenção e Infiltração ....................................................... 101 
8.3 Vala de Infiltração ..................................................................................... 110 
8.4 Poço de Infiltração / Injeção .................................................................... 114 
8.5 Microrreservatório e Microrreservatório Poroso ................................... 118 
8.6 Telhado Reservatório ............................................................................... 122 
8.7 Manta de Infiltração .................................................................................. 124 
9. ELEMENTOS ESTRUTURAIS DE MACRODRENAGEM ..................................... 126 
9.1 Parque Isolado Associado a Reservatório de Amortecimento ............ 126 
9.2 Parque Linear Ribeirinho ......................................................................... 126 
9.3 Proteção das Cabeceiras das Bacias ..................................................... 127 
 
 
5 
 
9.4 Restauração de Várzeas .......................................................................... 128 
9.5 Banhados Construídos (Wetlands) ......................................................... 129 
9.6 Restauração de Margens ......................................................................... 130 
9.7 Recomposição de Vegetação Ciliar ........................................................ 130 
9.8 Renaturalização de Rios e Córregos ...................................................... 131 
9.9 Contenção de Encostas Instáveis .......................................................... 131 
9.10 Bacias de Contenção de Sedimentos ..................................................... 132 
9.11 Dissipadores de Energia .......................................................................... 133 
9.12 Adequação de Canais para Retardar Escoamento ............................... 133 
9.13 Obras de Desassoreamento .................................................................... 134 
9.14 Sistema de Galeria de Águas Pluviais .................................................... 134 
9.15 Sistema de Reuso de Águas Pluviais ..................................................... 135 
9.16 Bacia de Detenção .................................................................................... 135 
9.17 Bacias de Retenção .................................................................................. 139 
9.18 Bacias Subterrâneas ................................................................................ 142 
9.19 Condutos de Armazenamento ................................................................. 143 
9.20 Faixas e Valetas Gramadas ..................................................................... 144 
10. PARÂMETROS PARA PROJETOS DE DRENAGEM ........................................ 147 
10.1 Aplicação da Norma e Aprovação .......................................................... 147 
10.2 Elaboração dos Projetos ......................................................................... 148 
10.3 Padronizações .......................................................................................... 149 
11. REFERÊNCIAS .................................................................................................... 150 
 
 
 
6 
 
LISTA DE QUADROS 
Quadro 1 – Legislação Federal relacionada com a Drenagem Urbana ....................... 13 
Quadro 2 – Legislação Estadual relacionada com a Drenagem Urbana ...................... 17 
Quadro 3 – Legislação Municipal relacionada com a Drenagem Urbana .................... 19 
Quadro 4 – Registros Pluviométricos na cidade de Curitiba ........................................ 27 
Quadro 5 – Valores do Coeficiente de Rugosidade de Manning .................................. 58 
Quadro 6 – Regime de Escoamento de acordo com o número de Froude .................. 59 
Quadro 7 – Tempos de retorno (T) – DAEE e CETESB (1980) ................................... 66 
Quadro 8 – CN para áreas urbanas considerando percentual de área impermeável 
– NATIONAL ENGINEERING HANDBOOK (2004) ................................. 67 
Quadro 9- Condutividade hidráulica saturada em diversos tipos de solo ..................... 69 
Quadro 10 – Coeficientes de escoamento superficial C – ASCE (1969) ..................... 78 
Quadro 11 – Fatores de Redução de Escoamento das Sarjetas (DAEE/CETESB, 
1980) ........................................................................................................ 84 
Quadro 12 – Hietograma - Método dos Blocos Alternados .......................................... 88 
Quadro 13 - Coeficiente de Escoamento ...................................................................... 97 
Quadro 14 – Valores de Coeficiente de Escoamento (C) para algumas superfícies ... 99 
Quadro 15 – Valores dos parâmetros para Sistemas de Reservação e Infiltração 
sem tubos, apenas a vala mais a pedra brita ........................................ 108 
Quadro 16 – Valores dos parâmetros para Sistemas de Reservação e Infiltração 
sem tubos, para execução com miniescavadeira .................................. 108 
 
 
 
7 
 
LISTA DE FIGURAS 
Figura 1 – Figura representativa de inundação e enchente ......................................... 24 
Figura 2 – Diagrama Unifilar do Sistema de Macrodrenagem – Bacia do rio Atuba .... 29 
Figura 3 – Mapa da hidrografia da Bacia do Rio Atuba ................................................ 30 
Figura 4 – Mapa de zoneamento e ocupação do solo da Bacia do Rio Atuba ............. 32 
Figura 5 – Diagrama Unifilar do Sistema de Macrodrenagem– Bacia do rio 
Barigui ........................................................................................................ 34 
Figura 6 – Mapa da hidrografia da Bacia do Rio Barigui .............................................. 35 
Figura 7 – Mapa de zoneamento e ocupação do solo da Bacia do Rio Barigui ........... 37 
Figura 8 – Diagrama Unifilar do Sistema de Macrodrenagem - Bacia do rio Belém .... 39 
Figura 9 – Mapa da hidrografia da Bacia do Rio Belém ............................................... 41 
Figura 10 – Mapa de zoneamento e ocupação do solo da Bacia do Rio Belém .......... 42 
Figura 11 – Diagrama Unifilar – Bacia do Ribeirão dos Padilhas ................................. 44 
Figura 12 – Mapa da hidrografia da Bacia do Ribeirão dos Padilhas ........................... 45 
Figura 13 – Mapa de zoneamento e ocupação do solo da Bacia do Ribeirão dos 
Padilhas ..................................................................................................... 47 
Figura 14 – Diagrama Unifilar – Bacia do Rio Passaúna ............................................. 48 
Figura 15 – Mapa da hidrografia da Bacia do Rio Passaúna ....................................... 49 
Figura 16 – Mapa de zoneamento e ocupação do solo da Bacia do Rio Passaúna .... 50 
Figura 17 – Diagrama Unifilar – Bacia do Rio Iguaçu ................................................... 52 
Figura 18 – Mapa da hidrografia da Bacia do Rio Iguaçu ............................................ 54 
Figura 19 – Mapa de zoneamento e ocupação do solo da Bacia do Rio Iguaçu ......... 55 
Figura 20 – Determinação da linha de energia utilizando a equação de Bernoulli ....... 60 
Figura 21 - Tipos de boca-de-lobo (DAEE/CETESB, 1980 - Adaptado) ...................... 72 
Figura 22 – Chuvas Intensas - Equação COHAPAR (2000) - Duração em 
minutos ....................................................................................................... 76 
Figura 23 - Seção da sarjeta ........................................................................................ 80 
Figura 24 – Capacidade de engolimento (DAEE/CETESB, 1980 - adaptado) ............. 82 
Figura 25 – Capacidade de esgotamento das bocas de-lobo com depressão de 5 
cm em pontos baixos das sarjetas (DAEE/CETESB, 1980 - 
Adaptado) ................................................................................................... 83 
Figura 26 – Hidrograma triangular SCS (Tucci, 1993 - Adaptado) ............................... 89 
Figura 27 – Etapas do Planejamento - Projeto de rede pluvial de macrodrenagem .... 92 
Figura 28 – Representação de pavimento poroso ...................................................... 100 
Figura 29 – Representação de pavimento poroso ...................................................... 101 
Figura 30 – Representação do Sistema de Reservação e Infiltração com seção 
retangular ................................................................................................. 103 
Figura 31 – Representação do Sistema de Reservação e Infiltração com tubos 
de concreto com diâmetro de 1,20 m ....................................................... 104 
Figura 32 – Trincheira de infiltração (Schueler, 1987 - Adaptado) ............................. 108 
Figura 33 – Trincheira de infiltração (Schueler, 1987 - Adaptado) ............................. 109 
Figura 34 – Detalhe PLANTA PEDRÃO – DRENO LATERAL PARA 
RESERVAÇÃO E INFILTRAÇÃO DAS ÁGUAS PLUVIAIS (Secretaria 
Municipal de Obras Públicas - Adaptado) ............................................... 109 
 
 
8 
 
Figura 35 – Detalhe do DRENO LATERAL PARA RESERVAÇÃO E 
INFILTRAÇÃO DAS ÁGUAS PLUVIAIS (Secretaria Municipal de 
Obras Públicas - Adaptado) .................................................................... 110 
Figura 36 – Vala de infiltração (Schueler, 1987 - Adaptado) ...................................... 113 
Figura 37 - Vala de retenção (Azzout et al., 1994 - Adaptado) .................................. 114 
Figura 38 - Poço de infiltração preenchido com brita (Azzout et al., 1994 - 
Adaptado) ................................................................................................. 117 
Figura 39 – Poço de infiltração e poço de injeção (Azzout et al., 1994 - Adaptado) .. 117 
Figura 40 – Poço de infiltração associado com bacia de infiltração (Azzout et al., 
1994 - Adaptado) ..................................................................................... 117 
Figura 41 – Poço de infiltração em parques ou praças (Azzout et al., 1994 - 
Adaptado) ................................................................................................. 118 
Figura 42 – Microrreservatório em alvenaria (Cruz et al, 1998 - Adaptado) ............... 121 
Figura 43 - Microrreservatório poroso enterrado (Schueler, 1987 - Adaptado) .......... 121 
Figura 44 - Telhados reservatório (Azzout,1994 - Adaptado) ..................................... 123 
Figura 45 - Telhados reservatório com cascalho (Azzout et al, 1994 - Adaptado) ..... 123 
Figura 46 – Manta de infiltração - Planta .................................................................... 125 
Figura 47 – Manta de infiltração – Perfil ..................................................................... 125 
Figura 48 – Sediment basin (Mecklenberg, 1996 - Adaptado) ................................... 132 
Figura 49 – Sediment pond (Mecklenberg, 1996 - Adaptado) .................................... 132 
Figura 50 - Bacia de detenção (Schueler, 1987 - Adaptado) .................................... 139 
Figura 51 - Bacia de retenção (Schueler, 1987 - Adaptado) ...................................... 141 
Figura 52 - Bacia subterrânea (STU, 1993 - Adaptado) ............................................. 143 
Figura 53 - Faixas Gramadas (fonte: Urban Drainage and Flood District, 1992 - 
Adaptado) ................................................................................................. 145 
Figura 54 – Valeta Gramada (fonte: Urban Drainage and Flood District, 1992 - 
Adaptado) ................................................................................................. 146 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
 
TOMO V – MANUAL DE DRENAGEM 
 
 
10 
 
1. INTRODUÇÃO 
1.1 Apresentação 
Drenagem é o termo comumente empregado na designação das instalações 
destinadas a coletar e transportar a água que se precipita nos eventos de 
chuva no meio urbano. 
O sistema de drenagem deve, em tese, evitar o acúmulo dessa água 
precipitada, que possa vir a provocar transtornos à saúde das pessoas, bem 
como danos e prejuízos ao patrimônio público e privado. 
O sistema de drenagem urbana tem vinculação direta com outros aspectos 
componentes da infraestrutura, tais como: o sistema de abastecimento de 
água, o sistema de coleta e tratamento de esgoto, o sistema de coleta, 
transporte e disposição final de resíduos sólidos. Tem relação, ainda, com a 
determinação e controle das condições de escoamento proporcionadas pelos 
cursos de água e seus componentes de erodibilidade e assoreamento, bem 
como aspectos de natureza legal e institucional, uso e ocupação do solo, 
parcelamento do solo e áreas de preservação permanente. 
Os estudos e diretrizes do Plano Diretor de Drenagem (PDD), aliados ao Plano 
Diretor Urbano (PDU) vigente, fornecem ao Manual de Drenagem os subsídios 
necessários para que seja um instrumento orientativo para projetistas sobre as 
restrições e métodos aceitos no dimensionamento da drenagem na cidade, em 
consonância com normas e leis vigentes em âmbito nacional, estadual e 
municipal a respeito da drenagem urbana e do uso do solo urbano. 
O Manual de Drenagem integra e ressalta a importância de todos os estudos 
desenvolvidos no PDD para as Bacias do Atuba, Belém, Barigui,Padilhas, 
Passaúna e Iguaçu inseridas no Município de Curitiba. A partir desses estudos, 
o manual sintetiza as informações pertinentes para a consulta pelos 
profissionais que planejam e projetam a drenagem urbana no município de 
Curitiba e atribui critérios construtivos e de projeto para que se tenha uma 
uniformização do tratamento dos aspectos de drenagem no município. 
Todavia, o Manual de Drenagem é restrito para fins de orientação e não possui 
 
 
11 
 
valor legislativo, sendo os únicos elementos limitantes aqueles relacionados à 
legislação pertinente. 
 
 
12 
 
2. REGULAMENTAÇÃO 
O presente capítulo apresenta, em forma de tabela, a síntese da 
regulamentação relacionada com a drenagem urbana. O objetivo é facilitar a 
consulta das leis que tratam de drenagem, no momento da elaboração de 
estudos e projetos a ela relacionados. 
A tabela está dividida em legislação Federal, Estadual e Municipal, cada parte 
disposta em colunas, apresentadas da seguinte maneira: 
 TIPO: classifica se a legislação listada é uma Lei, Decreto-Lei, Decreto, 
Medida Provisória, Lei Complementar ou Resolução; 
 NÚMERO E DATA: apresenta o número do documento e a data em que 
entrou em vigor; 
 ABORDAGEM: indica sob quais aspectos são abordadas as questões 
de drenagem. Foram atribuídos quatro aspectos: 
o S Aborda questões referentes ao Saneamento 
o MA Aborda questões referentes ao Meio Ambiente 
o GU Aborda questões referentes à Gestão Urbana 
o I Aborda questões referentes a Estabelecimentos ou 
Modificações Institucionais 
 DISPOSIÇÃO: apresenta a disposição ou a finalidade do documento; 
 STATUS: indica se o documento está em vigor; 
 
 
 
 
13 
 
Quadro 1 – Legislação Federal relacionada com a Drenagem Urbana 
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Quadro 2 – Legislação Estadual relacionada com a Drenagem Urbana 
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Quadro 2 (continuação) – Legislação Estadual relacionada com a Drenagem Urbana 
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Quadro 3 – Legislação Municipal relacionada com a Drenagem Urbana 
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3. IMPACTOS DA URBANIZAÇÃO NO SISTEMA DE DRENAGEM 
3.1 O Ciclo Hidrológico 
A água é a substância essencial para a vida na Terra, sendo válido afirmar que 
toda a quantidade água existente no planeta é constante. A mudança de 
estado físico da água entre sólido, líquido e gasoso, que ocorre entre as 
geleiras, oceanos, águas superficiais, águas subterrâneas e atmosfera, 
constitui um sistema fechado conhecido como ciclo hidrológico. 
A precipitação é parte do ciclo hidrológico. Do volume de água que atinge o 
solo, parte infiltra (abastecendo os lençóis freáticos e aquíferos), parte evapora 
e outra parte escoa pela superfície, sendo drenada através de canais, naturais 
ou artificiais, para rios para lagos, mares e oceanos. 
3.2 Erosão 
Movimentação da camada superficial do solo por deflúvio ou precipitações 
pluviais, alterando o estado natural de equilíbrio desta camada. Segundo 
Fendrich, (1984, p. 18), a erosão pode ser traduzida como um processo de 
“desagregação, transporte e deposição do solo, sub-solo e rocha em 
decomposição , pelas águas, ventos ou geleiras”. 
A erosão pode ter impacto significativo no sistema de drenagem, quando 
camadas de solo são deslocadas, soterrando tubulações, dispositivos de 
contenção, alterando leitos ou diminuindo a secção dos mesmos. Como 
consequência pode ser aumentada a velocidade de escoamento ou ainda 
carrear sedimentos para outras áreas ou bacias. 
No meio urbano, o processo erosivo é mais acentuado quando em área pouco 
urbanizada, movimentando grande aporte de sólidos; e menos acentuado 
(representando menor risco) quando em áreas mais urbanizadas, 
movimentando menor volume de sólidos, decaindo gradualmente até a 
consolidação da bacia. 
Pode-se afirmar que quanto mais coberto for o solo por vegetação,menor a 
 
 
23 
 
probabilidade de erosão. Porém, a matéria orgânica depositada pela vegetação 
urbana na camada de solo pode torná-lo poroso e propiciar um novo evento de 
movimento destas camadas: agravando um processo de erosão ou iniciando 
um novo processo erosivo. 
A erosão pode ser agravada com a urbanização de áreas inadequadas, 
suscetíveis a deslizes de camadas, com a ocupação de áreas críticas e 
técnicas inadequadas de manejo do solo. 
3.2.1. Formas de Erosão 
A erosão pode ter natureza eólica ou hídrica. A erosão de natureza eólica é 
produzida por ação aerodinâmica, onde as partículas se desprendem do solo e 
são transportadas em suspensão até que haja condições de deposição. 
Na erosão de natureza hídrica, a ação hidrodinâmica (por exemplo, 
precipitações) desagrega as partículas do solo, desprendendo-as do seu local 
de origem. Quando a precipitação no local supera a capacidade de infiltração 
do solo, inicia-se o escoamento superficial, que poderá produzir a erosão 
superficial. Enquanto esta erosão estiver restrita às camadas superficiais 
denomina-se erosão laminar. Quando a concentração do escoamento produzir 
caminhos preferenciais, gerando um aumento dos esforços cortantes sobre o 
solo e aprofundamento de sulcos, classifica-se o processo erosivo de erosão 
em sulco. A erosão em sulco, em grandes proporções, resulta na formação de 
ravinas. 
As formas de erosão mais agressivas, que resultam em sulcos, ravinas e 
voçorocas, são localizadas e denominadas em geral de erosões lineares. De 
maneira geral estas erosões estão ligadas às deficiências de micro-drenagem e 
demandam maior atenção, pois, além de prejuízos econômicos e 
antropológicos representam perigos potenciais. 
Normalmente, as erosões que registram grande aporte de volume sólido aos 
cursos d’água são frutos das ações hidrodinâmicas e dependentes também de 
características tais como a geomorfologia da bacia e sua cobertura. 
 
 
 
 
24 
 
3.3 Inundações e Enchentes 
Caracteriza-se como enchente o aumento do volume de água dos rios até seu 
leito maior. Ao ultrapassar esta margem e entrar em área urbana (não 
necessariamente área urbanizada) denomina-se o processo de alagamento de 
inundações. 
Figura 1 – Figura representativa de inundação e enchente 
 
 
3.3.1 Enchentes em Áreas Ribeirinhas 
As enchentes em áreas ribeirinhas ocorrem principalmente pelo processo 
natural no qual o rio ocupa o seu leito maior, de acordo com os eventos 
chuvosos extremos e, em média, com tempo de retorno superior a dois anos. 
As enchentes nestas áreas se agravam quando há ocupação irregular neste 
leito maior do rio. Tais ocupações ocorrem, em geral, devido à falta de 
fiscalização do uso e ocupação do solo nas áreas ribeirinhas e devido à não 
adequação do uso das áreas sujeitas a enchentes, tornando-as suscetíveis a 
invasões. 
Outras causas podem estar relacionadas ao processo de urbanização, com o 
surgimento de novas singularidades ao longo dos rios tais como pontes, 
aterros, desvios, canalizações, inserção de galerias e bueiros; que em maior ou 
menor grau, produzem obstruções ao fluxo das águas. 
 
 
 
25 
 
3.3.2 Inundações 
As ocorrências das inundações usualmente estão associadas a um conjunto de 
causas. Dentre as principais, cita-se a crescente e contínua impermeabilização 
das áreas das bacias contribuintes. Também estão associados às inundações 
o assoreamento do canal de drenagem, desmatamento, elevada densidade de 
edificações e as falhas ou mau dimensionamento das redes de condutos de 
escoamento. 
Existe ainda o aspecto do lançamento de resíduos de toda natureza no leito 
dos rios, que além de comprometer a qualidade das águas também provoca 
uma redução da seção de fluxo e na capacidade de transporte. 
Os processos de urbanização não controlada e o excesso de obras 
impermeabilizantes reduzem a capacidade de infiltração da água no solo e 
consequentemente aumentam o seu escoamento superficial. 
3.3.3 Consequências 
Dentre as principais consequências das enchentes e inundações no meio 
urbano, podem-se citar a interrupção das atividades econômicas, a 
disseminação de doenças de veiculação hídrica, a contaminação da água pela 
inundação de locais com materiais nocivos à saúde, destruição de 
equipamentos urbanos, além da transposição das camadas de terra resultantes 
da erosão causada pela inundação em áreas de risco, de agricultura ou 
impróprias. 
As enchentes e inundações no meio urbano têm um alto custo para os cofres 
públicos. Estes custos são classificados em tangíveis, incluindo os danos 
físicos (custos de separação e limpeza de prédios, perdas de objetos, mobília, 
equipamentos, entre outros), custos de emergência (evacuação, reocupação, 
habitação provisória, etc.) prejuízos financeiros (devido à interrupção do 
comércio, indústrias) e custos intangíveis, que não têm valor de mercado, como 
a perda de vida ou obras, prédios históricos e economias (áreas anteriormente 
cultiváveis ou de cultura permanente). 
 
 
26 
 
 
3.3.4 Registro de Inundações e Enchentes em Curitiba 
Até 1990 o Departamento Nacional de Obras e Saneamento (DNOS) era o 
órgão responsável pelo gerenciamento e pesquisa sobre inundações no âmbito 
nacional. Com a sua extinção no governo Collor e a informação sistematizada, 
registros históricos e relatórios sobre inundações desapareceram. Assim, existe 
uma lacuna relativa a este tópico. Depois de 1990 a defesa Civil (DC) passou a 
ser a única instituição que possui registros oficiais de inundações da cidade de 
Curitiba no Paraná. Existem algumas informações no acervo do Departamento 
Nacional de Água e Energia Elétrica (DNAEE), Superintendência do Controle 
de Erosão e Saneamento Ambiental (SUCEAM), Coordenação da Região 
Metropolitana de Curitiba (COMEC) e Instituto de Pesquisa e Planejamento de 
Curitiba (IPPUC). 
Os primeiros registros históricos de inundações na cidade de Curitiba datam da 
década de 20, tendo como local mais vulnerável a região central compreendida 
pela Praça Zacarias, Rua Luiz Xavier e Praça Osório. 
Naquela época os rios Bigorrilho, Ivo e Água Verde, pelos seus talvegues que 
cruzavam e ainda cruzam a malha urbana central, representavam os locais de 
maior vulnerabilidade às inundações. 
De acordo com Zanella (2006), dentre os principais eventos relacionados a 
enchentes e inundações ocorridos em Curitiba, podemos destacar: 
 
 
27 
 
 
Quadro 4 – Registros Pluviométricos na cidade de Curitiba 
DATA  REGISTRO PLUVIOMÉTRICO  BAIRROS AFETADOS 
05 de fevereiro de 
1982 100,6 mm em 24 horas 
Bairros mais afetados foram Uberaba, Boqueirão, Vila 
Sofia, Santa Quitéria, Vila Oficinas, Santa Felicidade, 
Santa Cândida, Vila Hauer e Jardim Virgínia 
11 de dezembro 
de 1983 Equivalente a 97,9 mm 
As regiões que mais sofreram com a chuva foram o 
centro de Curitiba e os bairros Cajuru e Guabirotuba. 
Os impactos causados pela chuva foram 
alagamentos, árvores caídas e danos à rede elétrica 
14 de maio de 
1993 138,00 mm em 24 horas 
O município de Pinhais foi o mais atingido. Em 
Curitiba o bairro Cajuru foi o mais atingido. 
07 a 13 de janeiro 
1995 Equivalente a 361,8 mm (INMET) 
Os bairros mais atingidos foram Vila Verde, Vila Sofia, 
Uberaba, Weisópolis (Pinhais), Maria Antonieta 
(Pinhais), Vila Oficinas, Bairro Alto, Bacacheri, BR-
277, São Judas Tadeu, Jardim Acrópole, Vila Tarumã 
(Pinhais) e Jardim Ipê (São José dos Pinhais) 
12 de fevereiro de 
1997 102,5 mm em 24h 
· Os bairros mais atingidos foram Boqueirão, 
Cajuru, Portão, Bairro Alto, Vila Oficinas e Cidade 
Industrial. 
22 de fevereiro de 
1999 
146,2 mm sendoque 143 mm 
caíram em apenas 3 horas 
Os bairros atingidos foram: Mercês, Santa Felicidade, 
Bom Retiro, Rebouças, Campina do Siqueira e 
Boqueirão. 
21 de setembro 
de 2003 
Equivalente a 103,3 mm em 24 
horas 
Os locais mais atingidos foram os bairros da cidade 
industrial: Vila Jacira, Beija-Flor, Nossa Senhora 
Aparecida e Terminal de Cargas. Pinheirinho, Santa 
Cândida, Bairro Alto, Vila Guaira e Vila Acrópole 
 
 
28 
 
 
4. CARACTERIZAÇÃO DAS BACIAS 
As bacias inseridas no perímetro urbano de Curitiba são: do rio Atuba, rio 
Barigui, rio Belém, rio Passaúna, Ribeirão dos Padilhas e do rio Iguaçu. 
4.1 Bacia do Rio Atuba 
O rio Atuba é afluente pela margem direita do rio Iguaçu e possui 27,86km de 
extensão. Possui nascente na região Serrana do Açungui no município de 
Colombo com sentido Norte-Sul até sua foz, no rio Iguaçu, no município de São 
José dos Pinhais. 
Sua bacia hidrográfica, cujo canal principal tem uma extensão aproximada de 
32,45 km, abrange uma área total de drenagem de cerca de 127,20km² e seu 
principal contribuinte é a bacia do rio Bacacheri, com área de drenagem 
estimada em 30,68 km². 
Situada no primeiro planalto paranaense e ocupando uma área aproximada de 
63,70 km² no município de Curitiba, a bacia do rio Atuba abrange também parte 
dos municípios de Almirante Tamandaré, Colombo e Pinhas. 
O rio Atuba encontra com o rio Iraí na Área de Proteção Ambiental do Rio 
Iguaçu (APA Iguaçu), localizada próximo à estação de captação de Água da 
SANEPAR na rodovia BR-277. Este local é conhecido como o marco zero do 
rio Iguaçu, ponto que faz divisa de três municípios: Curitiba, São José dos 
Pinhais e Pinhais. 
Os principais afluentes do rio Atuba são: Rio Bairro Alto, Rio Bacacheri, Rio 
Vila Oficinas, Rio Teófilo Otoni, Rio Jardim Natália, Rio Jardim Mercúrio, Rios 
Arruda e Monjolo que não estão inseridos no município de Curitiba. 
As figuras a seguir mostram a o diagrama unifilar do Sistema de 
Macrodrenagem da bacia do rio Atuba e o mapa da hidrografia dentro do limite 
do município de Curitiba: 
 
 
 
29 
 
Figura 2 – Diagrama Unifilar do Sistema de Macrodrenagem – Bacia do rio Atuba 
 
 
 
 
30 
 
Figura 3 – Mapa da hidrografia da Bacia do Rio Atuba 
 
 
 
 
31 
 
Com relação ao zoneamento urbano de Curitiba determinado no Plano Diretor 
Urbano, a bacia do Rio Atuba possui parte significativa de sua área 
regulamentada como zona residencial (ZR), sendo expressiva a área 
classificada como ZR-OC (zona residencial de ocupação controlada), com taxa 
de permeabilidade do solo regulamentada é de 50%. Possui parte da APA do 
Iguaçu e poucas áreas de praças. Estão presentes nesta bacia zonas de como 
a ZT-BR116 e setor especial estrutural, esta última com regulamentação que 
permite a verticalização e impermeabilização do solo. 
As áreas verdes e de lazer, na bacia do rio Atuba, perfazem um total de 
8.642.990 m², que representam um índice de 29,42 m² de área verde/habitante 
(SMMA, 2007). Destacam-se entre os parques e bosques, os seguintes: 
Parque Barreirinha, Parque do Atuba, Parque Bacacheri, Parque Santa 
Clementina, Bosque de Portugal, Bosque do Capão da Imbuia. 
Dados obtidos com a análise do canal existente e dos estudos hidrológicos de 
condução e detenção, indicam que a bacia do Rio Atuba se encontra sob forte 
efeito de erosão nas cabeceiras, o que se comprova com a elevada inclinação 
do álveo e a profundidade do curso principal. O fluxo transporta o material 
erodido até próximo da foz, assoreando o canal e diminuindo a capacidade de 
escoamento. A mudança de traçado do canal do rio Atuba a montante do rio 
Iguaçu, feita para proteção da ETE Sanepar provavelmente afeta a dinâmica de 
sedimentação, aumentando o ritmo do assoreamento. 
A figura a seguir mostra o zoneamento, uso e ocupação do solo na região da 
bacia do rio Atuba: 
 
 
32 
 
Figura 4 – Mapa de zoneamento e ocupação do solo da Bacia do Rio Atuba 
 
 
 
 
 
 
33 
 
4.2 Bacia do Rio Barigui 
O rio Barigui, principal canal da bacia, nasce no município de Almirante 
Tamandaré, na serra da Betera na cota 1.080 metros. Cruza a região central do 
município de Almirante Tamandaré, desenvolve-se cruzando a região central 
do município de Curitiba no sentido Norte-Sul e tem sua foz na cota 870 metros 
à margem direita do rio Iguaçu, no município de Araucária. 
Com uma extensão total estimada em 60 km, tem seu caminho iniciado no 
município de Curitiba pelo bairro Abranches, passando Taboão, Pilarzinho, 
Vista Alegre, Cascatinha Mercês, Bigorrilho, Santo Inácio, Mossunguê, 
Campina do Siqueira, Seminário, Campo Comprido, Santa Quitéria, 
Fazendinha, Cidade Industrial, Tatuquara, Campo do Santana e finalmente no 
bairro do Caximba, alcançando o Rio Iguaçu no município de Araucária. A 
extensão estimada percorrida dentro do município de Curitiba é 45 km. A área 
total de drenagem ocupada pela bacia dentro do município de Curitiba 
representa cerca de 35% da área de bacias dentro do município. O que 
evidencia sua importância no desenvolvimento social, político e econômico do 
município. 
Os afluentes do rio Barigui são: Rio Cascatinha, Rio Mossunguê, Rio Campo 
Comprido, Rio Campina do Siqueira, Rio Hermes Fontes, Rio Vila Izabel, Rio 
Vila Formosa, Rio Capão Raso, Rio Campo do Santana. 
Destacam-se entre os parques e bosques, os seguintes: Parque Barigui, 
Parque Tingui, Parque Tanguá, Bosque da Fazendinha, Bosque do 
Trabalhador, Bosque da Vista Alegre, Bosque Italiano. 
As figuras a seguir mostram a o diagrama unifilar do Sistema de 
Macrodrenagem e o mapa da hidrografia da bacia do rio Barigui inserida no 
município de Curitiba: 
 
 
34 
 
Figura 5 – Diagrama Unifilar do Sistema de Macrodrenagem – Bacia do rio Barigui 
 
 
 
35 
 
Figura 6 – Mapa da hidrografia da Bacia do Rio Barigui 
 
 
 
 
 
36 
 
Há uma predominância no uso rural do solo nas regiões da bacia próximas a 
no município de Almirante Tamandaré, com algumas ocorrências de núcleos 
urbanos dispersos e baixa densidade urbana. Na parte central do rio, no 
município de Curitiba, a ocupação urbana é densa, a taxa de 
impermeabilização é alta e há predominância dos usos do solo para fins 
residenciais, de comércio e serviços. Mais ao sul, em áreas ainda pertencentes 
ao município de Curitiba ao longo da margem esquerda e em áreas 
pertencentes ao município de Araucária ao longo da margem direita, há 
predominância do uso do solo para fins industriais, localizando-se nesta região: 
a Cidade Industrial de Curitiba (CIC), parte da Cidade Industrial de Araucária 
(CIA), a Refinaria da Petrobrás (Repar), etc. Os últimos sete quilômetros são 
caracterizados sua faixa de preservação ainda desocupada, 
predominantemente rural. Porém, há previsões de crescimento populacional 
nesta área. 
A Figura a seguir mostra o zoneamento, uso e ocupação do solo na região da 
bacia do rio Barigui: 
 
 
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Figura 7 – Mapa de zoneamento e ocupação do solo da Bacia do Rio Barigui 
 
 
 
 
 
38 
 
4.3 Bacia do Rio Belém 
A bacia do rio Belém está localizada inteiramente dentro do município de 
Curitiba, na região central. Tem como seu principal canal o rio Belém com 
extensão de 17,13Km. Este nasce no bairro Cachoeira a 900 metros do nível 
do mar, atravessa a cidade de norte a sul, percorrendo vários bairros da cidade 
até desaguar no rio Iguaçu, no bairro Boqueirão. A bacia do Rio Belém 
importante relevância, pois ocupa uma área de drenagem de 87,80 km², 
equivalente a 20,32% da área total ocupada por bacias no município. 
Os principais afluentes

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