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Brecha Camponesa e Agricultura Capitalista

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Questão 1/5 - Geografia Agrária
Leia o seguinte fragmento de texto: 
"[...] a existência da brecha camponesa não põe em dúvida a existência de um modo de produção escravista nas Américas, já que as atividades autônomas dos escravos eram secundárias em relação ao escravismo dominante, além de contribuírem para a própria reprodução do escravismo". 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: GARCIA, Simone Pereira; BASTOS, Cecília Maria Chaves Brito. Ciro Flamarion S. Cardoso e a questão da brecha camponesa. Revista Tempo Amazônico, ANPUH – Amapá, v. 1, n. 1, jan./jun., p. 5-16, 2013. 
Levando em conta os conteúdos do livro-base Geografia Agrária sobre o conceito de "brecha camponesa", analise as proposições abaixo e assinale a alternativa correta:
Nota: 0.0
	
	A
	Tal conceito está atrelado às falhas nos processos de resistência camponesa ao longo da história brasileira.
	
	B
	A expressão conceitual "brecha camponesa" diz respeito aos processos de fuga de camadas desfavorecidas da população brasileira em direção ao interior do país. Na condição de camponeses, os escravos e os pobres buscavam um modo de vida mais livre e autônomo.
A alternativa correta é a letra (b), pois. a denominada "brecha camponesa" expressa um processo de ocupação do interior do país promovido pelos pobres e escravos do Brasil, os quais almejavam a possibilidade de uma organização social mais livre e autônoma, distante dos imperativos escravistas e dos donos de terra no país (livro-base, p. 79, 80).
	
	C
	"Brecha camponesa" é um termo utilizado para evidenciar o domínio das elites sobre a população mais pobre do país, grande parte situada no campo brasileiro.
	
	D
	O conceito de "brecha camponesa" pode, atualmente, ser comparado ao conceito de "reforma agrária", tendo em vista as reivindicações da população do campo no país.
	
	E
	O termo "brecha camponesa" se refere à transição promovida entre as terras públicas para as terras privadas, sobretudo por meio da normativa da Lei de Terras.
Questão 2/5 - Geografia Agrária
Leia o seguinte fragmento de texto: 
“[...] o cultivo da cana-de-açúcar, cultura ligada à agricultura capitalista, ao agronegócio, [é] altamente poluente e predatória para os recursos naturais e para a sociedade, por colocar em risco a produção de alimentos”. 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: THOMAZ, Fernanda. O modelo socialista de cooperativa de produção agrícola (CPA-MST): contradições e avanços – estudo de caso de Copava. Dissertação (Mestrado em Geografia Humana), Universidade de São Paulo. São Paulo, 2010. <http://www.reformaagrariaemdados.org.br/sites/default/files/2010_FernandaThomaz.pdf>. Acesso em 09 abr. 2017. 
A partir da citação e dos conteúdos do livro-base Geografia agrária sobre a agricultura capitalista, analise as sentenças a seguir, assinalando V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas:
I. ( ) A agricultura capitalista ou agronegócio visa o lucro, a propriedade da terra e todas as formas de cultivo.
II. ( ) A agricultura capitalista deve ser vista como o modelo mais sustentável e coerente para o desenvolvimento da sociedade, já que consegue diminuir os custos na produção e aumentar os lucros.
III. ( ) Em países subdesenvolvidos, é comum que a terra seja destinada à produção agrícola baseada na monocultura.
IV. ( ) A indústria e a agricultura familiar são parceiras na produção e é possível afirmar que essa parceria faz parte da agricultura capitalista. 
Agora, marque a alternativa que apresenta a sequência correta:
Nota: 20.0
	
	A
	F – F – V – V
Você acertou!
A alternativa (a) é a correta, pois as assertivas I e II são falsas, ou seja, a agricultura capitalista é baseada na monocultura e não é um modelo sustentável, pois gera prejuízos à terra e à sociedade em razão da insensata distribuição de lucros. As assertivas III e IV são verdadeiras, uma vez que a monocultura é própria do cultivo da agricultura capitalista e, de fato, existem acordos entre os camponeses da agricultura familiar e os grandes conglomerados de indústrias alimentícias: [...] as cooperativas têm se voltado para a produção de commodities, deixando de lado a produção de alimentos em geral. Apesar de, em sua maioria, ainda pertencerem aos camponeses, também eles acabam se voltando às leis do mercado, para obter maior renda, produzindo, na maior parte das cooperativas, as commodities [...]. Vimos que a agricultura camponesa tem como foco a produção de alimentos, uma vez que segue a lógica do consumo, e não do mercado – enquanto a agricultura capitalista segue a lógica do lucro, e assim seu foco é outro modelo de produção. A propriedade capitalista em si difere, e muito, da camponesa. Nela predomina o trabalho assalariado, o grande tamanho e a monocultura. Apesar de Martins [...] mostrar que o capitalismo cria e recria o campesinato para que possa subordiná-lo [...]. (livro-base, p. 135).
	
	B
	V – F – V – V
	
	C
	F – F – V – F
	
	D
	V – V – F – F
	
	E
	F – V – V– V
Questão 3/5 - Geografia Agrária
Leia o seguinte fragmento de texto: 
“[...] a agricultura familiar, apesar de ainda manter certa relevância, vem perdendo dinamismo quando confrontada com os dados do conjunto das atividades produtivas do sistema agroalimentar, porque, em decorrência das transformações estruturais do sistema capitalista que impactaram a agricultura, houve um desmonte das unidades familiares de produção e isso fez com que aspectos analíticos mais importantes, dinâmica do trabalho e geração de renda, ultrapassem os limites restritos das unidades produtivas agrícolas”. 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: MATTEI, Lauro. Sistema familiar de produção: algumas questões para o debate. Revista de Ciências Humanas, Florianópolis, EDUFSC, n.35, p. 205 -223, 2004. s. p. 
Segundo os conteúdos do livro-base Geografia agrária acerca da organização da propriedade camponesa da terra e a sua Unidade Familiar de Produção (UFP), assinale a alternativa correta:
Nota: 20.0
	
	A
	A Unidade Familiar de Produção opera por meio da divisão de rendimentos entre os produtores, assegurando o princípio de uma sociedade mais justa e igualitária.
	
	B
	A propriedade camponesa se organiza sobre a extração de mais valia, em que o aumento do valor de um bem acontece após a sua aquisição.
	
	C
	A produção na propriedade camponesa acontece com o fim de atender as demandas do mercado e da família, visando auferir maior lucro para que haja investimentos em novos bens de produção.
	
	D
	Existe um equilíbrio entre o trabalho exercido pelos camponeses e o aproveitamento da produção, pois não é objetivo da UFP a obtenção da mais valia, a produção acontece até suprir a necessidade familiar.
Você acertou!
A alternativa correta é a (d), porque, em razão da produção familiar visar a constante existência da atividade camponesa, os camponeses fazem o uso racional da terra e em concordância com a real necessidade da produção, sem a condição de produzir para a demanda da acumulação (livro-base, p. 130). “Há uma busca implacável pelo balanço ideal entre trabalho e consumo. Na UFP, não se trabalha sempre mais, desejando maiores rendimentos sempre, mas sim até se atingir o grau de satisfação da família” (p. 130).
	
	E
	A organização da UFP acontece pela dinâmica exercida entre os investimentos advindos da produção anterior e a soma do que foi gerado pela terra. O objetivo final da UFP é a acumulação dos rendimentos com o propósito de manter a constante rotatividade do capital, bem como a produção contínua.
Questão 4/5 - Geografia Agrária
Leia o seguinte fragmento de texto: 
“O processo de mundialização do capital atuou integrando o capital em escala mundial, criando as empresas mundiais por meio das fusões, associações e aquisições das empresas internacionais ou nacionais. [...] A mundialização do capital trazia consigo a hegemonia das multinacionaiscomo expressão de um capitalismo disposto a superar as contradições geradas pela disputa de mercados e fontes de matérias-primas entre as empresas”. 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: OLIVEIRA, Ariovaldo Umbelino de. A mundialização da agricultura brasileira. Anais. VI Congreso Iberoamericano de Estudios Territoriales y Ambientales. <http://www.6cieta.org/arguivos-anais/Ariovaldo%20%20Oliveira.pdf>. Acesso em 09 abr. 2017. 
Considerando essas informações e os conteúdos do livro-base Geografia agrária sobre as duas faces da mundialização da agricultura capitalista, isto é, a “territorialização do capital” e a “monopolização do território”, assinale a alternativa correta:
Nota: 20.0
	
	A
	A monopolização do território e a territorialização do monopólio são duas lógicas totalmente diferentes, contudo ambas fazem parte da mundialização da agricultura capitalista.
Você acertou!
A assertiva (a) é correta, pois a monopolização do território e a territorialização do monopólio fazem parte do processo de mundialização do agronegócio. As alternativas (b) e (c) são incorretas, pois a monopolização do território acontece quando o capitalista não é o proprietário da terra e a territorialização do monopólio ocorre quando o capitalista também é o proprietário da terra. A afirmação (d) está incorreta, porque a territorialização do monopólio se baseia no trabalho assalariado, sendo contraditória a união entre a indústria e a agricultura. A afirmativa (e) está incorreta, pois a monopolização do território tem como principal característica a monocultura e, consequentemente, a criação de um cenário uniforme (livro-base, p. 139).
	
	B
	A territorialização do monopólio acontece quando o proprietário da terra e o capitalista não são a mesma pessoa.
	
	C
	A monopolização do território acontece quando o capitalista é também o proprietário da terra.
	
	D
	A territorialização do monopólio é um modelo produtivo que opera baseado na lógica de distribuição de rendimentos das cooperativas.
	
	E
	A monopolização do território é um modelo produtivo que prioriza a produção de culturas variadas em um cenário poliforme.
Questão 5/5 - Geografia Agrária
Considere a seguinte citação: 
“[...] a partir dos gêneros de vida, os geógrafos agrários desenvolveram investigações sobre os tipos de agricultura, prevalecendo as atenções sobre as paisagens rurais, os regimes agrários, os tipos de produção, enfim, os gêneros de vida vinculados aos agricultores e criadores”. 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: JUNIOR, Antonio Tomaz. As correntes na Geografia Agrária brasileira. Terra Livre, São Paulo, Ano 26, v. 02, n. 35, p. 35-52, jul./dez., 2010. s. p. 
Considerando essa citação e os conteúdos do livro-base Geografia Agrária, sobre os tipos de geografias agrárias desenvolvidas no início da Geografia como disciplina, analise as afirmações a seguir:
I. A partir da institucionalização da Geografia, não houve caminhos múltiplos seguidos pela Geografia Agrária. Assim, desde o início, as concepções sobre os espaços rurais seguem a mesma definição e abordagem.
II. Os estudos geográficos que se centravam na realidade do campo obtiveram distintas aproximações teóricas. Desde estudos essencialmente naturais até os que evidenciavam a construção do espaço geográfico agrário por meio das ações antrópicas.
III. As diferentes aproximações teóricas e concepções sobre os estudos do campo geraram distintas nomenclaturas para a definição do espaço analisado. Algumas delas são: rural, agrária e agrícola.
IV. Mesmo distante de uma definição clara no que se refere a uma aproximação teórica sobre os estudos agrários, pode-se afirmar que este tema percorre toda a trajetória epistemológica da Geografia. 
São corretas apenas as afirmativas:
Nota: 20.0
	
	A
	I e IV
	
	B
	II e IV
	
	C
	I, II e III
	
	D
	I e III
	
	E
	II, III e IV
Você acertou!
A alternativa e) está certa, porque as sentenças II, III e IV são corretas, isto é, as três evidenciam as dificuldades enfrentadas no início dos estudos agrários em Geografia. As diferentes aproximações teóricas e definições conceituais sobre o espaço analisado geraram um leque semântico para definir as relações do campo, como: rural, agrário e agrícola. Também é possível afirmar que, apesar dessas distinções, os estudos agrários são constitutivos da Geografia desde sua gênese institucional (livro-base, p. 26). A sentença I é incorreta, uma vez que desconsidera as multiplicidades no estudo do campo, evidenciadas nas demais alternativas (p. 26).

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