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Relatório texto Francisco das Chagas de Loiola Sousa

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Este relatório, tem por base o artigo Diálogos com Michel de Certeau sobre pesquisa nas ciências humanas, do professor dr. Francisco das Chagas de Loiola Sousa, publicado na revista Crítica Histórica, ano ll, julho de 2011, que teve como referência “A Escrita da História” de Michel de Certeau (1982).
Sousa mostra através do trabalho de Certeau as diferentes adaptações ocorridas nos últimos séculos na abordagem e a perspectiva teórica e procedimentos metodológico nas investigações historiográficas modernas e possíveis mudanças no modo de produção do conhecimento adotado nas academias. Nas academias ou grupos de pesquisadores, existem as leis do meio acadêmico o “não dito”, que tem tanto poder de decisão quanto as regras oficiais publicadas pelas instituições ou academias de pesquisas, e cada uma, estabelece a lei de uma pesquisa cientifica.
Os grupos se formam de acordo com suas afinidades teóricas e metodológicas, os métodos adotados pelas academias e grupos de pesquisa, se definem/distinguem, e produzem disputas por reconhecimento. Esse processo tem contribuído para consolidar os grupos de pesquisas. A verdade absoluta tem sido substituída pela verdade provisória, e o sujeito isolado não é mais capaz de produzir conhecimento, pois depende da crítica de seus pares para se consolidar.
A prática historiográfica implica na transformação de dados, documentos em que precisa de um historiador com boa formação, que através da escrita, bem estruturada, pode transformar um pequeno fragmento, em um documento de valor expressivo. As informações primárias, ao serem transformadas pelo pesquisador em informações secundárias, ganham um novo reconhecimento social e científico, o que possibilita transpor o conhecimento da área da cultura para o campo da história. Este método proporciona um dialogo do presente com o passado, e na transformação de objetos naturais em cultura.
O historiador de acordo com os objetivos do projeto de pesquisa, desloca o material no tempo e espaço. Ao transportar as fontes de um lugar para o outro, muitas fontes são transformadas pelo olhar do historiador ou excluídas. Os arquivos, incluindo as bibliotecas, são lugares que produzem conhecimento e saberes científico, e com as mudanças tecnológica permitem novas formas de pesquisas. As transformações tecnológica exigem uma postura diferente do pesquisador, embora trazem muitos benefícios, também tem suas desvantagens, como a forma de se deletar informações importantes, que se perdem para sempre.
Os métodos investigativos e o estabelecimento de limites para a pesquisa e o pesquisador, inspirado no positivismo, valoriza a quantidade de informações. Tal concepção tem como fundamento principal o método indutivo. Este método nomeado de empirismo, rejeita que a ideia do pesquisador, influencie ou determine o resultado final de uma pesquisa, já que nesse método o conhecimento está no próprio objeto. O pesquisador na tentativa de conseguir novos dados empíricos, em que se justificasse a relevância da pesquisa, por vezes tornava o trabalho interminável, e caso não encontrasse dados relevantes, o trabalho estaria condenado ao fracasso científico.
 Nas pesquisas contemporâneas esta lógica positivista, não tem sido mais utilizada nas diversas áreas da ciência. O pesquisador contemporâneo tem seu repertório bem amplo, o que parte se deve ao desenvolvimento da tecnologia. As entrevistas, como fonte oral, se bem conduzidas, podem trazer bons resultados a pesquisa, levando-se em conta que o pesquisador precisa de outras fontes documentais para a confirmação dos fatos, já que os relatos podem não ser uma reprodução exata do passado, e o pesquisador precisa interpretá-los com o olhar de hoje, levando em conta os contextos e influencias da época, e a distância temporal. 
No passado, a ciência positivista descartava boa parte do material recolhido para análise. atualmente o historiador encontra-se condicionado pela orientação teórica e metodológica do seu projeto de pesquisa, o que tira parte de sua autonomia. Geralmente o que conta é, em especial, a capacidade de reflexão, ou seja, a experiência e o conhecimento do pesquisador na sua área de atuação. Normalmente os pesquisadores atuam em grupos, se constituem como sociedade de estudos com autoridade na sua área de investigação e assim as leis do meio acadêmico, não ditas, sustentam o discurso do grupo, que nem sempre é pacífico, as vezes há conflitos e disputas por legitimidade teórica.
A elaboração de texto ou relatórios, para Certeau, que os denomina de inversão escrituraria, pois não seguem o mesmo sentido cronológico da pesquisa. Os textos têm formato diferente ao da investigação, esta por sua vez, não estabelece limites para seu termino, enquanto o texto, obrigatoriamente deve estabelecer limites de alcance de reflexão. Mas nem sempre esta inversão acontece totalmente, em alguns casos a divulgação acontece antes do termino da pesquisa, o que impede o amadurecimento das reflexões teóricas. Cabe ao historiador dar sentido à história, com a escrita do texto, como organização de significantes.
Podemos concluir que Sousa, viu através das reflexões de Certeau, que as pretensões do trabalho do pesquisador ultrapassam suas relações com seus pares e instituições, e agregam conhecimento científico no campo das ciências humanas. As etapas da historiografia e suas teorias e métodos com diferentes abordagens ao longo do tempo, tem agregado em conhecimento para a construção pragmática da história.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA 
SOUSA, Francisco das Chagas de Loiola, diálogos com Michel de Certeau sobre pesquisa nas ciências humanas, Revista Crítica Histórica, Ano II, Nº 3, Julho/2011
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Centro de Ciências Humanas e Sociais – CCH
Licenciatura em História – EAD
 UNIRIO/CEDERJ
CÍNTIA KNUPP DE OLIVEIRA
MATRÍCULA: 18216090030
POLO: CANTAGALO 
PERÍODO: 1º
DATA: 10/11/2018
MUDANÇAS E ADAPTAÇÕES METODOLÓGICAS

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