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MESODIAGÊNESE • Alterações que ocorrem abaixo da zona eogenética em condições de temperaturas e pressões mais elevadas. • A mesodiagênese leva à destruição de porosidade, mas em certos casos, é responsável por seu aumento (porosi- dade secundária). Contatos côncavo-convexos e sutura- dos, estilólitos e pseudolâminas geradas por compactação química (“solution seams”) são típicos de mesogênese. • Morfologias importantes de cimento incluem franjas de calcita folheada prismática, mosaico de calcita eqüidimen- sional, calcita grossa (“blocky”) com textura poiquilotópica, sobrecrescimento. Entretanto, estas fábricas não são isoladamente diagnósticas para a cimentação mesoge- nética. • O estudo mesogenético eficaz necessita da integração de petrografia, estudos de inclusões fluidas, isótopos de C, O e Sr e de elementos-traço. DOLOMITA • Dolomita é identificada em lâminas delgadas por meio de tingimento e por seu hábito rômbico, muitas vezes zonado e não geminado. • Termodinamicamente, dolomita deveria ser um precipitado estável a partir de água marinha, mas fatores cinéticos (hidratação de íons de Mg, força iônica elevada de água marinha, precipi- tação eficiente de aragonita e Mg-calcita, efeitos inibidores de íons de sulfato) inibem sua precipi- tação. DOLOMITIZAÇÃO • Os modelos de dolomitização consideram três fatores básicos: • 1. Fonte de Mg, geralmente água marinha; aumento de Mg por concentração evaporítica associada à remoção de sulfato por redução bacteriana ou precipitação inorgânica. • 2. Movimentação de grandes volumes de água através do pacote sedimentar. • 3. Redução de inibições cinéticas da precipitação de dolomita por remoção de sulfato ou temperatura elevada durante “burial”. • A dolomita é predominantemente um produto de substituição. Em subsuperfície pode ocorrer também como precipitado primário (cimento) preenchendo poros. TEXTURAS DE DOLOMITA • As fábricas de dolomita são classificadas como planar (idiotópico) ou não-planar (xenotópico), unimodal ou polimodal e preservando ou destruindo fábrica precursora. • Sedimentos finos precursores são geralmente substituídos por dolomita fina que melhor preserva a fábrica que a dolomita grossa. Dolomitas eogenéticas têm a tendência de ser mais finas que dolomitas mesogenéticas. Fábricas planares são favorecidas a temperaturas mais baixas que fábricas não-planares (> 50-100oC). “Saddle dolomites” são reconhecidas com base em suas faces cristais curva- das, abundância de inclusões e extinção ondulante. São comumente ricas em Ca e Fe e refletem temperaturas ele- vadas de formação (~ 60-150oC) de fluidos hidrotermais ou fluidos mesogenéticos de força iônica elevada associados a hidrocarbonetos. DESDOLOMITIZAÇÃO • Desdolomitização (dissolução e/ou calcitização de dolomita) é um fenômeno comum principalmente onde gipsita ou anidrita são dissolvidas aumentando a razão Ca/Mg e a concentração de sulfato nos fluidos intersticiais. • Dolomitas calcitizadas são reconhecidas mediante tingimento e pela presença de cristais anedrais preenchendo rombos. SIDERITA • Siderita se forma geralmente a partir de fluidos salobros a não-marinhos. Entretanto, pode ser gerada também em estratos marinhos durante a mesodiagênese precoce a partir de fluidos inter- sticiais marinhos em associação com a decom- composição in-situ de matéria orgânica. • As principais características para o reconheci- mento de cristais de siderita são pequenos rombos achatados ou lenticulares com alto relevo e cor amarelo-amarronzada.
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