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Resumo NP1 - Psicologia Escolar

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Resumo para NP1 – Psicologia Escolar
Dificuldades de aprendizagem: Doença neurológica ou percalço pedagógico? (Slide 1)
Órgão que normatiza os assuntos referentes aos distúrbios de aprendizagem nos EUA, conceituou Dificuldades de Aprendizagem como "um termo genérico que se refere a um grupo heterogêneo de desordens manifestas por dificuldades significativas na aquisição e uso da audição, fala, leitura, escrita, raciocínio ou habilidades matemáticas.” Estas alterações são intrínsecas ao indivíduo e presumidas como devidas à disfunção do sistema nervoso.
Os distúrbios de aprendizagem pode ocorrer concomitantemente em outras condições desfavoráveis (por exemplo: alteração sensorial, retardo mental, distúrbio social ou emocional) ou influências ambientais (por exemplo: diferenças culturais, instrução insuficiente/ inadequada, fatores psicogênicos).
Dificuldades de Aprendizagem: é Transtorno- segundo a classificação internacional de doenças elaborada pela Organização Mundial de Saúde (OMS. CID-10,), diz respeito a um conjunto de sintomas clinicamente reconhecíveis que interferem nas funções pessoais.
História da educação no Brasil:
O número de alfabetizados com mais de 15 anos correspondia, apenas, a aproximadamente 34,7% da população brasileira, na qual 2/3, até 1889, eram escravos, sendo que aos seus donos não era necessário que soubessem ler e escrever.
Crianças que não se amoldavam ao “padrão normal” de aprendizagem, que demoravam mais ou necessitariam de outras estratégias de ensino sentavam-se em uma fileira de carteiras à parte, “a fila C” – a fila A era das mais fortes –, e eram assim classificadas como sendo “fracas”. Muitas crianças da “fila C” acabavam por abandonar a escola que, na verdade, não estava preparada para recebê-las.
Crianças brasileiras com mais de 7 anos (IBGE, 2012) estão na escola. Cerca de 30 milhões de analfabetos funcionais, isto é, brasileiros com mais de 15 anos, menos de 4 anos de aprovação escolar e que ainda não incorporaram a leitura e a escrita, de acordo com suas necessidades da vida diária (PINTO et al., 2000), revela que aprender realmente a ler e escrever continua a ser privilégio de alguns alunos e não de outros.
Mais alunos, maior diversidade no processo de aprendizagem:
Aumento na população escolar ampliou as diferenças no ritmo de aprendizagem dos alunos; diversidade com a qual a escola brasileira ainda não aprendeu a trabalhar; mais centradas na representação numérica do processo de escolarização do que em orientar o processo de aprendizagem dos que estão com dificuldades.
Correia (2007, ) esclarece que o “padrão normal de desenvolvimento corresponde à velocidade e à forma pela qual a maioria das crianças aprende”. Porém não pode negar que há crianças que estão mais lentas ou encontram dificuldades nesse processo.
O problema está em considerar que outras formas e velocidades na aprendizagem correspondem a alterações neurológicas no sistema nervoso central, entendidas como uma doença denominada Dificuldade de Aprendizagem.
O que estaria dificultando ou impedindo a aprendizagem escolar?
Condições sociais fora da escola, às condições na escola.
É preciso compreendê-los a partir de um enfoque multidimensional, que junte fatores orgânicos, cognitivos, afetivos, sociais e pedagógicos percebidos dentro das articulações sociais.
A dificuldade do diagnóstico: como identificar casos em que as dificuldades de aprendizagem são de origem neurológica?
Possível verificação de possíveis disfunções neurológicas apoia-se no exame neurológico evolutivo.
Psicologia da Educação: cumplicidade ideológica (Slide 2)
Escola Tradicional: São processos educativos que tiveram lugar, principalmente, em escolas religiosas. O conhecimento era visto como o único instrumento capaz de dar ao homem o autocontrole para controlar a parte má. O aluno aparecia ao professor como naturalmente corrompido, assim, deveriam ser expostos ao modelo aperfeiçoado do humano, para poderem desenvolver a natureza humana essencial. Aristocrática hierarquizada e cristalizada (nasce nobre, morre nobre).
 
Também estava fincada sobre outro princípio: disciplina e regras firmes para que os alunos pudessem corrigir os seus desvios.
Vigilantes disciplinares: eram agentes educacionais que asseguravam que os princípios e códigos morais construídos e repetidos à exaustão fossem garantidos.
Para que a psicologia?
 
Sem necessidade, já se conhecia a natureza corrompida e já se sabia do potencial para criar, cooperar e desenvolver relações estáveis: respeito à autoridade.
Escola Nova: Pôs no avesso as ideias da Escola Tradicional, a criança passou a ser vista como naturalmente boa. Passou a ser espaço de liberdade e de comunicação. A criança poderia manifestar sua afetividade e criatividade. A escola manteve-se vigilante quanto ao desenvolvimento psicológico da criança. Vigilantes do desenvolvimento: composto por psicólogos e pedagogos.
 
Para que a psicologia?
Psicologia aparece como área do saber capaz de fornecer respostas que se necessitava.
Muita coisa será produzida sobre o desenvolvimento infantil: de seu pensamento e inteligência, de seus afetos e sua sociabilidade, oferecendo a educação um saber imprescindível.
A psicologia também se desenvolve como prática capaz de contribuir no processo
Cumplicidade ideológica
A psicologia fortaleceu as noções naturalizantes da pgg e contribuiu para ocultar a educação como um processo social;
A educação ficou concebida como processo cultural de desenvolvimento das potencialidades dos indivíduos;
A educação é um processo social, por meio da qual a sociedade adulta impõe seus modelos, valores e regras;
Espera-se que prepare os indivíduos para o trabalho e para a convivência social (regras de conduta e valores morais dominantes);
A psicologia não integrou em seus conceitos a realidade social;
É com esta noção que a Psicologia contribui, para que a educação e as instituições possam sempre ficar ilesas e isentas da crítica ou do fracasso, e este será sempre dos sujeitos, nunca da didática, estrutura autoritária da escola, de sua desatualização, etc.
O pensamento científico vem com autoridade para explicar o que se quer esconder (pobreza, desestruturação familiar, violência, moradia).
 
Diagnóstico psicológico – encaminhamento escolar
Muitos diagnósticos são feitos sem que se conheça a escola, a professora, o que está sendo ensinado, como está sendo ensinado;
É como se o modelo de diagnóstico de relatório já estivessem dados e estas questões não coubessem nos instrumentos e formulários;
A cumplicidade que se afirma, é exatamente esta: a Psicologia se tornou cúmplice de Pedagogia na acusação da vítima.
As Consequências da Cumplicidade
Os interesses das camadas dominantes ficam garantidos.
A educação é divulgada como um processo baseado e produtor de igualdade social;
As desigualdades sociais são compreendidas como falta de empenho ou dedicação à educação.
Projeto de privatização da educação são apresentados sempre como busca de qualidade;
 
 Como a psicologia se torna cúmplice desta ideologia?
O individualismo (responsabilização do indivíduo pelo seu próprio desenvolvimento) recebe enorme ajuda da psicologia para se instituir:
a) A ideia de diferenças individuais, marcando que cada indivíduo possui suas características e deve ser avaliado por isto, e que estas diferenças são da responsabilidade de cada um.
b) Ideia de sujeito isolado do mundo social, com desenvolvimento independente de forças ou condições sociais.
c) Reduz a realidade educacional que também é social, a uma realidade individual.
 
No processo educacional esta noção tem decorrências importantes:
I) Avaliação da produção: avaliar todos da mesma forma, porque são inicialmente iguais.
II) O erro é visto como um descaminho: Não como um momento de aprendizado; Como etapa da experiência;
III) Dificuldade de aprendizagem: Não se pode pensar emadaptar o ensino ou suas condições para acolher a criança com sua vida vivida (problemas familiares, moradia, violência, estímulo, afeto, alimentação, etc);
IV) Patologização da pobreza: Alunos são vistos com “dificuldade de aprender”; Mecanismos são criados para corrigir as falhas: um deles é a psicopedagogia; Os psicólogos são chamados para ajudar a superarem dificuldades, que são suas, individuais. E o problema que deveria ser lido como um problema da educação, do ensino, da sociedade, é lido como um problema individual.
 
É preciso adotar concepções que compreendam o sujeito como se constituindo ao atuar no mundo e nas relações sociais. 
Pensar o homem, como ser histórico e social, que atua de forma transformadora sobre o mundo e, ao fazer isso, se transforma também;
Possibilita que a Psicologia contribua para que o educador compreenda a importância de seu papel na escola: Planejamento das situações educativas; Enriquecer o ensino com conteúdos da realidade próxima aos educandos; Estes elementos serão condições de construção de um mundo psicológico saudável; Possibilitam ao aluno ampliar a sua compreensão do mundo que o cerca.
Sobre alguns preconceitos no cotidiano escolar (Slide 3)
Preconceitos do cotidiano:
Juízos provisórios sobre alunos , familias, etc.
Não aprendem pq são pobres, negras, nordestinas, imaturas, preguiçosas ou vivem na zona rural.
Não aprendem pq os pais são analfabetos,alcoolistas, são divorciados, etc.
Biologização: processo de transformar questões sociais em biológicas- verdade absoluta. Biologização das questões sociais atinge 2 objetivos: isenta-se de responsabili/e todo o sistema social, inclusive em termos individuais; Culpabiliza-se a vítima.
A cça incorpora o rótulo, introjeta a doença. Psicologicamente passa a ser uma cça doente com consequências de baixa auto estima, autoconfiança sobre sua aprendizagem. Sendo assim o cotidiano escolar é o espaço onde se concretiza a produção do fracasso escolar. 50 a 70% do fracasso entre os alunos matriculados no 1º ano , na rede pública de ensino, o diagnóstico é centrado no aluno, depois sua família. A instituição escolar, a política educacional são rara/e questionadas no cotidiano escolar.
As teorias da educação e o problema da marginalidade (Slide 4) 
I - Teorias não críticas: 
Pedagogia tradicional: Os marginalizados são os não esclarecidos; a causa da marginalidade é a ignorância; É uma agência centrada no professor transmissor de acervo cultural aos alunos e estes devem assimilar tais conhecimentos.
Pedagogia Nova: Havia a crença não poder da escola com a função social equalizadora; A marginalidade na escola nova vai alem dos indivíduos diferentes na cor, sexo ou raça, classe, etc. Atinge os indivíduos diferentes no domínio do conhecimento, na participação do saber, no desempenho cognitivo.
Pedagogia tecnicista:
Surgem a Escola nova popular de Paulo Freire e Freinet e no sentido oposto pedagogias baseadas na eficiência instrumental.
Planejava-se a educação de modo a dotá-la de uma organização racional capaz de minimizar as interferências subjetivas que pudessem por em risco a eficiência. (indústria e linhas de montagem).
Marginalidade aqui abrange o incompetente, o ineficiente, o improdutivo.
A educação tenta superar a questão da marginalidade na medida em que forma indivíduos eficientes, ou seja, aptos a dar sua parcela de contribuição para o aumento da produtividade da sociedade.
Pgg tradicional: aprender;
Pgg nova: aprender a aprender;
Pgg tecnicista: aprender a fazer.
II –Teorias crítico reprodutivistas: 
Estas são criticas à medida que postulam não ser possível compreender educação senão a partir de seus condicionantes sociais.
1 – Teoria do Sistema de Ensino como Violência Simbólica: Toda sociedade estrutura-se como um sistema de relações de força material entre grupos ou classes. A função da educação é a de reproduzir as desigualdades sociais. Pela reprodução cultural, ela contribui especificamente para a reprodução social. Marginalizados são os grupos ou classes dominados. São marginalizados socialmente pq não possuem força material e socialmente pq não possuem força simbólica (capital cultural). 
2 – Teoria da Escola como Aparelho Ideológico de Estado (AIE): Nessa proposta distingue-se no Estado os Aparelhos Repressivos do Estado (governo, administração , exercito, policia, tribunais, prisões, etc.) e os aparelhos ideológicos do estado (AIE): igrejas, escolas, família, jurisprudência, política, sindicalismo, informação e cultura. A marginalidade está no interior das relações de produção capitalista que se funda na expropriação dos trabalhadores capitalistas.
3 – Teoria da Escola Dualista: Esta teoria admite a existência da ideologia do proletariado, porém, esta ideologia tem origem e existência fora da escola, isto é, nas massas operárias e em suas organizações.
Teorias da Educação: 2 grupos
1º grupo : Educação = instrumento de equalização – superação da marginalidade.
2º grupo: Educação = instrumento de discriminação social; a favor da marginalidade.
Educação autônoma: Educação condicionada aos objetivos; ligadas à estrutura sócio econômica determinante da forma de manifestação do fenômeno educativo.

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