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A História da Dança: Manifestação Corporal Milenar

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1 A HISTÓRIA DA DANÇA
A dança, em sentido geral, caracteriza-se como uma manifestação corporal milenar, uma forma de comunicação entre os indivíduos, geradora de conhecimento. Atualmente, ocupa um papel fundamental na sociedade, pois favorece a expressão da consciência do corpo, conhecimento de si e do meio, exprime o sentimento, a emoção e torna-se praticamente indispensável para a construção de pessoas críticas e participantes. Além disso, amplia os processos de aprendizagem e formação humana. 
Desde o início da civilização, a dança, antes do desenvolvimento da fala, pode ser uma forma de expressão e comunicação compreendida por todos os povos, por mais distantes que fossem. Era a possiblidade mais simples da representação de suas paixões, angústias, emoções, sentimentos, enfim, de seus pensamentos (TADRA, 2009, p. 19).
As sequências de movimentos e os gestos corporais explorados na dança são as primeiras formas de manifestação de comunicação, religião, divertimento, de emoção e conhecimento do homem. A dança esta presente em todas as culturas e destaca-se por proporcionar a troca de informação e a formação do ser humano. Desde a pré-história, a dança sempre esteve presente nos povos e civilizações, apresentando diferentes formas, com gestualidades e características que refletem os aspectos de cada cultura. Para Verderi (2009, p. 06): “O homem primitivo dançava por inúmeros significados: caça, colheita, alegria, tristeza,... O homem dançava para tudo que tinha significado, sempre em forma de ritual.”
A Dança desde sua origem representava a essência e aspirações de quem a dançava, acompanhando o homem em seu cotidiano e sua construção histórica. As Danças primitivas eram fundamentadas em aspectos ligados: à religião, as batalhas, ao erotismo e fertilidade e ao divertimento. Essas características foram precursoras de modalidades específicas de Dança. (ALVARENGA, 2013, p. 25)
As danças primitivas revelavam o cotidiano do homem e sua relação com a natureza. Dessa forma, percebe-se que a dança é fruto da necessidade de expressão do homem, sendo associada a acontecimentos sociais: o nascimento, a colheita, vitórias, a caça, o perigo, festa do sol, da lua. 
Nesse período, o homem deixa de ser nômade e fixa residência em um lugar determinado. Ele começa a plantar para comer e a criar animais para seu próprio consumo, surgindo, assim, a agricultura e a pecuária. Os rituais e oferendas em forma de dança têm o sentido de festejar a terra e o preparo para o plantio, de celebrar a colheita e a fertilidade dos rebanhos. A identificação, pela dança, com os movimentos e as forças naturais representa uma forma de o homem se sintonizar com o ritmo da natureza, auxiliando-o na programação de suas ações. (LANGENDONCK, 2010, p. 03)
Na pré – história, a dança estava diretamente relacionada à sobrevivência.. As pinturas rupestres encontradas nas paredes e nos tetos das cavernas mostram desenhos de pessoas em roda, dançando em volta de animais, correndo e saltando, pulando. 
 Ao longo dos anos, com a evolução das antigas civilizações, a dança vem se diversificando em muitas outras formas de expressão e interpretação, surgindo novos estilos dependendo da cultura em que ela está sendo explorada, relevando a relação a troca de informação entre o homem e mundo e suas diferentes formas de viver. Podemos observar que a dança foi uma forma de expressão de pontos históricos que marcaram a humanidade, a partir dela o homem pode demonstrar papéis sociais e desempenhar funções dentro de uma sociedade. No período da Idade Média, Tadra (2009) afirma que: 
A dança na Idade Média era proibida pela Igreja, pois toda manifestação corporal, segundo o cristianismo, era pecado, assim como seus registros. Porém, os camponeses, de forma oculta, continuavam executando suas danças que saudavam suas crenças e manifestações populares. Depois de várias tentativas de proibição, a Igreja sentiu a necessidade de tolerar essas danças e, por não conseguir extingui-las, deu um ar de misticismo nas manifestações pagãs (TADRA, 2009, p. 23)
Nessa época, a Igreja proibiu as manifestações corporais, alegando que a dança estava vinculada ao pecado. No entanto, suas intervenções não conseguiram interferir nas danças populares dos camponeses, “que continuaram a fazer suas festas nas épocas de semeadura e colheita e no início da primavera. Para não afrontar a Igreja, essas danças eram camufladas com a introdução de personagens como anjos e santos”. (TADRA, 2009, p. 27). Posteriormente, essas manifestações passaram a participar das festas cristãs dentro das igrejas. 
A dança de salão - descendente das danças populares - como o principal elo entre danças folclóricas e teatral, deixada propositalmente de fora da historicidade dessa arte. Inclui todas as danças que fizeram parte da vida da nobreza européia a partir da Idade Média. O aparecimento dessas danças ocorreu quando a igreja católica diminuiu a proibição do que era tido como pecado ou pagão. Assim, “Ao serem trazidas do chão de terra das aldeias para o chão de pedra dos castelos medievais, essas danças foram modificadas, abandonou-se o que nelas havia de menos nobre, transformando-as nos ‘loures’, nas ‘alenandas’ e nas ‘sarabandas’ dançadas pelas classes que se julgavam superiores.” (FARO, 2004, p. 31). 
Faro (2004) pontua as desigualdades existentes entre a nobreza e a classe popular. Os nobres realizavam suas danças em salões com movimentos delicados, música suave e com vestimentas pesadas. Já na dança popular, os casais demonstravam alegria, e dançavam “livres” juntos com saltos e palmas. 
Durante o período renascentista, a dança evolui significativamente dá a, apesar da separação entre nobres e plebe. Segundo Mattos (1998, apud ROSA 2004, p.7) foi nesse período que “a dança apresentada pela nobreza vem para apresentar de forma poética os valores da época surgindo assim o balé e pela grande importância de demonstrar um lindo espetáculo sempre”, acarretando no surgimento dos primeiros professores de dança que se deslocavam constantemente pelas localidades para ensinar uma das mais belas expressões da dança da sociedade. 
O primeiro “balé da corte”, intitulado Le Ballet Comique de la Reine (O Balé Cômico da Rainha – neste caso, o termo cômico deve ser entendido no sentido de “dramaturgia de uma comédia”), foi um grande espetáculo, que durou seis horas, com participação de carros alegóricos e efeitos cênicos. A dança, nessa época, era quase exclusivamente masculina, mas, nesse balé, começou a haver a participação de algumas damas da corte, formando o que se pode chamar de primeiro corpo de baile (grupo de bailarinos que realizam movimentos iguais) da história da dança. Iniciou-se, então, a formação de muitos desenhos geométricos e direções no espaço na movimentação da dança, lançando-se os fundamentos de uma nova forma de arte. (TADRA, 2009, p. 23)
Diante do exposto por Tadra (2009), a dança é considerada uma arte em movimento, e quando surgiu era exclusivamente destinada aos homens, o próprio rei da França, Luís XIV, era um grande bailarino e criou a Academia Real de Dança (mais tarde rebatizada de Ópera de Paris). O espetáculo de dança era uma mistura de “canto, dança e poesia e constituía um passatempo para o rei e a corte. Os temas escolhidos eram mitológicos, em sua maioria. O rei participava interpretando uma divindade, que as pessoas da corte adoravam”. (LANGENDONCK, 2010, p. 15)
No século XVI surgiram os primeiros registros das danças, em que cada localidade apresentava características próprias. No século XIX surgiram as danças feitas em pares, como a valsa, a polca, o tango, dentre outras. Estas, a princípio, não foram aceitas pelos mais conservadores, até que no século XX surgiu o rock’n roll, que revolucionou o estilo musical e, consequentemente, os ritmos das danças. Assim como a mistura dos povos foram acontecendo, os aspectos culturais foram se difundindo. (BARROS, 2013)
Antes da década de 1980, os registros encontrados sobre histórica daDança (mundial) no Brasil eram produzidos “em terras estrangeiras, ou por estrangeiros, exatamente como a inserção das práticas da dança clássica francesa e russa, em um país ainda dando seus primeiros passos” (PEREIRA, 2007, p. 31). .

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