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ATIVIDADE SOBRE PRECONCEITO LINGUÍSTICO
O QUE É PRECONCEITO LINGUÍSTICO?
Preconceito linguístico, segundo o professor, linguista e filólogo Marcos Bagno, todo juízo de valor negativo (de reprovação, de repulsa ou mesmo de desrespeito) às variedades linguísticas de menor prestígio social. Normalmente, esse prejulgamento dirige-se às variantes mais informais e ligadas às classes sociais menos favorecidas, as quais, via de regra, têm menor acesso à educação formal ou têm acesso a um modelo educacional de qualidade deficitária.
O QUE É VARIAÇÃO LINGUÍSTICA?
A variação linguística é um fenômeno natural que ocorre pela diversificação dos sistemas de uma língua em realção às possibilidades de mudança de seus elementos (vocabulário, pronúncia, morfologia, sintaxe). Ela existe porque as línguas possuem a característica de serem dinâmicas e sensíveis a fatores como a região geográfica, o sexo, a idade, a classe social do falante e o grau de formalidade do contexto da comunicação.
É importante observar que toda variação linguística é adequada para atender às necessidades comunicativas e cognitivas do falante. Assim, quando julgamos errada determinada variedade, estamos emitindo um juízo de valor sobre os seus falantes e, portanto, agindo com preconceito linguístico.
COMO COMBATER O PRECONCEITO LINGUÍSTICO?                                                         
O maior problema é fazer com que os discriminantes das variações linguísticas entendam pelo menos o mínimo que ela representa. Ninguém fala “certo” ou “errado”, mas sim de acordo com aquilo que a sua região, cultura e classe social lhe proporcionam. É importante entender que o nosso português é diversificado, permitindo vários tipos de costumes linguísticos, porém, é necessária sim, uma padronização da escrita, para que haja um senso formal comum entre a população em seu todo, todavia sem que haja um desapego, por parte de cada integrante, em relação a sua linguagem materna.
                                          
A escola deve ter um papel importante na formação do conhecimento do aluno quanto à sua língua. É importante impor à eles a importância do entendimento à norma culta, mas seguida de suas variantes, procurando refletir sobre aspectos da sua língua materna que não são adequados em algumas situações, entendendo assim, que a norma apenas serve para um entendimento comum a todos portadores da língua portuguesa e que suas variantes são importantes para compreenções convictas a uma região, cultura ou classe social específica. Desta forma, o aluno tornará-se um conhecedor amplo da língua a qual ele é portador, induzindo-o assim, à uma maior ascensão social, introdução democrática e, sobretudo, à um acesso mais efetivo aos instrumentos culturais. Fazer o aluno entender o que é “certo e errado”, o permite compreender sobre as variações históricas, estilísticas, geográficas e sociais que a língua possui. 
                                                                      
Segundo Marcos Bagno, "A mídia poderia ser um elemento precioso no combate ao preconceito linguístico." Infelizmente, ela é hoje o pior propagador deste preconceito. Enquanto os estudiosos, os cientistas da linguagem, alguns educadores e até os responsáveis pelas políticas oficiais de ensino já assumiram posturas muito mais democráticas e avançadas em relação ao que se entende por língua e por ensino de língua, a mídia reproduz um discurso extremamente conservador, antiquado e preconceituoso sobre a linguagem”. Agindo assim, ela acaba discriminando os estudiosos da linguagem, atrapalhando todos os esclarecimentos sobre o “certo” e o “errado”, gerando então, o preconceito. Ao contrário disso, a mídia poderia exercer uma função de guia entre as variedades linguísticas - ao invés de críticas ou ironias sobre aspectos diferentes da linguagem, deveria abordar tal tema de forma mais educativa, mostrando a importancia de ser um conhecedor das variações que a língua nos proporciona. Óbvio, ressaltando também a importancia da norma culta.
 Por fim, o mais correto para acabar com o preconceito seria a existência de uma maior democratização da sociedade, onde todos teriam oportunidades iguais, reconhecendo e respeitando as suas diferenças, e, acima de tudo, entendendo a o significado de preconceito da maneira como deve ser: Querer conceituar algo sem que previamente haja um conhecimento sobre tal. A partir do momento em que se adquire o entendimento, percebe-se então, que o maior fruto a ser colhido é o “respeito”, ao invés da “discriminação

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