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TCC TAMARA FINALIZADO

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UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP
TAMARA DA SILVA COSTA
PROJETO DE TCC: VARIEDADES LINGUÍSTICAS, MOBILIDADE DA LÍNGUA PORTUGUESA E RESPEITO À DIVERSIDADE DO FALAR.
Patos de Minas
2020
TAMARA DA COSTA SILVA
PRÉ-PROJETO DE TCC: VARIEDADES LINGUÍSTICAS, MOBILIDADE DA LÍNGUA PORTUGUESA E RESPEITO À DIVERSIDADE DO FALAR.
Trabalho de curso apresentado à UNIP - Universidade 
Paulista, como requisito parcial à aprovação no último 
semestre do curso de LETRAS.
Patos de Minas
2020
Sumário
1 INTRODUÇÃO3
2 DESENVOLVIMENTO4
2.1 TEMA4
2.2 DELIMITAÇÃO DO TEMA4
3 HISTÓRICO4
4 PROBLEMATIZAÇÃO4
5 HIPÓTESE5
6 JUSTIFICATIVA5
7 OBJETIVOS…………………………………………………………………………6
7.1 OBJETIVO GERAL6
7.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS6
8 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA6/7
9 METODOLOGIA7
10 CRONOGRAMA8
11 BIBLIOGRAFIA9
RESUMO
O Português tupiniquim é um termo cabível para categorizar a variabilidade da língua portuguesa, falada pelos brasileiros, e vivencia a ocorrência da variação linguística a todo momento. No Brasil a língua portuguesa promove essa pluralidade que está associada aos múltiplos aspectos de causa histórica, social, cultural e geográfica. O intuito desta produção foi o conciso estudo da diversidade da língua, sobretudo o português falado no Brasil, suas variações linguísticas, aludindo às particularidades e distinções. Foram apontadas as concepções de variação linguística e suas principais heterogeneidades. A apreensão ocorreu no estabelecimento de atlas linguísticos regionais e nacionais. Similarmente foi abordado o preconceito linguístico, que é um assunto de singular importância a ser analisado pelos professores com seus educandos a fim de que eles compreendam e enalteçam as metamorfoses linguísticas como fragmento de nossa cultura, salientando a eminência da necessidade em abolir-se esta discriminação na sociedade. Depreendeu-se que é fundamental ensinar evidenciando diante de todas as exigências que as ciências evoluem, tal qual a ciência da linguagem. Foram efetuadas pesquisas a partir de livros, revistas e também na internet. Abarca o estudo das variações linguísticas na sociedade brasileira, a partir de uma metodologia qualitativa e descritiva.
Palavras-chave: variação linguística. discriminação. preconceito Linguístico.
ABSTRACT
Tupiniquim Portuguese is a suitable term to categorize the variability of the Portuguese language, spoken by Brazilians, and experiences the occurrence of linguistic variation at all times. In Brazil, the Portuguese language promotes this plurality that is associated with multiple aspects of historical, social, cultural and geographical cause. The purpose of this production was the concise study of the diversity of the language, especially the Portuguese spoken in Brazil, its linguistic variations, alluding to the particularities and distinctions. The conceptions of linguistic variation and their main heterogeneities were pointed out. The apprehension in the establishment of regional and national linguistic atlases. Similarly, linguistic prejudice was approached, which is a subject of singular importance to be analyzed by teachers with their students in order for them to understand and enhance linguistic metamorphoses as a fragment of our culture, emphasizing the need for the abolition of this discrimination. in society. It emerged that it is essential to teach, showing all the demands that the sciences evolve, just like the science of language. Research was carried out from books, magazines and also on the internet. It covers the study of linguistic variations in Brazilian society, based on a qualitative and descriptive methodology.
Keywords: linguistic variation. discrimination. Linguistic prejudice.
1 INTRODUÇÃO
Língua é a linguagem verbal (oral/escrita) utilizada por um grupo de indivíduos que fazem parte de uma comunidade. É uma construção humana e histórica, que constitui a identidade dos seus usuários, sendo ela que dá unidade a uma cultura, a uma nação. Uma língua viva é dinâmica, por isso está sujeita a variações. 
Variação linguística é o fenômeno comum às línguas de apresentar variações em função da época, região, situação de uso e das particularidades dos falantes. A língua usada por um grupo social específico, com características próprias, constitui uma variedade linguística. Sendo assim, falar de padrão linguístico uniforme é pura ilusão, visto que as línguas são heterogêneas.
A variação linguística é um interessante aspecto da língua portuguesa. Pode ser compreendida por meio das influências históricas e regionais sobre os falares. As variações acontecem porque o princípio fundamental da língua é a comunicação, então é compreensível que seus falantes façam rearranjos de acordo com suas necessidades comunicativas. Os diferentes falares devem ser considerados como variações, e não como erros. Quando tratamos as variações como erro, incorremos no preconceito linguístico que associa, erroneamente, a língua ao status.
Por esta razão, o presente estudo será uma importante ferramenta a ser utilizada por professores e pesquisadores da variação linguística, seu ensino e adequação ao ambiente de sala de aula.
Diante do referenciado, este trabalho visa ainda de maneira mais abrangente, discutir e buscar alternativas para coibir o preconceito linguístico nas instituições de ensino.
2 DESENVOLVIMENTO 
2.1 TEMA
O Reconhecimento das Variedades Linguísticas.
 
2.2 DELIMITAÇÃO DO TEMA
A consciência das variedades linguísticas e culturais, e seu reconhecimento no contexto escolar.
3 HISTÓRICO
A variação linguística é um interessante aspecto da língua portuguesa; as variações acontecem porque o princípio fundamental da língua é a comunicação, então é compreensível que seus falantes façam rearranjos de acordo com suas necessidades comunicativas.
Quando tratamos as variações como erro, incorremos no preconceito linguístico que associa, erroneamente, a língua ao status.
O português falado em algumas cidades do interior do estado de Minas Gerais, por exemplo, pode ganhar o estigma pejorativo de incorreto ou inculto, mas, na verdade, essas diferenças enriquecem esse patrimônio cultural que é a nossa língua portuguesa.
As variações linguísticas acontecem porque vivemos em uma sociedade complexa, na qual estão inseridos diferentes grupos sociais.
Podemos observar também que a língua varia de acordo com suas situações de uso, pois um mesmo grupo social pode se comunicar de maneira diferente, de acordo com a necessidade de adequação linguística.
4 PROBLEMATIZAÇÃO
1. Como falam os brasileiros? De que forma devemos tratar e trabalhar as variedades linguísticas em sala de aula? Como a língua é viva e de que forma devemos tratar o “correto” e o “não correto”?
5 HIPÓTESE
Inserir o conhecimento sobre as variedades linguísticas no contexto escolar, e abordar a importância de medidas preventivas ao preconceito linguístico nesse panorama, tem sua importância fundamentada na tese de que a linguagem se constitui em meio e objeto da aprendizagem, logo deve-se ter cuidado ao afirmar o que é certo e errado na língua portuguesa, considerando ainda que a mesma é viva e mutável.
6 JUSTIFICATIVA
O tema pesquisado é de suma importância para toda a sociedade. As variações linguísticas podem ser entendidas por meio de sua história no tempo e no espaço. Sabe-se que a variação linguística, vem sendo questionada nas escolas e nos meios sociais como um grande preconceito linguístico. Esse preconceito leva a discriminação gerando problemas de interação entre os alunos, fazendo com que a sala de aula se torne um local de exclusão social.
Nos últimos trinta anos, pesquisadores da área de linguagem vêm desenvolvendo investigações científicas com o objetivo de identificar, descrever e analisar fenômenos de variação linguística que ocorrem nas diversas regiões brasileiras. Essas pesquisas mostram que a língua portuguesa usada no Brasil não é uniforme, mas constituída de muitas variedades.
A realização deste projeto é muito importante para entendermos edefendermos que a diversidade linguística cultural precisa ser respeitada e apreciada pelo brasileiro, pois ela é nossa marca identitária. Além disso vale ressaltar, que além do português padrão, há outras variedades de usos da língua cujos traços mais comuns podem ser engrandecidos no linguajar dos alunos nas salas de aula. 
A variação linguística vem sendo muito questionada nas escolas e nos meios sociais e com isso é de grande importância levar os alunos a perceberem o uso da língua padrão e as particularidades na sua forma oral e escrita, e desta forma evitar também situações de preconceitos linguísticos, quando se considera por exemplo que alguém deve ser inferiorizado porque fala “errado”.
 
7 OBJETIVOS
7.1 Objetivo geral
Conhecer as diversidades linguísticas existentes em nosso país e valorizá-las.
7.2 Objetivos específicos
· Respeitar cada cultura por meio dessas variedades;
· Mostrar aos docentes que ensinar Português não inclui somente a gramática.
· Mostrar aos docentes que as particularidades linguísticas na forma oral, não devem ser vistas como erradas.
· Apresentar de uma maneira clara de como se trabalhar as Variedades Linguísticas em sala de aula.
8 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
8.1 Definição de variação linguística
 
Variação linguística, é a forma de análise dos diferentes modos em que é possível expressar-se em uma língua, levando-se em conta a escolha de palavras, a construção do enunciado e até o tom da fala. 
A língua é a nossa expressão básica, e, por isso, ela muda de acordo com a cultura, a região, à época, o contexto, as experiências e as necessidades do indivíduo e do grupo que se expressa. Abrangem desta forma, entre outras áreas, a pronúncia e a nomenclatura das coisas.” É na linguagem que se reflete a identificação e a diferenciação de cada comunidade e também a inserção do indivíduo em diferentes agrupamentos, estratos sociais, faixas etárias, gêneros, graus de escolaridade.” ( Callou, Dinah; Leite, Yonne).
As formas em variação recebem o nome de “variantes linguísticas”. Tarallo (1986, p. 08) afirma que: “variantes linguísticas são diversas maneiras de se dizer a mesma coisa em um mesmo contexto e com o mesmo valor de verdade. A um conjunto de variantes dá-se o nome de variável linguística”.
A Língua Portuguesa é uma unidade composta de muitas variedades. Os padrões próprios da tradição escrita não são os mesmos que os padrões de uso oral, ainda que haja situações de fala orientadas pela escrita. 
A discriminação de algumas variedades linguísticas, tratadas de modo preconceituoso e anticientífico, expressa os próprios conflitos existentes no interior da sociedade.
É importante que o aluno, ao aprender novas formas linguísticas, particularmente a escrita e o padrão de oralidade mais formal orientado pela tradição gramatical, entenda que todas as variedades linguísticas são legítimas e próprias da história e da cultura humana. (PCN. MEC, 1998).
8.2 Variações Linguísticas dentro da língua portuguesa
A língua portuguesa, assim como todas as línguas do mundo, não é uniforme no território brasileiro. De acordo com Leonor Buescu: “A língua faz parte do aparelho comunicativo e estético da sociedade que a própria língua define e individualiza.”
As metamorfoses linguísticas desenrolam-se em todas as circunstâncias de exercício da linguagem, sendo mais notório na pronúncia e no vocabulário.
De acordo com Silvia Figueiredo Brandão (1991), ao falar um indivíduo transmite, além da mensagem contida em seu discurso, uma série de dados que permite a um interlocutor atento não só depreender seu estilo pessoal — seu idioleto, mas também filiá-lo a um determinado grupo.
Conforme Celso Cunha(1992), nenhuma língua permanece a mesma em todo o seu domínio e, ainda num só local, apresenta um sem-número de diferenciações. (…) Mas essas variedades de ordem geográfica, de ordem social e até individual, pois cada um procura utilizar o sistema idiomático da forma que melhor lhe exprime o gosto e o pensamento, não prejudicam a unidade superior da língua, nem a consciência que têm os que a falam diversamente de se servirem de um mesmo instrumento de comunicação, de manifestação e de emoção. 
8.3 Variação lingüística e fracasso escolar
O conhecimento produzido em relação a questão da variação lingüística, principalmente a partir de uma perspectiva sociolinguística, tem contribuído para findar o mito da "deficiência linguística", das crianças provenientes das classes populares, substituindo-o pela ideia da existência de "diferenças linguísticas" entre as várias formas de linguagem, observadas em contextos sociais distintos.
Abaurre (1984) enfatiza que, é consenso entre aqueles que possuem algum domínio acadêmico sobre questões linguísticas, o reconhecimento de que:
“o aluno,por mais marginalizado que seja, possui, ao iniciar o processo de alfabetização, um repertório lingüístico perfeitamente adequado e suficiente para a expressão de seu universo de experiências” (13).
Contudo, tal repertório é muitas vezes desvalorizado pela escola que ainda não assimilou esse conhecimento, sendo o aluno e sua cultura discriminados e marginalizados.
Segundo Franchi (1983), existe um aspecto imposto socialmente, sobretudo pela escola, que favorece o retrocesso da criatividade verbal, oral e escrita, em crianças advindas de classes sociais mais baixas. Esse aspecto refere-se ao fato das mesmas terem o seu falar apontado como "vulgar", "incorreto" e "feio", o que pode levar a um bloqueio na expressão da linguagem oral e profundas dificuldades na aquisição da escrita, comprometendo o aprendizado desde o processo de alfabetização.
Abaurre (1984) ainda aponta que, o fato da escola não considerar a língua padrão como meta a ser atingida, mas antes como parâmetro de comparação com base no qual se avaliam desempenhos considerando-os como "certos" ou "errados", acaba por reforçar diferenças socialmente estabelecidas, ao invés de questioná-las e de favorecer a sua superação. Assim, todos os discentes são avaliados igualmente e com o mesmo grau de exigência, não sendo considerada a peculiaridade de cada educando, cuja linguagem está mais distante da norma padrão. 
Muitos autores têm proposto que a função da escola não deve ser a de substituir a norma popular, que os alunos já dominam em sua linguagem falada, pelos modelos da norma culta, mas sim a de ensinar-lhes que ambas as formas de linguagem podem coexistir e serem utilizadas na comunicação, de acordo com as circunstâncias (Preti, 1994).
Tal proposta, conhecida por "bidialetismo", também tem sido alvo de críticas, como a de Soares (1986) que alerta para a diferença, aparentemente sutil porém com graves conseqüências práticas, entre a proposta do bidialetismo enquanto instrumento de integração/adaptação social ou de transformação social. Na verdade, a possibilidade de uma pedagogia bidialetal para a transformação social tem como pressuposto a inter-relação entre aspectos políticos e educacionais. É necessário que os educadores desenvolvam não apenas sua competência técnica, mas também seu compromisso político, no sentido de poderem fazer uma opção mais consciente com relação aos objetivos da sua prática pedagógica.
A partir do exposto, é possível perceber que a literatura existente sobre a questão das relações entre variação lingüística e ensino/aprendizagem da leitura e escrita, tem sido consistente em atribuir a esse fator lingüístico, um papel importante no fracasso escolar das crianças falantes de variantes lingüísticas mais afastadas da língua padrão.
As explicações para essa relação, entretanto, variam desde a atribuição de deficiências lingüísticas aos alunos pobres, passando pela idéia da diferença lingüística (busca explicar as dificuldades de escolarização das classes populares pela maior distância entre o sistema fonológico utilizado por falantes de variantes lingüísticas não padrão e o sistema ortográfico a ser aprendido). 
E por fim, a uma visão mais crítica do problema, que relaciona tais dificuldades. Sobretudo, ao preconceito e discriminação com quea linguagem do aluno pobre vem sendo tratada pela escola, a qual, ao desqualificar a sua fala e conseqüentemente a sua origem e identidade sociocultural, teria uma influência negativa sobre o processo de aquisição da linguagem escrita.
Na escola, a desqualificação da linguagem do aluno pode se dar em dois níveis: no nível oral, por meio do bloqueio de sua expressão verbal, como resultado de correções inadequadas feitas pelo(a) professor(a), e no nível da escrita, por meio do impedimento de que o(a) aluno(a), durante a etapa inicial do processo de alfabetização, escreva foneticamente, de acordo com a variedade lingüística por ele(a) utilizada, a qual é considerada errada, em comparação com a norma padrão adotada como modelo. 
De acordo com Franchi (1988) os erros ortográficos costumam ser tratados diferentemente pela escola, havendo maior discriminação quando as escritas fonéticas se baseiam na transcrição de formas lingüísticas não-padrão, utilizadas por alunos pertencentes às classes populares, do que quando os erros cometidos baseiam-se em meras arbitrariedades ortográficas do sistema ou em formas que estão mais próximas da língua oral culta.
Alguns autores como Soares (1986), Abaurre (1984) e Garcia e Roncarati (1992), têm defendido a ideia da existência de um intervalo ou hiato entre a fala da criança que se alfabetiza e a fala do professor alfabetizador. Intervalo esse que estaria relacionado a um conflito lingüístico, enquanto expressão de conflitos socioculturais mais abrangentes, vivenciado nas situações de interação verbal presentes no cotidiano escolar. Tal conflito se constituiria num foco permanente de tensão nas interações verbais, gerando movimentos contraditórios de assimilação e resistência lingüística e cultural. De acordo com essa perspectiva , o fracasso na aquisição da norma culta pode ser visto como uma forma de resistência. 
No sentido de preservação da identidade, por meio da manutenção da própria linguagem, uma vez que o sucesso no processo de alfabetização significaria, para esses indivíduos, a vitória do processo de aculturação, implicando no silêncio de sua fala e, em última instância, dos seus desejos (Labov, 1974; Assis, 1988).
É importante observar que, do ponto de vista lingüístico e cognitivo, a maior distância existente entre o sistema fonológico utilizado por alunos falantes de variantes lingüísticas não-padrão e o sistema ortográfico a ser aprendido, dificulta, sobretudo o acesso à escrita ortograficamente correta. Isso porque para se alfabetizar a criança inicialmente deve construir a hipótese de uma correspondência biunívoca entre letras e sons. É somente no decorrer do processo de alfabetização que essa hipótese inicial deverá ser reformulada, no sentido de englobar as irregularidades na correspondência entre letras e sons derivados do contexto ortográfico, da estrutura morfológica das palavras e também da distância entre a fala do aluno e a língua padrão na qual a escrita se baseia. Além disso, é possível esperar que as crianças cuja fala apresenta maior grau de variação lingüística, enfrentam maiores dificuldades no processo de aquisição da linguagem escrita, quando submetidas a práticas interativas e pedagógicas inadequadas baseadas na rejeição de sua linguagem. Poderia resultar num bloqueio da sua expressão oral e escrita, como bem mostrou Damergian (1981) em pesquisa realizada em escolas da cidade de São Paulo, que atendem um grande contingente de crianças migrantes nordestinas. 
Contudo, ainda são poucas as contribuições das pesquisas empíricas destinadas a demonstrar, de forma sistemática, esse "intervalo" entre a linguagem da escola e a linguagem popular e suas conseqüências para o processo de alfabetização.
Em concordância com as contribuições teóricas apresentadas, as propostas mais recentes de diretrizes curriculares para a educação nacional, no que se refere ao ensino da língua materna, têm enfatizado a importância de se considerar as variedades lingüísticas faladas pelos alunos sem discriminá-las. 
Entendendo a variedade padrão como socialmente, mas não lingüisticamente, privilegiada. Por outro lado, enfatizam também a necessidade de proporcionar ao aluno o domínio da norma culta, de modo que ele possa utilizá-la como meio de acesso aos bens culturais e à participação política no contexto social. 
O objetivo não é substituir pela língua culta a variedade lingüística utilizada pelo aluno, mas acrescentar esta modalidade à sua fala, de tal forma que ele possa produzir discursos adequados aos diferentes contextos sociais. Portanto, é relevante verificar como este conhecimento tem sido difundido e assimilado pelas professoras alfabetizadoras em sua prática docente.
Nesse sentido, a presente pesquisa visa contribuir para a questão, adotando um delineamento longitudinal breve. Tem como objetivos: identificar e descrever os diferentes tipos de variação lingüística utilizada, no início da alfabetização escolar, por um grupo de alunos provenientes das classes populares; verificar se os alunos que apresentam maior variação lingüística no início do ano, são os mesmos que enfrentam maior dificuldade na aquisição da linguagem escrita no final do ano. E observar como as professoras desses alunos se comportam frente a manifestações de variação lingüística.
A hipótese norteadora da pesquisa é de que a variação lingüística interfere negativamente. O que dificulta ou impede a aprendizagem da leitura e escrita, quando estigmatizada e/ou trabalhada pedagogicamente de forma inadequada.
8.4 Variação linguística em sala de aula
Ao analisar a história da educação, é possível perceber que a aprendizagem por meio da variação linguística é de suma importância nas atividades escolares, para o processo de formação do educando, já que o ensino de língua portuguesa passou por diversas transformações para que fossem consideradas em sala, não só a gramática normativa, mas também, questões referentes à interação, ou seja, que estão na vivência dos alunos, que fazem parte de seu repertório e são vistas como algo a ser usado na sociedade e não apenas para aprender a língua escrita.
Segundo Bagno, Gané e Stubs (2002, p.17), é fruto de fatores como o surgimento e desenvolvimento da teoria da variação, cujas investigações puseram a no absoluto a falta de fundamentação empírica e teórica para o prosseguimento de uma pedagogia linguística centrada na velha noção de erro.
Assim, acredita-se na importância de se aprender a heterogêneidade linguística na escola, onde os educadores devem ter a responsabilidade de transmitir estes conhecimentos. É certo que o ensino da norma culta encontra muitos defensores, porque defendem o ensino da gramática normativa, visto que auxilia os discentes a escrever melhor com mais precisão e assim por diante.
No entanto, o ensino escolar torna-se aberto às múltiplas variedades linguísticas (sociais regionais profissionais e etárias, que qualquer língua viva possui, com o objetivo de substituir o um uso por outro. 
De acordo com Bagno (2007, p.72), independente dos seres humanos que falam, escutam, leem e interagem por meio dela, devem reconhecer e avaliar as características de seus alunos através da variedade linguística dos mesmos, e de modo que não fique presa apenas a norma padrão. Antes de tudo é preciso verificar as condições sociais deles, e a partir deste momento, trabalhar a norma padrão sem excluir sua língua materna, evitando assim que o aluno se sinta inferiorizado ou constrangido por não dominar tal variedade. 
Bagno enfatiza que: 
[...] nossa escola não reconhece a existência de uma multiplicidade de variedade de português e tenta impor a norma padrão sem procurar saber em que medida é na prática uma "lingua estrangeira" para muitos alunos, senão para todos (Bagno,2006,p.29).
Compreende-se desta forma, que a escola deve refletir sobre as variações, pois a mesma tem um papel fundamental na formação moral do indivíduo, uma vez que a própria escola deve aportar que há alternativas melhores, e mostrar que é possível e necessário cogitar sobre as diversidadesde linguagem como afirma Bortoni-Ricardo:
A escola não pode ignorar as diferenças sócio linguísticas. Os professores e, por meio deles, os alunos têm que estar bem conscientes de que existem duas ou mais maneiras de dizer a mesma coisa. (2005, p.15)
O estudo da língua materna na escola, aponta para uma reflexão sobre o uso da linguagem na vida e na sociedade. Os alunos devem compreender que essa discussão é necessária, e que a escola não deve impor a língua padrão como correta, mas mostrar que existem vários contextos onde se utilizam as variações linguísticas na escola, enfatizando a importância dos falantes saberem como adequar a língua as diversas situações existentes.
Sobre tais em que estações, Bortoni explícita: 
episódios cruciais na dinâmica de sala de aula. [...] como proceder nesses momentos é uma dúvida sempre presente entre os professores. Nas últimas décadas, os educadores brasileiros, com destaque especial para os linguístas [...] educando como uma oportunidade para humilhá-lo.
Diante dessa realidade citada, faz-se necessário que a escola esteja atenta às peculiaridades socioculturais dos alunos, bem como, segura no tocante trabalho pedagógico referente às variedades linguísticas. É indispensável respeitar os falares dos alunos, além de saber intervir no momento oportuno.interação entre os discentes e os docentes. 
Como afirma Bagno (2009, p. 158)
[...] As concepções de ensino e as práticas pedagógicas devem acompanhar as transformações da sociedade.predominavam no nosso país no início do século XX. o simples aumento da população tem provocado grandes alterações nessas características sociais [...]
É certo que a escola deve ter consciência de que a linguagem do discente precisa ser aperfeiçoada, mas de maneira sutil, para que o aluno faça uso de maneira mais adequada, de acordo com a interação comunicativa a qual se propõe, sabendo que não existe uma única maneira correta de falar.
Deste modo, é necessário um novo olhar, uma postura reflexiva sobre que tipo de conhecimento as aulas estão propiciando aos educandos, que tipo de desafios elas estão propondo e onde espera-se chegar.
Deve-se transformar momentos nas aulas de língua portuguesa em uma verdadeira investigação sobre a língua, buscando enxergar o que existe em oculto, desfrutando de novos conhecimentos, mas sabendo que mesmo em sua variedade obterá o mesmo respeito do que se estivesse falando de forma mais culta.
É essencial, que o docente tenha antes de qualquer coisa, o compromisso consigo mesmo, e saiba o que ele realmente pode alcançar no campo da educação, suas práticas em sala de aula, e consequentes transformações na vida dos seus alunos, enquanto formador de seres pensantes e sociais. O educador, deve saber tratar da variedade linguística de modo adequado, bem preparado, e de forma que proporcione um ambiente rico em aprendizagem que signifique algo na vida dos seus educandos.
A exemplo disso, Bagno(2007) aponta: 
a reeducação sociolinguística é uma proposta de pedagogia da variação linguística que leva em conta as conquistas das ciências da linguagem, mas, também, a dinâmicas sociais e culturais em que a língua está envolvida. Não é possível desprezar, em nome da ciência pura, as necessidades e os desejos legítimos dos falantes da língua. Mas também não é possível, em nome dessas necessidades e desejos, deixar as coisas como estão, dominadas por ideologia linguística autoritário e excludente (BAGNO,2007, p.86)
As variações linguísticas, representam a sociedadede forma geral. No ambinte escolar, a contextualização e a reflexão sobre a diversidade da língua, devem estar de antemão no planejamento de ensino, buscando com isso, capacitar e proporcionar aulas dinâmicas e reflexivas.
Como destaca BORTONI:
[...] É é papel da escola portanto facilitar a ampliação da competência comunicativa dos alunos, permitindo Lisa apropriarem-se dos recursos comunicativos necessários para se desempenhar em bem, com segurança, e nas mais distintas tarefas linguísticas. (BORTONI-RICARDO, 2004, p. 74).
É função da escola e do professor de língua portuguesa, fazer com que tenha se consciência dos diferentes contextos, proporcionando as variadas formas que é usada pelos falantes da linguagem popular. e assim, fica mais confortável fazer uma inovação e propor uma nova prática com a língua em sala de aula, proporcionando aos alunos, recursos acessíveis para se comunicar entre as pessoas para que o mesmo saiba desempenhar diversas situações. Desta forma precisamos prepará-los para sobreviver na sociedade, pois todas as variantes são válidas e não existe uma melhor do que a outra.
8.4 Desigualdades sociais e preconceito linguístico
O conflito estabelecido entre as classes sociais desfavorecidas e a cultura da escola, tem sido um tema discutido por muitos educadores. “Qualquer discriminação é imoral e lutar contra ela é um dever por mais que se reconheça a força dos condicionantes a enfrentar” (FREIRE, 1996, p. 67). 
Embora o fracasso escolar muitas vezes atribuído ao fracasso linguístico esteja representado mais significativamente nas séries iniciais, é possível constatá-lo até o nível superior. O ensino de língua materna, além da proposição de tarefas técnicas, deve propor estratégias de luta contra o fracasso escolar.
O ensino deve ser uma tarefa política contra os preconceitos e a desigualdade social. “É o uso da língua na escola que evidencia mais claramente as diferenças entre grupos sociais e que gera discriminações e fracasso" (SOARES, 1992, p.17). Portanto, a escola torna-se paradoxalmente o espaço em que as variedades linguísticas estigmatizadas tornam-se um impecilho à aprendizagem das variedades socialmente prestigiadas. 
No Brasil, as diferenças linguísticas são relacionadas à péssima distribuição de renda. Assim, elas não constituem, como em outros países, um modo de manter a identidade de um grupo; possuem uma estreita relação com a desigualdade social, ou seja, com a péssima distribuição dos bens econômicos e culturais. Essa realidade brasileira, deve ser considerada no momento de se estudar as teorias sociolinguísticas e de se propor estratégias de ensino da língua portuguesa. 
Em síntese, os saberes sociolinguísticos e os valores culturais trazidos pelo aluno à sala de aula devem ser respeitados. Aprender as variedades prestigiadas passa a significar, desse modo, uma ampliação dos conhecimentos linguísticos e comunicativos do aluno. Sendo assim, teríamos uma simplificação da questão do direito à preservação da identidade cultural do falante da região rural ou urbana, das classes favorecidas ou desfavorecidas, não fosse o fato de, no Brasil, a variante que se desvie da gramática normativa, independentemente do contexto, ser considerada “errada”, sobretudo quando usada por falantes das classes menos favorecidas. Bagno (2003, p. 21) pontua que a linguagem talvez seja o mais complexo e sutil dos instrumentos de controle e coerção social. Após anos de investigação sobre preconceito linguístico, o autor conclui que o preconceito linguístico não existe, o que existe é o preconceito social. Isso, quiçá, sobrevenha da constatação de que a noção de erro não é, como escreve o autor citado, “absoluta nem estática: a noção de erro varia e flutua de acordo com quem usa a língua e contra quem”. Geralmente, quem atribui a si mesmo um maior conhecimento linguístico, tende a mencionar os “erros” cometidos na fala e escrita até mesmo dos membros de sua própria classe social. 
Porém, em qualquer caso, o evidente é o “outro”, o “diferente”. É assim quando o assunto é a língua, é assim ao se tratar de quaisquer formas de preconceito e discriminação social. O ensino das variedades linguísticas prestigiadas é recomendado pela sua importância na mobilidade social do falante. Qualquer pessoa precisa dominar as variedades linguísticas que lhe permitirão o acesso ao nível superior de ensino, a um trabalho bem mais remunerado. No entanto, a pragmática escolar é formada por sujeitos que interagem permeados por várias vozes, múltiplas linguagens que se relacionamintegralmente com a língua. Isso aumenta a complexidade do processo de ensino e de aprendizagem, e o professor se depara com novos desafios dentro e fora da sala de aula. A compreensão dos pressupostos sociolinguísticos para o ensino da língua portuguesa é uma necessidade dos professores e deve se constituir num compromisso dos organismos que compõem sua formação. Sendo a língua heterogênea e plural, é preciso alavancar, consequentemente, uma abordagem que não se distancie dessa concepção. Não se ensina na escola a língua que o falante concebeu com seus pais. O ensino da língua portuguesa visa, por conseguinte, ao seu desenvolvimento.
A melhor decisão do professor em relação ao trabalho em sala de aula corresponde a aproveitar os conhecimentos linguísticos científicos sobre variação e mudança, mas, além disso, mostrar as implicações ideológicas das abordagens preconceituosas em relação à língua, com o objetivo maior de o aluno compreender que algumas variedades linguísticas são prestigiadas pela sociedade e outras estigmatizadas, sem, contudo, haver atribuição de valor linguístico a nenhuma delas: ambas são variedades da língua. Porém, ao compreender as variedades, o aluno compreenderá, circunstancialmente, o conceito de adequação, os contextos de produção da fala e da escrita; o contínuo de monitoração linguística e os gêneros textuais que se aplicam a diversas intenções de comunicação. A partir do reconhecimento pelo aluno das implicações ideológicas presentes na língua, este estará, ao mesmo tempo, diante do saber prévio necessário para que ele o desenvolva com a ajuda do professor e dos meios dispostos pela escola. O objetivo maior é ampliar o repertório linguístico do aluno e garantir-lhe o acesso a outras variantes linguísticas.
8.5 Preconceito linguístico como fator social
O preconceito linguístico contribui com o maior problema educacional, que a aprendizagem na medida em que leva os discentes e docentes a pensar a respeito do estudo da língua portuguesa como algo que não faz parte de sua realidade. 
Signarini (2002) afirma que:
a língua se relaciona com a sociedade porque é a expressão às necessidades humanas de se congregar socialmente, de construir e desenvolver o mundo.A sociedade se expressa como se fosse sua boca. (SIGNARINI, 2002, p. 76-77).
É preciso que o docente se conscientize a respeito da importância de trabalhar a variedade linguística e o preconceito linguístico, transmitindo esse conhecimento para os alunos pois é preciso que a escola atua nesse sentido de evitar a discriminação e que permita a exposição dos mesmos a variedades em estimular a não reprodução de preconceitos .
Conforme Bagno (2009, p.24): 
o preconceito linguístico é tanto mais poderoso porque em grande medida ele é invisível no sentido de que quase ninguém se apercebe dele quase ninguém fala dele [...]Pouquíssimas pessoas reconhecem a existência do preconceito linguístico quequem dirá a sua gravidade como um sério problema social.e quando não se reconhece sequer existência de um problema nada se faz para resolve-lo.
É evidente a partir das perspectivas do autor, a necessidade de esclarecimento aos alunos acerca da diversidade linguística e do preconceito em que circulam as práticas de interação linguística, tornando-se necessário segundo o mesmo movimento de combate ao preconceito linguístico em prol da educação de língua materna com mais democracia e coerência com a sociedade que vivemos.. 
9 METODOLOGIA
Nesta investigação empregaremos a metodologia marxista, o Materialismo Histórico Dialético, que propiciará uma compreensão crítica da realidade relacionando as interposições a fim de pensar sobre a lógica estrutural das relações sociais. 
A ideação da pesquisa realizou-se através da revisão bibliográfica que objetiva cientificamente, compreender as circunstâncias que atravessam o exercício do letrado no ensino a língua no contexto de sala de aula, atentando-se a importância de não fomentar nos docentes o preconceito linguístico, mas sim fomentar nestes o senso e pensamento crítico sobre a língua, bem como a sua mobilidade. 
Nesse sentido, a revisão de literatura embasou-se em artigos, livros, revistas, notas e sites. Trata-se de pesquisa documental, de caráter qualitativo, realizada com embasamento no know-how de análise de conteúdo para anexar as informações pertinentes à composição deste trabalho.
10 CRONOGRAMA 
	Etapas
	SET
	OUT
	NOV
	DEZ
	Elaboração do projeto 
	X
	X
	X
	X
	Revisão de literatura  
	X
	X
	X
	X
	Apresentação do projeto
	
	
	
	X
	Coleta de dados
	X
	X
	
	
	Conclusão e redação 
	
	
	X
	X
	Correção ortográfica
	
	
	
	X
	Entrega
	
	
	
	X
ARGUMENTAÇÃO E DISCUSSÃO
Nesta análise, objetivamos encontrar respostas para inquietações relacionadas ao modo como o ensino de Língua Portuguesa vem sendo orientado nas escolas e, em comparação a isso, como os discentes veem este ensino e o que esperam dele. Além disso, pudemos realizar uma intervenção pedagógica a partir de uma sucessão didática, na qual foram privilegiadas as variáveis linguísticas e as múltiplas manifestações da linguagem, como forma de desmistificar a ideia dos discentes de que não sabem a própria língua e que a mesma é difícil de ser compreendida e trabalhada.
O ensino de Língua Portuguesa, muitas vezes, é associado ao ensino da gramática normativa, imposta por uma língua padrão, fazendo grande parte das pessoas acreditarem que as aulas de “Português” não devem fugir de imposições e de regras pré-estabelecidas, sendo essa maneira a única correta e aceitável para construir leitores competentes e cidadãos proficientes em sua língua materna. Frente à diversidade social, econômica e cultural de nosso país, entendemos que não pode haver uma concepção cristalizada e inalterável de língua única, onde todos falam, expressam-se, interagem, comunicam-se da mesma maneira. Desse modo, defendemos que é factível promover uma aula dinâmica, que proporcione ao educando a real motivação e interação na e pela linguagem, construindo efetivamente sua competência comunicativa, conforme propõem as orientações curriculares nacionais vigentes no país. Todos estes questionamentos e inquietações motivaram e impulsionaram de forma contínua e gradual nossos estudos e, sobretudo, essa investigação, buscando guiar respostas que pudessem aportar professores e alunos interessados e curiosos em relação à heterogeneidade linguística.
Constatou-se que devemos compreender o ensino de Língua Portuguesa, numa perspectiva interacional, uma vez que valoriza-se em sala de aula as atividades de leitura, escrita e oralidade como práticas sociais.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Não podemos nos referir à língua sem primeiramente relacioná-la à sociedade, considerando que a correlação que acha-se entre elas, é a base que forma o ser humano. De acordo com os linguistas a humanidade se monta em sociedade e dispõe de um código, isto é, uma comunicação oral que seria a língua de cada falante.
De acordo com a linguística nenhuma língua é insignificante ou primitiva, já que comunicar-se de forma distinta não é considerado falar errado, e o que para muitos é considerado erro, existe uma explicação científica (linguística, histórica, sociológica e/ou psicológica). As línguas são heranças históricas que passam de geração para geração. As variações da língua são associadas a diversos fatores como: a faixa etária, grau de escolaridade, status socioeconômico, cultural, entre outros. 
Em conformidade com todas essas diversidades linguísticas encontradas em várias regiões de nosso país, foi possível perceber que o preconceito é muito forte, e cabe a nós professores conscientizar nossos alunos sobre o assunto, para que na contemporaneidade e na posteridade, não venham a segregar uma pessoa pelo seu modo de falar.
É primordial ensinar evidenciando diante de todas as exigências que as ciências progridem, tal como a ciência da linguagem igualmente. Apenas assim seremos capazes de ensinar bem e para o bem, fazendo com que nossos educandos sejam indivíduos que respeitem todas asdiferenças, especialmente a abrangente variedade linguística de nossa nação.
Deste modo é imprescindível que o ensino e a didática da língua portuguesa sejam inovadores, para assim acompanhar a sociedade e seus avanços, fazendo do conhecimento desenvolvido em sala de aula uma ferramenta indispensável na formação de discentes críticos e pensantes, que buscam sempre aprimorar seus conhecimentos, entendendo a linguagem não como algo que os distingue entre melhores e piores mas sim como uma ferramenta de entendimento e conscientização das diferenças sociais e culturais, vendo-as como algo que une a sociedade e não que a separa.
Desta forma o preconceito linguístico é algo que deve ser discutido em sala de aula com os alunos de forma abrangente e clara para que o mesmo não seja perpetuado. Espera-se assim contribuir para que os docentes possam ampliar as perspectivas de trabalho no que diz respeito ao ensino da língua portuguesa buscando sempre pautar-se sobre a língua materna dos alunos e a partir dessas modalidades promover uma educação linguística longe de preconceitos.
É impreterível que precisamos na educação brasileira, respaldar um domínio de nossa própria cultura e tradição, entendê-la em sua multiplicidade, aceitá-la e estudá-la e por último, amplificar o respeito mútuo por aqueles que versam as suas atuações docentes mas que já alicerçam contato com a educação no seio familiar. Introduzindo-os no campo social e fazendo-os entender a grandiosidade dessa diversidade linguística que chega ser uma espécie emblema em nossa história.
Por conseguinte, compreendo que este trabalho foi de extrema contribuição para minha formação acadêmica, visto que me propiciou uma visão aprofundada sobre a temática da variedade linguística, além de uma reflexão sobre o tratamento da variação linguística dentro do contexto escolar.
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