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teoria geral do processo

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AULA
8
Ação: conceito, teorias da ação, elementos da ação. Condições da ação. Legitimidade e interesse.
AÇÃO
Conceito;
Teorias da ação;
Elementos da ação;
Condições da ação;
Legitimidade e interesse;
INTRODUÇÃO
“Ao vetar a seus súditos fazer justiça pelas próprias mãos e ao assumir a jurisdição, o Estado não só se encarregou da tutela jurídica dos direitos subjetivos privados, como se obrigou a prestá-la sempre que regularmente invocada, estabelecendo em favor do interessado, a faculdade de requerer sua intervenção sempre que se julgue lesado em seus direitos.” Arruda Alvim
Desse monopólio da justiça decorreram duas importantes consequências:
a obrigação do Estado de prestar a tutela jurídica aos cidadãos
um verdadeiro direito subjetivo – o direito de ação – oponível ao Estado-juiz.
4
Ação 
“A ação, tanto para o autor como para o réu, é o direito a um pronunciamento estatal que solucione o litígio, fazendo desaparecer a incerteza ou a insegurança gerada pelo conflito de interesses, pouco importando qual seja a solução a ser dada pelo juiz.” 
Humberto Theodoro Jr
“Ação, portanto, é o direito ao exercício da atividade jurisdicional (ou o poder de exigir esse exercício). Mediante o exercício da ação provoca-se a jurisdição, que por sua vez se exerce através daquele complexo de atos que é o processo.” Grinover 
A ação provoca a jurisdição, que se exerce através de um complexo de atos que é o processo. 
Então, a atividade jurisdicional é inerte, só atua se for provocada e ela é provocada pelo uso da ação.
CONCEITOS
AÇÃO
DISSÍDIO
Significa: Atuar em juízo
Direito de provocar o exercício da tutela jurisdicional pelo Estado, o qual tem o propósito de solucionar o conflito entre as partes.
Tem significado etimológico de desinteligência.
Muito utilizado no processo do trabalho, especificando a ação individual ou coletiva perante a Justiça do Trabalho (arts. 856 a 875 da CLT)
LIDE
Significa: Conflito de interesses
Neste conflito o autor é quem pretende algo contra o réu.
Significa: Ponto controvertido (sobre fato ou direito discutido)
Controvérsia -> são razões que o autor alega e o réu nega (podem ser razões de fato ou de direito)
QUESTÃO
CONCEITOS
TEORIAS DA AÇÃO
TEORIAS DA AÇÃO
IMANENTISTA ou CLÁSSICA
WINDSCHEID-MUTHER
DIREITO AUTÔNOMO
LIEBMAN
IMANENTISTA ou CLÁSSICA
Nesta fase não se distinguia: 
 DIREITO DE AÇÃO DIREITO MATERIAL
Direito de ação direito de acesso ao judiciário.
 A ação seria um capítulo do direito privado
Direito material direito propriamente dito.
 Existência do direito em legislação
TEORIA CLÁSSICA OU IMANENTISTA OU TEORIA CIVILISTA: 
Para essa corrente, representada por Celso e Savigny, existiria necessariamente UMA CORRELAÇÃO ENTRE O DIREITO MATERIAL E A AÇÃO.
A ação era o próprio direito subjetivo material.
A ação seria o direito de pedir em juízo o que nos é devido.
Nesta época não se considerava o direito processual como um direito autônomo. A ação é imanente ao direito material, faz parte do próprio direito material. Para os adeptos desta teoria a ação não é um direito autônomo, e sim um aspecto do direito material, um anexo.
WINDSCHEID-MUTHER
Teorias dos autores:
Theodor Muther (1857)
Bernard Windscheid (1856);
Muther defendia que da ação nasciam 2 direitos (direito público subjetivo – direito do ofendido / direito do Estado) 
Windscheid defendia a existência de um direito de agir, exercido contra o Estado e contra o devedor.
DIREITO AUTÔNOMO
Nesta teoria a ação torna-se um direito próprio, autônomo, totalmente desvinculado do direito material.
Subdivide-se em 2:
Ação como direito autônomo e concreto: GIUSEPPE CHIOVENDA
Ação como direito potestativo. Direito autônomo distinto do direito material. Direito de provar a atividade jurisdicional contra o adversário. 
Ação como direito autônomo e abstrato: FRANCESCO CARNELUTTI
Ação como direito abstrato e de natureza pública, mas é dirigida contra o réu, e não contra o juiz, ou o Estado.
Segundo esta teoria, o direito de ação seria distinto do direito material (por isso autônomo) e o direito de ação é exercitado independentemente da obtenção de uma sentença favorável ou desfavorável. 
Então a ação é um direito autônomo porque não se vincula ao direito material da parte, pois não pressupõe que aquele que o maneje venha a ganhar a causa.
E a ação é um direito abstrato porque o exercício da ação não fica vinculado ao resultado do processo, atua independentemente da existência ou inexistência do direito substancial que se pretende fazer reconhecido.
LIEBMAN
Para o doutrinador Marco Tullio Liebman, o direito de ação é um direito subjetivo instrumental.
Poder obrigação do Estado
Interesse do Estado:
Distribuir a justiça;
Pronunciar a sentença de mérito (através do juiz);
Extinguir (finalizar) o processo (sem resolução do mérito);
Apesar da ação ser autônoma e abstrata, para ser aceita deve preencher as condições da ação. Adotada pelo atual Código de Processo Civil Brasileiro, foi idealizada por Liebman.
Liebman(processualista italiano, viveu no período da segunda guerra): ação é um direito a uma sentença de mérito (favorável ou desfavorável). Mas precisa preencher alguns requisitos para que exista o direito de ação: as condições da ação. Esta teoria foi consagrada pelo CPC. Portanto, se não estiverem presentes as condições da ação, não haverá apreciação do mérito.
TEORIA ECLÉTICA
NATUREZA JURÍDICA DA AÇÃO
NATUREZA JURÍDICA DA AÇÃO
O DIREITO DE AÇÃO decorre do direito de petição
É direito público subjetivo da parte invocar TUTELA JURISDICIONAL;
A CONSTITUIÇÃO FEDERAL assegura o direito de livre acesso ao Judiciário:
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito; 
A ação é um DIREITO PÚBLICO (porque provoca atuação do Estado para o exercício da jurisdição, função exclusiva do Estado), SUBJETIVO, de natureza constitucional (art.5º XXXV CF), ABSTRATO, AUTÔNOMO e INSTRUMENTAL (porque sua finalidade é dar solução a uma pretensão de direito material).
NATUREZA JURÍDICA DA AÇÃO
ELEMENTOS DA AÇÃO
ELEMENTOS DA AÇÃO
SUJEITOS
CAUSA DE PEDIR
OBJETO
Pessoa que pode ingressar com um processo perante o Judiciário.
Compreende os fundamentos de fato e de direito pelos quais o autor faz o seu pedido. É o fundamento pelo qual o autor faz a sua postulação. 
É o pedido (petitum);
Pode ser imediato (pedido direto), ou mediato (pedido indireto);
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CONDIÇÕES DA AÇÃO
CONDIÇÕES DA AÇÃO
POSSIBILIDADE JURÍDICA DO PEDIDO
INTERESSE DE AGIR
LEGITIMIDADE DE PARTE 
(ou ad causam)
POSSIBILIDADE JURÍDICA DO PEDIDO
 O pedido do autor tem que estar amparado por uma norma de direito material que o assegure;
	Ex.: impossibilidade de cobrança de dívida de jogos de azar (bingo, baralho, dominó, etc)
 Atualmente, no NCPC/2015 a POSSIBILIDADE JURÍDICA DO PEDIDO não é mais considerada uma condição da ação, devendo ser analisada no mérito da ação;
	Ex.: no mérito da ação será analisado se existe ou não o direito da parte.
Possibilidade de proteção
Ausência de proibição
É necessidade de que, ao menos em tese, a pretensão do autor seja protegida pelo ordenamento jurídico, ou a inexistência de proibição normativa, expressa ou implícita, quanto ao pedido formulado.
OBSERVAÇÃO:
No antigo CPC havia mais uma condição da ação POSSIBILIDADE JURÍDICA DO PEDIDO, mas esta foi abolida pelo NCPC.
Exigia-se a demonstração de que não havia vedação ao pedido no ordenamento jurídico Exemplo: a cobrança de dívida de jogo de azar (art.814 CC).
Foi extinta porque ou se confunde com análise do mérito ou se subsume no interesse.
Causa de Pedir x PedidoElementos
26
INTERESSE DE AGIR
Interesse da parte de recorrer ao judiciário para a obtenção do reconhecimento de um direito ameaçado ou violado;
Necessidade de obter o provimento postulado, tendo em vista o réu não ter satisfeito o que devia/ em razão de o mesmo ter resistido;
	Ex.: “É necessário o prévio requerimento administrativo antes de o segurado recorrer à justiça para a concessão de benefício previdenciário. Sem esse prévio requerimento, faltaria interesse de agir. Se o requerimento administrativo for negado, total ou parcialmente, bem como quando não for apreciado pelo INSS no prazo de quarenta e cinco dias, poderá o segurado propor a ação perante o Judiciário.” (RE n. 631.240, em 27.08.2014, o STF)
Está relacionado com a necessidade da demanda e o meio adequado de exercê-la. 
O interesse processual, a um só tempo, haverá de traduzir-se numa relação de necessidade e também numa relação de adequação do provimento postulado.
Ex.: 
Mandado de segurança por parte de quem não disponha da prova documental indispensável.
Credor propor ação de execução se o título que dispõe não é um título executivo (inadequação do remédio processual eleito pela parte). 
 			Necessidade / utilidade
Elementos
			Adequação
 
 
Consiste na UTILIDADE POTENCIAL da jurisdição. Vale dizer, a jurisdição deve ser apta a produzir alguma vantagem ou benefício jurídico.
 
Utilidade da jurisdição: NECESSIDADE - a jurisdição tem que ser indispensável, imprescindível para alcançar essa utilidade.
ADEQUAÇÃO – o procedimento e o provimento requerido tem que ser adequado.
LEGITIMIDADE DE PARTE 
(ou ad causam)
Haverá necessidade de existir identidade entre quem pede (autor) e quem a lei assegura o direito material;
	Ex; o empregador não pode promover ação contra empresa da qual não trabalhou. 
DIFERENCIAIS:
Legitimidade ad causam legitimidade para determinada demanda (causa);
Legitimidade ad processum legitimidade para o processo (capacidade processual de estar em juízo);
Para que determinada ação possa prosperar é indispensável que seja proposta pelo titular do direito material contra aquele que é o suposto devedor da prestação desse direito material.
Art. 18.  Ninguém poderá pleitear direito alheio em nome próprio, salvo quando autorizado pelo ordenamento jurídico. (CPC)
“Estará legitimado o autor quando for o possível titular do direito pretendido, ao passo que a legitimidade do réu decorre do fato de ser ele a pessoa indicada, em sendo procedente a ação, a suportar os efeitos oriundos da sentença”. Arruda Alvim
 Quem pode figurar como autor e réu
Elementos
			Titulares de uma relação hipotética
Desta forma, em princípio, é titular de ação apenas a própria pessoa que se diz titular do direito subjetivo material cuja tutela pede – legitimidade ativa, podendo ser demandado apenas aquele que seja titular da obrigação correspondente – legitimidade passiva.
Capacidade Para Ser Parte
Capacidade Processual 
Capacidade Postulatória 
Capacidade processual é uma aptidão genérica para agir em juízo por si só (quem não é absolutamente ou relativamente incapaz tem capacidade processual).
Com efeito, a capacidade para ser parte refere-se à possibilidade de o sujeito apresentar-se em juízo como demandante ou demandado, isto é, como autor ou réu em uma ação processual. Essa espécie de capacidade liga-se à existência de personalidade civil.
A capacidade postulatória é a aptidão para requerer perante os órgãos estatais investidos da jurisdição.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BUENO, Cassio Scarpinella. Manual de Direito Processual Civil / Cassio Scarpinella Bueno – Vol. Único - 2 ed. – São Paulo. Saraiva, 2016
DINAMARCO, Cândido Rangel. Teoria geral do novo processo civil / Cândido Rangel Dinamarco, Bruno Vanconselos Carrilho Lopes – São Paulo: Malheiros, 2016
HARTMANN, Rodolfo Kronemberg. Curso completo do novo código de processo civil. 3. Ed / Rodolfo Kronemberg Hartmann – Niterói, RJ: Impetus, 2016
MARINONI, Luiz Guilherme. Novo código de processo civil comentado / Luiz Guilherme Marinoni, Sérgio Cruz Arenhart, Daniel Mitidiero. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2015
 
MARTINS, Sergio Pinto. Teoria Geral do Processo / Sergio Pinto Martins. São Paulo: saraiva, 2016
WAMBIER, Luiz Rodrigues. Novo CPC urgente. – São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2016
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