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4 - Interpretação dos contratos

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13/08/2019 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 1/6
MÓDULO 4
Interpretação dos contratos
Como se pode verificar, o contrato é, na sua essência, um negócio jurídico, ao menos bilateral, e, como tal,
necessita da manifestação de vontade das partes para ser levado a efeito.
A manifestação de vontade, por sua vez, origina-se do sujeito de direito, a parte na relação contratual, que
externa a outro sujeito a intenção de contratar.
Em sua substância, a vontade possui dois elementos formadores, que integram a declaração de vontade
do sujeito para com o outro da relação contratual. 
De um lado, tem-se a vontade pretendida, ou também conhecido como o elemento interno, que aquilo que
o sujeito pretende, quer, pensa, reflete. E, de outro, o elemento externo, que é a vontade declarada, ou
seja, aquilo que foi externado pelo sujeito.
Esta pode se exteriorizar por meio da escrita, das palavras, de sinais, gestos, dentre outros. Os dois
elementos, em regra, precisam andar em consonância, de modo que aquilo que se pretende deve espelhar
o que se externou.
Contudo, há situações, principalmente no âmbito contratual, em que aquilo que se pensou não reflete a
mesma medida do que foi materializado. 
É por isso que a manifestação de vontade, de um modo geral, carece de interpretação para que se tenha o
seu significado e alcance do negócio pretendido pelas partes.
Em outras palavras, o contrato, enquanto negócio jurídico, origina-se de ato volitivo (ato de vontade) e, por
isso, sempre deve ser interpretado.
Mas, como se afirmou, nem sempre o contrato traduz, com exatidão, vontade das partes.Por vezes, a
redação de um instrumento jurídico, até por ser realizado em grande escale por leigos, mostra-se obscura
e ambígua.
Além disso, em outras oportunidades, embora as partes tenham cautela em relação às expressões
utilizadas, buscando dar clareza e precisão ao instrumento, mas, em razão da complexidade do negócio,
há dificuldades próprias do sentido e alcance daquilo que verdadeiramente se pretendeu convencionar.
Com isso, é possível verificar a necessidade do negócio ser interpretado. A execução de um contrato
exige, portanto, a correta compreensão da intenção das partes.
Desta forma, a interpretação de um contrato nada mais é do que buscar o sentido e alcance do conteúdo
da declaração de vontade.
Nesse contexto, a execução de um contrato exige a correta compreensão da intenção das partes.
Diz-se que a interpretação contratual é declaratória quando tem como único escopo a descoberta da
intenção comum dos contratantes no momento da celebração do contrato.
Será, por outro lado, construtiva ou integrativa, quando objetivam aproveitamento do contrato, mediante o
suprimento das lacunas e pontos omissos deixados pelas partes.
13/08/2019 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
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A integração contratual preenche, pois, as lacunas encontradas nos contratos, complementando-os por
meio de normas supletivas, especialmente as que dizem respeito à sua função social, ao princípio da boa-
fé, aos usos e costumes do local (art. 422 do Código Civil).
Nota-se, pois, que os princípios devem ser sempre observados, e mais que isso, invocados no exercício de
interpretação do contrato.
Demais disso, ao longo do tempo, surgiram regras esparsas galgadas e sedimentadas, pela doutrina e
jurisprudência, a fim de dar efetividade a interpretação dos contratos.
Dentre elas, pode-se dizer que se uma cláusula contratual permitir interpretações diversas, em regra,
prevalecerá a que possa produzir algum efeito, já que não se pressupõe que os contratantes tenham
celebrado um contrato sem qualquer utilidade.
Outra hipótese é de que se houver no contrato de adesão cláusulas ambíguas ou contraditórias, deve-se
adotar a interpretação mais favorável ao aderente (art. 423 do Código Civil).
Também ser pode dizer que transação interpreta-se de forma restrita (art. 843 do Código Civil).
No caso da fiança, não é admissível também a interpretação extensiva (art. 819 do Código Civil).
Nos testamentos, se houver a cláusula testamentária suscetível de interpretações divergente, prevalecerá
a que melhor assegure a observância da vontade do testador (art. 1.899 do Código Civil).
É importante salientar que a interpretação dos contratos, no Código de Defesa do Consumidor, também
tem suas regras e parâmetros.
Em seu artigo 47, o Código de Proteção e Defesa do Consumidor, prevê que: “as cláusulas contratuais
serão interpretadas de maneira mais favorável ao consumidor”.
Enfim, como se disse, a dogmática, no decorrer do tempo, encontrou formas de operacionalizar alguns
critérios, eminentemente, práticos destinados à interpretação dos contratos destacados as seguir: 
(i) deve-se interpretar o contrato da maneira menos onerosa para o devedor (in dubiis quod minimum est
sequimur);
(ii) para apurar a intenção dos contratantes deve-se verificar o modo pelo qual as partes vinham
executando o negócio;
(iii) quando houver cláusula suscetível de dois significados, interpretar-se-á em favor daquilo que é possível
de se executar. Trata-se do princípio da conservação ou aproveitamento do contrato;
(iv) não devem ser interpretadas isoladamente as cláusulas contratuais, mas em conjunto com as demais,
verificando o contexto de todo o negócio.
(v) se houver alguma obscuridade, tal situação deve ser imputada a quem redigiu a estipulação (ambiguitas
contra stipulatorem est).
 
 
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Exercício 1:
Minotauro, empresário milionário, celebrou contrato de doação com seu amigo de
infância Aquiles. Através do referido contrato Minotauro doou para Aquiles uma
pequena propriedade imóvel, onde ele pudesse organizar seu comitê eleitoral, já
que pretende se candidatar nas próximas eleições municipais. O contrato de
doação, em regra, é
A)
oneroso, bilateral e solene.
B)
gratuito, bilateral e de natureza real
C)
gratuito, bilateral e de caráter pessoal
D)
gratuito em função da liberalidade cometida pelo doador.
E)
oneroso e formal
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Exercício 2:
Quanto à interpretação contratual:
A)
Diz-se que a interpretação contratual é declaratória quando tem como único escopo a
descoberta da intenção comum dos contratantes no momento da celebração do contrato.
B)
Diz-se que a interpretação contratual é declaratória quando tem como único escopo a
descoberta da intenção de um dos contratantes no momento da celebração do contrato.
13/08/2019 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
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C)
Diz-se que a interpretação contratual é declaratória quando tem como único escopo a
descoberta da intenção de um dos contratantes depois da celebração do contrato.
D)
o ordenamento jurídico não permite qualquer interpretação
E)
NDA
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Exercício 3:
A vontade pretendida, ou o elemento interno:
A)
É aquilo que o sujeito pretende, quer, pensa, reflete.
B)
 
É aquilo que o sujeito pretende e exterioriza.
 
 
 
C)
É aquilo que o sujeito não pretende, mas exterioriza.
D)
Nenhuma das alternativas anteriores
E)
13/08/2019 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 5/6
não se trata de um componente da manifestação de vontade
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Exercício 4:
É uma interpretação construtiva aquela quando:
 
 
 
A)
quando tem como único escopo a descoberta da intenção comum dos contratantes no
momento da celebração do contrato.
 
 
 
B)
quando objetivam aproveitamento do contrato, mediante o suprimento das lacunas e pontos
omissos deixados pelas partes.
 
 
C)
quando tem como escopo a descoberta da intenção de apenas um dos contratantes
 
 
D)
quando suprem as lacunas deixadas pelas partes, mesmo que dando um novo contorno ao
que havia se estabelecido anteriormente
13/08/2019 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 6/6
E)
N.D.A.
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