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1 ESTUDO DE CASO MÓDULO/FASE B II 2019 DISCIPLINAS Prática Profissional: Leitura e Interpretação de Textos Historiográficos Prática Profissional: Ensino de História, Linguagens e Fontes TEMA Leitura e produção científica de textos historiográficos PROBLEMA Atualmente, existe uma crescente demanda por história por parte do público leigo que vem sendo suprida por profissionais não treinados na academia, como jornalistas ou escritores que publicam best-sellers de história no Brasil. Esta difusão massiva de obras tem implicações de ordem técnica e ética diante das quais cabe aos historiadores profissionais se manifestarem. A discussão acadêmica sobre a Public History (refere-se ao emprego de historiadores e do método histórico fora da academia) ainda não se desenvolveu no Brasil onde as incontáveis minisséries de TV possuem fundo histórico angariando grande audiência. Ao lado disso, inúmeras revistas de história com cunho científico circulam no país promovendo a renovação de teorias e metodologias, o que é muito positivo, no entanto, notamos que grande parte desses trabalhos apresentam uma narrativa densa e linguagem técnica ficando restritas ao meio universitário. Enquanto isso, a história popular dos best-sellers e vídeos do YouTube são de qualidade questionável, pois, além de carecer da metodologia científica utilizam a linguagem popular para moldar a opinião pública. 2 Cabe aos historiadores com formação na academia procurar tornar público e acessível o conhecimento que produzem, bem como cabe aos professores de História instigar os alunos a desenvolver o pensamento crítico e compreender a metodologia necessária para escrita da História, o trabalho essencial com fontes históricas e o papel dos historiadores de formação nesse processo. No artigo “2” do referencial teórico a seguir temos a resenha da obra Capítulos de História: o trabalho com fontes (2012), da professora e historiadora Marcella Lopes Guimarães, que traz propostas para o trabalho com a História e seus materiais de estudo na sala de aula: 1- Análise de livros de receitas que possibilitam investigar a alimentação enquanto cultura e identificar as mudanças deste hábito ao longo do tempo. 2- Análise de fotografias antigas: a forma como eram feitas e o que registravam em seu dado tempo. 3- Estudo de crônicas e literatura de modo geral: fontes privilegiadas para entender como o homem do passado escrevia e quais os objetivos almejados. O caráter interdisciplinar da História é, portanto, fundamental para conectar-se ao dia a dia dos alunos e proporcionar o aprendizado dos critérios necessários para investigação histórica e/ou os caminhos tomados para sua escrita, principalmente na era da informação onde é urgente que se construa com os alunos a capacidade de pensamento crítico e de não tomar qualquer texto falso enquanto verdade. 3 QUESTÃO ORIENTADORA 1) O que distingue em geral o trabalho e publicações de historiadores de formação e de historiadores não profissionais que escrevem obras de História? 2) Como trabalhar filmes, livros e outras fontes em sala de aula para estimular o interesse dos alunos pela historiografia e fazê-los reconhecer a importância do método científico na pesquisa histórica? REFERENCIAL TEÓRICO Artigo 1: MALERBA, Jurandir. Acadêmicos na berlinda ou como cada um escreve a História?: Uma reflexão sobre o embate entre historiadores acadêmicos e não acadêmicos no Brasil à luz dos debates sobre Public History. História e historiografia. Ouro Preto; n. 15; agosto de 2014. p. 27- 50. doi: 10.15848/hh.v0i15.692; Disponível em: https://www.historiadahistoriografia.com.br/revista/article/ view/692. Acessado em: 31/ 10/2018 Artigo 2 SENKO, ELAINE CRISTINA. Reflexões sobre a escrita, metodologia e teoria da história. Outros Tempos, vol. 09, n.14, 2012. p.240- 243. Disponível em: http://www.outrostempos.uema.br/OJS/index.php/outros_ tempos_uema/issue/view/6/showToc. Acessado em: 31/10/2018.
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