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Relatório Granulometria

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS
ENGENHARIA CIVIL
Caio Gonçalves Baliza
Felipe Artur C. Bezerra
DETERMINAÇÃO DA COMPOSIÇÃO GRANULOMÉTRICA DE AGREGADO PARA CONCRETO
Palmas -TO
2018
Caio Gonçalves Baliza
Felipe Artur C. Bezerra
DETERMINAÇÃO DA COMPOSIÇÃO GRANULOMÉTRICA DE AGREGADO PARA CONCRETO
Relatório técnico referente à disciplina de Tecnologia do Concreto do curso de Engenharia Civil sob análise e orientação do Prof. Fábio Henrique de Melo Ribeiro, MSc.
Palmas / TO
2018
INTRODUÇÃO	
Dentre os materiais que compõem o concreto, os agregados, que podem ser divididos em graúdos e miúdos dependendo do tamanho, são de suma importância, pois são responsáveis por aumentar a resistência do concreto e tornar a obra mais econômica, já que por preenchem os vazios deixados pela evaporação da água durante a cura. 
De acordo com a ABNT NBR 7211:2005, temos que "Os agregados devem ser compostos por grãos de minerais duros, compactos, estáveis, duráveis e limpos, e não devem conter substâncias de natureza e em quantidade que possam afetar a hidratação e o endurecimento do cimento, a proteção da armadura contra a corrosão, a durabilidade ou, quando for requerido, o aspecto visual externo do concreto".
Como observado na norma, os agregados devem ter características bem específicas para não comprometer a qualidade do concreto, e por isso, os ensaios devem ser realizados. Um dos ensaios é o de granulometria, que determina as dimensões das partículas e suas porcentagens de ocorrência. De acordo com a ABNT, os agregados devem ter granulometria variada para diminuir os vazios e a porosidade, aumentando a resistência do concreto.
Além das características de tamanho, os agregados também podem ser classificação quanto à sua obtenção. Eles podem ser de origem natural, que são encontrados pronto para uso na natureza, ou artificial, que passam por interferência humana. Além disso, eles podem ser classificados em leves (Até 1000 Kg/m³), normais (1000 Kg/m³ a 2000 Kg/m³) e pesados (acima de 2000 Kg/m³). 
OBJETIVO	 
Este ensaio foi realizado com finalidade da obtenção da composição granulométrica de agregados para concreto obtendo sua dimensão máxima característica, seu módulo de finura e o traçado de sua curva granulométrica de acordo com as especificações da NBR NM 248/03.
MATERIAIS E MÉTODOS	
Materiais
Balança;
Estufa;
Peneiras padronizadas pela NBR NM-ISO 3310 da série normal e intermediária com tampa e fundo;
Agitador mecânico de peneiras;
Escova;
500g de areia seca;
1Kg de brita;
Recipientes para as areias e britas ensaiadas.
Métodos	
Para a realização do ensaio, foi utilizada a série normal e intermediária de peneiras padronizadas pela ABNT NBR NM-ISO 3310-1, que estabelece a abertura das malhas que devem ser usadas no ensaio. Para o início do ensaio as peneiras citadas acima são postas em cima do misturador mecânico de forma crescente, dispostas de baixo para cima. 
Imagem 1 - Peneiras no agitador
Posteriormente com o uso da balança analítica e um recipiente vazio (tarado) foram pesadas 500g de areia, e então essa areia foi despejada na peneira superior das peneiras, que foram tampadas e fixadas no misturador. O misturador mecânico vibrou a areia por 3 minutos. 
Figura 2 - Areia sendo pesada
Depois de ter passado esse tempo, as peneiras são retiradas do misturador e o conteúdo de cada uma é pesado de forma separada para posteriormente ser feita a curva granulométrica. Depois o procedimento foi repetido utilizando outra amostra do mesmo material com a mesma quantidade de areia utilizada anteriormente.
Figura 3 - Pesagem das peneiras separadamente
O procedimento realizado com a brita foi o mesmo da areia, alterando-se apenas a massa de 500g para 1 Kg.
RESULTADOS
Areia
Os requisitos exigidos a este relatório, conforme NBR NM 248/2013, para a areia e a brita sob prova para definição granulométrica, contém a porcentagem media retida em cada peneira, a porcentagem média retida acumulada em cada peneira, a dimensão máxima característica e o módulo de finura.
Para a areia, mediante os valores coletados por meio das pesagens sucessivas das massas retidas em cada peneira conforme exibidos na tabela 01 contendo a porcentagem media retida e a porcentagem média retida acumulada em cada peneira.
	Tabela 1 : Relação do material retido e passante nas peneiras ensaiadas para a areia 
	Peneira (mm)
	Massa retida 1 (g)
	Massa retida 2 (g)
	% retida(%)
	% retida acum.
	% passante(%)
	75
	0
	0
	0,00
	0,00
	100,00
	63
	0
	0
	0,00
	0,00
	100,00
	50
	0
	0
	0,00
	0,00
	100,00
	37,5
	0
	0
	0,00
	0,00
	100,00
	31,5
	0
	0
	0,00
	0,00
	100,00
	25
	0
	0
	0,00
	0,00
	100,00
	19
	0
	0
	0,00
	0,00
	100,00
	12,5
	0
	0
	0,00
	0,00
	100,00
	9,5
	0
	0
	0,00
	0,00
	100,00
	6,3
	3,9
	5,1
	0,90
	0,90
	99,10
	4,75
	15,9
	15,9
	3,18
	4,08
	95,92
	2,36
	34,1
	39,2
	7,33
	11,41
	88,59
	1,18
	31,1
	35,4
	6,65
	18,06
	81,94
	0,6
	52,2
	55
	10,72
	28,78
	71,22
	0,3
	169,4
	188
	35,74
	64,52
	35,48
	0,15
	137,6
	109,1
	24,67
	89,19
	10,81
	Fundo
	54,9
	51
	10,59
	99,78
	0,22
	∑ massas
	499,1
	498,7
	 
	 
	 
	Módulo de Finura
	2,16
	 
	 
	 
Fonte: GONÇALVES E BEZERRA
Conforme a relação entre o percentual granulométrico passado em cada peneira em relação a seção de cada peneira das series normal e auxiliar, obteve-se o gráfico 01 da obtenção da curva granulométrica do agregado em análise mediante auxilio da NBR 7211/2009.
Fonte: GONÇALVES E BEZERRA
Para a areia, com base nos na análise dos dados tabelados define-se que, quanto a dimensão máxima, segundo a NBR NM 248/2003, é uma grandeza associada à distribuição granulométrica do agregado, correspondente à abertura nominal, em milímetros, da malha da peneira da série normal ou intermediária na qual o agregado apresenta uma porcentagem retida acumulada igual ou imediatamente inferior a 5% em massa. Dessa forma, analisando os dados da Tabela 1, pode-se concluir que a dimensão máxima característica da areia em questão é 4,75 mm com um percentual de massa de 3,18.
Para o modulo de finura, de acordo com a NBR NM 248/2003, é dado pela soma das porcentagens retidas acumuladas em massa de um agregado, nas peneiras da série normal, dividida por 100, Portanto: 
Podemos classificar o material estudado de acordo com seu módulo de finura como Zona utilizável superior: 2,90 < MF < 3,50; Zona ótima: 2,20 < MF < 2,90; Zona utilizável inferior: 1,55 < MF < 2,20. Portanto conclui-se que a areia em questão é classificada como areia de zona utilizável inferior. Conforme classificação de Duff – Abrams poderemos classificar o material estudado de acordo com seu módulo de finura. Areia grossa MF > 3,90; Areia média 3,90 > MF > 2,40; Areia fina MF < 2,40. Assim, a areia em estudo é classificada como fina.
Quanto a continuidade da areia, observa-se uma sequência crescente de massa retidas em todas as peneiras utilizadas, o que nos permite inferir, portanto que a areia em questão é continua.
Brita
Para a brita analisada, os dados obtidos estão dispostos na tabela 02, contendo a porcentagem media retida e a porcentagem média retida acumulada em cada peneira em relação aos diâmetros das peneiras da série normal e auxiliar.
	Tabela 2 : Relação do material retido e passante nas peneiras ensaiadas para a brita
	Peneira (mm)
	Massa retida 1 (g)
	Massa retida 2 (g)
	% retida(%)
	% retida acumulada
	% passante(%)
	75
	0
	0
	0,00
	0,00
	100,00
	63
	0
	0
	0,00
	0,00
	100,00
	50
	0
	0
	0,00
	0,00
	100,00
	37,5
	0
	0
	0,00
	0,00
	100,00
	31,5
	0
	0
	0,00
	0,00
	100,00
	25
	0
	0
	0,00
	0,00
	100,00
	19
	0
	0
	0,00
	0,00
	100,00
	12,5
	0
	0
	0,00
	0,00
	100,00
	9,5
	99,4
	67,6
	8,35
	8,35
	91,65
	6,3
	620,4663,6
	64,20
	72,55
	27,45
	4,75
	221,5
	199
	21,03
	93,58
	6,43
	2,36
	55,7
	67,5
	6,16
	99,74
	0,27
	1,18
	0
	0
	0,00
	99,74
	0,27
	0,6
	0
	0
	0,00
	99,74
	0,27
	0,3
	0
	0
	0,00
	99,74
	0,27
	0,15
	0
	0
	0,00
	99,74
	0,27
	Fundo
	0
	1
	0,05
	99,79
	0,22
	∑ massas
	997
	998,7
	 
	 
	 
Fonte: GONÇALVES E BEZERRA
A curva granulométrica da brita definida conforme a relação entre o percentual granulométrico passado em cada peneira em relação a seção de cada peneira das series normal e auxiliar, está proposta no gráfico 02 pela análise mediante auxilio da NBR 7211/2009.
Fonte: GONÇALVES E BEZERRA
Para a classificação da brita, conforme os limites de composição dos agregados graúdo disposto na NBR 7211/2009, como exibido na figura a seguir traz mediante a zona granulométrica disposta na tabela pode se inferir que a brita em analise localiza-se na zona correspondente a 4,75/12,5, sendo classificada como Brita 0, conforme a figura 4.
Figura 4 – limites granulométricos de agregado miúdo
Fonte: NBR 7211/2009
CONCLUSÃO	
Com a finalidade de classificação dos agregados miúdos e graúdos utilizáveis em concreto, os ensaios realizados e expostos neste relatório pretende definir a destinação correta dos mesmos. A areia analisada, classificada como fina e continua, pode ser utilizada no emboço e em concreto auto adensáveis. A Brita, classificada como brita zero, comercialmente, tem grande utilização em concretos de alto desempenho e mais raramente em demais concretos devido aos custos de produção (grande área superficial a ser encoberta por argamassa).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS - ABNT. Agregados – Determinação da composição granulométrica. Rio de Janeiro. ABNT, 2003 (NBR NM 248/2003).
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS - ABNT. Agregados para concreto - Especificação. Rio de Janeiro. ABNT, 2005 (NBR 7211/2009).

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