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1 ALGETEC – SOLUÇÕES TECNOLÓGICAS EM EDUCAÇÃO CEP: 40260-215 Fone: 71 3272-3504 E-mail: contato@algetec.com.br | Site: www.algetec.com.br LABORATÓRIO DE ENGENHARIA CIVIL AGREGADOS: COMPOSIÇÃO GRANULOMÉTRICA ENSAIO DE DETERMINAÇÃO DA COMPOSIÇÃO GRANULOMÉTRICA DO AGREGADO Entre os materiais mais utilizados na construção civil, pode-se citar os agregados. São divididos em agregados miúdos e graúdos, e as suas características físicas tem grande importância para a execução de concretos e argamassas. A porosidade, a massa específica, a composição granulométrica e a forma dos agregados, entre outros parâmetros, determinam as propriedades no estado fresco dos concretos e, consequentemente, exercem influência no consumo de pasta de cimento dos mesmos. Sendo assim, a especificação dos limites granulométricos do agregado, assim como o conhecimento da sua dimensão máxima e do seu módulo de finura são de extrema importância, pois estas características influenciam, por exemplo, na trabalhabilidade e no custo do concreto ou argamassa (MEHTA e MONTEIRO, 2008). A ciência desses parâmetros viabilizará a execução de materiais dosados com qualidade e dentro das expectativas. Para determinação da composição granulométrica, utilizou-se a norma NBR NM 248 (ABNT, 2003) - Agregados – Determinação da composição granulométrica. Seguindo a norma, pode-se também determinar a Dimensão Máxima Característica (DMC) e o Módulo de Finura (MF). Segundo a NBR 248 (ABNT, 2003), a Dimensão Máxima Característica (DMC) é uma grandeza associada à distribuição granulométrica do agregado, que corresponde à abertura nominal da malha da peneira da série, na qual o agregado apresenta uma porcentagem retida acumulada igual ou imediatamente inferior a 5%. Ainda segundo a norma, tem-se que módulo de finura (MF) é a soma das porcentagens retidas acumuladas em massa de um agregado, nas peneiras da série normal, dividida por 100. O ensaio de composição granulométrica consiste em peneiramento de uma amostra em uma sequência de peneiras dispostas da maior abertura, em cima, para a menor abertura. Os materiais utilizados, então, são: amostra de agregado, balança, estufa, peneiras das séries normal e intermediária, fundo da peneira, bandeja e escova mailto:contato@algetec.com.br 2 ALGETEC – SOLUÇÕES TECNOLÓGICAS EM EDUCAÇÃO CEP: 40260-215 Fone: 71 3272-3504 E-mail: contato@algetec.com.br | Site: www.algetec.com.br LABORATÓRIO DE ENGENHARIA CIVIL AGREGADOS: COMPOSIÇÃO GRANULOMÉTRICA de cerdas macias. A quantidade de amostra deve ser dividida em duas de mesma massa, seguindo o mínimo apresentado na tabela 1. Dimensão máxima normal do agregado (em mm) Massa mínima da amostra (em kg) <4,75 0,3 9,5 1 12,5 2 19,0 5 25,0 10 37,5 15 50 20 63 35 74 60 90 100 100 150 125 300 Tabela 1 – Massa mínima por amostra (NBR NM 248, ABNT, 2003) As amostras devem ser secas em estufa e determinadas as suas massas m1 e m2. As peneiras, limpas, devem ser encaixas formando um único conjunto em ordem crescente, além de uma peneira fundo embaixo. A amostra m1 é então colocada na parte superior do conjunto. Deve-se atentar ao fato de que não pode ser colocado muito material sobre a peneira, para que a agitação seja eficiente. Aconselha-se colocar pouco material, gradativamente. A agitação das peneiras pode ser realizada com todo o conjunto, por tempo suficiente até que as partículas visivelmente menores passem para a peneira de menor abertura, abaixo. Se não for possível agitar todo o conjunto em uma única vez, agitar cada peneira de uma vez, por no mínimo 2 minutos e proceder para a seguinte. Lembrar de encaixar o fundo nas peneiras. Agitar manualmente a peneira superior do conjunto até que, após 1 minuto de agitação contínua, a massa de material passante pela peneira seja inferior a 1% da massa do material retido. A agitação deve ser feita em movimentos laterais e circulares, nos mailto:contato@algetec.com.br 3 ALGETEC – SOLUÇÕES TECNOLÓGICAS EM EDUCAÇÃO CEP: 40260-215 Fone: 71 3272-3504 E-mail: contato@algetec.com.br | Site: www.algetec.com.br LABORATÓRIO DE ENGENHARIA CIVIL AGREGADOS: COMPOSIÇÃO GRANULOMÉTRICA planos horizontais e inclinados e não no vertical, para que não ocorra perda de material. O material retido em cada peneira deve ser colocado em uma bandeja com identificação. Com a escova de cerdas, escovar cada tela da peneira. Na parte interna da tela da peneira, considerar esse material como retido. Já na parte inferior da peneira, considerar como passante (e considerar o valor para a peneira seguinte). Esse processo deve ser realizado em todas as peneiras das séries. Para a segunda amostra m2, o processo deve ser repetido. Para cada amostra, é calculada a porcentagem retida, em massa, em cada peneira com precisão de 0,1%. As amostras de mesma origem devem ter mesma dimensão máxima característica e nas peneiras, os valores de porcentagens não podem ter diferença superior a 4%. Caso ocorra, todo o processo do peneiramento deve ser repetido. Em seguida, realiza-se o cálculo das porcentagens médias, retida e acumulada de cada peneira para cada amostra com precisão de 1%. E por fim, calcula-se o módulo de finura com aproximação de 0,01. A NBR 7211 (ABNT, 2005) apresenta limites para agregados miúdos e graúdos. Para agregados miúdos, pode-se citar que o módulo de finura (MF) da zona ótima fica entre 2,20 a 2,90, zona utilizável inferior entre 1,55 e 2,20 e zona utilizável superior entre 2,90 a 3,50. Valores fora desse padrão não são aconselhados para uso. Os limites de distribuição granulométrica podem ser vistos na tabela 2. Peneira com abertura da malha (em mm) Porcentagem, em massa, retida acumulada Limites inferiores Limites superiores Zona utilizável Zona ótima Zona ótima Zona utilizável 9,5 0 0 0 0 6,3 0 0 0 7 4,75 0 0 5 10 2,36 0 10 20 25 1,18 5 20 30 50 600µ 15 35 55 70 300µ 50 65 85 95 150µ 85 90 95 100 Tabela 2 – Limites de distribuição granulométrica para agregado miúdo (NBR NM 7211, ABNT, 2005) mailto:contato@algetec.com.br 4 ALGETEC – SOLUÇÕES TECNOLÓGICAS EM EDUCAÇÃO CEP: 40260-215 Fone: 71 3272-3504 E-mail: contato@algetec.com.br | Site: www.algetec.com.br LABORATÓRIO DE ENGENHARIA CIVIL AGREGADOS: COMPOSIÇÃO GRANULOMÉTRICA Já para agregado graúdo, pode-se orientar pela tabela 3. Peneira com abertura da malha (em mm) Porcentagem, em massa, retida acumulada Zona granulométrica 4,75/12,5 9,5-25 19-31,5 25-50 37,5-75 75 - - - - 0-5 63 - - - - 5-30 50 - - - 0-5 75-100 37,5 - - - 5-30 90-100 31,5 - - 0-5 75-100 95-100 25 - 0-5 5-25 87-100 - 19 - 2-15 65-95 95-100 - 12,5 0-5 40-65 92-100 - - 9,5 2-15 80-100 95-100 - - 6,3 20-65 92-100 - - - 4,75 80-100 95-100 - - - 2,36 95-100 - - - - Tabela 3 – Limites de distribuição granulométrica para agregado graúdo (NBR NM 7211, ABNT, 2005) mailto:contato@algetec.com.br 5 ALGETEC – SOLUÇÕES TECNOLÓGICAS EM EDUCAÇÃO CEP: 40260-215 Fone: 71 3272-3504 E-mail: contato@algetec.com.br | Site: www.algetec.com.br LABORATÓRIO DE ENGENHARIA CIVIL AGREGADOS: COMPOSIÇÃO GRANULOMÉTRICA REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ABNT. Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR NM 248 - Agregado – Determinação da composição granulométrica. Rio de Janeiro, Brasil. 2003. ABNT. Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 7211 - Agregado para concreto - Especificação. Rio de Janeiro, Brasil. 2005. MEHTA, P. K.; MONTEIRO, P. J. M. Concreto: estrutura, propriedades e materiais. São Paulo: Pini, 2008. mailto:contato@algetec.com.br
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