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FACULDADE SANTO ANTÔNIO DE ALAGOINHAS-FSAA LUCIANA MENDES DOS SANTOS RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA EM LABORATÓRIO EXPERIMENTO EM 30/08/2019 Alagoinhas-Ba 2019 1 INTRODUÇÃO A automedicação é considerada um problema de saúde pública. Um medicamento tomado de maneira inadequada pode levar o indivíduo à uma intoxicação. Triturar ou partir um medicamento é um hábito comum de longos anos. Essa prática errônea pode trazer riscos, consequências graves para saúde e falsos resultados. Cada medicamento tem seu tempo de absorção no organismo, caso esse seja triturado, cortado ou macerado, não alcançará seu órgão alvo. Os medicamentos quando estão em nosso organismo sofrem quatro ações: absorção, distribuição, metabolização e excreção. Todo medicamento deve ser tomado de acordo as orientações médicas, seguindo horário, dosagem, tempo do tratamento. 2 OBJETIVOS Verificar a ação dos medicamentos no organismo Observar o modo correto de tomar os medicamentos 3 MATERIAIS UTILIZADOS 3 béqueres Água destilada Ácido clorídrico (20ml) Hidróxido de sódio Medicamentos; Sublingual, Pastilha antiácida, Remédio para a digestão, antigripais, Laxante Etiquetas Bastão de vidro Luvas de procedimentos Pipeta automática Bastão de vidro Caneta azul para identificação dos béqueres 4 METODOLOGIA Foram marcados 3 béqueres com caneta azul, foram eles 1, 3 e 5. O béquer 1 estava representando a boca, onde o mesmo tem p PH neutro, o béquer 3 estava representando o estômago, o mesmo de ambiente ácido e o béquer 5 estava representando o intestino onde o mesmo tem ambiente básico. Nos béqueres foram adicionado uma quantidade de água igual e equivalente a todos, essa quantidade preenchia metade dos béqueres. No béquer 1 foi adicionado água e em seguida os medicamentos na seguinte ordem e por vezes (sublingual, depois uma pastilha ácida). No béquer 3 foi adicionado água e ácido clorídrico e logo em seguida medicamentos na seguinte ordem e por vezes (pastilha ácida, antigripal, medicamento em forma de cápsula, laxante inteiro e depois laxante cortado ao meio e adicionado). No béquer 5 foram adicionados água e hidróxido de sódio e em seguida um medicamento (laxante). Figura 1 Fonte: Mendes, 2019 5 RESULTADOS No béquer 1 foi colocado o medicamento sublingual, onde o mesmo dissolveu rapidamente, isso acontece porque ele foi projetado para dissolver justamente em ambiente de PH neutro e administrado em baixo da língua, pois é vascularizada, o que colabora para uma absorção rápida de efeito imediato, igual ao de uma injeção. Foi colocado também uma pastilha ácida no béquer 1, porém a mesma não dissolveu, pois o ambiente não era propício para ela dissolver. Figura 2 Fonte: Cardoso, 2019 O béquer 3 estava representando o estômago, de ambiente ácido, foi colocada uma pastilha ácida, observou-se que a mesma foi dissolvida, pois o ambiente era propício para isso acontecer. Foi adicionado logo em seguida um antigripal encapsulado, que não dissolveu, a cápsula começou a inchar no ambiente ácido, por ser a proteção do fármaco justamente para ele chegar ao seu órgão alvo. Figura 3 Figura 4 Fonte: Mendes, 2019 Fonte: Mendes, 2019 Ainda no béquer 3 foi adicionado um medicamento laxante inteiro e logo depois o laxante cortado ao meio. Quanto ao laxante inteiro não teve nenhuma reação porque ele é para o ambiente de PH básico(intestino), por isso ele não vai ser diluído no ambiente de PH ácido. Já o laxante cortado ao meio, ele dissolveu sua parte interna no PH ácido justamente porque ele foi cortado e rompeu a proteção do fármaco, impedindo que ele chegue a seu órgão alvo, sendo dilacerado já no estômago. Figura 5 Fonte: Mendes, 2019 Foi adicionado um laxante inteiro no béquer 5, onde o mesmo estava representando o intestino de PH básico, e o medicamento dissolveu porque ali era o ambiente propício, porém o processo de absorção do intestino é mais lento por conta das microvilosidades do intestino. Figura 6 Fonte: Mendes, 2019 Em 6 de Abril de 2016, a Farmacêutica da Vigilância Sanitária Estadual de Alagoas, Ionara Freitas, alerta sobre os riscos da manipulação de medicamentos por conta própria, a Vigilância Sanitária Estadual esclarece as dúvidas sobre riscos desta prática. “O hábito de triturar, partir ou misturar medicamentos a outras substâncias pode interferir na absorção do remédio, aumentando ou diminuindo seus efeitos¹.” ¹ Disponível em: http://www.saude.al.gov.br/2016/04/06/orientacao-partir-ou-triturar-comprimidos-nao-e-recomendavel-alerta-farmaceutica-da-vigilancia-sanitaria-estadual/. Acesso em 06 de setembro de 2019. 6 CONCLUSÃO Cada substancia apresenta um tempo determinado para agir no organismo. Os comprimidos utilizados embaixo da língua surtem efeitos similar aos das injeções, já os comprimidos comuns costumam liberar seus princípios ativos somente no intestino ou estômago por serem exclusivamente projetados para agirem de acordo `a esses ambientes. Cada medicamento é destinado para um órgão devido e especifico sítio de ligação, necessitando toma-lo da maneira para qual foi produzido, uma vez que só irá possuir efeito no local para o qual é destinado, caso contrário pode gerar graves consequências como apresentação de efeitos colaterais e gerando toxicidade no nosso organismo que acaba sendo absorvida pelo fígado podendo gerar até uma lesão hepática causada por medicamento. Porque o medicamento sublingual deve ser administrado embaixo da língua? Por conta da mucosa oral, que tem um epitélio fino e vasos sanguíneos abundantes, os quais promovem a rápida absorção do medicamento na corrente sanguínea do paciente. Porque alguns medicamentos não devem ser quebrados, cortados ou macerados para serem administrados? Um erro comum entre os usuários de comprimidos é triturar o comprimido ou cortá-lo ao meio. Essa prática vai interferir direto na absorção do principio ativo pelo organismo, ao partir um medicamento que não foi fabricado para tal, ele se despedaça, se espalha e a dose ingerida perde sua precisão. Além disso, caso não seja partido em uma superfície limpa, aumenta o risco de contaminação com outros materiais, bem como fungos e bactérias. Qual objetivo de alguns medicamentos serem encapsulados? A cápsula serve para proteger o fármaco, permitindo que o mesmo alcance seu órgão alvo, mas algumas pessoas optam por abrir a cápsula do medicamento e ingerir apenas o pó, para que fique mais fácil de engolir, principalmente quando são idosos ou crianças com dificuldades de deglutição. No entanto, essas cápsulas são idealizadas também com função de proteger a mucosa da boca e do esôfago, do contato com a medicação, para que ela possa agir lentamente e garantindo sua eficácia. 7 BIBLIOGRAFIA http://www.saude.al.gov.br/2016/04/06/orientacao-partir-ou-triturar-comprimidos-nao-e-recomendavel-alerta-farmaceutica-da-vigilancia-sanitaria-estadual/. Acessado 06 em setembro de 2019. http://www.saude.al.gov.br/2018/01/16/farmaceutica-da-sesau-alerta-sobre-os-riscos-de-automedicacao/. Acessado em 06 de setembro de 2019. http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2013/05/saiba-como-os-remedios-agem-no-organismo-e-o-jeito-certo-de-toma-los.html. Acessado em 06 de setembro de 2019. https://diariodebiologia.com/2015/10/triturar-partir-comprimidos-capsulas-nunca-faca