Buscar

Tconst_1

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 16 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 16 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 16 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE – UFCG 
Técnicas Construtivas – GCAMB/DEAg/CCT 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
 
Os processos construtivos têm, como objetivo, orientar sobre a técnica de 
construção das diversas partes componentes de uma construção rural. 
As construções rurais devem ser executadas com simplicidade e economia; 
entretanto, dentro da técnica, visando ao funcionamento adequado do processo 
produtivo. 
Na elaboração do projeto o projetista deve conhecer bem os materiais locais 
disponíveis, de modo a escolher uma técnica de construção apropriada para a execução 
da obra. 
Finalmente, se a concepção do projeto leva em conta: tipo de exploração, manejo, 
clima da região e uma arquitetura rústica, com uso dos materiais locais e cujo processo 
construtivo seja adequado e executado com a orientação de um profissional da Área de 
Construções Rurais, ter-se-á uma obra simples, econômica e funcional. 
 
2. LEVANTAMENTO TOPOGRÁFICO 
 
Necessidades: 
 
- coletar dados para a elaboração dos projetos 
- equipe e aparelhos topográficos (quando necessário) 
- orientação ao engenheiro projetista 
- processos rústicos (no caso de construções simples). 
 
3. PROJETO 
 
Por mais simples que seja, o projeto arquitetônico de uma construção rural deve 
ter uma parte escrita e outra gráfica, para melhor entendimento e execução do mesmo, 
quais sejam: 
- Parte escrita : introdução ou memorial descritivo, especificações e orçamento. 
- Parte gráfica : desenhos (planta baixa, cortes, planta de situação, detalhes etc.) 
 
3.1 Introdução ou memorial descritivo 
 
 A introdução ou memorial descritivo deve conter informações sobre o local onde 
será executado o projeto, nome do proprietário, área a ser construída, tipo de 
instalações, manejo etc., dependendo do porte do projeto. 
 4 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE – UFCG 
Técnicas Construtivas – GCAMB/DEAg/CCT 
 
3.2 Especificações 
 
 As especificações objetivam indicar quando e como devem ser executadas as 
diversas fases da construção. A redação deve ser simples, objetiva e simplificada e a 
seqüência deve acompanhar os itens constantes no orçamento, para facilitar a 
fiscalização, por exemplo. 
 Observação: No caso de equipamentos e acessórios, a maneira de serem 
elaboradas as especificações difere da referente às construções. Geralmente, são feitas 
com base em catálogos e informações obtidas com fornecedores, revendedores etc. 
 
3.3 Orçamento 
 
 Para a confecção do orçamento é necessário se fazer o levantamento dos 
quantitativos dos vários serviços a serem executados, com base nas especificações e nos 
desenhos, calcular os preços unitários dos serviços levando-se em conta o tempo 
despendido, a mão-de-obra e os encargos sociais que incidirão sobre os serviços, 
conforme seja o caso e, finalmente, a montagem do quadro de registro do orçamento. 
 A planilha do EXCEL, cujo arquivo se denomina POrçam.xls, composta de três 
páginas Registro, Quant e Punit, permite a realização de orçamento para os serviços 
comuns nas construções rurais. 
O procedimento para a manipulação da planilha é o seguinte: 
1o) Preencher a página de “Quant” com base nas especificações e desenhos do 
projeto; para tanto, as colunas serão preenchidas em C com comprimento, em D com a 
largura, em E com a altura e em F com área, volume etc., conforme seja o serviço; 
2o) preencher a página “PUnit” a partir do preço de materiais, mão-de-obra e leis 
sociais; 
3o) preencher a página “Registro” com os resultados obtidos na coluna F da 
página Quant em QUANTITATIVOS e com os valores das colunas F, L ou R da 
página PUnit (células verdes) em P. UNIT.; 
4o) realizar os totais da página Registro (coluna F) e a soma, para se obter o valor 
do orçamento. 
Observação: Para os projetos de construção basta a impressão da página 
“Registro”. A planilha pode ser solicitada através do e-mail marluce@deag.ufpb.br. 
 
 5 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE – UFCG 
Técnicas Construtivas – GCAMB/DEAg/CCT 
 
3.4 Desenhos 
 
 O projeto deve conter pelo menos a planta baixa e um corte, para que o técnico 
responsável pela execução possa fazê-lo com fidelidade em relação às idéias do 
projetista. 
 
4. SERVIÇOS PRELIMINARES 
 
Os serviços denominados preliminares constituem todos aqueles necessários para 
que se iniciem as várias etapas da construção propriamente dita. 
 São serviços preliminares: limpeza do terreno, serviços de terraplenagem ou 
nivelamento do terreno, construção de barracão ou seleção de ambiente para guarda de 
materiais, construção de tanque para água ou aquisição de tonel, ligação de energia 
elétrica, quando for o caso, etc. 
Procedimentos: 
- determinação de áreas e volumes 
- contratação dos serviços 
- preservação de árvores 
- expurgos ou bota-fora 
- outros 
Observação: Ao se escolher o local para as construções, devem ser evitados 
terrenos que impliquem em cortes ou aterros, para não onerar a construção. 
 
5. FUNDAÇÕES 
 
As fundações de uma construção compreendem as seguintes etapas: investigação 
geotécnica, locação, escavações e alicerce. 
 
5.1 Investigação geotécnica 
 
Nas propriedades rurais, a escolha do local onde serão realizadas as fundações, 
não apresenta, via de regra, dificuldades nas construções rurais, mas alguns cuidados 
devem ser observados, como sejam: 
- preferir terreno de boa natureza geológica 
 6 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE – UFCG 
Técnicas Construtivas – GCAMB/DEAg/CCT 
 
- evitar terrenos baixos, de lençol de água muito próximo à superfície 
- escolher locais afastados de pontos insalubres 
- evitar terrenos turfosos e resultantes de aterro de lixo, por serem fracos e 
úmidos e sujeitos à decomposição de matéria orgânica. 
Quando houver dúvidas com relação à natureza do solo e, principalmente, nos 
casos de grandes obras, deve-se fazer uma investigação do subsolo por um dos métodos 
diretos. 
Principais métodos diretos: 
- Manual 
• poços 
• trincheiras 
• trados manuais 
- Mecânico 
• sondagem a percussão com circulação de água 
• sondagem rotativa 
• sondagem mista 
• sondagem especial com extração de amostras indeformadas. 
 
5.1.1 Poços 
• Equipamento utilizado: pá, picareta, balde e sarilho 
• objetivo: exame das camadas do subsolo ao longo de suas paredes 
• coleta de amostras deformadas ou indeformadas. 
 
5.1.2 Trincheiras 
• Equipamento: escavadeiras 
• objetivo: obter uma exposição contínua do subsolo, ao longo da seção de 
uma encosta natural, áreas de empréstimos etc. 
 
5.1.3 Trados manuais 
• Equipamento: hastes de ferro (1/2”ou ¾”) com roscas e luvas nas 
extremidades, barra para rotação e luva em T, brocas do tipo cavadeira, helicoidal ou 
 7 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE – UFCG 
Técnicas Construtivas – GCAMB/DEAg/CCT 
 
torcida (diâmetros de 21/2”, 4”ou 6”, como se vê na Figura 1), chaves de grifo, sacos e 
vidros para as amostras. 
• Objetivo: amostras deformadas para pesquisa de jazidas, determinação do 
nível d’água, mudança de camadas e avanço da perfuração para ensaio de penetração. 
• Vantagens: processo simples, rápido e econômico para as investigações 
preliminares das condições geológicas superficiais. 
• Execução: a perfuração é feita com os operadores girando a barra horizontal 
acoplada às hastes verticais, em cuja extremidade se encontra a broca. A cada 5 ou 6 
rotações, forçando-se o trado para baixo, é necessário retirar a broca para remover o 
material acumulado, que é colocado em sacos de lona devidamente etiquetados. 
•Limitações: camadas de pedregulho, mesmo de pequena espessura (5cm),pedras ou matacões, solos abaixo do nível d’água e areias muito compactas. 
Normalmente, podem atingir 10m. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FIGURA 1 – Trados manuais 
8 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE – UFCG 
Técnicas Construtivas – GCAMB/DEAg/CCT 
 
5.1.4 Sondagem a percussão 
 
É o método mais difundido no Brasil. Consiste na cravação do amostrador no 
solo, através de quedas sucessivas do martelo, erguido a uma altura de 75cm. Procede-
se à cravação de 45cm do amostrador anotando-se, separadamente, o número de golpes 
necessários à cravação de cada 15cm do amostrador (toma-se o tubo de revestimento 
como referência e se marca na haste de perfuração, com giz, um segmento de 45cm 
dividido em três trechos iguais de 15cm). 
• Vantagens: custo relativamente baixo, facilidade de execução e 
possibilidade de trabalho em locais de difícil acesso, permite a coleta de amostras do 
terreno a diversas profundidades, indicações da consistência ou compacidade dos solos 
investigados e determinação da profundidade de ocorrência do lençol freático. 
Terzaghi-Peck definiu o índice de resistência à penetração (SPT ou N – Standard 
Penetration Test) como a soma do número de golpes necessários à penetração no solo, 
dos 30cm finais do amostrador (desprezando-se o número de golpes correspondentes à 
cravação dos 15cm iniciais do amostrador). 
Este índice está correlacionado com a consistência ou compacidade das diversas 
camadas do subsolo e com a pressão admissível a ser transmitida por uma fundação 
direta ao solo, conforme indicam os quadros a seguir. 
 
QUADRO 1 – Relação entre o índice de resistência à penetração e as taxas admissíveis 
para solos argilosos 
TENSÕES ADMISSÍVEIS (kgf/cm2) ARGILA No de Golpes (SPT) 
Sapata Quadrada Sapata Contínua 
Muito mole ≤ 2 < 0,30 < 0,22 
Mole 3 – 4 0,33 – 0,60 0,22 – 0,45 
Média 5 – 8 0,60 – 1,20 0,45 – 0,90 
Rija 9 – 15 1,20 – 2,40 0,90 – 1,80 
Muito rija 16 – 30 2,40 – 4,80 180 – 3,60 
Dura > 30 > 4,80 > 3,60 
 
 
5.2 Locação 
 
A marcação dos alinhamentos consiste na reprodução, em tamanho natural, do que 
está em projeto. Ao se marcar as posições das paredes,deve-se fazê-las pelo eixo, para 
 9 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE – UFCG 
Técnicas Construtivas – GCAMB/DEAg/CCT 
 
que se tenha distribuição racional das diferenças de espessura da parede, no desenho e 
na realidade. Processos usuais de locação: cavaletes e tábua corrida. 
 
QUADRO 2 – Relação entre o índice de resistência à penetração e as taxas admissíveis 
para solos arenosos 
AREIA No de Golpes (SPT) TENSÃO ADMISSÍVEL 
(kgf/cm2) 
Fofa ≤ 4 < 1 
Pouco compacta 5 – 10 1 – 2 
Medianamente compacta 11 – 30 2 – 4 
Compacta 31 – 50 4 – 6 
Muito compacta > 50 > 6 
 
 
5.2.1 Processo dos cavaletes 
 
Neste processo, faz-se o alinhamento do eixo da parede esticando-se um fio que 
será fixado por prego cravado em cavalete; este, por sua vez, se constitui de duas 
estacas cravadas no solo e uma travessa pregada sobre elas. A Figura 2, a seguir, mostra 
como o
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O
por ba
alinham
e onde
 
 
 alinhamento da parede foi estabelecido através de dois cavaletes opostos. 
 Pla Parednta
Prego
Cavalete
Alinhamento do Eixo (Fio)
e
Travessa
Pontalete
Prego
Detalhe do Cavalete
FIGURA 2 – Processo dos cavaletes 
 processo é pouco preciso porque os cavaletes podem ser facilmente deslocados 
tidas de carrinhos-de-mão, pontapés etc., o que resultará em parede fora do 
ento previsto, de modo que seu emprego só se justifica em construções simples 
 os alinhamentos permanecem fixados nos cavaletes por poucas horas. 
10
UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE – UFCG 
Técnicas Construtivas – GCAMB/DEAg/CCT 
 
5.2.2 Processo da tábua corrida 
 
Consiste na cravação de pontaletes (peças de madeira com 7,5cm x 7,5cm), 
distanciados entre si 1,50m e afastados das futuras paredes, cerca de 1,20m. Nos 
pontaletes serão pregadas tábuas sucessivas, niveladas, formando uma cinta em volta da 
área a ser construída. Os pontaletes servirão mais tarde para a colocação de andaimes e 
os pregos fincados sobre as tábuas determinarão os alinhamentos. A Figura 3 ilustra um 
trecho de construção locada pelo processo de tábua corrida. 
A locação deve ser procedida com trena de aço ou plástico e, para o perfeito 
esquadro entre dois alinhamentos, usa-se o teodolito. Desde que se fixem dois 
alinhamentos ortogonais com o aparelho, os pontos restantes podem ser marcados 
apenas com a trena. Na prática, ao terminar a locação, estende-se linha em dois 
alinhamentos finais e se verifica a exatidão do ângulo reto com o aparelho. Se o 
primeiro e o último esquadro estão perfeitos, os intermediários também estarão, salvo 
engano, facilmente visíveis e retificáveis. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FIGURA 3 – Processo da tábua corrida 
 
1,5
1,
2
Parede Eixo (Fio)
Eixo
Tábua
Prego maior
Pontalete
Tábua nivelada
5.3 Escavações 
 
As cavas de fundação são aberturas feitas no terreno, até a profundidade (plano de 
fundação) em que receberão os alicerces. 
 As dimensões mínimas das cavas para terrenos firmes (sílico-argiloso e saibroso) 
são: 
 11
UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE – UFCG 
Técnicas Construtivas – GCAMB/DEAg/CCT 
 
- construções com um pavimento 40cm x 40cm 
- construções com dois e três pavimentos 50cm x 60cm. 
 A largura das cavas depende da largura necessária aos alicerces e do tipo de 
alicerce a ser executado (alicerce em alvenaria de tijolo com 30 cm de espessura, para 
paredes de um tijolo, deve ter cava com 45 cm de espessura; alicerce com 20 cm de 
espessura, para paredes de ½ tijolo, deve ter de 35 a 40 cm de espessura). Por outro 
lado, a profundidade das cavas depende da resistência do terreno e do valor da carga a 
ser transmitida ao solo e, quando acontece da profundidade da cava de fundação atingir 
o lençol freático, é necessário se tomar providências no sentido de fazer uma drenagem 
(por exemplo, escavando um poço junto da futura fundação), para que seja executado o 
a cerce. 
n
t
o
n
d
E
p
 
L
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
li
Em situações normais do terreno, as faces das cavas são verticais, ao passo que 
os casos de terrenos mais arenosos, adotam-se faces inclinadas e escalonadas.Em se 
ratando de terrenos inclinados, o fundo das cavas não devem ser inclinados (para não 
correr deslizamento) mas em degraus, em que cada lance é mantido rigorosamente em 
ível, de comprimento L e altura h1 (h1 ≤ 50cm). A altura do terreno natural até o 
egrau ≥ 40cm. 
xemplo: Terreno com 10% de inclinação; adotando-se degraus com altura de 50 cm, 
oder-se-á calcular o comprimento dos degraus, da seguinte forma: 
 = 0,20 m / 10% ou 0,20 m x 100 / 10 = 2 m. Ilustrado na Figura 4. 
 
FIGURA 4 – Fundo das cavas em degraus 
 
As escavações de uma construção devem ser analisadas sob os seguintes aspectos: 
2
3,
3
- material a ser escavado 
- processos de execução 
- tipo do alicerce. 
12
UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE – UFCG 
Técnicas Construtivas – GCAMB/DEAg/CCT 
 
5.3.1 Material a ser escavado 
 
É imprescindível se conhecer o tipo de solo a ser escavado, haja vista que incide 
diretamente no custo da escavação. A maneira mais prática de se determinar o tipo de 
material a ser escavado, é se fazendo uma SONDAGEM. 
 
5.3.2 Processos de execução 
 
- Manual ⇒ é feito manualmente, usando-se ferramentas apropriadas, como 
pás, picaretas, chibancas etc.- Mecânico ⇒ é realizado através de máquinas apropriadas, como uma retro-
escavadeira. Ë muito usado para valas de esgoto e fundações de obras de 
grande porte. 
- Com explosivos ⇒ escavação feita em rocha, usando-se dinamite para fraturá-
la, com retirada posterior das pedras. 
 
5.3.3 Tipo de alicerce 
 
Para alicerce corrido feito com alvenaria de tijolo, as cavas devem ter espessura 
maior que a necessária aos alicerces, quando em alvenaria de pedra e com blocos de 
concreto, as cavas podem ter as mesmas dimensões do alicerce (mais econômico); 
enfim, para o caso de alicerce em sapata, a área a ser escavada deve ser maior que a área 
da sapata, a fim de facilitar os trabalhos de carpintaria, ferragem e concretagem. 
 
 
 5.4 Alicerces 
 
 
 Os alicerces podem ser classificados em : 
 
 alvenaria 
 alicerce corrido pedra 
 profund. < 1,00m concreto 
 
Diretos ou rasos blocos (concreto simples ou pouco armado) 
 sapatas (concreto armado) – 1,00m ≤ profundidade ≤ 1,50m 
 radier 
 viga baldrame 
 
 13
UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE – UFCG 
Técnicas Construtivas – GCAMB/DEAg/CCT 
 
 
 estacas 
Indiretos ou profundos ou 
 tubulões 
 
 
5.4.1 Alicerce corrido 
 
 
 São fundações diretas e contínuas, executadas a partir de valas abertas sob todo o 
segmento das pa des (no caso de paredes portantes de carga) ou sob uma cinta de 
concreto armado
apresenta nas Fig
ciclópico). É o tip
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
No caso de
usuais são 1:3 
impermeabilizaçã
danifique o reves
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
re
. O enchimento da vala pode ser de alvenaria de tijolos, conforme se 
uras 5 e 6, alvenaria de pedra (Figura 7) ou de concreto (simples ou 
o de alicerce mais utilizado nas construções rurais. 
P ared e
Im perm eab ilização
A licerce em alv . de tijo lo
C oncre to s im p les
 
FIGURA 5 – Alicerce em alvenaria de tijolos 
 se optar pelo alicerce corrido de alvenaria, os traços de argamassa 
e 1:5, em cimento e areia. É importante, também, que se faça a 
o dos alicerces com o objetivo de impedir que a umidade do solo 
timento das paredes. 
 
FIGURA 6 – Alicerce em alvenaria de tijolos com cinta de amarração 
Cinta de amarração
14
UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE – UFCG 
Técnicas Construtivas – GCAMB/DEAg/CCT 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FIGURA 7 – Alicerce em alvenaria de pedra 
Alv. de pedra argamassada
Alv. de pedra seca
Nível d'água
Concreto simples
 
5.4.1.1 Amarração da alvenaria dos alicerces 
 
Quando o alicerce corrido é feito em alvenaria de tijolos, de uma vez, o sistema de 
arrumação dos tijolos será o apresentado na figura abaixo, tendo-se o devido cuidado 
com as extremidades, encontros, cruzamentos e cantos, como ilustram as Figuras 8, 9, 
10, 11 e 12. 
 
FIGURA 8 – Sistema de arrumação 
 15
UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE – UFCG 
Técnicas Construtivas – GCAMB/DEAg/CCT 
 
 
FIGURA 9 - Extremidade 
FIGURA 10 - Canto 
 16
UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE – UFCG 
Técnicas Construtivas – GCAMB/DEAg/CCT 
 
 
 
FIGURA 11 - Encontro 
 
FIGURA 12 – Cruzamento 
 
 
 17
UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE – UFCG 
Técnicas Construtivas – GCAMB/DEAg/CCT 
 
5.4.1.2 Roteiro para o cálculo da espessura do alicerce: 
 
1. Calculam-se as cargas que atuam sobre 1 metro linear de parede (carga 
distribuída) ou sobre as colunas (carga concentrada) 
2. Determina-se o peso próprio da parede (ou da coluna) e do alicerce (peso 
específico da alvenaria de tijolo é de 1200 Kgf/m3 para tijolo furado e de 1600 Kgf/m3 
para tijolo maciço e o peso específico da alvenaria de pedra é de 2 200 Kgf/m3 ) 
3. Usando-se a expressão σ = P/S, em que σ = Pressão admissível do terreno; P 
= Carga atuante e S = Área por metro linear de alicerce, determina-se a espessura E. 
Observação: A pressão admissível do terreno σ pode ser estipulada com base na 
norma brasileira para projeto e cálculo de fundação, ou segundo métodos diretos. 
Indicações práticas de σ para as construções rurais são: 
 - Quando a pá penetra com facilidade ⇒ terreno de pouca resistência, caso em que 
se deve aprofundar mais as cavas de fundação ou mudar o local da construção 
 - Quando a pá não penetra no terreno mas a picareta o consegue ⇒ terreno de 
média resistência (5000 daN/m2 ) 
 - Quando a picareta só penetra com muita dificuldade ⇒ terreno de boa resistência 
(8000 a 10000 daN/m2 ). 
 
EXERCÍCIOS 
 
1. Determinar a espessura do alicerce corrido em alvenaria de tijolo maciço, para 
a habitação rural (Figuras 13 e 14), com dimensão longitudinal orientada no sentido 
Leste-Oeste, considerando todas as paredes de 0,15 m de espessura e que o solo firme se 
encontra a 0,50 m. 
 
• Cálculo da carga por metro linear de parede 
 
- Cálculo referente à geometria da construção: 
 comprimento da empena = (8,45/2) / cos25o = 4,66 m 
- Carga permanente total por m2 
Pt = Pc + Pcaibros + Pripas + Pterças, donde: 
Pc = 35 daN/m2 
Pripas = [(2,33 / 0,35 ) x 0,0006 x 3,80 x 852] / 2,33 x 3,80 = 1,5 daN/m2 
 18
UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE – UFCG 
Técnicas Construtivas – GCAMB/DEAg/CCT 
 
Pcaibros = [(3,80/0,4) – 1] x 0,035 x 0,05 x 2,33 x 852 / 2,33 x 3,80 = 3,3 
daN/m2 
Pterças = 3,80 x 0,075 x 0,15 x 852 / 2,33 x 3,80 = 4,1 daN/m2 
Pt = 43,9 daN/m2. 
Portanto, a carga por m2 em projeção horizontal = 39,8 daN/m2. 
- Componente vertical do vento por m2 
F = (Ce – Ci) q cos25o, em que: 
Ce = -0,7 (situação mais crítica para a construção, de acordo com a norma 
NBR 6123/1988, Tabela 5) 
Ci = 0 (situação mais desfavorável, segundo o item 6.2.6 da NBR 6123) 
q = 38,6 daN/m2 
Assim, F = 24,5 daN/m2 (sucção). 
Como o vento de sucção não é dominante, a combinação mais desfavorável de 
carregamento do telhado, será considerada, neste caso, somente a carga permanente. 
Para se transformar a carga/m2 em carga/m nas paredes das fachadas Norte e Sul, 
basta fazer: 
Pt x (2,33/2 + 0,50) = 66,3 daN/m. 
 
• Peso próprio da parede = peso específico da alvenaria de tijolo maciço x 
volume da parede, ou 1600 x 0,15 x 1,00 x 3,00 = 720 daN/m. 
 
• Peso próprio do alicerce = peso específico da alvenaria de tijolo maciço x 
volume do alicerce, ou 1600 x E x 1,00 x 0,50 = 800E daN/m. 
 
• Espessura do alicerce E 
σ = P/A ou σ = P/1xE 
Considerando-se σ = 8000 daN/m2, tem-se: 
E
E8007203,668000 ++= ou E = 0,11m 
 
Portanto, o alicerce corrido pode ser feito em alvenaria de uma vez, 
aproximadamente 20 cm de espessura e 50 cm de profundidade. 
 
 19

Continue navegando