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Fundação Fundações diretas Professor: Juliano de Lima Rio de Janeiro, 2021. 1 2 Sumário Questão nº 01 ..................................................................................................................... 03 Questão nº 03 ..................................................................................................................... 05 Questão nº 02 (Estudo de caso) ......................................................................................... 08 Bibliografia ........................................................................................................................ 18 AV1 – 1ª AVALIAÇÃO DE FUNDAÇÕES 3 W10 Stamp f"°}?ll :D/ 1 o 2 o , b o • 'to, '1 � "': � f 1/ roo _ 2 z. e-.. (.?(J"bú] f- { Yu.., z.0) z�u - 8 o (24'9-y) - e; o(u& -y) + 2Goj :- o -1ft!f.'o i 8oY-1Y:íoo + '5o/-+ 22$y-=.c, 3So)( 1, cS - 2C// 5,.,_, ' 15 - '.3)2.c;,'ô t )st::) r-= º Y = 32..2.".f� ; 1111-=""�5 Jr / Si ------------, -,--. -_ \§ox -t 5o{z...yB-x.) -tl?<:l (2G&-x)=o /j�o)( -+12 "'b� -<;. o� t 3 21 b ó� 12 c)I,( -: oJ 5 o l( í- G°,A;í'5 Go =- e 1 = ½S"6c, :::.127., �1 =liiifJ5..., 8 -= �s ' = 5,..., '-- b ;;;;Z(<;o-c,Ç) l)o<l \6-:.]'7$ _ 11sx =-Zt;',>C\.. - .., X. � 2Y;,) J, í r X;}-- C, J ZS Limite de divisa do terreno 1 180 162 5 625 o 1, P2 50 ,r 1 220 300 39� 4 5 4-.A_,,. .. � � /,..;,.:,,, ..:s D A = L'(. � A : 12 o�,..� I � ..... �, :: 2D -\ 'o� � � 1, io ,� o ,.z,3 1. o) ,r 1.) c/1111-,,.,.. = 2,o t - o,<'> -\ '\ 1 l�0,4'Z O,l t4Eli qz'f rOJÓ"l 6,,;�l,.D ':. 2o -,. 01 b + -1 - -1,1,qin ('12 > O,a 1. o;z" 1C'✓ fn � - \f/-t_ .: � 20 1( A 1. = q l IJ � ') ' 'w >' = Bx IJ,2 '2 :: O; 2 4131"\ l f'..,. = 2.tJ li, 0.1 o:, :. o, � fr i" y :: 2,o,. q o S � 11, o t,-. /3 �3°, 93) i/Z�sn'Z..-5'/-Joi3' -zxf�.Jo) 2.')) 4 tti � ·3o tJ 1 =�9g4j-i >o 6 Vvx � 1, 2 '( º> b z. - o.J J, � 1, 2. = e.::,) o 12- --"T - � \,,.17 : 1, 2 2 < ())" = º✓ 1 '-/C,,,.,, 3 G 6-�• -=- }i_ .. � J b_ .$ Jo A � "";- }J:.13 88 , ,, I N ➔ Op ),} -+ u,uS µ .$-�o O, 12 �u'H '-'11W 1, 3q,v-+ 0//UJ t O;i JS' }J � J o fJ� 1� & ,-,. 6 ,,..,-;,.. -::. � �s + � 4 i: 1 � .. � + � -=- 21 /f a hc 1,... "l f 3 ° t.-..t, = 4 11,Zii 'Si�3 A-1>( -= 1'J,8'r:1 x. o,o 1 : o.) <t l'-1 f :: 15,8Eh o,oç = q t .M,, :� ,..,,. = Jo,,ç:;5 ·?o) e,� ... 1 -- '- -- - - -i;r}- - - - - / ,/ 1 / 1 / 1 ç,,,,,__,. ------t---....... r,l ,°)/ 1 M/ 0111�" 1 7 2) Pede-se apresentar trabalho escrito na forma de artigo versando sobre o tema “Fundações Diretas”, devendo abranger, obrigatoriamente, os seguintes assuntos : - Tipologias e classificações; - Métodos construtivos; - Vantagens e Desvantagens; - Especificações técnicas; - Prescrições normativas de execução e projeto; A apresentação da pesquisa como tipo de texto e formatação em geral, tabelas, quadros, figuras, gráficos, e etc, deverão obedecer ao template postado no link: https://www.fec.unicamp.br/~pjra/wp-content/uploads/2020/01/47-Avaliação-do-risco- de-fundação-em-estacas-metálicas-na-baixada-santista-Estudo-de-caso-–-COBRAMSEG-–- 2018.pdf 8 https://www.fec.unicamp.br/~pjra/wp-content/uploads/2020/01/47-Avaliação-do-risco-de-fundação-em-estacas-metálicas-na-baixada-santista-Estudo-de-caso-–-COBRAMSEG-–-2018.pdf https://www.fec.unicamp.br/~pjra/wp-content/uploads/2020/01/47-Avaliação-do-risco-de-fundação-em-estacas-metálicas-na-baixada-santista-Estudo-de-caso-–-COBRAMSEG-–-2018.pdf https://www.fec.unicamp.br/~pjra/wp-content/uploads/2020/01/47-Avaliação-do-risco-de-fundação-em-estacas-metálicas-na-baixada-santista-Estudo-de-caso-–-COBRAMSEG-–-2018.pdf 9 Fundações Diretas – Estudo de Caso RESUMO: Realizamos este trabalho visando identificar o comportamento mecânico de cada tipo de fundação pois isso é fundamental para o correto entendimento na interação solo-estrutura. De acordo com Bezerra (2003), um sistema de fundação é a associação criada pela união dos elementos estruturais e o próprio solo que o envolve.Da mesma forma relata Aoki e Cintra (2003). Para isso precisamos estudar o perfil geotécnico para enquadrar nossa obra em um projeto a fim de reduzir o prazo, custo e riscos. Analisamos o projeto de um edifício residencial, composto de subsolo, pavimento semi- enterrado, pavimento térreo, pavimento de uso comum, seguido de doze pavimentos tipo e cobertura, com geometria bastante convencional. O perfil geotécnico de nossa obra em questão mostra um terreno de composição uniforme, em planta, constituído por um trecho de aterro em sua superfícia, de espessura de aproximandamente 0,7 metros em quase todas as sondagens.A seguir observa – se uma camada de argila arenosa, com espessura que variam entre 1 e 2 metros, sobrejacente a uma camada de areia fina, média e grossa, argilosa com espessura variável entre 5 e 8 metros. Estas duas camadas, por sua vez , estão assentes sobre outra camada de argila arenosa, com espessura de aproximadamente 2 metros.Finalmente registramos outra camada de de areia fina, média e grossa,argilosa, com espessura variável até a profundaidade do impenetrável, onde foram interrompidas as sondagens.O nível d água encontra-se a cerca de 2 metros abaixo do nível do terreno nas sondagens. Após nosso estudo concluímos que para esta obra podemos utilizar fundação direta com sapatas e profundas com estacas metálicas. Em questão estaremos estudando as fundações diretas. PALAVRAS-CHAVE: Custos e Riscos, Fator de segurança, Fundacões Diretas 1. INTRODUÇÃO No Brasil, o custo envolvido na execução de investigações geotécnicas de reconhecimento de subsolo não ultrapassa 0,5% do custo total de obras convencionais. As informações geotécnicas são indispensáveis à previsão dos custos fixos associados ao projeto, especialmente no caso de Projetos de Fundações. Uma investigação geotécnica consistente reduz os riscos associados às Fundações. Investigação geotécnica e interpretação inadequada de resultados contribuem para erros de projeto, atrasos no cronograma executivo, custos associados a alterações construtivas, necessidade de jazidas adicionais para materiais de empréstimo, impactos ambientais, gastos em remediação pós-construtiva, além de risco de colapso da estrutura e litígio subsequente. Qualquer estrutura de engenharia requer o conhecimento das condições do subsolo, no local em que a obra será construída. Obras que utilizem o solo e/ou rocha como material de construção também necessitam do conhecimento do subsolo nas áreas de empréstimo. Ao contrário de outros materiais, avaliar as reais condições do subsolo de um determinado local pode se tornar muito difícil e há uma margem de insegurança a ser considerada. Grafico fator de segurança Planilha fator de segurança A escolha do tipo de fundação adequada depende de estudos das características do solo, da existência de lençóis freáticos, das edificações vizinhas, custos, dos esforços atuantes sobre a edificação, dos materiais disponíveis e elementos estruturais da fundação. Conforme NBR 6122:2010 em estruturas nas quais a deformabilidade das fundações pode influenciar na distribuição de esforços, deve- se estudar a interação solo-estrutura ou fundação-estrutura. Uma grande contribuição para o estudo do mecanismo da interação soloestrutura é o monitoramento de obras através da observação do comportamento da fundação, à medida que essa vai sendo carregada pela estrutura. Segundo ALONSO (1991), para esse controle são necessárias medidas de recalques e de cargas reais atuantes na fundação. Para DANZIGER (2000) é importante ressaltar que na prática brasileira de fundações realizam-se medidas de recalques apenas em situações onde são observados problemas em edificações tais como trincas ou rachaduras ou, ainda, quando são realizadas escavações adjacentes. Nestes casos, a velocidade dos recalques fornece elementos para uma tomada de decisões quanto à necessidade de reforço dasfundações ou uma eventual medida de emergência como a desocupação da edificação. Vale ressaltar que o recalque de fundações ocorre em toda edificação, mas é comum que tais deformações sejam bem pequenas sendo praticamente imperceptíveis. Por outro lado o recalque de fundações é o principal responsável, na grande maioria dos casos, pelo surgimento de patologias na 10 11 superestrutura, como por exemplo, o aparecimento de fissuras na alvenaria e podem surgir várias manifestações, como por exemplo, emperramento de portas e desgaste no uso de elevadores. A determinação do recalque de uma determinada edificação é um problema fundamental na engenharia de fundações. Para isso, existem três principais métodos, sendo eles: • Racionais: são levados em consideração os parâmetros de deformabilidade, que por sua vez são obtidos em ensaios in situ ou em laboratório, correlacionados com métodos teoricamente exatos. Os mais utilizados são o ensaio de placa e o ensaio piezométrico; • Semi-empíricos: os parâmetros de recalque são determinados pela relação dos métodos teoricamente exatos com os ensaios in situ de penetração como, por exemplo, a sondagem SPT; • Empíricos: o parâmetro de recalque é obtido com o uso de tabelas com valores típicos de tensões admissíveis e tipos de solo relacionados aos recalques usualmente aceitos em estruturas convencionais. Os recalques em solos acontecem pelas deformações tanto verticais quanto horizontais. E estes podem ser divididos em 3 categorias principais: recalques imediatos ou não drenados, recalques primários de adensamento e os secundários. Imagem curva tipos de recalque • recalque imediato ocorre em solos arenosos, e em solos não saturados. Basicamente acontece quando parte das tensões, oriundas de um carregamento são transferidas imediatamente ao arcabouço sólido. • recalque primário ocorre basicamente pela redução de vazios do solo, o processo pode durar de horas até anos. Em geral em solos finos é mais demorado e em solos mais grossos o processo é praticamente imediato, isso ocorre pela variação do parâmetro de permeabilidade de cada tipo de solo. • recalque de adensamento secundário, também chamado de “creep” tem relação com as deformações que são apresentadas ao final do recalque primário de adensamento, ou seja, quando as tensões efetivas já se estabilizaram. Quanto a ótica da estrutura os recalques podem ser: • Absoluto: é definido pelo deslocamento vertical de um elemento de fundação. • Diferencial: Quando parte dos elementos que compõem a base da edificação se move e outros permanecem em seus lugares. Mais comum nas estruturas. • Distorcional: É a diferença entre o recalque diferencial e a distância entre os elementos de fundação. 2. FUNDAÇÕES DIRETAS Conforme NBR 6122, as fundações são classificadas em função da profundidade da cota de apoio. Fundação direta é aquela em que a ação é transmitida predominantemente pelas pressões distribuídas sob a base da fundação, e em que a profundidade de assentamento em relação ao terreno adjacente é inferior a duas vezes a menor dimensão da fundação. São considerados tipos de fundações diretas as sapatas, blocos e radiers. https://nelsoschneider.com.br/laudo-de-sondagem-spt/ 12 VANTAGENS E DESVANTAGENS: As fundações diretas ou rasas sempre estão apoiadas a pequenas profundidades em relação ao nível do solo com isso não utilização de muita escavação e tem baixo consumo de concreto mas em contrapartida por ser uma solução artesanal temos o alto consumo de mão-de-obra, ainda assim, podemos caracterizar como excelente opção de baixo custo. Também como desvantagens podemos considerar a sua limitação para cargas muito altas e as dificuldades em escavações junto as divisas. 2.1 SAPATA É a parte mais larga e inferior de um alicerce. De acordo com a NBR 6122/2010, é definida como “elemento de fundação superficial, de concreto armado, dimensionado de modo que as tensões de tração nele resultantes sejam resistidas pelo emprego de armadura especialmente disposta para esse fim”. Também conhecida como elemento de concreto armado com espessura variável ou constante, com bases quadradas, retangulares ou trapezoidais as sapatas são construídas na parte inferior do alicerce e tem como função distribuir o peso da construção no solo. Trabalham à compressão simples e à flexão, por isso necessitam de material resistente à tração (armadura). Devido à forma de transferência de cargas, as dimensões da sua base se sobrepõem as da altura. A base da sapata é projetada em função da tensão de compressão admissível do solo determinada através de investigação do solo (sondagens). Estaremos definindo o tipo de sapata a ser utilizado de acordo com o terreno e o tipo de construção pois esses indicadores podem fazer com que sofram algumas variações nas suas formas ou transferência de cargas para o solo, podendo ser isoladas, corridas, alavancadas ou associadas. Elas também podem se classificar como flexíveis ou rígidas. As sapatas flexíveis são raras, usadas em fundações sujeitas a pequenas cargas. Podem ser utilizadas em solos com pressão admissível abaixo de 0,15Mpa. Apresentam o comportamento estrutural de uma peça fletida, trabalhando à flexão nas duas direções ortogonais, portanto são dimensionadas ao momento fletor e à força cortante. A verificação da punção é necessária. Sapatas rígidas são utilizadas em terrenos que possuem boa resistência em camadas próximas da superfície. Podem ser dimensionadas à flexão da mesma forma que as sapatas flexíveis, obtendo-se razoável precisão. As tensões de cisalhamento devem ser verificadas, principalmente a ruptura por compressão diagonal do concreto na ligação sapata-pilar. A verificação da punção é desnecessária. Imagem Sapata 13 2.1.1 SAPATA ISOLADA Quando o terreno possui boa taxa de trabalho e a carga a ser suportada é relativamente pequena, costuma-se usar sapatas isoladas que podem ser simples ou armadas e ligadas entre si por vigas baldrames. Recebem as cargas de apenas um pilar. No caso de pilares de formato não retangular, a sapata deve ter seu centro de gravidade coincidindo com o centro de cargas. Sapata isolada 2.1.2 SAPATA CORRIDA São elementos contínuos que acompanham a linha das paredes, as quais lhes transmitem as ações verticais por metro linear. O carregamento é uniformemente distribuído em uma direção. O dimensionamento desse tipo de sapata é idêntico ao de uma laje armada em uma única direção. São equivalentes dos alicerces, usadas em paredes mais carregadas ou em solos menos resistentes. Sapata corrida 2.1.3 SAPATA ALAVANCADA No caso de pilares de divisa muito próximos a obstáculos onde não seja possível fazer com que o centro de gravidade da sapata coincida com o centro de carga do pilar, é necessário transferir parte dos esforços para uma sapata próxima por meio de uma viga alavancada. Sapata alavanca 2.1.4 SAPATA ASSOCIADA Quando há pilares muito próximos e as sapatas isoladas acabariam se sobrepondo é necessário unir as sapatas, transformando em uma só que recebe a carga de dois ou mais pilares. Pode ser necessária também quando há grande carregamento estrutural. O posicionamento da peça também deve respeitar o centro de carga dos pilares. Para unir os pilares é feita uma viga que denomina- se viga de rigidez. Sapata associada 14 VANTAGENS E DESVANTAGENS: Peças muito semelhantes aos blocos só que apresentam armaduras o que as tornam menos robustas, quando bem projetadas demandam pouca escavação e menor consumo de concreto mas a sua principal vantagem está na facilidade de execução, uma vez que não é necessário a presença de peças e equipamentos especiais. Também Não há limites de carga para esse tipo de fundação o que a torna a mais utilizada no brasil. Temos as isoladas recebem cargas de apenas um pilar, as corridas que são suporta cargas distribuídas linearmente ao longo deum mesmo alinhamento e as associadas que ocorre quando duas ou mais sapatas isoladas ficam próximas demais por falta de espaço ou questões estruturais. A desvantagem da simples é que é necessárias vigas de apoio para sustentação. 2.1.5 MÉTODO/TÉCNICA CONSTRUTIVA DAS SAPATAS 1. Executar a abertura da vala através de escavação manual ou mecânica: • A vala deve ter profundidade conforme o relatório de sondagem e não deve ser superior a 2 metros. A largura varia conforme o tamanho da base da sapata, sendo sempre maior o buraco da vala; 2. Esgotamento da água se for necessário; 3. Verificação se o solo previsto para a cora de apoio é compatível com a capacidade de carga do projeto; 4. Compactar a camada do solo resistente, apoiando o fundo: • O fundo do solo deve ser compactado, para uniformizar o fundo da vala. 5. Executar um lastro de concreto magro: • 5 a 10 cm de espessura; • O lastro de concreto vai sobre o fundo da vala e deve ter espessura de no mínimo 5 cm, com traço de 1:3:6 ou 1:4:8 (cimento, areia grossa e pedra 2 e 3); • Precisa ser vibrado e curado; • Tem a finalidade de diminuir a pressão de contato, por isso sua largura é maior que a da estrutura da fundação; • Uniformiza e limpa o piso sobre o qual será levantada a sapata. 6. Posicionamento e confecção das formas de acordo com a marcação executada no gabarito de locação: • Devem ser feitas de acordo o projeto; • Posicionamento feito pela marcação executada no gabarito; • Fazer amarração das formas, para evitar que abram; 7. Colocação da armadura; 8. Posicionamento do pilar e da armadura do mesmo em relação à caixa com as armações; 9. Colocação das guias de arame para acompanhamento da declividade das superfícies do concreto (trapézio); 10. Concretagem: • A base deve ser vibrada normalmente, mas a parte de concreto inclinada deve ter vibração manual, sem o uso do vibrador; 11. Retirada da forma e reaterro. CUIDADOS GERAIS NA EXECUÇÃO • Locação do centro da sapata e do eixo central do pilar; • Cota do fundo da vala; • Limpeza do fundo da vala; • Nivelamento do fundo da vala; • Dimensões da forma da sapata; • Armadura da sapata e do arranque do pilar. 2.2 BLOCO Elementos estruturais de grande rigidez em concreto sem necessidade de armadura de modo que as tensões de tração nele produzidas possam ser resistidas pelo concreto que são ligados pelas vigas baldrame. Suas faces podem ser verticais, inclinadas ou escalonadas, com base quadrada ou retangular tendo sua profundidade variando de 0,5 a 1 metro. http://materioteca.paginas.ufsc.br/concreto/ http://concreto.paginas.ufsc.br/concreto/ http://materioteca.paginas.ufsc.br/concreto/ http://materioteca.paginas.ufsc.br/concreto/ 15 Bloco de concreto Utilizados quando há atuação de pequenas cargas, como em um sobrado. Os alicerces, ou também chamados blocos corridos são elementos que percorrem todo o perímetro das paredes. Suas características são as mesmas dos blocos isolados. Após a execução dos blocos ou alicerces, os mesmo devem ser impermeabilizados com camada de argamassa com hidrofulgante e pintura com emulsão asfáltica para proteção contra umidade por capilaridade. Os blocos e alicerces podem ser de concreto simples (não armado), alvenaria de tijolo comum ou pedra de mão (argamassada ou não). Tipos de blocos VANTAGENS E DESVANTAGENS: Elemento de grande rigidez geralmente executado em concreto ciclópico (conta com até 30% de pedra de mão) tem como principal vantagem a não utilização de armaduras gerando uma economia na obra mas também podemos destacar a rapidez de execução. Porem pelo concreto ter que resistir as tensões de tração os blocos se tornam peças grandes e robusta sendo assim utilizados apenas em obras pequenas e de baixo custo. 2.2.1 MÉTODO/TÉCNICA CONSTRUTIVA DOS BLOCOS 1. Executar a abertura da vala através de escavação: • A vala deve ter profundidade de pelo menos 40 cm e a largura varia conforme o material a ser usado, mas deve ser sempre maior que a estrutura em si. • Em terreno inclinado deve ser feita em degraus. 2. Compactar a camada do solo resistente, apoiando o fundo: • O fundo do solo deve ser compactado manualmente, com uso de soquete de 10 a 20 kg, para uniformizar o fundo da vala. 3. Executar um lastro de concreto magro: • 5 a 10 cm de espessura; • O lastro de concreto vai sobre o fundo da vala e deve ter espessura de no mínimo 5 cm, com traço de 1:3:6 ou 1:4:8 (cimento, areia grossa e pedra 2 e 3); • Precisa ser vibrado e curado; • Tem a finalidade de diminuir a pressão de contato, por isso sua largura é maior que a do alicerce; • Uniformiza e limpa o piso sobre o qual será levantado o alicerce ou bloco. 4. Execução do alicerce: • Ficam semi-embutidos no terreno; • Tem a espessura maior que a das paredes; • Respaldo acima do nível do terreno, a fim de evitar o contato das paredes com o solo; • Assentamento feito em nível; • Argamassa de assentamento é de cimento e areia com traço 1:4. 5. Construir a cinta de amarração nos respaldos: • Pode ser de concreto armado ou a própria alvenaria como forma lateral; • Sua ferragem consiste de barras “corridas”; • Para economizar formas, utilizam- se tijolos em espelho, assentados com argamassa de cimento e areia com traço 1:3. • Tem a função de “amarrar” todo o alicerce ou bloco e absorver esforços de tração, suportar pequenos recalques e distribuir o carregamento. 6. Camada impermeabilizante: • Deve ser contínua e se estender pelo menos http://materioteca.paginas.ufsc.br/concreto/ http://materioteca.paginas.ufsc.br/ceramica-vermelha/ http://materioteca.paginas.ufsc.br/concreto/ http://materioteca.paginas.ufsc.br/concreto/ http://materioteca.paginas.ufsc.br/cimento/ http://materioteca.paginas.ufsc.br/areia/ http://materioteca.paginas.ufsc.br/concreto/ http://materioteca.paginas.ufsc.br/ceramica-vermelha/ http://materioteca.paginas.ufsc.br/cimento/ http://materioteca.paginas.ufsc.br/areia/ 16 10 cm para baixo do topo da alvenaria de embasamento. 7. Reaterro das valas: • Deve ser feito em camadas de no máximo 20 cm, bem compactadas. CUIDADOS GERAIS NA EXECUÇÃO • Verificar se há formigueiros ou raízes de arvores no momento da escavação; • Verificar se há eventual distinção da largura dos alicerces para as diferentes paredes, e o uso adicional de brocas em pontos isolados como reforço de fundação; • Locação do centro dos blocos e das linhas das paredes; • Cota do fundo da vala; • Limpeza da vala. 2.3 RADIER É um tipo de fundação direta que se assemelha a uma placa ou laje que abrange toda a área da construção. Os radiers são lajes de concreto armado em contato direto com o terreno que recebe as cargas oriundas dos pilares e paredes da superestrutura e descarregam sobre uma grande área do solo. Quando a soma das cargas da estrutura dividida pela taxa admissível do terreno excede a metade da área a ser edifi cada, geralmente é mais econômico reunir as sapatas num só elemento de fundação. Imagem radier VANTAGENS E DESVANTAGENS: Uma placa contínua de concreto armado construída sobre toda a área da construção fazendo com que seja distribuída toda a carga da edificação de maneira uniforme no terreno transmitindo segurança as suas cargas ao solo, sem exigir grande resistência também como vantagem tem a função de já ser um piso pronto, dispensando escavação, alicerces, baldrames e cintas. Sua execução é muito pratica trazendo uma agilidade na execução e reduzindo mão-de-obra. Caso as cargas atuantes na laje forem maiores será necessário aumentar a resistência do radier o que pode encarecer devido ao volume de concreto tornando esse tipo de fundação não muito econômica e mais trabalhosa podendo também ocasionar várias fissuras. 2.3.1 MÉTODO/TÉCNICA CONSTRUTIVA DOS RADIERS 1. Executar a abertura da vala através de escavação; • A vala escavada deve ter a profundidade calculada em projeto para o radier; • Deve estar limpa de todo e qualquer material orgânico. • Nervuras centrais ou engrossamentos de borda de lajedevem ser cavados no solo e mantidos limpos até o momento da concretagem. 2. Compactar a camada do solo resistente, apoiando o fundo e nivelando-o; 3. Caso seja necessário, deve-se efetuar drenagem no entorno da base; 4. Formas de borda da laje: • Devem ser posicionadas no nível do projeto e fixadas adequadamente para evitar sua movimentação no momento da concretagem. • Se a estrutura será protendida, as formas tem de ser suficientemente fortes para suportar as ancoragens dos cabos de protensão; 5. Camada de brita nº 2 ou areia, de aproximadamente 7 cm, bem compactada: • Diminui o atrito da laje com a base; • Quebra o efeito capilar da base. 6. Tratamento contra infiltração: • Aumenta a impermeabilidade; • Evita a perda de água do concreto durante https://www.escolaengenharia.com.br/concreto-armado/ https://www.escolaengenharia.com.br/concreto-armado/ http://materioteca.paginas.ufsc.br/brita/ http://materioteca.paginas.ufsc.br/areia/ http://materioteca.paginas.ufsc.br/concreto/ 17 seu lançamento; • Diminui o atrito da laje com a base. 7. Colocação da armadura ou dos cabos de protensão (cordoalha): • Os cabos já devem ter uma ancoragem firme em uma das extremidades; • Devem ser estendidos em ambas as direções e serem suportados por cadeiras especiais com alturas adequadas, ou por “bolachas” de concreto de resistência suficiente; • Devem ser fixadas através de pregos longos ou arame recozido à forma, garantindo o recobrimento de 20 mm de concreto entre a face da forma e a ponta da cordoalha; • Posicionam-se as ancoragens ativas (onde o cabo vai ser protendido); 8. Posicionamento das tubulações elétricas e de esgoto; • A tubulação será embutida, deixando suas extremidades atravessarem a laje; • Deve-se evitar a passagem vertical das canalizações através das nervuras. Mas se for necessário, deve-se prever vergalhões de reforço adicionais nas nervuras. • A tubulação deve ser isolada para evitar aderência com o concreto. 9. Verificação: • Antes da concretagem, verifica-se o nivelamento com nível laser, nos quatro cantos da forma; 10. Concretagem radier armado: • É aconselhável conferir se os pontos da tubulação estão locados corretamente. • O lançamento do concreto pode ser feito com bomba ou jerica; • O nivelamento é garantido por meio de mestras metálicas; • O acabamento superficial é obtido por sarrafeamento, desempenamento e acabadora mecânica de superfície. • O acabamento não pode ser liso demais, porque a textura deve permitir a aderência da argamassa. 11. Concretagem radier protendido: • Na concretagem do radier que será protendido, deve-se evitar pisar nas cordoalhas de protensão ou encostar-se a elas a ponta do vibrador, para não desloca-la. 12. Protensão: • A resistência mínima à compressão do concreto deve ser de 21 Mpa; • A protensão é feita através de um macaco hidráulico, que fica encostado na lateral do radier, onde se prende o cabo e o estica; • Depois do tensionamento, é realizado o corte da cordoalha, que fica ancorada na placa. CUIDADOS GERAIS NA EXECUÇÃO • Terreno deve estar bem nivelado e compactado; • A espessura de recobrimento do aço deve ser garantida por espaçadores industrializados ou feitos no local da obra; • Manter o correto posicionamento das armaduras ou cordoalhas; • Manter a regularidade da espessura do radier, através de gabaritos e do correto nivelamento do terreno; • Correta execução do tratamento contra infiltração; • Deve-se cuidar para que o filme plástico usado para impermeabilização não venha a se sobrepor à armadura de protensão por efeito de ventos, de forma que possa provocar o surgimento de vazios na laje durante a concretagem; • Locação dos eixos dos pilares; • Os cabos devem chegar ao local da aplicação já com uma ancoragem firmemente fixada em uma de suas extremidades. http://materioteca.paginas.ufsc.br/concreto/ http://materioteca.paginas.ufsc.br/concreto/ http://materioteca.paginas.ufsc.br/concreto/ http://materioteca.paginas.ufsc.br/concreto/ http://materioteca.paginas.ufsc.br/concreto/ Bibliografia • ABNT NBR 6118 – Projeto de estruturas de concreto; • ABNT NBR 6112 – Projeto e execução de fundações; • ABNT NBR 6484 – Solo – Sondagens de simples reconhecimento com SPT; • ABNT NBR 8041 – Tijolo maciço cerâmico para alvenaria – forma e dimensões; • ABNT NBR 7225 – Materiais de pedra e agregados naturais; • ABNT NBR 6122 – Projeto e execução de fundações; • BARROS, Márcia. Apostila de Fundações, Escola Politécnica da Universidade de São Paulo – Departamento de Engenharia de Construção Civil. 2003. • LIBRELOTTO, Lisiane Ilha. Apostila de Tecnologia das Edificações II, Universidade Federal de Santa Catarina – Departamento de Arquitetura e Urbanismo. 2010. (Documento não publicado). • FERREIRA, Marcelo Menandro. Apostila de Estudo da Fundação: Execução de Sapata de Grande Dimensão, Universidade Anhembi Morumbi, São Paulo. (Documento não publicado). • Bases concretas. Revista Téchne, edição n° 83. Editora Pini, São Paulo, Fevereiro de 2004. • Infra-estrutura. Disponível em: http://www.construindo.com.br/editorial/et/funda.html • Notas de aula curso interação solo- estrutura ABECE/SP Engenheiro Eduardo Vidal Cabral 2017 • Bases concretas. Revista Téchne, edição n° 83. Editora Pini, São Paulo, Fevereiro de 2004. • LIMA, Eduardo Campos. Radiers, Revista Equipe de Obra, edição 421, Novembro de 2011. Disponível em: http://www.equipedeobra.com.br/construcao-reforma/42/artigo241672-1.asp • AOKI, N;CINTRA,J. C. A. (2003).Notas de aula disciplina SGS-404 Fundações, EEESC- Departamento de Geotecnia, EESC, US, São Carlos. • BEZERRA, J.E (2003). Notas de aula curso ABECE/SP Interação Solo- Estrutura. • ALONSO, U.R., 1991, Previsão e Controle das Fundações. 1 ed. São Paulo, Edgard Blücher. • DANZIGER, B.R., DANZIGER, F.AB., CRISPEL, F.A., 2000, “A Medida dos Recalques desde o Início da Construção como um Controle de Qualidade das Fundações”. Anais do 4º Seminário de Engenharia de Fundações Especiais e Geotecnia, SEFE IV, v. 1, pp. 191-202, São Carlos. • http://engenhariaedifica.blogspot.com/2016/08/fundacoes-diretas.html • https://www.guiadaengenharia.com/fundacoes-rasas- conceitos/#:~:text=Vantagens%20e%20desvantagens%20das%20funda%C3%A7%C3%B5es,do%20ponto%20de% 20vista%20econ%C3%B4mico • https://nelsoschneider.com.br/recalque-em-fundacoes/ 18 http://www.construindo.com.br/editorial/et/funda.html http://www.equipedeobra.com.br/construcao-reforma/42/artigo241672-1.asp http://engenhariaedifica.blogspot.com/2016/08/fundacoes-diretas.html https://www.guiadaengenharia.com/fundacoes-rasas-conceitos/#:%7E:text=Vantagens%20e%20desvantagens%20das%20funda%C3%A7%C3%B5es,do%20ponto%20de%20vista%20econ%C3%B4mico https://www.guiadaengenharia.com/fundacoes-rasas-conceitos/#:%7E:text=Vantagens%20e%20desvantagens%20das%20funda%C3%A7%C3%B5es,do%20ponto%20de%20vista%20econ%C3%B4mico https://www.guiadaengenharia.com/fundacoes-rasas-conceitos/#:%7E:text=Vantagens%20e%20desvantagens%20das%20funda%C3%A7%C3%B5es,do%20ponto%20de%20vista%20econ%C3%B4mico https://nelsoschneider.com.br/recalque-em-fundacoes/ A1 - pesquisa AV1 Fundações_2021.1 AV 1 - Fundação AV1 Fundações_2021.1 AV 1 - Fundação AV 1 - Fundação AV1 Fundações_2021.1 A1 - pesquisa
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