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CONCEITO DE JURISDIÇÃO

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cONCEITO DE JURISDIÇÃO
O Direito, por se tratar de uma ciência lotada no ramo das Ciências Sociais, enfrenta dificuldades ao tentar-se obter um conceito concreto para a maioria de seus institutos. Por não se tratar de uma Ciência Exata, os conceitos jurídicos não expressos em lei são objeto de estudo e questionamento por juristas a todo o momento. Assim sendo, a jurisdição pode ser analisada desde sua origem etimológica, do Latim iuris (direito) e dictio (dizer), até os conceitos contemporâneos elaborados por juristas de grande prestígio no âmbito do Direito Processual Brasileiro.
Na visão de Ada Pellegrini Grinover (2003, p. 131), jurisdição é:
“Uma das funções do Estado, mediante a qual este se substitui aos titulares dos interesses em conflito para, imparcialmente, buscar a pacificação do conflito que os envolve, com justiça.”
Já para Sérgio Pinto Martins (2008, p. 201), de forma mais sucinta:
“Jurisdição é o poder que o juiz tem de dizer o direito no caso concreto que lhe é submetido”.
Destarte, pode-se intentar conceituar a jurisdição como o instituto de importância fundamental para o Direito Processual que está intimamente relacionado com o Estado e o Direito desde sua origem. Trata-se de uma função do Estado, onde esse passa a assumir para si a função que antes de sua criação pertencia àqueles que eram titulares dos interesses que se encontravam em conflito, retirando a tarefa de resolução dos conflitos daqueles que a compõem, deixando a parcialidade para trás e visando obter a paz social de forma imparcial e justa.
A jurisdição, portanto, pode ser entendida como a responsabilidade que possui o Poder Judiciário de, por meio de um juiz investido de poder de forma natural e honesta, atuar em lides, buscando a resolução destas, as quais foram geradas pelo conflito de dois ou mais interesses, utilizando-se do Direito elaborado pelo Poder Legislativo, como meio de “dizer” a lei em relação à cada caso concreto conforme análise do mesmo, manifestando, assim, “vontade” da lei, ou seja, a justiça.
EFICÁCIA VINCULATIVA PLENA
Athos Gusmão define a jurisdição como:
“A atividade pela qual o estado, com eficácia vinculativa plena, elimina a lide, declarando e/ou realizando o direito em concreto”, “poder (e o dever) de declarar a lei que incidiu e aplicá-la, coativa e contenciosamente, aos casos concretos”
Ao exercer sua função jurisdicional exclusiva, o Estado atua com eficácia vinculativa plena, ou seja, ao declarar o Direito que se aplica ao caso concreto em análise objetivando alcançar a justiça, a sentença proferida pelo juiz, assim como a maioria das normas constitucionais, deve ser cumprida de forma imediata, visto que o ato de proferir sentenças trata-se de atividade jurisdicional, o que exige cumprimento rápido e concreto devido à sua característica de eficácia vinculativa plena.

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