A abordagem inatista-maturacionista

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A abordagem inatista-maturacionista
Binet /Gesell
É a abordagem da psicologia do desenvolvimento que evidencia os fatores biológicos (maturação, inteligência e aptidão) no desenvolvimento da criança, isto é, esta abordagem parte do princípio de que fatores hereditários ou de maturação são mais importantes para o desenvolvimento da criança do que os fatores relacionados à aprendizagem e à experiência.
O que é a abordagem inatista-maturacionista?
É um conjunto de qualidades ou características, que estão fixadas na criança desde a concepção. Quando nos referimos a hereditariedade estamos falando da herança genética individual que a criança recebe dos pais.
A Hereditariedade
Processo de desenvolvimento biológico, determinado segundo a espécie própria, com níveis graduais e fixos de evolução biológica e que são independentes de fatores externos.
A maturação
Nessa abordagem, a inteligência e as aptidões individuais são características herdadas dos pais e vão se desenvolver naturalmente através do processo de maturação próprio da espécie humana. 
Inteligência e aptidões
Por que as crianças são tão diferentes uma das outras? Por que são mais inclinadas a determinados tipos atividades?
Interessados em descobrir as razões pelas quais as pessoas são diferentes, os pesquisadores tentaram estabelecer comparações entre pessoas.
A questão das diferenças individuais e da hereditariedade da inteligência
Pessoas que tinham certas aptidões (música, artes) tinham familiares com a mesma aptidão.
Os irmãos gêmeos tem mais semelhança de aptidões e semelhança intelectual do que irmãos não gêmeos.
Raças possuem aptidões diferentes das outras.
Constatações
Os fatores inatos são mais poderosos na determinação das aptidões individuais, que a experiência.
A experiência tem por papel apenas impedir ou permitir que as aptidões se manifestem mais rápido.
Conclusões...
Diante desses fatores, surgiu a proposta de medir a inteligência.
Binet concebia a inteligência como uma aptidão geral que não depende das informações ou das experiências adquiridas no decorrer da vida do indivíduo. 
Segundo ele, as principais características da inteligência seriam as capacidades de atenção, de julgamento e de adaptação do comportamento a objetivos.
A inteligência...
É importante ressaltar que a concepção de inteligência de Binet não tem relação com a quantidade de conhecimentos. A inteligência é de cunho prático. 
Por ser a capacidade de julgar, compreender e raciocinar, a inteligência não pode ser aprendida. Entretanto ela pode ser medida, já que é diferente para cada pessoa. 
Gesell observando as crianças foi possível notar que existe um padrão humano para realização de determinadas tarefas. 
Dessa forma, percebeu-se que a maturação tem prioridade sobre a aprendizagem, o comportamento e a experiência, pois somente depois da evolução maturacional o indivíduo consegue apreender certas aprendizagem, certos comportamentos e certas experiências.
Padrões de desenvolvimento: o que é próprio em cada idade?
Dessa forma, a evolução psicológica também segue o mesmo padrão, isto é, também é determinada biologicamente e o ambiente apenas entraria com a função de facilitar ou dificultar a maturação.
Baseados nas faixas etárias e através de suas pesquisas, Binet formulou os testes de inteligência e Gesell desenvolveu as escalas de maturação. 
Teste de inteligência – Escala de Maturação
A partir da observação das crianças, Binet elaborou os testes de inteligência, seguindo este procedimento:
1º passo: analisar se as crianças podiam fazer testes que envolvesse atenção, julgamento e racicínio. 
2º passo: determinar que teste para qual idade, através da escala de 60% a 90% de acertos.
3º passo: separar questões de níveis diferentes para aplicar (inferior – médio – superior).
Os testes de inteligência
Ao resultado do teste, Binet chamou de idade mental e Q.I. (quociente de inteligência). 
Resultados:
Resultado dos testes
Criança(Idade cronológica)
Questões inferioresa idade
Questões emmédia com a idade
Questões superioresa idade
Resultado da idade mental
10
X
Inferior
10
X
Normal
10
X
Superior
Embora confundido com a própria inteligência, o Q.I. é basicamente uma comparação entre a idade mental e a idade real da criança (idade cronológica).
O Q.I. é o resultado da divisão da idade mental x 100 e a idade cronológica.
QI = idade mental x 100 
	 idade cronológica
O Q. I. (Quociente de inteligência)
Gesell observou as crianças através de câmeras cinematográficas, fazendo o registro das evolução. 
Gesell demonstrou a evolução da postura, da locomoção, do agarrar, os jogos, as condutas sociais.
A partir dessas análises foi possível determinar os níveis de evolução. 
A elaboração das escalas de desenvolvimento
Tanto Binet quanto Gesell ocuparam-se em definir os comportamentos por faixas etárias, embora a partir de diferentes perspectivas.
Gesell não apenas queria destacar quais os comportamentos infantis comuns a determinada idade e como esses comportamentos evoluem. 
Binet se interessava pela inteligência por trás de cada comportamento. 
A questão dos comportamentos típicos. 
Mas apesar das diferenças, os dois concordam que os fatores biológicos (inteligência e maturação) são mais importantes que o fator social. 
A aprendizagem depende do desenvolvimento. O que a criança aprende o faz segundo o nível de desenvolvimento maturacional e intelectual. 
Os métodos de Binet e Gesell foi usado na Escola para:
Identificar crianças mentalmente deficientes;
Testes de prontidão para a alfabetização;
As relações entre desenvolvimento e aprendizagem e as influências do inatismo-maturacionismo na escola
O mérito desta abordagem foi deslocar o eixo da atenção para o aluno.
Porém, esta visão é de certa forma negativa pois é estagnada. Como os fatores genéticos não são passíveis de mudança, uma vez identificados geram uma classificação.
Mal utilizada esta teoria gerou fortes exclusões educacionais.