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DIREITO EMPRESARIAL
PROFA: NOELMA SARAIVA
DIREITO SOCIETÁRIO
1. CONCEITO
Art.981, CC: “ celebram contrato de sociedade as pessoas que reciprocamente se obrigam a contribuir, com bens ou serviços, para o exercício de atividade econômica e a partilha, entre si dos resultados.”
Sociedades simples
Sociedades empresárias
1. CONCEITO
Elementos necessários:
1.1 existência de duas ou mais pessoas
1.2 Reunião de capital e trabalho (fatores de produção)
1.3. atividade econômica
1.4. fins comuns ( inerentes ao exercício da atividade por várias pessoas em conjuntos)
1.5. partilha de resultados 
2. ELEMENTOS DA SOCIEDADE
2.1. Elementos Gerais: 
Consenso
Objeto lícito
Forma escrita e não defesa em lei
2.2. Elementos específicos
Contribuição dos sócios para o capital social
Participação dos sócios nos lucros e nas perdas
Affectio societatis
2.1 ELEMENTOS GERAIS
CONSENSO: um ato de vontade ( livremente manifestada).
Incapaz? (art. 1691, CC)
Atenção: o incapaz não pode ser sócio em uma sociedade na qual assuma responsabilidade ilimitada pelo cumprimento das obgrigações sociais. Há que se ressaltar que esta questão não se confunde com assunção direta pelo incapaz do exercício da empresa, é disciplinada nos arts. 972 a 980 do CC.
ATENÇÃO!!!!
A incapacidade de uma das partes, bem como a presença de vícios de vontade, não acarreta necessariamente a dissolução da sociedade, Mas, por via de regra, apenas conduz á invalidade do ato de adesão viciado, permanecendo íntegra a sociedade.
2.1 ELEMENTOS GERAIS
OBJETO LÍCITO: atividade idonêa ( objeto possível e lícito).
Deve está em conformidade com a lei, a moral e os bons costumes.
FORMA: Código Comercial: forma escrita
Código Comercial: forma escrita
2.2. ELEMENTOS ESPECÍFICOS
CONTRIBUIÇÃO PARA O CAPITAL SOCIAL: patrimônio inicial ( art. 1.004, CC). 
Pressuposto necessário de qualquer tipo de sociedade. É indispensável para o exercício da atividade comum e para dar aos terceiros, potenciais contratantes ou credores da sociedade, a necessária confiança.
TRÊS PAPÉIS: formar o fundo patrimônial inicial, definir a participação de cada sócio e constituir o capital sócial.
Contribuição poderá ser feita em dinheiro, bens ou trabalho.
Em regra é feita por dinheiro.
No caso de contribuição em outros bens que não seja o dinheiro, o sócio responde pela evicção e pela solvência do devedor no caso de transferência de crédito ( art. 1.005, CC).
Na contribuição em trabalho, consiste nos conhecimentos técnicos especiais que o sócio põe a serviço da sociedade.
2.2. ELEMENTOS ESPECÍFICOS
PARTICIPAÇÃO NOS LUCROS E NAS PERDAS:
Considera-se Nula apena a cláusula que exclua algum sócio da participação nos lucros e nas perdas ( art. 1.008, CC). 
Tal divisão não precisa ser igualitária, mas deve abranger todos os sócios. Depende do ato constitutivo determinar a forma de tal divisão.
OBS: todos os sócios devem participar também nas perdas. 
2.2. ELEMENTOS ESPECÍFICOS
AFFECTIO SOCIETATIS: vontade de cooperação ativa dos sócios, a vontade de atingir um fim comum. 
Significa confiaça mútua e vontade de cooperação, a fim de obter determinados benefícios. É o propósito comum aos contratantes de se unirem para alcançar um resultado almejado.
3. FUNÇÃO DAS PESSOAS JURÍDICAS
Pessoas jurídicas existem sempre para satisfazer interesses humanos, seja para alcançar objetivos que não se alcançariam sozinhos, seja para desenvolver uma atividade por um período superior ao da existência humana.
Representa um instrumento legítimo de destque patrimonial, para a exploração de certos fins econômicos, de modo que o patrimônio titulado pela pessoa jurídica responda pelas obgrigações desta, só se chamando os sócios á responsabilidade em hipóteses restritas.
4. TEORIA SOBRE PESSOA JURÍDICA
4.1 TEORIA INDIVIDUALISTA ( negam a existência da personalidade para as pessoas jurídicas)
4.2. TEORIA DA FICÇÃO ( mera criação do legislador/ criação intelectual/ficção).
4.3. TEORIA DA VONTADE ( vontade personificada)
4.4. TEORIA DA REALIDADE OBJETIVA (PJ é uma realidade que preexiste á lei).
4.5. TEORIA DA REALIDADE TÉCNICA ( PJ é uma realidade puramente técnica, realidade abstrata, ideal, realidades reconhecidas pelo direito)
5. INÍCIO DA PERSONALIDADE JURÍDICA
Vontade humana criadora
Finalidade específica
Substrato representado por um conjunto de bens ou de pessoas
Presença do estatuto e respectivo registro
Só nasce efetivamente com o registro dos atos constitutivos no órgão competente ( art. 985, CC).
6. CONSEQUÊNCIA DA PERSONIFICAÇÃO
Francesco Ferrara: “ a personalidade não é outra coisa senão uma armadura jurídica para realizar de modo mais adequado os interesses dos homens.”
CARACTERÍSTICAS
Nome
Nacionalidade
Domicílio 
Capacidade processual
Autonomia Patrimonial
7. DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA
A personalidade jurídica das sociedade, deve ser usada para propósitos legítimos e não deve ser contrária.
A desconsideração é, pois, a forma de adequar a pessoa jurídica aos fins para os quais ela foi criada.
Descartar a autonomia patrimonial: esquecer a separação entre sociedade e sócio, o que leva a estender os efeitos das obrigações da sociedade a estes.
OBS: não se descontrói a pessoa jurídica, que continua a existir, sendo desconsiderada apenas no caso concreto.
7. DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA
A teoria da desconsideração não visa questionar o princípio de separação da personalidade jurídica da sociedade da dos sócios, mas simplesmente, funciona como mais um reforço ao instituto da pessoa jurídica, adequando-o a novas realidades econômicas e sociais, evitando-se que seja utilizado pelos sócios como forma de encobrir distorções em seu uso.
8. REQUISITOS PARA A DESCONSIDERAÇÃO
Fundamental prova concreta
Necessário a existência da personalidade jurídica
Fraude
Abuso de Direito
8.1. PERSONIFICAÇÃO
Nasce com o registro do Ato constitutivo no órgão competente ( art. 985, CC).
Sociedade Simples: REGISTRO CIVIL DAS PESSOAS JURÍDICAS
Sociedade Empresária: REGISTRO PÚBLICO DE EMPRESAS MERCANTIS E ATIVIDADES AFINS
8.2. FRAUDE
É o artifício malicioso para prejudicar terceiros, isto é, a distorção intencional da verdade com o intuito de prejudicar terceiros.
Ex: descumprimentos de uma cláusula de não restabelecimento no trespasse do estabelecimento comercial.
8.3. ABUSO DE DIREITO
É qualquer ato que por sua motivação e por seu fim, vá contra o destino, contra a função do direito que se exerce.
No abuso de direito o ato praticado é permitido pelo ordenamento jurídico, trata-se de um ato, a princípio, plenamente lícito. Todavia, ele foge a sua finalidade social, e a sua prevalência gera um mal-estar no meio social, não podendo prevalecer.
Ao contrário da fraude, no abuso de direito o propósito de prejudicar não é essencial, há apenas um mal uso da personalidade jurídica.
Ex: subcapitalização
A INSOLVÊNCIA É REQUISITO?
O STJ reconheceu a necessidade desse requisito para a aplicação da desconsideração

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