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Psicologia do cotidiano - 2017 Relatório de observação Nome: RA: Local de observação: Documentário Lixo extraordinário Data: 21/02/2017 Horário inicial: 15h00min - Horário término: 16h30min Total de horas nesta data: 1h30min Descrição da observação: A observação foi do documentário “Lixo Extraordinário” que retrata a produção e execução de um projeto de Vik Muniz. Foi realizado no aterro sanitário Jardim Gramacho do Rio de Janeiro, e consistia em realizar obras de arte utilizando materiais encontrados no lixão para formar as imagens fotografadas dos catadores. O projeto é artístico e com objetivo social, buscando que ao fazer arte com lixo transforme a vida dos trabalhadores local. É interessante perceber que antes do contato com o lixão as pessoas envolvidas na elaboração do projeto já tinham uma ideia concebida sobre o lugar (“pessoas sem grande expectativa de mudança para melhor”), porém ao vivenciar, são surpreendidos com pessoas que relataram que no fundo sonham com uma vida melhor, que querem que o seu trabalho seja reconhecido pela importância que tem ao meio ambiente e que a maioria estão ali pela falta de oportunidade. No filme, ao mostrar o lixão observei pessoas trabalharem em situações precárias, em contato com todo tipo de material que pode ser prejudicial a saúde e sem uniforme adequado para evitar doenças ou acidentes. Eles catavam materiais diversificados para depois de selecionados venderem. Os trabalhadores eram predominantemente um público adulto mas, alguns deles descreveram que levavam seus filhos para acompanhar por não ter com quem deixar. Observei que são pessoas que encontraram no lixão uma alternativa de viver trabalhando dignamente pois sempre que entrevistados haviam relatos do tipo “é melhor estar aqui do que me prostituindo”, “é mais bonito fazer isso do que roubar”. Reparei que ao serem convidados para participar do projeto eles mostraram serem participativos, descrevendo o cotidiano deles e auxiliando nos objetivos que eram pedidos pelo produtor. Ao final da execução do projeto que foi com a exposição no Museu de arte moderna do Rio de Janeiro, os trabalhadores que participaram estavam sorridentes e davam entrevistas às mídias ali presentes falando sobre o trajeto (de vida e de trabalho) de cada um. Confesso que observar a situação de miséria presente, me causou um sentimento de repulsa, a história de cada um me tocava de alguma maneira que me fazia querer ajudar de alguma forma.
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