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PSICOLOGIA DO COTIDIANO_Karina Beatriz da Silva Vieira

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UNIVERSIDADE PAULISTA
CURSO DE PSICOLOGIA
KARINA BEATRIZ DA SILVA VIEIRA
RA T9827H-8
PSICOLOGIA DO COTIDIANO
Santana de Parnaíba
2021
RELATÓRIO DE OBERVAÇÃO 01
Nome: Karina Beatriz da Silva Vieira
Data: 20/02/2021
Situação: Reunião na empresa onde trabalho
Horário: 10h00 as 11h30
No dia 20/02/2021 as 10h00 eu fui convidada para participar de uma reunião na empresa. A minha atuação foi mais como ouvinte neste cenário.
Uma colaboradora marcou uma conversa com alguns líderes e a área de RH da empresa para dar um feedback.
A colaboradora em questão começou a falar do processo de avaliação de desempenho existente na empresa e a forma como as pessoas eram reconhecidas e recompensadas por este processo.
Ela diz não concordar com o processo, que não existiu imparcialidade por parte da gestora dela no momento da avaliação e ela não aceita não ser reconhecida como uma pessoa destaque ou diferenciada da empresa pelas suas entregas do ano de 2020. 
Ela diz estar decepcionada, que trabalhou muito com o foco em ser reconhecida e que viu que outras pessoas que tinha feitos entregas menores do que as dela foram reconhecidas e ela não.
Fala que o processo não foi justo e que o sentimento que ela tem no momento é como se ela tivesse sido traída.
A colaboradora em determinado momento se emociona, chora, diz estar insatisfeita, que esperava ser vista e reconhecida, que não aceita a avaliação dela e que irá repensar a sua continuidade na empresa.
Após dois dias, a colaboradora volta e diz que decidiu solicitar o seu desligamento, pois ela se conhece bem e sabia que a partir daquele momento o seu encanto pela empresa já não existia mais, que ela sabia que ela não conseguiria mais trabalhar ali, porque o ano de trabalho dela de 2020 foi totalmente dedicado para que ela pudesse ser reconhecida perante toda a empresa e o fato disso não ter acontecido, ela enxerga como injusto e como sendo uma traição por parte dos gestores.
A colaboradora diz ter perdido a sua confiança na empresa e nos seus gestores e por isso a decisão final da mesma é se desligar da empresa.
RELATÓRIO DE OBERVAÇÃO 02
Nome: Karina Beatriz da Silva Vieira
Data: 05/03/2021
Situação: Ida ao Supermercado
Horário: 14h00 as 15h30
No dia 05/03/2021 as 14h00 vou ao mercado e praticamente não há pessoas na rua, não têm trânsito e os estabelecimentos estão vazios, os únicos lugares abertos são os mercados, restaurantes, farmácias, ou seja, lugares onde há necessidade de estarem abertos.
Ao chegar no mercado, percebo que é o lugar que mais tem gente, pois, o estacionamento tem uma certa quantidade de carros. Algumas pessoas já estão usando máscara.
Na entrada do mercado tem um álcool em gel. Vejo um rapaz com idade de, mais ou menos 40 anos, vestido com uma bermuda jeans e uma camiseta amarela, que passou seu próprio álcool em gel antes de pegar um pacote de macarrão. No mesmo corredor, entrou uma moça que trabalha no mercado, usando máscara também, vestida com uniforme do mercado, cabelos presos e o rapaz olhou para ela.
Após pagar as mercadorias, à caminho da fila para o caixa, vejo uma senhora com idade de, mais ou menos 60 anos, de pele branca e cabelo bem liso e branquinho, vestida com um vestido de vermelho com florzinhas brancas, escolhendo um pé de alface.
A fila do caixa está bem grande, as pessoas estão se olhando muito e há um certo “medo” no ar. 
Vejo uma moça de uns 30 anos, com duas crianças, uma menina que parece ter 12 anos e a outra 7 anos, as duas perguntam à mãe se podem pegar uma caixa de bis preto, a mãe responde que e a mais velha pega e coloca dentro do carrinho. 
Quando chegou a minha vez de passar no caixa, a caixa está usando luvas. Paguei as compras e fui embora do mercado. 
RELATÓRIO DE OBERVAÇÃO 03
Nome: Karina Beatriz da Silva Vieira
Data: 08/03/2021
Situação: Ação dia da Mulher na empresa
Horário: 16h00 as 18h00
No dia 08/03/2021 as 16h00 aconteceu na empresa onde trabalho uma reunião com todas as mulheres da empresa em comemoração ao Dia Internacional da Mulher. Eu participei da reunião que teve a duração de duas horas e o objetivo era que, uma executiva que foi convidada a estar ali conosco nos contasse sobre a sua história de vida e carreira e os desafios que ela, sendo mulher, teve que superar para chegar na posição de Diretora que ocupava hoje.
A convidada então começou a falar sobre ela, sobre a sua vida, contar a sua história e em um determinado momento disse que estava ali para construir como nós, mulheres, como que podemos desconstruir comportamentos machistas no ambiente de trabalho e ocuparmos o nosso lugar com inteligência e segurança.
Hoje a palestrante é Diretora de uma empresa de caminhões, tipicamente masculina e em determinado momento ela conta que a empresa é do seu pai e quais foram os caminhos que ela precisou trilhar para estar ali.
Algumas mulheres estão com as suas câmeras abertas e eu percebo expressões de reprovação diante de algumas falas da palestrante.
A palestrante em alguns momentos se utiliza de palavrões para expressar seus sentimentos e também, apesar de ser a filha do dono, ela conta como foi o seu caminho para chegar até ali.
Ao final da palestra, eu fui incluída em um grupo de mulheres da empresa em que estas estava demonstrando a sua insatisfação por conta de algumas falas da palestrante, diziam que a abordagem foi muito ruim, que se a apresentava acreditava em tudo o que a palestrante estava falando, elas (mulheres) estavam no lugar errado. Estavam num posicionamento de julgamento por conta do posicionamento da palestrante e e numa posição de vítima diante de tudo o que foi dito naquele dia.
Por conta de todo este ruído, em que grande parte das mulheres da empresa estava se reunindo e manifestando a sua insatisfação, neste mesmo dia por volta das 21h00 o CEO da empresa enviou uma mensagem via canal de comunicação interno da empresa para cada uma das mulheres individualmente, se desculpando, dizendo a intenção foi boa porém a abordagem não.
RELATÓRIO DE OBERVAÇÃO 04
Nome: Karina Beatriz da Silva Vieira
Data: 20/03/2021
Situação: Big Brother Brasil 21
Horário: 22h00 as 00:00
No dia 20/03/2021 as 22h00 eu comecei a assistir o Reality show da Globo Big Brother Brasil 2021. Era um sábado, ocasião de uma festa na casa onde os participantes estão morando e era uma festa temática, em que os participantes tinham disponíveis para eles utilizarem fantasias e também perucas.
Um dos participantes, o Rodolffo, pegou uma peruca com aspecto mais bagunçado, parecia não estar totalmente penteada e de cor escura. Ao colocar na cabeça, este participante insinuou que a peruca era parecida com o cabelo de outro participante que também está na casa, o João.
Na ocasião, o João estava no mesmo ambiente, ouviu a fala de Rodolffo, mas não falou nada e seguiram para a festa.
Se passaram alguns dias e na quarta-feira pós festa, ouve um outro jogo dentro da casa em que cada participante tinha que escolher três pessoas, sendo: uma como bom jogador, outra como jogo sujo e a terceira como mau jogador. Eis que nesta ocasião, ao chegar a vez de João, quando ele foi escolher a pessoa “Jogo Sujo” ele escolheu o Rodolffo justificando o motivo da sua escolha ter sido motivado pelo dia da festa em que ele comparou uma peruca bagunçada com o seu cabelo.
Neste momento João começa a chorar, diz que está cansado deste tipo de piada e brincadeira, diz que está cansado de ensinar as pessoas, que se sentiu constrangido, mobilizando todos da casa a ficarem do lado dele, o abraçarem, enquanto Rodolffo faz uma expressão de surpreso, dizendo que não teve a intenção de magoá-lo e que foi uma brincadeira sem intenção.
João se descontrola de tanto chorar, o apresentador do programa chama o comercial e João vai até a cozinha beber uma água enquanto fica uma situação tensa do lado de fora e todos olhando para o Rodolffo com um olhar de condenação.
RELATÓRIO DE OBERVAÇÃO 05
Nome: Karina Beatriz da Silva Vieira
Data: 10/04/2021
Situação: Ida ao parque
Horário: 13h00as 14h30
No dia 10/04/2021 as 13h00 fazia um dia ensolarado e eu decidi sair com o meu cachorrinho e levá-lo até o parque para passearmos.
Ao chegar no parque, como fazia um dia de muito sol, percebi que haviam várias pessoas sentadas na grama, famílias fazendo piqueniques, casais namorando, amigos conversando, tomando cerveja ou ouvindo músicas.
Tinham também algumas pessoas passeando com os seus cachorros. 
Todas as pessoas que passeavam pelo parque usavam máscaras, exceto àquelas que estavam sentadas na grama com os seus grupos separados, que estavam conversando, comendo ou bebendo alguma coisa, estas estavam sem máscaras.
Percebi, durante caminhava com o meu cachorro, que algumas pessoas se preocupavam em desviar umas das outras, outras ainda faziam uma expressão de medo quando alguém chegava perto. Porém as crianças se divertiam muito, sem nenhum tipo de preocupação.
A maioria das pessoas que estavam no parque eram de adolescentes a adultos com, mais ou menos, 40 anos. Não tinha nenhum idoso.
Apesar de estarmos em um ambiente aberto, as pessoas distantes umas das outras, era perceptível alguns comportamentos de se distanciar quando alguém desconhecido chegava perto.
Poucas pessoas estavam nos celulares, e as que utilizavam o aparelho eletrônico é porque estavam tirando fotos ou fazendo vídeos registrando o momento que estavam curtindo com as suas companhias.
RELATÓRIO DE OBERVAÇÃO 06
Nome: Karina Beatriz da Silva Vieira
Data: 24/04/2021
Situação: Ida à missa
Horário: 17h00 as 18h30
No dia 24/04/2021 as 17h00 eu fui à missa, pois faço parte de uma equipe que ajuda na organização e também porque foi o retorno das missas presenciais.
Ao chegar na Igreja, uma outra equipe estava recepcionando todos na porta, uma pessoa aferindo a temperatura, outra pessoa colocando álcool gel nas mãos de quem chegava, todos de máscara e mantendo o distanciamento social.
Me dirigi até o lugar onde eu precisava me posicionar e sentei enquanto organizava tudo o que eu precisava organizar para a missa.
Fui vendo as pessoas chegando e, dada a limitação de pessoas na igreja, via que as pessoas sentavam apenas onde estava sinalizado a autorização para sentar, mantendo o distanciamento e todos de máscara.
Percebi que as primeiras pessoas que chegaram na Igreja foram idosos, estes sentaram mais à frente da igreja, tinham poucas crianças, alguns casais e muitas pessoas adultas sozinhas. Quase não tinham jovens e adolescentes.
Em determinados momentos da missa, eu precisei ir até o altar para falar com o público através do microfone e isso me permitia ver a Igreja como um todo e vi muitas pessoas que, mesmo com máscara, tinham uma expressão preocupada, outras choravam, outras ainda estavam com os olhos fechado em oração, outras com o olhar voltado para o alto e todas muito concentradas na missa e nas orações.
Ao acabar a missa, percebi que quase ninguém se cumprimentou, as pessoas até para sair pela porta se preocupavam em ficar distantes umas das outras, algumas pessoas preocupadas em não colocar as mãos nos bancos ou em não ajoelhar na igreja.
Porém um senhor em especial me chamou a atenção pois, ao final da missa, ele se dirigiu á frente do altar, se ajoelhou e ficou ali por alguns minutos com as mãos levantadas para uma imagem de Jesus na cruz, como se pedisse algo e estava chorando. Era um senhor de aproximadamente 70 anos. Ao terminar as suas orações ele teve uma certa dificuldade para se levantar e eu o ajudei nesta ocasião. Ele me agradeceu, desejou que Deus me abençoasse e foi embora. E eu também fui embora.
REFLEXÃO SOBRE A EXPERIÊNCIA VIVIDA
OBSERVAÇÕES 01 A 06
A experiência destas 06 primeiras observações foi muito enriquecedora e me permitiu pensar sobre algumas questões.
Na situação em que a colaboradora pediu demissão do seu emprego por conta do resultado da sua avaliação de desempenho, uma vez que este não correspondeu às suas expectativas. Ao observar esta situação fiquei pensando como as pessoas assumem como verdade absoluta para a sua vida àquilo que outras pessoas dizem sobre ela, sem ao menos fazer uma autoavaliação e, no caso de não concordar, assumir para si a sua opinião e não a do outro. Percebi uma autoestima baixa desta colaboradora a ponto de ela não suportar ficar em um lugar em que as pessoas não a enxergam como ela entende que deve ser enxergada e chegou ao ponto de pedir desligamento do seu emprego, sem tem outro trabalho em vista, por conta da avaliação dos seus líderes. Ela assumiu para ela àquilo como sendo a verdade sobre ela e não suportou ficar no lugar que a enxerga assim. Esta observação me permitiu pensar sobre a falta de autoestima, de valorização própria e resiliência para superar as dificuldades e continuar em frente mesmo em um ambiente que tem uma opinião diferente da que ela esperava em relação a ela.
Já as observações que aconteceram no supermercado e no parque me chamaram a atenção por um ponto em comum: mesmo as pessoas se cuidando, mantendo o distanciamento e seguindo os protocolos de segurança, há um clima de medo e tensão no ar. As pessoas parecem ter medo umas das outras, os olhares são desconfiados, parecem estar à todo tempo expostas há um risco iminente e agora o seu mundo são apenas àquelas pessoas de sua convivência. Fiquei pensando como será o mundo pós pandemia, como serão os relacionamentos entre as pessoas, será que ainda vai existir o toque, o abraço, como será o sorrir sem máscara? Será que não existirá mais medo e um passeio no parque poderá ser vivido de forma mais leve, como deve ser e uma ida ao supermercado poderá ser mais tranquila, com mais pessoas na rua e sem clima de medo no ar? São atividades simples do dia a dia que, na nossa situação atual, não estão sendo vividas com naturalidade e leveza como devem ser.
Já a ação do dia das mulheres na empresa gerou em mim algumas reflexões importantes sobre a intolerância das pessoas e a militância exagerada por defender algumas frentes a ponto de não suportar uma história de vida diferente daquela que eu acredito ser a “certa”. A palestrante estava compartilhando sobre a sua história de vida, sobre como construiu a sua carreira e, dada a sua história e experiências, ela tinha o seu jeito próprio de falar e expressar isso. A intolerância das pessoas foi tanta que àquelas que se diziam não ser vítimas da sociedade, que defendem o feminismo, que repudiam o machismo se colocaram ao mesmo tempo como vítimas diante de uma situação que não concordaram e fizeram um complô dentro da empresa, formando grupos de mulheres para pressionar o RH para saber qual era o posicionamento da empresa, falaram até de demissão em massa. Contraditório não? Pessoas que defendem tanto a liberdade de expressão feminista, se posicionarem como vítimas diante da fala de uma mulher de sucesso que elas não concordavam e ao invés de se posicionarem, fizeram grupos de ataque à empresa. Foi uma situação interessante de ser observada e analisada e fiquei pensando o quanto este tipo de militância, de fato é genuína ou só existe quando convém.
E por falar em militância exagerada, aproveito para fazer um link com a situação observada durante o Big Brother Brasil. Ambas as situações, das mulheres e do João me fizeram pensar sobre uma geração frágil, em que tudo se torna uma persecutoriedade, tudo é ofensa e nada mais é visto como brincadeira ou é relevado. Me parece um vitimismo exacerbado, em que o seu bem-estar é responsabilidade do outro e não mais minha responsabilidade. Todo desconforto gera um trauma, qualquer sopro despedaça o ego, pessoas que se colocam como donos da verdade, pessoas frágeis e intolerantes à frustração, que não pode ser contrariada porque pode tudo. Me parece que o militante calcula a hora certa, age metodicamente e aproveita o momento ideal para constranger ao máximo àquele que quer destruir. O caminho escolhido é o da execração pública de alguém que poderia ter conversado, transformando lágrimas em ensinamentos e não apedrejamentos como aconteceu em ambas as situações.
E por fim a observação da missa, demonstrandoque diante desse mundo tenso, de militância exagerada, de intolerância à opiniões diferentes, de medo diante de um inimigo invisível, existem pessoas que estão se apegando à sua fé, que acreditam em algo superior, que choram rezando, que olham para o alto com um olhar de esperança e quem sabe até não estão orando por estes que estão apedrejando uns aos outros ou que estão com medo. 
Observações de situações tão diferentes, de pessoas que estão vivendo num mesmo mundo e num mesmo momento, mas que estão vivendo de forma tão diferente e peculiar e me faz pensar que não existe o certo ou o errado, mas àquilo que faz sentido para cada um e sendo assim, fica também a coletividade comprometida. Talvez, de todas estas 06 primeiras observações, o único momento em que estas pessoas se unem é na oração de quem reza por elas, caso não exista a intolerância religiosa neste meio todo.
RELATÓRIO DE OBERVAÇÃO 07
Nome: Karina Beatriz da Silva Vieira
Data: 27/04/2021
Situação: Reunião na empresa
Horário: 14h00 as 15h00
No dia 27/04/2021 as 14h00 eu me conectei de forma online em uma reunião apenas de líderes da empresa onde eu trabalho.
Havia em torno de 20 líderes, nível de coordenação nesta reunião e o objetivo seria falar sobre os números da empresa, era final de mês, então haveria o reporte das metas, se seriam batidas ou não, era uma reunião de trabalho para reporte de números.
Porém, antes de iniciar, efetivamente, a reunião, uma das coordenadoras pediu a palavra, disse que precisava conversar e gostaria de ter um espaço naquela reunião, pois considerava um espaço seguro.
Ela então começa a dizer que está passando por um momento muito difícil, diz se sentir sobrecarregada, muita coisa para fazer, muito trabalho, que ela não está conseguindo, que parece que na empresa todos estão o tempo todo correndo, que não existe planejamento, que no início da semana ela passou mal e desmaiou e, com isso, procurou um médico e este disse que ela estava com Burnout.
Depois de contar toda a história dela, ela começou a perguntar um por um que estava na reunião se a pessoas também não estava sentindo os mesmos sintomas, se eles estavam bem, como estava o dia deles, que ela sentia que todos estava muito cansados, que todos estavam correndo muito e com isso, a reunião que era para falar de resultados, se tornou uma conversa sobre Burnout, perdeu totalmente o foco do objetivo inicial e após uma hora, ela foi encerrada sem que falássemos dos assuntos que eram esperados.
Após esta reunião, esta coordenadora ai marcou uma conversa individual com alguns outros coordenadores na intenção de desabafar com eles.
RELATÓRIO DE OBERVAÇÃO 08
Nome: Karina Beatriz da Silva Vieira
Data: 12/05/2021
Situação: Assistir Telejornal SPTV
Horário: 12h00 as 13h00
No dia 12/05/2021 as 12h00 durante o meu horário de almoço, eu estava assistindo o telejornal SPTV que falava sobre uma reportagem de profissionais que se reuniram na avenida Paulista para uma reinvindicação em relação ao seu piso salarial e vacinação contra a COVID-19.
O grupo de enfermeiros caminhava pela avenida Paulista, todos de máscara, levando placas, banners, bexigas brancas e solicitavam piso salarial nacional e vacinação contra COVID-19 para todos os profissionais da categoria na ativa, inclusive estagiários.
Destacou-se no telejornal que a manifestação estava acontecendo no Dia Nacional da Enfermagem e o grupo estava se dirigindo para frente da Secretaria Estadual da Saúde e deveriam terminar o protesto na porta da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP).
Uma das pessoas que estava no grupo foi entrevistada pelo repórter e esta contou que o piso nacional para enfermeiros, técnicos, auxiliares e parteiras é de R$ 7.300, mas ainda não foi aprovado pelo Senado Federal.
Percebia-se que o grupo estava sendo acompanhado pela Polícia Militar e que era um protesto pacífico, sem gritarias ou qualquer tipo de violência.
Nos cartazes tinham escritos como: “Abrace a enfermagem”, “Somos prioridade”
RELATÓRIO DE OBERVAÇÃO 09
Nome: Karina Beatriz da Silva Vieira
Data: 13/05/2021
Situação: Assistir Telejornal Bom Dia SP
Horário: 08h00 as 09h00
No dia 13/05/2021 as 08h00 eu assistia o telejornal Bom dia SP e começou a ser apresentada uma reportagem que falava sobre as consequências dos cortes de verba do governo nas Universidades Federais.
A reportagem dizia que o corte das verbas das Universidades Federais nos últimos anos em dificultado a manutenção das instituições e o desenvolvimento da pesquisa científica no país. Foi mostrado um gráfico em que demonstrava que o orçamento deste ano, 2021, era o menor da década. O gráfico mostrava que as verbas estavam subindo desde 2015 e que de lá para cá, o orçamento das Universidades Federais foi caindo ano a ano, e desde 2015 a queda foi de 42%.
A repórter conta que dado estes cortes a Universidade federal do RJ alertou que pode parar as suas atividades nos próximos meses.
A reportagem dizia ainda que nunca houve nada parecido em 100 anos de história, pois o corte do orçamento atingiu em cheio a maior Universidade do país, sendo que o orçamento de 2021 é cerca da metade do orçamento de 2012. A reitora da Universidade conta que foi ampliado o número de estudantes, ampliaram também o número de laboratórios e atividades de pesquisa, e o orçamento caiu pela metade. Diz também que metade da metade está dependendo da aprovação do parlamento. Portanto, a Universidade tem ¼ do orçamento se for comparado com 2012.
É dito ainda que, sem recursos para pagar despesas básicas como, segurança, limpeza, água e energia, a instituição poderá suspender as atividades a partir do mês de Julho.
Uma professore concede uma entrevista durante a reportagem , diz que está há 40 anos no Departamento de Letras da Universidades e diz que lamenta o risco de fechamento da Instituição, pois esse quadro chegou num momento m que a Universidade também apresenta um esvaziamento de recursos para pesquisas científicas como bolsas, Cnpq entre outros. 
O telejornal fez um levantamento e mostrou que além da UFRJ, Universidades Federais de pelo menos 11 estados e do Distrito Federal enfrentam algum tipo de dificuldade financeira este ano. 
É falado ainda na reportagem que, referência em ensino e pesquisa, a UFRJ corre o risco de suspender serviços essenciais como: testagem para coronavírus, os leitos que foram abertos para atendimento de pacientes do covid-19, o desenvolvimento de vacinas com alta tecnologia, e tudo isso pode ser afetado por conta do corte orçamentário, por isso a situação é muito grave, diz a reitora da Universidade. Esta é a maior Universidade Federal do nosso país. 
Ao final da reportagem, a repórter diz em nota o Ministério da Educação diz que não tem medido esforços para recompor as reduções orçamentarias e que está trabalhando com o Ministério da Economia para que os valores sejam desbloqueados e o orçamento seja disponibilizado em sua totalidade e diz ainda que não houve corte no orçamento das Universidades e sim o bloqueio do orçamento para atender um decreto de Abril deste ano, e que se houver uma melhora no cenário fiscal no segundo semestre, esse orçamento poderá ser desbloqueado e executado 
	
RELATÓRIO DE OBERVAÇÃO 10
Nome: Karina Beatriz da Silva Vieira
Data: 14/05/2021
Situação: Assistir Telejornal Bom Dia SP
Horário: 08h00 as 09h00
No dia 14/05/2021 as 08h00 enquanto eu assistia o telejornal da manhã me deparei com uma reportagem que dizia que 33,5% dos moradores de SP acima de 18 anos já se contaminaram pela COVID, número apontado por um estudo realizado pela Prefeitura.
A reportagem dizia que segundo a gestão municipal, o resultado de 33,5% é o maior da série histórica, iniciada em junho de 2020, e representa uma alta de oito pontos percentuais em relação à prevalência de 25% apontada na rodada mais recente do inquérito sorológico, referente ao período de 26 de fevereiro deste ano.
O secretário municipal da saúde disse que 56,1% dos casos registrados pelo inquérito foram de jovens adultosassintomáticos, com 43,9% das pessoas que testaram positivo para a doença tiveram sintomas no período.
Conta ainda que no recorte da faixa etária, as faixas etárias com maior incidência da doença foram os jovens de 18 a 34 anos, sob os quais incidiram 35,1% dos casos confirmados da doença, seguido doo grupo de 35 a 49 anos, com 28,7% dos testados com confirmação da doença. Já o grupo de 50 a 64 anos apresentou 28% dos casos positivos de COVID-19 nesta 5ª fase do inquérito sorológico, segundo informa na reportagem a prefeitura de SP.
Na reportagem ainda dizia que a Zona Sul de São Paulo é a área com maior incidência da doença, na sequência da Zona Norte e em seguida Zona Leste.
A reportagem alertava ainda sobre a necessidade de manter o isolamento social, os protocolos de segurança como uso de máscara e, lavar as mãos com recorrência e a utilização do álcool gel com frequência também.
RELATÓRIO DE OBERVAÇÃO 11
Nome: Karina Beatriz da Silva Vieira
Data: 14/05/2021
Situação: Ida ao supermercado
Horário: 19h00 as 20h30
No dia 14/05/2021 as 19h00 eu fui ao supermercado e algumas situações em especial me chamaram a atenção.
A primeira situação que observei é que a maioria das pessoas estavam sozinhas. Anteriormente quando íamos ao supermercado, era comum ver casais, famílias inteiras juntas, amigos e etc. mas desta vez não, vi muito mais pessoas sozinhas do que acompanhadas e isso me despertou a atenção.
Ao caminhar pela loja, percebi que muitas pessoas pareciam estar com pressa, pegando os itens e andando de forma rápida. Não observei ninguém sem máscara e a todo momento o sistema de comunicação do supermercado relembrava a todos que o uso de máscara dentro do ambiente era obrigatório.
Quando eu já estava me dirigindo para o caixa, presenciei a seguinte situação: tinha uma moça parada com o seu carrinho na entrada de um dos corredores do supermercado. Nisso uma outra moça, ao querer acessar este corredor, ao invés de pedir licença para passar, ela simplesmente empurrou com o seu carrinho o carrinho da outra moça que estava parada e passou, sem pedir licença. A moça que estava parada falou: “Pede licença pelo menos”. E a que empurrou continuou andando, não olhou para trás e ainda fez um sinal de joia para a moça a qual ela empurrou.
Ambas pegaram os seus carrinhos, começaram a andar e eu segui com as minhas compras para passar no caixa. E para finalizar esta visita ao supermercado, quando cheguei no caixa, cumprimentei a mulher que iria passar as minhas compras dizendo “Boa Noite” e ela simplesmente me olhou mas não me respondeu.
RELATÓRIO DE OBERVAÇÃO 12
Nome: Karina Beatriz da Silva Vieira
Data: 17/05/2021
Situação: Assistir telejornal
Horário: 19h00 as 20h30
No dia 17/05/2021 as 19h00 e estava assistindo e falava sobre o dia Mundial do combate a LGBTQIA+fobia.
O repórter responsável pela reportagem inicia a sua fala dizendo que este é um dia importante para lembrar que todos deveríamos ( e ele fala o deveríamos com um tom mais impositivo) ser tratados da mesma forma, com dignidade e com respeito.
Ele diz que em 2019 o Supremo Tribunal Federal tornou crime a discriminação pela orientação sexual ou identidade de gênero que equivale ao crime de racismo. Diz ainda que no estado de SP a Lei que pune os infratores completa 20 anos em 2021.
Segue a reportagem dizendo que hoje tem programação para lembrar a data na grande SP e passa a fala para uma outra jornalista que está ao vivo em Ribeirão Pires e esta está numa avenida em que para atravessar a rua não tem uma faixa de pedestre e sim está pintado uma faixa da diversidade.
Ela conta que esta faixa foi inaugurada hoje justamente para comemorar a tolerância e o respeito à todas as pessoas. 
A faixa que está pintada na rua está também ligada a um espaço importante na cidade onde está acontecendo um evento que acontece todos os anos e tem também um painel que convida as pessoas a postarem nas redes sociais com a hashtag #diaparasairdoarmário com o objetivo de incentivar quem, eventualmente, sofre com o preconceito. Neste painel também tem um QR code que as pessoas conseguem acessar com o telefone para que possam fazer denúncias e também um canal de acolhimento as vítimas do preconceito.
A repórter também conta que na capital também tiveram várias ações, em que ela destaque na Estação da Sé e que foi montada uma grande bandeira com as cores do arco-íris que é o símbolo da luta LGBTQIA+. Esta bandeira foi colocada no centro das plataformas, num lugar de destaque e também na estação Paulista na linha 4 amarela, uma escadaria inteira da estação foi pintada com as cores da bandeira, ou seja, as cores do arco-íris.
É mostrado ainda que hoje mais cedo os repórteres estiveram numa ONG que se chama Eternamente Sou que aborda as pessoas da melhor idade que sofrem também este preconceito e é mostrada esta reportagem.
A pessoa que participa desta reportagem é o analista de diversidade e fundador da ONG EnternamenteSOU começa contando que infelizmente o Brasil ainda lidera o ranking de país que mais mata pessoas LGBTs e diz que a expectativa de vida de pessoas trans e travestis não ultrapassam os seus 35/40 anos, explicando que, o envelhecer para a população LGBT é um tanto desafiador. Outra moça participante desta reportagem diz que um exemplo muito utilizado é o dar as mãos na rua e que para a geração dela é um gesto mais recatado e as pessoas ficam meio com vergonha, não querem expressar e que isso não acontece com as gerações mais novas. 
Outro participante da reportagem diz que se você não respeita o outro, independente do que ele seja, você não vai ter nada na vida. Uma outra convidada, também LGBTQIA+, participa da reportagem, uma mulher com mais idade e começa dizendo que não temos que esconder nada para ninguém, dizendo que ama ser a Marcela transexual, que ela se assume como transexual e diz achar que todas elas, que são transexuais, tanto homens como mulheres trans, só vão ser felizes se eles se aceitarem , que eles não querem ser melhores do que ninguém e nem pior, eles querem apenas ser iguais.
A reportagem mostra algumas ações que acontecem sobre esta causa e o repórter finaliza a reportagem dizendo que coisas tão básicas como dar a mão ou poder beijar em público não deveria existir e que ninguém deveria ser obrigado a viver dentro de um armário e passar o dia cuidando do que fala, da forma como se veste, da forma como gesticula, vigiando e deixando de ser quem realmente é por ter medo do que os outros vão pensar, por ter medo das oportunidades que isso poderá custar para essas pessoas. Diz ainda que temos muito o que avançar ainda e que o amor não é o problema, mas sim a falta dele.
 
RELATÓRIO DE OBERVAÇÃO 13
Nome: Karina Beatriz da Silva Vieira
Data: 18/05/2021
Situação: Assistir telejornal
Horário: 19h00 as 20h00
No dia 18/05/2021 as 19h00 ao assistir o noticiário me encontrei com a reportagem que falava que o índice de confiança dos consumidores atingiu o nível mais baixo da pandemia.
O repórter começa dizendo que o indicador de confiança dos consumidores nunca esteve num patamar tão baixo em São Paulo. Diz que este índice é calculado pela associação comercial de São Paulo e traduz em números a disposição do consumidor em fazer compras e movimentar o comércio. 
A reportagem segue mostrando consumidores em lojas com a narração do repórter que, no momento em que o comércio tenta atrair a clientela, os consumidores se mostram indecisos, com receios e fazendo contas para comprar o mínimo.
É seguido com uma reportagem com uma consumidora que fala que ela sente medo do desemprego, pois se isso acontecer ela vai comprar e depois não vai poder pagar e que por isso, hoje, ela não se sente muito confiante.
Outra consumidora entrevistada diz que foi atrás somente do necessário, diz que são coisas básicas e extremamente necessárias. Diz que a situação está mudando e que todos tem que ter muita cautela e cuidado.
O repórter diz que esta preocupação das pessoas com relação ao futuro é traduzida em números e na economia é chamado de índicede confiança e mostra o humor, a sensação do consumidor diante da situação econômica do país e da própria situação financeira. Diz também que o indicador também é capaz de medir o quanto o trabalhador se sente seguro no emprego e mostra a intenção que os consumidores têm em gastar, fazer compras e movimentar o comércio. 
É mostrado então um gráfico que mostra que em Abril, o índice de confiança medido pela Associação Comercial de São Paulo atingiu o nível mais baixo de toda a pandemia. Um economista-chefe da Associação Comercial de São Paulo dia que está muito longe da área neutra e mais longe ainda da área do otimismo, pois há muito tempo que não temos um consumidor Brasileiro e nem o consumidor Paulista confiante realmente na economia e na situação do país. 
O repórter segue apresentando mais situações de consumidores em loja e diz que além disso, falta dinheiro, e mostra que uma pesquisa do PROCON feita em Março com 5.000 pessoas mostra que 70% perderam a renda durante a pandemia. Segue dizendo que na outra ponta da confiança e do poder de compra está o comerciante. O repórter faz uma entrevista em uma loja de tecidos e aviamentos, identificando como loja da dona Virgínia, diz que esta loja fica em um local de passagem, o que poderia facilitar as vendas, mas o movimento no Largo 13 em Santo Amaro está longe de ser o de antes. A proprietária diz na entrevista que está bem devagar, porque a clientela dela é mais idosa e os idosos ainda não estão saindo para comprar pois ainda está com medo. O repórter conta que ela está há 27 anos na região e que a proprietária vem segurando as pontas para manter o negócio e se orgulha ao falar que o sustento de 08 famílias é alinhavado nos corredores da loja dela. A proprietária diz que se a loja fica fechada por mais um mês ela não teria como pagar o funcionário e que foi por pouco. Ela diz que já estava preocupada, se questionando como iria fazer, porque ela não quis demitir, ela conhece os funcionários, diz ser meia dúzia de funcionário que ela conhece tudo e conhece as condições familiares.
A reportagem segue mostrando que no Largo da Batata, em Pinheiros, o comércio de rua também depende desse vai e vem de pessoas que diminuiu muito na pandemia. É mostrada uma loja, a loja do seu Astrogildo, identificada como tendo tanta coisa que o seu Astrogildo até se perde na hora de falar. O proprietário começa falando: prego, parafuso, ferramenta, parte de pintura, e diz: “Sei lá, é tanta coisa aqui que nem sei dizer”. E que mesmo assim está difícil vender. Ele diz que estão retornando devagar e que vai demorar ainda e que para que chegar ao que era não será fácil.
O repórter fala que a dona Virgínia, da loja de tecido, sabe que a solução vem da vacina e mostra ela dizendo que sabe que a maioria das pessoas sabem que virose só se trata com vacina e que não tem outro remédio para virose e o repórter complementa: neste caso, nem para a crise na economia. 
A reportagem volta para o economista-chefe da Associação Comercial de São Paulo que diz que a esperança é que em 6 meses a vacinação já esteja bastante evoluída e as atividades já possam, gradativamente, ir retornando para uma nova normalidade.
A reportagem vai sendo finalizada e volta para o jornalista que está no estúdio e este diz que antes de voltar para a nova normalidade a crise econômica também deixou milhares de desempregados no comércio e nos serviços e mostra no telão os novos números da federação do comércio de SP com base nos dados do Caged do Ministério Público da Economia. Ele mostra então que de Março de 2020 até Março de 2021 mais de 84 mil pessoas que trabalhavam em restaurantes e outros serviços ligados a alimentação perderam os seus empregos, na sequencia vem o setor de vestuário, lojas de roupas, acessórios e calçados e artigos de viagens foram as mais afetadas, mais de 36 mil postos de trabalho a menos. E outra área que perdeu muitas vagas foi a de transporte rodoviário de passageiros, com a queda de mais de 27 mil empregos com carteira assinada.
Para finalizar, o repórter diz que em contrapartida a pandemia gerou impactos positivos em alguns setores específicos como supermercados, por exemplo, que geraram 14 mil vagas de emprego a mais neste 01 ano, e também setores ligados ao atendimento hospitalar que registraram um saldo positivo de quase 33 mil empregos a mais.
RELATÓRIO DE OBERVAÇÃO 14
Nome: Karina Beatriz da Silva Vieira
Data: 19/05/2021
Situação: Assistir telejornal
Horário: 12h00 as 13h00
No dia 19/05/2021 as 12h00, durante o meu almoço, estava assistindo o noticiário e a reportagem que estava passando era sobre a greve dos metroviários de São Paulo e as estações fechadas em função da greve.
O repórter inicia a reportagem dizendo que a manhã estava complicada para quem depende do transporte público de SP, pois ainda não tinha um acordo entre metrô e sindicato dos metroviários. A paralisação que havia iniciado a meia noite de hoje ainda continuava, algumas linhas do metrô ainda estavam operando de forma parcial ou totalmente.
Um repórter está em uma das estações que está fechada, entra ao vivo na reportagem e diz que a falta de informação é muito grande, e conta que um grupo de pessoas o abordou perguntando o que fazer, se o metrô estava ou não funcionando e ele direciona a câmera mostrando que a estação estava fechada e o local bem vazio. O repórter conta sobre alguns ônibus que foram disponibilizados para atender a população de forma emergencial entre alguns pontos da cidade.
O repórter volta para o estúdio e conta que a motivação da greve é que os metroviários querem pagamento de 50% referente a participação dos lucros da empresa e que segundo eles ainda não foram pagos referente a 2019, pedem também um reajuste de salário. O repórter conta que nas últimas semanas foram várias reuniões, audiências na justiça, não teve acordo e ai deu no que deu, e fala que é o que o povo diz: “sobra para a população!”
Eles trazem então detalhes da negociação dizendo que o metrô nega esse pedido, conta que já houve algumas tentativas de conciliação no Tribunal Regional do Trabalho, mas que infelizmente metrô e funcionários não chegaram a um acordo. Diz também que ontem, em uma assembleia, 77% dos metroviários votantes optaram por essa paralisação. O repórter ressalta que ele está ao vivo na estação Vila Matilde, linha vermelha do metrô e as pessoas, por falta de funcionários do metrô para informar a população, os passageiros vão até ele para buscar informações do que fazer. 
É mostrado que foi uma manhã de caos e dúvidas para quem precisou usar o metrô, por conta da falta de informação do que estava acontecendo. Algumas pessoas são entrevistadas, uma delas é uma cuidadora de idosos e diz que passou a madrugada trabalhando e só queria chegar logo em casa, mas não foi o que aconteceu. Ela diz que é preciso lutar pelos seus direitos, mas que isso prejudica demais a população. Outro passageiro entrevistado diz que para tentar chegar menos atrasado no trabalho, foi caminhando de uma estação a outra e ainda estava atrasado para uma reunião na empresa. 
É mostrado que a campanha salarial dos metroviários deste ano começou em Março, quando o sindicato enviou as reivindicações para o metrô, conta que foram agendadas três reuniões entre metrô e sindicato mas que não houve acordo. Houve também uma audiência de conciliação com o Tribunal Regional do Trabalho e que também foi nem sem negociação. O repórter segue dizendo sobre outras várias reuniões que foram marcadas entre Metrô e Sindicato e que não tiveram sucesso, pois não houve acordo.
Conta que o metrô tem cerca de 7.000 funcionários e que hoje a maioria parou. Um funcionário do Metrô conta que eles estão reivindicando questões que eram para ter sido pagas há dois anos e não foram, diz que o metrô se recusou a ir no tribunal e se recusou a atender a reivindicação de não tirar nenhum direito do trabalhador. 
A reportagem mostra que só em Abril o metrô transportou quase 27 milhões de pessoas e conta que a empresa diz que acumula prejuízose que este ano o rombo já chega a 300 milhões de reais, segundo o metrô.
A reportagem segue mostrando que os funcionários do metrô já haviam cogitado entrar em greve por conta da falta de vacina para a categoria e que, por causa da pressão, eles foram incluídos na campanha, mas que o impasse entre governo e metroviários atinge em cheio quem mais depende das linhas. Uma pessoa é entrevista e diz que está há muito tempo desempregada e que precisava ter entregue os documentos para uma seleção as 09h00 das manhã mas que não conseguiu por conta da greve. O repórter diz que esta moça é o retrato do povo: sem emprego, sem vacina e sem transporte. 
A reportagem segue mostrando a dificuldade dos passageiros por conta do metrô, que foi uma madrugada de muito caos para os passageiros. Mostra uma imagem de dezenas de pessoas, as 04h00 da madrugada paradas em frente a uma estação do metrô que não abriu os portões. Não tinha transporte e muitas pessoas aglomeradas na frente do metrô. Um passageiro demonstra uma irritação grande, gritando com alguém que está do lado de dentro da estação do metrô perguntando se estão todos loucos, pois no meio de uma pandemia, fecham o metrô e muitos dos eu estão ali podem perder o emprego.
A reportagem segue mostrando diversas imagens de pessoas que migraram do metrô para os trens da CPTM, estações da CPTM lotadas, sem distanciamento social, passageiros aglomerados dentro do trem, passageiros nervosos, dizendo que não conseguiriam trabalhar, que isso era uma humilhação, as pessoas não terem nenhum tipo de informação. Um verdadeiro casos instalado.
RELATÓRIO DE OBERVAÇÃO 15
Nome: Karina Beatriz da Silva Vieira
Data: 20/05/2021
Situação: Assistir telejornal
Horário: 12h00 as 13h00
Ao assistir o telejornal SP1 comecei a assistir uma reportagem que falava sobre a nova etapa da fase de transição em São Paulo que começa na próxima segunda-feira, em que o governo de São Paulo decide por flexibilizar ainda mais o atendimento ao público.
Até domingo, dia 23/05 , de acordo com as regras atuais, todos os serviços autorizados podem funcionar das 06h00 as 21h00 com 30% da capacidade. A partir de segunda-feira, dia 24/05 a capacidade de atendimento aumenta para 40%, o horário continua o mesmo. No dia 01/06, a flexibilização será então bem maior, a capacidade de atendimento sobre para 60% em todos os setores e o horário também será estendido. Lojas, Igrejas, bares, restaurantes, salões de beleza, barbearia, atividades culturais e academias ganham uma hora a mais para funcionar, com a abertura as 06h00 até as 22h00. O toque de recolher também muda, vai das 22h00 as 05h00.
O repórter, ao finalizar a demonstração do que muda, diz que na prática já está tudo funcionando além da capacidade permitida e que essa é a real. 
Diz ainda que, conforme o governo relaxa as medidas de restrição, o movimento na rua obviamente aumenta bastante, dizendo que ontem, dia 19/05, foi um dos piores dias do ano no trânsito de São Paulo. 
Um repórter entra ao vivo na transmissão, este está em uma das ruas de São Paulo, próximo ao bairro Jabaquara, e diz que com certeza o número de pessoas e de carros na rua vem aumentando nos últimos dias com a flexibilização. Ele segue dizendo que a taxa de isolamento está abaixo dos 40%. O repórter mostra alguns números sobre os desafios do trânsito que foi ontem, influenciado também pela greve dos metroviários.
O repórter entrevista comerciantes que estão com os seus estabelecimentos abertos e um dos entrevistados diz que vai chegar uma hora que vai “quebrar” tudo, se referindo os comércios, que ninguém aguenta muito tempo e que seja bolso pequeno ou bolso grande, todos sentem. 
O repórter segue dizendo que o anúncio da flexibilização e de que o horário vai aumentar, dá uma animada, mas o entrevistado diz que continua com os mesmos cuidados, álcool gel sempre, não pegar na mão de ninguém e não ficar sem a máscara. O jornalista segue dizendo que a partir de segunda-feira todos os serviços abertos no estado poderão funcionar com 40% da capacidade e que isso significa que num restaurante com dez mesas, por exemplo, poderá liberar, no máximo, para os clientes. Já no caso de uma sala de cinema com 100 lugares, 400 estarão livres para o público.
A reportagem segue dizendo que o relaxamento das regras segue num momento em que a pandemia está longe de ser controlada. O estado registrou, na média, 499 mortes por COVID-19 por dia na última semana, e que o número de óbitos de adulto entre 40-59 anos aumentou, sendo mais de 5.300 só em Abril. Mesmo assim o governo do estado, decidiu flexibilizar.
Entra então a apresentação de uma fala do Paulo Menezes, Coordenador do Centro de Contingência da Covid-19 em SP, e ele diz que nesta nova fase já existem alguns números que permitem planejar dessa forma, principalmente em função da manutenção dos protocolos de segurança e do avanço da vacinação. Jean Gorinchteyn, secretário estadual da saúde de SP diz que estamos dentro do que está sendo esperado, que eles estarão sempre atentos a estes números e por isso que essa fase, ainda estendida, com olhar muito atendo e de muita responsabilidade do governo de SP para que tenham as melhores estratégias. 
A Diretora da ONG Transparência Brasil é entrevistada e diz que as constantes mudanças nas regras causam uma perda de confiança dos moradores e isso pode reduzir ainda mais as medidas de proteção, além de prejudicar o combate à pandemia. Ela diz ainda que o governo está comunicando os seus planos e modificações com falta de clareza e isso diminui a capacidade das pessoas entenderem o que está sendo feito e se as medidas estão sendo tomadas adequadamente. 
Á um vendedor entrevistado diz que essa situação precisa ser resolvida logo e que está insustentável, que a instabilidade é complicada em todos os sentidos e que não dá para falar que está normal.
A reportagem é finalizada pelo apresentador do telejornal dizendo que o governo do estado vai fazer pilotos de eventos durante o mês de junho para entender o que pode avançar nas próximas etapas, e que estes evento serão feitos como testes para identificar casos de doença, uso de máscara e todos os protocolos de segurança para ver como vai ser o controle e o comportamento do público para depois tomar novas medidas
REFLEXÃO SOBRE A EXPERIÊNCIA VIVIDA
OBSERVAÇÕES 07 a 15
Quando eu me vi participando de uma reunião profissional, com o objetivo de falar sobre resultados, que tomou outro rumo quando uma pessoa começou a desabafar dizendo que estava com Burnout, àquela situação em especial me chamou a atenção e eu comecei a observar com um olhar diferente. A minha percepção era de que a coordenadora que dizia estar com Burnout estava buscando uma “aprovação” para o que ela estava sentindo, parecia que ela sentia a necessidade de ouvir outras pessoas dizendo que estavam sentindo a mesma coisa que ela, como que se isso fosse um consolo, como que se fosse para ela não se sentir sozinha nessa situação, parecia querer muito ouvir alguém dizer que estava na mesma situação que ela, que ela não estava sozinha. Esta necessidade ficou mais evidenciada ainda quando uma outra pessoa disse que sentia o ambiente mãos tenso mesmo e que as coisas estavam corridas, a expressão desta coordenadora foi de alívio, como se precisasse de alguém com ela, como que se para ela aceitar a situação que ela estava, fosse preciso ter mais alguém junto. 
As experiências de assistir o telejornal e refletir sobre as notícias que estava sendo apresentadas naquele momento me provocou importantes reflexões também.
A reportagem que falava sobre o protesto dos enfermeiros que pediam o piso salarial e também a vacinação contra a COVID-19 para todo o grupo que estivesse na ativa durante a pandemia me gerou alguns questionamentos no sentido de que, será que não está claro para os governantes responsáveis que este grupo está na linha de frente de uma pandemia e não deveriam ter sidos os primeiros a se vacinarem? Em relação ao piso salarial, dado a intensidade e importância do trabalho dosmesmos, não é mais que justo que recebem o piso conforme aprovado? Para coisas que me pareceram óbvias de serem realizadas foi preciso um protesto, parar um dia de trabalho, fechar parte de uma avenida importante de SP para reivindicar estes direitos. De fato, me pareceu que temos um governo que não sabe eleger as suas prioridades e nem valorizar profissionais importantes, principalmente no momento que estamos vivendo.
Outra reportagem que a minha crítica também vai por conta da atuação dos governos do nosso país é em relação ao corte do orçamento das Universidades Federais. Um serviço que eu entendo ser essencial e de extrema importância para superarmos esta crise econômica que o Brasil vive há anos e agora também uma crise de saúde pública, pois é através da educação, das pesquisas científicas, dos laboratórios e todos os outros benefícios que a Universidade pode oferecer para o Brasil que poderemos crescer, nos desenvolver, encontrar soluções etc e o que o governo faz? Diminui o orçamento, corta o orçamento. Novamente me parece ser um governo que sabe eleger as suas prioridades e nem valorizar o que, de fato, pode ajudar o país e as pessoas.
Sobre a reportagem que falava sobre a faixa etária com maior incidência de contaminação do COVID-19, me fez pensar que estamos lutando, de fato, com um inimigo invisível e que ainda não sabemos como ele luta. O público de 18 a 34 anos são pessoas jovens, muito provavelmente sem nenhuma comorbidade e se apresentam como o público com maior índice de contaminação, isso só reforça a necessidade de não existir aglomeração, evitar idas em bares, festas e outros eventos que podem ser promotores da contaminação. Com tudo isso, não é incomum ver reportagens também de festas clandestinas, que a polícia teve que intervir ou situações que as pessoas não evitaram a aglomeração. A reflexão é pensar como o ser humano muitas vezes é motivado por uma pulsão de morte, pois não é por falta de informação e nem de esclarecimento sobre o momento delicado o qual estamos passando, e ainda assim ele se coloca em situações de risco, colocando a própria pessoa e outros em risco também.
Quando começou a pandemia eu ouvia muitas pessoas dizendo que quando passasse tudo isso, o ser humano iria ter aprendido muitas coisas, que iriamos estar melhores como pessoas etc. A minha experiência de ir ao supermercado me fez pensar que sim, as pessoas mudaram muito, mas não sei se para melhor. Elas estão mais sozinhas, o que é positivo dado a importância de manter o distanciamento social, quanto menos pessoas juntas num mesmo lugar, melhor. Porém ao mesmo tempo me parece que as pessoas também se distanciaram da educação e da empatia para com o próximo, visto o comportamento de uma mulher empurrando a outra sem pedir licença e o silêncio da moça do caixa quando eu a cumprimentei. Essa pandemia não provocou apenas distanciamento físico e social entre as pessoas, provocou também um distanciamento de bons modos, de boa educação e daquilo que é “ser” humano.
E durante uma pandemia, tão importante quanto, as pessoas encontram força para defender uma causa que ainda geram muitas mortes e preconceito no Brasil que é a luta LGBTQIA+fobia e também trabalhadores lutam para reivindicar os seus direitos, no caso da greve de metroviários. Duas manifestações importantes em que as buscam vão em busca dos seus direitos. Eu penso que se não houvesse preconceitos manifestações como LGBTQIA+ não seriam necessários, assim como se o governo fosse mais justo, não haveria greves dos metrôs impactando milhares de passageiros, porque a gente só luta para conseguir aquilo que ainda não se tem ou que é devido. Todo indivíduo que faz parte do grupo LGBTQIA+ é igual a qualquer outra pessoa, de fato, não existe diferenciação, assim como sou hétero, existem pessoal que são homossexuais e está tudo bem, a única coisa que muda é que eu me relaciono com pessoas do sexo oposto e elas com pessoas do mesmo sexo. Seria isso mesmo motivo para preconceitos, discriminações e outros tipos de violência? Concordo muito com o que o repórter diz no final que ainda precisamos evoluir muito. O ser humano precisa evoluir muito. Já os trabalhadores do metrô lutam por um direito que é deles, se é direito nem deveria ter luta para reivindicar isso, se é de direito, deveria ser pago, isso é justiça, o que falta muito ainda no Brasil.
Ao assistir a reportagem sobre o índice de confiança dos consumidores, a reflexão que fiz ao final dela é que toda situação sempre tem os seus lados positivos e negativos. A reportagem fala que as pessoas estão com mais medo de comprar, gastando só com o necessário, mostra também números relacionados a empregos perdidos, mas mostra também que em outros setores, como supermercados e serviços hospitalares cresceram significativamente o número de novas posições de emprego. É fato que estamos em um momento delicado, perdas de vidas e situação econômica do Brasil também não está boa. É faro também que altos e baixos sempre eremos em nossa vida. Mas o quanto é importante termos esse olhar para os dois lados das situações, identificando pontos positivos também que toda situação tem e, na maioria das vezes, as pessoas focam apenas naquilo que é negativo e que traz impactos negativos para a sua vida. 
E por fim, a última reportagem soa como uma luz no fim do túnel, com a notícia da flexibilização das regras de isolamento no estado de São Paulo, mesmo sabendo que a pandemia ainda não está totalmente contida e os casos de mortes ainda são muitos. Viver este momento gera uma série de sentimentos ambíguos pois, ao mesmo tempo que estamos ansiando para que a vida volte ao normal, também sabemos dos riscos eminentes de uma pandemia que não estão controlados. A vacinação está aumentando, mas isso não significa que o vírus foi embora, então o tão esperado voltar ao normal, não será tão normal assim. E pensando nesta fala tão utilizada agora “o normal”, será que já não normalizamos o fato de usar máscara, utilizar álcool gel, evitar aglomerações e contatos muito próximos? Este é o novo normal e suspeito que se seguirá assim por um bom tempo, então o que as pessoas buscam é um desejo que sempre foi presente no ser humano: a liberdade de ir e vir, a liberdade para poder trabalhar, liberdade de poder viver a sua vida sem muitas limitações.
RELATÓRIO DE OBERVAÇÃO 16
Nome: Karina Beatriz da Silva Vieira
Data: 22/05/2021
Situação: Assistir Telejornal
Horário: 12h00 as 13h00
Ao assistir o SPTV2 no sábado, acompanhei a reportagem que falava sobre uma grávida de Santo André que superou o COVID e conheceu o filho um mês depois do parto.
O repórter inicia contando que irá mostrar uma história emocionante do pequeno Pedro, ou melhor, “Super Pedro”. Conta que a mãe, Rosana, foi entubada com COVID e passou por um parto de emergência com menos de 7 meses de gestação. O repórter conta que ambos, mãe e filho, superaram dias internados na UTI e que ela só pode ver o filho um mês depois do nascimento. 
A reportagem segue mostrando um vídeo em que uma enfermeira leva pelo corredor o bebê em um carrinho, existem outras enfermeiras na lateral do corredor batendo palmas e com bexigas. O carrinho está enfeitado com imagens de um super-heróis com placas escritas “Super Pedro”. O bebê, em determinada parte do vídeo, abre os olhos e expressa uma reação facial.
É iniciada então uma fala da mãe, em que ela conta que Deus fez um milagre na vida deles, dizendo que Deus foi perfeito em todos os momentos. O pai diz que escolheu acreditar que daria tudo certo, que ele também teve COVID com todos os sintomas, menos falta de ar. A mãe segue falando que depois de uns três dias que ela testou positivo ela começou a ter muita tosse, praticamente só na cama. O pai diz que ela só foi para o hospital por conta da tosse e depois disso ela começou a ter falta de ar, usar máscara de ar e foi intubada.
Uma médica neonatologista entra na reportagem dizendo que Rosana já estava gestante de 28 semanas, mais ou menos, evoluiu com sinais de piora e a opção dos médicos na ocasiãofoi fazer o parto para poder dar chance tanto para a mãe como para o Pedro de terem um melhor prognóstico. 
O marido de Rosana segue dizendo que ela ficou internada por 28 dias, no quarto dia ela foi entubada e o Pedro nasceu no mesmo dia. A médica neonatologista diz que ele nasceu com uma prematuridade extrema, que as condições do parto foram bem difíceis e que o Pedro nasceu em parada cardiorrespiratória , sendo todos estes fatores de risco.
O pai diz que um dia depois que o Pedro nasceu, o pai foi autorizado a entrar na UTI e ele conta que olhou o bebê tão pequenininho lutando pela vida e ao mesmo tempo com o coração apertado pensando em sua esposa que também estava na UTI lutando por sua vida.
A médica diz que é surpreendente. Que essa é a palavra. Ela diz que falava isso para o pai todas as vezes que ele ia para o boletim médico. Diz que o Pedro evoluiu sem nenhuma sequela. O pai diz que a confiança só foi aumentando, a fé foi aumentando, a Rosana também foi apresentando ótimos resultados e diz que ela foi extubada no mesmo dia que o Pedro.
A mãe diz que passou 26 dias longe do filho, mas que mesmo assim ela soube que Deus estava cuidando deles. Entra então um vídeo em que a mãe está em uma cadeira de rodas e é levada para ver o filho que está dentro de uma incubadora. Conta que quando os médicos disseram que ela iria ver o Pedro, no momento em que ela já tinha saído da sua quarentena do COVID, ela não consegue descrever a emoção, ela lembra que tremia muito e que foi naquele momento em que ela realmente se sentiu conectada com o filho. Conta que é indescritível e que é um amor muito instantâneo (como pano de fundo da fala da mãe, continua passando o vídeo do momento em que ela teve o primeiro contato com o filho, em que ela coloca a mão dentro da incubadora e faz carinho nele).
A médica diz que se sente horado por, de alguma maneira, ter contribuído para que o desfecho dessa história tenha ocorrido dessa forma feliz e benéfico para essa família. Mostra um vídeo em que o irmão de Pedro está fazendo carinho no bebê.
O pai diz que eles estão muito mais conectados em casa, que passam mais tempo conversando, muito mais tempo planejando as coisas para o futuro e a mãe diz que agora está sendo mais paciente, sendo mais grata pelas coisas que eles conseguem conquistar, diz ainda que foram dois nascimentos: o do Pedro e o dela que nasceu de novo. A reportagem vai se encerrando com uma cena de toda a família com os olhares voltados para o Pedro e fazendo carinho nele e é encerrada com uma imagem apenas do Pedro dormindo.
O repórter finaliza dizendo que o Pedro chegou ao mundo cheio de vontade de viver e envia um abraço para toda a família, encerrando então a reportagem.
RELATÓRIO DE OBERVAÇÃO 17
Nome: Karina Beatriz da Silva Vieira
Data: 23/05/2021
Situação: Ir a missa
Horário: 10h00 as 11h30
No domingo dia 23/05 resolvi ir à missa pela manhã e aproveitar o momento para fazer mais uma observação desta situação, uma vez que as pessoas já podiam começar a participar da missa presencialmente e a capacidade de pessoas dentro da Igreja foi aumentada.
Chegue =i na Igreja por volta das 09h45. Ao entrar na Igreja havia duas pessoas na porta, uma fazendo a aferição da temperatura de todos que entravam e outra colocando álcool gel na mão das pessoas.
Procurei um banco com lugar disponível para eu sentar. Os bancos havia marcações sobre quais os lugares estavam liberados para sentar-se, sinalizados com um adesivo verde e quais não podiam, sinalizados com um adesivo branco e um “X’ vermelho, para garantir o distanciamento social e estes também eram intercalados, em um banco poderia sentar apenas uma pessoa e no outro banco duas pessoas, e assim se seguia com os demais.
Antes de iniciar a missa, vi as pessoas chegando, algumas sozinhas, alguns casais, outras com a família completa entre pais e filhos e uma família em especial, ao chegar, tinham dois adultos e duas crianças com idade em torno de 10 ou 12 anos. Percebi que mesmo com a sinalização nos banco de quais lugares eram proibidos sentar e quais estavam disponíveis, esta família decidiu por sentar os quatro membros juntos, no mesmo banco.
Em alguns minutos a missa iniciou, percebi as pessoas muito concentradas, ninguém estava segurando a mão de ninguém e os olhares que eu conseguia ver, não me pareciam olhares tristes, mas de pessoas que estavam ali para buscar força, olhares esperançosos.
Em determinado momento da missa, percebi um certo movimento que não tinha atrás de mim, percebi uma moça saindo da Igreja com olhar de choro, mas não consegui ver se ela estava chorando e logo em seguida dois rapazes carregando outro no colo. Eu não entendi o que estava acontecendo e segui participando da missa.
Passados alguns segundos, a banda que estava cantando, diminuiu o som e perguntou se tinha algum médico presente na missa, pois havia alguém desmaiado em uma das portas. Percebi alguns olhares curiosos para o fundo da igreja, buscando ver o que tinha acontecido. Vi também que um homem se levantou e foi em direção a porta onde estava a pessoa desmaiada, muito provavelmente seria médico.
Alguns minutos depois, àquela primeira moça retorna pra dentro da Igreja, chorando muito, pega uma bolsa que havia ficado no banco e antes de ir embora, se ajoelha, começa a rezar em meio as suas lágrimas e sai da Igreja.
RELATÓRIO DE OBERVAÇÃO 18
Nome: Karina Beatriz da Silva Vieira
Data: 24/05/2021
Situação: Caminhada no Parque
Horário: 08h00 as 09h30
Neste dia resolvi ir caminhar no parque e aproveitei para levar o meu cachorro para passear. Além de ter sido um momento importante de relaxamento, aprovei para poder fazer a observação.
Quando cheguei ao parque, tinha um funcionário na porta de entrada aferindo a temperatura de todos que chegavam e disponibilizando álcool gel para as pessoas.
Comecei a caminhar com o meu cachorrinho e percebi que tinham muitas pessoas caminhando, entre jovens, adultos e pessoas mais idosas. Tinham muitas pessoas com os seus animaizinhos de estimação também. A maioria das pessoas estavam sozinhas caminhando ou com o seu cachorro. Muitas pessoas com óculos escuro e com fone de ouvido ouvindo algo.
A expressão das pessoas não era uma expressão cansada, mas de estarem curtindo aquele momento, de estarem gostando de estar ali.
Após umas cinco voltas na pista que eu estava caminhando, mudei de pista e fui correr. Na pista de corrida, muitas pessoas correndo, porém diferente da caminhada, nesta tinham várias pessoas correndo com mais alguém e quem estava sozinho também estava ouvindo algo com o seu fone de ouvido. Novamente percebi as pessoas curtindo àquele momento. Vi que estavam todos de máscara. Durante toda a minha permanência no parque eu não vi ninguém sem usar máscara.
Após correr por volta de uns 20 minutos, resolvi dar uma volta no parque com o meu cachorro. Vi muitas pessoas utilizando os aparelhos de ginástica que tinham ali no parque para se exercitar. Tinham algumas pessoas sentadas na grama enquanto os seus cachorrinhos brincavam e corriam. Outras pessoas andando de bicicleta, outras ainda sentadas nos bancos que o parque disponibilizava.
Não vi nenhuma criança no parque, somente jovens, adultos e pessoas mais idosos. O parque é grande e tem vários espaços, e um destes espaços era uma pista de skate que tinha um grupo de mais ou menos 15 jovens andando na pista de skate e fazendo alguns movimentos radicais, como se estivessem disputando uns com os outros.
Caminhei por mais alguns minutos pelo parque e encerrei o passeio com o meu cachorro e fui embora.
RELATÓRIO DE OBERVAÇÃO 19
Nome: Karina Beatriz da Silva Vieira
Data: 25/05/2021
Situação: Assistir telejornal
Horário: 08h00 as 09h00	
Neste dia, durante o meu café da manhã, estava assistindo o SP1 e observei a reportagem que falava sobre o dia nacional da adoção que estava sendo celebrado neste dia.
O repórter inicia a reportagem dizendo fazendo menção ao dia e dizendo que um ato de amor incondicional transforma completamente a vida de pais e filhos, mas que infelizmentea adoção caiu muito no estado de São Paulo durante a pandemia, e por isso o Tribunal de Justiça estava aproveitando este dia para divulgar o projeto “Adote um Boa Noite” que incentiva a adoção, em especial, de crianças mais velhas ou com alguma deficiência.
A reportagem então segue com um vídeo mostrando duas crianças pequenas andando de bicicleta em um lugar que parecia um parque e o jornalista começa dizendo que, andando de bicicleta, brincando de casinha ou de super heroína, estava na cara a felicidade de uma família, cujo sobrenome era Liberatore. Conta que o casal é casado há 18 anos e que no ano passado adotaram as “sapecas”, como diz o repórter, irmãs, Adriele de 04 anos e Keila de 08 anos. Diz que a mais velha tem deficiência na fala e no aprendizado. Driele, a mãe, cabelereira, diz que a decisão não foi tomada da noite para o dia, que o casal estudou, pensou, e quando decidiram, verificaram o perfil deles, disse que eles já aceitavam irmãos e também crianças que já tivessem algum tipo de deficiência. Diz que foi uma mudança e tanto, uma vez que agora tinha alguém ali que era responsabilidade do casal 24 horas. A mãe conta que os primeiros dias foram bem desafiadores tanto para o casal quanto para as irmãs, porque elas também mudaram de vida radicalmente. 
O pai diz que mesmo com todas as mudanças é muito gratificante, que é muito bom ter a casa com duas crianças correndo, gritando, brincando, chamando o pai e chamando a mãe. Dizem que é muito bom.
O repórter diz que, infelizmente, casos como o da família Liberatore vem diminuindo e que o número de adoções vem caindo durante a pandemia. Mostra um gráfico que demonstra em números que em 2019 foram 2.279 adoções e que em 2020 apenas 1.291 o que representa 43% a menos. O repórter segue dizendo que, se a pandemia impactou significativamente no número de crianças adotadas que ganharam um lar, por conta dela também, a justiça encontrou um jeito de incentivar as adoções no estado, como por exemplo a entrega eletrônica de documentos dos pretendentes.
Uma juíza da corregedoria é entrevista e diz que o processo se torna mais dinâmico, mais célere e permite uma forma que chegue ao pretendente menos custosa. 
O repórter dia que hoje o Tribunal de Justiça aproveitou o Dia Nacional da Adoção para divulgar o programa “Adote um Boa Noite” que incentiva a adoção de crianças a partir dos 07 anos de idade ou com algum tipo de deficiência. A juíza diz que são colocados vídeos de crianças no site do projeto realizando as suas atividades habituais para que possa aproximar um pouquinho mais o pretendente daquela criança e o contato do pretendente, caso ele se interesse por alguma criança, diretamente com a Vara da Infância que aquela criança está vinculada.
O repórter segue dizendo que dar e ganhar um dos maiores amores nem é tão difícil assim. A Driele, mãe adotiva que participa da reportagem, diz que se tem amor para dar, adote! O pai adotivo complementa dizendo para as pessoas não terem medo. A mãe diz que filho é filho independente se ele nasceu do seu coração ou da sua barriga, e que você vai amar, porque amor não tem distinção. A mãe diz que muitas pessoas dizem para eles que eles mudaram o destino daquelas crianças, e ela responde que não, que foram elas que mudaram o destino e a vida deles. 
A reportagem volta para o estúdio e o jornalista finaliza dizendo que linda a declaração da mãe e que desde 2017 quando foi criado o “Adote um Boa Noite”, o projeto já conseguiu 25 lares para crianças e adolescentes e atualmente outras 30 crianças estão sendo acompanhadas pelo projeto com grandes chances de serem adotadas também. O repórter diz que é sempre importante lembrar que essa agilidade no envio dos documentos não quer dizer que vai ter menos critérios, que é um processo muito cuidadoso mas que como foi visto com a família ds reportagem, muda totalmente a vida de pais e filhos. 
REFLEXÃO SOBRE A EXPERIÊNCIA VIVIDA
OBSERVAÇÕES 16 a 19
Como é legal poder ver que num cenário tão atípico que estamos vivendo, de inseguranças e medos, muitas pessoas ainda têm fé, buscam se fortalecer na Igreja, choram sem medo e sem vergonha para Deus. É possível perceber que a fé tem um papel muito importante na vida das pessoas, um papel de força e de sustentação. Acredito que nestes momentos em que as pessoas buscam estar na Igreja, e alguns podem estar ali com medo mesmo, outros decidem estar com a família junta no mesmo banco, mesmo tendo as orientações de manter o distanciamento, estão ali por alguma causa, por algum propósito que com certeza ajuda as pessoas a passarem por este momento. Por isso acredito que na vida o ser humano precisa ter esse equilíbrio entre vida pessoal, profissional, espiritual, que acreditar em algo superior ajuda as pessoas a passarem por momentos difíceis e que a fé é essencial para a sobrevivência da espécie humana. E esta mesma fé eu relaciono com a reportagem da mãe que teve COVID, foi feito o parto prematuro do seu filho e ela só pode vê-lo após 28 dias. A mãe começa a reportagem dizendo que Deus fez um milagre na vida deles, que Deus foi perfeito em tudo e em determinado momento d reportagem ela diz novamente que sabia que Deus estava cuidando deles. Estas falas vão de encontro com esta percepção, de como ter o lado espiritual desenvolvido ajuda as pessoas a superarem momentos difíceis em sua vida, como a fé ajuda as pessoas a não se entregarem e a desenvolverem, posteriormente, novos comportamentos mais positivos em sua vida e de gratidão.
Com a observação feita no parque pude perceber o quanto estar ao ar livre, ter contato com a natureza e se exercitar faz bem as pessoas. Mesmo estando de máscaras, era possível perceber uma afeição mais leve, pessoas mais dispostas, mais alegres brincando com os seus animais de estimação, conversando umas com as outras e muitas vezes apenas paradas observando a natureza. Estes comportamentos demonstram como o ser humano é mais feliz livre e o porquê neste momento de pandemia, estar em casa, deixa as pessoas muitas vezes mais tristes ou estressadas. O ser humano é um ser social, precisa de contato, com outras pessoas, com a natureza, com animais e o fato de não ter isso, pode provocar muitas doenças, sejam físicas, por não cuidar do corpo ou psicológicas, por estarem isolados e sem contato com o mundo.
E por fim a observação no telejornal que falava sobre a adoção. Um tema tão importante, delicado e que também foi afetado pela pandemia. Foi muito bom relembrar desta data e ver sobre o projeto do governo para incentivar a adoção de crianças com mais idade e com algum tipo de deficiência. E mais legal ainda ver que existem pais pretendentes abertos para isso, uma vez que na maioria dos casos, os pretendentes querem bebês e crianças com pouca idade. Acredito que deva existir mais ações de incentivo do governo para adoção, menos burocracia sem perder o cuidado com o processo e ações não apenas em datas especiais, mas que sejam recorrentes, que seja um tema sempre vivo e discutido. Durante um momento de pandemia, ver atos de adoção e de amor, como disse o repórter algumas vezes, aquece o coração e gera um sentimento de esperança.

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