BACHARELADO EM ENGENHARIA DE MINAS LARISSA MENDES DOS SANTOS MAURÍCIO DIAS MONTANARO RAPHAELA LIVERANI PEREIRA VICTORIO BRUNHARA NETO RELATÓRIO DE BENEFICIAMENTO I (COMINUIÇÃO E CLASSIFICAÇÃO): AMOSTRAGEM CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM – ES 2017 LARISSA MENDES DOS SANTOS MAURÍCIO DIAS MONTANARO RAPHAELA LIVERANI PEREIRA VICTORIO BRUNHARA NETO RELATÓRIO DE BENEFICIAMENTO I (COMINUIÇÃO E CLASSIFICAÇÃO): AMOSTRAGEM Trabalho apresentado à disciplina de Beneficiamento de Minérios I (Cominuição e Classificação) do curso de Bacharelado em Engenharia de Minas do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Espírito Santo como requisito parcial para avaliação. Prof.: MSc. Eliseu Romero Câmpelo Correia CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM – ES 2017 SUMÁRIO INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 2 2. OBJETIVO .................................................................................................. 5 3. MATERIAIS UTILIZADOS .......................................................................... 5 4. AMOSTRAGEM .......................................................................................... 5 4.1. Homogeneização de sólidos .................................................................... 7 4.1.1. Pilhas ......................................................................................................... 8 4.2. Quarteamento de sólidos ......................................................................... 9 4.3. Amostragem de Polpas .......................................................................... 10 4.3.1. Quarteador de Polpa ............................................................................... 10 4.4. Cálculo da Eficiência .............................................................................. 11 5. METODOLOGIA ....................................................................................... 11 5.1. Experimento 1 – Amostragem de sólidos ............................................. 11 5.2. Experimento 2 – Amostragem de polpas .............................................. 15 6. RESULTADOS E DISCUSSÕES.............................................................. 18 6.1. Experimento 1 – Quarteamento de sólidos .......................................... 18 6.2. Experimento 2 – Quarteamento de polpas ........................................... 20 CONCLUSÃO ........................................................................................................... 21 REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 21 2 INTRODUÇÃO Segundo SAMPAIO et.al. 2007 “Para determinar o desempenho operacional de um processo de tratamento de minérios é essencial o conhecimento do balanço de massa e das concentrações dos elementos nos diferentes fluxos que circulam nos equipamentos”. A determinação de uma dada propriedade ou característica de um fluxo só pode ser realizada em uma pequena fração do mesmo, denominada amostra, que represente, da melhor forma possível, o fluxo amostrado. Considerando que os sistemas particulados são usualmente misturas de partículas de tamanho, forma e composição variados, a obtenção de amostras representativas só é possível com base em critérios bem estabelecidos. Quando os procedimentos de seleção e coleta das amostras não são bem conduzidos, os resultados de análises, mesmo que realizadas com precisão, não correspondem às características do universo amostrado, podendo levar a conclusões incorretas. Considerando que as características específicas de toneladas de um dado material são estimadas segundo análises realizadas em amostras pequenas, ou seja, com massas da ordem de gramas, os critérios de obtenção dessas amostras são, pois, de fundamental importância para minimizar os erros associados a essas análises. Com base nessas análises, são feitas estimativas que servirão, afinal, para avaliação de depósitos minerais, controle de processos em laboratórios, unidades piloto, indústrias e comercialização de produtos. Ressalta-se, dessa forma, a importância da amostragem para o sucesso de um projeto industrial. Embora as técnicas de amostragem na indústria mineral tenham melhorado nos últimos anos, a amostragem ainda não recebe o devido valor e importância, sendo uma área muitas vezes negligenciada, o que, via de regra, conduz a uma coleta de amostras com sérios erros sistemáticos. Isso acaba acarretando dificuldades na aceitação dos diversos produtos ou para a economicidade dos processos nos quais o material que originou as amostras será usado. Para garantir a qualidade da avaliação, o procedimento de amostragem deve ser acurado e preciso, garantindo a representatividade. A acuracidade pode ser entendida como sendo a minimização do erro sistemático da amostragem. A 3 reprodutibilidade ou precisão é a medida da dispersão dos resultados de qualidade obtidos para um mesmo lote. Uma vez que os procedimentos de amostragem estão associados a uma série de erros inerentes às características peculiares de cada material e ao processo de obtenção da amostra, a probabilidade de essa amostra representar perfeitamente o universo da qual foi retirada é remota. Assim, as características analisadas em diferentes amostras de um mesmo universo apresentarão uma dada variabilidade que deve ser minimizada segundo técnicas estatísticas. Segundo GÓES et.al. 2004 Amostragem é um processo de seleção e inferência, uma vez que a partir do conhecimento de uma parte, procura-se tirar conclusões sobre o todo. A diferença entre o valor de uma dada característica de interesse no lote e a estimativa desta característica na amostra é chamada erro de amostragem. Uma “boa amostragem” não é obtida tendo-se como base apenas o juízo de valor e a experiência prática do operador. O emprego da teoria da amostragem, ou seja, o estudo dos vários tipos de erros que podem ocorrer durante a sua execução, é imprescindível. (GÓES et.al, 2004) Este relatório apresenta as técnicas de amostragem e quarteamento realizadas através de aula prática em laboratório no dia 11/08/2017, utilizando a brita 0 como bem mineral 1. Nesta primeira amostragem, foram aplicados os métodos de Pilha alongada, Cone quarteado e Divisor Quarteador Jones. Após amostragem resultados foram retirados, como a densidade aparente, % de perdas, etc. A brita 0 é bem pequena, em relação as outras britas do mercado, tem malha de 12 mm, e é muito utilizada na produção de vigas, lajes pré-moldadas, tubos, blocos de concreto para construção e fundação, paralelepípedos de concreto moldados, de encaixe, para a produção de chapisco, blocos e manilhas. Abaixo figura ilustrativa do material: 4 Figura 01 – Relação dos tamanhos de brita do mercado. Fonte: Altivo Pedras Na segunda amostragem, o método utilizado foi o Quarteador de Polpa (divisor rotativo de amostras), utilizando como amostra uma polpa de CMP (Concentrado de Minerais Pesados) bem mineral 2. Esse concentrado é resultado do tratamento físico de Terras Raras, minérios de Ilmenita, Zirconita, Rutilo e Monazita. A partir deste experimento, além da técnica de amostragem, também se utilizou conceitos básicos do tratamento de minérios, como: %Sólidos na polpa, massa do sólido, massa do líquido, quarteamento, pesagem, etc. Figura 02 – Polpa de CMP