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Conteúdo Língua Portuguesa .............................................................7 Direito Administrativo .................................................. 167 Administração, Gestão de Pessoas e Arquivologia ..... 317 Lei de Carreiras .............................................................. 469 Ética ................................................................................ 483 FACEBOOK.COM/CURSOPRIMEOFICIAL @CURSO_PRIME_@CURSOPRIMEOFICIAL CONCURSO UFC Conteúdo Tópico 01: Interpretação/Semântica e Estilística ...................................................... 9 Tópico 02: Tipologia Textual e Gêneros Textuais ....................................................11 Tópico 03: Coesão Textual .........................................................................................17 Tópico 04: Fonologia .................................................................................................32 Tópico 05: Estudos sobre Divisão Silábica ...............................................................36 Tópico 06: Ortogra� a O� cial .....................................................................................37 Tópico 07: Algumas Di� culdades da Língua Portuguesa .......................................47 Tópico 08: Acentuação Grá� ca .................................................................................51 Tópico 09: Classes de Palavras ..................................................................................55 Tópico 10: Orações Subordinadas Adjetivas e Colocação Pronominal .................63 Tópico 11: Emprego dos Pronomes .........................................................................67 Tópico 12: Verbos .......................................................................................................68 Tópico 13: Concordância Verbal e Nominal .............................................................88 Tópico 14: Conjunções e classi� cação de orações ..................................................93 Tópico 15: Classi� cação dos Substantivos ...............................................................99 Tópico 16: Adjetivo .................................................................................................105 Tópico 17: Preposição..............................................................................................110 Tópico 18: Advérbio .................................................................................................111 Tópico 19: Termos da Oração no Período Simples ...................................................113 Tópico 20: Classi� cação do Adjunto Adverbial .....................................................124 Tópico 21: Aposto ....................................................................................................127 Tópico 22: Estudo das Orações Subordinadas Substantivas ................................129 Tópico 23: Regência Verbal e Nominal ...................................................................131 Tópico 24: Revisão: Tópico já estudado .................................................................132 Tópico 25: Regência Nominal .................................................................................137 Tópico 26: Estudo sobre Crase ................................................................................140 Tópico 27: Emprego dos Sinais de Pontuação .......................................................144 Tópico 28: Estrutura das Palavras ...........................................................................148 QUESTÕES DE CONCURSOS ...................................................................................152 FACEBOOK.COM/CURSOPRIMEOFICIAL @CURSO_PRIME_@CURSOPRIMEOFICIAL LÍNGUA PORTUGUESA PROF. SÉRGIO ROSA 9 LÍ N G U A P O RT U G U ES A Tópico 01: Interpretação/Semântica e Estilística 1. Compreensão e Interpretação de Textos de Gêneros Variados. COMO FAZER UMA BOA COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTO EM UM CONCURSO PÚBLICO Algumas dicas que poderão ajudar no momento de responder às questões relacionadas a textos. TEXTO – é um conjunto de ideias organizadas e relacionadas entre si, formando um todo signi�cativo capaz de produzir INTERAÇÃO COMUNICATIVA (capacidade de CODIFICAR E DECODIFICAR). CONTEXTO – um texto é constituído por diversas frases. Em cada uma delas, há uma certa informação que a faz ligar-se com a anterior e/ou com a posterior, criando condições para a estruturação do conteúdo a ser transmitido. A essa interligação dá-se o nome de CONTEXTO. Nota-se que o relacionamento entre as frases é tão grande, que, se uma frase for retirada de seu contexto original e analisada separadamente, poderá ter um signi�cado diferente daquele inicial. INTERTEXTO - comumente, os textos apresentam referências diretas ou indiretas a outros autores através de citações. Esse tipo de recurso denomina-se INTERTEXTO. INTERPRETAÇÃO DE TEXTO O primeiro objetivo de uma interpretação de um texto é a identi�cação de sua ideia principal. Faça leitura atenciosa de cada período, busque identi�cação da palavra-chave. A partir daí, localizam-se as Ideias secundárias, Fundamentações, Argumentações, Explicações, que levem ao esclarecimento das questões apresentadas na prova. Normalmente, numa prova, o candidato é convidado a: 1. IDENTIFICAR – é reconhecer os elementos fundamentais de uma argumentação, de um processo, de uma época (neste caso, procuram-se os verbos e os advérbios, os quais de�nem o tempo). 2. COMPARAR – é descobrir as relações de semelhança ou de diferenças entre as situações do texto. 3. COMENTAR - é relacionar o conteúdo apresentado com uma realidade, opinando a respeito. 4. RESUMIR – é concentrar as ideias centrais e/ou secundárias em um só parágrafo. 5. PARAFRASEAR – é reescrever o texto com outras palavras, porém deve ser mantido o sentido original. CONDIÇÕES BÁSICAS PARA INTERPRETAR Fazem-se necessários: a) Conhecimento Histórico – literário (escolas e gêneros literários, estrutura do texto), leitura e prática; b) Conhecimento gramatical, estilístico (qualidades do texto) e semântico; OBSERVAÇÃO – na semântica (signi�cado das palavras) incluem-se: homônimos e parônimos, denotação e conotação, sinonímia e antonímia, polissemia, �guras de linguagem. c) Capacidade de observação e de síntese d) Capacidade de raciocínio. INTERPRETAR ---------------------------------- explicar, comentar, julgar, tirar conclusões, deduzir. - TIPOS DE ENUNCIADOS • Através do texto, INFERE-SE que... • É possível DEDUZIR que... • De acordo com o texto, qual é a INTENÇÃO do autor ao a�rmar que... • O autor permite CONCLUIR que... COMPREENDER ---------------------------------- intelecção, entendimento, atenção ao que realmente está escrito. - TIPOS DE ENUNCIADOS • O texto DIZ que... • É SUGERIDO pelo autor que... • De acordo com o texto, é CORRETA ou ERRADA a a�rmação... • O narrador AFIRMA... ERROS DE INTERPRETAÇÃO É muito comum, mais do que se imagina, a ocorrência de erros de interpretação. Os mais frequentes são: a) Extrapolação (viagem) Ocorre quando se sai do contexto, acrescentado ideias que não estão no texto, quer por conhecimento prévio do tema quer pela imaginação. b) Redução É o oposto da extrapolação. Dá-se atenção apenas a um aspecto, esquecendo que um texto é um conjunto de ideias, o que pode ser insu�ciente para o total do entendimento do tema desenvolvido. c) Contradição Não raro, o texto apresenta ideias contrárias às do candidato, fazendo-o tirar conclusões equivocadas e, consequentemente, errando a questão. Muitos pensam que há a óptica do escritor e a óptica do leitor. Pode ser que existam, mas numaprova de concurso qualquer, o que deve ser levado em consideração é o que o AUTOR DIZ e nada mais. OBSERVAÇÃO 10 LÍ N G U A P O RT U G U ES A Ao consultar o dicionário, veri�camos que a maioria das palavras são polissêmicas. O signi�cado da palavra deve, portanto, ser considerado na frase e não, isoladamente. DENOTAÇÃO/CONOTAÇÃO As palavras podem ser usadas em seu sentido usual, aquele que aparece primeiro nos dicionários, isto é, denotativamente. A denotação é objetiva e válida para todos os falantes. A conotação relaciona-se com o sentido �gurado, com as associações feitas pelo falante. Exemplos: Denotação Conotação Cristo morreu na cruz Cada um tem a sua cruz Não quero a rosa que me dás Quero a rosa que tu és As gírias, não raro, apresentam sentido conotativo, por exemplo: grilo, fossa, abacaxi. Denotação • DENOTAÇÃO (ou sentido denotativo): é o sentido real das palavras, aquele que todas as pessoas conhecem e que é igual para todos. • Verifica-se quando as palavras são utilizadas sem intenções especiais ou sem sentidos secundários. Conotação: • CONOTAÇÃO (ou sentido conotativo): é um sentido figurado que damos às nossas palavras. Existe quando queremos dar um valor expressivo ao que dizemos. As palavras usadas significam uma coisa diferente daquela que as pessoas sabem. • Será um significado secundário, o da nossa imaginação. 3. Sinonímia/Antonímia Sinonímia Em razão da polissemia, pode-se a�rmar que não há sinônimos perfeitos, mas, sim, palavras, que em determinados contextos linguísticos, podem ser substituídas por outras signi�cações correspondentes. Por exemplo: branco é sinônimo de alvo em alguns contextos, mas não em todos. Exemplos: • Tecido branco = tecido alvo • Alcançar o meu alvo = atingir meu objetivo Observe-se ainda que a escolha sinonímica vai depender dos registros técnicos ou cultos. Por exemplo: peito – seio - busto dor de cabeça - cefaleia são usados em diferentes contextos. EXEMPLO: Falou tudo QUANTO queria (correto) Falou tudo QUE queria (errado - antes do QUE, deveria aparecer o demonstrativo O),ou seja, a escritura ADEQUADA seria: Falou tudo O QUE queria. SINTETIZANDO: COMPREENSÃO DO TEXTO (ESTÁ NO TEXTO) Segundo o texto... O autor/narrador do texto diz que ... O autor informa que ... No texto.../ Em relação ao texto O autor a�rma que... INTERPRETAÇÃO DO TEXTO (ESTÁ ALÉM DO TEXTO) Depreende-se / infere-se / conclui-se do texto que... O texto permite deduzir que... É possível subentender-se a partir do texto que... Qual a intenção do autor quando a�rma que... 2. Signi�cação das Palavras Substituição de Palavras ou de Trechos de Texto. Reescrita de Frases e Parágrafos do Texto. Como se pode enriquecer o Vocabulário? Para a realização desse objetivo é preciso dialogar com pessoas que se expressam bem; ler textos variados e bem escritos; memorizar os diferentes signi�cados das palavras por meio de dicionários. Por último, produzir textos variados em que as palavras surgidas nas leituras e já memorizadas nos dicionários, possam ser contextualizadas, isto é, usadas adequadamente em frases. É claro que a prática de exercícios também ajuda. Vamos indicar agora um roteiro de estudo, o qual trata da signi�cação das palavras: • Polissemia; • Denotação/Conotação; • Sinonímia/Antonímia; • Hiperonímia/Hiponímia; • Homonímia/Paronímia; POLISSEMIA A palavra Polissemia compreende dois radicais: [poli = muito] e [semia = signi�cado]. Portanto, uma palavra pode apresentar diferentes signi�cados, dependendo dos usos linguísticos em que possa aparecer. Vejamos os diferentes signi�cados de abater: • Abater a árvore = derrubar • Abater a fera = matar • Abater o inimigo = derrotar • Abater-se com a derrota = sentir • Abater a dívida = descontar 11 LÍ N G U A P O RT U G U ES A 4. Antonímia São palavras que, dependendo do contexto, têm sentido contrário a outras. Muitas vezes o antônimo é feito por pre�xo: Leal x desleal; feliz x infeliz; típico x atípico Outras vezes o antônimo é obtido por outra palavra: Claro x escuro Rico x pobre Anotações Tópico 02: Tipologia Textual e Gêneros Textuais I. Tipologia Textual 1. NARRAÇÃO Modalidade em que se conta um fato, �ctício ou não, que ocorreu num determinado tempo e lugar, envolvendo certos personagens. Há uma relação de anterioridade e posterioridade. O tempo verbal predominante é o passado. Estamos cercados de narrações desde as que nos contam histórias infantis até às piadas do cotidiano. É o tipo predominante nos gêneros: conto, fábula, crônica, romance, novela, depoimento, piada, relato. Estrutura do Texto Narrativo - Apresentação; - Complicação ou desenvolvimento; - Clímax; - Desfecho. Protagonistas e Antagonistas Existe um • protagonista (personagem principal) • antagonista (personagem que atua contra o protagonista, impedindo-o de alcançar seus objetivos). Há também os coadjuvantes, esses são personagens secundários que também exercem papéis fundamentais na história. Os elementos da narrativa • Foco narrativo 1ª pessoa: narrador- personagem 3ª pessoa: narrador-observador • Personagens (protagonista, antagonista e coadjuvante) • Narrador (narrador-personagem, narrador-observador) • Tempo (cronológico e psicológico) • Espaço. 2. DESCRIÇÃO Um texto em que se faz um retrato por escrito de um lugar, uma pessoa, um animal ou um objeto. A classe de palavras mais utilizada nessa produção é o adjetivo, pela sua função caracterizadora. Numa abordagem mais abstrata, pode-se até descrever sensações ou sentimentos. 12 LÍ N G U A P O RT U G U ES A Signi�ca “criar” com palavras a imagem do objeto descrito. É fazer uma descrição minuciosa do objeto ou da personagem a que o texto se pega. É um tipo textual que se agrega facilmente aos outros tipos em diversos gêneros textuais. Tem predominância em gêneros como: cardápio, folheto turístico, anúncio classi�cado. Características • Retrato verbal • Ausência de ação e relação de anterioridade ou posterioridade entre as frases • Predomínio de substantivos, adjetivos e locuções adjetivas • Utilização da enumeração e comparação • Presença de verbos de ligação • Verbos �exionados no presente ou no pretérito (passado) Tipos de Descrição Conforme a intenção do texto, as descrições são classi�cadas em: Descrição Subjetiva: apresenta as descrições de algo, todavia, evidencia as impressões pessoais do emissor (locutor) do texto. Exemplos são nos textos literários repletos de impressões dos autores. Descrição Objetiva: nesse caso, o texto procura descrever de forma exata e realista as características concretas e físicas de algo, sem atribuir juízo de valor, ou impressões subjetivas do emissor. Exemplos de descrições objetivas são os retratos falados, manuais de instruções, verbetes de dicionários e enciclopédias. EXEMPLOS Descrição Subjetiva “Ficara sentada à mesa a ler o Diário de Notícias, no seu roupão de manhã de fazenda preta, bordado a sutache, com largos botões de madrepérola; o cabelo louro um pouco desmanchado, com um tom seco do calor do travesseiro, enrolava-se, torcido no alto da cabeça pequenina, de per�l bonito; a sua pele tinha a brancura tenra e láctea das louras; com o cotovelo encostado à mesa acariciava a orelha, e, no movimento lento e suave dos seus dedos, dois anéis de rubis miudinhos davam cintilações escarlates.” (O Primo Basílio, Eça de Queiroz) Descrição Objetiva “A vítima, Solange dos Santos (22 anos), moradora da cidade de Marília, era magra, alta (1,75), cabelospretos e curtos; nariz �no e rosto ligeiramente alongado.” 3. DISSERTAÇÃO Dissertar é o mesmo que desenvolver ou explicar um assunto, discorrer sobre ele. Dependendo do objetivo do autor, pode ter caráter expositivo ou argumentativo. Dissertação-Expositiva Apresenta um saber já construído e legitimado, ou um saber teórico. Apresenta informações sobre assuntos, expõe, re�ete, explica e avalia ideias de modo objetivo. O texto expositivo apenas expõe ideias sobre um determinado assunto. A intenção é informar, esclarecer. Ex.: aula, resumo, textos cientí�cos, enciclopédia, textos expositivos de revistas e jornais. Características do texto dissertativo-expositivo Com o intuito de informar e esclarecer, o texto dissertativo-expositivo é caracterizado por: • utilizar uma linguagem clara e objetiva; • ser de fácil compreensão por diversas pessoas; • apresentar muita informação sobre um determinado assunto; • especi�car conceitos e de�nições; • realizar descrições de características; • recorrer a enumerações, comparações e contrastes para clari�car os conceitos. • mostrar exemplos dos assuntos abordados. EXEMPLO Dissertativo-expositivo O TELEFONE CELULAR A história do celular é recente, mas remonta ao passado – e às telas de cinema. A mãe do telefone móvel é a austríaca Hedwig Kiesler (mais conhecida pelo nome artístico Hedy Lamaar), uma atriz de Hollywood que estrelou o clássico Sansão e Dalila (1949). Hedy tinha tudo para virar celebridade, mas pela inteligência. Ela foi casada com um austríaco nazista fabricante de armas. O que sobrou de uma relação desgastante foi o interesse pela tecnologia. Já nos Estados Unidos, durante a Segunda Guerra Mundial, ela soube que alguns torpedos teleguiados da Marinha haviam sido interceptados por inimigos. Ela �cou intrigada com isso, e teve a ideia: um sistema no qual duas pessoas podiam se comunicar mudando o canal, para que a conversa não fosse interrompida. Era a base dos celulares, patenteada em 1940. Dissertação-Argumentativa Um texto dissertativo-argumentativo faz a defesa de ideias ou um ponto de vista do autor. O texto, além de explicar, também persuade o interlocutor, objetivando convencê-lo de algo. Caracteriza-se pela progressão lógica de ideias. Geralmente utiliza linguagem denotativa. 13 LÍ N G U A P O RT U G U ES A É tipo predominante em: sermão, ensaio, monografia, dissertação, tese, ensaio, manifesto, crítica, editorial de jornais e revistas. Características do texto dissertativo-argumentativo Os diversos argumentos deverão ser sustentados com exemplos e provas que os validem, tornando-os indiscutíveis, como: • fatos comprovados; • conhecimentos consensuais; • dados estatísticos; • pesquisas e estudos; • citações de autores renomados; • depoimentos de personalidades renomadas; • alusões históricas; • fatores sociais, culturais e econômicos. Estas estratégias argumentativas validam os argumentos, dotando-os de autoridade, consenso, lógica, competência e veridicidade. Assim, os leitores não só re�etem sobre estes dados, como �cam obrigados a concordar com os argumentos, sem hipótese de os rebater. Além disso, diversos recursos de linguagem podem ser usados para captar a atenção do leitor e convencê-lo da correção da tese, como a utilização de uma linguagem formal, de perguntas retóricas, de repetições, de ironia, de exclamações. Exemplo de texto dissertativo-argumentativo: Não é de hoje que a sociedade brasileira sofre com os tormentos ocasionados pela disseminação da violência. Esse fato estarrecedor gera debates e mais debates, na tentativa de sanar, ou ao menos coibir, os sérios impactos sociais que as ações violentas representam para a coletividade. Para esse �m, seria a redução da maioridade penal um componente de primeira grandeza? Constata-se que o envolvimento de jovens infratores em graves delitos pode não ser uma exclusividade dos tempos modernos; no entanto, é inegável o aumento de casos envolvendo crianças e adolescentes em situações deploráveis, como furtos, roubos e, em muitos contextos, homicídios. Com esse cenário, parece irrefutável a tese que defende o declínio de dois anos nas contas da maioridade penal. Para os mais inconformados com a realidade, aqueles tomados pelo afã do “justiceiro implacável”, não parecem existir outras saídas. Todavia, nem sempre o que se revela aparentemente óbvio o é. Há fatores envolvidos nas estatísticas da criminalidade covardemente camu�ados por alguns setores governamentais, bem como por áreas especí�cas da sociedade civil. Se reduzir a idade mínima penal tivesse consequências positivas imediatas para a diminuição dos índices criminais, essa certamente já seria uma medida adotada por todas as nações. Fatores bem mais importantes como priorização efetiva dos investimentos em educação e cultura, bem como distribuição de emprego e renda, inserindo o jovem no universo acadêmico ou técnico, indubitavelmente aplacariam com mais rapidez e e�cácia os deploráveis números. A participação de menores infratores em crimes hediondos não deve ser ignorada, é inegável; diminuir a idade base para a criminalização de seus atos pode ser uma saída, mas necessita, ainda, de discussões e argumentos mais convincentes. De concreto, �ca a certeza de que só um programa capaz de incluir crianças, adolescentes e jovens nos interesses mais prioritários do país terá a força su�ciente para contornar quadro tão desfavorável.” (Prof. Eduardo Sampaio) 4. INJUNÇÃO/INSTRUCIONAL Indica como realizar uma ação. Utiliza linguagem objetiva e simples. Os verbos são, na sua maioria, empregados no modo imperativo, porém nota-se também o uso do in�nitivo. Ex: ordens; pedidos; súplica; desejo; manuais e instruções para montagem ou uso de aparelhos e instrumentos; textos com regras de comportamento; textos de orientação (ex: recomendações de trânsito); receitas, cartões com votos e desejos (de natal, aniversário, etc.). Exemplo de texto injuntivo Instalando os cartuchos HP na impressora. • Veri�que o conteúdo da caixa. • Após conectar o cabo de instalação, ligue a impressora. • Carregue papel branco comum. • Pressione o botão ligar. • Abra a porta dos cartuchos e veri�que se o carro de impressão está no centro. • Remova as �tas adesivas dos cartuchos. • Segure os cartuchos com o logotipo para cima. II. Gêneros Textuais A crônica: o nome vem de “Cronos”, do grego, que signi�ca tempo. Inicialmente, nomeava os textos históricos de feitos nobres. Depois, por meio dos jornais, escritores famosos passaram a divulgar textos de fatos cotidianos e de caráter atemporal. Atualmente, a crônica jornalística trata de assuntos diversos: esportes, futebol, artes, vida social. Já, a literária invoca um humor crítico e bizarro, um caráter melancólico ou fatos cotidianos. Em ambos os tipos, o narrador é onisciente, o ponto de vista é interno, conhece a história, porém não participa dela, normalmente. A crônica pode reunir a narração e a dissertação. Exemplo de crônica: A última crônica, de Fernando Sabino. A caminho de casa, entro num botequim da Gávea para tomar um café junto ao balcão. Na realidade estou adiando o momento de escrever. A perspectiva me assusta. Gostaria de estar inspirado, de coroar com êxito mais um ano nesta busca do pitoresco ou do irrisório no cotidiano de cada um. Eu pretendia apenas 14 LÍ N G U A P O RT U G U ES A recolher da vida diária algo de seu disperso conteúdo humano, fruto da convivência, que a faz mais digna de ser vivida. Visava ao circunstancial, ao episódico. Nesta perseguição do acidental, quer num �agrante de esquina, quer nas palavras de uma criançaou num acidente doméstico, torno-me simples espectador e perco a noção do essencial. Sem mais nada para contar, curvo a cabeça e tomo meu café, enquanto o verso do poeta se repete na lembrança: “assim eu quereria o meu último poema”. Não sou poeta e estou sem assunto. Lanço então um último olhar fora de mim, onde vivem os assuntos que merecem uma crônica. Ao fundo do botequim um casal de pretos acaba de sentar-se, numa das últimas mesas de mármore ao longo da parede de espelhos. A compostura da humildade, na contenção de gestos e palavras, deixa-se acrescentar pela presença de uma negrinha de seus três anos, laço na cabeça, toda arrumadinha no vestido pobre, que se instalou também à mesa: mal ousa balançar as perninhas curtas ou correr os olhos grandes de curiosidade ao redor. Três seres esquivos que compõem em torno à mesa a instituição tradicional da família, célula da sociedade. Vejo, porém, que se preparam para algo mais que matar a fome. Passo a observá-los. O pai, depois de contar o dinheiro que discretamente retirou do bolso, aborda o garçom, inclinando-se para trás na cadeira, e aponta no balcão um pedaço de bolo sob a redoma. A mãe limita-se a �car olhando imóvel, vagamente ansiosa, como se aguardasse a aprovação do garçom. Este ouve, concentrado, o pedido do homem e depois se afasta para atendê-lo. A mulher suspira, olhando para os lados, a reassegurar-se da naturalidade de sua presença ali. A meu lado o garçom encaminha a ordem do freguês. O homem atrás do balcão apanha a porção do bolo com a mão, larga-o no pratinho -- um bolo simples, amarelo-escuro, apenas uma pequena fatia triangular. A negrinha, contida na sua expectativa, olha a garrafa de Coca-Cola e o pratinho que o garçom deixou à sua frente. Por que não começa a comer? Vejo que os três, pai, mãe e �lha, obedecem em torno à mesa um discreto ritual. A mãe remexe na bolsa de plástico preto e brilhante, retira qualquer coisa. O pai se mune de uma caixa de fósforos, e espera. A �lha aguarda também, atenta como um animalzinho. Ninguém mais os observa além de mim. São três velinhas brancas, minúsculas, que a mãe espeta caprichosamente na fatia do bolo. E enquanto ela serve a Coca-Cola, o pai risca o fósforo e acende as velas. Como a um gesto ensaiado, a menininha repousa o queixo no mármore e sopra com força, apagando as chamas. Imediatamente põe-se a bater palmas, muito compenetrada, cantando num balbucio, a que os pais se juntam, discretos: “parabéns pra você, parabéns pra você...” Depois a mãe recolhe as velas, torna a guardá-las na bolsa. A negrinha agarra �nalmente o bolo com as duas mãos sôfregas e põe-se a comê-lo. A mulher está olhando para ela com ternura — ajeita-lhe a �tinha no cabelo crespo, limpa o farelo de bolo que lhe cai ao colo. O pai corre os olhos pelo botequim, satisfeito, como a se convencer intimamente do sucesso da celebração. Dá comigo de súbito, a observá-lo, nossos olhos se encontram, ele se perturba, constrangido — vacila, ameaça abaixar a cabeça, mas acaba sustentando o olhar e en�m se abre num sorriso. Assim eu quereria minha última crônica: que fosse pura como esse sorriso. Fábula: é um texto de caráter fantástico que busca ser inverossímil. As personagens principais são não humanos e a �nalidade é transmitir alguma lição de moral. O Leão e o Rato – Um Leão dormia sossegado, quando foi acordado por um Rato, que passava correndo em cima de seu rosto. Com um ataque ágil ele o agarrou, e estava pronto para matá-lo, ao que o Rato implorou: Por favor, se o senhor me soltar, tenho certeza que um dia poderia retribuir sua bondade. Rindo por achar ridícula a ideia, assim mesmo, ele resolveu solta-lo. Pouco tempo depois, o Leão caiu numa armadilha colocada por caçadores. Preso ao chão, amarrado por fortes cordas, sequer podia mexer-se. O Rato, ouvindo seu rugido, se aproximou e roeu as cordas até deixá-lo livre. Então disse: O senhor riu da ideia de que eu jamais seria capaz de ajudá-lo. Nunca esperava receber de mim qualquer favor em troca do seu! Mas agora sabe que mesmo um pequeno Rato é capaz de retribuir um favor a um poderoso Leão. (Baseada na obra de ESOPO). Moral da História Os pequenos amigos podem se revelar os melhores e mais leais. Editorial: é um gênero textual dissertativo-argumentativo que expressa o posicionamento da empresa sobre determinado assunto, sem a obrigação da presença da objetividade. Artigo de Opinião O artigo de opinião, como o próprio nome já diz, é um texto em que o autor expõe seu posicionamento diante de algum tema atual e de interesse de muitos. Como se trata de um texto argumentativo, o escritor além de expor seu ponto de vista, deve sustentá-lo através de informações coerentes e admissíveis. Logo, as ideias defendidas no artigo de opinião são de total responsabilidade do autor, e, por este motivo, o mesmo deve ter cuidado com a veracidade dos elementos apresentados, além de assinar o texto no �nal. Contudo, em vestibulares e em concursos públicos, a assinatura é proibida, uma vez que pode identi�car a autoria e desclassi�car o candidato. A Estrutura de um Artigo de opinião Antes de começar a elaborar o artigo, deve-se ter em mente que o artigo é de sua opinião, ou seja, não fuja muito deste princípio, e cada ideia colocada, precisa ser apresentada ao menos mais uma vez durante este artigo. A estrutura de um bom artigo de opinião se baseia na apresentação da questão em discussão ou seu ponto de vista, de parágrafo a parágrafo, com o intuito de que se consiga mostrar em seu artigo uma posição com base em uma 15 LÍ N G U A P O RT U G U ES A tese comprovada, colocando argumento para sustentá-la. Ao �m você precisa elaborar a conclusão, de uma forma que sua tese mostre o resultado e se torne consistente. Argumentações de Artigos de Opinião Para facilitar ainda mais a elaboração do seu artigo, os argumentos são �xados com essa estrutura e as dicas para elaborar são as de: • Argumento de Causa: Propor uma relação de causa e consequência em sua argumentação. • Argumento de Autoridade: Sempre usar uma fonte ou um estudo con�ável para ter uma credibilidade no que você defende. • Argumento de Exempli�cação: Mostrar inúmeras comparações e exemplos para ilustrar o seu argumento. EXEMPLO DE ARTIGO DE OPINIÃO Lei seca pode ser ainda mais severa com motoristas infratores Por Redação - novembro 13, 2015 Um Projeto novo está sendo analisado na Câmara dos Deputados deixando considerar que a Lei seca pode ser ainda mais severa com motoristas infratores, em relação à quantidade de álcool no sangue. Em uma explicação ainda mais detalhada, quando o condutor estiver embriagado e for parado em alguma “blitz” da polícia, e se recusar a soprar o bafômetro, ele pode ser enquadrado na Lei seca, pois o fato de você não querer realizar o teste, aponta indícios de que você tenha mesmo ingerido álcool para dirigir. Mudança na Lei Seca 2015 / 2016 A partir de toda a aprovação que será realizada na Lei, serão apresentadas, para sua mudança, várias imagens, vídeos e testemunhas para poder ter argumentos que comprovem o estado de um condutor embriagado, mesmo sem realizar o teste. Segundo a nova Lei, os seis decigramas por litro no sangue não serão mais o limite, sendo que o aumento na multa também vai ser uma das mudanças, justamente para pegar em um ponto crucial do condutor: seu bolso. Atualmente a multa para essa infração grave é de R$ 957,55, sendo que com a nova lei, o valor da multa dobraria para R$1.915,30 reais. QUE DIFERENÇAS HÁ ENTRE O ARTIGO DE OPINIÃO E O EDITORIAL? O editorial escrito para jornais ou revistas não é assinado, uma vez que nele o jornalista deve expor não o seu ponto de vista pessoal, mas da instituição para a qualtrabalha, que, desse modo, assume a responsabilidade por qualquer declaração polêmica presente no editorial. Já o artigo de opinião é assinado. Logo, as ideias defendidas no artigo de opinião são de total responsabilidade do autor, e, por este motivo, o mesmo deve ter cuidado com a veracidade dos elementos apresentados. O editorial é uma “notícia comentada”. Assim sendo, seu objetivo é apresentar um posicionamento (da revista ou do jornal) sobre um determinado evento. O artigo, no entanto, dá um passo além, uma vez que apresenta clara intenção persuasiva, ou seja, procura in�uenciar o leitor, no sentido de fazê-lo mudar de ideia e/ou tomar uma atitude. O EDITORIAL é SEMELHANTE ao ARTIGO DE OPINIÃO quanto à estrutura e aos objetivos, a única diferença é que no editorial não se apresenta assinatura do autor (individual), pois representa a posição da imprensa. Notícia: Podem-se perfeitamente identi�car características narrativas, o fato ocorrido que se deu em um determinado momento e em um determinado lugar, envolvendo determinadas personagens. Características do lugar, bem como dos personagens envolvidos são, muitas vezes, minuciosamente descritos. Plebiscito de�ne futuro do Reino Unido na União Europeia Pesquisas mostram resultados contraditórios e apertados. Há empate técnico em quase todas as consultas populares, que excluem migrantes Cidadãos britânicos vão hoje às urnas para decidir se o Reino Unido deve ou não sair da União Europeia. O plebiscito exclui migrantes, inclusive brasileiros, muitos dos quais estão apreensivos com as mudanças que a possível saída pode acarretar. Segundo pesquisas, há alternância de vantagem entre permanência e saída, quase sempre com empate técnico entre os dois lados. Para Mariana D’Arcadia, brasileira que mora em Londres, o momento é de ansiedade nas ruas da cidade, principalmente entre europeus que não têm direito de votar. “Tem muitos ingleses fazendo trabalho voluntário nas ruas, distribuindo pan�etos”, conta. Na Inglaterra há quatro anos, ela explica que tem a impressão de que o plebiscito está sendo uma forma de a classe trabalhadora mostrar a insatisfação com a ine�ciência dos serviços públicos. “A campanha pela saída tem argumentado que os serviços públicos estão sobrecarregados pelo grande volume de imigrantes no país. Eles citam, por exemplo, a falta de habitação, lista de espera em consultórios médicos e número insu�ciente de vagas nas escolas públicas. São insatisfações que não podem mais ser ignoradas”, relata. História em quadrinhos: é um gênero narrativo que consiste em enredos contados em pequenos quadros através de diálogos diretos entre seus personagens, gerando uma espécie de conversação. Charge: é um gênero textual narrativo onde se faz uma espécie de ilustração cômica, através de caricaturas, com o objetivo de realizar uma sátira, crítica ou comentário sobre algum acontecimento atual, em sua grande maioria. CONSIDERAÇÕES PARTICULARES A charge, um tanto quanto diferente do cartum, satiriza situações especí�cas, situadas no tempo e no espaço, razão pela qual se encontra sempre apontando para um 16 LÍ N G U A P O RT U G U ES A personagem da vida pública em geral, às vezes um artista, outras vezes um político, en�m. Em se tratando da linguagem, também costuma associar linguagem verbal e não verbal. Outro aspecto para o qual devemos atentar diz respeito ao fato de a charge realmente atua de forma crítica numa situação de ordem social e política. O cartum se caracteriza com uma anedota grá�ca em que nele podemos visualizar a presença da linguagem verbal associada à não verbal. Suas abordagens dizem respeito a situações relacionadas ao comportamento humano, mas não estão situadas no tempo, por isso são denominadas de atemporais e universais, ou seja, não fazem referência a uma personalidade em especí�co. ] Poema: trabalho elaborado e estruturado em versos. Além dos versos, pode ser estruturado em estrofes. Rimas e métrica também podem fazer parte de sua composição. Pode ou não ser poético. Dependendo de sua estrutura, pode receber classi�cações especí�cas, como haicai, soneto, epopeia, poema �gurado, dramático. Em geral, a presença de aspectos narrativos e descritivos são mais frequentes neste gênero. “De tudo, ao meu amor serei atento antes E com tal zelo, e sempre, e tanto Que mesmo em face do maior encanto Dele se encante mais meu pensamento Quero vivê-lo em cada vão momento E em seu louvor hei de espalhar meu canto E rir meu riso e derramar meu pranto Ao seu pesar ou seu contentamento E assim quando mais tarde me procure Quem sabe a morte, angústia de quem vive Quem sabe a solidão, �m de quem ama Eu possa lhe dizer do amor (que tive): Que não seja imortal, posto que é chama Mas que seja in�nito enquanto dure.” 17 LÍ N G U A P O RT U G U ES ATópico 03: Coesão Textual 1. Domínio dos mecanismos de coesão textual. Emprego de elementos de referenciação, substituição e repetição, de conectores e de outros elementos de sequenciação textual. De�nição de Coesão Textual Coesão é a conexão, ligação, harmonia entre os elementos de um texto. Percebemos tal de�nição quando lemos um texto e veri�camos que as palavras, as frases e os parágrafos estão entrelaçados, um dando continuidade ao outro. Os elementos de coesão determinam a transição de ideias entre as frases e os parágrafos. Observe a coesão presente no texto a seguir: “Os sem-terra �zeram um protesto em Brasília contra a política agrária do país, porque consideram injusta a atual distribuição de terras. Porém o ministro da Agricultura considerou a manifestação um ato de rebeldia, uma vez que o projeto de Reforma Agrária pretende assentar milhares de sem-terra” As palavras destacadas têm o papel de ligar as partes do texto, podemos dizer que elas são responsáveis pela coesão do texto. COESÃO POR REFERENCIAÇÃO: existem palavras que têm a função de fazer referência, são elas: - pronomes pessoais: eu, tu, ele, me, te, os... - pronomes possessivos: meu, teu, seu, nosso... - pronomes demonstrativos: este, esse, aquele... - pronomes inde�nidos: algum, nenhum, todo... - pronomes relativos: que, o qual, onde... - advérbios de lugar: aqui, aí, lá... Ex.: Marcela obteve uma ótima colocação no concurso. Talresultado demonstra que ela se esforçou bastante para alcançar o objetivo que tanto almejava. COESÃO POR SUBSTITUIÇÃO: substituição de um nome (pessoa, objeto, lugar), verbos, períodos ou trechos do texto por uma palavra ou expressão que tenha sentido próximo, evitando a repetição no corpo do texto. Ex.: Porto Alegre pode ser substituída por “a capital gaúcha”; Castro Alves pode ser substituído por “O Poeta dos Escravos”; Papa Francisco: Sua Santidade; Vênus: A deusa da Beleza. Ex.: Castro Alves é autor de uma vastíssima obra literária. Não é por acaso que o Poeta dos Escravos é considerado o mais importante da geração a qual representou. COESÃO POR REPETIÇÃO Temos a seguir, dois exemplos de adequação: 1. A poesia de Fernando Pessoa que extrai elementos da repetição intencional: Eros e Psique Conta a lenda que dormia Uma Princesa encantada A quem só despertaria Um Infante, que viria De além do muro da estrada. Ele tinha que, tentado, Vencer o mal e o bem, Antes que, já libertado, Deixasse o caminho errado Por o que à Princesa vem. A Princesa Adormecida, Se espera, dormindo espera, Sonha em morte a sua vida, E orna-lhe a fronte esquecida, Verde, uma grinalda de hera. Longe o Infante, esforçado, Sem saber que intuito tem, Rompe o caminho fadado, Ele dela é ignorado, Ela para ele é ninguém. Mas cadaum cumpre o Destino Ela dormindo encantada, Ele buscando-a sem tino Pelo processo divino Que faz existir a estrada. E, se bem que seja obscuro Tudo pela estrada fora, E falso, ele vem seguro, E vencendo estrada e muro, Chega onde em sono ela mora, E, inda tonto do que houvera, À cabeça, em maresia, Ergue a mão, e encontra hera, E vê que ele mesmo era Há vários recursos que respondem pela coesão do texto, os principais são: Palavras de transição: são palavras responsáveis pela coesão do texto, estabelecem a inter-relação entre os enunciados (orações, frases, parágrafos), são preposições, conjunções, pronomes, alguns advérbios e locuções adverbiais. Veja algumas palavras e expressões de transição e seus respectivos sentidos: COMEÇO, INTRODUÇÃO Inicialmente, Primeiramente, antes de tudo, desde já, 18 LÍ N G U A P O RT U G U ES A CONTINUAÇÃO além disso do mesmo modo ainda por cima bem como outrossim CONCLUSÃO En�m, Dessa forma, Em suma, Nesse sentido, Portanto, A�nal, CIRCUNSTÂNCIA TEMPORAL logo após ocasionalmente posteriormente atualmente enquanto isso imediatamente não raro concomitantemente SEMELHANÇA, CONFORMIDADE igualmente segundo conforme assim também de acordo com EXEMPLIFICAÇÃO, ESCLARECIMENTO então por exemplo isto é a saber em outras palavras ou seja quer dizer rigorosamente falando Ex.: A prática de atividade física é essencial ao nosso cotidiano. Assim sendo, quem a pratica possui uma melhor qualidade de vida. Assim, a coesão confere textualidade aos enunciados agrupados em conjuntos. Sendo assim, ainda vejamos: Embora, ainda que, mesmo que Tais conectivos estabelecem relação de concessão e contradição, admitindo argumentos contrários, contudo, com autonomia para vencê-los. Observe o exemplo: Ex: Embora não simpatizasse com algumas pessoas ali presentes, compareceu à festa. Isto é, ou seja, quer dizer, em outras palavras Revelam reti�cações, esclarecimentos ao que já foi exposto anteriormente. Como podemos constatar em: Ex: Faça as devidas reti�cações, isto é, corrija as eventuais inadequações, de modo a tornar o texto mais claro. Ainda, a�nal, por �m Incluem mais um elemento no conjunto de ideias retratadas, como também revelam mais um argumento a título de conclusão do assunto abordado. Note: Ex: Não poderia permanecer calado, a�nal, tratava-se de sua permanência na diretoria, e ainda assim pensou muito. Aliás, ou melhor, além de tudo, além do mais, além disso Conferem mais credibilidade, um argumento decisivo para derrubar argumentos contrários, reforçando-os juntamente à ideia �nal. Constate: Ex: O garoto é um excelente aluno, aliás, destaca-se entre os demais. Além do mais é muito educado e gentil. Os salários estão cada vez mais baixos, porque não há interesse dos nossos representantes estabelecerem um padrão de acordo com a qualidade de vida do brasileiro. Além de tudo são considerados como renda e estabelecidos como impostos. Assim, logo, portanto, pois, desse modo, dessa forma Exempli�ca o que já foi expresso, com vistas a complementar ainda mais a argumentação. Como expresso por meio do exemplo a seguir: Ex: Não obteve êxito na sua apresentação. Dessa forma, o trabalho precisou ser refeito. Até mesmo, ao menos, pelo menos, no mínimo Estabelecem uma noção gradativa entre os elementos do discurso. É o que podemos constatar em: Ex: Esperávamos, no mínimo, que ela pedisse desculpas. Até mesmo porque a amizade dela é muito importante para nós. Mas, porém, todavia, contudo, entretanto, no entanto, não obstante Estabelecem oposição entre dois enunciados, ligando apenas elementos que se opõem entre si. Perfeitamente constatável em: Ex: Esforçou-se bastante, contudo não obteve sucesso no exame avaliativo. E, nem, como também, mas também Estabelecem uma relação de soma aos termos do discurso, progressão semântica que adiciona, desenvolvendo ainda mais a argumentação ora proferida. A título de constatação, analisemos: Ex: Não proferiu uma só palavra durante a reunião, mas também não questionou acerca das decisões �rmadas. 19 LÍ N G U A P O RT U G U ES A A prova de Redação serve para medir a capacidade cognitiva do candidato e a maturidade dele em relação ao mundo onde vive. O e introduz um segmento que acrescenta uma informação nova, por isso seu uso é apropriado. SITUAÇÕES AFINS – ASSUNTOS IMPORTANTES INTERTEXTUALIDADE Referência explícita ou implícita de um texto em outro. Também pode ocorrer com outras formas além do texto, música, pintura, �lme, novela. Toda vez que uma obra �zer ALUSÃO à outra ocorre a intertextualidade. 20 LÍ N G U A P O RT U G U ES A INTRATEXTUALIDADE Ocorre quando o autor é capaz de criar elos de aproximação entre os textos de sua própria autoria. EXEMPLO: Em seguida, após relatar tal episódio, Brás conta que cresceu normalmente. Foi à escola, que ele chama de enfadonha, onde teve aulas com um professor de nome Ludgero Barata. É justamente ali que conhece um de seus melhores amigos de infância, Quincas Borba, com quem se reencontrará mais tarde. Ambos os garotos se revelam travessos e mimados, já que o Quincas era �lho único, adorado pela mãe, que o vestia muito bem, mandando um pajem indulgente acompanhá-lo a todos os lugares. RELAÇÕES DE CAUSA E EFEITO Há várias formas de se encontrarem e de se perceberem as relações de causa e efeito nos textos. Elas podem ser promovidas por: 1º) Conjunções subordinadas causais: porque, já que, visto que, uma vez que, como (=já que, visto que), porquanto, dado que, que (= porque), pois etc. Observe os períodos abaixo – todos expressam relações de causa e efeito: a) Como não havia água su�ciente para o grupo, deixaram o acampamento logo cedo e partiram para a cidade. b) Ainda não sabia se entregaria o relatório, já que discordava veementemente dele. c) Porém, o caso daquele povoado era sui-generis porquanto não possuía governo instituído. d) Não é porque o TCU disse que havia superfaturamento que eu iria demiti-lo, a�rmou o Ministro. e) Dado que o governo pouco tem feito para melhorar a educação neste país, compreendemos que os lastimáveis índices de miséria e concentração de renda ainda perdurarão por muito tempo. f ) Incipiente que era na arte de navegar, sempre saía acompanhado de um bom instrutor. Não confunda a oração causal ou a oração consecutiva com a relação de causa e efeito. A relação é perceptível com a análise das orações envolvidas no período. A oração causal é tão-somente a oração que, introduzida por uma conjunção subordinada causal, contém o motivo dentro de uma relação de causa e efeito, assim como a oração consecutiva é aquela que, encabeçada por uma conjunção consecutiva, expressa a consequência (ou efeito) dentro de uma relação de causa e efeito. Em outras palavras, quando a conjunção subordinada se encontra na causa, a oração subordinada é adverbial causal; por outro lado, quando está na consequência, a subordinada é adverbial consecutiva. Mas em ambos os casos, indistintamente, teremos relações de causa e efeito, já que não existe causa sem efeito e vice-versa. OBSERVAÇÃO 2º) Conjunções subordinadas consecutivas: que (precedido de um termo intensivo “tão, tal, tanto, tamanho”), de sorte que, de modo que, de forma que, de maneira que, a tal ponto que. Veja os exemplos abaixo: a) Ele só faz aquilo que a pro�ssão o obriga, de sorte que é tomado como preguiçoso por toda a vizinhança. b) A gerência permitiu-me livre acesso aos cofres, de maneira que apanhava dinheiro a horaque quisesse. c) Saiu às pressas para o hospital, de tal modo que atropelou as pessoas sentadas próximas do carro. d) Tão bem escrito foi o relato do incidente que o diretor dispensou a perícia que encomendara. e) Ele tomou um desagrado tão grande da política que já não mais conseguia sequer ouvir um noticiário. f ) E tanto �z, eu reconheço, que acabei in�uenciando na demissão do rapaz. 3º) Verbos da área semântica de causa e efeito – são verbos que, quando usados, promovem relações de causa e efeito entre os termos/ideias. Podemos citar, dentre eles: causar, gerar, provocar, ocasionar, acarretar, produzir, desencadear, motivar, engendrar, suscitar, decorrer, derivar, provir, promanar, resultar. a) A rápida ação das polícias nos morros do Rio de Janeiro provocou uma diminuição, mesmo que momentânea, na violência. A rápida ação das polícias nos morros do Rio de Janeiro = causa Diminuição, mesmo que momentânea, da violência = efeito b) A queda na Bolsa de Nova Iorque desencadeou uma corrida, aqui no Brasil, para a venda de papéis de companhias estrangeiras. A queda na Bolsa de Nova Iorque = causa Uma corrida aqui no Brasil para a venda de papéis de companhias estrangeiras = efeito c) A interrupção de energia elétrica no Sudeste foi ocasionada pela queda de uma torre de transmissão localizada em São Bernardo do Campo. A interrupção de energia elétrica no Sudeste = efeito Queda de uma torre de transmissão = causa 4º) Algumas preposições e locuções: de, por, por causa de, em virtude de, devido a, em consequência de, por motivo de. Observe: a) Por medo, não investiu todo o montante de que dispunha na bolsa de valores. b) Na década de 90, muitas crianças ainda morriam de fome no Brasil. c) Devido às más condições de tempo, cancelou a viagem. d) A reunião não se realizou por falta de quorum. 21 LÍ N G U A P O RT U G U ES A 5º) Preposição “POR” seguida de um verbo no in�nitivo: Veja: a) Por conhecer muito a região, aconselhou cautela para todos os escoteiros. Porque conhecia muito a região, ... = causa b) Deixou o cargo de gerente por não mais aguentar as pressões de seus superiores. ...porque não mais aguentou as pressões de seus superiores. = causa Estas orações são tecnicamente denominadas de “orações subordinadas adverbiais causais, reduzidas de in�nitivo”. OBSERVAÇÃO QUESTÕES COMENTADAS 1. (FCC) / De longe, alguém diria que estão beijando a terra /, / tal a devoção e o cuidado ao comer /. Os segmentos indicados na frase se articulam, na ordem dada, como A) um fato e uma hipótese. B) uma condição e seu efeito. C) uma tese e sua antítese. D) uma particularização e uma generalização. E) uma consequência e sua causa. Resposta: Letra E. Perceba que não havia nas orações nenhuma conjunção que nos fornecesse alguma pista da relação estabelecida. É preciso, então, que o candidato pensasse um pouco e percebesse relação: “alguém diria que estão beijando a terra” por causa “da devoção e do cuidado ao comer”. 2. (FCC) As a�rmativas que se articulam numa relação de consequência e de sua causa, respectivamente, são: A) ... são geralmente empregadas pejorativamente por só se enxergar nelas as limitações do meio pequeno. B) Há, é certo, um provincianismo detestável. Justamente o que namora a “Corte”. C) Esse sente as excelências da província. Não tem vergonha da província ... D) Formou-se em sociologia na Universidade de Colúmbia, viajou a Europa, parou em Oxford, vai dar breve um livrão sobre a formação da vida social brasileira ... E) Quando dirigiu um jornal lá, fez questão de lhe dar feitio e caráter bem provincianos. Resposta: Letra A. Essa foi bem fácil, pois há uma pista infalível: a presença da preposição “POR” + verbo no “INFINITIVO” – “... por só se enxergar nelas as limitações do meio pequeno”. 3. (FCC) Penso hoje que a vocação dele era, de fato, o serviço público: sentia-se su�cientemente recompensado pela responsabilidade que lhe cabia na tarefa de se fazer justiça na distribuição do produto social. Na frase acima, não haverá prejuízo para o sentido, caso se substitua o sinal de dois pontos por uma vírgula, seguida da expressão A) a menos que se sentisse (...) B) uma vez que se sentia (...) C) muito embora se sentisse (...) D) a �m de se sentir (...) E) por mais que se sentisse (...) Resposta: Letra B. Questão bastante interessante. Aqui, o examinador não questiona em qual alternativa se encontra uma relação de causa e efeito, mas o conhecimento sobre tais relações seria essencial para a obtenção da resposta. Perceba que entre os segmentos “Penso hoje que a vocação dele era, de fato, o serviço público” e “sentia-se su�cientemente recompensado pela responsabilidade que lhe cabia na tarefa de se fazer justiça na distribuição do produto social” há uma clara relação de causa e efeito. Leia assim: “Porque se sentia su�cientemente recompensado pela responsabilidade que lhe cabia na tarefa de se fazer justiça na distribuição do produto social, eu penso hoje que a vocação dele era, de fato, o serviço público”. Logo, a única alternativa que contém um articulador de causa – uma vez que – é a letra B. RELAÇÕES DE COMPARAÇÃO E CONTRASTE Um modo de estabelecer de�nições e conceitos é comparar similaridade ou contrastar diferenças. Comparação: buscar elementos comuns entre dois conjuntos. Katheryn Elizabeth Hudson e Katheryn Elizabeth Hudson são duas celebridades homônimas nascidas na Califórnia. Contraste: salientar elementos diferentes entre dois conjuntos. Uma Katheryn Elizabeth Hudson é atriz e usa o nome Kate Hudson, a outra Katheryn Elizabeth Hudson é cantora e usa o nome Katy Perry. • Sequência temporal - Depois, então, após, de seguida, dias mais tarde, meses depois, anos após, agora já, antes, até que… • Sequência espacial - À esquerda, à direita, à frente, atrás, sobre, sob, de um lado, de outro lado, em cima, no meio, em baixo, naquele sítio… 22 LÍ N G U A P O RT U G U ES A Diferença entre paráfrase e paródia Paráfrase Na paráfrase as palavras são mudadas, porém a ideia do texto original é con�rmada pelo novo texto. É dizer com outras palavras o que já foi dito. Texto Original Minha terra tem palmeiras Onde canta o sabiá, As aves que aqui gorjeiam Não gorjeiam como lá. (Gonçalves Dias, “Canção do exílio”) Paráfrase Meus olhos brasileiros se fecham saudosos Minha boca procura a ‘Canção do Exílio’. Como era mesmo a ‘Canção do Exílio’? Eu tão esquecido de minha terra... Ai terra que tem palmeiras Onde canta o sabiá! (Carlos Drummond de Andrade) COMENTÁRIO: O poeta Carlos Drummond de Andrade retoma o texto primitivo conservando suas ideias, não há mudança do sentido principal do texto que é a saudade da terra natal. Paródia A paródia é uma forma de contestar ou ridicularizar outros textos; ruptura com as ideologias impostas. Estimula-se uma re�exão crítica de verdades incontestadas anteriormente, com esse processo há uma indagação sobre os dogmas estabelecidos e uma busca pela verdade real, concebida através do raciocínio e da crítica. Texto Original Minha terra tem palmeiras Onde canta o sabiá, As aves que aqui gorjeiam Não gorjeiam como lá. (Gonçalves Dias, “Canção do exílio”). PARÓDIA Minha terra tem palmares onde gorjeia o mar os passarinhos daqui não cantam como os de lá. (Oswald de Andrade) O nome Palmares, escrito com letra minúscula, substitui a palavra palmeiras, há um contexto histórico, social e racial neste texto, Palmares é o quilombo liderado por Zumbi, foi dizimado em 1695, há uma inversão dosentido do texto primitivo que foi substituído pela crítica à escravidão existente no Brasil. 5. Figuras de Linguagem As �guras de linguagem podem ser subdivididas em • �guras de palavras, • �guras de pensamento • �guras de construção. FIGURAS DE PALAVRAS 1. Metáfora: estabelece uma relação de semelhança ao usar um termo com signi�cado diferente do habitual. Ex.: A menina é uma �or. 2. Comparação: parecida com a metáfora, a comparação é uma �gura de linguagem usada para quali�car uma característica parecida entre dois ou mais elementos. No entanto, no caso da comparação, existe uma palavra de conexão (como, parecia, tal, qual, assim). Ex: “O olhar dela é como a lua brilha maravilhosamente.”. 3. Metonímia: substituição lógica de uma palavra por outra semelhante. Ex.: Beber um copo de vinho. 4. Onomatopeia: imitação de um som. Ex.: trrrimmmmm(telefone) 5. Sinestesia: mistura de diferentes impressões sensoriais. Ex.: o doce som da �auta 6. Catacrese: emprego de uma palavra no sentido �guradopor não haver um termo próprio. Ex.: a perna dos óculos. FIGURAS DE PENSAMENTO 7. Antítese: palavras de sentidos opostos. Ex.: bom/mau 8. Paradoxo: referente a duas ideias contraditórias em uma só frase ou pensamento. Ex: “Ainda me lembro daquele silêncio ensurdecedor.” 9. Eufemismo: intenção de suavizar um fato ou atitude. Ex.: Foi para o céu (morreu) 10. Hipérbole: exagero intencional. Ex.: morto de sono 11. Ironia: a�rmação contrária daquilo que se pensa. Ex.: É um santo! (para alguém com mau comportamento) 12. Prosopopeia ou Personi�cação: atribuição de predicativos próprios de seres animados a seres inanimados. Ex.: O sol está tímido. 23 LÍ N G U A P O RT U G U ES A FIGURAS DE CONSTRUÇÃO 13. Pleonasmo: repetição de um termo, redundância. Ex.: subir para cima 14. Pleonasmo: repetição de um termo, redundância. Ex.: subir para cima Lista de Palavras Parônimas com seus Signi�cados São palavras parecidas na escrita e na pronúncia, mas diferentes no signi�cado. Acurado – feito com muito carinho Apurado – re�nado, desvendado Adotar – aceitar: alguém, doutrina, ideia Dotar - conceder dote, bene�ciar, favorecer Amoral – pessoa destituída de senso moral Imoral – contrário à moral, devasso Apóstrofe – �gura de linguagem Apóstrofo – sinal grá�co Aprender – adquirir conhecimento Apreender – assimilar mentalmente Arrear – pôr arreios, encilhar, selar Arriar – fazer descer o que estava no alto Assoar – limpar secreção nasal Assuar – dar vaia em, apupar Atuar - desempenhar um papel como ator Autuar - auto de infração, processar Auto - ato público, peça teatral de um ato Alto - de grande extensão vertical, elevado Absolver: perdoar, inocentar Absorver: aspirar, sorver Câmara – onde se reúnem os deputados Câmera – aparelho que capta imagens Cavaleiro – aquele que sabe andar a cavalo Cavalheiro – homem educado Celerado - aquele que cometeu crimes Acelerado - apressado Comprimento – extensão Cumprimento – saudação, ato de cumprir Conjetura – suposição, hipótese Conjuntura – situação, circunstância Deferir – atender, conceder Diferir – distinguir-se, ser diferente, adiar Degredado – desterrado, exilado Degradado – estragado, rebaixado Delatar – denunciar Dilatar – alargar, ampliar Descrição - ato de descrever, expor Discrição – reserva; qualidade de discreto Descriminar - inocentar Discriminar - distinguir Desmisti�car - desfazer uma ilusão Desmiti�car - desfazer um mito Despensa - lugar de guardar mantimentos Dispensa - isenção, licença Desapercebido - desprevenido, desprovido Despercebido - não percebido, não notado Destratar - insultar Distratar - desfazer trato, anular, rescindir Discente - que aprende Docente - que ensina Emergir - vir à tona Imergir - mergulhar Emigrar - sair da pátria Imigrar - entrar num país estranho para nele morar Eminente – notável, célebre Iminente – prestes a acontecer Emitir - lançar fora de si Imitir - fazer entrar Esbaforido – ofegante, cansado Espavorido - apavorado, assustado Estada - permanência de pessoa Estadia - permanência de veículo Estância - morada Instância - jurisdição, urgência Estofar - cobrir de estofo Estufar - meter em estufa Flagrante – registrado momentâneo Fragrante - que exala bom odor, aromático Fluir - correr com certa abundância Fruir - gozar, desfrutar Fuzil - arma de fogo Fusível - peça de instalação elétrica Incerto - duvidoso Inserto - inserido, incluído Incidente – acontecimento imprevisível Acidente - acontecimento casual, porém grave In�ação - desvalorização do dinheiro Infração - violação, transgressão 24 LÍ N G U A P O RT U G U ES A Informar - transmitir conhecimento Enformar - colocar na forma Enfornar - colocar no forno In�igir - aplicar pena ou castigo Infringir - transgredir, violar, não respeitar Mandado - ordem judicial Mandato - poder dado ou autorizado Precedente - antecedente Procedente – proveniente, oriundo Prescrição - ordem expressa Proscrição - eliminação, expulsão Previdência - faculdade de ver antecipadamente o futuro Providência - a suprema sabedoria atribuída a Deus Rati�car - con�rmar Reti�car – tornar reto, endireitar Recrear - divertir Recriar - criar novamente Soar - produzir som Suar – transpirar Tráfego – trânsito Trá�co – comércio ilegal Treplicar - responder a uma réplica Triplicar - multiplicar por três Vultoso - volumoso, de grande vulto, enorme Vultuoso - atacado de vultuosidade, inchado LISTA DE PALAVRAS HOMÔNIMAS COM SEUS SIGNIFICADOS Homônimas: são palavras escritas e pronunciadas de modo idêntico, mas diferentes nos signi�cados. Podem ser: • Homônimas Homófonas: são aquelas iguais na pronúncia, mas diferentes na escrita e na signi�cação. • Homônimas Homógrafas: são aquelas diferentes na pronúncia (timbre fechado e aberto), mas iguais na escrita. Acender: pôr fogo Ascender: subir Acento - sinal grá�co, tom de voz Assento - lugar, superfície onde se senta Aço – liga de ferro e carbono Asso – 1ª. pessoa do presente do verbo assar Acerca de - sobre, a respeito de Há cerca de – perto de, ou faz (= tempo decorrido) A�m – que tem a�nidade, ligação A �m – com intenção ou com �nalidade de Apreçar – perguntar o preço de Apressar – impor maior pressa Caçar – ir ao encalço de, perseguir animais ou aves Cassar – anular, revogar Calda – líquido espesso e viscoso, xarope Cauda – rabo, parte posterior de avião Cela – pequeno quarto, cômodo de reduzidas dimensões Sela – peça de couro Coser: costurar Cozer: cozinhar Cheque: ordem de pagamento Xeque: lance de jogo de xadrez Censo – recenseamento, dados estatísticos Senso – juízo claro, raciocínio Censual – relativo ao censo Sensual – relativo ao sexo, aos sentidos Céptico - que duvida ou quem duvida Séptico - que causa infecção Cerração – nevoeiro denso Serração – ato de serrar, de cortar Cerrar – fechar Serrar – cortar Cessão – ato de ceder Seção ou secção – corte, divisão, repartição Sessão – espaço de tempo que dura uma atividade Cesto – balaio Sexto – ordinal de seis Chá – bebida Xá – título do ex-imperador do Irã Cheque – ordem de pagamento Xeque – lance de jogo de xadrez, dirigente árabe Cinta - tira de pano Sinta - subjuntivo presente e imperativo do verbo sentir Cocho - recipiente de madeira Coxo – capenga, manco Concerto – sessão musical Conserto – reparo Coser – costurar Cozer – cozinhar Espiar - observar, espionar Expiar - sofrer castigo 25 LÍ N G U A P O RT U G U ES A Empoçar - fazer poças Empossar - dar posse Espectador - o que observa um ato Expectador - que tem expectativa Esperto - ativo,inteligente, vivo Experto - perito, entendido Era - data, época Hera – planta Estático - �rme, imóvel Extático - admirado, pasmado Estirpe - raiz, linhagem Extirpe - �exão do verbo extirpar Estrato - tipo de nuvem Extrato - resumo, essência Esterno - osso dianteiro do peito Externo - que está por fora Incerto - duvidoso Inserto - inserido, incluído Incipiente - que inicia, principiante Insipiente - ignorante, sem juízo, imprudente Intercessão - ato de interceder Interseção - ponto onde duas linhas se cruzam Paço - palácio real ou episcopal Passo – marcha Profetiza - do verbo profetizar Profetisa - feminino de profeta Ruço – grisalho, desbotado, situação grave Russo - da Rússia Tacha - pequeno prego Taxa - imposto, preço de um serviço público Tachar – atribuir defeito Taxar – �xar taxa Viagem - substantivo: a viagem Viajem - forma verbal: que eles viajem HOMÔNIMAS PERFEITAS: são palavras que possuem mesma pronúncia e mesma gra�a, porém apresentam sentidos diferentes. Eu CEDO livros para a biblioteca. Levantou CEDO para estudar. TIPOS DE LINGUAGEM É a capacidade que possuímos de expressar nossos pensamentos, ideias, opiniões e sentimentos. A Linguagem está relacionada a fenômenos comunicativos; onde há comunicação, há linguagem. Podemos usar inúmeros tipos de linguagens para estabelecermos atos de comunicação, tais como: sinais, símbolos, sons, gestos e regras com sinais convencionais (linguagem escrita e linguagem mímica, por exemplo). Num sentido mais genérico, a Linguagem pode ser classi�cada como qualquer sistema de sinais que se valem os indivíduos para comunicar-se. A linguagem pode ser: Verbal: a Linguagem Verbal é aquela que faz uso das palavras para comunicar algo. As �guras acima nos comunicam sua mensagem através da linguagem verbal (usa palavras para transmitir a informação). Não Verbal: é aquela que utiliza outros métodos de comunicação, que não são as palavras. Dentre elas estão a linguagem de sinais, as placas e sinais de trânsito, a linguagem corporal, uma �gura, a expressão facial, um gesto, etc. Essas �guras fazem uso apenas de imagens para comunicar o que representam. Elementos da Comunicação Conheça os principais elementos da comunicação. Com os elementos da comunicação, é possível usar como forma de comunicação, informação, expressão e signi�cados os diversos sistemas simbólicos das diferentes linguagem. A forma de comunicação está dividida entre: • Emissor – o que emite a mensagem. • Receptor – o que recebe a mensagem. • Mensagem – o conjunto de informações transmitidas. • Código – a combinação de signos utilizados na transmissão de uma mensagem. A comunicação só se concretizará, se o receptor souber decodi�car a mensagem. • Canal de Comunicação – por onde a mensagem é transmitida: TV, rádio, jornal, revista, cordas vocais, ar… • Contexto – a situação a que a mensagem se refere, também chamado de referente. • Ruído – qualquer perturbação na comunicação. 26 LÍ N G U A P O RT U G U ES A ADEQUAÇÃO DA LINGUAGEM À SITUAÇÃO COMUNICATIVA Os níveis de linguagem dizem respeito ao uso da fala e da escrita em uma determinada situação comunicativa. O emissor e o receptor devem estar em concordância para que haja entendimento. Assim sendo, cada ocasião exige uma linguagem diferente. Temos uma norma que rege a língua escrita que é a gramática. No entanto, a fala não se trata de uma convenção, mas do modo que cada um utiliza esse acordo. Portanto, a língua falada é mais desprendida de regras, e, portanto, mais espontânea e expressiva. Por este motivo, está suscetível a transformações, diariamente. Assim, a mudança na escrita começa sempre a partir da língua falada e, por este motivo, é tão importante quanto à língua escrita. Contudo, não é toda alteração na fala que é reconhecida na escrita, mas somente aquelas que têm signi�cação relevante à sociedade. O que determinará o nível de linguagem empregado é o meio social no qual o indivíduo se encontra. Portanto, para cada ambiente sociocultural há uma medida de vocabulário, um modo de se falar, uma entonação empregada, uma maneira de se fazer as combinações das palavras, e assim por diante. A linguagem, por conseguinte, deve estar de acordo com o contexto em que o emissor da mensagem e o destinatário se encontram. Claro, porque você não conversa com o vizinho da mesma forma que conversa com o professor ou conversa com o representante de sala da mesma forma que conversa com o diretor ou com este do mesmo jeito que com os pais. Então, para cada situação linguística, há uma linguagem adequada. Os níveis de fala compreendem o modo como o falante se manifesta nas diversas situações vividas. O nível culto ou formal obedece às regras da norma culta, da gramática normativa. É frequente em ambientes que exigem tal posicionamento do falante: em discursos, em sermões, apresentação de trabalhos cientí�cos, em reuniões, etc. Logicamente, a escrita também seguirá padrões quando se trata de textos acadêmicos ou de teor cientí�co. O nível coloquial ou informal é a manifestação espontânea da língua. Independe de regras, apresenta gírias, restrição de vocabulário, formas subtraídas das palavras. Está presente nas conversas com amigos, familiares, pessoas com quem temos intimidade. É muito comum se ver o coloquialismo sendo utilizado em textos, principalmente da internet, como no WhatsApp, blogs, etc. Pressuposto e subentendido Pressupostos e subentendidos são informações implícitas num texto, não expressas formalmente, apenas sugeridas por marcas linguísticas ou pelo contexto. Cabe ao leitor, numa leitura pro�ciente, ir além da informação que se encontra explícita, identi�cando e compreendendo as informações implícitas, ou seja, lendo nas entrelinhas. Os pressupostos são de mais fácil identi�cação, estando sugeridos no texto. Os subentendidos são deduzidos pelo leitor, sendo da sua responsabilidade. Exemplos: - Heloísa está cansada de ser professora. Pressuposto: Heloísa é professora. Subentendido: Talvez porque o salário é baixo ou há muita indisciplina. - Infelizmente, meu marido continua trabalhando fora do país Pressuposto: O marido está trabalhando fora do país e a mulher não está satisfeita com essa situação. Subentendido: Talvez por ter melhor salário fora do país ou por não encontrar trabalho no seu país. Pressupostos Os pressupostos são informações implícitas adicionais, facilmente compreendidas devido a palavras ou expressões presentes na frase que permitem ao leitor compreender essa informação implícita. O enunciado depende dessa pressuposição para que faça sentido. Assim, o pressuposto é verdadeiro e irrefutável. Exemplos de pressupostos: - Decidi deixar de comer carne. Pressuposto: A pessoa comia carne antes. - Finalmente acabei minha monogra�a. Pressuposto: Demorou algum tempo para terminar a monogra�a. - Alunos que estudam de manhã costumam ter melhor rendimento. Pressuposto: Há alunos que não estudam de manhã. - Desde que ela mudou de casa, nunca mais a vi. Pressuposto: Costumava vê-la antes dela mudar de casa. Marcas linguísticas que facilitam a identi�cação de pressupostos: • Verbos que indicam �m, continuidade, mudança e implicações: começar, continuar, parar, deixar, acabar, conseguir,... • Advérbios: felizmente, �nalmente, ainda, já, depois, antes,... • Pronome introdutório de orações subordinadas adjetivas: que • Locuções que indicam circunstâncias: depois que, antes que, desde que, visto que,... Subentendidos Os subentendidos são insinuações, informações escondidas, dependentes da interpretação do leitor. Não possuem marca linguística, sendo deduzidosatravés do contexto comunicacional e do conhecimento que os destinatários têm do mundo. Podem ser ou não verdadeiros e podem ser facilmente negados, visto serem unicamente da responsabilidade de quem interpreta a frase. 27 LÍ N G U A P O RT U G U ES A Exemplos de subentendidos: - Quando sair de casa, não se esqueça de levar um casaco. Subentendido: Está frio lá fora. - Já tenho a garganta seca de tanto falar. Subentendidos: Quero beber um copo de água ou quero parar de falar neste momento. - Você vai a pé para casa agora? Subentendidos: Eu posso lhe dar uma carona ou é perigoso andar a pé na rua a estas horas. Variações Linguísticas A linguagem é a característica que nos difere dos demais seres, permitindo-nos a oportunidade de expressar sentimentos, revelar conhecimentos, expor nossa opinião frente aos assuntos relacionados ao nosso cotidiano, e, sobretudo, promovendo nossa inserção ao convívio social. E dentre os fatores que a ela se relacionam destacam- se os níveis da fala, que são basicamente dois: O nível de formalidade e o de informalidade. O padrão formal está diretamente ligado à linguagem escrita, restringindo-se às normas gramaticais de um modo geral. Razão pela qual nunca escrevemos da mesma maneira que falamos. Quanto ao nível informal, por sua vez, representa-se a linguagem do dia a dia, das conversas informais que temos com amigos, familiares etc. Compondo o quadro do padrão informal da linguagem, estão as chamadas variedades linguísticas, as quais representam as variações de acordo com as condições sociais, culturais, regionais e históricas em que é utilizada. Dentre elas destacam-se: Variações históricas: Dado o dinamismo que a língua apresenta, observam-se transformações ao longo do tempo. Um exemplo bastante representativo é a questão da ortogra�a, se levarmos em consideração a palavra farmácia, uma vez que era grafada com “ph”, contrapondo-se à linguagem dos internautas, a qual fundamenta-se pela supressão dos vocábulos. Analisemos, pois, o fragmento exposto: Antigamente “Antigamente, as moças chamavam-se mademoiselles e eram todas mimosas e muito prendadas. Não faziam anos: completavam primaveras, em geral dezoito. Os janotas, mesmo sendo rapagões, faziam-lhes pé-de-alferes, arrastando a asa, mas �cavam longos meses debaixo do balaio.” Carlos Drummond de Andrade Comparando-o à modernidade, percebemos um vocabulário antiquado. Variações regionais: São os chamados dialetos, que são as marcas determinantes referentes a diferentes regiões. Como exemplo, citamos a palavra mandioca que, em certos lugares, recebe outras nomenclaturas, tais como: macaxeira e aipim. Figurando também nesta modalidade estão os sotaques, ligados às características orais da linguagem. Variações sociais ou culturais: Estão diretamente ligadas aos grupos sociais de uma maneira geral e também ao grau de instrução de uma determinada pessoa. Como exemplo, citamos as gírias, os jargões e o linguajar caipira. As gírias pertencem ao vocabulário especí�co de certos grupos, como os sur�stas, cantores de rap, tatuadores, entre outros. Os jargões estão relacionados ao pro�ssionalismo, caracterizando um linguajar técnico. Representando a classe, podemos citar os médicos, advogados, pro�ssionais da área de informática, entre outros. Vejamos um poema e o trecho de uma música para entendermos melhor sobre o assunto: VÍCIO NA FALA Para dizerem milho dizem mio Para melhor dizem mió Para pior pió Para telha dizem teia Para telhado dizem teiado E vão fazendo telhados. Oswald de Andrade CHOPIS CENTIS Eu “di” um beijo nela E chamei pra passear. A gente fomos no shopping Pra “mode” a gente lanchar. Comi uns bicho estranho, com um tal de gergelim. Até que “tava” gostoso, mas eu pre�ro aipim. Quanta gente, Quanta alegria, A minha felicidade é um crediário nas Casas Bahia. Esse tal Chopis Centis é muito legalzinho. Pra levar a namorada e dar uns “rolezinho”, Quando eu estou no trabalho, Não vejo a hora de descer dos andaime. Pra pegar um cinema, ver Schwarzneger E também o Van Damme. (Dinho e Júlio Rasec, encarte CD Mamonas Assassinas, 1995.) 28 LÍ N G U A P O RT U G U ES A Funções da Linguagem O linguista russo chamado Roman Jakobson caracterizou seis funções de linguagem, ligadas ao ato da comunicação: Função metalinguística: Quando a linguagem fala dela mesma, se destina à explicação das próprias palavras (códigos). Função referencial: Quando a intenção do emissor é falar objetivamente sobre o contexto real. É a linguagem de caráter informativo. Ex.: Textos de jornal, revistas, livros didáticos, cientí�cos. Dólar mais alto deixa o brasileiro mais pobre; veja quem ganha e quem perde Sophia Camargo Colaboração para o UOL, em São Paulo. 23/09/201506h00 O dólar ultrapassou pela primeira vez a marca de R$4. Muitas pessoas acham que isso não as afeta, pois não ganham em dólar nem pretendem viajar para o exterior em breve. A verdade, porém, é que o dólar mais alto deixou o brasileiro mais pobre. “O impacto da alta do dólar na vida das pessoas vai chegar a todos, inclusive à dona de casa”, diz Edgar de Sá, economista-chefe da FN Capital. Um dólar tão valorizado retrata uma economia que está em desequilíbrio, segundo o professor da Escola de Economia de São Paulo da FGV Clemens Nunes. Segundo ele, o Brasil está em situação de desequilíbrio �scal, o que mostra que o governo gasta mais do que ganha, e os investidores não enxergam uma solução sustentável para esse problema num futuro próximo. “Não há perspectiva de melhora. A consequência disso é que o real se desvaloriza e �camos mais pobres. Perdemos poder de compra em relação ao resto do mundo.” Função poética: Quando a linguagem revela um cuidado especial com o ritmo das frases, com a sonoridade das palavras, com o jogo de ideias. Função conativa (apelo): Quando o emissor organiza a mensagem com o objetivo de in�uenciar o receptor. É muito usada em mensagens publicitárias. Ex.: Não deixe para última hora! Programe suas férias. (www.jornale.com.br / Acesso em 01/12/2010) 29 LÍ N G U A P O RT U G U ES A Função Expressiva ou Emotiva: Quando a linguagem está centrada no próprio emissor, revelando seus sentimentos, suas emoções. Sonho. Não sei quem sou Sonho. Não sei quem sou neste momento. Durmo sentindo-me. Na hora calma Meu pensamento esquece o pensamento, Minha alma não tem alma. Se existo é um erro eu o saber. Se acordo Parece que erro. Sinto que não sei. Nada quero nem tenho nem recordo. Não tenho ser nem lei. Lapso da consciência entre ilusões, Fantasmas me limitam e me contêm. Dorme insciente de alheios corações, Coração de ninguém. Função fática: Quando a linguagem é usada para con� rmar se de fato o emissor está sendo ouvido. É um canal de comunicação. Ex.: Você está me entendendo? Certo? Não é verdade? QUADRO SINTÉTICO DAS FUNÇÕES DA LINGUAGEM No processo da comunicação, todos os elementos estão, de certa forma, presentes. O que há é uma predominância de um sobre os demais; por conta disso, um deles determina a função da linguagem. O PREDOMÍNIO DO(A) IMPLICA FUNÇÃO DA LINGUAGEM Emissor O predomínio da Emotiva (Expressiva) Receptor O predomínio da Conativa (Apelo) Canal O predomínio da Fática Código O predomínio da Metalinguística Referente O predomínio da Referencial Mensagem O predomínio da Poética Campo Lexical e Campo Semântico Primeiramente, diferencia-se o que é léxico e semântica para facilitar o entendimento de campo lexical e campo semântico. Vejamos: Léxico: é o conjunto
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