Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
23/08/2008 1 MECANISMO DE AÇÃO DOS PRINCIPAIS GRUPOS DE INSETICIDAS E ACARICIDAS Celso Omoto celomoto@esalq.usp.br Biodinâmica de Inseticidas Inseticida externo Integumento Ligação ou estocagem em tecidos indiferenciadas Sítio de ação Excreção Tecidos metabólicos Conteúdo livre no fluido circulatório Composto Original Metabólitos Hollingworth (1976) Lipoproteínas e outras Barreiras à penetração Penetração Conteúdo ligado no fluido circulatório Mecanismo de Ação dos Principais Grupos de Inseticidas e Acaricidas • Neurotóxicos • Reguladores de Crescimento de Insetos • Processos metabólicos – Respiração Celular • Outros 23/08/2008 2 Neurônio Pré-Sináptico Neurônio Pós-Sináptico SINAPSE TRANSMISSÃO DE UM IMPULSO NERVOSO Transmissão Elétrica Transmissão Química ao longo da célula nervosa na sinapse Po te nc ia l d e M em br an a (m V ) Tempo (milisegundos) entrada de Na potencial de ação saída de K potencial de repouso Transmissão Elétrica do Impulso Nervoso Inseticidas moduladores dos canais de Na+: Interferem com o fechamento dos canais de Na+; – DDT e seus análagos; – Piretróides: tipo I e tipo II; Inseticidas Neurotóxicos – Venenos axônicos Inseticidas bloqueadores dos canais de Na+ – (i.e.,: impedem a abertura deles): • Oxadiazinas (p.ex., indoxacarb); Inseticidas Neurotóxicos – Venenos axônicos Neurotóxicos: Inseticidas que Atuam na Transmissão Elétrica • Piretróides e DDT (moduladores de canais de Na) • Oxadiazinas (bloqueadores de canais de Na) Neurônio Pré-Sináptico Neurônio Pós-Sináptico SINAPSE TRANSMISSÃO DE UM IMPULSO NERVOSO Transmissão Elétrica Transmissão Química ao longo da célula nervosa na sinapse 23/08/2008 3 Cérebro e Corda Nervosa Ventral Sistema Nervoso Central Visceral Sensorial Motor Receptor MúsculoGlândulas e Órgãos Colinérgicas Glutaminérgicas Indolaminérgicas Catecolaminérgicas Octopaminérgicas Junções Músculo Corpo Celular Neurônio sensorial Neurônio Motor Interneurônios Sistema Nervoso Periférico em Insetos Tópicos em Neurofisiologia Acetilcolina Acetilcolinesterase Ácido Acético + Colina JUNÇÕES COLINÉRGICAS JUNÇÕES GLUTAMINÉRGICAS L-Glutamato Ácido Gama-Aminobutírico (GABA) • Inseticidas inibidores da enzima acetilcolinesterase – Organosfoforados – Carbamatos Inseticidas Neurotóxicos – Venenos sinápticos • Inseticidas que agem em receptores de acetilcolina • Agonistas de receptores da acetilcolina (=, mas imitam sem serem degradados por AChE) : – Nicotina e neonicotinóides (p.ex., imidacloprid, acetamiprid, thiametoxam); Inseticidas Neurotóxicos – Venenos sinápticos Neonicotinóides Similaridade na estrutura química do imidacloprid e da nicotina 23/08/2008 4 • Inseticidas que agem em receptores de acetilcolina • Moduladores de receptores nicotínicos da acetilcolina (abrem canais iônicos na membrana pós-sináptica, mas ligam-se em ponto diferente da ACh): –Spinosinas (p.ex., spinosad); Inseticidas Neurotóxicos – Venenos sinápticos • Inseticidas que agem em receptores de: – Ác. g-amino butírico (GABA): • Inibidores do complexo receptor GABA-canais Cl-: – BHC (=HCH) – ciclodienos (p.ex., endosulfam) – fenilpirazóis (p.ex., fipronil); Inseticidas Neurotóxicos – Venenos sinápticos Inseticidas Neurotóxicos – Venenos sinápticos • Inseticidas que agem em receptores de: – Ác. g-amino butírico (GABA): • Agonistas de GABA-canais Cl- – Avermectinas Neurotóxicos: Inseticidas que Atuam na Transmissão Sináptica • Fosforados e Carbamatos (inibidores da acetilcolinesterase) • Nicotina, Neonicotinóides e Spinosinas (Moduladores de receptores nicotínicos da acetilcolina ) • Cartap (Bloqueadores de receptores nicotínicos da acetilcolina ) JUNÇÕES GLUTAMINÉRGICAS • Avermectinas e Milbemicinas (agonistas do GABA) • Ciclodienos e Fenil-Pirazóis (antagonistas do GABA) JUNÇÕES COLINÉRGICAS • Dogma central da Entomologia: – INSETOS CRESCEM POR MUDAS PERIÓDICAS Fonte: Gullan & Cranston (1994) Tópicos sobre o Crescimento de Insetos Tegumento dos Insetos duto da glândula dérmica epicutícula procutícula epiderme membrana basal glândula dérmicaenócito célula tricógena endocutícula exocutícula seta espaço subcuticular 23/08/2008 5 Composição Química da Cutícula quitina Reguladores de Crescimento de Insetos Inibidores da biossíntese de quitina HORMÔNIO PROTORACICO-TRÓPICO HORMÔNIO JUVENIL ECDISTERÓIDES Relações entre os hormônios da metamorfose e ecdise 4º ínstar 5º ínstar pupa adulto local de secreção corpo alado glândulas protorácicas células neuro-secretoras do cérebro células neuro-secretoras do cérebro células neuro-secretoras do cérebro hormônio hormônio juvenil (HJ) ecdisteróides hormônio protorácico- trópico (HPTT) hormônio da eclosão bursicônio Nível de HJ alto Retenção dos caracteres larvais Transformação para a fase de pupa Nível de HJ baixo Ausência de HJ Transformação para a fase adulta Escurecimento e endurecimento da cutícula Ecdise Ativação das glândulas protorácicas Programação das células Apólise Principais Eventos Endocrinológicos Interferentes na Ação Hormonal • Análogos do Hormônio Juvenil (HJ; ou Juvenóides): – Ligam-se a receptores diferentes dos do HJ no interior da célula, mas ativam os mesmos genes ativados pelo HJ, desencadeando ação semelhante a este; • Fenoxycarb e pyriproxifen; Interferentes na Ação Hormonal • Agonistas de ecdisteróides: – Imitam a ação de ecdisteróides se ligando ao complexo receptor destes (EcR/USP) no interior da célula epidérmica; • Diacilhidrazinas (p.ex., tebufenozide, metoxifenozide); 23/08/2008 6 Reguladores de Crescimento de Insetos (RCI) • Inibidores da Síntese da Quitina: Benzoilfeniluréias (novaluron, lufenuron, flufenoxuron, triflumuron, etc.) • Juvenóides (Agonistas do Hormônio Juvenil): methoprene, fenoxycarb, pyriproxifen, etc.) • Agonistas de Ecdisteróides: tebufenozide e methoxifenozide PROCESSOS METABÓLICOS Respiração Celular • Inibidores da ATP sintetase • Inibidores do Transporte de Elétrons Ciclo de Krebs CO2 NADH2 NADH2 desidrogenase Inibidores da ATPase Organoestânicos Propargite Diafenthiuron Desacopladores de prótons Clorfenapyr Succinato Flavoproteína Citocromo b Citocromo c1 Citocromo c Citocromo oxidase H2O O2 ATP X Sítio I Sítio II Sítio III ADP + P ATP Ciclo de Krebs CO2 NADH2 NADH2 desidrogenase Inibidores da ATPase Organoestânicos Propargite Diafenthiuron Desacopladores de prótons Clorfenapyr Succinato Flavoproteína Citocromo b Citocromo c1 Citocromo c Citocromo oxidase H2O O2 ATP Transporte de elétrons X X Inibidores do transporte de elétrons Fenpyroximate, Pyridaben (Sítio I) Sítio I Sítio II Sítio III ADP + P ATP PROCESSOS METABÓLICOS Respiração Celular • Inibidores da ATP sintetase: diafenthiuron, organoestânicos (óxido de fenbutatin, cihexatin, etc.), propargite e pyrroles (chlorfenapyr) • Inibidores do Transporte de Elétrons: fenpyroximate, pyridaben, etc. 23/08/2008 7 Proteínas inseticidas de Bt • Disrruptores da membrana do intestino médio de insetos: – Ex. -endotoxina de Bacillus thuringiensis; Modo ação de proteínas inseticidas de Bt Inseticidas com outros modos de ação • Bloqueadores seletivos de alimentação: pymetrozine e flonicamide; • Inibidoresda síntese de lipídeos: derivados do ácido tetrônico (spirodiclofem e spiromesifem); • Inibidores de crescimento de ácaros: hexythiazox, clofentezine,etoxazole • Moduladores de receptores de rianodina: chlorantraniliprole, flubendiamide Moduladores de Receptores de Rianodina • Moduladores de Receptores de Rianodina: – Regulam liberação de Ca++ intracelular (efeito na contração muscular) – Diamidas N NN N O Cl Br N O Cl Chlorantraniliprole RESISTÊNCIA CRUZADA VERSUS RESISTÊNCIA MÚLTIPLA Resistência Cruzada: Um mecanismo de defesa confere resistência a diferentes produtos (compostos geralmente relacionados). Ex.: permethrin e cypermethrin RESISTÊNCIA CRUZADA VERSUS RESISTÊNCIA MÚLTIPLA Resistência Cruzada: Um mecanismo de defesa confere resistência a diferentes produtos (compostos geralmente relacionados). Ex.: permethrin e cypermethrin Resistência Múltipla: Resistência a diferentes produtos é conferida por diferentes mecanismos de defesa coexistentes (compostos geralmente não relacionados). Ex.: permethrin e novaluron
Compartilhar