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Plano de Aula: NOVAS FORMAS NARRATIVAS JORNALISMO DE DADOS - CCA0799 Título NOVAS FORMAS NARRATIVAS Número de Aulas por Semana Número de Semana de Aula 10 Tema Hipermídia e a estética da base de dados Objetivos Ao final da aula, o aluno estará apto a: Gerais - Compreender o conceito de narrativa na hipermídia aplicado à visualização dos dados - Conhecer os formatos mais importantes de visualização dos dados Específicos - Estudar as características do formato tabelas - Estudar as características do formato mapas - Estudar as características do formato gráficos e infográficos - Estudar as características do formato diagramas Estrutura do Conteúdo Após a apresentação do conceito de visualização de dados da aula anterior, esta aula e as duas seguintes irão focar nas formas narrativas que o jornalismo de dados tem se utilizado. Ou seja, o bloco composto por três aulas irá se dedicar a desdobrar a importância, as características, técnicas e princípios de design que auxiliam o jornalista de dados a desenvolver uma narrativa mais eficaz e informativa. Por isso, o professor deverá iniciar esta aula apresentando o conceito de narrativa jornalística aplicado à hipermídia, que seria uma forma narrativa interativa e dinâmica, que utiliza os diferentes recursos do mundo digital para contar uma história. Em jornalismo de dados, as narrativas hipermidiáticas também são denominadas de este´tica da base de dados. Cabe destacar que a hipermídia possibilita uma escrita combinatória, relacional, tendo como recurso criativo a mobilidade na estrutura fragmentada e múltipla de meios. Assim, surgem alguns formatos típicos que são usados no jornalismo de dados, que delimitam a escrita ao mesmo tempo fixa e móvel, sendo que sua existência faz-se na mistura de diferentes recursos, permitindo a construção de narrativas mutantes regidas pelo múltiplo e o imprevisível. Um dos principais objetivos desta fase do tratamento do dado é é projetar visualizações de dados para um público menos técnico, é dizer ao leitor a história por trás dos dados. Na narrativa de dados, o leitor depende do jornalista para compreender o sentido por trás da visualização de dados e, em seguida, transformar insights úteis em histórias visuais que eles possam compreender. Por isso, a orientação que se dá ao jornalista de sempre criar uma visualização focada na possibilidade de compreensão do leitor para que ele possa rapidamente extrair significado sem muito esforço. A partir desta ótica, a composição das peças informativas, os formatos para os conteúdos e a apresentação das informações jornalísticas utilizam muitos dos recursos das tabelas, gráficos, infográficos, mapas e diagramas. Para isso, além das ferramentas apresentadas na aula anterior, o professor pode apresentar aos alunos novos recursos que foram selecionados e testados pelo Centro Knight, da Universidade do Texas, selecionou que permitem construir linhas do tempo, gráficos e mapas sem precisar recorrer a códigos ou programas como InDesign e Illustrator, cujo domínio geralmente não consta no currículo de jornalistas, conforme a seguir: a) Infogr.am: essa ferramenta é um achado para quem engatinha em programas profissionais de design gráfico. Ela oferece seis temas (layouts) e 14 tipos de gráficos (barras, pizzas, linhas, entre outros) para construir visualizações interativas. b) Easel.ly: serviço de criação de infografia online (ainda em versão beta) é super intuitivo e oferece algumas funcionalidades que não encontramos na ferramenta anterior, como a flexibilidade para organizar livremente o grid e reestruturar os temas pré-definidos. Há 15 temas disponíveis, mas o serviço promete outros em breve. c) Tableau Public: programa de visualizações interativas de dados que também não requer habilidades de programação, mas exige um bom entendimento de organização de bases de dados e formatos de gráficos. d) TimelineJS: linhas do tempo são bastante úteis para prover contexto e criar narrativas temporais, por isso estão entre as infografias mais comuns em veículos noticiosos. A VéritéCo disponibiliza uma ferramenta open source e gratuita que facilita a tarefa de criar uma linha do tempo interativa. Não é preciso cadastro para acessar o recurso. Mas é preciso ter uma conta no Google, pois as entradas da visualização são feitas em uma planilha pré- formatada que fica armazenada no Google Drive. e) Mapbox: a ferramenta criada pela organização Development Seed permite que até usuários sem qualquer experiência em georreferenciamento de dados construam mapas personalizados e interativos. Depois de fazer o login no site e clicar em "new map", o único trabalho é adicionar as informações nos marcadores (título e conteúdo) e posicioná-los no mapa. Há um campo de busca que ajuda a localizar pontos específicos, como bairros, rios e estradas. Depois de posicionar todos os marcadores, é só publicar. Aplicação Prática Teórica Leitura recomendada: Machado, Elias. A Base de Dados como Formato no Jornalismo Digital. Disponível em: http://www.bocc.ubi.pt/pag/machado-elias-base-dados-formato- jornalismo-digital.pdf BARBOSA, S. A.; TORRES, V. O paradigma Jornalismo Digital em Base de Dados: modos de narrar, formatos e visualização para conteúdos. Galaxia (São Paulo, Online), n. 25, p. 152-164, jun. 2013. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/gal/v13n25/v13n25a13.pdf
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