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Pesquisa_ Diarréia infecciosa aguda infantil

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1 
 
Diarréia infecciosa aguda infantil 
 
Introdução 
 A Diarréia Infecciosa Aguda (DIA) é uma das enfermidades mais persistentes e uma das que 
mais matam crianças no mundo. Buscaremos com essa revisão, ressaltar a gravidade do 
problema buscando os mais diversos meios, opiniões e dados. Além disso, buscaremos retratar 
a abordagem dos enfermeiros diante casos de DIA, a fim de tomar ciência e refletir sobre as 
práticas de assistência de enfermagem sobre pacientes na primeira infância. 
Métodos 
Por intermédio de buscas feitas na internet, fizemos um levantamento de dissertações, livros, 
teses e artigos produzidos no Brasil, Chile e Estados Unidos. As bases de dados utilizadas de 
teses, livros e dissertações foram: 
 CAPES (por meio do acesso CAFE) 
 Scholar Google. 
As bases de dados utilizadas de artigos foram: 
 Scielo (área: ciências da saúde) 
 Sci hub 
 Scholar Google 
Dados e diagnóstico 
 A diarreia é um sintoma comum de infecções gastrointestinais causadas por uma ampla gama 
de patógenos, incluindo bactérias, vírus e protozoários. Contudo, apenas alguns organismos são 
responsáveis pela maioria casos agudos de diarréia infantil. O rotavírus é a principal causa de 
diarréia aguda e é responsável cerca de 40% de todas as internações hospitalares entre crianças 
menores de cinco anos de idade em todo o mundo. (UNICEF,2009) 
 Quando a mortalidade infantil no mundo é distribuída por causas, observa-se que as mortes 
atribuídas à diarréia infecciosa ocupam os primeiros lugares, após as causas neonatais. Mesmo 
uma análise moderna, como a relacionada ao desenvolvimento ambiental, localiza a diarréia 
infecciosa em primeiro lugar. (GONZALES S., 2011) 
 As estatísticas do Ministério da Saúde (MINSA - Gabinete de Estatística e Informática) referem 
a diarreia infecciosa como a terceira causa de consultas ambulatoriais em todos os grupos 
etários, até 2007. Portanto, a importância ter guias de prática clínica de qualidade que permitam 
melhorar o atendimento de pacientes pediátricos. (GONZALES S. et al. 2011) 
 A diarreia infecciosa aguda (DIA) é definida como uma diminuição na consistência as fezes 
(moles ou líquidas) e / ou aumento da frequência das fezes, com ou sem febre ou vômitos. A 
diarréia aguda geralmente dura menos de 7 dias e não mais que 14 dias. Nos primeiros meses de 
vida, uma mudança na consistência das fezes é mais indicativa de diarreia do que o número de 
2 
 
evacuações. Leve em conta que em crianças com DIAs, o vômito geralmente dura de 1 a 2 dias e 
a maioria para dentro de 3 dias. (GONZALES S. et al., 2011) 
 Em 2005, a OMS complementou seu posicionamento com a sugestão de reduzir a osmolaridade 
da solução de reidratação oral e a recomendação da administração de zinco por via oral. Em 
2006, a vacina contra rotavírus foi incluída no calendário de vacinação no Brasil. (SADOVSKY et 
al,2011). O desenvolvimento da vacina contra o rotavírus têm sido considerado uma contribuição 
importante que impacta na incidência da DIA, na redução das formas graves e no número de 
hospitalizações e reduz assim o risco de morte por essa doença. (BRANDT et al. 2015) 
 A diarreia causada por rotavírus representa um grave problema de saúde pública. Segundo a 
Organização Mundial da Saúde (OMS), a infecção por esse agente é a mais comum causa de 
diarreia em crianças menores de cinco anos em todo o mundo, sendo responsável por 
aproximadamente 600 mil mortes por ano e 40% das hospitalizações por gastroenterites. Apenas 
no continente americano, estima-se que ocorram ao redor de 75 mil internações e 15 mil óbitos 
anualmente relacionados à doença. (Kfouri RA et al, 2017). 
 São frequentes os questionamentos de médicos e familiares sobre a utilização da vacina 
rotavírus, especialmente no que se refere à sua eficácia e segurança, com particular atenção às 
crianças com quadros de alergia alimentar, em particular aquelas com diagnóstico ou suspeita 
de alergia às proteínas do leite de vaca (APLV), muito comuns no Brasil. 
Costa e cols. avaliaram as mortes e hospitalizações por diarreia em menores de 5 anos após a 
introdução da vacina no Brasil, e observaram o seguinte: 
– diminuição de 20,9% nos óbitos por gastroenterite (GE) em menores de 5 anos; 
– diminuição de 57,1% nos óbitos hospitalares por GE em menores de 5 anos; 
– diminuição de 26,6% em hospitalizações por GE em menores de 5 anos; 
 A vacina rota vírus é de fundamental importância, sendo que seu uso deve ser administrado 
com cautela para evitar complicações adversas. São contraindicações para a utilização das 
vacinas rotavírus: alergia grave em dose prévia; alergia a um dos componentes da vacina; 
lactantes com suspeita ou diagnóstico de imunodeficiência; história prévia de intussuscepção; 
malformações intestinais. (Kfouri RA et al, 2017) 
 Nas crianças, no que se refere aos aspectos fisiopatológicos das diarréias, é sabido que elas 
causam distúrbios na homeostase hidroeletrolítica gástrica e entérica, caracterizados por 
diminuição da absorção e aumento da secreção entérica de água e de eletrólitos e, 
consequentemente, grandes perdas fecais. Esses processos, por sua vez, geram uma 
instabilidade circulatória e/ou uma deterioração renal, podendo levar ao óbito, quando não há 
uma assistência clínica efetiva em tempo hábil. (ARAÚJO, 2007) 
Intervenção hospitalar: enfermeiro 
 Ao identificar os problemas de saúde do paciente, o enfermeiro traça um plano de cuidados 
baseado em sinais e sintomas para a formulação dos diagnósticos de enfermagem, segundo a 
3 
 
taxonomia de North American Nursing Diseases Association (NANDA), considerando as 
necessidades humanas básicas e as individualidades do paciente. (LEÃO et al., 2013). 
 No caso da diarréia, segundo LEÃO et al., o enfermeiro deve intervir da seguinte maneira: 
investigar os fatores causadores/contribuintes: alimentação por sonda, exageros dietéticos, 
alimentos contaminados, alergias alimentares, viagem ao exterior, impactação fecal; eliminar ou 
reduzir efeitos adversos da alimentação por sonda, como administrar a dieta lentamente em caso 
de sinais da intolerância gastrointestinal; estimular a ingestão de líquidos ricos em potássio e 
sódio (água, suco de maçã); advertir sobre o uso de líquidos muitos quentes ou muito frios; 
prevenir a transmissão de infecção ( lavagem das mãos; estocagem, manipulação e cozimento 
adequado dos alimentos; alimentos em piqueniques). 
 Segundo Wong (2013), em casos de gastroenterite infantil, o enfermeiro deve: Obter uma 
anamnese cuidadosa da doença, incluindo o seguinte: Possível ingestão de comida ou água 
contaminada; possível infecção em outro local (infecção do trato respiratório ou urinário). Além 
disso: realizar um exame físico de rotina; avaliar o estado de hidratação (tabela 1) ; registrar 
eliminação fecal (número, volume, características); observar e registrar a presença de sinais 
associados (tenesmo, cólicas, vômitos); Auxiliar nos procedimentos diagnósticos, como: colher 
amostras quando necessário; fezes para pH, sangue, açúcar, frequência; urina para pH, gravidade 
específica, frequência; HC, eletrólitos séricos, creatinina, ureia; Detectar a fonte de infecção, 
como: examinar outras pessoas que moram na mesma residência, e encaminhar para tratamento 
quando indicado. 
 
Tabela 1. Manifestações clinicas de desidratação 
 
 
 
 
 Isotônica (perda de água e de sal) 
Hipotônica (Perda de sal maior 
Que a de agua) 
Hipertônica (Perda de água maior 
 Que a de sal) 
Pele 
Cor Cinza Cinza Cinza 
Temperatura Fria Fria Fria ou quente 
Turgor Ruim Muito ruim Regular 
Sensação Seca Pegajosa Espessada, pastosa 
 
Mucosas Secas Ligeiramente úmidas RessecadaLacrimejamento 
/salivação Ausente Ausente Ausente 
Bulbo do olho Deprimido e mole Deprimido Deprimido 
Fontanela Deprimida Deprimida Deprimida 
Temperatura corporal Subnormal Subnormal ou elevada Subnormal ou elevada 
Pulso Rápido Muito rápido Moderadamente rápido 
Respirações Rápidas Rápidas Rápidas 
Comportamento Irritável e letárgico Letárgico comatoso; convulsões 
Acentuadamente letárgico com 
Hiperirritabilidade extrema à estimulação 
4 
 
 
 
Referências 
UNICEF/WHO, Diarrhoea: Why children are still dying and what can be done, 2009. Disponivel em: 
<https://www.unicef.org/media/files/Final_Diarrhoea_Report_October_2009_final.pdf > 
GONZALES S., Carlos et al . Guía de práctica clínica sobre el diagnóstico y tratamiento de la diarrea aguda infecciosa 
en pediatría Perú - 2011. Rev. gastroenterol. Perú, Lima , v. 31, n. 3, p. 258-277, jul. 2011 . Disponível em 
http://www.scielo.org.pe/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1022-51292011000300009&lng=pt&nrm=iso . 
Acessos em 07 set. 2018. 
SADOVSKY, Ana Daniela Izoton de, et al. Diarreia aguda: diagnóstico e tratamento. Sociedade Brasileira de 
Pediatria,2011. Disponível em < http://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/2017/03/Guia-Pratico-Diarreia-
Aguda.pdf > 
BRANDT, Kátia Galeão; ANTUNES, Margarida Maria de Castro; SILVA, Gisélia Alves Pontes da. Diarreia 
aguda: manejo baseado em evidências. J. Pediatr. (Rio J.), Porto Alegre , v. 91, n. 6, supl. 1, p. S36-
S43, Dec. 2015. Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0021 
75572015000800005&lng=en&nrm=iso>. access 
on 11 Sept. 2018. http://dx.doi.org/10.1016/j.jped.2015.06.002. 
ARAÚJO, Márcio Flávio Moura de, et al. A prevalência de diarréia em crianças não amamentadas ou com amamentação 
por tempo inferior a seis meses. Ciência, Cuidado e Saúde, 2007 Jan/Mar: 76-84. Disponível em: < 
https://www.researchgate.net/profile/Marcio_Flavio_Araujo/publication/267838899_A_PREVALENCIA_DE_DIARREI
A_EM_CRIANCAS_NAO_AMAMENTADAS_OU_COM_AMAMENTACAO_POR_TEMPO_INFERIOR_A_SEIS_MESES/links/
55dd0dac08ae3ab722b1af8e.pdf 
LEÃO et al. Medicina tropical e infectologia na Amazônia. Volume 1. Sumauma editorial, 2013. 
WILSON, David; HOCKENBERRY, Marylin J., Manual clínico de enfermagem pediátrica. 2.ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 
2012. 
Costa , et al. Sustained Decrease in Gastroenteritis-related Deaths and Hospitalizations in Children Less Than 5 Years 
of Age After the Introduction of Rotavirus Vaccination: A Time-Trend Analysis in Brazil (2001-2010), Pediatr Infect Dis 
J. 2016;35(6):e180-90. 
Kfouri RA et al., Vacina rotavírus: segurança e alergia alimentar – Posicionamento das Sociedades Brasileiras de Alergia 
e Imunologia (ASBAI), Imunizações (SBIm) e Pediatria (SBP). Arq Asma Alerg Imunol – Vol. 1. N° 1, 2017. Disponível 
em: < http://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/2017/05/aaai_vol_1_n_1_a6-003.pdf >

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