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LUBRIFICAÇÃO DE MOTORES ELETRICOS

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Motores Elétricos 
 Lubrificação de 
Tudo que você precisa saber sobre 
Por 
Jhonata Teles 
 
ENGETELES – Engenharia de Manutenção 
Consultoria e Treinamentos 
 
Setor Hoteleiro Norte – Quadra 01 
Edifício Lê Quartier – Bloco A – Sala 1414 
Brasília-DF CEP: 70701-000 
(61) 3255-1325 
 
www.engeteles.com.br 
Afinal, o que é um Motor Elétrico? 
 
Um motor elétrico é um equipamento que transforma energia elétrica 
em energia mecânica, e através de seus movimentos, agrega valor 
em diversos processos produtivos. 
O motor elétrico é o tipo de motor mais presente nos processos 
produtivos pelos seguintes motivos: 
 Baixo Custo (Quando comparado com outros tipos de motores); 
 Construção Simples; 
 Facilidade de Transporte; 
 Manutenção Simples; 
 Grande Gama de aplicações. 
 
A maioria de motores elétricos trabalha pela 
interação entre campos eletromagnéticos, 
mas existem motores baseados em outros 
fenômenos eletromecânicos, tais como 
forças eletrostáticas. O princípio 
fundamental em que os motores 
eletromagnéticos são baseados é que há 
uma força mecânica em todo o fio quando 
está conduzindo corrente elétrica imersa em um campo magnético. 
A força é descrita pela lei da força de Lorentz e é perpendicular ao 
fio e ao campo magnético. Em um motor giratório, há um elemento 
girando, o rotor. O rotor gira porque os fios e o campo magnético são 
arranjados de modo que um torque seja desenvolvido sobre a linha 
central do rotor. 
A maioria de motores magnéticos são rotativos, existem também os 
tipos lineares. Neste artigo, abordaremos apenas a lubrificação dos 
modelos rotativos. 
 
ENGETELES – Engenharia de Manutenção 
Consultoria e Treinamentos 
 
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Um motor elétrico rotativo é composto basicamente pelos 
componentes abaixo. Variando apenas o tamanho e modelo dos 
componentes de acordo com o porte do motor. Mas em geral, sua 
forma construtiva será sempre a mesma. 
 
O modelo usado no exemplo acima é fabricado pela WEG e você 
pode perceber que o motor é composto por um eixo, rotor, estator, 
carcaça, tampas e o mais importante: ROLAMENTOS. 
Não são todos os motores elétricos que são compostos por 
rolamentos, alguns motores (geralmente os de grande porte) são 
montados com casquilhos. Nesse artigo, nós iremos abordar apenas a 
lubrificação de motores elétricos compostos por rolamentos e 
lubrificados a graxa. 
Eu quero, que a partir de agora, sua atenção e foco estejam voltados 
para os componentes do motor elétrico que recebem lubrificação, ou 
seja, os rolamentos. 
 
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Lubrificação de Rolamentos 
Você certamente sabe o que é e o que faz um rolamento, caso não 
saiba, clique aqui e prossiga com a leitura desse artigo. 
Os rolamentos compõem cerca de 90% dos motores elétricos e são os 
componentes mecânicos mais frágeis dentro do motor. Qualquer 
variação no estado normal de trabalho de um motor elétrico afetará 
os rolamentos e eles, hora ou outra os rolamentos irão denunciar essa 
variação com algum sintoma. Seja com elevação dos índices de 
temperatura, vibração, ruídos, etc. 
Nós preparamos o gráfico abaixo, que mostra quais são as principais 
causas de falhas em rolamentos. Analise: 
 
Observe que 53% dos rolamentos falham por problemas ligados à 
lubrificação. Pois devemos considerar que a contaminação é um 
problema que pode ser evitado se a lubrificação for realizada de 
forma correta. 
Sendo assim, a cada 10 rolamentos, 5 quebram por falhas no 
processo de lubrificação. É um índice muito alto! E você irá aprender 
as melhores práticas para que seus equipamentos não entrem para 
essa estatística. 
 
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Agora que você já sabe que mais da metade dos rolamentos falham 
por problemas ligados à lubrificação, irei lhe apresentar os 5 pilares do 
seu plano de lubrificação de motores elétricos. 
 
A definição de um plano de lubrificação perfeito é: lubrificante limpo 
e correto, no lugar certo, na quantidade exata e na frequência 
correta. 
Os pontos acima são chamados de pilares, pelo simples fato de terem 
a mesma importância dentro do plano de lubrificação. Se você 
realizar um plano, que deixe qualquer um desses itens de fora, seu 
plano está incompleto! 
Se colocarmos muito ou pouco lubrificante, o rolamento vai quebrar. 
A quantidade deve ser exata! 
Se colocarmos o lubrificante errado, o rolamento vai quebrar! 
Se lubrificarmos na frequência errada, o rolamento vai quebrar. A 
frequência deve ser exata! 
Se o lubrificante estiver contaminado, o rolamento vai quebrar! 
Se não monitorarmos as condições básicas de funcionamento dos 
motores, não temos informações confiáveis para compor o plano de 
lubrificação! 
Quantidade de 
Lubrificante 
Tipo de 
Lubrificante 
Frequência de 
Relubrificação 
Controle de 
Contaminação 
Monitoramento 
de Condições 
Básicas 
 
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Quantidade de Lubrificante 
O que mais desestabiliza um plano de lubrificação é a quantidade de 
lubrificante. Lubrificante demais ou de menos, são prejudiciais na 
mesma proporção. 
No caso dos motores elétricos, o overgreasing (termo para excesso de 
lubrificação) é ainda mais prejudicial, pois a quantidade excessiva de 
graxa entra em contato com o bobinamento do motor elétrico, 
causando a queima do mesmo. Veja alguns exemplos: 
 
 
 
 
 
 
No caso de falta de lubrificação, os problemas são ainda maiores. 
Podem causar falhas prematuras nos rolamentos, desgastes, pittings, 
corrosão, oxidação, dentre outras falhas. 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: NSK – Bearing Doctor 
 
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Então aprenda agora a calcular a quantidade exata de graxa para 
relubrificar os rolamentos de um motor elétrico. 
A quantidade de graxa depende única e exclusivamente do 
tamanho do rolamento, quanto maior o rolamento maior é a 
quantidade graxa usada para relubrifica-lo. 
A fórmula é simples: 
G = 0,005 x B x D 
Onde: 
G = Quantidade de Graxa em Gramas 
0,005 = Constante da fórmula 
B = Largura do Rolamento em milímetros 
D = Diâmetro Externo do Rolamento em Milímetros 
 
Usaremos como exemplo o rolamento 61822, veja abaixo suas 
dimensões: 
 
G = 0,005 x B x D 
G = 0,005 x 16 x 140 
G = 0,005 x 2240 
G = 11,2 gramas 
 
 
 
De acordo com o cálculo, agora sabemos que se o motor elétrico for 
equipado com rolamentos 61822, a quantidade ideal de graxa para 
relubrifica-lo é 11,2 gramas. 
 
Uma boa prática é usar um medidor de vazão 
(foto) acoplado à bomba de graxa para saber a 
quantidade real de graxa que está sendo 
aplicada no rolamento.Essa é uma fórmula de aproximação 
simples, que considera que o 
rolamento trabalhe com 1/3 
preenchido com graxa. Não leva em 
consideração tipo de rolamento, 
local e posição de instalação, 
condições de trabalho, etc. 
 
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Frequência de Relubrificação 
No tópico anterior você aprendeu a calcular a quantidade de graxa 
para relubrificação de um rolamento. Agora, irá aprender como 
definir o período ideal para relubrificação de um rolamento de motor 
elétrico. 
 
Em um plano de lubrificação para motores elétricos, a frequência de 
relubrificação é o item que mais deve receber atenção. Qualquer 
deslize pode comprometer a vida útil do rolamento em mais de 50%, 
afetando diretamente a confiabilidade do motor elétrico. 
 
Para definir a frequência de relubrificação, é levada em 
consideração a configuração de cada motor elétrico em particular. 
Ou seja, você pode ter 2 motores elétricos exatamente iguais, mas se 
eles estiverem montados em posições diferentes, por exemplo, a 
frequência de relubrificação já muda. 
 
Os itens considerados para definir a frequência são: 
 
 
 
 
 
 
 
 
Com todas essas informações em mãos, basta consultarmos a tabela 
abaixo. 
Velocidade de Trabalho 
(RPM) 
Potência do Motor 
(em HP) 
Tipo de Acoplamento 
(Direto ou por Correias) 
Temperatura de Trabalho 
(em ºF) 
Regime de Trabalho 
(Contínuo ou Reserva) 
 
a) Motores elétricos nessas configurações devem ter um intervalo menor de relubrificação 
b) A Relubrificação de motores reserva, devem ser feitos na proporção 1.5 quando comparados a motores em operação; 
c) Nunca exceder 58 meses; 
d) Nunca exceder 40 meses; 
e) Nunca exceder 22 meses; 
f) Nunca exceder 11 meses.
Velocidade (RPM) Potência (HP) Acoplamento 
Temperatura 
Ambiente 
Regime de Trabalho 
Frequência 
de Relubrificação 
(em Meses) 
1200 1800 3600 (a) >100(a) <100 Correia (a) Direto >140 (a) <140 Contínuo (a) Reserva 
 12 – 18 (e) 
 12 – 18 (e) 
 6 – 9 (f) 
 (b) 36 – 54 (c) 
 Para Todos 24 – 36 (d) 
 Standby 24 – 36 (d) 
 Standby 12 – 18 (e) 
 Standby 24 – 36 (d) 
 12 – 18 (e) 
 12 – 18 (e) 
 6 – 9 (f) 
 (b) 24 – 36 (d) 
 Para Todos 12 – 18 (e) 
 Standby 12 – 18 (e) 
 Standby 6 – 9 (f) 
 Standby 12 – 18 (e) 
 6 – 9 (f) 
 6 – 9 (f) 
 6 – 9 (f) 
Citando um exemplo da tabela, temos a seguinte situação: 
Um motor elétrico que trabalha a 3600 RPM, que tem potência menor 
que 100 HP, trabalhando acoplado por correia, em regime contínuo e 
temperatura inferior a 140º F, deve ser relubrificado a cada 12 ~ 18 
meses. 
Essa tabela foi construída para facilitar o trabalho de engenheiros e 
técnicos que antes deviam calcular item a item para descobrir a 
frequência correta de relubrificação. 
Qual era a fórmula usada antes da tabela? 
 [(
 
 
) ] 
Onde: 
T = Tempo para a próxima lubrificação; 
K = Produto de todos os fatores de correção (Ft x Fc x Fm x Fv x Fp x Fd). Veja tabela; 
N = Velocidade (RPM); 
b = Diâmetro Interno (mm). 
Fatores de Correção para intervalor de lubrificação a graxa 
Condição Faixa de Operação Média Fator de Correção 
Temperatura 
Ft 
 
>150 ºF 
Entre 150 e 175 ºF 
Entre 175 e 200 ºF 
Maior que 200 ºF 
1.0 
0.5 
0.2 
0.1 
Contaminação 
Fc 
 
Leve / Sem poeira abrasiva 
Pesada / Sem poeira abravisa 
Leve/ Com poeira abrasiva 
Pesada / Com poeira abrasiva 
 
1.0 
0.7 
0.4 
0.2 
Umidade 
Fm 
 
Umidade menor que 80% 
Umidade entre 80 e 90% 
Condensação ocasional 
Umidade ocasional no alojamento 
 
1.0 
0.7 
0.4 
0.2 
Vibração 
Fv 
 
Menor que 0.2 polegadas/seg. 
Entre 0.2 e 0.4 
Maior que 0.4 
1.0 
0.6 
0.3 
Posição 
Fp 
Horizontal 
Na diagonal em 45º 
Vertical 
1.0 
0.5 
0.3 
Tipo do Rolamento 
Fd 
Rolamento de Esferas 
Rolamentos de rolos cilíndricos 
Rolamentos de rolos cônicos 
10 
5.0 
1.0 
 
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Tipos de Graxa Lubrificante 
Existem diversos tipos de graxa lubrificante no mercado. Rolamentos 
de motores elétricos exigem tipos específicos de graxas e você irá 
aprender que tipos são esses agora. 
Composição das graxas: 
 
 
 
 
 
 
 
As graxas são compostas por 3 itens básicos: 
 Óleo Lubrificante: que pode ser mineral ou sintético; 
 Espessante: podendo ser sabão metálico ou não sabão; 
 Aditivos: os mesmos usados nos óleos lubrificantes. 
Como você pode observar acima, 90% da graxa é óleo lubrificante. É 
o óleo que faz a lubrificação do rolamento e garante que ele 
trabalhe frio, limpo e sem oxidação. 
O espessante é como se fosse uma esponja, que absorve o óleo 
lubrificante, quando o rolamento começa a trabalhar e aquecer, o 
espessante solta o óleo lubrificante de forma gradativa. 
Os aditivos são compostos químicos que agregam valor ao 
lubrificante, e aumentam sua proteção ao rolamento quanto a 
oxidações, corrosões, Extrema Pressão, adesividade e desgastes. 
 
Aditivos 
Mesmos usados nos 
óleos lubrificantes 
(3%) 
Óleo 
Mineral ou Sintético 
(90%) 
Espessante 
Sabão Metálico e 
Não Sabão 
(7%) 
 
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Rolamentos de motores elétricos exigem as seguintes características: 
Espessante: 
É uma boa prática utilizar uma graxa que tenha o espessante de 
Poliuréia. 
A poliuréia é um espessante não metálico. Caso aconteça algum 
imprevisto e a graxa entre em contato com o boninamento do motor, 
ela não queimará o boninamento. 
A poliuréia também é um ótimo espessante para altas velocidades, 
garantindo boa estabilidade ao lubrificante e exercendo um bom 
suprimento de óleo durante a operação. 
Óleo Lubrificante: 
O óleo lubrificante é 90% da graxa, e no momento de escolher uma 
graxa para motor elétrico é de extrema importância, nos atentarmos 
aos valores de viscosidade, índice de viscosidade e tipo de óleo: 
sintético ou mineral. 
A viscosidade ideal para rolamentos de motor elétrico varia entre 68 e 
180 cSt @ 40 ºC. 
O índice de viscosidade irá variar de acordo com o tipo de óleo, se é 
sintético ou mineral. Óleos sintéticos têm um índice de viscosidade 
muito superior ou mineral, e são recomendados para trabalhar em 
atlas temperaturas. 
Aditivos: 
É obrigatório o uso dos aditivos EP – Extrema Pressão, Anti-desgaste e 
Adesividade na lubrificação de rolamentos de motores elétricos. 
Os aditivos melhoram o desempenho do lubrificante, protegendo o 
componente em diversas situações. 
 
 
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Controle de Contaminação 
Não adianta colocarmos aquantidade correta de lubrificante, em 
uma frequência correta e bem calculada, se o lubrificante que 
estamos inserindo no rolamento do motor elétrico estiver 
contaminado. 
Não podemos pecar no quesito proteção ao lubrificante, sendo 
assim, seguem abaixo algumas boas práticas: 
1. Armazene os lubrificantes sempre em espaços cobertos, longe 
de calor, poeira e umidade; 
 
2. Use uma bomba para cada tipo de lubrificante; 
 
3. Proteja os bicos graxeiros com capas de proteção; 
 
4. Crie etiquetas de identificação para cada ponto de lubrificação 
do motor elétrico, descrevendo o lubrificante a ser usado, 
quantidade e frequência; 
 
5. Sempre que houver um dreno de graxa no motor, 
drene a graxa velha enquanto a graxa nova é 
adicionada. 
 
6. Use ferramentas para medir a quantidade de graxa exata que é 
adicionada ao rolamento do motor elétrico. 
 
7. Não armazene graxas lubrificantes por mais de 12 meses, sempre 
que possível compre em embalagens menores. 
 
8. Armazene as graxas para motor elétrico separada das graxas 
para outras aplicações. 
 
 
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Monitoramento de Condições Básicas 
É de extrema importância monitorar as condições básicas dos 
motores elétricos durante o seu funcionamento. Dessa forma, 
conseguimos ter parâmetros para saber se a lubrificação está sendo 
feita de forma correta ou não. 
O monitoramento é feio através do acompanhamento dos valores de 
temperatura, vibração e ruídos. Com dados coletados antes, durante 
e depois da lubrificação. 
Análise de Vibração 
Para motores elétricos de grande 
porte e de criticidade A, recomenda-
se que sejam coletados e analisados 
os valores de vibração de forma 
mensal. 
A análise de vibração permite 
identificar falhas em estágio inicial 
em equipamentos rotativos. Caso 
haja alguma falha no processo de lubrificação é possível identifica-la 
previamente através da análise de vibração. 
Termografia 
Qualquer anomalia durante o 
funcionamento de um motor elétrico 
será denunciado pela alteração nos 
valores de temperatura. É uma boa 
prática monitorar a temperatura de 
trabalho do motor antes e depois da 
lubrificação. 
Caso a empresa não disponha de 
uma câmera termográfica, um pirômetro à laser poderá ser utilizado. 
 
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Ultrassom 
O ultrassom é uma técnica de 
manutenção preditiva que auxilia no 
diagnóstico de um equipamento 
através da ampliação das ondas 
sonoras. Essas ondas sonoras são 
inaudíveis ao ouvido humano e 
através de um equipamento de 
ultrassom é possível escutar ruídos 
característicos de desgaste, contato 
ferro com ferro, desalinhamento, 
desbalanceamento, etc. 
 
 
Em alguns casos, recomenda-se utilizar o ultrassom durante a 
lubrificação. Quando não se sabe qual a quantidade de graxa e a 
frequência, o ultrassom irá servir de apoio para lubrificação, através 
dos espectros sonoros, é possível saber se a quantidade de graxa 
aplicada é suficiente ou não. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Sobre o Autor 
 
 
 
 
 
 
https://br.linkedin.com/in/jhonatateles 
Referências Bibliográficas 
NRC Information Notice No. 88-12, “Overgreasing of Electric Motor 
Bearings,” NER 880492. 
EPRI Report No. NP-7502. “Electric Motor Predictive and Preventive 
Maintenance Guide,” 1992. 
SKF Bearing Maintenance Institute Manual. (This manual is obtainable 
only by attending SKF bearing maintenance seminar.) 
American Bearing Manufacturer Association (ABMA) Standards Nos. 1, 
1984 and 9, 1978. 
General Electric. Guide for Relubrication and Relubrication Intervals for 
Grease-lubricated Ball and Roller Bearing Motors. (B-19). 
FAFNIR, TEXTRON, Inc. Manual, “How to Prevent Ball Bearing Failures.” 
 
Siga-nos em nossas Redes Sociais: 
www.linkedin.com.br/engeteles 
www.facebook.com.br/engeteles 
Fale conosco: contato@engeteles.com.br 
Jhonata Teles atua há 10 anos na área de manutenção industrial, 
trabalhou em industrias alimentícias, químicas, cosméticas, cimenteiras, 
mineradoras e metalúrgicas. 
Engenheiro Mecânico, graduando Eng. De Produção, Técnico em 
Mecânica e Técnico em Eletrotécnica. 
É especialista em Lubrificação Industrial com certificações internacionais 
MLT-I e MLA-I pelo ICML – International Council Machinery Lubrication. 
Analista de Vibração Nível II pela FUPAI. 
Fundador e Diretor de Engenharia da ENGETELES – Engenharia de 
Manutenção.

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