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Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Instituto de Artes
Artes Visuais
Luana Costa Teixeira
Cinema - Processos e Modalidades
Prof.: Rodrigo Guerón
RESENHAS
2019.1
BAZIN, André. A evolução da linguagem cinematográfica”. In: ---. O cinema no século. Rio de Janeiro: Imago, 1996
O francês, crítico e teórico de cinema, André Bazin, diz no capítulo VII – A Evolução da Linguagem Cinematográfica de seu livro seu livro O Cinema: Ensaios sobre as tendências em relação a arte cinematográfica, entre as década de 1920 e 1940. Essas tendências eram duas, na primeira os diretores davam crédito a imagem, já na segunda, tendiam a acreditar na realidade.
Bazin define a imagem como sendo toda e qualquer representação que esteja na tela. O autor divide as imagens em dois grupos de fatos: plástica da imagem e recurso da montagem. O grupo da plástica da imagem, é composto por iluminação, cenário, maquiagem, a interpretação dos atores, quadro e a composição. O grupo do recurso de montagem é composto basicamente da organização das imagens no. E é só a partir da montagem que um filme pode ser considerado arte, se se torna detentor de uma linguagem, que se torna distinto de uma mera fotografia animada.
O teórico fala que a montagem muito utilizada pelas produções americanas, denominada de montagem invisível, segue uma lógica, uma espécie de raciocínio calculado. Justamente por isso ela é por ele considerada como uma linguagem insensível. Ele assim considera porque quem assiste, o espectador, que por ser capaz de perceber a geografia da cena e a localização da ação do drama, aceita, seja natural ou intuitivamente o posicionamento das câmeras e os os cortes feitos por elas.
Ainda sobre esse estilo de montagem, Bazin considera que esta não suporta todas as possibilidades de montagem. Mas diz que estas possibilidades podem ser apreendidas através de três procedimentos conhecidos por “montagem paralela”, “montagem acelerada”, e “montagem de atrações”. A dita montagem paralela foi criada por Griffith, e dá a ideia de simultaneidade das ações de dois personagens em locais diferentes. A montagem acelerada foi criada por Gance, e imputa a ideia de velocidade de um determinado objeto e consiste na utilização de vários planos curtos, por mais que este objeto parado. O terceiro, denominado de montagem de atrações é criação de Eisenstein, e tem por objetivo criar um novo sentido através da contradição e oposição das imagens. Tal montagem faz isso através da aproximação de imagens que não fazem parte do contexto que está sendo exibido. Além de Eisenstein, Kulechov e Gance não mostravam a realidade, eles aludiam ela, através da organização da imagem. Para estes, o significado do filme não era gerado através do significado das imagens separadas, mas pela organização delas.
O advento do som, no cinema, urge de maneira a se conciliar com a imagem, e não para segregar o campo imagético, surge com o objetivo de conferir mais realidade para quem assiste. Na década de 1920, o cinema acaba por repartir-se entre os ditos “inimigos do som” e aos adeptos ao cinema falado. Juntamente com esse período de mudança, onde quebra-se o silêncio dos filmes e ampliam a realidade e as sensações. Diversos diretores como o Eisenstein, Griffith, Kulechov, e vários outros, criaram maneiras de expandir e inovar meios de organizar os elementos do filme, possibilitando uma estética ímpar .As diversas técnicas de montagem surgem e vão sendo aprimoradas, abrindo um leque de oportunidades para que as imagens filmadas possam ser justapostas de diversas formas e com base no que seu realizador deseja, criando a ideia desejada. Para o Bazin, o cinema americano e o francês se consolidaram pela forma que se desenvolveram nas décadas de 1930 a 1940, correspondendo às expectativas dos que assistiam, Hollywood mesmo criou gêneros que dialogavam com as minorias que frequentava as salas de cinema, sendo assim seu público alvo, tanto dos diversos realismos, realismo poético e realismo noir, do cinema francês, como dos variados gêneros hollywoodianos.
Segundo o Bazin: “ O sentido não está na imagem, ele é a sombra projetada pela montagem, no plano de consciência do espectador.”, sendo assim, nada seria só a junção imagem-som sem o uso da montagem que estabelece a composição do todo da arte, como o cenário , iluminação, maquiagem, a interpretação dos atores e outros dispositivos em geral.
Também segundo o Autor, realizadores como Flaherty, Murnau e Stroheim, questionam o expressionismo da imagem e da montagem do qual acabamos de falar. Ele ainda acrescenta “a câmera em seus filmes (Flaherty) não desempenha praticamente nenhum papel, a não ser o papel totalmente negativo da eliminação inevitável numa realidade abundante de mais”. Porém, Barnouw discorda dessa afirmação. Uma citação sua encontrada no livro Espelho Partido, do autor Silvio Da-Rin diz:
“Desta vez ele tinha sido capaz de prever problemas de montagem, criando closes providências, contra-campos e alguns panoramas horizontais e verticais para proporcionar momentos reveladores. Flaherty – ao contrário dos documentários anteriores – aparentemente dominava a ‘gramática’ cinematográfica, como ela tinha evoluído no filme de ficção.”
Através do comentário do Barnouw, pode se perceber que existe ao menos um certo equívoco na visão de André Bazin em relação ao filme Nanook of the North do diretor Faherty. Este filme foi uma ilustre inovação para a época, isso se deve a utilização de recursos de linguagem que a ficção havia descoberto, desenvolvido ou incorporado à pouquíssimo tempo. Uma seqüência interessante para exemplificar é que a família de Nanook constrói o Iglu, que ele imageticamente, a partir de 36 planos e oito cartelas, cria uma relação entre o exterior e interior.
Foi nas décadas de 1930 e 1940 que se tornou-se tendência pelo mundo uma proposta de linguagem cinematográfica dita Hollywoodiana. Esta se impôs de forma hegemônica, e isso de devia a dois motivos, eram eles a a forma e o fundo. O primeiro trata da forma como a fotografia, a decupagem da montagem e o som são feitas. O fundo trata ao gênero (policial, musical, Western, burlesco, terror, etc) que eram feitos de forma a agradar tanto o público geral internacional mas também agradar a elite culta.
Ao longo do tempo o cinema foi se adequando e absorvendo as novas tecnologias e formas do fazer cinematográfico, os métodos foram se tornando homogêneos e para alguns diretores, vertentes únicas, como exemplo de Alfred Hitchcock e C.B. de Mille, que padronizaram planos, enquadramentos, e até mesmo no nível da narrativa, criando assim um estilo próprio.
Os anos 30 foi uma grande década para o cinema, uma década de aperfeiçoamento dos equipamentos de som e imagem. Foi aí que surgiram equipamentos como a película pancromática, que permitia que os operadores pudessem trabalhar com diafragmas mais fechados entro dos estúdios, por ser mais sensível à luz, conseguindo assim criar imagens com maior profundidade de campo. Além dessa melhora, houve também a sincronização do som com a imagem, que permitia que os personagem ganhassem voz nos filmes. Para Bazin, esses recursos traziam melhoras ao cinema, mas não abriam novas possibilidades para a direção. E que estas melhoras, além da invenção das gruas já haviam proporcionado todos os recursos para tal nos anos 30.
O autor, André Bazin, conclui a partir disso que o cinema falado marca o fim de uma certa e estética da linguagem de cinema. Contudo, esse cinema que avançou e passou a ser um “cinema falado”, conservou-se na montagem, independente dos avanços técnicos, a decupagem filmíca, e a descrição da narrativa.
Sendo assim, essas ferramentas da linguagem se unem e se compõem, de forma a possibilitar que o cinema dialogue com o real, anexando e compelindo técnica à arte, que se alia à essa vocação para o realismo que o cinema propõe.
COSTA, Flávia Cesarino. O Primeiro Cinema in: MASCARELLO, Fernando. A História do Cinema Mundial.
 Quando os irmãosLumiere inventaram o cinematógrafo, eles não tinham um interesse artístico e suas produções não tinham caráter de espetáculo popular. Na realidade, o cinema surgiu com o propósito de contribuir com a ciência. Os filmes reproduzidos nos primeiros tempos do cinema, tinham caráter de documentário, em geral, exibindo paisagens externas, sendo este a principal linha que guiava o cinema nos primeiros tempos.
 Os primeiros filmes eram bem curtos, com uma produção simplista, que resultava num tumulto de movimento em cena, além da descontinuidade entre os planos nas montagens e gravações distantes demais da câmera, que impediam que o espectador notasse os detalhes das cenas. Inicialmente, os filmes eram trabalhados na perspectiva do cinema narrativo clássico. As funções de direção, produção e fotografia, eram exercidos, em sua maioria, por uma mesma pessoa.
 Flávia explana que, em 1895, para não ser abandonado, o cinema se misturou a outros entretenimentos do período, que eram mais procurados pelo público, do que ele; A autora também comenta que, até 1900, os exibidores tinham autonomia no procedimento, podendo cortar ou aumentar a duração do filme; Somente após as produções de Griffith que o cinema começa a se legitimar como um espetáculo de massa, perante a sociedade e com exibições agradáveis a classe média. Assim, o cinema passou a ser um local limpo, onde só frequentava quem fosse considerada pessoa de bem.
 A passagem do século XIX para o século XX marca o surgimento de um mundo civilizado, no qual os países apresentavam suas tecnologias e cultura, com interesse de atrair investimentos de outros países e de provar o quão desenvolvido estes países estavam. É nesse cenário que o cinema chega nos Estados Unidos e Europa (os mais importantes do mercado), no fim do século XIX. 
 Segundo a autora, o modelo concebido pela linguagem cinematográfica influência na nossa maneira de vivenciar as informações. Tratar de um período do cinema que é pouco discutida entre os interessados pela arte, numa linguagem tão fluida e acessível, faz de Flavia é uma grande contribuidora para área, tanto num contexto acadêmico, quanto num sentindo leigo.

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